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Maio Amarelo destaca os desafios de pessoas neurodivergentes no trânsito

Campanha amplia debate sobre mobilidade inclusiva e alerta para impactos sensoriais em autistas e outros neurodivergentes A campanha Maio Amarelo, voltada à segurança no trânsito, amplia seu foco em 2025 ao abordar os desafios enfrentados por pessoas neurodivergentes — como autistas e indivíduos com TDAH — nas ruas, estradas e meios de transporte. A discussão é urgente: o mais recente relatório do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), divulgado em abril deste ano, aponta que 1 em cada 31 crianças está no espectro autista, o que reforça a necessidade de repensar políticas públicas, estruturas urbanas e práticas sociais que favoreçam uma mobilidade mais empática e segura. Barulhos intensos, trânsito imprevisível e longos engarrafamentos podem causar sobrecargas sensoriais em pessoas neurodivergentes, afetando diretamente seu bem-estar. “O barulho constante, a imprevisibilidade dos engarrafamentos e o confinamento dentro de carros ou transportes públicos podem gerar sobrecarga sensorial. Isso afeta o comportamento, causa ansiedade, irritabilidade e, em alguns casos, crises intensas de desregulação emocional”, explica a psicóloga Ednalva Mariano. Ambientes urbanos mal planejados dificultam ainda mais a experiência de deslocamento e exigem estratégias específicas de acolhimento e preparação. No transporte individual, criar um ambiente previsível faz toda a diferença. A psicóloga recomenda que os responsáveis antecipem o trajeto, mostrem o percurso no GPS, evitem mudanças de rota e ofereçam itens de conforto sensorial, como abafadores de ruído, brinquedos táteis e músicas familiares. “Se a criança, ou o adolescente se desregular no carro, o ideal é parar o veículo em local seguro, reduzir os estímulos e ajudá-la a recuperar o equilíbrio emocional. O acolhimento é o primeiro passo”, enfatiza. Nos transportes coletivos, os desafios se intensificam. Ônibus e metrôs lotados, cheiros, luzes e sons intensos podem ser gatilhos para crises emocionais. Para minimizar o impacto, é recomendado evitar horários de pico, carregar objetos sensoriais de apoio e combinar sinais que alertem sobre o desconforto. “Muitas pessoas não conseguem usar transporte público por causa do excesso de estímulos. Mas, quando não há opção, é importante preparar a pessoa com informações sobre o trajeto e o que pode acontecer”, orienta Ednalva. A cidade também impõe obstáculos aos pedestres neurodivergentes. Buzinas, travessias rápidas e estímulos visuais inesperados dificultam a locomoção a pé. Medidas simples como ensinar rotas seguras, usar pulseiras de identificação e sinalizações como o cordão de girassol ou adesivos com o símbolo do autismo ajudam a garantir mais segurança e respeito. Em caso de crise, é essencial oferecer ajuda com calma, respeitando limites e promovendo empatia. No Recife, a inclusão ganhou reforço com a emissão de credenciais específicas para pessoas com TEA, válidas em todo o Brasil por cinco anos. A credencial permite o uso de vagas especiais em vias públicas e estabelecimentos privados. Espaços como a Clínica Mundos também contribuem com esse ecossistema de apoio: referência no tratamento multidisciplinar de crianças e adolescentes neurodivergentes, já realizou mais de 1 milhão de atendimentos desde 2023 e está em plena expansão em Pernambuco. Dicas para um trânsito mais inclusivo e seguro 1. Respeite o tempo dos pedestres: Nem todos reagem com rapidez aos sinais. Seja paciente. 2. Evite buzinas desnecessárias: Sons altos podem ser gatilhos para pessoas com hipersensibilidade auditiva. 3. Dê preferência na faixa: Pedestres neurodivergentes podem ter dificuldade para avaliar o tempo de travessia. 4. Adesivo com identificação de neurodivergência importa: Os símbolos como o quebra-cabeça colorido ajudam a sinalizar vulnerabilidade e incentivar a empatia. 5. Estacione corretamente: Rampas e calçadas livres garantem acessibilidade. E não esqueça de usar a identificação de vaga especial. 6. Fique atento a comportamentos diferentes: Em caso de crise visível, ofereça ajuda de forma calma e respeitosa. 7. Transporte escolar: exija capacitação: escolas e motoristas devem saber lidar com crianças neurodivergentes.

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Uso compulsivo de redes sociais por adolescentes pode virar transtorno mental reconhecido

Especialistas defendem criação de diagnóstico clínico para dependência digital e alertam para impactos na saúde mental de jovens Pesquisadores de diferentes áreas da saúde mental estão propondo que o uso excessivo e compulsivo de redes sociais por adolescentes seja oficialmente reconhecido como um transtorno mental. A proposta, publicada na revista científica JAMA, sugere critérios diagnósticos clínicos específicos para a nova condição, com o objetivo de nortear diagnósticos, políticas públicas e tratamentos especializados. A urgência do debate está relacionada ao crescimento de casos de ansiedade, depressão, insônia e baixa autoestima entre adolescentes hiperconectados. Para a psicóloga Karine Ataíde, pesquisadora em dependência digital, a classificação pode ser um marco importante para o campo da saúde mental infantil e juvenil. “A inclusão da dependência digital como transtorno mental, especialmente para crianças e adolescentes, é importante por diversas razões, tanto do ponto de vista clínico quanto social e preventivo”, afirma. Ela destaca que, por não constar atualmente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o vício em telas ainda não é reconhecido oficialmente, o que dificulta intervenções clínicas e educativas. Karine integra um grupo de pesquisa voltado às infâncias e adolescências no Brasil e defende que a formalização do transtorno é essencial para diferenciar o uso frequente de um comportamento patológico. “Além de possibilitar um diagnóstico estruturado, os profissionais de saúde mental passam a ter critérios claros para identificar o problema, contribuindo para a diferenciação do uso excessivo de um transtorno real”, explica. A especialista lembra que a dependência digital implica prejuízos sociais, acadêmicos, emocionais e físicos. Estudos internacionais reforçam essa preocupação. Uma pesquisa publicada na revista Nature Human Behaviour, com mais de 3 mil adolescentes britânicos, revelou que jovens com histórico de transtornos mentais passam mais tempo nas redes sociais e são mais vulneráveis a comparações sociais, comentários negativos e à perda de controle sobre o tempo de uso. “A dependência digital está associada a diversos problemas de saúde mental em adolescentes, incluindo ansiedade, depressão, distúrbios do sono e baixa autoestima”, acrescenta Karine. Além do diagnóstico clínico, a psicóloga reforça a necessidade de ações preventivas e da atuação conjunta entre famílias, escolas e profissionais de saúde. “Família e escola desempenham papéis fundamentais no enfrentamento da dependência de redes sociais entre adolescentes”, diz. Para Karine, reconhecer oficialmente o transtorno pode ser decisivo. “A inclusão formal da dependência digital como transtorno mental pode ser um passo decisivo para encarar essa questão de forma ativa e proteger a saúde mental dos adolescentes em um mundo cada vez mais conectado.”

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Sindhospe promove debate sobre pejotização e planejamento tributário em Serra Talhada

Encontro regional reúne especialistas e lideranças do setor saúde para discutir desafios jurídicos, financeiros e operacionais no interior de Pernambuco Em meio à expectativa por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a pejotização nas relações de trabalho, o Sindicato dos Hospitais Privados de Pernambuco (Sindhospe) realiza, nesta quinta-feira (8), o 4º Encontro Regional dos Sertões Central, Moxotó e do Pajeú – Subsede Serra Talhada. O evento será realizado no auditório do Senac local, das 9h às 19h, e vai reunir empresários, advogados e especialistas do setor de saúde para discutir os principais entraves jurídicos e financeiros enfrentados pelas instituições médicas no estado. A programação inclui palestras sobre terceirização, pejotização e cooperativismo, com destaque para a abertura, conduzida pelos advogados Solange Bezerra e Guilherme Tavares de Melo. Eles apresentam a conferência “Entre a flexibilidade e a segurança: os desafios da terceirização, pejotização e cooperativismo”, tema cada vez mais relevante no cenário jurídico e econômico do país. A prática de contratar profissionais como pessoas jurídicas (PJs ou MEIs), amplamente adotada no setor de saúde, tem sido alvo de questionamentos legais e demanda planejamento estratégico por parte das instituições. Além dos aspectos trabalhistas, o encontro também aborda temas de grande impacto para a sustentabilidade financeira das empresas de saúde, como planejamento tributário, redução de custos operacionais e segurança digital. O evento contempla ainda debates sobre o cooperativismo de crédito como alternativa viável para instituições do setor. A expectativa é de que o encontro contribua para a qualificação da gestão hospitalar, especialmente no interior do estado. Serra Talhada, considerada o quarto maior polo médico-hospitalar de Pernambuco, se destaca por sua localização estratégica e capacidade de atendimento regional. “Serra Talhada é uma cidade muito estratégica dentro do setor de saúde privada e filantrópica em Pernambuco, segundo maior polo médico do país”, afirma o presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro. A cidade exerce papel fundamental como referência de saúde no Sertão e concentra importantes unidades hospitalares que atendem a vários municípios da região. ServiçoEvento: 4º Encontro Regional dos Sertões Central, Moxotó e do Pajeú – Subsede Serra TalhadaData: 8 de maio de 2025Horário: das 9h às 19hLocal: Auditório do Senac – Av. Waldemar Ignácio de Oliveira, nº 325, bairro de Bom Jesus, Serra Talhada – PERealização: Sindhospe – Sindicato dos Hospitais Privados de Pernambuco

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Tecnologia impulsiona nova era da medicina no Brasil: da Saúde 4.0 à 5.0

Desafios e oportunidades na construção de um modelo médico mais inteligente, integrado e humano A medicina vive uma transformação estrutural impulsionada por inovações tecnológicas que, cada vez mais, moldam o presente e o futuro da assistência em saúde. Após os avanços significativos da chamada Saúde 4.0 — que trouxe a digitalização dos processos, automação de fluxos e o uso de tecnologias como inteligência artificial (IA), big data e Internet das Coisas (IoT) — o setor se prepara para um novo salto: a era da Saúde 5.0. Segundo o ortopedista Sormane Britto, especialista em healthtech e inovação, a Saúde 4.0 representou um marco ao integrar tecnologias disruptivas ao ecossistema médico, promovendo eficiência, conectividade e maior controle sobre a jornada do paciente. “A digitalização permitiu desde o uso de prontuários eletrônicos até o monitoramento remoto de doenças crônicas, criando bases sólidas para a evolução do modelo de atenção à saúde”, afirma. Contudo, apesar dos ganhos operacionais, a Saúde 4.0 também trouxe um desafio relevante: o risco de desumanização. O foco excessivo em processos e indicadores, por vezes, gerou distanciamento entre médico e paciente, enfraquecendo o vínculo terapêutico. É nesse contexto que surge a Saúde 5.0 — conceito inspirado na Sociedade 5.0, proposta pelo governo japonês, que defende o uso ético, inteligente e centrado da tecnologia em benefício do ser humano. A proposta não é retroceder, mas evoluir para um modelo de cuidado que una a precisão tecnológica com a empatia clínica. “A Saúde 5.0 é uma resposta direta ao desafio contemporâneo de integrar tecnologia com sensibilidade. É um modelo que valoriza o paciente como um ser integral, indo além do diagnóstico e considerando suas condições emocionais, sociais e culturais”, destaca Britto. Nesse novo cenário, a tecnologia deixa de ser apenas um instrumento operacional para se tornar uma ferramenta estratégica de suporte à decisão clínica, personalização do cuidado e promoção da saúde integral. Soluções como IA para triagem inteligente, wearables com sensores preditivos, algoritmos de apoio diagnóstico e sistemas de interoperabilidade em tempo real passam a atuar como extensões do olhar clínico — aumentando a eficiência sem perder a essência do cuidado humano. “A tecnologia deve servir para ampliar a escuta, fortalecer vínculos e apoiar decisões mais seguras e personalizadas. Não se trata de automatizar a relação, mas de potencializá-la com inteligência e ética”, conclui Britto. A expectativa é clara: nos próximos anos, o Brasil deverá consolidar um modelo híbrido de atendimento — preciso como a máquina, sensível como o humano — com a tecnologia como protagonista de um novo ciclo da medicina centrada no paciente. Sormane Britto é ortopedista com especialização em metabolismo e fisiologia do exercício e especialista em healthtech e inovação - @drsormanebritto Cuidado, acolhimento e valorização da pessoa cadeirante O Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), em parceria com o Projeto Somos (Servir com o prOpósito de Mudar a HistÓria de MuitoS), realizará no dia 8 de maio, das 13h30 às 16h30, o evento VIP – Vacina, Imagem e Papo. A ação tem como objetivo promover o cuidado, acolhimento e valorização de pessoas cadeirantes que já fazem parte do projeto, oferecendo uma programação diversificada, gratuita e acessível. O evento acontecerá no campus Piedade da UNIFG, localizado na Rua Comendador José Didier, nº 27, em Piedade. Entre os serviços oferecidos estão: atualização da carteira de vacinas, sessão de fotos, maquiagem, escovação de cabelos, corte masculino e barba. Também haverá sorteio de brindes para os participantes. Esta é a segunda edição do evento promovido pelo Projeto Somos. “A iniciativa busca não apenas oferecer cuidados estéticos e de saúde, mas também proporcionar acolhimento, visibilidade e valorização da pessoa com deficiência. O evento contará com equipe especializada e ambiente adaptado para garantir conforto e segurança a todos os presentes, promovendo, assim, um momento de cuidado e alegria, reforçando a importância da inclusão e da atenção integral às pessoas com deficiência”, destaca Pedro Augusto, Cofundador da Somos. @unifgoficial Evento gratuito discute atuação profissional na Educação Física A atividade física desempenha papel essencial na promoção da saúde, na prevenção de doenças e na melhoria da qualidade de vida. Com o objetivo de fortalecer esse entendimento entre estudantes, profissionais da área e a comunidade em geral, o Centro Universitário UniFBV WYDEN realiza, no dia 9 de maio de 2025, a Jornada de Educação Física – “Educação Física como ferramenta de saúde: prevenção, qualidade de vida e bem-estar”, no campus Recife. O evento é gratuito, aberto ao público e conta com vagas limitadas, mediante inscrição via forms. Promovida pela coordenação do curso de Educação Física, a jornada tem início às 17h e segue até às 20h, reunindo palestras com especialistas da área e abordagens práticas voltadas ao movimento humano. Os participantes terão direito a certificado de participação com carga horária de 10 horas. “A Jornada de Educação Física vai ser um encontro voltada aos profissionais e estudantes de Educação Física, aberta para os alunos do Centro Universitário UniFBV, mas também aberta para outros estudantes de outras instituições, como também profissionais que tenham interesse na área do movimento, na área da atividade física e bem-estar”, explica o coordenador do curso, professor Pedro Alves. A programação contará com a presença de profissionais com atuação reconhecida nas temáticas abordadas. @unifbvwiden Clínica de Fisio realiza estudo da marcha Cada um se move de uma forma única e essa maneira de andar (marcha) pode dizer muito sobre a saúde de um modo geral. Quando há um padrão dificultoso de marcha, por exemplo, que pode acontecer por fatores como lesões, doenças neurológicas ou ortopédicas, ou por outras alterações dos sistemas de equilíbrio e coordenação, é preciso estar atento(a). “Se a pessoa tem uma marcha que demanda muita energia, cansa muito ou que causa desconfortos e dores difíceis de aliviar, é importante que ela possa procurar uma avaliação”, ressalta a fisioterapeuta da Clínica Fisio FPS, Júlia Veloso. Na Fisio FPS, são estudados os padrões de marcha e movimentos corporais por meio de tecnologias avançadas, para fornecer uma avaliação precisa e objetiva. O atendimento é gratuito para as comunidades de Tijolos e Tijolinhos. Já para

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Ações gratuitas de saúde serão realizadas nesta quarta no Compaz do Pina

Alunos e professores do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) oferecerão atividades na área da Odontologia, Fisioterapia, Nutrição e EnfermagemOdontologia: Haverá orientação sobre higiene bucal e prevenção de doenças Nesta quarta-feira (07/05), uma ação social do Centro Universitário Tiradentes (Unit) vai oferecer serviços gratuitos à população, na área da saúde. Será a partir das 13h, no Compaz Leda Alves, no bairro do Pina. A intenção é promover saúde e bem-estar e será uma homenagem às mães. Entre os serviços oferecidos estão o de Odontologia, com orientações sobre higiene bucal e prevenção de doenças. Outro será de fisioterapia, com sessões de massoterapia e aplicação de ventosas. Haverá também de Nutrição, com informações e orientações voltadas para pessoas com doenças crônicas. Com Enfermagem, haverá aferição de pressão arterial e glicose (realizadas na Clínica-Escola Integrada de Saúde da Unit-PE). As atividades serão realizadas por alunos dos cursos com orientação e supervisão de professores. A ação reforça o compromisso de responsabilidade social com a sociedade e acontecerá em homenagem ao Dia das Mães.

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Acesso à educação: direitos dos autistas e os desafios da inclusão escolar

*Por Robson Menezes O direito à educação das pessoas autistas é garantido por lei e deve ser assegurado sem qualquer tipo de discriminação. No entanto, muitas famílias ainda enfrentam desafios, como a recusa de matrícula, a falta de adaptação curricular e a ausência de suporte adequado dentro das instituições de ensino. Qualquer negativa de matrícula baseada no diagnóstico de autismo é crime e pode gerar punições à instituição de ensino. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) e a Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, determinam que escolas públicas e privadas não podem recusar alunos autistas sob nenhuma justificativa. Expressões como “não estamos preparados”, “já atingimos o limite de alunos autistas” ou “não temos estrutura” são ilegais e podem levar à aplicação de multas, além da perda do cargo de diretoria do gestor responsável em casos de descumprimento reiterado. Se há vaga para um aluno neurotípico, a mesma vaga deve estar disponível para um aluno atípico, sem qualquer distinção. Além da matrícula garantida, a escola deve elaborar um Plano Educacional Individualizado (PEI) para cada aluno autista. Esse plano deve prever todas as adaptações curriculares necessárias, considerando as particularidades de aprendizagem do estudante. Outro direito essencial é o acesso à sala de recursos, um espaço dentro da escola onde o aluno pode receber reforço pedagógico, utilizar materiais adaptados e contar com profissionais especializados. O uso dessa sala pode ocorrer no contraturno ou durante o horário escolar, de acordo com as necessidades do estudante e seu PEI. Os alunos autistas também têm direito ao profissional de apoio escolar, que auxilia no acompanhamento das atividades diárias dentro da instituição. Esse profissional deve ser disponibilizado pela própria escola, sem custos adicionais para a família. Além disso, as instituições não podem impedir a presença de um assistente terapêutico, que é um profissional de saúde responsável por aplicar terapias comportamentais dentro do ambiente escolar. Muitas crianças autistas precisam desse suporte para desenvolver habilidades sociais e acadêmicas, e a proibição da entrada desse profissional configura violação dos direitos do aluno. Se uma escola negar matrícula, se recusar a fornecer adaptações curriculares ou impedir o acesso de profissionais de apoio, os responsáveis podem denunciar a situação para os seguintes órgãos: Secretarias de Educação (municipais ou estaduais, conforme a série do aluno), Ministério Público, PROCON e OAB (Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência ou Comissão dos Autistas). Além disso, associações que defendem os direitos dos autistas podem oferecer suporte para formalizar as denúncias e pressionar as autoridades por providências. Outro aspecto fundamental para a inclusão educacional dos autistas é o acesso ao transporte escolar adaptado. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelecem que o transporte deve ser acessível e adequado às necessidades dos alunos com deficiência. Isso inclui veículos adaptados, motoristas capacitados e monitores treinados para oferecer suporte durante o trajeto. Se o transporte acessível não for oferecido, a família pode recorrer ao Ministério Público e às Secretarias de Educação para garantir esse direito. A educação inclusiva é um direito fundamental dos autistas, e seu cumprimento depende do compromisso das escolas e da fiscalização por parte das famílias e da sociedade. Conhecer a legislação e exigir seu cumprimento é essencial para garantir que as crianças autistas tenham acesso à escola de forma plena, com todos os recursos necessários para seu aprendizado e desenvolvimento. Robson Menezes é advogado especialista em Direito dos Autistas e pai atípico.

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Você sabia? Jogar videogame pode fazer bem à saúde 

Dentro do limite saudável, jogos eletrônicos fazem bem à saúde mental e cognitiva  Muito já se falou sobre as comprovações científicas a respeito dos efeitos negativos que o vício em videogames pode causar na rotina e na saúde mental das pessoas. No entanto, se o gamer (pessoa que joga videogame) joga apenas por diversão e dentro de um limite saudável, isso pode ser benéfico? Estudos e especialistas apontam que sim.  A psicóloga e professora do curso de Psicologia da Wyden, Isabela Oliveira, explica que a ciência tem se dedicado a entender como os jogos digitais impactam nosso cérebro e comportamento, buscando compreender de que forma os games podem provocar efeitos positivos. Um dos modelos mais utilizados para investigar essa questão é o GLM (Modelo Geral de Aprendizagem), que considera diferentes tipos de mídia — incluindo os games — e mostra que o videogame vai muito além de simplesmente passar o tempo: trata-se de um processo de aprendizado ativo. “Ou seja, ao jogar, a pessoa se engaja a ponto de precisar definir metas, aprender com os erros, estando em um constante processo de tentativa e erro”, comenta Isabela.  Esse tipo de envolvimento, especialmente quando repetido com frequência, pode gerar mudanças a longo prazo na forma como pensamos, sentimos e até agimos — principalmente quando o jogo exige várias etapas para que o sistema de recompensa seja ativado. Por exemplo, quando é possível ajustar o nível de dificuldade de modo que ele seja considerado desafiador na medida certa pelo sistema motivacional do jogador, observa-se a criação de um ambiente de treino contínuo, no qual habilidades relacionadas a processos psicológicos como atenção, memória, resolução de problemas e tomada de decisões podem ser constantemente exercitadas.  A psicóloga ainda pontua que os games oferecem feedbacks rápidos e recompensas constantes, o que reforça o aprendizado. “Não é apenas que o jogador ‘decora’ alguma coisa, mas a variedade comportamental ajuda o cérebro a criar conexões — um processo que denominamos neuromodulação”, conclui.  Para o professor de inglês Pedro Arthur, jogar videogame sempre foi muito mais do que apenas entretenimento. Ele os considera uma ferramenta de transformação pessoal e intelectual, e até mesmo profissional. “Desde a infância, os jogos eletrônicos me proporcionaram experiências que moldaram minha educação, habilidades cognitivas e até mesmo minha carreira. Um dos impactos mais significativos foi no aprendizado do inglês. Os jogos exigiam que eu lesse e compreendesse diálogos complexos, expandindo meu vocabulário e minha compreensão da língua. Esse contato constante e motivador foi decisivo para que eu me tornasse um estudante de Licenciatura em Inglês, algo que jamais imaginei quando criança, mas que hoje reconheço como uma conquista diretamente ligada aos games”, explica.  Além do idioma, Pedro lembra que os videogames também aprimoraram seu raciocínio lógico e sua capacidade de resolver problemas. Alguns jogos o desafiaram a pensar de forma criativa, enquanto outros o ensinaram a planejar e tomar decisões sob pressão. Essas habilidades não ficaram restritas ao mundo virtual: elas ajudaram o gamer na vida acadêmica e profissional, desenvolvendo sua capacidade de análise e resiliência.  “Hoje, vejo os games não apenas como uma paixão, mas como uma influência essencial na minha formação. Eles me ensinaram idiomas, estimularam minha mente e me mostraram que o aprendizado pode ser divertido e dinâmico. Por tudo isso, os videogames ocupam um lugar especial na minha história e continuam a me inspirar diariamente”, finaliza Pedro.  Estímulo positivo  Isabela indica alguns tipos de jogos que se destacam. Jogos de estratégia, quebra-cabeças, simulações e até RPGs — sigla derivada do termo em inglês Role-Playing Game — tendem a estimular habilidades como planejamento, resolução de problemas, empatia e tomada de decisão. Já games cooperativos, que envolvem trabalho em equipe, podem fortalecer habilidades sociais. Ainda assim, o mais importante é como o jogador se envolve com o jogo, e não apenas o gênero do game em si.  Além dos benefícios já citados, pais e educadores também podem usar os jogos como porta de entrada para conversas, para fortalecer vínculos e até como recurso terapêutico — como, por exemplo, o uso da gamificação em planos de ação terapêutica — desde que haja diálogo, presença e limites bem definidos.  Até onde vai o limite?  A professora da Wyden alerta que, para crianças e adolescentes, o ideal é que o uso seja supervisionado e equilibrado com outras atividades, além de seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para exposição diária às telas. Entre 6 e 10 anos, o tempo de uso deve ser de, no máximo, 1 a 2 horas por dia. Já para crianças maiores e adolescentes, entre 11 e 18 anos, o tempo de tela não deve ultrapassar três horas diárias.  É importante, claro, estar atento aos casos em que os videogames são usados em excesso, pois isso pode gerar isolamento social, sedentarismo, distúrbios do sono, prejuízos no rendimento escolar ou profissional e, em casos mais extremos, dependência — inclusive com reflexos na vida adulta. “O equilíbrio continua sendo necessário para aproveitar o que os jogos têm de bom, sem abrir mão da saúde mental e física”, finaliza Isabela. 

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Andar descalço na natureza: o que é grounding e por que essa prática melhora a saúde física e emocional

Você já sentiu alívio só de pisar na grama ou na areia? Isso não é coincidência. Andar descalço, especialmente em solo natural, é uma prática poderosa que pode melhorar sua saúde física, mental e energética. No Ayurveda e em outras terapias integrativas, esse hábito é chamado de grounding ou earthing — e vem ganhando cada vez mais adeptos. Conversamos com a terapeuta Ayurveda Maprem Zaki, que nos explicou por que tirar os sapatos é mais transformador do que parece. O que é grounding? Grounding é a prática de caminhar com os pés descalços em contato direto com a terra: seja grama, areia, barro ou solo úmido. Esse contato permite que o corpo troque elétrons com o campo energético natural da Terra, o que tem efeitos terapêuticos importantes. Segundo Maprem Zaki, essa prática ajuda a descarregar tensões, equilibrar a mente e promover sensação de bem-estar. "Quando você tira os sapatos, seus pés respiram. Pisar na terra traz alívio imediato e ajuda a resfriar o corpo. É um gesto de liberdade e reconexão com a própria natureza", diz ela. Benefícios de andar descalço Andar descalço é mais do que simbólico — é funcional. Veja alguns dos benefícios apontados por Maprem Zaki: É uma meditação em movimento. Você presta atenção ao seu corpo, à respiração e ao chão. Isso ajuda a sair do turbilhão mental e voltar ao presente", explica a terapeuta. Tem como fazer grounding na cidade? Sim! Mesmo em ambientes urbanos, você pode adaptar a prática. Escolha parques com gramado, áreas ajardinadas mais tranquilas ou até a areia da praia. Evite locais com muitos detritos, barulho intenso ou circulação de carros e bicicletas. Dica da especialista: leve um fone com músicas calmas e escolha o melhor horário do dia — de preferência pela manhã ou ao entardecer. Tem contraindicações? Apesar dos benefícios, há casos em que o grounding não é indicado: “Antes de tudo, observe o ambiente. Segurança e conforto são fundamentais para que a experiência seja positiva”, alerta Maprem. Como começar a andar descalço? Você não precisa de nenhum equipamento especial — apenas um lugar seguro e tempo para si. Vale a pena? Com certeza. Em tempos de tanta desconexão, o simples ato de caminhar descalço pode ser um caminho de cura — e um passo firme rumo ao seu bem-estar. "A natureza tem uma sabedoria que nos cura quando nos abrimos a ela. O solo sob nossos pés é mais do que chão: é um canal de vida", conclui Maprem Zaki. Dica extra: Se você mora em apartamento ou não pode acessar áreas verdes com frequência, procure tapetes de grama sintética, vasos com terra, jardins internos ou mesmo técnicas de visualização para se reconectar com a terra. Terapeuta Ayurveda Maprem Zaki - mapremzaki_ @puraluzyoga Dermatologista Marina Coutinho promove dia de autocuidado para mães atípicas da Clínica Mundos Em antecipação ao Dia das Mães, a dermatologista Marina Coutinho promove nesta quarta-feira (30) uma tarde especial de beleza e autocuidado voltada para um grupo de mães atípicas da Clínica Mundos, referência no atendimento a pessoas neurodivergentes. O evento será realizado na própria clínica da médica, no RioMar Recife, no Pina, em clima de acolhimento. A ação conta com o apoio da ADCOS, marca nacional de dermocosméticos, que levará orientações sobre rejuvenescimento facial e dicas práticas de skincare, adaptadas à rotina intensa dessas mães que, muitas vezes, colocam as próprias necessidades em segundo plano. Além da roda de conversa, haverá distribuição de brindes e momentos de troca sobre saúde, autoestima e bem-estar. “Será uma tarde dedicada a essas mães que muitas vezes esquecem de si em função dos cuidados com os filhos. Vamos conversar sobre saúde, beleza e autocuidado, mostrando que se cuidar também é uma forma de amar”, afirma Marina Coutinho. A proposta do encontro é resgatar a importância de olhar para si com carinho, especialmente para quem exerce uma maternidade marcada por desafios e dedicação integral. A atividade também reforça a missão da Clínica Mundos de oferecer suporte não apenas às crianças e jovens neurodivergentes, mas também às suas famílias. @dermatomarinacoutinho - @clinicamarinacoutinho Bem-estar na rotina: novos condomínios apostam em espaços para cuidar do corpo e da mente A busca por uma vida mais saudável e equilibrada chegou com força aos empreendimentos residenciais. Cada vez mais, condomínios investem em áreas dedicadas ao bem-estar físico e emocional dos moradores — e o recém-entregue Edifício Capiba, da Vale do Ave, em Boa Viagem, é um exemplo dessa nova realidade. Entre os diferenciais do edifício, que conta com 31 pavimentos e 93 apartamentos, estão um espaço exclusivo para práticas de pilates e uma sala de massagem integrados às áreas comuns. Além disso, o Capiba oferece uma academia completa e ambientes de lazer e convivência pensados para promover mais qualidade de vida no dia a dia. O projeto é do arquiteto Marco Antonio Borsoi. A proposta é facilitar o acesso a práticas de saúde física e relaxamento, sem que os moradores precisem sair de casa. Um modelo que reforça a tendência de empreendimentos que valorizam não apenas o morar bem, mas o viver com equilíbrio. @valedoave Instituto de Olhos do Recife inaugura nova sede no bairro das Graças O Instituto de Olhos do Recife (IOR) inaugurou sua nova sede no bairro das Graças, como parte das comemorações pelos 57 anos da instituição. Fundado em 1968, o IOR amplia sua estrutura física e atualiza o parque tecnológico com novos equipamentos de diagnóstico e tratamento. Com mais de 2.000 m², a nova unidade possui estacionamento próprio, consultórios, salas de exames e bloco cirúrgico ampliado. A mudança permite aumento de 30% na capacidade de atendimento e expansão de 20% no corpo clínico, atualmente composto por 40 médicos e 160 colaboradores. Entre os novos serviços, estão a ampliação da realização de transplantes de córnea, tratamentos para retina e glaucoma, além de cirurgias de catarata e refrativas com equipamentos atualizados. @ior.oficial Recife será palco da estreia da Self Run A capital pernambucana vai receber a primeira edição da Self Run, corrida oficial da rede de academias Selfit, no

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Dores e desconfortos ao andar podem indicar problemas de saúde, alertam fisioterapeutas

Alterações na marcha devem ser avaliadas para prevenir quedas e preservar a qualidade de vida, especialmente entre idosos Sentir dores, desconfortos ou notar mudanças no jeito de andar pode ser mais do que um incômodo: são sinais que indicam a necessidade de avaliação fisioterapêutica especializada. Segundo profissionais da clínica Fisio FPS, a marcha humana é um movimento complexo que reflete o funcionamento dos músculos, articulações e do sistema nervoso, e sua alteração pode sinalizar riscos de queda, principalmente na terceira idade. De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas anualmente. A fisioterapeuta Júlia Veloso, do Lab Marcha da Fisio FPS, explica que alterações na forma de caminhar podem ser causadas por doenças neurológicas, ortopédicas ou problemas de equilíbrio e coordenação. “Se a marcha causa cansaço excessivo ou dores persistentes, é importante procurar uma avaliação”, destaca. A análise da marcha, segundo o fisioterapeuta Luís Dutra, permite identificar padrões de movimento que nem sempre são percebidos em exames clínicos comuns. “A avaliação nos ajuda a definir se há necessidade de intervenção fisioterapêutica, sempre considerando a individualidade do paciente”, afirma. O objetivo é atuar preventivamente para minimizar riscos de quedas e preservar a autonomia do indivíduo nas suas atividades diárias. O Laboratório de Marcha da Fisio FPS, localizado na Imbiribeira, utiliza tecnologias avançadas, como sistemas optoeletrônicos e sensores inerciais sem fio, para analisar de forma precisa a marcha e a postura. O atendimento é gratuito para as comunidades de Tijolos e Tijolinhos, e a preços acessíveis para o público geral. Informações e agendamentos podem ser feitos pelo telefone (81) 3312-8268, WhatsApp (81) 9.7335-5602 ou presencialmente.

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Instituto de Olhos do Recife inaugura nova sede amanhã (24)

IOR amplia estrutura física, aumenta capacidade de atendimento e investe em exames e cirurgias de alta complexidade na capital pernambucana Com 57 anos de tradição, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) inicia um novo ciclo com a inauguração de sua nova sede, localizada no bairro das Graças. O espaço moderno e ampliado reforça a atuação da instituição da instituição no segmento de oftalmologia e oferece mais eficiência tanto para pacientes quanto para a equipe médica. A nova estrutura ocupa mais de 2 mil metros quadrados e foi equipada com tecnologia de última geração para diagnósticos e tratamentos oftalmológicos, além de um bloco cirúrgico totalmente reestruturado para procedimentos de alta complexidade. A mudança representa um crescimento de 30% na capacidade de atendimento e uma expansão de 20% no corpo clínico, que agora conta com 40 médicos e 160 colaboradores. Entre os destaques da nova fase do IOR estão o aumento da oferta de transplantes de córnea, tratamentos modernos para doenças de retina e glaucoma, além de cirurgias de catarata e correções refrativas com equipamentos de alta precisão. “É uma estrutura que une tecnologia, agilidade e acolhimento, com ambientes pensados para o bem-estar do paciente em todas as etapas do atendimento”, destaca o diretor técnico da instituição, Dr. Durval Valença Filho. O investimento também trouxe ganhos operacionais importantes, como maior produtividade e rapidez nos exames, reduzindo o tempo de espera e melhorando a experiência de quem busca atendimento. “Estamos oferecendo um padrão ainda mais elevado de cuidado com a saúde ocular, sem abrir mão da nossa missão de acolher com empatia”, conclui Dr. Durval. Serviço🏥 Nova sede do Instituto de Olhos do Recife (IOR)📍 Rua das Graças, nº 170 – Bairro das Graças, Recife📅 Inauguração: 24 de abril de 2025🌐 www.ior.com.br

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