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Fumantes passivos possuem 30% a mais de chance de desenvolver câncer de pulmão

O Brasil conta com cerca de 21 milhões de fumantes, o que representa 12% da população, segundo dados do Ministério da Saúde. Na fumaça há de quatro a nove mil substâncias tóxicas das quais pelo menos 70 são altamente carcinogênicas. O câncer de pulmão costuma ser o mais associado ao indivíduo tabagista, mas ele também pode ser o responsável pelo aparecimento de cânceres na boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim e bexiga. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 31.270 novos casos de câncer no pulmão em 2018, sendo que a maioria deles é provocada pelo fumo. Os fumantes passivos, aqueles que involuntariamente inalam o fumo dos fumantes ativos próximos, também estão sujeitos a enfrentar os danos do tabagismo. Pesquisas apontam que a fumaça que sai do cigarro contém cerca de três vezes mais nicotina e monóxido de carbono. "Estar em contato, mesmo que indiretamente, com essa fumaça pode aumentar em 30% os riscos de desenvolver câncer de pulmão. E as crianças constantemente expostas têm mais predisposição a desenvolver leucemia, linfoma e tumores cerebrais", explica a Dra. Mariana Laloni, oncologista do Centro Paulista de Oncologia, unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), há aproximadamente dois bilhões de pessoas que estão no grupo de fumantes passivos no mundo. No Brasil, estima-se que o contingente de indivíduos expostos ao problema chega a ser de 14,5 milhões – número que representa mais de 7% da população nacional. Além do aumentado risco de câncer de pulmão, de colo de útero e de câncer de pâncreas, o grupo ainda pode sofrer derrame cerebral, colite ulcerativa, alergia alimentar, asma e pneumonia. A oncologista ressalta que o risco de câncer de colo de útero chega a ser 73% maior em mulheres fumantes passivas, em comparação as mulheres não tabagistas. Recentemente especialistas conseguiram provar que não estar em contato com a fumaça já não é o bastante para não sofrer com os malefícios. Um estudo publicado na revista Pediatrics mostrou que ambientes defumados pelo tabaco também estão repletos de partículas cancerígenas, que podem permanecer por até dois meses. "O fumo de terceira mão, aquele cheiro forte que fica impregnado em almofadas, tapetes e cortinas, apenas para citar alguns exemplos, também representa riscos à saúde e evidencia o quanto o cigarro pode afetar o bem estar das pessoas que convivem em casa, no trabalho e em demais espaços coletivos com a fumaça gerada pelos fumantes ativos", finaliza Laloni. Sobre o CPO Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO , unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional composta por: psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, farmacêuticos clínicos, enfermeiros, reflexologistas e médico especializado em Medicina Integrativa. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares. O CPO possui acreditação Canadense nível diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de "excelência em gestão e assistência" e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A instituição possui também uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, proporciona a educação médica continuada ao corpo clínico do CPO e médicos especialistas, com aulas e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia. Sobre o Grupo Oncoclínicas Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com 55 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado na melhor prática clínica.

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Mitos e verdades sobre a infertilidade

Muitas mulheres e muitos casais sonham com o dia em que terão filhos. Esse anseio, porém, pode ser afetado por problemas inesperados de infertilidade, além de uma gravidez tardia e outros fatores que diminuem as possibilidades de uma gestação natural. Segundo a ginecologista e especialista em reprodução assistida Cláudia Navarro, quando se consegue detectar a causa da infertilidade, cerca de 40% destas causas são atribuídas à mulher, 40%, ao homem, e 20%, a ambos. Para esclarecer dúvidas sobre infertilidade, a médica lista algumas questões comuns. Confira: 1 - Mulheres que usam continuamente pílulas anticoncepcionais para evitar a menstruação podem ter problemas futuros para engravidar? Não. Contraceptivos hormonais não diminuem a fertilidade. O uso da pílula, entretanto, seja continuamente ou com intervalos, pode mascarar problemas no ciclo menstrual. Segundo Cláudia Navarro, a contracepção hormonal pode ser uma ótima alternativa, mas deve sempre ser individualizada e prescrita por um médico após avaliação clínica criteriosa. 2 - Homens que usam roupas íntimas muito apertadas podem ter problemas de infertilidade? Sim! Embora os casos sejam raros, o aumento na temperatura provocada pelo uso de roupas apertadas, assim como o contato direto com altas temperaturas, pode afetar a qualidade da produção dos espermatozoides. “Outro problema que pode afetar a fertilidade é o excesso de tempo sentado, como ciclistas que praticam o esporte diariamente por longas horas, extraordinariamente motoristas que usam roupas apertadas e ficam muito tempo assentados, além daqueles que lidam diretamente com alguns tipos de produtos químicos”, lembra a especialista. 3 - O café pode aumentar a produção de espermatozoides? Mito! Embora alguns estudos digam que, em doses baixas ou moderadas, o café provoca um estimulo nas células lactato, um elemento essencial para a espermatogénese acontecer, não há nenhuma evidência cientifica que comprove isso. Pelo contrário, as evidencias mostram um resultado negativo do excesso da cafeína principalmente na fertilidade feminina. 4 - O uso do DIU pode gerar algum problema relacionado à fertilidade? Sim! A inserção do Dispositivo Intra uterino - DIU quando não realizada de maneira correta e pelo profissional habilitado, pode facilitar a entrada de bactérias no trato reprodutivo superior promovendo infecção nas trompas. A sequela destas infecções pode resultar em obstrução tubária com consequente infertilidade. “O procedimento para colocar o DIU deve ser feito por um ginecologista capacitado, e o acompanhamento deve ser constante”, alerta Cláudia Navarro. 5 - A obesidade pode levar à infertilidade? Sim! O excesso de peso pode provocar alterações hormonais que irão culminar com a anovulação crônica, que é a ausência de ovulação com consequente infertilidade. Além disto, aquelas pacientes que conseguem engravidar e que se encontram acima do peso, apresentam um maior índice de aborto e de complicações na gravidez. Segundo a médica, manter hábitos saudáveis de vida favorece o organismo como um todo, não somente a parte reprodutora. 6 - Mulheres que se submetem à quimioterapia podem ficar estéreis? Verdade! A quimioterapia pode provocar uma diminuição nas células germinativas tanto na mulher (óvulos) como no homem (espermatozoides), o que pode resultar em infertilidade. Hoje, com os altos índices de sobrevida no tratamento do câncer, tem se preocupado muito com a qualidade de vida dos sobreviventes E a manutenção da fertilidade destas pessoas já pode ser programada através do congelamento prévio dos gametas. “A técnica de congelamento de óvulos ou de sêmen é indicada para aqueles pacientes que irão se submeter ao tratamento contra o câncer, antes do início deste tratamento, para que possam considerar uma gravidez futura”, lembra a ginecologista. 7 - Mulheres que recorrem à fertilização in vitro terão gestação múltipla? Não. Com o avanço da tecnologia, a reprodução assistida tem ganhado cada vez mais precisão em seus resultados. “A técnica tem possibilitado formas eficientes para reduzir ao máximo a taxa de gemelaridade nas gestações”, afirma Cláudia Navarro. Sobre Cláudia Navarro Cláudia Navarro é ginecologista, especialista em reprodução assistida. A médica é diretora clínica da Life Search. Graduada em medicina pela UFMG em 1988, Cláudia titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela instituição federal. Atua na área de ginecologia e obstetrícia, com ênfase em reprodução humana, trabalhando principalmente os seguintes temas: infertilidade, reprodução assistida, endocrinologia ginecológica, doação e congelamento de gametas.

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57% dos infartos no Brasil poderiam ser evitados com o controle adequado do colesterol alto

Na próxima quarta-feira, 8 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para a importância de manter os níveis de LDL controlados. Segundo a pesquisa InterHeart, que investigou os principais fatores de risco para infarto agudo do miocárdio na América Latina, 57% dos casos de infarto no Brasil poderiam ser evitados se o colesterol alto fosse adequadamente tratado. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), estima que, somente no Brasil, o aproximadamente 300 mil pessoas morrem por ano em decorrência das doenças cardiovasculares. O colesterol-LDL elevado, popularmente conhecido como colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco à saúde do coração, assim como hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e sedentarismo. O colesterol é um álcool dissolvido em gorduras e é fundamental para o funcionamento do organismo, pois ajuda na produção de vitamina D, de hormônios sexuais e do Cortisol (hormônio do metabolismo de proteínas), sendo importante no processo de regeneração celular. Além de ser produzido pelo organismo, ele pode ser encontrado em alimentos de origem animal como nas carnes vermelhas e em ovos. De acordo com o Dr. Fábio Lario, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é fundamental que as pessoas conheçam quais são os seus índices de colesterol, sobretudo se possuírem parentes de primeiro grau com história de infarto ou de colesterol muito elevado. "O ideal é que até os 20 anos de idade as pessoas já tenham dosado os níveis de colesterol. Assim, caso os índices estejam alterados, o paciente pode ser orientado e encaminhado para o tratamento mais adequado", afirma Lario. Segundo o cardiologista, além do fator genético a alimentação incorreta, rica no consumo de gorduras de origem animal e gordura saturada, também é considerada um fator importante para o aumento dos índices de LDL no sangue. Cerca de 70% do nível de colesterol no sangue de uma pessoa tem origem genética e 30% está relacionado a fatores alimentares e comportamentais. Dado o diagnóstico, apenas um especialista poderá indicar o tratamento mais adequado, que envolve a mudança de hábitos alimentares, prática regular de atividade física e, em casos determinados, o uso de medicamentos. O profissional ainda alerta para a necessidade de construir uma relação de confiança com seu médico. "Existe muita informação disponível na internet hoje em dia. Boa parte sem base científica adequada, tanto para benefícios, quanto para malefícios. Portanto o paciente deve conversar com seu médico e entender os fundamentos e objetivos do tratamento e evitar suspendê-lo por conta própria. Isso é ainda mais importante para as pessoas que já tiveram problemas cardíacos", diz o cardiologista. Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz Fundado por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase nas especialidades de oncologia e doenças digestivas, a Instituição completou 120 anos em 2017. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde –, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 3.900 médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, por meio do Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde. Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br

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Crianças de Recife têm 9,3% mais cárie do que a média do país (80,2%)

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde Bucal realizada pelo Ministério da Saúde, crianças de Recife têm 9,3% mais cárie que a média do Brasil (80,2%).  Já os adolescentes da capital pernambucana (faixa de 12 anos) chamam atenção pelos índices menores do que a média do país (54,1%) e do que a média da região Nordeste (13% menos cárie). Entre os adultos de 35 a 44 anos abordados no estudo, os números voltam a subir, sendo o índice de cárie 3,8% maior do que a média do país (8,8%). Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (2010). Faixa etária Recife Nordeste Brasil n média n média n média 5 anos 267 89,5% 2.109 88,2% 7.217 80,2% 12 anos 197 45,8% 2.021 68,8% 7.247 54,1% 15 a 19 anos 82 33,3% 1.419 47,9% 5.367 35,8% 35 a 44 anos 145 12,6% 2.404 12% 9.564 8,8% 65 a 74 anos 224 2,4% 2.271 3,1% 7.509 1,9%   Cenário Outro levantamento realizado pelo Ministério da Saúde (2013) mostra que: 55,6% dos brasileiros não se consultam anualmente 1,4% dos homens e 1,7% das mulheres tinham grau intenso de dificuldade para se alimentar por problemas nos dentes ou dentadura 11% das pessoas de 18 anos ou mais de idade perderam todos os dentes (totaliza 16 milhões) 48,4% dos homens e 57,1% das mulheres usam escova de dente, pasta e fio dental para a limpeza dos dentes Diante da realidade de 16 milhões de desdentados, em que 46% consideram difícil o acesso ao dentista em um país que tem o maior número de dentistas no mundo - são 260 mil - o Grupo Ateliê Oral percorre 12 capitais brasileiras para promover debates, novas tecnologias e tratamentos na odontologia que antes só eram possíveis a uma minoria da população e hoje são cada vez mais acessíveis. Até o momento mais de 500 dentistas já compartilharam essa experiência. Recife foi uma das cidades escolhidas para sediar o encontro entre capitais como: São Paulo, Fortaleza, Belém, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Foz do Iguaçu, Goiânia, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Para o cirurgião-dentista Marcelo Kyrillos, sócio-diretor do Grupo Ateliê Oral, responsável pelo workshop Ateliê Oral World Tour que será realizado no JCPM Trade Center S.A. em Recife, no dia 18 de agosto, “consultas semestrais ao dentista, uma higienização correta e uma alimentação adequada, para crianças e adultos, não devem ser vistas como algo complementar e, sim, um dever fundamental para evitar não só problemas bucais como, também, problemas de saúde. Doenças do coração, diabetes, entre outros males, muitas vezes são provenientes de cáries não tratadas, dores ignoradas, bactérias que entram pela boca e atingem a corrente sanguínea, entre outras causas”, explica Kyrillos. Durante o World Tour, será apresentado um workflow de trabalho desenvolvido durante mais de 28 anos para a resolução de casos simples, médios ou extremamente complexos e as vantagens de planejar todas as etapas do tratamento antes de se começar a tratar um paciente. A metodologia será apresentada à imprensa, alunos e profissionais de odontologia de Recife no dia 18 de agosto. “Estamos em um momento de virada da odontologia, seguindo o mesmo caminho da medicina no Brasil, que é o de contar com a tecnologia para democratizar o acesso à saúde. Levando em consideração que o Brasil tem 15% dos dentistas formados em todo o mundo, a medicina bucal vai mudar muito em um futuro próximo. Tecnologias como o escaneamento digital da boca e a nova mentalidade dos profissionais são grandes caminhos para essa nova fase”, destaca Kyrillos que, junto aos demais sócios do Grupo, é responsável pelo treinamento de milhares de dentistas de todo o Brasil e autor de quatro livros científicos sobre os cuidados da saúde bucal dos brasileiros.   Sobre “Arquitetura do Sorriso e a construção de uma marca” (2017) Obra para empreendedores, empresários do ramo da Odontologia e profissionais das diversas especialidades do setor que procuram levar excelência e auto estima para o paciente, agregando sempre conhecimento, aperfeiçoamento e personalização para cada história que chega no consultório. Uma fonte de consulta que apresenta um conteúdo informativo e explicativo sobre planejamento e execução de cases de diversos graus de complexidade para alcançar o resultado na odontologia estética e satisfazer as expectativas do paciente.   Sobre o Grupo Ateliê Oral Clínica odontológica pioneira em reunir, em um único lugar, um time de profissionais de todas as especialidades da odontologia e um laboratório artesanal, que atua há 28 anos no Brasil. Com a missão de fazer as pessoas felizes, a clínica é referência em serviço odontológico premium, pois harmoniza função, saúde e beleza em um protocolo de tratamento único, que a consolidou no mercado com base em serviços reconhecidos entre as mais de 10 mil pessoas tratadas em quase três décadas. Em 2017, se reposiciona com a abertura de matriz institucional (Grupo Ateliê) que, a partir de agora, amplia a chancela para valiosos projetos do mercado de odontologia e bem-estar no Brasil. Além das renomadas clínicas Ateliê Oral e Ateliê Oral Kids, nascem o Precision (laboratório digital de prótese dentária que presta serviços para profissionais de todo o país), Ateliê Oral Cursos e Ensino (que oferece capacitação aos profissionais brasileiros), e o mais novo lançamento do Grupo, a clínica de odontologia Made Me A, destinada a um atendimento estético e totalmente tecnológica.   Ateliê Oral World Tour - Recife (Pernambuco) Data: 18 de agosto de 2018 Horário: 9h às 18h Local: JCPM Trade Center S.A. Endereço: Avenida Engenheiro Antônio de Góes, 60 - Pina

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Cirurgia de fimose ajuda a prevenir DSTs e HIV

A maioria dos homens já fez ou conhece alguém que precisou fazer a cirurgia de fimose. Essa é uma condição que afeta grande parte das pessoas do sexo masculino, podendo ser de origem congênita ou adquirida ao longo da vida. O fato é que o estreitamento na abertura da pele do prepúcio, que dificulta ou impede a exposição da glande do pênis, gera desconforto e pode ocasionar o aparecimento de diversas doenças, como o câncer de pênis, por exemplo. É que a impossibilidade de limpeza adequada da região durante muito tempo causa um processo inflamatório crônico que, junto a vírus, bactérias e fungos, pode levar ao desenvolvimento de tumores malignos. O tratamento do problema é realizado através da cirurgia de fimose, também conhecida como circuncisão ou postectomia. O procedimento é feito rapidamente, o paciente recebe alta pouco tempo depois e a recuperação acontece sem maiores complicações. A cirurgia traz uma série de benefícios, a começar pela possibilidade de melhor higienização da área, que é uma das principais causas de doenças. “Quando a higiene é precária, facilita a proliferação dos vírus”, explica Guilherme Maia, urologista do Hospital Santa Joana. Além disso, descobriu-se também que ela ajuda na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e até o vírus HIV. Há vários estudos relacionando a prevenção de DSTs em países com a prática da circuncisão, com a diminuição no número de casos. “A partir disso, a Organização Mundial da Saúde passou a recomendar a cirurgia em países com alta prevalência de HIV, como medida preventiva para essa e outras doenças, como HPV, herpes, sífilis e câncer de pênis”, revela o médico. “Com isso, suas parceiras, por consequência, apresentam menor chance de ter câncer de colo de útero”, conta Maia. Diante disso, tem se tornado cada vez maior a realização da postectomia em crianças e adultos. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Urologia em 2007 na África constatou que nas áreas em que os homens realizaram o procedimento, houve uma redução de 50% a 70% dos casos de infecção por HIV. “Esse é um dado importante e que serve como exemplo para todo o mundo, considerando que se trata de uma cirurgia simples e de custo relativamente baixo. Ela pode ser feita de uma forma bastante segura e pode salvar várias vidas a longo prazo”, ressalta Guilherme Maia.

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Nutricionista dá dicas de como preparar uma lancheira saudável

O processo de educação alimentar ocorre ainda na primeira infância, período que compreende do nascimento até os seis anos de vida da criança. Segundo os especialistas, é importante estimular hábitos saudáveis nos pequenos para evitar que erros alimentares aconteçam, já que é mais difícil corrigi-los depois de adulto. "Quando os adultos chegam ao consultório para um processo de reeducação alimentar é porque na primeira infância eles não foram bem orientados", disse a nutricionista do Greenmix Bárbara Duque. Com a volta às aulas, Bárbara orienta os pais a prepararem o lanche das crianças em casa ao oferecer dinheiro aos filhos. "Muitas cantinas de escolas não oferecem alimentos saudáveis", enfatizou. A atenção dos pais também devem passar pela conservação dos alimentos na lancheira. Os alimentos perecíveis, como o iogurte, precisam ser mantidos refrigerados. "Se o turno da criança for integral, é melhor optar por frutas de casca (laranja, maçã, banana, por exemplo). No caso de apenas um turno, os pais podem colocar uma fruta de corte (melancia, melão, mamão) na lancheira até 3 horas com tranquilidade e segurança", orienta a nutricionista. A especialista pede que os pais deem preferência à lancheira térmica, pois ajuda no processo de conservação. No mercado, existem opções mais práticas sem deixar de lado o quesito saudável. Frutas secas, cereais, oleaginosas podem ser uma opção. No Greenmix, localizado nas Zonas Norte e Sul do Recife, os lanches são saudáveis sem deixar de lado o sabor. Bolo formigueiro, de cenoura, biscoito polvilho, mini cookies, todos com teor reduzido de açúcar ou adoçado com demerara são mais saudáveis do que os tradicionais. A nutricionista Bárbara Duque alerta quanto ao uso do sal e açúcar no preparo dos alimentos dos pequenos: "Até dois anos, não recomendamos a ingestão de açúcar. Sobre o sal, é ideal que os pais não abusem, já que em muitos alimentos in natura existe sal intrínseco", afirmou.

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Consumo de tabaco é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão

O tabagismo está na origem de 90% de todos os casos de câncer de pulmão - entre os 10% restantes, 1/3 é dos chamados fumantes passivos – no mundo, sendo responsável por ampliar em cerca de 20 vezes o risco de surgimento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil soma mais 28 mil novos casos de tumores pulmonares ao ano. Além disso, o mau hábito aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. Apesar destes dados não serem novidade, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas entre a população fumante. A oncologista Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO) - Grupo Oncoclínicas, diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença. Segundo a médica, existem dois tipos principais de câncer de pulmão: carcinoma de pequenas células e de não pequenas células. "O carcinoma de não pequenas células corresponde a 85% dos casos e se subdivide em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O tipo mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma e atinge 40% dos doentes", destaca. O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, por vídeo (CTVA) são cada vez mais realizados com menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do estadiamento, tipo, do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente. Após a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia são indicadas para destruir células tumorais microscópicas residuais ou que estejam circulando pelo sangue. Para a Dra. Mariana, a combinação de tratamento sistêmico e radioterapia também pode ser administrada no início do tratamento para reduzir o tumor antes da cirurgia, ou mesmo como tratamento definitivo quando a cirurgia está contraindicada. A radioterapia isolada é utilizada algumas vezes para diminuir sintomas como falta de ar e dor. Mas o grande avanço dos últimos anos, ainda de acordo com a oncologista do CPO, é a imunoterapia. Baseado no princípio de que o organismo reconhece o tumor como um corpo estranho desde a sua origem, e de que com o passar do tempo este tumor passa a se disfarçar para o sistema imunológico e então se aproveitar para crescer, a imunoterapia busca reativar a resposta imunológica contra este agente agressor. "Atuando através do bloqueio dos fatores que inibem o sistema imunológico, as medicações imunoterápicas provocam um aumento da resposta imune, estimulando a atuação dos linfócitos e procurando fazer com que eles passem a reconhecer o tumor como um corpo estranho", explica a Dra. Mariana. E se eu parar de fumar? Principal fator de risco evitável de tumores pulmonares, o tabaco está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos. E, ao contrário do que muitos usuários destes produtos acreditam, nunca é tarde demais para parar. Segundo a especialista do CPO, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou. Para mais informações, acesse www.eseeuparardefumar.com.br. Sobre o Grupo Oncoclínicas Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente. Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes. O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA. Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.

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Tratamento inadequado do diabetes afeta 18% dos idosos nos EUA; quadro é semelhante no Brasil

Aproximadamente 18% dos idosos com diabetes nos Estados Unidos são tratados de forma inapropriada; ou por excesso de medicamentos ou por subtratamento, revela um estudo publicado recentemente no Journal of General Internal Medicine. A pesquisa foi feita com base nos dados de 78 mil pacientes com mais de 65 anos em dez estados dos EUA – as informações são do Medicare, programa de assistência médica do governo federal americano. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dr. João Eduardo Nunes Salles, afirma que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose. “É fundamental atentar-se às particularidades que tangem o tratamento do diabetes, não apenas medicamentoso, mas comportamental e nutricional. Além do avanço do sedentarismo e da obesidade, o envelhecimento populacional também tem grande impacto no aumento dos casos de diabetes”, avalia. No Brasil, segundo levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença aumentou 54% na população masculina entre 2006 e 2017, atingindo 7,1% dos homens adultos. Contudo as mulheres ainda são as principais vítimas da doença, com 8,1% no último ano. A SBD estima que 16 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a doença. Salles alerta também para a importância do controle da doença, sobretudo para diminuir o risco de cardiopatias – segundo a International Diabetes Federation, pessoas com mais de 60 anos e portadoras de diabetes tipo 2 têm um risco de três a quatro vezes maior de morrer por doenças cardiovasculares. “Há alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e suas complicações. Conhecimento e acesso a tratamentos adequados são fundamentais para preservar a doença no idoso, aumentando sua expectativa e qualidade de vida”, atesta o especialista. O geriatra Renato Bandeira de Mello, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), faz uma ponderação e explica a necessidade de avaliação ampla ao idoso diabético para racionalizar tanto o diagnóstico como o tratamento dessa condição. “Saber avaliar o idoso de forma multidimensional é fundamental para o processo de tomada de decisões clínicas. Por exemplo, em pacientes com Doença de Alzheimer com comprometimento cognitivo importante ou quando há limitações e vulnerabilidade físicas em decorrência de outras doenças graves, o excesso de exames e tratamentos, assim como o controle rígido do diabetes podem aumentar o risco de complicações e prejudicar a qualidade de vida desses pacientes”. O especialista também destaca que, por meio da Avaliação Geriátrica Ampla, é possível identificar em outro extremo os idosos robustos, em que a idade isoladamente, mesmo quando superior a 80 anos, não limita a indicação dos tratamentos com objetivo de controle de complicações a médio e longo prazo. “Nos idosos plenamente funcionais, mesmo que longevos, não se deve restringir tratamentos somente pela idade em si. Este é um equívoco que pode levar ao subtratamento de condições controláveis”. Sendo assim, recomenda-se que as indicações de exames, procedimentos e tratamentos sejam ponderadas individualmente de acordo com a funcionalidade daquele idoso. A SBGG, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, aponta que o controle rígido dos níveis glicêmicos em idosos frágeis pode trazer mais riscos do que benefícios, sobretudo quando há hipoglicemias graves ou recorrentes. Baseado nesta ponderação, recomenda-se não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários. Sobre a SBD Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil. Sobre a SBGG A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), fundada em 16 de maio de 1961, é uma associação civil sem fins lucrativos que tem como principal objetivo principal congregar médicos e outros profissionais de nível superior que se interessem pela Geriatria e Gerontologia, estimulando e apoiando o desenvolvimento e a divulgação do conhecimento científico na área do envelhecimento. Além disso, visa promover o aprimoramento e a capacitação permanente dos seus associados.

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Dieta pobre em proteína durante gestação aumenta o risco de câncer de próstata nos filhos

Karina Toledo/via Agência FAPESP  Filhos de mães alimentadas com uma dieta pobre em proteínas durante o período de gestação e lactação correm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de próstata ao envelhecer. Foi o que constatou um estudo feito com ratos no Instituto de Biociências (IBB) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. Os resultados da pesquisa, apoiada pela FAPESP, foram divulgados no The Journals of Gerontology. “Observamos em estudo anterior que a exposição intrauterina à dieta hipoproteica prejudica o desenvolvimento da próstata. Agora, comprovamos que esse efeito registrado no pós-natal aumenta a incidência de doenças prostáticas quando esses indivíduos envelhecem”, disse Luis Antonio Justulin Junior, professor do IBB-Unesp e coordenador do estudo. O modelo usado no laboratório de Justulin consiste em alimentar fêmeas prenhes com uma ração contendo apenas 6% de proteína. O alimento normalmente oferecido a ratos de laboratório tem entre 17% e 23% desse nutriente. “Dados da literatura indicam que o porcentual mínimo necessário para a rata levar a gestação sem problemas é 12%”, disse Justulin. As fêmeas prenhes incluídas na pesquisa foram divididas em três grupos. O controle recebeu a ração padrão, com pelo menos 17% de proteína, durante toda a gestação e 21 dias após o nascimento – período de lactação. A partir do desmame, os filhotes também foram alimentados com a dieta padrão. Na avaliação feita quando a prole completou 540 dias de vida, quando já são considerados ratos velhos, os pesquisadores não observaram nenhum caso de tumor prostático. O segundo grupo de fêmeas recebeu a ração com 6% de proteína durante a gestação apenas. Após o nascimento, passou a se alimentar com a dieta padrão, assim como os filhotes depois do desmame. Na avaliação dos 540 dias, 33% dos descendentes machos haviam desenvolvido câncer de próstata. No grupo três, exposto à dieta hipoproteica durante todo o período de gestação e também de lactação, o índice de descendentes afetados por tumores na próstata foi de 50%. “Fizemos a análise histopatológica nas glândulas desses animais e, em todos os grupos, encontramos alterações pré-neoplásicas que podem interferir na função glandular, como hiperplasia, atrofia epitelial e neoplasia interepitelial – esta última com potencial para se tornar um carcinoma, segundo dados da literatura científica. Mas somente nos animais expostos à dieta hipoproteica na vida intrauterina observamos o desenvolvimento do câncer propriamente dito”, disse Justulin à Agência FAPESP. Desequilíbrio hormonal Em trabalho anterior, publicado em 2017 na revista General and Comparative Endocrinology, o grupo do IBB-Unesp detalhou alguns dos prejuízos que a dieta hipoproteica materna induz na prole. Análises feitas no décimo e no vigésimo primeiro dia após o nascimento mostraram que, nos filhotes de mães submetidas à restrição proteica, a próstata cresce menos e apresenta células epiteliais menos diferenciadas – características que mostram atraso no desenvolvimento. A glândula também apresenta prejuízos funcionais, pois produz uma quantidade menor de secreção e conta com menos espaço para armazená-la. Vale lembrar que a função da próstata é produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido. “Esses animais, de maneira geral, apresentam baixo peso no nascimento, órgãos menos desenvolvidos e alteração nos níveis hormonais. Mas, por volta do vigésimo primeiro dia após o nascimento, começamos a observar um crescimento acelerado para tentar compensar o déficit”, disse Justulin. No trabalho mais recente, os pesquisadores coletaram sangue dos filhotes machos no dia pós-natal 21 e 540. Observaram que, em comparação ao grupo controle, havia um desequilíbrio na relação entre os níveis de hormônio feminino e masculino. Enquanto o macho controle apresentava 15 picogramas (pg) de estrógeno no dia 21, o macho submetido à restrição proteica durante a gestação e lactação apresentava 20 pg. Já no dia 540, a diferença foi ainda maior: 14 pg no controle contra 35 pg no restrito. Além disso, no dia 540, a alta no hormônio feminino estava associada a uma baixa na testosterona, o principal hormônio masculino. Enquanto o grupo controle tinha 5 nanogramas (ng), o grupo restrito tinha somente 0,8 (ng). De acordo com Justulin, no dia 21 não foi observada baixa na testosterona no grupo restrito, pois era justamente a fase em que os animais passavam pelo pico de crescimento acelerado. “Nossos trabalhos anteriores mostraram que os filhotes submetidos à restrição proteica intrauterina nascem pequenos, mas quando se tornam adultos jovens já não apresentam diferenças em relação aos indivíduos do grupo controle – tanto em tamanho quanto em volume da próstata e nos níveis hormonais. Agora estamos percebendo que, quando os animais envelhecem, as diferenças voltam a aparecer. É como se o envelhecimento funcionasse como um segundo insulto ao organismo, considerando que o primeiro foi a dieta hipoproteica na fase inicial de desenvolvimento”, disse. A hipótese que os pesquisadores agora tentam comprovar é que a exposição desse animal de idade avançada aos níveis hormonais alterados favorece a carcinogênese, ou seja, o desenvolvimento tumoral. “Nós observamos isso na próstata, mas há outros estudos mostrando correlação entre o baixo peso no nascimento induzido por restrição nutricional intrauterina e alterações nos níveis de insulina, maior incidência de síndrome metabólica e doenças cardíacas”, disse Justulin à Agência FAPESP. Atualmente, o grupo do IBB-Unesp investiga as vias de síntese dos hormônios sexuais com o objetivo de entender de que modo a dieta hipoproteica altera o equilíbrio entre estrógeno e testosterona. Outro objetivo é demonstrar o mecanismo pelo qual esse desequilíbrio hormonal favorece o desenvolvimento do câncer de próstata. Resultados preliminares da pesquisa indicam que, no dia 21 pós-natal, os animais restritos apresentam um conjunto de RNAs mensageiros e microRNAs desregulados. “Encontramos vários RNAs mensageiros e microRNAs que estão desregulados tanto nos animais de 21 dias, como nos de 540 dias que desenvolvem câncer. Interessante é que algumas destas moléculas também estão alteradas em pacientes humanos com tumores de próstata, conforme observamos em bancos públicos de dados genômicos, com o auxílio de ferramentas de bioinformática”, disse Justulin. O artigo Maternal Low-Protein Diet Impairs Prostate Growth in Young Rat Offspring and Induces Prostate Carcinogenesis With Aging, de Sergio A. A. Santos, Ana C. Camargo, Flávia B. Constantino,

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Retinopatia diabética: conheça a doença que atinge 150 mil brasileiros por ano

A diabetes se caracteriza pela alta taxa de glicose no sangue (hiperglicemia), gerando alterações cardiovasculares em várias partes do corpo. O que pouca gente sabe, no entanto, é que a doença pode afetar um dos principais sentidos do ser humano: a visão. Isso porque a retina – aquele tecido da parte traseira do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro – é uma área bastante vulnerável, já que é constituída por vasos sanguíneos muito finos. Essa complicação da diabetes se chama “retinopatia diabética”, que atinge 150 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que pessoas que sofrem de diabetes têm um risco 25 vezes maior de perda da visão. Além disso, cerca de 40% dos diabéticos sofrem algum estágio da retinopatia diabética, embora metade deles não esteja ciente disso. "As primeiras alterações são silenciosas e o paciente não apresenta queixas. Muitos só procuram o oftalmologista quando percebem uma baixa na visão e, às vezes, as alterações são irreversíveis. Se não for tratado, pode levar à cegueira”, alerta a médica Manoela Gondim, do Serviço Oftalmológico de Pernambuco (Seope). A retinopatia diabética está relacionada ao tempo da diabetes e ao descontrole da glicemia, causando a hiperglicemia. Neste estágio, há várias alterações no organismo que acabam gerando disfunção nos vasos da retina, que ficam danificados e liberam sangue na cavidade vítrea. Com o avanço da doença, a visão escurece e há o risco de edema macular – acumulação de líquido na mácula, zona mais importante da retina. O distúrbio é classificado de duas formas: retinopatia diabética não proliferativa (estágio menos avançado, com vasos sanguíneos obstruídos) e proliferativa (estágio mais avançado, com risco de rompimento dos vasos e cegueira). Alguns cuidados com alimentação e a realização frequente de exames de mapeamento da retina são recomendações importantes para que a doença não evolua. Hoje, com o avanço da tecnologia, há formas eficazes de tratamento. “Fotocoagulação a laser, injeções intraoculares e cirurgias vitreorretinianas são opções disponíveis. Contudo, a prevenção da retinopatia e o controle glicêmico são primordiais para reduzirmos os casos de cegueira pela diabete”, comenta Manoela Gondim.

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