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Autismo em Pernambuco é caso de CPI

*Por Bruno Moury Fernandes Imagine um Estado que simplesmente ignora o sofrimento de milhares de crianças. Imagine mães que percorrem quilômetros em busca de uma avaliação médica. Imagine a frustração, o luto silencioso, o cansaço de uma batalha diária que poderia ser suavizada – não por milagres, mas por políticas públicas. Esse Estado tem nome: Pernambuco. O Tribunal de Contas do Estado escancarou a tragédia. Não é exagero, é diagnóstico técnico. Um relatório recente sobre os serviços públicos voltados ao TEA (Transtorno do Espectro Autista) revelou o que as famílias já sabiam – e sofriam na pele: a rede pública de saúde para pessoas com autismo está em colapso! Na verdade, ela nunca existiu. A radiografia é chocante: A esmagadora maioria dos municípios não oferece nem mesmo o básico – uma equipe mínima com psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. E mesmo quando existentes esses profissionais, apenas uma minoria é capacitada para lidar com TEA: 9,45% possuem capacitação para atender essa complexa demanda. Apenas 25 municípios realizaram treinamentos com os profissionais para aplicação do protocolo para detecção do autismo em crianças de 0 a 30 meses. Somente 15 municípios realizaram treinamento relacionado ao TEA direcionado aos pais. Dentre todos os municípios do Estado, 6 possuem equipamento de saúde exclusivo para o público autista. Mais de 45 mil pessoas estão na fila para diagnóstico. O Governo do Estado tinha orçamento de R$ 27 milhões para gastar com esse público em 2024, mas apenas R$ 70 mil foram investidos. Um escárnio! Um escândalo! Se fosse apenas descuido, já seria grave. Mas não. É omissão sistemática, institucional e persistente. A Secretaria Estadual de Saúde foi diversas vezes provocada. Recebeu relatórios, alertas, dados, recomendações. Nada fez. Ou melhor, fez o que o Estado brasileiro, infelizmente, faz tão bem: ignorou, engavetou, arrastou. Essa omissão não é técnica, é política. O desenvolvimento cerebral de uma criança autista não se congela até que a máquina pública funcione. E quando a política falha nesse grau, estamos diante de algo que ultrapassa a fronteira da incompetência. Estamos no território da negligência institucionalizada. Pernambuco precisa de uma CPI. Sim, uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa. Que convoque gestores, revele documentos, exponha as entranhas da negligência. Não para fazer espetáculo. Mas para produzir consequências. *Bruno Moury Fernandes é advogado

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Reflexão sobre o luto destaca importância do acolhimento emocional

Data nacional convida à conscientização sobre perdas e reforça a necessidade de escuta e apoio aos enlutados O Dia Nacional do Luto, lembrado em 19 de junho, propõe uma reflexão coletiva sobre a morte, a dor das perdas e a importância de lidar com esses temas de forma empática. A data busca romper com os tabus sociais que ainda cercam o fim da vida e valorizar o tempo e os sentimentos de quem enfrenta a ausência de vínculos afetivos — sejam eles pessoas, lugares ou experiências. De acordo com a psicóloga Simône Lira, especialista em luto do Grupo Morada, o sofrimento não está restrito à morte de entes queridos. “Quando falamos em luto, estamos falando do rompimento de um vínculo importante para alguém. Pode ser pela morte de um ente querido, mas também por outras perdas: de um lar, de um emprego, de um relacionamento, de um animal de estimação... Tudo aquilo que carrega afeto e significado em nossas vidas pode gerar um processo de luto”, esclarece. Ela explica que não há uma trajetória única nesse processo. “Não existe uma fórmula. O importante é permitir-se oscilar entre momentos de conexão com a perda e de retomada da vida. Essa alternância favorece a elaboração do luto e a adaptação a uma nova realidade, sem a presença física da pessoa ou do vínculo que foi rompido.” Situações de luto não reconhecido, como perdas que não recebem validação social, também merecem atenção especial. “Às vezes, a pessoa não se sente autorizada a viver sua dor porque a sociedade não reconhece aquela perda como legítima. Mas negar esse sentimento pode intensificá-lo e torná-lo adoecedor.” Por isso, a psicóloga reforça: “Permitir-se sentir e expressar as emoções é essencial. Cada um encontra seu modo de atravessar esse momento. E quando as dificuldades se tornam intensas a ponto de interferirem na rotina e no bem-estar, é importante buscar ajuda especializada.”

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EndoRecife 2025 reúne especialistas para debater avanços na endocrinologia

Com mais de 80 aulas, congresso acontece entre 26 e 28 de junho e traz nomes internacionais, workshops e simpósios multidisciplinares Entre os dias 26 e 28 de junho, o Recife Expo Center será palco da 28ª edição do EndoRecife, um dos maiores congressos regionais da área médica no Brasil. Realizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional Pernambuco (SBEM-PE), o evento é referência em atualização científica e prática clínica, reunindo especialistas para discutir os principais avanços no diagnóstico e tratamento das doenças endócrinas e metabólicas. Coordenado pelo endocrinologista Erik Trovão, presidente da SBEM-PE, o congresso contará com mais de 80 aulas ministradas por professores brasileiros e estrangeiros. “O objetivo é oferecer uma programação científica com temas da prática clínica e com atualizações baseadas em estudos científicos publicados recentemente”, destaca o presidente da sociedade. A programação contempla temas como diabetes, obesidade, menopausa, distúrbios da tireoide, síndrome metabólica e disfunções hormonais. Entre os destaques internacionais deste ano estão o norte-americano John Bilezikian (Columbia University), o português Davide Carvalho (presidente da Associação Europeia de Neuroendócrino) e a argentina Mirtha Guitelman, especialista em patologia hipofisária. A presença desses nomes reforça a importância do evento para a comunidade científica da América Latina. O EndoRecife 2025 também terá um workshop em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e um simpósio inédito com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM-PE), reunindo especialistas de diversas áreas da saúde. Os debates abordarão a importância do acompanhamento multidisciplinar antes e após os procedimentos, com participação de psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e educadores físicos. Serviço:EndoRecife 2025 – 28ª edição📅 Data: 26 a 28 de junho de 2025📍 Local: Recife Expo Center🔗 Inscrições e programação: www.endorecife.com.br

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Cirurgia bariátrica: adolescentes a partir de 14 anos e pacientes com gordura no fígado com fibrose já podem realizar o procedimento

Nova resolução do CFM amplia acesso à cirurgia para adolescentes e pessoas com doenças metabólicas associadas à obesidade A cirurgia bariátrica no Brasil acaba de passar por uma mudança histórica. Com a publicação da Resolução nº 2.429/25 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o acesso ao procedimento foi ampliado para públicos antes excluídos, como adolescentes a partir de 14 anos e pessoas com obesidade e doenças metabólicas severas — entre elas, a esteatose hepática com fibrose. A mudança representa um marco no enfrentamento da obesidade e suas complicações, refletindo avanços científicos e maior sensibilidade aos diferentes perfis de pacientes. Pela nova norma, a cirurgia pode ser indicada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35, desde que apresentem condições clínicas específicas. Entre elas: diabetes tipo 2, apneia obstrutiva do sono, doença cardiovascular com lesão em órgão-alvo, refluxo gastroesofágico com indicação cirúrgica, osteoartrose grave e, agora, a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) com fibrose. “É um reconhecimento da gravidade da doença hepática gordurosa não alcoólica, que muitas vezes só é diagnosticada tardiamente. A inclusão da fibrose hepática como critério para cirurgia é um avanço no cuidado preventivo e na gestão da obesidade”, afirma o hepatologista Pedro Falcão. Segundo ele, o diagnóstico da fibrose pode ser feito por exames como a elastografia hepática, disponível tanto no SUS quanto na rede privada. “O uso do FibroScan® se tornou uma ferramenta essencial no diagnóstico não invasivo da fibrose hepática, permitindo identificar pacientes com risco aumentado de complicações hepáticas que podem se beneficiar da cirurgia bariátrica”, acrescenta. Outro ponto sensível e transformador da resolução é a liberação do procedimento para adolescentes a partir dos 14 anos. A cirurgia será permitida em jovens com IMC acima de 40 e presença de doenças associadas. Já adolescentes entre 16 e 18 anos passam a seguir os mesmos critérios adotados para adultos, com a exigência de avaliação por equipe multidisciplinar e consentimento familiar. Além disso, foram eliminadas exigências anteriores como o limite de idade, o tempo mínimo de diagnóstico de diabetes e a comprovação de dois anos de acompanhamento endocrinológico. A nova diretriz torna o processo mais acessível, personalizado e centrado na real necessidade clínica de cada paciente. A resolução unifica normativas anteriores do CFM e foi construída com base em estudos atualizados sobre obesidade, síndrome metabólica e cirurgia metabólica. O texto técnico foi elaborado por uma Câmara Técnica formada por especialistas de referência, incluindo os cirurgiões Fábio Viegas e Antonio Carlos Valezi, ex-presidentes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Segundo a SBCBM, o Brasil realiza cerca de 70 mil cirurgias bariátricas por ano, mas a demanda real é muito maior, considerando que mais de 6,5 milhões de brasileiros têm obesidade grave. Quem pode se beneficiar com as novas regras da cirurgia bariátrica ✅ Pacientes com IMC entre 30 e 35, desde que tenham: ✅ Adolescentes a partir de 14 anos, com: ✅ Adolescentes entre 16 e 18 anos: “Estamos diante de um passo importante para reduzir o impacto da obesidade na saúde pública brasileira, sobretudo em populações antes negligenciadas”, conclui o hepatologista Pedro Falcão. Com a atualização das diretrizes, o Brasil dá um passo rumo a uma abordagem mais moderna e inclusiva no tratamento da obesidade. Ao ampliar o acesso com base em critérios clínicos bem definidos, a resolução contribui para que mais pessoas tenham a chance de recuperar saúde, mobilidade e qualidade de vida. Para especialistas, não se trata de banalizar a cirurgia, mas de reconhecer que ela é uma ferramenta terapêutica importante quando usada de forma criteriosa. O que mudou é que mais pessoas com necessidade comprovada poderão se beneficiar do tratamento. Hepatologista Pedro Falcão - @drpedrofalcaohepato Crosby inaugura nova loja no Recife com foco em tecnologia têxtil A marca de moda masculina Crosby inaugurou , na última sexta-feira (13), sua nova loja no Shopping Center Recife, localizada no primeiro piso do centro de compras, na Zona Sul do Recife. Reconhecida por unir estilo e inovação, a marca apresenta a linha Roupa Fit Ultra Block, com camisetas que oferecem tecnologia antiodor, resistência a líquidos e sujeiras e não precisam ser passadas. A nova unidade chega para atender a um público que busca conforto, praticidade e sofisticação no vestir, consolidando a presença da Crosby na capital pernambucana. @crosbyrecife Asma atinge milhões de brasileiros e exige controle contínuo Com mais de 6,4 milhões de adultos diagnosticados no país, a asma é uma doença crônica que pode ser controlada, mas não tem cura. De acordo com o pneumologista Alfredo Leite, do Hospital Santa Joana Recife, os principais sintomas são falta de ar, tosse, chiado no peito e sensação de aperto no tórax. A condição é agravada por fatores como poeira, ácaros, fumaça e obesidade, e está entre as doenças mais atendidas pelo SUS. Entre 2019 e 2023, foram 12 mil mortes registradas, segundo o Ministério da Saúde. “É comum a falsa sensação de cura. Mesmo sem sintomas por anos, a asma pode voltar em qualquer fase da vida”, alerta o médico. O tratamento envolve uso correto de bombinhas e medicamentos inalatórios, com orientação médica. O controle adequado evita crises e melhora a qualidade de vida. @stajoanarecife Hapvida inaugura no Recife hospital de alta complexidade Ariano Suassuna, referência em Ortopedia e Clínica Médica Maior hospital da rede no Norte e Nordeste começa a funcionar em 30 de junho, com atendimento em Ortopedia, UTI e exames de alta precisão A Hapvida NotreDame Intermédica acaba de anunciar a inauguração do Hospital Ariano Suassuna, no Recife (PE), que será o maior hospital da rede no Norte/Nordeste. Com investimento de R$ 250 milhões, a unidade está localizada no bairro da Ilha do Leite e inicia os atendimentos ao público no dia 30 de junho. Com 13 andares, o novo hospital foi planejado para atender casos de média e alta complexidade, com foco principal nas especialidades de Ortopedia e Clínica Médica. Ao todo, o investimento faz parte de um plano nacional de R$ 2 bilhões em expansão e verticalização da rede própria da Hapvida em todo

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Lançamento da IGNITE no Nordeste marca novo avanço na cirurgia plástica estética

Thiago Morais será embaixador oficial da marca e compartilhará sua expertise como speaker em eventos nacionais e internacionais O cirurgião plástico pernambucano Thiago Morais é o responsável por trazer ao Nordeste a plataforma IGNITE, com a ponteira Quantum RF, um dos equipamentos mais avançados em procedimentos corporais. Desenvolvida pelo colombiano Alfredo Hoyos, criador da técnica de lipo HD, a tecnologia tem como principal diferencial a atuação eficaz na retração da pele, sem cicatrizes visíveis. Esta é a primeira unidade da IGNITE instalada na região. O primeiro contato do médico com a tecnologia ocorreu em Verona, na Itália, onde ele participou de um treinamento intensivo. Desde agosto de 2024, Morais utiliza o equipamento em seus procedimentos, apostando nos benefícios técnicos e clínicos da plataforma, como maior precisão, segurança e resultados mais naturais em contorno corporal e lipoescultura. Pelo pioneirismo, Thiago Morais foi convidado pela Skintec, distribuidora da IGNITE no Brasil, para integrar o grupo de embaixadores da marca, que agora participa ativamente da difusão dessa tecnologia no país.

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Festa Junina Sensivel e Alegre

Como tornar o São João mais acolhedor para pessoas neurodivergentes

Segundo a psicoterapeuta da Clínica Mundos, Ana Paula Calado, Neurodivergentes podem ter desconfortos e até crises, mas é possível ajudá-los O colorido vibrante das bandeirinhas, o cheiro inconfundível das comidas típicas, as batidas da música, o calor das fogueiras e o estrondo dos fogos: o São João é uma celebração rica em sensações. Para muitos, essa mistura é parte da mágica da festa. Mas, para pessoas neurodivergentes — como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH ou outras condições —, esse turbilhão sensorial pode gerar sobrecarga, ansiedade e até crises. A alegria das quadrilhas e brincadeiras de grupo pode rapidamente se tornar um desafio para quem lida com hipersensibilidade a ruídos, cheiros, toques ou luzes. A fumaça da fogueira, os tecidos das roupas típicas e o inesperado dos sons e movimentos são apenas alguns dos gatilhos que podem afetar crianças, adolescentes e adultos neurodivergentes. Especialistas alertam que, com pequenas adaptações e uma dose generosa de empatia, é possível fazer do São João uma experiência mais inclusiva e respeitosa para todos. “O que acontece é que, para o cérebro neurodivergente, esse é um momento de sobrecarga de informações, que gera ansiedade”, explica Ana Paula Calado, psicoterapeuta da Clínica Mundos, que atua no tratamento terapêutico das neurodiversidades.  Um dos ícones mais tradicionais das festas juninas, a fogueira, pode ser também um dos maiores desafios para pessoas neurodivergentes. O calor intenso, a fumaça densa e o cheiro característico são estímulos fortes que nem todos conseguem processar com facilidade. Além disso, o barulho dos fogos de artifício, tão comum durante o São João, pode provocar sustos, desconforto e até crises sensoriais, especialmente em crianças com hipersensibilidade auditiva. “O cheiro intenso da fogueira ou o som abrupto dos fogos pode ser extremamente desconfortável para pessoas com hipersensibilidade sensorial. Por isso, adaptar os ambientes e oferecer espaços mais tranquilos é essencial”, orienta Ana Paula Calado. Quando o arraiá vira desafio, o jeito é antecipar, ensaiar, respeitar Para tornar o São João mais acessível e acolhedor, a preparação pode fazer toda a diferença. Criar roteiros visuais com fotos do ambiente, mostrar vídeos das quadrilhas ou fazer pequenos ensaios com amigos e familiares são estratégias que ajudam a antecipar os estímulos da festa. Essa previsibilidade traz mais segurança emocional e reduz as chances de sobrecarga sensorial. Outra medida importante é respeitar o ritmo de cada criança: se ela preferir apenas observar, sem participar ativamente, isso também deve ser valorizado. Muitas famílias recorrem a fones abafadores de som e conversas prévias sobre o que esperar da celebração, estratégias simples que promovem conforto. E já começam a surgir boas práticas em festas e escolas, como os chamados “horários tranquilos”, com sons e luzes reduzidos — uma alternativa inclusiva que acolhe não só pessoas neurodivergentes, mas também idosos e bebês. “Uma dica importante é respeitar o tempo da criança. Ela não precisa estar na quadrilha se isso causar sofrimento. Ela pode estar ali de outro jeito, no seu tempo, com acolhimento e apoio”, orienta Ana Paula. Adaptações que fazem a diferença “A inclusão é um processo contínuo e afetuoso. Quando pensamos nas necessidades sensoriais e emocionais de cada um, estamos dizendo: você é bem-vindo, do seu jeitinho. E isso é o que realmente importa numa festa popular como o São João” - Ana Paula Calado.

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Hapvida inaugura hospital de alta complexidade no Recife com foco em Ortopedia

Hospital Ariano Suassuna, o maior da rede no Norte/Nordeste, inicia atendimentos em 30 de junho com estrutura moderna e investimento de R$ 250 milhões A Hapvida deu mais um passo na expansão da sua rede própria com a inauguração do Hospital Ariano Suassuna, localizado na Zona Norte do Recife. Com 13 andares e estrutura voltada para casos de média e alta complexidade, a unidade recebeu investimento de R$ 250 milhões e será referência em Ortopedia e Clínica Médica. O hospital inicia suas operações no dia 30 de junho e já nasce como o maior da operadora no Norte e Nordeste. O equipamento começa a funcionar com 70 leitos de enfermaria e 20 leitos de UTI adulto, além de quatro salas cirúrgicas e dez consultórios – sete para pronto atendimento ortopédico e três para Clínica Médica, voltados aos beneficiários dos planos Pleno e Mix. A estrutura prevê, no futuro, a ampliação para até 172 leitos, nove salas cirúrgicas e 20 consultórios. O hospital conta com parque diagnóstico completo, incluindo tomografia, ressonância magnética, raio-X, mamografia, endoscopia e exames laboratoriais. Também foi implantado um centro cirúrgico de ponta, serviços de hemodinâmica e uma ala premium destinada ao público particular e beneficiários de planos PPO. Ao todo, estão sendo gerados 362 empregos diretos e indiretos com a nova unidade. “A construção da nova unidade responde ao crescimento do número de beneficiários na região metropolitana do Recife e à necessidade de estruturas ainda mais modernas e eficientes. ‘O Hospital Ariano Suassuna reforça nosso compromisso com a qualidade. É um passo importante na ampliação da capacidade hospitalar na região’”, afirma Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida. A inauguração foi marcada simbolicamente para 16 de junho, data em que o escritor paraibano Ariano Suassuna completaria 98 anos. Além do hospital, a Hapvida vem fortalecendo sua presença em Pernambuco com aportes que superam R$ 258 milhões entre 2025 e 2026, incluindo investimentos em unidades especializadas para pessoas com TEA no Recife e em Paulista, e uma clínica médica inaugurada em Olinda. Em nível nacional, o plano de expansão totaliza R$ 2 bilhões, consolidando a estratégia de verticalização da operadora.

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Futuro dos planos de saúde em debate no 13º Fórum de Saúde Suplementar de Pernambuco

Relator da reforma da Lei dos Planos de Saúde participa de evento promovido pelo Sindhospe e Defensoria Pública de Pernambuco O Sindicato dos Hospitais Particulares de Pernambuco (Sindhospe) e a Defensoria Pública do Estado promovem, na próxima terça-feira (17), o 13º Fórum de Saúde Suplementar de Pernambuco, um dos principais encontros sobre saúde privada no estado. O evento será realizado das 9h às 16h, no auditório da Faculdade Senac, no bairro de Santo Amaro, em Recife. Um dos destaques da programação é a participação do deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA), relator do Projeto de Lei 7419/2006, que propõe mudanças significativas na legislação dos planos de saúde no Brasil. Entre os pontos em debate está a criação de planos segmentados, com cobertura restrita a procedimentos de baixa complexidade. O tema é controverso e levanta preocupações sobre o acesso da população à saúde suplementar. “É preciso encarar os problemas e encontrar caminhos que sejam proveitosos para todos os lados”, afirma o presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro. O evento também contará com a presença da presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Dra. Carla de Figueiredo Soares, e do Defensor Público Geral de Pernambuco, Dr. Henrique Seixas. A programação inclui painéis sobre os cenários da saúde suplementar em 2025, impactos da verticalização e concentração do setor, além da inclusão do homecare no rol da ANS. Especialistas e autoridades nacionais debaterão os desafios e oportunidades para prestadores, operadoras e usuários. O encontro reforça o papel do Fórum como espaço de articulação entre os diferentes agentes do setor e a sociedade. As inscrições estão abertas no site www.sindhospe.org.br, com vagas limitadas.

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De crises à superação: mulher que venceu a asma correu 6ª Maratona e inspira evento no Recife

Renata Passos tem 41 anos e é contadora. Desde os 3 meses de vida, foi diagnosticada com asma. Nos primeiros dias, ela começou a apresentar sinais gripais e a mãe dela foi percebendo um desconforto ao respirar.  Nos anos oitenta, ainda sem a tecnologia e os exames de hoje, ela não teve acesso a um tratamento específico para asma. Fez tratamento no Imip, no Hospital Barão de Lucena. Chegou a ter várias crises de asma, chegando a ficar roxa, sem conseguir respirar direito. Ainda pequena, quando soube que natação fazia bem para quem tem asma, tentou nadar. Mas teve alergia ao cloro, e no caso dela precisou sair da natação. Mas só começou um tratamento mais efetivo contra a asma, quando se tornou adulta, e começou a trabalhar e investir num plano de saúde. Em 2012, ingressou na corrida, mas ainda com dificuldades. Passou a fazer um tratamento mais efetivo com alergologista e pneumologista. E desde 2016 não teve mais crises de asma. “De lá para cá, tive um ou outro episódio de desconforto respiratório. Mas só em não precisar mais ser hospitalizada, me sinto uma vitoriosa!”, desabafa Renata. Ela percorreu sua primeira maratona (percurso de 42 quilômetros) em 2017, e não sentiu nenhum desconforto. Ao contrário, ela diz que, quando corre, a corrida expande os pulmões e os brônquios e eleva o nível respiratório para um patamar maior, dando uma sensação melhor. “Consegui ter uma vida extremamente saudável, aliando o esporte com um tratamento efetivo”. Acabou de concluir em Porto Alegre a sexta maratona de sua história. Pensando no bem que a atividade física pode fazer aos pacientes com asma, um grupo de médicos da Rede Ális se juntou para organizar o I Circuito Corrida e Caminhada Rede Ális, a RespirÁlis. Será no próximo domingo (15), com concentração às 6h no Paço Alfândega, Bairro do Recife. O evento vai antecipar as comemorações do Dia Nacional de Combate e Prevenção à Asma, comemorado no dia 21 de junho. Às 6h30, cerca de 2 mil participantes vão correr ou caminhar um percurso de 5, ou 10 km pelas ruas do Bairro do Recife. Um domingo de lazer e atividade física, além de uma ação social, porque parte do valor recolhido com os kits para participar da corrida será doado para o Instituto Padre Arlindo. Além da Rede Alis, o I Circuito Corrida e Caminhada conta com o apoio institucional da Associação Médica de Alergologia, Otorrinolaringologia, Cardiologia, Endocrinologia, Psiquiatria e Gastroenterologia. Os participantes vão ganhar medalhas e poderão receber orientações de médicos e fisioterapeutas com dicas sobre o combate à asma, doença que mata de 6 a 7 pessoas por dia no Brasil. A Rede Ális convidou dois atletas brasileiros como embaixadores da corrida: o nadador Gustavo Borges e o atleta campeão olímpico, Cesar Cielo, que também é asmático e usou o esporte como tratamento contra a asma. De acordo com o diretor da Rede Ális, o alergologista Waldemir Antunes, a ideia do Circuito RespirÁlis é quebrar o paradigma e reforçar que o paciente com asma pode e deve praticar atividades físicas e melhorar seu rendimento cardiorrespiratório. “A asma não tem cura, mas se tratada corretamente, com medicamentos corretos, o paciente pode ter uma vida normal praticando atividade física. Por isso, é tão importantes momentos como esse de promoção à saúde física e mental dos pernambucanos”, reforça Waldemir. @redealisbrasil @waldemir_antunes @renatarodrigues28 Câncer colorretal: exercícios aumentam a sobrevida dos pacientes Um estudo canadense apresentado no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), em Chicago/EUA, mostrou que um programa de exercícios aumentou a sobrevida livre da doença em pacientes com câncer colorretal ressacado, que haviam concluído as sessões de quimioterapia. O ensaio clínico envolveu 889 pacientes, que foram acompanhados de 2009 a 2024. Deste total, 445 pacientes realizaram um programa de exercícios de três anos e os demais receberam materiais de educação em saúde. Após cinco anos, a sobrevida livre de doença foi de 80,3% no grupo de exercícios – ante os 73,9% obtidos pelas pessoas que receberam o material educativo. Em oito anos, a sobrevida global foi de 90,3% no grupo de exercícios, acima dos 83,2% registrados no outro. “Com este estudo, o exercício físico sai de uma esfera de recomendação de estilo de vida para uma prescrição médica real, cujos ganhos em pacientes com câncer de cólon operados são comparáveis, inclusive, à quimioterapia”, concluiu o médico Daniel Musse, da Oncologia D’Or. @rededor_oficial Argila ajuda no desempenho físico? Especialista explica os benefícios do seu uso neste pré-inverno Pesquisador Urandir Fernandes cita os tipos de argila que podem melhorar a circulação sanguínea e a tonificação da pele do corpo nesta época do ano Dia 20 de junho marca o início do inverno no hemisfério sul e com isso, alguns cuidados com a pele devem ser relevados, para que além de firmar a hidratação possa ainda manter a circulação sanguínea e a tonificação da pele, para um aspecto fortalecido e resistente. Ao longo dos anos muitas pessoas se tornaram adeptas ao uso da argila, justamente pelos inúmeros benefícios e maneiras de usá-la que servem para todos os lugares do corpo, como rosto, axilas, virilhas e cabelo. A argila é uma substância mineral encontrada na natureza e é composta principalmente por partículas finas e silicatos de alumínio, podendo variar em óxidos de ferro e magnésio originando-se da decomposição de rochas como feldspato e mica, o que implica propriedades variáveis ao produto e diversas outras aplicações. A vermelha, por exemplo, é a mais indicada para peles maduras e sensíveis, estimulando o processo de renovação celular, ademais a regulação da microcirculação e iluminação da pele. A de Kimberlito, por exemplo, é extraída de jazidas do Mato Grosso do Sul e de vários outros estados, possuindo características revitalizantes auxiliando na firmeza e na elasticidade e ainda pode ser uma ótima escolha para amenizar dores durante o período menstrual ao ser espalhada pelo corpo, como também na redução de acnes devido às suas propriedades purificantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes. “Após a extração, as argilas passam por um processo de

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IA na jornada diagnóstica de doenças hematológicas: uma revolução silenciosa, mas urgente

Imagine uma paciente idosa, na zona rural do Brasil, que procura o posto de saúde com queixas vagas: cansaço, palidez, hematomas espontâneos. O médico solicita um hemograma. O exame mostra alterações discretas, mas relevantes — talvez uma leucopenia, anemia com desvio de padrão, plaquetas baixas. Contudo, sem a presença de um hematologista ou ferramentas adequadas de apoio, esses sinais passam despercebidos. Ela volta para casa com uma receita de ferro. Meses depois, a realidade cruel: uma leucemia já avançada, que poderia ter sido detectada antes. Essa história não é rara! Segundo dados da associação do setor de medicina diagnóstica, mais de 2 bilhões de exames laboratoriais são processados anualmente no Brasil. O hemograma, exame mais solicitado do país, representa uma grande fatia desses dados. E, ainda assim, estudos apontam que até 18% dos exames com resultados anormais não recebem seguimento adequado, seja por falhas na comunicação, na interpretação ou pela ausência de especialistas (Murphy et al., 2017; Callen et al., 2011). O resultado? Diagnósticos tardios, atrasos em encaminhamentos e, no caso das doenças hematológicas, perda de tempo precioso. Doenças como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas podem evoluir rapidamente. O diagnóstico precoce muda não apenas o desfecho clínico, mas a vida do paciente. É aí que a inteligência artificial (IA) entra como vetor de mudança — especialmente no SUS, onde cerca de 70% dos atendimentos de saúde são feitos por médicos da atenção primária, e o acesso a especialistas, como hematologistas, é escasso, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Pesquisas recentes demonstram que modelos de IA treinados para interpretar hemogramas conseguem identificar padrões sugestivos de doenças graves com acurácia superior a 90% (Zhou et al., 2021; Liang et al., 2019). Essas ferramentas podem atuar como co-pilotas do raciocínio clínico, chamando atenção para alterações relevantes, sugerindo condutas e, sobretudo, garantindo que menos exames passem despercebidos. Uma iniciativa pioneira no Brasil já mostrou que, com IA integrada ao sistema de análise laboratorial, foi possível detectar sinais de doenças hematológicas com sensibilidade clínica real superior a 94%, impactando diretamente a conduta de médicos generalistas. Em vez de apenas observar um resultado fora da faixa de referência, o médico tem acesso a um painel inteligente, que sugere diagnósticos diferenciais e caminhos clínicos recomendados. Além do impacto assistencial, o ganho econômico é inegável. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cada dólar investido em diagnóstico precoce de câncer gera retorno de até 10 dólares em custos evitados no tratamento (WHO, 2021). Em doenças hematológicas, o custo de internações prolongadas, quimioterapias em estágio avançado e manejo de complicações é imensamente maior do que o custo de uma triagem inteligente e precoce. A transformação digital da saúde não pode — e não deve — ignorar o potencial de tecnologias como a IA para salvar vidas. Principalmente no Brasil, onde as iniquidades de acesso e a escassez de especialistas tornam o sistema menos resolutivo. A inteligência artificial na saúde não é um luxo. É uma ponte entre o que temos e o cuidado que a população merece. Raphael Saraiva é co-fundador da Hemodoctor - @hemodoctor @raphalesaraiva I Circuito Corrida e Caminhada Rede Ális – RespirÁlis Na primeira quarta-feira de junho, é comemorado o Dia Mundial do Corredor — data dedicada a celebrar a prática da corrida como um estilo de vida que promove saúde, bem-estar e superação. E para quem busca uma ótima oportunidade de colocar a corrida em dia, vem aí o I Circuito Corrida e Caminhada Rede Ális – RespirÁlis, que une esporte e conscientização. Marcado para o domingo anterior ao Dia Nacional de Combate e Prevenção à Asma (21 de junho), o evento será realizado no dia 15 de junho, com concentração às 6h no Paço Alfândega, no Bairro do Recife, e largada prevista para 6h30. A expectativa é de reunir mais de 2 mil participantes. Com percursos de 5 km e 10 km, tanto para corrida quanto para caminhada, a RespirÁlis tem como objetivo principal quebrar o mito de que pessoas com asma não podem praticar atividades físicas. Após cruzar a linha de chegada, os participantes ganharão medalhas e poderão contar com a orientação de médicos e fisioterapeutas, que darão dicas valiosas para o controle da doença — responsável por cerca de 6 a 7 mortes por dia no Brasil. A iniciativa é da Rede Ális, que trouxe dois nomes de peso como embaixadores do evento: o nadador Gustavo Borges e o campeão olímpico Cesar Cielo, que convive com a asma e utilizou o esporte como aliado no tratamento. “Nosso objetivo com o Circuito RespirÁlis é mostrar que o asmático pode — e deve — se exercitar, com segurança, para melhorar sua capacidade cardiorrespiratória e qualidade de vida”, explica Waldemir Antunes, diretor da Rede Ális. Quem quiser participar precisa ficar ligado: o acesso ao evento será por meio de sorteio nas redes sociais da Rede Ális (@redealisbrasil), que vai até sexta-feira, 06 de junho. São 100 kits sorteados por dia, e os vencedores têm até 24 horas para retirar o prêmio na unidade da Rede Ális da Ilha do Leite. Colônia de férias inclusiva abre inscrições com mais de 10 mil vagas para crianças autistas A ONG Amigos da Inclusão, em parceria com o Instituto do Autismo (IDA), abriu nesta terça-feira (03) as inscrições para a colônia de férias gratuita do voltada a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento será realizado de 1º a 19 de julho, com mais de dez mil vagas distribuídas entre Recife, Olinda, Igarassu, Carpina, Timbaúba e Caruaru, beneficiando famílias da Região Metropolitana, da Mata Norte e do Agreste pernambucano. A programação inclui atividades adaptadas, como brinquedos infláveis, contação de histórias, esportes e musicalização, todas acompanhadas por uma equipe multidisciplinar formada por terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, educadores físicos, fisioterapeutas e psicomotricistas. Segundo Kadu Lins, fundador da ONG Amigos da Inclusão e diretor do IDA, o objetivo é oferecer momentos de lazer e também oportunidades reais de fortalecer habilidades sociais e emocionais, garantindo às famílias um período de descanso com a confiança de um cuidado especializado.

IA na jornada diagnóstica de doenças hematológicas: uma revolução silenciosa, mas urgente Read More »