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autismo adulto vida inteira TEA

Autismo ao longo da vida: Da infância à velhice e os desafios na sociedade

*Por Elizete Maria Viana Maciel e Marcos Emmanuel Viana Lima Embora possamos apenas reconstruir ou especular sobre a forma como a criança autista experimenta o mundo, sabemos que elas crescem, se desenvolvem e conseguem se integrar à sociedade. No entanto, ainda são frequentemente vistas como incapazes. Durante todo o mês de abril, abrimos espaço para falar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Caminhadas, palestras e atividades são algumas das formas de chamar a atenção para o tema, que ainda enfrenta muitas dúvidas, incertezas e dificuldades na obtenção de um diagnóstico. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR), o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Sua identificação pode ocorrer de forma precoce, sendo a dificuldade na interação pelo olhar e o atraso na fala alguns dos critérios mais comuns. No entanto, é essencial não generalizar: a falta de estimulação cognitiva pode levar a atrasos no desenvolvimento que não necessariamente indicam TEA. Desde o nascimento, é fundamental orientar os pais sobre como contribuir para o desenvolvimento de seus filhos, compreendendo os marcos do desenvolvimento e as etapas esperadas para cada faixa etária. Isso possibilita a identificação de possíveis atrasos na aprendizagem. As crianças precisam de espaço, contato com a natureza, experimentação e exploração: brincar funcionalmente, imitar, desenvolver a coordenação, tocar e sentir diferentes texturas, explorar os alimentos, as cores, as letras, os números e a música. Embora amplamente estudado na infância, o autismo persiste na adolescência, na vida adulta e na velhice, apresentando desafios e potencialidades em cada fase do desenvolvimento. O Diagnóstico e os Primeiros Desafios Antes do diagnóstico, os pais se deparam com inúmeras preocupações, especialmente em relação a como chegar ao diagnóstico correto. Encontrar profissionais capacitados e que conheçam profundamente o transtorno é essencial, mas é igualmente importante que esses especialistas saibam reconhecer as características individuais do autismo, sem ignorar as habilidades da pessoa. O diagnóstico não deve carregar um estigma de incapacidade, mas sim abrir caminhos para a busca da autonomia e independência. Na infância, fase em que o TEA é mais identificado, os principais sinais incluem dificuldades na interação social, padrões restritos de comportamento e interesses intensos (como o hiperfoco). O diagnóstico precoce é essencial para estimular habilidades de comunicação e interação social, promovendo uma melhor adaptação no ambiente familiar, escolar e social. Além disso, compreender o comportamento autista é crucial para lidar com desafios emocionais, baixa autoestima e dificuldades com mudanças e frustrações. Nessa fase, também se destacam questões como seletividade alimentar, deficiência de vitamina D, excesso de ferro e outros fatores que podem influenciar o comportamento e devem ser analisados por meio de exames e acompanhamento médico. Adolescência: Novas Demandas e Desafios Na adolescência, surgem novas questões e desafios que diferem da infância. As demandas escolares, sociais e familiares aumentam, e a adaptação a essas mudanças pode ser complexa. No ambiente escolar, o adolescente autista pode ser visto como “estranho”, “chato” ou “difícil”, e sua resistência a contatos físicos pode ser mal interpretada. Entretanto, essas dificuldades frequentemente estão ligadas a questões sensoriais. O excesso de barulho, luzes intensas, mudanças hormonais e a necessidade de compreender o próprio comportamento podem gerar uma sensação de inadequação. No entanto, o problema não está na pessoa autista, mas na falta de compreensão do mundo ao seu redor. O diálogo precisa ser claro, objetivo e adaptado às necessidades individuais. Com o aumento do número de adolescentes autistas nas instituições de ensino, é essencial que os profissionais estejam preparados para oferecer um atendimento humanizado e acolhedor. Autismo na Vida Adulta: Reconhecimento e Desafios Profissionais Atualmente, há um crescimento significativo na busca pelo diagnóstico de TEA em adultos. Muitas pessoas procuram compreender seu próprio comportamento e encontrar uma explicação científica para características como a aversão ao toque, a preferência pelo isolamento social e a dificuldade de interação em ambientes convencionais. Muitos adultos são diagnosticados tardiamente e se perguntam se um diagnóstico precoce na infância poderia ter feito a diferença. O avanço das pesquisas e a capacitação de profissionais permitiram um maior conhecimento sobre o TEA, possibilitando diagnósticos mais precisos e reduzindo a marginalização de comportamentos autistas, que antes eram rotulados como “inconvenientes”, “mal-educados” ou “sem noção”. No contexto profissional, a rotina laboral e as cobranças sociais são frequentemente os gatilhos para a busca de um diagnóstico. Isso não significa que a pessoa autista está em busca de uma justificativa para suas dificuldades, mas sim de uma melhor compreensão de si mesma e do seu relacionamento com o mundo. Quando suas habilidades são reconhecidas e valorizadas, autistas podem se destacar em diversas áreas, como tecnologia, artes e ciências. Em muitos casos, indivíduos autistas apresentam altas habilidades e superdotação, mas esse é um tema que merece ser tratado separadamente. A inclusão no mercado de trabalho exige o reconhecimento das particularidades do TEA, garantindo oportunidades equitativas e promovendo um ambiente profissional mais diverso e acessível. Autismo na Velhice: Um Campo Ainda em Exploração O autismo na velhice ainda é um tema pouco explorado, mas estudos recentes começam a investigar seus impactos. O processo de envelhecimento traz desafios que podem se sobrepor ao TEA, como a relação com transtornos neurodegenerativos, incluindo a doença de Alzheimer. É fundamental diferenciar os sinais do declínio cognitivo natural daqueles relacionados ao autismo, e para isso, uma avaliação multidisciplinar se faz necessária. Além disso, garantir a qualidade de vida, reconhecer habilidades e oferecer suporte em todas as fases do desenvolvimento são elementos essenciais para promover um envelhecimento saudável e digno para a pessoa autista. *Por Elizete Maria Viana Maciel é psicóloga e mestranda em Psicologia (UFPE), especialista em gerontologia (UNICAP), em neuropsicologia (FPS) e neuropsicologia pelo Conselho Regional de Psicologia. *Marcos Emmanuel Viana Lima é pedagogo, com pós-graduação em psicanálise, psicopedagogia, em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), em educação especial e neuropsicopedagogia.

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Uninassau promove mutirão para autistas e inaugura novo espaço de atendimento especializado

Ação gratuita oferece suporte multidisciplinar para pessoas com TEA e serviços de bem-estar para cuidadores No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, o Uninassau– Centro Universitário Maurício de Nassau Recife realiza o mutirão TEAmo, voltado para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus cuidadores. A iniciativa acontece das 13h às 17h, na unidade Graças, oferecendo atendimento multidisciplinar gratuito, incluindo suporte psicológico, nutricional, fisioterapêutico e de terapia ocupacional. Além do acompanhamento especializado para os autistas, os cuidadores também receberão serviços voltados ao bem-estar, como atendimentos nas áreas de estética e odontologia. No mesmo dia, a UNINASSAU inaugura um novo espaço de atendimento ao TEA na Clínica-Escola de Psicologia, ampliando o suporte às famílias. “Criar um ambiente preparado para acolher pessoas atípicas e seus cuidadores é um passo importante para garantir uma assistência humanizada e eficaz”, destaca a reitora da Uninassau Recife, Nilzete Santiago. A participação no mutirão TEAmo é gratuita e não requer inscrição prévia. Os interessados devem comparecer à Clínica-Escola de Psicologia da Uninassau, na Rua Ana Angélica, 25, Derby – Recife. Além da unidade Graças, os campi Boa Viagem e Caxangá também oferecerão atendimentos especializados no dia 2 de abril. Em Boa Viagem, o atendimento acontece das 14h às 17h, na Rua Jonathas de Vasconcelos, 316. Já na unidade Caxangá, os serviços serão prestados das 9h às 12h, na Av. Joaquim Ribeiro, 1080.

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Por que minha filha vai continuar usando o símbolo do quebra-cabeça para se identificar como autista

*Por Robson Menezes Em 1999, especialistas se reuniram para criar um símbolo que pudesse representar o autismo e servir como uma forma de identificação para os autistas. Assim nasceu a fita com o quebra-cabeça colorido. Porém, com o tempo, diversas críticas surgiram sobre esse símbolo, questionando sua adequação e origem. Entre as mais comuns estão: "Autista não tem peça faltando", "Autista não é mistério a ser desvendado" e "A fita foi criada sem a participação de autistas". Esses argumentos, por mais relevantes que sejam para um debate saudável, ignoram alguns pontos importantes sobre o significado do quebra-cabeça. É necessário esclarecer o que ele realmente simboliza. O quebra-cabeça não representa o autista como uma pessoa incompleta ou enigmática, mas, sim, as incógnitas que ainda cercam o autismo como condição. Questões como "Qual é a sua causa?", "Qual a sua origem?" e "Qual o melhor tratamento?" continuam sem respostas claras. O símbolo reflete os desafios que a ciência ainda enfrenta para entender plenamente o autismo. Já as cores presentes no símbolo do quebra-cabeça representam a diversidade do espectro autista. Sabemos que cada autista é único, com características e necessidades específicas. A pluralidade de cores traduz essa singularidade que faz parte da comunidade. Além disso, há um ponto histórico importante: Thomas A. McKean, diagnosticado com autismo aos 14 anos, participou das discussões que levaram à criação do símbolo, como relatou em uma publicação na plataforma medium.com Medium: Read and write stories.On Medium, anyone can share insightful perspectives, useful knowledge, and life wisdom with the world.medium.com . Isso demonstra que, ao contrário do que muitos acreditam, o símbolo não foi elaborado de forma unilateral ou sem a contribuição de quem vivencia o autismo. Ainda assim, muitas famílias e autistas passaram a adotar outros símbolos, como o infinito nas cores do arco-íris, que representa a neurodiversidade, abrangendo não apenas o autismo, mas todas as condições neurodivergentes, como TDAH, síndrome de Down e deficiências intelectuais. Em 2023, a Lei Federal 14.624/2023 oficializou o girassol como símbolo das deficiências invisíveis, incluindo o autismo, mas também outras condições, como a surdez, por exemplo. Apesar dessas alternativas, minha filha, Izabela Menezes, autista de 10 anos, continuará utilizando o símbolo do quebra-cabeça como forma de identificação. Para nós, ele representa não apenas sua história, mas também o reconhecimento global de que o quebra-cabeça é o símbolo principal da comunidade autista.  A mudança para outros símbolos, embora bem-intencionada, pode dividir esforços e enfraquecer a representatividade conquistada ao longo dos anos. O quebra-cabeça já é amplamente reconhecido e facilita a identificação imediata, o que pode ser crucial em situações práticas do dia a dia. A luta pela inclusão e pelos direitos dos autistas deve ser coletiva, com foco na união. Investir no fortalecimento de um símbolo que já possui alcance global é uma estratégia que beneficia toda a comunidade. Por isso, enquanto for possível, continuaremos levantando a bandeira do quebra-cabeça, não por falta de consideração aos outros símbolos, mas por acreditar que ele ainda é o mais eficiente em representar e dar visibilidade aos autistas. Robson Menezes, advogado especialista em Direito dos Autistas e pai atípico

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GastroConecta 2025 debate inovações na saúde digestiva e lança Endogastro HUB

Evento reúne especialistas e marca a criação de um ecossistema integrado de diagnóstico, tratamento e educação médica Nos dias 3 e 4 de abril, o Novotel Recife Marina será palco do GastroConecta 2025, evento promovido pela Endogastro Medicina Diagnóstica que reunirá especialistas para discutir avanços e desafios na saúde digestiva. O simpósio abordará temas como câncer colorretal, obesidade, medicina de precisão e nutrição, além de marcar o lançamento do Endogastro HUB, um novo ecossistema de saúde que amplia a atuação da clínica para além dos exames e tratamentos tradicionais. O Endogastro HUB integrará diferentes especialidades médicas, incluindo Nutrição, Nutrologia, Ginecologia e Endocrinologia, proporcionando um atendimento multidisciplinar e focado na longevidade e qualidade de vida dos pacientes. Dentro desse conceito inovador, será inaugurado o Instituto Endogastro Academy, um centro de educação continuada para atualização científica e troca de conhecimento entre profissionais da área. "O Endogastro Hub nasce como um ecossistema de saúde que integra diagnóstico, tratamento, educação e promoção de bem-estar e longevidade", destaca Juliana Vieira, sócia-diretora do grupo Evipar. Outro destaque do evento é a apresentação da Nutrigen Clinic, que atuará na interface entre medicina diagnóstica e nutrição funcional. A iniciativa reforça a importância da alimentação na prevenção de doenças metabólicas e digestivas. "Os estudos mais recentes demonstram como a saúde gastrointestinal, a alimentação de qualidade e o equilíbrio metabólico estão diretamente ligados à prevenção de doenças crônicas e ao aumento da longevidade", explica Maria Pimentel, nutricionista responsável pela Nutrigen. O GastroConecta 2025 contará com a presença de renomados especialistas, como José Câmara Neto, Leliane Alencar, Justiniano Luna e João Paulo Pontual, entre outros, promovendo um espaço de debate e construção coletiva. "Eventos como o GastroConecta fortalecem a comunidade médica e científica ao proporcionar um espaço de debate e construção coletiva", enfatiza o Dr. José Câmara, presidente da comissão científica do Instituto Endogastro Academy. Serviço 📅 Data: 3 e 4 de abril de 2025📍 Local: Novotel Recife Marina, Recife – PE🎟 Inscrições e programação: gastroconecta.com.br

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Mal-estar no trabalho: 51% dos profissionais não recebem suporte das empresas

Pesquisa revela que dores físicas afetam 68% dos trabalhadores e afastamentos por doenças ocupacionais aumentam no Brasil A rotina de trabalho tem impactado a saúde física dos brasileiros, e muitas empresas ainda não oferecem suporte adequado para minimizar esses efeitos. Um estudo da plataforma Onlinecurrículo revelou que 68% dos profissionais sentem dores corporais frequentemente devido ao trabalho, enquanto 51% não recebem qualquer benefício ou assistência para lidar com o problema. O cenário reflete o aumento das licenças médicas por doenças ocupacionais, que, em 2024, deixaram mais de 1 milhão de brasileiros incapacitados. A dor na coluna lidera as causas de afastamento desde 2023, segundo o Ministério da Previdência Social. O levantamento analisou os principais desconfortos físicos relacionados ao trabalho. A postura inadequada lidera a lista de causas (63%), seguida da exposição prolongada a telas (43%), movimentos repetitivos e esforço físico excessivo (35%) e ambiente de trabalho estressante (31%). A região mais afetada é a coluna, com 50% dos entrevistados relatando alterações posturais e dores dorsais. Além disso, 48% sentem dor de cabeça frequentemente, e 46% relatam vista cansada, problemas muitas vezes interligados pelo uso intenso de telas. As consequências vão além do desconforto físico. 26% dos participantes afirmaram que a qualidade do sono também é prejudicada pelo ambiente profissional, o que afeta diretamente a produtividade e o bem-estar. Para Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurrículo, investir na saúde dos trabalhadores é essencial para reduzir custos e fortalecer o engajamento. “Priorizar o bem-estar emocional no ambiente de trabalho não é apenas uma boa prática — é também uma decisão estratégica. Isso pode resultar em menos ausências, relacionamentos profissionais mais fortes e um desempenho geral superior”, destaca. Diante desse cenário, 52% dos entrevistados apontaram que pausas regulares para alongamento e descanso seriam essenciais para reduzir as dores. A ergonomia também se mostrou uma preocupação, com 41% pedindo melhores condições no mobiliário, como cadeiras ajustáveis e mesas ergonômicas. Além disso, 36% acreditam que espaços de relaxamento dentro do ambiente de trabalho poderiam trazer mais conforto, enquanto 33% apontaram que benefícios para a prática de atividades físicas ajudariam na prevenção de problemas musculares. Augustine ressalta a importância de um ambiente que promova saúde e produtividade. “Independentemente do tipo de trabalho ou de onde ele é realizado, um ambiente produtivo começa com a base certa. Quando você cria condições que favorecem o conforto, o bem-estar e a conexão genuína, está cultivando uma cultura onde as pessoas podem realmente prosperar”, afirma. A pesquisa da Onlinecurrículo foi realizada entre os dias 1º e 2 de março de 2025, ouvindo 500 trabalhadores de diversos setores e regiões do Brasil. O estudo contou com um índice de confiabilidade de 95% e margem de erro de 3,3 pontos percentuais.

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Março Roxo: uso de medicamentos para emagrecimento exige acompanhamento médico

O mês de março marca a campanha de conscientização sobre a obesidade, conhecida como Março Roxo. A iniciativa visa alertar sobre os impactos dessa doença crônica na saúde e a importância do tratamento adequado. Entre as alternativas terapêuticas, o uso de medicamentos para emagrecimento vem ganhando cada vez mais espaço, mas especialistas reforçam: a automedicação pode trazer riscos e todo o processo deve ser conduzido sob supervisão médica. Confira a reportagem com o médico Rafael Coelho. Um estudo publicado na revista científica The Lancet revelou que a obesidade atingiu níveis alarmantes em todo o mundo, com o número de pessoas obesas mais do que dobrando nas últimas três décadas. A pesquisa destaca que, atualmente, mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade, incluindo adultos e crianças, tornando a condição um dos principais desafios de saúde pública global. O estudo também aponta que a obesidade está associada a um maior risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares, reforçando a necessidade de políticas eficazes de prevenção e tratamento, que vão desde mudanças no estilo de vida até o uso supervisionado de medicamentos e intervenções clínicas. Uso de medicamentos deve ser acompanhado por profissionais O crescimento da oferta de remédios para o controle do peso, especialmente das chamadas "canetas" para emagrecimento, tem levado muitas pessoas a buscar esses tratamentos sem orientação profissional. O médico Rafael Coelho, especialista no tratamento da obesidade, reforça a importância do acompanhamento. “A obesidade é uma doença crônica e multifatorial. O tratamento medicamentoso pode ser uma ferramenta importante, mas deve ser individualizado e supervisionado por um profissional de saúde”, alerta. Além da prescrição correta, o acompanhamento médico é essencial para avaliar possíveis interações medicamentosas e contraindicações. “Pacientes com histórico de doenças gastrointestinais ou pancreatite, por exemplo, precisam de uma avaliação criteriosa antes de iniciar o uso dessas medicações”, acrescenta Rafael Coelho. Mudança de hábitos é essencial para resultados duradouros Apesar de eficazes, os medicamentos não são uma solução mágica para o emagrecimento. Segundo Rafael Coelho, o tratamento deve estar aliado a mudanças no estilo de vida. “Sem uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios, os resultados são temporários. A medicação auxilia, mas não substitui a reeducação alimentar e o cuidado com a saúde física e mental”, destaca. Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, aliada à redução do consumo de ultraprocessados, é fundamental. A prática de atividades físicas, mesmo que moderadas, como caminhadas diárias, também contribui para a perda de peso e a melhora da saúde cardiovascular. Quando ligar o alerta? A medicação para emagrecimento pode ser indicada em casos específicos. “Pacientes com IMC acima de 30 ou com IMC superior a 27 e comorbidades, como diabetes ou hipertensão, podem se beneficiar do uso dos medicamentos, desde que avaliados por um médico”, explica Coelho. Outros fatores que podem indicar a necessidade de intervenção medicamentosa incluem: Fases do tratamento O uso de medicamentos para emagrecimento segue um processo estruturado, que inclui: Prevenção e alternativas de tratamento Além do uso de medicamentos, outras estratégias são fundamentais no combate à obesidade: A prevenção é sempre a melhor alternativa. Criar hábitos saudáveis desde cedo melhora a qualidade de vida e reduz os riscos associados à obesidade. Médico Rafael Coelho @rafaelcoelhomed @institutocoelhope Corrida e Yoga O Plaza Shopping recebeu, no último sábado (22), a primeira edição da ação especial de saúde e bem-estar, Movimenta Plaza. Com idealização da assessoria Recife Runners e parceria do Vidya Studio, a iniciativa foi proposta no jardim externo do mall (área próxima ao Jardim Pet Plaza), onde houve a concentração e aquecimento para corrida em diversos percursos como 5km, 8km, 11km, 14km e 16km. Além disso, a iniciativa contou com aula de yoga como relaxamento pós maratona. A proposta reuniu cerca de 200 participantes, que tiveram o suporte da Boali e da Red Bull. @plazacasaforte Nova loja do Grupo Rota do Mar para varejistas O Grupo Rota do Mar inaugurou a sua primeira loja focada no público varejista. A nova unidade fica situada na Rua Cabo Otávio Aragão, 191, no Centro de Santa Cruz do Capibaribe, point do comércio de confecções da capital da moda do Agreste pernambucano. Por lá, as novidades das marcas Rota do Mar, de moda casual, e Hausport, de moda esportiva. De acordo com Arnaldo Xavier, proprietário do grupo, há a expectativa de expansão da comercialização dos produtos para o varejo para fora do Agreste, principalmente dos produtos da Hausport. “Nossa perspectiva é levar a nossa marca de moda esportiva para outros lugares de Pernambuco, como a Região Metropolitana do Recife e a Paraíba”, explicou. No entanto, ainda não há previsão de inauguração de novas unidades. @rotadomar96 Março Azul: campanha alerta para aumento de mortes por câncer colorretal no Brasil Terceiro tipo mais comum no país, doença tem mais de 20 mil vítimas fatais por ano O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é o terceiro tipo mais comum no Brasil, atrás somente dos cânceres de pele não melanoma, de mama e próstata. É um tumor maligno que afeta o cólon e o reto e surge a partir de pólipos intestinais. O câncer de intestino é prevalente nos indivíduos acima de 50 anos. Atualmente registra-se um aumento dos casos em pessoas mais jovens, e os especialistas acreditam que hábitos alimentares inadequados e o consumo exagerado de alimentos processados podem contribuir para esse resultado. Visando aumentar o diagnóstico precoce do câncer de intestino e oferecer maior qualidade de vida e margem de cura, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e a Sociedade Brasileira de Colonoscopia (SBCP) criou, em 2014, a campanha Março Azul. A iniciativa tem o objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce de câncer de colorretal (intestino grosso e reto). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para os anos de 2023 a 2025, estima-se cerca de 45 mil casos novos dessa doença anualmente no país. Isso corresponde a uma incidência de 21/100 mil habitantes. Desses, aproximadamente 21 mil casos em homens

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UNIFBV Ambulatório Mulher Integral oferece atendimento gratuito no Recife

Serviços especializados visam garantir saúde e qualidade de vida para mulheres em situação de vulnerabilidade. O Ambulatório Mulher Integral, localizado na Imbiribeira, Recife, disponibiliza atendimento gratuito e especializado para mulheres que necessitam de acompanhamento ginecológico, exames preventivos e orientações sobre saúde reprodutiva. Este serviço, voltado especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade, tem como objetivo garantir acesso à saúde e promover a qualidade de vida, contribuindo para o bem-estar feminino na comunidade. As triagens para atendimento começaram no dia 18 de março e ocorrem às terças-feiras, às 18h30, e às quintas-feiras, às 8h. São oferecidas 10 vagas por ordem de chegada, que incluem aferição da pressão arterial, checagem de sinais vitais e levantamento do histórico de saúde. Com base nessa avaliação inicial, são indicados exames preventivos e agendadas consultas de retorno conforme as necessidades de cada paciente, promovendo um acompanhamento contínuo. Entre os serviços oferecidos estão consultas ginecológicas, exames especulares, pré-natal, planejamento familiar, testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e atendimento focado em menopausa e climatério. Os atendimentos são realizados por alunos e professores da UNIFBV Wyden, com supervisão de especialistas em áreas como enfermagem obstétrica, ginecológica, fisioterapia, nutrição, odontologia, direito e psicologia, assegurando um atendimento multidisciplinar e de qualidade. Andrea Tavares, coordenadora do curso de Enfermagem da UNIFBV Wyden, destaca a importância do ambulatório na assistência à mulher: “A queixa que traz a mulher ao consultório nos permite enxergar suas diversas necessidades, como sinais de violência doméstica, necessidade de planejamento familiar, suporte psicológico e até mesmo ajustes de acessibilidade no lar. Nosso objetivo é oferecer um atendimento integral e humanizado, promovendo o equilíbrio e o bem-estar dessas mulheres.” A iniciativa busca atender a uma demanda frequentemente negligenciada pela rede pública, especialmente em comunidades carentes. As pacientes não precisam de encaminhamento médico e devem comparecer ao ambulatório com documento de identidade e comprovante de residência. O Ambulatório Mulher Integral reafirma o compromisso social da UNIFBV Wyden com a saúde feminina, oferecendo acesso gratuito a serviços essenciais e incentivando a prevenção de doenças. Para mais informações, as interessadas podem comparecer ao ambulatório nos dias e horários indicados.

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Tuberculose ainda preocupa: 80 mil novos casos por ano e desafios na capacitação médica

No Dia Mundial da Tuberculose (24/03), especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce e da capacitação dos profissionais de saúde O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março, reforça a necessidade de conscientização sobre a doença, que segue sendo um grande desafio para a saúde pública no Brasil e no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registra anualmente cerca de 80 mil novos casos e mais de 5,5 mil mortes causadas pela tuberculose. Apesar dos avanços na medicina, a infecção continua sendo um problema significativo, exigindo diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar complicações e reduzir sua transmissão. A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos do corpo. Segundo o médico e facilitador do Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde, Erick Pordeus, sua transmissão ocorre por via respiratória, quando uma pessoa com a doença ativa tosse, fala ou espirra, liberando aerossóis contaminados. Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente, febre, sudorese noturna e perda de peso. “Se não tratada corretamente, a doença pode se agravar, levando a complicações como dificuldade na respiração, eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura, podendo causar dor torácica intensa”, explica. Diagnóstico precoce e prevenção são essenciais O diagnóstico precoce é fundamental tanto para o sucesso do tratamento quanto para a redução da transmissão. Em caso de tosse persistente por mais de três semanas, é importante procurar uma unidade de saúde. Grupos mais vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV, contatos próximos de pacientes com tuberculose, indígenas, população privada de liberdade e profissionais da saúde, devem ser investigados independentemente do tempo de tosse, pois podem desenvolver formas mais graves da doença. A vacinação com a BCG, oferecida gratuitamente pelo SUS, é a principal forma de prevenção e protege contra as formas mais graves da tuberculose. Outra estratégia importante é o tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), indicado para pessoas infectadas pelo M. tuberculosis que ainda não desenvolveram a doença ativa. Essa medida reduz o risco de adoecimento, especialmente entre contatos domiciliares, crianças e indivíduos imunossuprimidos. Além disso, medidas simples como manter os ambientes ventilados e com luz natural direta, bem como cobrir a boca com o antebraço ou um lenço ao tossir, ajudam a diminuir a disseminação da doença. Capacitação de profissionais de saúde é um desafio Um dos grandes desafios no combate à tuberculose é a capacitação dos profissionais de saúde para o reconhecimento e manejo correto da doença. Para Erick Pordeus, o treinamento por meio da simulação realística tem se mostrado uma estratégia eficiente para aprimorar o atendimento. “A simulação permite que profissionais desenvolvam habilidades técnicas, treinem protocolos de atendimento e lidem com casos complexos de forma segura e eficaz”, afirma. O Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde (CSim) é um exemplo de estrutura voltada para esse tipo de capacitação. O ambiente reproduz um hospital real, com leitos, equipamentos médicos modernos, manequins robóticos de alta fidelidade e até atores que simulam pacientes. “Nosso objetivo é garantir que os profissionais atinjam excelência e segurança no atendimento, podendo cometer erros e aprender com eles sem comprometer a vida de pacientes reais”, destaca Brena Melo, coordenadora pedagógica do CSim. Com a tuberculose ainda sendo uma ameaça à saúde pública, especialistas reforçam que a união entre diagnóstico precoce, prevenção e capacitação profissional é essencial para reduzir os impactos da doença no Brasil. 📞 Para mais informações sobre treinamentos e agenda do CSim: (81) 7335-5465 (WhatsApp) | @csimfps (Instagram).

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Segurança digital e inovação na saúde: Sindhospe promove encontro em Petrolina

Evento discute cibersegurança, engenharia clínica e sustentabilidade no setor hospitalar A proteção de dados e a modernização da gestão hospitalar estarão em pauta no 4º Encontro Regional Subsede Petrolina, promovido pelo Sindicato dos Hospitais Privados de Pernambuco (Sindhospe). O evento acontece na próxima quinta-feira (20), a partir das 9h, no Nobile Suites Del Rio, reunindo empresários da saúde das regiões do Sertão do São Francisco, Araripe e Itaparica. A cibersegurança nos hospitais será um dos destaques da programação. A professora Maria Elizabete Souza, do Senac, abordará a proteção dos dados das unidades de saúde, um tema cada vez mais crítico diante do avanço das ameaças digitais. Além disso, o encontro contará com palestras sobre engenharia clínica e manutenção hospitalar, conduzidas pelo Dr. Vinicius Barros, diretor da Controlcare Soluções Médicas, e sobre sustentabilidade no setor de saúde, com o advogado Clóvis Veloso. Haverá ainda mesas temáticas sobre gestão de custos na saúde, legislação trabalhista e convenções coletivas, pontos essenciais para o fortalecimento do setor. O presidente do Sindhospe, George Trigueiro, destaca a importância do evento: “A força do polo médico de Pernambuco é construída pela junção de todas as regiões. Nossa busca é ampliar a integração do conhecimento”. Serviço: 📅 Quando: 20 de março de 2024, das 9h às 17h📍 Onde: Nobile Suites Del Rio – Av. Cardoso de Sá, 215, Orla 2, Petrolina📞 Informações: Agência Esfera – (81) 99145-4014 (Rafael Souza)

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Alternativas ao café: como economizar sem abrir mão do sabor

Nutricionista sugere opções mais acessíveis e saudáveis para substituir a bebida Com a alta no preço do café, que acumulou um aumento de 40% em 2024 segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), muitos consumidores buscam alternativas mais econômicas para manter o hábito de consumo. Além do impacto financeiro, especialistas alertam que o excesso de cafeína pode causar efeitos adversos, como insônia, nervosismo, aumento da pressão arterial e gastrite. A nutricionista Simone Almeida, da Hapvida, recomenda substitutos que oferecem sabor e benefícios à saúde. “Dentre eles temos o chá verde, que contém cafeína em menor quantidade; o chá de canela, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias; a cevada, rica em fibras e vitaminas do complexo B; o mate, fonte de antioxidantes, vitaminas C e E; e até o chocolate, que estimula a serotonina e melhora o humor”, explica. Outra alternativa acessível é o café instantâneo ou solúvel, que contém menos cafeína do que os grãos torrados e moídos. “Além de serem mais benéficos, possuem um preço mais acessível e são uma boa alternativa de substituição”, destaca a especialista. Diante da alta nos preços, experimentar novas opções pode ser uma forma de equilibrar o orçamento e ainda apostar em bebidas com propriedades nutritivas que trazem energia sem os efeitos colaterais do excesso de cafeína.

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