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Capoeira Kids: arte, esporte e movimento

Mais do que uma atividade física, a capoeira infantil desenvolve corpo, mente e identidade. Oficina do Sítio Dourado mostra como a prática transforma crianças com ritmo, disciplina e alegria Luta ou dança? Brincadeira ou esporte? A capoeira há muito tempo ultrapassou os rótulos e hoje é reconhecida como uma manifestação cultural brasileira de extrema riqueza, onde se entrelaçam história, resistência, musicalidade e movimento. Para as crianças, a prática da capoeira representa tudo isso e mais: é uma ferramenta de desenvolvimento físico, emocional e social. No Sítio Dourado, espaço de desenvolvimento infantil que aposta em metodologias ativas também  na valorização da cultura brasileira, sendo que a Oficina de Capoeira Kids já faz parte da rotina dos pequenos. Conduzida pelo Professor Renato Alexandre — o “Professor Timão”, que atua com capoeira desde 2001 e dá aulas desde 2008, a atividade vem ganhando espaço, respeito e muitos sorrisos. “A capoeira para crianças é uma das formas mais completas de trabalhar o corpo e a mente ao mesmo tempo. É ritmo, disciplina, expressão corporal, história e autoestima em uma só roda”, afirma o professor. Para quem é, e como funciona a capoeira infantil A capoeira é uma prática altamente inclusiva, podendo ser iniciada por crianças a partir dos 3 ou 4 anos, respeitando sempre o estágio de desenvolvimento de cada uma. Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata apenas de golpes ou acrobacias. Na infância, a capoeira é vivida como jogo corporal, musicalidade e expressão lúdica, com movimentos adaptados, sem confronto físico direto, e sempre mediada por cantigas, palmas e instrumentos como berimbau e atabaque. “Nosso foco com os pequenos não é o combate, mas a construção de um corpo mais consciente, mais ágil e mais seguro. A roda é um espaço de aprendizado coletivo, onde a criança aprende a se expressar, a respeitar o outro, a escutar o ritmo e a ocupar seu espaço com alegria e responsabilidade”, explica o Professor Timão. A oficina acontece em grupo, e cada aula é construída com base na repetição de movimentos básicos, atividades rítmicas, rodas de música e, gradualmente, desafios que estimulam o equilíbrio, a coordenação motora e a atenção. A prática também promove o conhecimento da história da capoeira, sua origem africana e seu papel na resistência cultural brasileira. Movimento que empodera: autoestima e pertencimento Além dos ganhos motores, a capoeira infantil é especialmente potente para o desenvolvimento emocional e social das crianças. Por ser uma prática coletiva e expressiva, ela ajuda a vencer a timidez, desenvolve o senso de pertencimento, e fortalece a autoestima desde cedo. Cada criança é convidada a se colocar no centro da roda — simbolicamente e literalmente — e a experimentar a força de sua própria expressão corporal. “Quando uma criança percebe que pode cantar, bater palmas, gingar, se equilibrar e interagir com outras através do corpo, ela descobre um universo inteiro dentro de si. A capoeira ensina muito mais do que movimentos. Ela ensina escuta, empatia e coragem”, resume Renato Alexandre. Para a diretora do Sítio Dourado, Ana Maria Maciel, a inserção da oficina no currículo do espaço de desenvolvimento foi uma decisão natural, alinhada ao propósito de proporcionar uma educação integral e culturalmente conectada com as raízes brasileiras. “Criamos a Oficina de Capoeira Kids porque acreditamos no poder da cultura como ferramenta educativa. A capoeira tem corpo, tem voz, tem ancestralidade. Ela acolhe a criança em sua potência e a ensina com alegria e presença. É uma forma de educar com movimento, com afeto e com identidade”, defende Ana Maria. E quem não pode praticar? Há contraindicações? A capoeira é uma prática democrática, acessível e geralmente sem contraindicações para crianças. Em casos específicos, como limitações físicas, motoras ou condições médicas específicas, a participação deve ser orientada pelo pediatra ou equipe multidisciplinar. Mas, de modo geral, a capoeira pode ser adaptada para diferentes perfis, inclusive crianças neurodivergentes, com acompanhamento adequado. “A capoeira respeita o ritmo de cada criança. A roda é inclusiva por essência. Temos crianças mais tímidas, outras mais expansivas, e todas encontram seu lugar. O importante é que se sintam acolhidas e motivadas a explorar seus corpos de forma positiva”, reforça o mestre Benefícios da Capoeira Infantil Físicos Emocionais e sociais Cognitivos e pedagógicos Capoeira é corpo, cultura, história e alegria Quando a capoeira entra na vida de uma criança, ela leva junto o som do berimbau, o canto ancestral, o jogo de corpo, a força dos movimentos, a beleza da coletividade. Mais do que um esporte, a capoeira é arte viva, é cultura em movimento, é educação com gingado. A prática não ensina apenas a ginga — ensina a ouvir o outro, a se respeitar, a brincar com o corpo e a se reconhecer como parte de algo maior. Como resume o Professor Timão, com a sabedoria de quem vive a roda há mais de duas décadas: “A capoeira transforma. E quando começa na infância, transforma para a vida inteira”, finaliza o mestre Timão. Na roda de capoeira, onde cada movimento exige ritmo, consciência e equilíbrio, o cuidado com a saúde também pede presença e harmonia. No fim, viver bem é encontrar o compasso certo entre corpo, mente e propósito. Festival de Raquetes e Picnic Dia das Crianças agitam Porto de Galinhas No dia 11 de outubro, a Cia do Lazer, em Porto de Galinhas, recebe o Festival de Raquetes, em parceria com o Picnic Dia das Crianças, oferecendo momento de esporte, lazer e convivência para toda a família. A partir das 9h, as quadras estarão abertas para Pickleball, Frescobol, Beach Tennis, Badminton e Tênis de Mesa, com categorias infantil, adulto e master, além de modalidades feminino, masculino e mista. Enquanto isso, o Picnic Dia das Crianças garante brincadeiras e momentos de lazer ao ar livre, proporcionando um ambiente acolhedor em meio à natureza. “Eventos como esse fortalecem vínculos familiares, promovem bem-estar e estimulam a prática esportiva”, destaca Rose Jarocki, CEO da Cia do Lazer. A participação é mediante inscrição paga, a partir de R$ 70 por pessoa. Alimentação será vendida no local,

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Entrevista com William Smethurst: "Não nascemos para ficar sentados"

O corpo humano é dependente do movimento. O professor de educação física da UPE explica por que a evolução da espécie nos moldou para manter nosso corpo em atividade. Aborda como o exercício físico contribui para prevenir e tratar doenças, como câncer e Alzheimer, e informa qual a atividade oferece melhores benefícios: correr ou caminhar. Exercitar-se é uma atividade que vai muito além do desejo de emagrecer. Na verdade, o movimento faz parte da natureza do ser humano, desde os tempos em que nossos ancestrais viviam nas cavernas. O educador físico e professor da UPE (Universidade de Pernambuco), William Smethurst, explica, nesta entrevista a Cláudia Santos, como as necessidades do Homo Sapiens por alimentação e sobrevivência, durante o processo de evolução, levou-o a uma intensa atividade física que estruturam o formato do seu corpo, a expansão do seu cérebro e da sua capacidade cognitiva. Se hoje não já corremos para caçar nossa comida e, no conforto do sofá, com simples toques no celular, obtemos alimentação por delivery, não significa que prescindimos de exercícios físicos. Nosso organismo, tal qual o do nosso longínquo parente pré-histórico, continua dependente do movimento. Estudos científicos, segundo William Smethurst, comprovam como a prática regular de exercícios físicos contribuem para manter o organismo saudável e para prevenir e tratar doenças, como câncer e Alzheimer. O educador físico também comenta a grande adesão dos brasileiros às corridas, mas – para a satisfação dos que preferem caminhar – afirma que as caminhadas oferecem os mesmos benefícios para a saúde do que correr. E o melhor: sem provocar riscos ao praticante, como pode acontecer com os corredores.  No início de sua evolução, o ser humano não tinha comportamento sedentário. Como essa característica ancestral impacta no corpo humano hoje? Há cerca de 5 a 7 milhões de anos, uma certa espécie ancestral, ainda não bem definida pela ciência, dividiu-se em duas linhagens. Uma delas evoluiu para os grandes símios, como chimpanzés e gorilas, com corpos musculosos e compactos, adaptados à vida em bosques e florestas, onde encontram sua alimentação e sobrevivência. A outra linhagem deu origem aos Homo sapiens, caracterizados por corpos esguios, pelo andar sobre as duas pernas, um cérebro bem desenvolvido e com uma fisiologia adaptada à intensa atividade física que os constantes deslocamentos para a caça e a coleta de alimentos exigiam para a sobrevivência na vida terrestre.     Portanto, nossos parentes mais próximos – os símios – têm níveis baixos de atividade física que não causam efeitos nocivos à saúde. Já nos seres humanos, pesquisas revelam que à medida que a anatomia e o comportamento mudaram nos últimos milhões de anos, a fisiologia também mudou de tal modo que passamos a precisar de níveis muito mais altos de atividade física para sermos saudáveis. Para equilibrar a relativa fragilização do seu físico durante a evolução da espécie com as demandas de sobrevivência, o ser humano necessitou fazer uso extensivo do seu corpo, aprimorar habilidades percepto-motoras para realização de movimentos corporais cada vez mais complexos e precisos, além de desenvolver tolerância a esforços repetitivos e prolongados. Para dar conta dessa diversidade de novas demandas, o cérebro foi pressionado a expandir suas capacidades durante seu curso evolutivo.  Assim, pode-se afirmar que foram principalmente os movimentos corporais, cada vez mais sofisticados e eficientes, dentro de um estilo de vida fisicamente muito ativo, que induziram as adaptações estruturais do sistema nervoso central. O que permitiu ao Homo sapiens diversificar e aprimorar suas relações com seus semelhantes, com o ambiente e outras espécies, desenvolver sua capacidade criativa e alcançar o nível hierárquico mais elevado na escala evolutiva. Portanto, não nascemos para ficar sentados. Outro aspecto importante é que nosso coração é uma bomba que precisa ser poderosa para fazer o sangue circular por todo o corpo. Sabemos que o lado esquerdo do coração é muito mais robusto, mais volumoso, mais musculoso que o lado direito, que é menor. Mas, veja: a circulação sanguínea é um sistema fechado.  Como é que o sangue circula se, de um lado, há uma bomba poderosa para empurrá-lo, mas no outro lado a bomba que “puxa” é mais débil? Então, há algo ajudando esse lado menos forte que é a musculatura dos membros inferiores, do quadril, que deve estar em constante movimento ou em movimento tonificado, contraindo e relaxando, para manter a postura e ajudar o coração a bombear o sangue.  Então, quem costuma fazer exercício de manhã, depois passa o restante do dia sentado, não tem uma vida muito saudável? Michael Mosley, jornalista e médico, fez estudo em que comparou um escritor – que diariamente fazia duas horas de academia mas passava o restante do dia sentado – com uma moça que passava o dia em pé trabalhando e nunca foi a uma academia. Ele mostrou que todos os indicadores de saúde desse escritor eram piores do que os da moça.  Por isso, é recomendado inserimos na nossa rotina os breaks, a cada 50 minutos para que possamos levantar, durante 5 a 10 minutos, para então voltar e depois sentar novamente. Se nascemos para o movimento, quais os prejuízos causados pelo comportamento sedentário? Para que tenhamos um correto funcionamento do nosso organismo faz-se necessário que ele seja constantemente exposto às mesmas condições que proporcionaram seu desenvolvimento e aprimoramento no processo evolutivo. Do contrário, ele pode tornar-se disfuncional, o que, em médio ou longo prazo, degenera para condições patológicas crônicas.  Está muito bem documentada a associação da inatividade física com o aumento do risco para câncer, doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, demência, dentre outras de caráter degenerativo e crônico. Do mesmo modo também está comprovado o quanto a prática regular de atividade física, juntamente com uma alimentação balanceada, é o principal fator de redução de riscos para essas doenças. Como a prática de exercícios físicos ajuda a prevenir e tratar o câncer? O corpo humano possui mecanismos autônomos de, digamos, “autorreparo” para, na hora que houver um distúrbio, esse sistema fazer o reparo antes que aquilo se torne catastrófico. Todos estamos sujeitos a ter alterações espontâneas no

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Pesquisadores da UPE criam protocolo com luz LED que acelera cicatrização do pé diabético

Estudo clínico realizado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz comprova eficácia da fotobiomodulação no tratamento de feridas e pode reduzir amputações e internações hospitalares Pesquisadores da Universidade de Pernambuco (UPE) desenvolveram um protocolo inovador de tratamento com luz LED para acelerar a cicatrização de feridas em pacientes com pé diabético. O estudo, conduzido no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS-UPE), utilizou o equipamento ISIS, da empresa Beone Technologies, em um ensaio clínico randomizado, duplo cego e placebo controlado. A pesquisa integra a tese de doutorado do enfermeiro e mestre em Biologia Celular e Molecular, Leandro Cruz, orientada pela professora Patrícia Moura, com coorientação dos docentes Bruno de Melo Carvalho e Francisco Bandeira, e coordenação clínica da Dra. Taciana Belmont, na Unidade de Pesquisa Clínica (UNIPECLIN) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC-UPE). “Na pesquisa, tivemos o objetivo provar que a fotobiomodulação, utilizando comprimentos de ondas específicas em protocolos de atendimento, pode acelerar o processo cicatricial favorecendo processos de angiogênese, proliferação e diferenciação celular, induzidos por modulação na expressão de genes envolvidos na cicatrização, para isso utilizamos a combinação de luzes/LED nos espectros azul e vermelho”, pontuou a Profa. Patrícia Moura. O trabalho também investigou como polimorfismos genéticos, responsáveis pela modulação da imunidade natural, influenciam a recuperação de feridas e a ocorrência de infecções. “Com o desenvolvimento do estudo haverá um impacto significativo na redução da taxa de internação e permanência hospitalar, diminuição de procedimentos como as amputações, redução de incidência de sepse e outros eventos potencialmente fatais associados às úlceras de pé diabético. O estudo molecular fornecerá informações relevantes acerca da compreensão dos mecanismos moleculares e celulares, relevantes para adoção de estratégias terapêuticas eficazes”, informou o pesquisador Leandro Cruz. Os resultados obtidos até o momento indicam avanços significativos tanto na eficácia do protocolo quanto na segurança do dispositivo, que já conta com aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O projeto também contou com o apoio do corpo docente do Instituto de Ciências Biológicas e da parceria com a empresa Beone Technologies, responsável pelo equipamento utilizado nos ensaios.

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“Estamos deixando de ser um projeto estratégico para ser uma empresa estratégica”

Diretor da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena, destaca expansão da produção, nacionalização de medicamentos e impacto no desenvolvimento regional. A Hemobrás vive um momento de maturação. Criada há pouco mais de 20 anos, a estatal instalada em Goiana (PE) passa a assumir, segundo o diretor de desenvolvimento industrial Antônio Edson de Lucena, um papel cada vez mais central no sistema de saúde brasileiro. “Estamos deixando de ser um projeto estratégico para ser uma empresa estratégica”, afirma, ressaltando que a companhia já é considerada também estratégica de defesa, dada a relevância de seus medicamentos para o País. Atualmente, a Hemobrás distribui cinco tipos de medicamentos ao SUS — quatro hemoderivados produzidos a partir do plasma humano coletado nos hemocentros e o fator VIII recombinante, fruto de transferência tecnológica. A expectativa é que, até 2026, o Brasil alcance a nacionalização completa da cadeia produtiva, reduzindo a dependência externa. Com faturamento estimado em R$ 800 milhões para 2025, a empresa planeja ampliar sua capacidade fabril e fortalecer parcerias com universidades e institutos de pesquisa, posicionando-se como âncora tecnológica e pilar estratégico para a saúde pública. Como o senhor definiria o momento vivido pela Hemobrás? A Hemobrás está vivendo um momento muito importante. É uma maturação. Ela é uma empresa jovem, temos pouco mais de 20 anos. Nós trabalhamos bastante e ela está aí, apenas iniciando nessa jornada. O nosso momento hoje ele é quando a gente deixa de ser um projeto estratégico e passa pouco a pouco para ser uma empresa estratégica. Inclusive nós somos uma empresa estratégica de Defesa também. Ou seja, além do Ministério da Saúde, a gente tem uma vinculação de responsabilidade com o Ministério da Defesa, dada a importância que esses medicamentos têm para a população. Qual é a produtividade da Hemobrás atualmente? A gente já distribui 5 tipos de medicamentos. São quatro hemoderivados, ou seja, advindos do processamento do plasma brasileiro. e um é o Fator VIII Recombinante, que é um produto por biotecnologia. Nós estamos aplicamos o processo de tecnologia da engenharia reversa. Então, a gente começa pelo registro e a distribuição do produto, depois nós vamos agregando valor em todas as etapas até deter a cadeia completa da produção. A próxima etapa que nós vamos implantar vai ser o envase de produtos. Hoje, a gente rotula esses produtos, a gente faz a importação e a gente distribui para o Ministério da saúde, fazendo todo o controle de qualidade. Toda a expedição é que é feita na cadeia logística e em um dado momento, no próximo ano, a gente já vai estar aí fazendo também a nacionalização de desse IFA (Insumo Farmacêutico Ativo, a substância principal de um medicamento, responsável pelo seu efeito terapêutico) para incorporação aqui. Então, cabe à Hemobrás fazer também a qualificação de todos os hemocentros do Brasil para que eles se transformem em fornecedores de matéria-prima para indústria farmacêutica. Como acontece essa qualificação? Uma coisa é a instituição ser exemplo, como aqui do Hemope, um centro de excelência. Mas nós precisamos qualificá-lo para que ele se transforme em um fornecedor de matéria-prima. Então aquele plasma que não vai para o hospital, ele é um plasma que vai ser matéria-prima para que a gente transforme-o em medicamentos hemoderivados. Então, a Hemobrás hoje cuida de toda essa rede de hemocentros. Transformá-los em fornecedores de matéria-prima é um dos nossos principais desafios, porque a gente interage com cerca de 100 hemocentros, que são nossos fornecedores. Com isso, a gente conseguiu passar de cerca de 90.000 litros de plasma, que tinha sido o nosso recorde histórico, para 300.000 litros de plasma, que é o volume que hoje a gente está é captando nessa hemorrede, então é um trabalho importantíssimo, porque o plasma, ele é fundamental para a produção de Hemoderivados Também fornecemos um produto que é o Fator VIII recombinante. Esse produto é produzido fora e nós que agora terminamos a nossa fábrica, estamos em processo de qualificação dessa fábrica. A nossa perspectiva é que essa nacionalização da cadeia, tanto de hemoderivados quanto de recombinante aconteça nos próximos 12 meses. Então, o ano de 2026 vai ser esse ano que vai ser dedicado a trazer essa produção, que hoje é feita fora, para fazer na nossa fábrica. E isso é feito por etapas, que é acompanhado pela Anvisa, por órgãos, competentes, que dão as nossas anuências, e aí temos um plano estratégico que a cada é mês a gente vai avançando nisso e o nosso planejamento leva cerca de 12 meses para a gente fazer essa nacionalização. Quando houver essa nacionalização e todo esse processo for concluído, vocês vão atender 100% da demanda do SUS no Brasil? Tem alguma expectativa também de exportar no futuro? Em relação aos produtos de biotecnologia, sim, uma vez satisfeito o SUS nas necessidades, a gente poderá exportar. Em relação aos produtos hemoderivados, praticamente vamos atender o mercado do SUS. Um dos principais produtos, ou seja, aquilo que tem mais demanda é a imunoglobulina. Então com a imunoglobulina, que é o nosso parâmetro chave de atendimento,a gente consegue hoje atender a 100% do SUS, mas existe uma expectativa crescente demanda desse produto. Então há uma possibilidade de expansão da fábrica? A gente já vislumbra. A gente fez uma fábrica capaz de ser expandida com poucas modificações e adaptações. Então, em relação ao hemoderivado, se a gente atende o processamento de todo o plasma nacional, podemos prestar esse mesmo serviço de beneficiamento do plasma aos países do Mercosul. Inclusive, hoje a gente já tem tratativas nesse sentido. O Hemobras é uma importante indústria para essa região. A gente não pode vender os nossos hemoderivados para eles, mas a gente pode beneficiar o plasma deles e entregar os medicamentos. Por isso a gente tem essa importância já reconhecida por esses países. Como tem acontecido o processo de pesquisa e desenvolvimento dentro da empresa? Nós temos a pesquisa e o desenvolvimento. O desenvolvimento industrial está muito no cotidiano, sempre para melhorar os processos, para incorporar e nacionalizar toda essa cadeia de supply chain para

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Festival de Raquetes reúne Pickleball, Beach Tennis, Frescobol, Badminton, Tênis de Mesa e Picnic das Crianças

Agenda Dia das Crianças Evento acontece em 11 de outubro, na Cia do Lazer, em Porto de Galinhas, com programação esportiva e recreativa para toda a família, incluindo modalidades com raquetes e o Picnic do Dia das Crianças No dia 11 de outubro, uma programação especial vai reunir famílias em um dia cheio de diversão, esporte e lazer ao ar livre na Cia do Lazer, em Porto de Galinhas. O Festival de Raquetes se une ao Picnic Dia das Crianças, oferecendo atividades para todas as idades e momentos de convivência em meio à natureza. A partir das 9h, os participantes poderão aproveitar quadras abertas para modalidades como Pickleball, Frescobol, Beach Tennis, Badminton e Tênis de Mesa, com categorias infantil, adulto e master, além de modalidades feminino, masculino e mista. É uma oportunidade para todos se exercitarem, se divertirem e compartilharem experiências esportivas. Enquanto isso, o Picnic Dia das Crianças garante brincadeiras, interação e momentos de lazer ao ar livre, criando um ambiente acolhedor e perfeito para celebrar o Dia das Crianças em família. A combinação de esporte, natureza e confraternização torna o evento inesquecível. “Eventos como o Festival de Raquetes e o Picnic Dia das Crianças são oportunidades únicas de fortalecer vínculos familiares, promover bem-estar e estimular a prática esportiva em um ambiente saudável e acolhedor. Momentos como esses mostram que lazer, natureza e convivência podem transformar experiências em memórias inesquecíveis para toda a família” pontuou Rose Jarocki, Psicanalista clínica e CEO da Cia do Lazer. A participação no evento é mediante inscrição paga, com valores a partir de R$ 70 por pessoa, garantindo acesso completo à programação. A alimentação será vendida no local, mas os participantes também podem levar seus próprios lanches. As inscrições já estão abertas. Para participar, basta entrar em contato pelos canais oficiais (@cialazer) ou pelos telefones (81) 99242-7435 | (81) 99127-9530.

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Nordeste recebe pela primeira vez o Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Evento reúne especialistas internacionais no Recife e deve movimentar R$ 10 milhões no turismo local. Na foto, o presidente do congresso, Marcus Villander O Recife sedia, entre os dias 8 e 11 de outubro, o 18º Congresso Brasileiro de Clínica Médica (CBCM), o maior da América Latina na especialidade. O encontro reúne cerca de 200 palestrantes nacionais e internacionais e deve atrair aproximadamente 5 mil participantes, entre estudantes, médicos e profissionais de saúde. De acordo com estimativas do Recife Convention & Visitors Bureau, o impacto econômico para o turismo local será de R$ 10 milhões, com geração de cerca de 20 mil room nights na hotelaria. Essa é a primeira vez, em 35 anos de história da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, que o congresso será realizado no Nordeste. A conquista do evento contou com a articulação do Recife Convention em parceria com o Pernambuco Centro de Convenções e a Attitude Promo, empresa de Santa Catarina. Segundo a diretora executiva do Convention, Hellen Lopes, “a conquista do evento foi viabilizada em parceria com o Pernambuco Centro de Convenções e a Attitude Promo, empresa de Santa Catarina, representada por Marco Aurélio, com quem o Convention mantém contato próximo”. O presidente do congresso, Marcus Villander, destaca a relevância da edição sediada em Pernambuco. “Pernambuco sempre foi um centro histórico da Clínica Médica no Brasil, terra de grandes mestres que formaram gerações e deixaram um legado que seguimos até hoje. Esse congresso vai muito além da atualização científica: é um movimento de valorização do clínico, esse médico que integra saberes com fins a melhorar desfechos clínicos e, finalmente, cuidar de quem precisa”, afirma. Além da programação principal, o CBCM contará com o 8º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência e com o 1º Simpósio Brasileiro de Doenças Autoimunes, ampliando os debates científicos e reforçando a importância do evento para a saúde no Brasil. Entre os palestrantes internacionais já confirmados estão Christopher Winney (EUA), Laurent Arnaud (França), Mara López Wortzman (Argentina) e os portugueses António Marinho e Carlos Vasconcelos. Serviço18º Congresso Brasileiro de Clínica Médica (CBCM)Data: 8 a 11 de outubro de 2025Local: Pernambuco Centro de Convenções – Recife

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Saúde mental no trabalho: afastamentos crescem 134% e ansiedade se torna desafio coletivo

Psicanalista Marcos Lima explica fatores que intensificam o adoecimento psíquico em um cenário de custos bilionários para a economia *Por Rafael Dantas O Brasil enfrenta um crescimento alarmante nos afastamentos por transtornos mentais. Segundo a Iniciativa SmartLab de Trabalho Decente, coordenada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), os registros aumentaram 134% no último biênio, saltando de 201 mil em 2022 para 472 mil em 2024. Os diagnósticos mais comuns estão ligados a estresse (28,6%), ansiedade (27,4%) e episódios depressivos (25,1%). O psicanalista Marcos Lima observa que esses números não podem ser vistos apenas como estatísticas. “A ansiedade pode ser entendida como expressão de conflitos internos ligados ao desejo de aceitação social e ao medo de rejeição. Quando há sensação de exclusão, a angústia se intensifica, gerando prejuízos emocionais e até físicos”, explica. Ele ressalta que a hiperconectividade digital contribui para o problema, mas não é o único fator. Privação de sono, relações afetivas fragilizadas, pressão social e incertezas sobre o futuro — acentuadas desde a pandemia — também alimentam o cenário de adoecimento. Entre 2012 e 2024, o Brasil registrou 8,8 milhões de acidentes de trabalho e 32 mil mortes, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Nesse período, 2,6 milhões de benefícios previdenciários foram concedidos em razão de doenças e acidentes, com gasto acumulado de R$ 173 bilhões. Estimativas indicam ainda a perda de mais de meio bilhão de dias de produtividade, o que equivale a um custo de R$ 468 bilhões anuais — cerca de 4% do PIB mundial. “A ansiedade pode ser entendida como expressão de conflitos internos ligados ao desejo de aceitação social e ao medo de rejeição. Quando há sensação de exclusão, a angústia se intensifica, gerando prejuízos emocionais e até físicos” - Marcos Lima, psicanalista Marcos Lima explica que, em muitos casos, a ansiedade se manifesta como uma “reação defensiva a ameaças vagas”, distorcendo a percepção da realidade e prejudicando vínculos sociais. Ele lembra que adultos acima de 30 anos frequentemente chegam ao consultório em busca de respostas para angústias ligadas a experiências familiares. “A ausência de afeto, mas também o excesso, pode gerar marcas psíquicas que aumentam a ansiedade”, afirma. Para lidar com esse quadro, o especialista defende abordagens que unam autocompreensão e técnicas terapêuticas modernas. Ele destaca a terapia metacognitiva, que trabalha crenças sobre os próprios pensamentos, e a “terceira onda” da terapia cognitivo-comportamental, que ajuda na aceitação de experiências internas dolorosas. “Não se trata de eliminar sentimentos difíceis, mas de aprender a conviver comigo mesmo, com as perdas irreparáveis e os contextos sociais adversos”, conclui. O desafio, segundo a OIT, é transformar esse aprendizado individual em políticas institucionais sólidas. Apenas 46% dos municípios brasileiros possuem programas de saúde mental, e os setores bancário, hospitalar e de comércio varejista concentram a maior parte dos afastamentos. Investir em prevenção e ambientes de trabalho mais saudáveis, defendem especialistas, é não só uma necessidade humana, mas também uma questão econômica urgente. “Não se trata de eliminar sentimentos difíceis, mas de aprender a conviver comigo mesmo, com as perdas irreparáveis e os contextos sociais adversos” - Marcos Lima Psicanalista Marcos Lima fala sobre ansiedade A ansiedade é sempre algo negativo? Não necessariamente. Ela pode funcionar como um alerta defensivo diante de ameaças, ainda que vagas. O problema é quando essa reação se torna constante, distorcendo a percepção da realidade e levando a generalizações que afetam a vida social e afetiva. Por que tantas pessoas procuram terapia depois dos 30 ou 40 anos? Muitos chegam ao consultório para lidar com questões ligadas à infância e aos vínculos familiares. A ausência de afeto, ou até mesmo o excesso, pode deixar marcas psíquicas que alimentam quadros de ansiedade na vida adulta. É verdade que hoje os jovens falam demais em ansiedade? Existe um fenômeno de “modismo”. Muitos jovens associam qualquer desconforto emocional à ansiedade, o que pode confundir o entendimento sobre o transtorno. É importante diferenciar entre ansiedade cotidiana e patológica, que exige acompanhamento clínico. Quais técnicas ajudam a reduzir o impacto da ansiedade? Há diversas abordagens: reestruturação cognitiva, exposição gradual, exercícios de relaxamento e terapias de terceira onda, que ensinam a aceitar experiências internas difíceis sem transformá-las em padrões fixos. Devemos eliminar os sentimentos difíceis? Não. O essencial é aprender a conviver com eles. Nem todas as situações têm solução imediata — perdas irreparáveis, pressões sociais e contextos adversos fazem parte da vida. A saída é desenvolver flexibilidade psicológica e ressignificar o sofrimento.

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Mulheres da Nordeste Fight se unem no Outubro Rosa para promover saúde, empoderamento e prevenção

No dia 4 de outubro, a Academia EsportVida recebe um aulão gratuito de Jiu-Jitsu voltado para mulheres, com atividades de prevenção, saúde e bem-estar. São 50 vagas disponíveis mediante inscrição O Outubro Rosa é um convite para refletir sobre a saúde da mulher de forma ampla, englobando corpo, mente e bem-estar. É nesse espírito que a equipe Nordeste Fight transforma o tatame em palco de acolhimento, empoderamento e solidariedade, trazendo a campanha para dentro da prática esportiva. A programação acontece no dia 4 de outubro, às 9h, na Academia EsportVida, e inclui aulão de defesa pessoal, orientações sobre prevenção ao câncer de mama, palestra de nutrição, roda de conversa, encontro com empreendedoras, atendimento com fisioterapeutas e massoterapeutas, além de coffee break, sorteios e momentos de integração. Inspiração dentro e fora do tatame Para a instrutora de Jiu-Jitsu faixa roxa da Nordeste Fight, Pollyanne Vasconcelos, o evento vai além da prática física. “O Jiu-Jitsu é uma ferramenta de empoderamento feminino. No tatame, aprendemos que força e resiliência caminham juntas com disciplina e respeito. Cada treino nos ensina a enfrentar desafios — dentro e fora do tatame. Vejo mulheres que chegam inseguras e, ao longo do treino, se transformam em pessoas mais confiantes, capazes de lidar com pressões do dia a dia, sejam profissionais, familiares ou sociais”, destaca. Praticante há cinco anos, Pollyanne já conquistou títulos como vice-campeã do Sul-Americano de Jiu-Jitsu CBJJ/IBJJF e campeã Pernambucana da FJJPE. Para ela, a arte marcial representa uma transformação que vai muito além do corpo. “O Jiu-Jitsu ensina que ser forte não é apenas sobre músculos; é sobre coragem, controle emocional, paciência e empatia. No tatame, a mulher aprende a se respeitar, a apoiar outras mulheres e a crescer juntas. Essa união é a verdadeira mensagem que carregamos: a força feminina não se mede sozinha, mas na forma como acolhe, incentiva e transforma vidas ao redor.” Entre as participantes está Isis Kalyanne Pereira da Silva, bancária, faixa marrom e praticante há 10 anos, que hoje lidera um projeto social com 25 crianças da comunidade. “O Jiu-Jitsu surgiu como um convite que mudou meu caminho. Eu não conhecia nada sobre a arte e, hoje, coordeno um projeto social com crianças. Aprendi a lidar com ansiedade, depressão e desafios do dia a dia. No tatame, transmito não apenas técnicas, mas valores de ética, cidadania e união. O Jiu-Jitsu me tornou uma mulher mais forte, resiliente e capaz de encorajar outras pessoas a se conhecerem e se protegerem”, relata. Ela reforça que o impacto da prática ultrapassa os treinos. “O que acontece no tatame não fica no tatame. A união entre mulheres, a força que compartilhamos, a disciplina e o respeito se traduzem em confiança, empatia e coragem para enfrentar qualquer desafio. É um espaço de aprendizado e crescimento contínuo, onde cada queda e cada vitória ensina algo sobre a vida.” Benefícios do Jiu-Jitsu para mulheres Serviço Evento: Aulão Outubro Rosa – Nordeste FightData: 4 de outubro, às 9hLocal: Academia EsportVida – RecifeInscrições gratuitas (50 vagas) Viver mais e melhor: HospitalMed 2025 contará com evento voltado para o mercado especializado em longevidade no Nordeste Impulsionado pelo aumento da expectativa de vida, assim como, a década do envelhecimento saudável, estipulada pela ONU, o mercado da saúde passa por um acelerado processo de crescimento e inovação voltado para a longevidade. Em conexão com este cenário, que tem impactado diversos segmentos produtivos da saúde com foco público 50+, a HospitalMed 2025 contará com a 2ª edição do Vida 60+ Expo, um espaço consolidado como o maior evento de longevidade do Nordeste, direcionado para a “economia prateada”. O local apresentará ao mercado novidades em produtos e soluções especializadas para os 14 milhões de nordestinos com 50 anos ou mais, reunindo especialistas, personalidades e marcas para debater saúde e bem-estar, segurança financeira e a democratização da tecnologia para o público maduro, além de apresentar novidades em produtos, serviços e soluções para o envelhecimento ativo e saudável. A 13ª edição HM acontece entre os dias 22 e 24 de outubro, no Pernambuco Centro de Convenções. O Vida 60+ Expo é um espaço integrado à HospitalMed 2025, tendo acesso livre e gratuito aos visitantes da feira. SERVIÇO HOSPITALMED 2025 | Vida60+ Expo @hospitalmedbr | www.vida60maisexpo.combr Data: 22, 23 e 24 de outubro de 2025. Horário: 14h às 20h. Local: Pernambuco Centro de Convenções. Entrada: R$ 50,00 pessoa física | Gratuito aos profissionais de saúde (CNPJ): Informações: www.hospitalmed.com.br Selfit inaugura nova sede administrativa em Boa Viagem A Selfit Academias inaugurou sua nova sede administrativa na Avenida Conselheiro Aguiar, nº 3068, em Boa Viagem. O prédio de cinco pavimentos reúne 160 colaboradores e conta com estacionamento, recepção, salas de reunião, estações de trabalho, refeitório e áreas de convivência. O último andar foi destinado ao lazer, com espaço para jogos como sinuca, ping pong, aero hockey e fliperama. 14ª Maratona Caminhada da Superação em Olinda Nesta sexta (03), a orla de Olinda recebe a 14ª Caminhada da Superação, com concentração às 6h e largada às 6h30 na Av. Ministro Marcos Freire. Serão 2,1 km, aulões de zumba e hit karatê, serviços gratuitos de saúde e show do Patusco. Inscrição: R$ 55 + um saco de leite em pó, revertido ao Hospital do Câncer de Pernambuco. O kit inclui camisa, boné, mochila, medalha, água, lanche, fisioterapia relaxante e sorteios.Inscrições e informações: WhatsApp (81) 98863-8871 Nalbert no 3º Congresso de Famílias da Escola Eleva Recife No dia 4 de outubro, às 9h, a Escola Eleva Recife promove o 3º Congresso de Famílias, gratuito e aberto ao público. O campeão olímpico Nalbert é o convidado especial, com palestra sobre esporte e valores familiares. O encontro também traz Renata Ishida (psicóloga do LIV) e André Daconti (especialista em comunicação não violenta). Vagas limitadas. Inscrições: Sympla – 3º Congresso de Famílias da Escola Eleva Recife III Congresso Autismo na Vida Adulta Nos dias 18 e 19 de outubro, o Mar Hotel Conventions, em Boa Viagem, recebe a terceira edição do Congresso Autismo na Vida Adulta, promovido pelo Instituto Dimitri Andrade. O evento

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Dia do Idoso chama atenção para saúde dos joelhos e prevenção de quedas

Especialista alerta que artrose, osteoporose e excesso de peso estão entre as principais causas de dor articular na terceira idade No dia 1º de outubro, data em que se celebra o Dia do Idoso, a saúde dos joelhos ganha destaque como fator essencial para o envelhecimento ativo e com qualidade de vida. Segundo o IBGE, o Brasil já soma 32,9 milhões de pessoas com mais de 60 anos, representando 15,8% da população. Problemas como artrose, osteoporose e tendinite figuram entre os principais motivos de dor nessa articulação, comprometendo a mobilidade e aumentando o risco de quedas. Principais causas de dor nos joelhos O ortopedista Leonardo Monteiro, especialista em joelho, explica que o desgaste natural da cartilagem é um dos maiores desafios. “A artrose lidera as causas de dor no joelho em idosos. Esta condição degenerativa resulta no desgaste da cartilagem, provocando dor, rigidez e perda de mobilidade”, afirma. Além da artrose, a osteoporose, a degeneração do menisco e a tendinite também aparecem com frequência nos diagnósticos. Prevenção no dia a dia Medidas simples podem retardar o desgaste articular e garantir mais qualidade de vida. “O joelho sustenta o corpo, já é uma articulação bastante sobrecarregada e, com o ganho de peso, esse desgaste acontece mais rápido. O controle do peso, a prática de atividades físicas e a melhora da alimentação são fundamentais”, orienta o especialista. Entre as recomendações estão manter uma dieta equilibrada, evitar o sobrepeso, reduzir açúcar e álcool e adotar exercícios regulares. Risco de quedas e segurança no lar As limitações nos joelhos também estão ligadas ao aumento do risco de quedas entre idosos. “É essencial eliminar riscos como tapetes escorregadios, investir em corrimãos e iluminação adequada. Além disso, exercícios de fortalecimento e equilíbrio, revisão da acuidade visual e acompanhamento médico são medidas fundamentais para prevenir quedas”, destaca Monteiro. Atenção em todas as idades O especialista reforça que cuidar dos joelhos não é apenas uma preocupação da terceira idade. “O joelho que está inchando, travando, estalando ou ficando rígido ao acordar não pode ser ignorado. Se não tratado, pode acelerar a progressão da artrose e antecipar em décadas o surgimento de uma doença que deveria aparecer apenas após os 70 anos”, alerta. Para ele, o cuidado deve começar cedo: “O objetivo é preservar a função da articulação para que o paciente tenha um joelho saudável até o fim da vida”.

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Por trás do cuidado diário, pais exaustos: os desafios emocionais de famílias atípicas

Especialistas alertam para a sobrecarga emocional vivida por mães e pais cuidadores e destacam que o bem-estar da família é parte essencial da efetividade terapêutica das crianças Eles estão em todas as salas de espera, nos corredores das clínicas, nas reuniões escolares e nos grupos de WhatsApp. São mães e pais de crianças neurodivergentes — pessoas que vivem uma rotina de dedicação intensa, marcada por amor incondicional, mas também por cansaço, culpa e solidão. No entanto, enquanto o foco está constantemente no progresso terapêutico dos filhos, a saúde mental de quem dos pais que cuidam quase nunca é considerada uma prioridade. O tratamento de crianças com autismo, TDAH, dislexia e outras neurodivergências envolve muito mais do que a participação em terapias e avaliações. Exige uma presença constante, emocional e prática, que muitas vezes implica mudanças na rotina profissional, abandono de planos pessoais e enfrentamento diário de julgamentos sociais, barreiras institucionais e falta de apoio público. "Os pais enfrentam sobrecarga física e psicológica, lidam com expectativas sociais e ainda precisam se adaptar a uma rotina de cuidados que exige constância e paciência. Se a saúde mental deles não for cuidada, a tendência é que problemas como ansiedade, estresse e até a depressão se tornem obstáculos para apoiar a criança de forma adequada”, explica a psicóloga Paula Chaves, coordenadora técnica da Clínica Mundos, especializada no atendimento a pessoas neurodivergentes. Sobrecarregados, solitários e sem espaço para adoecer Para muitas famílias, especialmente mães solo, o peso da jornada não é compartilhado. O acúmulo de responsabilidades — que envolve levar a criança a diferentes profissionais, gerenciar agendas, intermediar situações escolares e lidar com crises emocionais ou sensoriais — pode levar a um estado constante de exaustão. Muitas dessas mulheres, inclusive, cuidam sozinhas de dois ou mais filhos neurodivergentes, ampliando ainda mais a carga mental. O impacto psicológico de tudo isso é profundo. A vida passa a girar em torno da criança, e é comum que pais e mães deixem de lado o trabalho, os relacionamentos, os amigos, os momentos de descanso e até mesmo as próprias necessidades básicas. Essa abstenção, ao longo do tempo, cobra um preço emocional alto. "Cuidar de si mesmo não significa abandonar o filho. Isso garante condições emocionais para oferecer o suporte necessário, pois o tratamento da criança só tem efetividade quando a família também está fortalecida e o bem-estar dos pais é parte do sucesso do processo terapêutico”, ressalta Paula Chaves. Quando o ambiente familiar interfere no progresso terapêutico Cuidadores sobrecarregados tendem a manifestar sinais emocionais que, mesmo sem perceber, impactam diretamente as crianças. Irritabilidade, impaciência, ansiedade e indisponibilidade emocional geram ambientes instáveis, que comprometem o processo de desenvolvimento e aprendizado da criança neurodivergente. "A criança percebe o ambiente em que está inserida e como pais emocionalmente sobrecarregados podem transmitir insegurança, impaciência ou exaustão. Isso interfere diretamente no progresso do tratamento”, alerta a psicóloga. Ou seja, cuidar da saúde emocional dos pais não é um luxo — é uma necessidade. A estabilidade emocional da família é parte essencial do tratamento, e não um elemento periférico. A importância de uma rede que ampara e não julga A maioria das famílias que convivem com a neurodivergência ainda lida com estigmas sociais, falta de compreensão dos sistemas públicos e ausência de rede de apoio concreta. Nesse contexto, o isolamento vira regra, e o sentimento de solidão aumenta. "É essencial que os pais tenham espaços para falar sobre suas angústias e para fortalecer a rede de suporte. O autocuidado não é egoísmo, é parte do processo terapêutico da criança”, reforça Paula Chaves. Ela destaca que o autocuidado deve ser encarado como uma prática constante, e não um luxo eventual. Isso inclui não apenas procurar apoio psicológico, mas também buscar formas de dividir as responsabilidades com familiares e cuidadores próximos, garantindo que o peso do cuidado não recaia sobre uma única pessoa. Atividades como exercícios físicos leves, hobbies, espiritualidade, rede de apoio e momentos de lazer funcionam como válvulas de escape importantes para manter a saúde emocional dos cuidadores e oferecer à criança um ambiente mais estável e amoroso. 7 DICAS DE CUIDADO PARA QUEM CUIDA 1. Busque psicoterapia ou escuta profissional Falar com alguém especializado pode ajudar a organizar os pensamentos, aliviar a ansiedade e criar estratégias para o dia a dia. 2. Divida tarefas com quem puder Converse com familiares, parceiros e amigos. Delegar não é sinal de fraqueza — é inteligência emocional. 3. Procure grupos de apoio Outros pais e mães vivendo experiências semelhantes podem oferecer acolhimento, empatia e até soluções práticas. 4. Cuide do corpo: durma, se alimente e movimente-se A rotina é intensa, mas pequenos cuidados com o corpo impactam diretamente a saúde emocional. 5. Programe pausas reais Mesmo que sejam 15 minutos por dia para respirar, ler, meditar ou ouvir uma música que você ama. Você merece. 6. Reconheça seus limites Você não precisa dar conta de tudo. Aceitar seus próprios limites é o primeiro passo para respeitá-los. 7. Lembre-se: o tratamento da criança passa por você Cuidar de si é cuidar do outro. Você faz parte ativa da evolução do seu filho — e isso começa com seu próprio bem-estar. Um novo olhar sobre o cuidado A saúde mental dos pais de crianças neurodivergentes precisa ser olhada com a mesma seriedade e sensibilidade com que se observa o desenvolvimento das crianças. Ignorar o sofrimento dessas famílias é comprometer a base de todo o processo de acolhimento e transformação. "Não podemos mais pensar no cuidado de forma individualizada. A criança, a família, a escola, a sociedade — todos fazem parte de um sistema. E esse sistema precisa estar bem ajustado para funcionar. Quando os pais estão emocionalmente saudáveis, todo o entorno da criança se beneficia”, finaliza Paula Chaves. Cuidar de uma criança neurodivergente é um ato de amor que exige presença, coragem e resistência diária. Mas para que esse cuidado seja sustentável e saudável, é preciso que a sociedade enxergue também quem está por trás dele. Dar visibilidade à saúde mental dos pais é uma questão de empatia, além

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