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Algomais Saúde

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Como curtir a Páscoa sem prejudicar a saúde bucal das crianças e adultos

Cirurgiã-dentista da Odonto FPS dá dicas para aproveitar os chocolates com moderação e manter o sorriso saudável A Páscoa é um dos momentos mais doces e esperados do ano, marcada por celebrações em família e, claro, pelo consumo de chocolates. Em 2024, as compras de chocolates no Brasil cresceram 15% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Kantar. Com tantos ovos e bombons circulando, é importante redobrar a atenção com a saúde bucal, especialmente das crianças, que tendem a exagerar no consumo em pouco tempo. De acordo com a cirurgiã-dentista Liana Studart, da Odonto FPS, o excesso de açúcar pode favorecer o surgimento de cáries e outros problemas nos dentes. “O ideal é estabelecer um horário específico para o consumo dos doces, ao invés de beliscar durante o dia inteiro. A frequência elevada mantém o pH da boca ácido, o que facilita a formação das lesões de cárie”, alerta a especialista. A escovação correta, até 30 minutos após o consumo dos chocolates, é essencial para evitar o acúmulo de placa bacteriana. Além disso, a profissional reforça a importância de manter o uso do fio dental e do creme dental com flúor, pelo menos duas vezes ao dia — e uma terceira escovação extra, caso os doces sejam consumidos fora das principais refeições. Para uma Páscoa mais saudável, a Dra. Liana dá algumas orientações: evitar oferecer açúcar para crianças menores de dois anos; escolher chocolates com maior teor de cacau (acima de 60%); incentivar a ingestão de água após os doces para estimular a salivação; e controlar as quantidades ingeridas. Com pequenas mudanças, é possível curtir a data sem deixar a saúde bucal de lado.

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Millena Pinheiro infecto

Como evitar infecções em academias de ginástica?

Ambientes com grande circulação de pessoas e suor, como academias, exigem atenção redobrada à higiene para prevenir infecções de pele, respiratórias e até oculares. Mas não há motivo para alarde: com cuidados simples e rotinas adequadas de limpeza, é possível manter o treino seguro e saudável. Frequentar a academia traz inúmeros benefícios à saúde física e mental. No entanto, o ambiente que promove qualidade de vida também pode esconder armadilhas invisíveis: vírus, bactérias e fungos. Por isso, manter boas práticas de higiene é fundamental para evitar infecções comuns nesse tipo de espaço coletivo. Segundo especialistas, infecções respiratórias como Covid-19 e influenza, além de problemas dermatológicos como foliculite e impetigo, bem como oculares, podem ser transmitidos em academias por meio do contato com superfícies contaminadas e da exposição a ambientes fechados sem ventilação adequada, como em diversos ambientes públicos. “As academias, por terem muitas superfícies tocadas por diferentes pessoas e, muitas vezes, por serem ambientes fechados, podem facilitar a disseminação de vírus e bactérias caso não haja higiene adequada”, alerta a infectologista Millena Pinheiro. Quais infecções são mais comuns nas academias? Ambientes compartilhados e com muita circulação de pessoas favorecem a transmissão de alguns tipos de infecção. Nas academias, as mais comuns são: “Essas doenças podem surgir mesmo em pessoas com a pele íntegra, mas o risco aumenta se houver pequenos machucados ou lesões que possam entrar em contato com áreas sujas”, explica a infectologista. Por isso, redobrar a atenção com a higiene pessoal e com a limpeza dos equipamentos é fundamental para quem deseja manter a rotina de treinos sem comprometer a saúde. Equipamentos mais críticos na contaminação Qualquer aparelho pode se tornar um vetor de microrganismos, mas alguns itens merecem atenção redobrada: “São equipamentos em que a atividade gera suor com maior intensidade ou pela dificuldade de higienizar”, afirma a infectologista Millena Pinheiro. A recomendação é sempre limpar os aparelhos antes e depois do uso com produtos adequados fornecidos pela academia. Essa prática simples ajuda a reduzir significativamente o risco de contaminação e garante um ambiente mais seguro para todos. O papel do suor e da umidade A combinação de temperatura elevada e suor favorece a proliferação de microrganismos, principalmente bactérias. “Umidade e calor criam o ambiente perfeito para bactérias se multiplicarem. Por isso, é essencial higienizar os equipamentos antes do uso e se houver lesões ou feridas na pele, mantê-las cobertas sempre que possível”, reforça a especialista. Além disso, usar roupas leves e respiráveis e evitar permanecer com peças úmidas por muito tempo também ajuda a prevenir infecções cutâneas, como micoses e foliculites. Como se proteger nas academias? As boas práticas de higiene fazem toda a diferença. Confira as principais orientações: Frequência e qualidade da limpeza A limpeza das academias deve ser diária nas áreas de uso comum, com produtos antissépticos capazes de eliminar bactérias, vírus e fungos. Já a limpeza geral deve ser feita semanalmente. “Não basta passar um pano. É necessário usar saneantes apropriados para garantir a desinfecção real dos equipamentos”, alerta Millena Pinheiro. Essa higienização criteriosa não só protege os frequentadores de possíveis infecções, como também contribui para a credibilidade e segurança oferecidas pelo espaço fitness. Ventilação e ar-condicionado: vilões ou aliados? Ambientes mal ventilados podem facilitar a propagação de partículas virais pelo ar. E mais: um sistema de ar-condicionado sem manutenção adequada pode acumular fungos prejudiciais à saúde “A ventilação inadequada não influencia tanto na propagação de bactérias, mas pode sim favorecer a permanência de vírus no ar por mais tempo. Além disso, fungos presentes em sistemas de climatização que não passem por manutenção periódica, podem causar infecções respiratórias graves em pessoas imunossuprimidas”, completa a infectologista Millena Pinheiro. Importante manter ventiladores e condicionadores de ar, higienizados e limpos. MITOS E VERDADES SOBRE INFECÇÕES EM ACADEMIAS Afirmativa Verdadeiro ou Mito? Explicação Equipamentos compartilhados, como halteres, podem transmitir vírus e bactérias. ✅ Verdade O contato com superfícies contaminadas pode facilitar a transmissão por toque ou pele. Apenas academias muito movimentadas oferecem risco de infecção. ❌ Mito O que importa é a qualidade da limpeza, não o número de frequentadores. Usar chinelos no vestiário protege contra fungos e verrugas plantares. ✅ Verdade Minimiza o contato direto com pisos úmidos e possíveis fontes de contaminação. Álcool em gel é suficiente para limpar aparelhos de treino. ❌ Mito Se houver sujeira visível, o álcool não é eficaz. É necessário usar produtos desinfetantes. Roupas úmidas dentro da bolsa aumentam o risco de proliferação de fungos e bactérias. ✅ Verdade A umidade favorece o crescimento de microrganismos. Sentar sem roupa íntima em banco de banheiro pode causar ISTs. ❌ Mito As ISTs não são transmitidas por superfícies, mas sim por contato sexual direto. Treino com proteção é treino seguro Cuidar da higiene pessoal e respeitar as regras de limpeza da academia são atitudes que protegem não apenas você, mas toda a comunidade que compartilha o mesmo espaço de treino. Leve sua garrafa de água, toalha individual e mantenha os cuidados com a pele e as mãos — seu corpo agradece dentro e fora da academia. Em caso de você apresentar algum sintoma infeccioso como por exemplo febre, espirros, coriza e se sentir bem para frequentar a academia, usar máscara e higienizar as mãos. “Treinar com segurança é possível. Basta ter atenção aos detalhes e adotar medidas preventivas simples no dia a dia”, finaliza a infectologista Millena Pinheiro. Pequenas atitudes, como higienizar os equipamentos e evitar o uso de objetos compartilhados sem limpeza, fazem toda a diferença na prevenção de doenças. E vale lembrar: a academia é um espaço como qualquer outro. Manter hábitos de higiene deve ser uma prática constante — seja no treino, no trabalho ou em casa — para garantir saúde e bem-estar em todos os ambientes. Millena Pinheiro é médica infectologista do Real Hospital Português (RHP) @realhospitalportugues - @millenapinheiro Escritório de advocacia promove walking tour pelo Recife Antigo O escritório de advocacia Portela Soluções Jurídicas promoveu, no sábado (12), um walking tour pelo Recife Antigo. Os participantes caminharam pelas ruas e pontes da cidade e foram auxiliados

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Chocolate dá espinha? Saiba o que realmente acontece com sua pele na Páscoa

Dermatologista explica como o doce pode afetar quem tem tendência à acne e dá dicas para manter a pele saudável mesmo com o aumento do consumo Com a chegada da Páscoa, aumenta também o consumo de chocolate — e, junto com ele, a preocupação com as espinhas. A dúvida é antiga: será que comer chocolate causa acne? A dermatologista Marina Coutinho esclarece que a resposta depende de vários fatores, como o tipo de chocolate, a quantidade ingerida e as condições hormonais de cada pessoa. “Estudos mostram que o chocolate ao leite, por conter açúcar e derivados do leite, pode, sim, agravar a acne em pessoas predispostas”, afirma Marina. Isso porque esses ingredientes estimulam processos inflamatórios e aumentam a produção de sebo, favorecendo o aparecimento das temidas espinhas. Já o chocolate amargo, com alto teor de cacau (acima de 70%), tende a ser menos prejudicial e até benéfico em pequenas quantidades, graças aos antioxidantes naturais presentes no cacau. Quem faz uso de terapia hormonal — como anticoncepcionais, reposição hormonal ou tratamento de transição de gênero — deve redobrar os cuidados, pois as oscilações hormonais deixam a pele mais sensível ao surgimento da acne. E, se você está em tratamento com medicamentos como isotretinoína ou antibióticos, o consumo excessivo de chocolate com açúcar e leite pode comprometer os resultados, mesmo que não haja interação direta com os remédios. Qual o melhor chocolate para quem quer evitar espinhas? O segredo está no cacau. Quanto maior o teor de cacau e menor a presença de açúcar e leite, menor a chance de prejudicar a pele. Por isso, os chocolates amargos (acima de 70%) são os mais indicados para quem tem tendência à acne. “Além disso, o cacau é rico em antioxidantes, como flavonoides, que podem até beneficiar a saúde da pele em pequenas doses”, acrescenta Marina. Terapia hormonal + chocolate: combinação perigosa? Pessoas que fazem uso de terapia hormonal – como anticoncepcionais, reposição hormonal ou tratamento de transição de gênero – precisam redobrar a atenção. “Alterações hormonais já deixam a pele mais propensa à acne. Quando somadas ao consumo frequente de chocolates ricos em açúcar e gordura, o quadro pode se agravar”, alerta a dermatologista. Chocolate e medicamentos antiacne: pode misturar? Se você está em tratamento contra a acne, seja com antibióticos, ácidos ou isotretinoína, o chocolate não é exatamente proibido, mas exige moderação. “O consumo excessivo pode reduzir os efeitos dos tratamentos, especialmente se o chocolate tiver muito açúcar ou leite”, explica a médica. “Não há interação direta com os medicamentos, mas o estilo de vida influencia nos resultados do tratamento”. Exagerou no chocolate! E agora? Se você passar da conta na Páscoa (quem nunca?), não precisa entrar em pânico. A pele pode reagir, sim, com o surgimento de espinhas, especialmente após alguns dias. Nesses casos, vale fazer um skincare reforçado. “Use sabonetes específicos para pele oleosa, mantenha a hidratação com produtos leves e aposte em máscaras de argila para controlar a oleosidade”, recomenda Marina. Só evite esfoliações agressivas ou o uso de vários produtos ao mesmo tempo, pois isso pode irritar ainda mais a pele. Skincare pós-chocolate: passo a passo suave para cuidar da pele na Páscoa  Lave o rosto de manhã com um sabonete suave Use um sabonete facial específico para pele oleosa ou acneica, mas com fórmula sem álcool e não abrasiva. Produtos com ácido salicílico em baixa concentração (até 2%) são boas opções para desobstruir poros, suavemente. Dica: evite lavar o rosto com água quente — prefira a morna ou fria para não estimular a produção de mais óleo. Use uma loção tônica calmante (sem álcool) Escolha tônicos com ingredientes como hamamélis, aloe vera ou chá verde, que ajudam a acalmar e equilibrar o pH da pele, sem causar irritação. Hidrate, sim! Mesmo com espinhas Muita gente pula esse passo achando que a pele oleosa não precisa de hidratação — erro! Uma pele desidratada pode produzir ainda mais óleo. Use hidratantes oil-free, não comedogênicos e em gel, ideais para peles acneicas. Protetor solar sempre O sol pode manchar espinhas e agravar inflamações. Escolha um protetor com toque seco e FPS 30 ou mais. Prefira versões com cor, que ajudam a proteger ainda mais contra a luz visível. À noite: repita a limpeza com carinho Volte ao sabonete facial, tônico calmante e hidratante. À noite, sua pele se regenera — então a limpeza e hidratação são ainda mais importantes. Dicas extras para manter a pele limpa na Páscoa:✔ Prefira chocolates com 70% de cacau ou mais✔ Evite exageros — um pedacinho por dia basta✔ Beba bastante água✔ Não descuide da rotina de limpeza e proteção solar✔ Suspenda o chocolate se notar piora das espinhas✔ E, claro, procure um dermatologista se o quadro se agravar

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Você sabe reconhecer os sinais da menopausa? Ginecologista explica sintomas, tratamentos e cuidados essenciais

Descubra os principais sintomas da menopausa, como a fase afeta a saúde da mulher e quais cuidados adotar antes, durante e após esse período. Ginecologista da Hapvida esclarece tudo.

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Saúde, tecnologia e sustentabilidade em foco no 3º Encontro Sindhospe Garanhuns

Evento reunirá empresários e especialistas para discutir os desafios do setor no interior de Pernambuco O Agreste Meridional será palco, nesta quinta-feira (10), de um debate crucial sobre os rumos do setor saúde. O 3º Encontro Sindhospe Garanhuns, promovido pelo Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, reunirá empresários, gestores e especialistas no SESC Garanhuns para discutir inovação, segurança digital, negociações com operadoras de saúde e sustentabilidade financeira das instituições. Com início às 14h, o evento traz uma programação intensa, com destaque para o painel “Cibersegurança: proteção digital para os hospitais e a saúde do futuro”, ministrado pelo analista de sistemas Jonas Aquino. Outro tema relevante será a negociação de contratos com planos de saúde, abordado por Douglas Carneiro, do grupo Essencial Saúde. Haverá ainda palestras sobre gestão de talentos, litígios trabalhistas e convenções coletivas, com nomes como Peggy Corte Real, Solange Bezerra e Dr. Guilherme Tavares de Melo. “O interior tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da saúde em Pernambuco”, destaca o delegado regional do Sindhospe, Dr. José Tinoco Filho. Desde 2018, Garanhuns abriga a primeira delegacia regional da entidade, que representa 26 cidades do Agreste Meridional. Para o presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro, o evento é uma oportunidade de atualização essencial para o setor. “Tomar decisões acertadas exige conhecimento e conexão com os desafios e avanços do momento”, afirma. Serviço📍 Evento: 3º Encontro Regional do Agreste Meridional – Subsede Garanhuns📅 Data: 10 de abril de 2025, das 14h às 17h45📌 Local: SESC Garanhuns — Rua Manoel Clemente, 136, Centro, Garanhuns 🔎 Palavras-chave SEO: Sindhospe Garanhuns, saúde do futuro, cibersegurança hospitais, convenções coletivas saúde, encontro setor saúde Pernambuco, tecnologia na saúde, sustentabilidade financeira hospitais

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Dia Mundial da Saúde: como preservar e ganhar massa muscular após os 50 anos

Atividade física, alimentação equilibrada e acompanhamento médico são aliados essenciais para evitar a sarcopenia e promover um envelhecimento ativo e saudável Neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, especialistas chamam atenção para a importância da saúde muscular, especialmente a partir dos 50 anos. A perda progressiva de massa e força muscular — chamada sarcopenia — é um processo natural do envelhecimento, mas pode ser significativamente retardada ou até revertida com a combinação certa de exercício, nutrição e cuidados médicos. Segundo o ortopedista Dr. Adriano Leonardi, referência em medicina esportiva, a perda de fibras musculares se inicia por volta dos 40 anos e se intensifica com o sedentarismo, doenças crônicas e uso prolongado de medicamentos como corticoides e estatinas. “Perdemos de 0,5% a 1% da fibra muscular por ano, além de até 3% da força. A boa notícia é que isso pode ser prevenido com estratégias adequadas”, destaca o médico. A principal recomendação é investir em treinos estruturados, que combinem força, aeróbicos, equilíbrio e mobilidade. “A prática deve ser orientada de acordo com o histórico individual e acompanhada de exames como eletrocardiograma e ergometria para garantir segurança”, explica Leonardi. Uma alimentação rica em proteínas — de 0,8 a 1,2g por quilo de peso corporal — e, em alguns casos, a suplementação com creatina, Coenzima Q10 e beta-alanina, também contribuem para a preservação muscular. A sarcopenia tem impacto direto na qualidade de vida: reduz o metabolismo, aumenta o risco de doenças como Alzheimer, diabetes e problemas cardiovasculares, e compromete a recuperação em internações. “Músculo é saúde. Investir em massa muscular é garantir um envelhecimento mais ativo, funcional e com menos riscos”, conclui o especialista.

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Diagnóstico de TEA em meninas

*Por Juliana Maia O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o autismo, principalmente sobre a importância do diagnóstico dessa neurodivergência.  A escolha da cor foi resultado da maior prevalência do autismo em meninos que em meninas, numa proporção de 4:1. Dentro desse cenário, é importante lembrar que o diagnóstico tardio é muito comum em mulheres, pois muitas vezes, as meninas não apresentam as características mais comumente conhecidas no autismo, não sendo, assim, facilmente reconhecidas pelos pais ou responsáveis. Mas há uma explicação para esse fato. Os primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) começam a surgir na infância e, os mais marcantes são: atraso de fala e ausência de contato visual. Mas o autismo é um Espectro, e muitas vezes nas meninas sua manifestação não inclui atraso de fala. Em comparação com os meninos que recebem o diagnóstico, as meninas têm mais habilidade para a imitação e a percepção das regras e condutas sociais na interação, podendo mascarar suas dificuldades. Infelizmente, é comum haver relatos de mulheres que não conseguiam entender suas condições quando crianças e que, muitas vezes, eram submetidas a intervenções que não apresentavam resultados efetivos. Isso se deve ao fato de que, historicamente, pesquisas sobre autismo são concentradas no âmbito masculino e, portanto, há uma carência de estudos sobre o comportamento feminino nesse tipo de neurodivergência, criando padrões que não representam a subjetividade das mulheres.  Além disso, as mulheres e meninas apresentam a habilidade de camuflagem social e aprendem a imitar comportamentos e padrões para evitar discriminação e estresse psicológico. Essa estratégia é denominada de “masking” e faz com que elas reproduzam as atitudes de pessoas neurotípicas e assim consigam se adequar às expectativas e ter interações de qualidade. Infelizmente, por causa dessa habilidade, o diagnóstico nas meninas autistas acaba sendo tardio e isso pode gerar dificuldades ao longo da vida, como desenvolvimento de ansiedade e transtornos.  É fundamental que pais e responsáveis fiquem atentos aos primeiros sinais das crianças, pois o diagnóstico tardio implica em dificuldades na aprendizagem e desenvolvimento e os indivíduos podem crescer sem o suporte necessário para desenvolver habilidades emocionais e sociais.   *Juliana Maia é Fonoaudióloga, Terapeuta DIR Trainer e Sócia fundadora da Aprimore Terapia Integrada

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Especialista alerta sobre riscos da desidratação em crianças e idosos

Falta de hidratação pode causar tonturas, desmaios e exigir internação em casos graves A desidratação ocorre quando o organismo perde mais líquido do que recebe, comprometendo funções vitais. O problema é mais comum em crianças e idosos, especialmente em situações de diarreia, vômitos, esforço físico excessivo ou calor intenso. Os sintomas vão desde boca seca e tontura até quedas de pressão e desmaios em quadros mais graves. Segundo Maurício Cavalcante, neuropediatra da Hapvida, a desidratação pode evoluir rapidamente, principalmente em crianças, que possuem um metabolismo acelerado, e em idosos, que apresentam menor reserva hídrica e menor sensação de sede. “A ausência de hidratação adequada pode levar à queda da pressão arterial e sintomas como tontura e desmaios, especialmente ao se levantar”, alerta o especialista. Grupos de risco e cuidados essenciais Crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades precisam de atenção especial. Nos pequenos, o metabolismo acelerado e a dependência de cuidadores para o consumo de líquidos aumentam o risco de desidratação. Já os idosos tendem a sentir menos sede e podem ter dificuldades físicas ou cognitivas para se hidratar adequadamente. Para prevenir complicações, é essencial ingerir água regularmente, evitar exposição excessiva ao calor e, em casos de doenças que causam perda de líquidos, como viroses, buscar orientação médica. Além disso, algumas medicações podem aumentar a necessidade de hidratação, exigindo maior atenção. Diagnóstico e tratamento O diagnóstico da desidratação é feito por meio de avaliação clínica e exames simples, como hemograma. Em casos graves, pode ser necessário monitoramento intensivo e exames mais detalhados. O tratamento básico inclui a reposição de líquidos, preferencialmente com água e soluções eletrolíticas. “Nos casos em que há vômito persistente, a reposição pode precisar ser feita por via intravenosa para evitar complicações mais severas”, explica Cavalcante. Manter a hidratação é um cuidado essencial para a saúde em todas as idades. Beber água regularmente e reconhecer os sinais iniciais da desidratação são passos fundamentais para evitar riscos mais sérios.

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Abril: mês para celebrar a saúde

No dia 06 de Abril será celebrado o Dia Mundial da Atividade Física, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para incentivar o combate ao sedentarismo e promover mais qualidade de vida. No entanto, grande parte dos brasileiros ainda não inseriram a prática de atividade física nos níveis recomendados pela OMS. A pesquisa “Saúde e Trabalho”, divulgada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em 2023, com pessoas de todos os estados brasileiros acima de 16 anos, mostrou que 39% das pessoas nunca fazem atividade física e outras 13% as fazem raramente. Apenas 22% fazem atividade física de forma diária. O número é referente a exercícios no tempo livre, excluindo deslocamento para trabalho ou escola e atividades ocupacionais. “A falta da prática regular de exercícios é uma questão preocupante, pois o sedentarismo está entre os principais fatores de risco para doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade, problemas cardiovasculares e osteoporose, reduzindo a expectativa e a qualidade de vida”, alerta o personal trainer Hilto Garcia. Conforme destaca o especialista, a OMS recomenda pelo menos 150 minutos semanais de atividade moderada ou 75 minutos de exercícios intensos. Atividades como caminhada, natação, ciclismo, musculação são alternativas para quem quer iniciar, promovendo melhorias na saúde e no bem-estar. “O mais importante é começar respeitando os limites do corpo e, se possível, com a orientação de um profissional de educação física. A progressão deve ser gradual, para evitar lesões e garantir uma adaptação saudável à nova rotina”, orienta Hilto Garcia. Musculação: por que incluir atividades de força na sua rotina? Com o passar dos anos, a perda de massa muscular se torna inevitável, mas os treinos de força podem desacelerar ou até reverter esse processo. Os músculos vão muito além da função motora e da manutenção da autonomia para as atividades diárias, eles são fundamentais para o armazenamento de glicose, o metabolismo de lipídios e até para a imunidade. "Os exercícios aeróbicos são essenciais para a saúde cardiovascular e pulmonar, mas, sozinhos, não proporcionam o estímulo necessário para o ganho de força e massa muscular. O ideal é combinar ambas as modalidades para obter benefícios completos”, orienta Hilto Garcia. Procure sempre a orientação do personal trainer da sua academia. Como dar os primeiros passos em direção a uma vida mais ativa? Escolha um esporte ou exercício que você goste: dar o primeiro passo é sempre um desafio, mas encontrar uma atividade prazerosa pode tornar essa transição mais fácil. Experimentar diferentes modalidades até encontrar algo que goste é uma boa estratégia. O mais importante nesse início é criar o hábito, manter a regularidade e permitir que o corpo se adapte gradualmente ao exercício. Conte com a orientação de um profissional: buscar a ajuda de um profissional de educação física é relevante para elaborar um plano de treino adequado às suas necessidades e limitações. O acompanhamento correto reduz o risco de lesões e garante que os exercícios sejam realizados de forma eficiente. Estabeleça metas realistas: definir objetivos alcançáveis é fundamental para manter a motivação. O foco deve estar na consistência, e não na intensidade extrema. Pequenos avanços diários são mais eficazes do que grandes esforços esporádicos. Cuide do seu bem-estar de forma integral: cuidar da saúde vai além do treino e da alimentação. Uma rotina equilibrada envolve boas noites de sono, hidratação adequada e momentos de lazer. O bem-estar mental e físico caminham juntos. Se um dia não sair como planejado, não se culpe. Retome seus hábitos saudáveis no dia seguinte e siga em frente. Ajuste sua alimentação para ter mais energia: as pequenas mudanças nos hábitos alimentares fazem toda a diferença. Priorizar alimentos naturais, como frutas, legumes e verduras, e reduzir o consumo de industrializados, embutidos e açúcares ajuda a melhorar a disposição e o desempenho físico. Além disso, manter uma boa hidratação é essencial para o bom funcionamento do organismo. Uma das maiores mudanças para a qualidade de vida acontece quando alguém deixa o sedentarismo e passa a se movimentar regularmente, atingindo pelo menos as recomendações mínimas. No entanto, quanto maior a frequência, a duração e intensidade na prática de exercícios, sempre respeitando os limites do corpo e a importância do descanso, maiores serão os benefícios para a saúde”, destaca o personal trainer Hilto Garcia. Hilto Garcia é formado em Educação Física pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - @hiltopersonal Abril Verde: mês de combate ao sedentarismo O Sistema CONFEF/CREFs (Conselho Federal de Educação Física e Conselhos Regionais de Educação Física) promove, anualmente, o Abril Verde: mês de combate ao sedentarismo  – aproveitando o Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril) e o Dia Mundial da Saúde (7 de abril). A campanha traz, durante todo o mês de abril, informações sobre o sedentarismo, como seus impactos em diversos aspectos da saúde física, mental, social e financeira do país. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 47% dos brasileiros são sedentários. Já entre os jovens, o número é maior e ainda mais alarmante: 84%. Os gastos diretos com cuidados de saúde devido à inatividade física chegam a quase 4 bilhões de dólares anuais no Brasil, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes para incentivar a prática de atividades físicas. O sedentarismo está ligado à maior parte das doenças crônicas, como obesidade, diabetes, demência, câncer, hipertensão e dislipidemia, que são os fatores de risco principais da doença cardiovascular. O exercício físico sistematizado e orientado por profissional de Educação Física combate doenças metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, musculoesqueléticas, psiquiátricas e neurológicas. O Guia de Atividade Física para a População Brasileira, documento de 2021 do Ministério da Saúde, recomenda que devem ser oferecidas, pelo menos, três aulas de educação física de 50 minutos cada, por semana, ao longo de todos os anos da Educação Básica, incluindo a Educação Infantil. Ministério e Secretarias de Educação, lamentavelmente, ignoram tais evidências. É imprescindível pensarmos em políticas transversais. A articulação de diferentes políticas,

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autismo adulto vida inteira TEA

Autismo ao longo da vida: Da infância à velhice e os desafios na sociedade

*Por Elizete Maria Viana Maciel e Marcos Emmanuel Viana Lima Embora possamos apenas reconstruir ou especular sobre a forma como a criança autista experimenta o mundo, sabemos que elas crescem, se desenvolvem e conseguem se integrar à sociedade. No entanto, ainda são frequentemente vistas como incapazes. Durante todo o mês de abril, abrimos espaço para falar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Caminhadas, palestras e atividades são algumas das formas de chamar a atenção para o tema, que ainda enfrenta muitas dúvidas, incertezas e dificuldades na obtenção de um diagnóstico. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR), o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Sua identificação pode ocorrer de forma precoce, sendo a dificuldade na interação pelo olhar e o atraso na fala alguns dos critérios mais comuns. No entanto, é essencial não generalizar: a falta de estimulação cognitiva pode levar a atrasos no desenvolvimento que não necessariamente indicam TEA. Desde o nascimento, é fundamental orientar os pais sobre como contribuir para o desenvolvimento de seus filhos, compreendendo os marcos do desenvolvimento e as etapas esperadas para cada faixa etária. Isso possibilita a identificação de possíveis atrasos na aprendizagem. As crianças precisam de espaço, contato com a natureza, experimentação e exploração: brincar funcionalmente, imitar, desenvolver a coordenação, tocar e sentir diferentes texturas, explorar os alimentos, as cores, as letras, os números e a música. Embora amplamente estudado na infância, o autismo persiste na adolescência, na vida adulta e na velhice, apresentando desafios e potencialidades em cada fase do desenvolvimento. O Diagnóstico e os Primeiros Desafios Antes do diagnóstico, os pais se deparam com inúmeras preocupações, especialmente em relação a como chegar ao diagnóstico correto. Encontrar profissionais capacitados e que conheçam profundamente o transtorno é essencial, mas é igualmente importante que esses especialistas saibam reconhecer as características individuais do autismo, sem ignorar as habilidades da pessoa. O diagnóstico não deve carregar um estigma de incapacidade, mas sim abrir caminhos para a busca da autonomia e independência. Na infância, fase em que o TEA é mais identificado, os principais sinais incluem dificuldades na interação social, padrões restritos de comportamento e interesses intensos (como o hiperfoco). O diagnóstico precoce é essencial para estimular habilidades de comunicação e interação social, promovendo uma melhor adaptação no ambiente familiar, escolar e social. Além disso, compreender o comportamento autista é crucial para lidar com desafios emocionais, baixa autoestima e dificuldades com mudanças e frustrações. Nessa fase, também se destacam questões como seletividade alimentar, deficiência de vitamina D, excesso de ferro e outros fatores que podem influenciar o comportamento e devem ser analisados por meio de exames e acompanhamento médico. Adolescência: Novas Demandas e Desafios Na adolescência, surgem novas questões e desafios que diferem da infância. As demandas escolares, sociais e familiares aumentam, e a adaptação a essas mudanças pode ser complexa. No ambiente escolar, o adolescente autista pode ser visto como “estranho”, “chato” ou “difícil”, e sua resistência a contatos físicos pode ser mal interpretada. Entretanto, essas dificuldades frequentemente estão ligadas a questões sensoriais. O excesso de barulho, luzes intensas, mudanças hormonais e a necessidade de compreender o próprio comportamento podem gerar uma sensação de inadequação. No entanto, o problema não está na pessoa autista, mas na falta de compreensão do mundo ao seu redor. O diálogo precisa ser claro, objetivo e adaptado às necessidades individuais. Com o aumento do número de adolescentes autistas nas instituições de ensino, é essencial que os profissionais estejam preparados para oferecer um atendimento humanizado e acolhedor. Autismo na Vida Adulta: Reconhecimento e Desafios Profissionais Atualmente, há um crescimento significativo na busca pelo diagnóstico de TEA em adultos. Muitas pessoas procuram compreender seu próprio comportamento e encontrar uma explicação científica para características como a aversão ao toque, a preferência pelo isolamento social e a dificuldade de interação em ambientes convencionais. Muitos adultos são diagnosticados tardiamente e se perguntam se um diagnóstico precoce na infância poderia ter feito a diferença. O avanço das pesquisas e a capacitação de profissionais permitiram um maior conhecimento sobre o TEA, possibilitando diagnósticos mais precisos e reduzindo a marginalização de comportamentos autistas, que antes eram rotulados como “inconvenientes”, “mal-educados” ou “sem noção”. No contexto profissional, a rotina laboral e as cobranças sociais são frequentemente os gatilhos para a busca de um diagnóstico. Isso não significa que a pessoa autista está em busca de uma justificativa para suas dificuldades, mas sim de uma melhor compreensão de si mesma e do seu relacionamento com o mundo. Quando suas habilidades são reconhecidas e valorizadas, autistas podem se destacar em diversas áreas, como tecnologia, artes e ciências. Em muitos casos, indivíduos autistas apresentam altas habilidades e superdotação, mas esse é um tema que merece ser tratado separadamente. A inclusão no mercado de trabalho exige o reconhecimento das particularidades do TEA, garantindo oportunidades equitativas e promovendo um ambiente profissional mais diverso e acessível. Autismo na Velhice: Um Campo Ainda em Exploração O autismo na velhice ainda é um tema pouco explorado, mas estudos recentes começam a investigar seus impactos. O processo de envelhecimento traz desafios que podem se sobrepor ao TEA, como a relação com transtornos neurodegenerativos, incluindo a doença de Alzheimer. É fundamental diferenciar os sinais do declínio cognitivo natural daqueles relacionados ao autismo, e para isso, uma avaliação multidisciplinar se faz necessária. Além disso, garantir a qualidade de vida, reconhecer habilidades e oferecer suporte em todas as fases do desenvolvimento são elementos essenciais para promover um envelhecimento saudável e digno para a pessoa autista. *Por Elizete Maria Viana Maciel é psicóloga e mestranda em Psicologia (UFPE), especialista em gerontologia (UNICAP), em neuropsicologia (FPS) e neuropsicologia pelo Conselho Regional de Psicologia. *Marcos Emmanuel Viana Lima é pedagogo, com pós-graduação em psicanálise, psicopedagogia, em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), em educação especial e neuropsicopedagogia.

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