2022 - Página 143 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2022

7 perguntas e respostas sobre a classificação de burnout como doença do trabalho

Passa a valer, a partir deste mês de janeiro, a edição mais recente da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) – elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - e que traz como principal novidade a inclusão da síndrome de burnout como fenômeno ocupacional. A CID-11, versão mais recente do documento, foi divulgada em maio de 2019, mas só agora entra em vigor. O reconhecimento da síndrome como doença ocupacional é um passo fundamental para a prevenção, tratamento e acesso, aos direitos trabalhistas, pelas pessoas afetadas pelo burnout. Essa inclusão ganha ainda mais relevância num cenário em que o número de casos cresce, turbinado por fatores como a pandemia da Covid-19 e as pressões adicionais que as mudanças na sociedade, incluindo tecnológicas, vêm trazendo para as relações de trabalho. No Brasil, do ponto de vista jurídico, a definição de burnout como doença ocupacional proporciona amparo legal para quem enfrenta o distúrbio. Mas, como a doença só foi descoberta nos anos 1970 e a sua classificação é recente, é natural que ainda haja muitas dúvidas. Por isso, conversamos com a psicóloga recifense Christianne Müller, especialista em psicopatologias e doenças psicossomáticas, além de bacharel em Direito, para entender a síndrome e o impacto da decisão da OMS. O que é a síndrome de burnout? A origem do nome da doença vem de burn (queimar) e out (exterior). De acordo com a definição da OMS, a síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional é um um distúrbio emocional, caracterizado por sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. “É um quadro resultante de situações de trabalho desgastante, que envolvem muita competitividade ou responsabilidade, num nível que o trabalhador sente estar acima da sua capacidade física e mental de atendimento”, explica Christianne. “A sobrecarga de trabalho é a principal causa do distúrbio, que afeta atualmente muitos profissionais da área de saúde, como médicos e enfermeiros que atuam na linha de frente da pandemia, e atividades que envolvem muita pressão, como a de policiais, professores e jornalistas, entre outras”, detalha. Quais os principais sintomas da doença? Os sintomas mais frequentes da síndrome são falta de energia e sentimento de exaustão generalizada, atitude cínica ou negativa em relação ao trabalho, distanciamento mental das atividades e queda na produtividade no serviço. A insônia recorrente também é muito comum. “Esse quadro pode resultar em um estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional imediato no surgimento dos primeiros sintomas, para que a situação não evolua e se agrave”, ressalta a psicóloga. O que fazer em caso de suspeita da síndrome? Se houver suspeita de burnout, é necessário que o trabalhador busque uma avaliação por médicos e um psicólogo para que o quadro seja investigado e se possa identificar se o mal-estar emocional caracteriza a síndrome ou outra doença. Também é importante que o profissional que sofre desse estresse crônico no trabalho informe isso à empresa, para que possam ser negociadas alterações na rotina e até melhorias de processos internos, visando a produtividade do time e a saúde mental dos profissionais. Em casos que envolvem assédio moral, é fundamental que essa situação específica também seja comunicada. Outro ponto crucial é que, em caso de suspeita ou de laudo confirmando o distúrbio, o paciente siga as recomendações e o tratamento definidos pelo profissional ou profissionais responsáveis. Como é feito o diagnóstico? Christianne Müller explica que o diagnóstico não apresenta grandes dificuldades, mas precisa ser criterioso, para que não haja equívocos. “Na minha experiência clínica, só emito um laudo de burnout após várias sessões de terapia com o paciente e o número varia de caso a caso. É preciso esse cuidado para que não haja uma confusão com outras doenças, como o transtorno generalizado de ansiedade ou a depressão”, adverte. “O quadro é bem característico, pois o cliente, no set terapêutico, só fala de trabalho e de forma extremamente negativa, apresentando um mal-estar generalizado sempre associado às suas rotinas no serviço, ao excesso de responsabilidades, ao cumprimento de metas e às relações interpessoais na empresa ou equipe e que muitas vezes envolvem assédio moral”, reforça. Qual a relação entre a síndrome e a pandemia? A aceleração na mudança do modelo de trabalho de presencial para remoto ou híbrido, trazida pela covid-19, contribuiu para o aumento do número de casos de burnout, como explica a psicóloga. “Nessa transição, muitos profissionais passaram a ficar conectados praticamente 24 horas ao trabalho, perdendo-se o limite entre vida profissional e pessoal e muitas vezes num quadro de precariedade de condições para as rotinas no home office”, analisa. Essa situação agravou o estresse gerado pela insegurança de se conviver com uma ameaça biológica e pelo medo de perder o emprego em meio a uma crise econômica global decorrente do coronavírus. Qual o impacto da inclusão do burnout na CID-11 para o trabalhador? No Brasil, uma pessoa com o diagnóstico de burnout confirmado tem a possibilidade de afastamento de até 15 dias por licença médica, sem sofrer prejuízo financeiro por causa disso, devendo o empregador pagar a remuneração como se o funcionário estivesse trabalhando normalmente. Se for necessário um período maior do que 15 dias, o profissional pode solicitar o afastamento, por via administrativa ou judicial, anexando documentos que comprovem a sua situação de saúde. Quando isso acontece, o trabalhador recebe os benefícios provenientes do desenvolvimento de uma doença ocupacional, a exemplo de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), auxílio-doença, estabilidade garantida por 12 meses após retorno ao serviço e indenização. O que muda para as empresas? “No aspecto da saúde mental, um impacto importantíssimo é que essa decisão da OMS vai incentivar as empresas a incluírem o distúrbio nas suas ações de gestão de pessoas, trazendo um avanço na prevenção e enfrentamento da doença. Também se espera que estimule políticas públicas de conscientização”, defende a terapeuta.

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PE: de 5 cinco mortos pela Covid, 4 não tinham tomado todas as doses da vacina

Da Secretaria de Saúde de Pernambuco Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) entre os pacientes que vieram a óbito pela Covid-19 em janeiro, aponta que de cada 5 mortos pela doença, quatro não tinham tomado todas as doses necessárias da vacina. E, entre os que morreram mesmo estando totalmente vacinados, 85% eram idosos, com mais de 60 anos, e 85% tinham comprovadamente doenças pré-existentes. A análise foi detalhada pelo secretário de saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa do Governo de Pernambuco, ontem (08.02). Ao todo, foram 97 registros de óbitos pelo novo coronavírus no mês de janeiro deste ano, dos quais 77 pessoas (79,4%) não estavam com o esquema vacinal completo, com a dose de reforço. Nesse total, 26 pacientes (26,8%) sequer tinham registro de vacinação, 11 (11,4%) só tomaram uma dose dos imunizantes e 40 (41,2%) não tinham tomado a dose de reforço. “Os estudos científicos foram evoluindo e mostrando a necessidade do esquema vacinal com duas doses (ou dose única) mais uma dose de reforço para população adulta, porque alguns meses após as 2 primeiras doses, há uma queda de nível dos anticorpos e, assim, a proteção fica prejudicada. Nesse contexto, a terceira dose vem para proporcionar o aumento da quantidade de anticorpos no organismo, aumentando a proteção. Mesmo assim, sabemos que um percentual, mesmo com todas essas doses, pode agravar, pela questão da idade ou de doenças pré-existentes, mas que, no geral, haverá uma boa proteção, evitando, principalmente, casos graves e óbitos. Esse levantamento só ratifica essa importância de tomar todas as doses preconizadas, incluso o reforço”, afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo. Além disso, entre os pacientes com exame positivo para a Covid-19 e internados em leitos de enfermaria e UTI da rede pública, a análise da SES-PE, com dados do dia 31 de janeiro e por meio do cruzamento de dados da Central de Regulação de Leitos com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), apontou que 83% não estavam totalmente imunizados. Dos 384 pacientes, 146 (38%), não tinham registro de vacinação (106), ou estão com apenas com 1 dose (40), sendo 129 a partir dos 12 anos. Além disso, 173 (45%) tinham apenas duas doses ou a dose única, sem o reforço - neste recorte, 113 dos doentes (65%) tinham a partir dos 60 e já deveriam ter tomado a dose de reforço. “Estes dados comprovam que as vacinas evitam casos graves e óbitos e ratificam a necessidade de estarmos em dia com todas as doses disponíveis. E volto a fazer um apelo aos pais, ou responsáveis. Ainda estamos com percentuais baixos na vacinação das crianças. Mas, para controlarmos o vírus, é muito importante vacinarmos os menores. Até porque as crianças também podem desenvolver complicações e necessitar de hospitalização. As vacinas podem impedir que seu filho adoeça e tenha complicações. Faça este gesto de amor ao seu filho e leve-o para vacinar”, destacou Longo.

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Governo do Estado cancela todas as festas de Carnaval

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou nesta terça-feira (08.02) o cancelamento de todas as festas públicas e privadas no período do Carnaval, que ocorreriam entre 25 de fevereiro e 01 de março. Nos próximos dias, o Governo do Estado vai se reunir com os prefeitos dos principais polos festivos para alinhar os protocolos específicos. Durante coletiva de imprensa, o secretário ratificou a importância de as gestões municipais adotarem medidas próprias para conter aglomerações, fiscalizando com rigor as novas regras, que visam conter o avanço do novo coronavírus. “Lamentamos o cancelamento, por mais um ano, dessa festa que está na alma e no coração dos pernambucanos, mas nosso compromisso precisa ser com a vida. Precisamos desestimular situações que possam gerar aumento na contaminação”, explicou André Longo, reforçando ainda a informação sobre o cancelamento do ponto facultativo nos órgãos públicos estaduais durante o Carnaval. A recomendação é que os demais entes públicos continuem funcionando normalmente. Ainda na coletiva, o secretário de Saúde detalhou as mudanças no Plano de Convivência com a Covid-19 em Pernambuco, anunciadas na segunda-feira (07.02). A capacidade dos eventos será reduzida, a partir desta quarta (09.02), de três mil para 500 pessoas em espaços abertos, e de mil para 300 pessoas em locais fechados. Permanece obrigatória a comprovação de vacinação e a apresentação de teste negativo nos eventos com mais de 300 pessoas. Cinemas, teatros, circos e jogos de futebol também estão inclusos nas medidas.

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Como suprir a falta da força de trabalho na Covid-19 por meio da contratações temporárias?

Com o avanço do número de casos da Covid-19 por causa da variante ômicron, e da gripe H3N2, as empresas estão tendo que lidar com ausências dos funcionários e contratar os chamados “temporários”, para suprir a falta da força de trabalho. Como uma pessoa infectada precisa de, no mínimo, 14 dias para voltar ao trabalho presencial, as empresas estão perdendo sua força e a economia volta a sofrer com este cenário. Conforme a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), antes da pandemia, apenas cerca de 15% dos temporários eram efetivados após o término do contrato. Mas este número subiu para 22% no segundo semestre de 2020. Nesse cenário, as contratações de trabalhadores temporários cresceram em quase 35% no primeiro ano da pandemia, o que representou ganhos significativos para a categoria. Já no 1º trimestre de 2021, houve um incremento de mais de 29% na geração de vagas. De acordo com o sócio-diretor do Grupo Selpe e diretor regional da Asserttem, Glaucus Botinha, o cenário “representa importante papel na geração de vagas formais e no combate ao desemprego”.  

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Dor física e depressão: como entender essa relação?

Sabemos que as demandas e as cobranças da vida moderna associadas ao ritmo acelerado do dia a dia, sobretudo, nas grandes cidades, podem ocasionar problemas em relação à saúde física e mental – e que normalmente, são manifestados através de dores no corpo e transtornos emocionais. “Dor e depressão estão intimamente relacionadas. Estudos apontam que até 65% das pessoas com depressão apresentam sintomas dolorosos. Depressão pode causar dor e dor pode causar depressão. É comum existir um ciclo vicioso, em que uma condição piora a outra”, explica o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna. É frequente identificar sintomas de estresse em um paciente que vive cronicamente com dor lombar ou cervical. Com o passar do tempo, essa situação pode levar a crises de ansiedade, tristeza e depressão por limitar a pessoa na realização de atividades habituais, tais como: o exercício da profissão e seus hobbies. Nestes casos, é indicado o encaminhamento para outros profissionais da área da Saúde, a exemplo de psiquiatras e psicólogos. Segundo o Dr. Amato, isso não quer dizer que o médico desconsidere algum problema físico ou esteja dizendo que a dor é somente “psicológica”. “O médico está tentando tratar de uma forma global – tanto a dor física quanto a dor emocional”, afirma Amato. Além disso, há outros sintomas de depressão que podem sugerir a avaliação de um psiquiatra em casos de dores crônicas: situações de cansaço excessivo, distúrbio do sono, mudança de hábito alimentar, apatia, sensação de desespero e tristeza contínua. Os procedimentos para tratamento de dor na coluna como as infiltrações ou as cirurgias endoscópicas, por exemplo, podem ajudar quando existe um componente físico bem evidente. Já no caso de um paciente com dor muito difusa, fica difícil avaliar. Em algumas situações, ao iniciar um tratamento multidisciplinar, com o auxílio de fisioterapeutas, psicólogos e medicamentos, o paciente percebe que a dor inicialmente difusa, começa a ficar mais localizada. Desta forma, o neurocirurgião pode identificar uma raiz nervosa lombar ou uma raiz nervosa cervical que, na maioria das vezes, representa a origem do problema. No início é muito difícil identificar o diagnóstico, mas no decorrer do acompanhamento, o problema físico pode se tornar mais aparente, viabilizando o tratamento. “Normalmente, os casos que envolvem dor crônica e depressão não são considerados graves do ponto de vista neurológico, no entanto, são difíceis de serem tratados, pois envolvem um segmento multidisciplinar. Além disso, é preciso muita força de vontade e dedicação do paciente para melhorar a sua condição, para isso é necessário seguir todas as orientações dos profissionais envolvidos”, declara o Dr. Amato.

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Socorro (por Bruno Moury Fernandes)

Em recente almoço, um cidadão de bem que diz me querer bem, durante conversa sobre vacina em crianças, perguntou-me em tom desafiador e provocativo, se eu daria vacina aos meus filhos. O tom da pergunta e o papo que antecedeu a esta indagação, trazia uma carga política/ideológica na discussão, como tem sido comum. Mas o mais decepcionante, e daí o tom desafiador na indagação, é que o cidadão – membro de uma determinada seita bovina – conhece profundamente sobre algo particular na minha vida: o autismo no meu filho. Sabe ele também, porque já conversamos sobre isso, que existem estudos que indicam que vacina (especificamente a tríplice viral) pode ser um gatilho para aquelas crianças que possuem predisposição genética a desenvolver o autismo, tese que apesar de não encontrar aceitação na comunidade científica internacional, assusta qualquer pai que ame e cuide dos seus filhos. Então, no fundo, o que estava por trás da discussão, além da defesa à política negacionista, era a tentativa de me constranger perante as demais pessoas, a fim de se levantar o tão sonhado troféu do “eu tenho razão” ou “o que fará agora este comunistazinho de merda?” Afinal, o que eu poderia argumentar ou fazer diante da minha fragilidade humana? Essa fragilidade emocional diante de tema tão caro a mim e a minha esposa, parecia ser o prato principal daquele almoço. Uma farta refeição para fascista se esbanjar e se lambuzar com o molho da minha dor e, de sobremesa, o meu sofrimento. Esperava o cabeça branca que eu caísse no mesmo erro que ele: politizar o tema vacina. Mas eu me recuso a cair nessa. Eu tenho admiração por ideias de esquerda e tomei remédio de combate a verme lá no início da pandemia, amigo. Por aí você tira. Minha resposta, a qual ele provavelmente não conseguiu ouvir, porque como todo fascista não se interessou pelo diálogo, foi a de que eu não sabia o que fazer. Ele aumentou o som e não ouviu eu dizer que realmente não sei o que fazer diante da possibilidade de vacinação dos meus filhos. A única coisa que eu sei é que vou seguir a ciência e me recuso a dar ou deixar de dar vacina aos meus filhos com base na opinião de miliciano. Eu quero ouvir a ciência! Somente a ciência. Mas e quando nem mesmo a ciência se entende sobre o assunto? O que fazer? Neste mesmo almoço, um médico que estava presente me orientou a não vacinar as crianças em hipótese alguma, alegando inclusive problemas cardíacos que a vacina pode desenvolver nos rebentos. Uma semana antes, em sentido oposto, num encontro de amigos, outro médico me disse que seria uma irresponsabilidade caso eu não vacinasse meus filhos. A Anvisa diz que eu devo vaciná-los. A Presidência da República, para ser ameno, parece não ter muita simpatia por essa orientação. O médico do meu filho, em Florianópolis, diz que eu não devo vacinar. A médica do meu filho, no Recife, diz que eu seria um idiota caso eu não vacinasse as crianças. Diante de tudo isso, só me resta pedir socorro à medicina, aos cientistas, ao Cremepe, ao Papa. Peço socorro a Deus. Ao cidadão que tentou me jantar em pleno almoço, peço perdão por não o ter amado suficientemente para dele merecer respeito e compaixão. Diante de tantas opiniões antagônicas e desencontradas no Brasil de hoje, em plena pandemia, peço a Deus que traga a cura para a maior de todas as canalhices já vistas, que é a de politizarmos esse tema tão crucial em nossas vidas: a vacina!

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Instituto Big inicia seleção de jovens de baixa renda para Escola Social do Varejo

Estão abertas as inscrições para as turmas do primeiro semestre da Escola Social do Varejo (ESV), programa do Instituto Grupo BIG desenvolvido em parceria com o Instituto Aliança que prepara jovens para o mundo do trabalho, com foco no segmento varejista. O curso, integralmente gratuito, é uma porta de entrada para os jovens de baixa renda que buscam o primeiro emprego formal. Ao todo, são oferecidas 100 vagas para a região metropolitana de Recife. Para participar da seleção, é preciso ter entre 18 e 24 anos, ter concluído o Ensino Médio na rede pública e possuir renda familiar de até três salários mínimos. O conteúdo é 100% online e os jovens selecionados recebem um tablet com acesso à internet para utilizar durante o período de formação. O curso tem duração de aproximadamente cinco meses, com aulas online ao vivo duas vezes por semana, de duas horas cada, além de outras atividades a serem desenvolvidas na plataforma de Educação a Distância (EAD). Os alunos que fazem parte da ESV também recebem apoio e orientação para a busca de oportunidades de emprego. Um dos maiores atrativos é o alto índice de inserção no mercado de trabalho, que alcança 80%, a maioria em empresas de médio e grande porte. O certificado é emitido pela Universidade Estadual do Ceará como curso de extensão. As inscrições vão até 21 de fevereiro, às 23h59, ou até atingir mil candidatos. Na primeira etapa, os interessados devem preencher o formulário de inscrição online para a cidade de interesse. Inscrições e processo seletivo Para participar da seleção, os candidatos devem preencher o formulário de inscrição online, disponível no seguinte link: https://forms.gle/xGaZTQGXdRWjHdGp8. O processo seletivo da passou por mudanças em função da pandemia com o objetivo de reduzir o número de fases e torná-lo mais ágil. A primeira etapa envolve o preenchimento da ficha de inscrição, já selecionando o período – manhã, tarde ou noite – em que o candidato poderá participar das aulas virtuais, caso seja aprovado. Nesta fase, também é apresentado um vídeo explicativo sobre a ESV. Ao final, é necessário selecionar um horário para participar da etapa seguinte. Os jovens que estiverem dentro dos critérios para admissão no programa recebem links para participar de grupos de WhatsApp e receber informações sobre os próximos passos. Na segunda etapa, os inscritos participam de uma dinâmica de grupo online e respondem a uma sondagem para avaliação de conhecimentos gerais com a equipe de educadores e coordenadores da ESV. Com o modelo, é possível iniciar as dinâmicas mesmo com as inscrições ainda em curso. As informações sobre o processo estarão disponíveis no site do Instituto Grupo BIG e nas redes da ESV no Facebook e Instagram. O início das aulas está previsto para 24 de fevereiro. Para realizar a matrícula, os candidatos aprovados precisam dos seguintes documentos: RG, CPF, comprovante de residência, declaração de conclusão do Ensino Médio ou a Ficha 19, título de eleitor, foto 3x4 e carteira de trabalho. Para os candidatos do sexo masculino, é necessário também o certificado de reservista do Exército Brasileiro ou CDI – Certificado de Dispensa de Incorporação.

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Saiba quais despesas médicas serão abatidas do seu Imposto de Renda

Durante a pandemia do Covid-19, muitas pessoas estão tendo despesas médicas como exames laboratoriais, testes, remédios, internações e até apoio de profissionais da saúde. São gastos que acabam pesando no bolso de muita gente e no orçamento do mês. Mas como saber quais despesas médicas podem ou não ser deduzidas no Imposto de Renda? Quem esclarece é o advogado especialista em direito tributário e professor da ITS Edu, Pedro Amarante. Segundo ele, é possível sim abater no Imposto de Renda deste ano despesas médicas relacionadas à covid-19, feitas no ano passado. Essas despesas devem ser comprovadas com notas fiscais ou recibos contendo o nome e CPF do titular ou dos dependentes, desde que os gastos não sejam custeados pelo plano de saúde. Assim, é possível lançar na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda, reduzindo o imposto federal a pagar ou aumentando a restituição. *São incluídos: -Testes particulares para Covid-19 em hospitais ou laboratórios. É importante que sejam comprovados com nota fiscal e conste o CPF do titular ou do dependente. Os testes feitos este ano só entrarão na declaração de 2023; -Exames laboratoriais particulares de diagnóstico por imagem e serviços radiológicos; -Gastos com consultas particulares, sessões e tratamentos com médicos de qualquer especialidade, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos; -Internações particulares.   *Não são incluídos: -Testes para Covid-19 em farmácia, pois não possuem previsão legal, nem norma indicada pela Receita Federal para permitir a dedução. Porém, se a amostra for feita em uma farmácia ou até na residência do paciente, com a testagem em laboratório, sendo esse o emissor da nota fiscal ou recibo, aí a despesa pode ser sim lançada na declaração como dedução; -Medicamentos comprados em farmácia para tratar ou atenuar os efeitos da Covid-19 como antivirais, antibióticos ou analgésicos não entram na lista de dedução. Mesmo com receita; -Enfermeiros; Atenção na hora da declaração Na hora de fazer a declaração do seu Imposto de Renda, Pedro pede atenção. "Só poderá deduzir as despesas médicas, anteriormente mencionadas para o tratamento do Covid-19, o contribuinte que optar pela versão completa da declaração do Imposto de Renda para Pessoa Física, pois o modelo simplificado não permite dedução das despesas médicas", informou. Por isso, é importante o contribuinte estudar, diante da sua realidade, qual a melhor espécie de declaração do Imposto de Renda, se a simplificada ou a completa. Ele lembra ainda que é preciso constar o nome da clínica ou do profissional requisitado no recibo ou nota fiscal, além do CNPJ ou CPF, descrição da consulta ou tratamento, assinatura e carimbo com o número do conselho profissional. Assim evita dúvidas. O especialista alerta também que é importante guardar as notas fiscais e recibos por, pelo menos, cinco anos. A intenção é evitar que o contribuinte seja pego de surpresa, caso haja problemas futuros ou para esclarecimentos à Receita da comprovação dos gastos realizados.

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Prefeitura do Recife investe em tecnologia inovadora para despoluição do Riacho do Cavouco

Da Prefeitura do Recife O Riacho do Cavouco, um dos mais importantes da Zona Oeste do Recife, receberá um projeto-piloto com uma tecnologia inovadora, sustentável e de fácil manutenção que irá contribuir de maneira direta no processo de despoluição do local.  Trata-se dos Jardins Filtrantes, que atuarão no ambiente através de plantas  aquáticas nativas que realizarão a filtragem da água do Riacho do Cavouco, no trecho em que o riacho corta o Parque do Caiara, na Iputinga, Zona Oeste da cidade, e deságua no Rio Capibaribe, favorecendo a ampliação da oxigenação dessa região, auxiliando-o em seu processo de resiliência. O prefeito do Recife João Campos visitou o Parque Caiara para verificar o início das obras. “Eu estou aqui no Parque do Caiara, ao lado do Riacho do Cavouco, e é aqui que a gente vai construir o Jardim Filtrante de 7 mil m² que vai ser responsável por captar essa água que está suja e fazer o tratamento dela de maneira 100% natural. Então a captação da água é feita, coloca na parte de cima do jardim e ela vai descendo por gravidade, numa área bem grande, então através apenas de plantas, pedras, que são os filtros, consegue-se fazer o tratamento completo dessa água que está suja”, detalhou João Campos. “Com isso, a gente vai poder ter o Riacho do Cavouco, que chega no Rio Capibaribe, tendo uma parcela importante da sua água tratada e despejada de maneira adequada dentro do Rio Capibaribe. É uma ação da Prefeitura, junto com a ARIES, que tem como fonte de financiamento o Fundo Global do Clima que é um braço da ONU, e com R$ 4,5 milhões a gente vai fazer toda essa obra aqui no Parque do Caiara”, finalizou ele. A iniciativa, projeto-piloto do CITinova, é financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente. O projeto é implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e executado em parceria com a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES), Porto Digital e Prefeitura do Recife. Projetados para ocupar aproximadamente 7 mil m², os Jardins filtrantes serão responsáveis pelo tratamento de parte da vazão da água poluída que desaguará no Rio Capibaribe. A tecnologia é semelhante à utilizada no Rio Sena e trata-se de uma técnica única, onde espécies cuidadosamente selecionadas associam suas raízes aos microrganismos existentes nos substratos dos filtros para, juntos, exercerem a remoção de poluentes, transformando radicais compostos de N (nitrogênio) e P (fósforo), compostos orgânicos, metais e outros componentes bioquímicos que poluem os efluentes em elementos absorvíveis pelos vegetais ou biologicamente inertes obtendo, assim, a depuração completa. A tecnologia jardins filtrantes - O Jardim Filtrante é uma tecnologia criada na França pelo arquiteto paisagista Thierry Jacquet, que durante seus estudos percebeu que as plantas eram amplamente utilizadas por cientistas em pesquisas para o controle da poluição, assim aplicou a técnica de fitorremediação para desenvolver soluções sustentáveis. Para o caso do Rio Sena, em Paris, foi criado pelo arquiteto através de sua empresa, a Phytorestore, um parque filtrante que purifica as águas do Sena, liberando água limpa para oxigenação do Sena sempre que necessário (após grandes chuvas que lavam a cidade, por exemplo), permitindo a recuperação do efluente de forma natural. A fitorremediação ocorre por meio de tanques com diferentes configurações, escavados no solo, impermeabilizados e preenchidos com substratos específicos. Na superfície dos substratos são plantadas espécies vegetais que promovem o tratamento em uma zona de raízes. Trata-se de um sistema natural, não há aplicação de nenhum tipo de agente químico artificial ou microrganismo exógeno no processo. Uma vez construído e plantadas as espécies vegetais, os microrganismos responsáveis pelo tratamento se proliferam na zona de raízes naturalmente, requerendo manutenção periódica de baixo custo. Os Jardins Filtrantes são lugares públicos e paisagísticos que integram a biodiversidade da fauna e flora locais. Eles podem constituir um meio natural pedagógico dentro de um parque público, tendo impacto direto na conscientização da população e a relação com o rio.

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30 anos do Manifesto Caranguejos com Cérebro no Sonora Coletiva

Há 30 anos mais pessoas tomavam conhecimento de uma cena cultural, com ênfase na música, que já rolava há algum tempo no Recife. Isso aconteceu quando foi publicado num jornal local o release-manifesto feito para apresentá-la à imprensa, mas sobretudo aos recifenses e pernambucanos, ligados ou não à cultura local. O texto falava de certa Manguetown e sua biodiversidade, de mangueboys e manguegirls, de Josué de Castro... E, claro, da antena parabólica fincada no mangue, símbolo da nova cena que começava a desentupir as veias da cidade com novas ideias e atitudes. Dois anos depois, o release-manifesto ganhou outra dimensão quando apareceu encartado no álbum ‘Da Lama ao Caos’, da banda Chico Science & Nação Zumbi. Aclamado nacionalmente, o seminal álbum da CS&NZ antecedeu, por pouco meses, o não menos importante e emblemático ‘Samba Esquema Noise” da banda Mundo Livre S/A, liderada pelo autor do release-manifesto, o jornalista e músico Fred Zero Quatro, tendo como ‘cúmplice’ o também jornalista Renato Lins, ou melhor, Renato L., que logo seria chamado de ‘ministro da informação da Manguetown’. Passadas três décadas do release-manifesto, a banda Mundo Livre S/A acaba de lançar novo álbum totalmente antenado com o momento político e cultural do país. Isso tem colocado novamente a banda no centro das atenções da mídia nacional, não só por sua original musicalidade, mas igualmente pela crítica social e política contida nas letras e nas atitudes de seus integrantes. O álbum mostra que os caranguejos com cérebros continuam pensando e estão cada vez mais antenados com o que acontece não só no Recife, mas no país. Os 30 anos do manifesto e o lançamento do álbum ‘Walking Dead Folia (Sorria, Você Teve Alta!)’ serão alguns dos temas do bate-papo com Fred Zero Quatro, que contará com a participação especial de Renato L. A primeira edição de 2022 do Sonora Coletiva será transmitida pelo Canal multiHlab no YouTube, no dia 10 de fevereiro, às 19h. O Sonora Coletiva é uma atividade da Revista Coletiva, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e é apresentado por um de seus editores, o pesquisador Túlio Velho Barreto. SERVIÇO   LIVE – O QUE PENSAM HOJE OS ‘CARANGUEJOS COM CÉREBROS’ SONORA COLETIVA conversa com FRED ZERO QUATRO Jornalista, músico, compositor e cantor da banda MUNDO LIVRE S/A 10 FEVEREIRO (quinta-feira) - 19h - Canal multiHlab no YouTube Participação especial do jornalista e DJ RENATO L. Apresentação do pesquisador TÚLIO VELHO BARRETO (Fundaj)

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