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Da ceia à academia: estratégias para recuperar a rotina de treinos após as festividades de fim de ano

A decisão de manter ou ajustar o treino pós-ceia de Natal e Réveillon, nestas primeiras semanas de 2024, depende de diversos fatores, obviamente. Você deve considerar as suas metas de condicionamento, de emagrecimento e não precisa se desesperar. Siga o plano, peça orientação ao instrutor da academia ou ao seu personal trainer. O Profissional de Educação Física, Everton Lacerda, afirma que de um modo geral não é preciso alterar o treino, após o período festivo. Por Jademilson Silva A constância nos treinos é prerrogativa chave para um 2024 mais saudável. “A rotina de treino não precisa ser alterada nas semanas precedentes às confraternizações de Natal e Réveillon, o indicado é que as pessoas sigam o cronograma de treino normalmente, sem exageros. O importante é manter a constância dos treinos”, informa. A constância ao longo do tempo é fundamental. Em alguns dias de desvio da rotina de treinamento durante as festas não terão um impacto significativo, se você retornar ao seu plano de treino regular. Exagerar nos treinos após as festividades de final de ano não será a melhor solução. “Não é prudente as pessoas exagerarem nos treinos após as celebrações de fim de ano. No mês de dezembro é normal que as pessoas percam um pouco o foco no treino, devido ao clima festivo e as confraternizações que acontecem durante todo mês. Treinar intensamente logo após os períodos de ceias pode levar ao “overtraining”, que é o excesso de treino”, diz Everton Lacerda. O excesso de treino pode levar a pessoa à fadiga muscular e isso facilita o surgimento de lesões. Outro fator negativo é a baixa da imunidade, facilitando o aparecimento das infecções por vírus e bactérias. “O indicado é que as pessoas sigam a rotina de treino normalmente no mês de janeiro, sem grandes alterações”, reforça o profissional. Além da academia Ficar de férias e longe da academia não é motivo para se descuidar os treinos. Existem várias opções de exercícios que podem ser feitos por quem está de recesso e não tem acesso à academia, como uma caminhada ou corridinha na área da praia; exercícios de alongamento e mobilidade; treinamento funcional ou até mesmo a calistenia, que consiste em exercícios utilizando o próprio peso corporal e tem grandes benefícios estéticos e para a saúde. “O importante é não deixar de se exercitar, mesmo no recesso. São essas estratégias de treino que utilizo com meus alunos e alunas que estão de recesso no litoral, com exercícios de 20 a 30 minutos diários. Dessa forma, eles não perdem totalmente o ritmo”, alerta Everton Lacerda. Lembre-se de ouvir seu corpo e ajustar seu treino conforme necessário. Se você estiver exausto ou precisar de mais tempo para se recuperar, não hesite em fazer uma pausa e retome seus treinos quando se sentir pronto. Colaborou com a reportagem Everton Lacerda é Profissional de Educação Física e especialista em treinamento feminino. @everton. trainer

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Disciplina e constância: caminhos para ter um 2024 mais saudável

No final de ano surgem várias promessas de mudança de estilo de vida. As metas são ousadas. Mas, será mesmo que prometer funciona? Para a edição de Natal da nossa coluna convidamos o Profissional de Educação Física e empresário, Edgar Guadagnano, que em março de 2012, com apenas 24 anos, mas já com 3 anos de formado e 2 especializações, um MBA em gestão de negócios e uma em reabilitação cardíaca e grupos especiais, fundou a Academia Treno Fitness, no bairro das Graças, no Recife. Com quase 12 anos de inaugurada, a academia se tornou tradicional na Zona Norte. Hoje, aos 36 anos, continuou estudando e se capacitando em várias áreas da gestão, como gestão de pessoas, marketing e finanças. E você? Está pronto para mudanças em 2024? Comece pelo seu estilo de vida. Por jornalista Jademilson Silva Praticar exercícios regularmente, ter uma boa alimentação, evitar o estresse e ter um sono regular faz com que qualquer indivíduo tenha definitivamente um estilo de vida saudável, o que o proporciona mais disposição, mais concentração, menos ansiedade, melhora a imunidade, diminui as chances de doenças cardiovasculares e doenças associadas ao acúmulo de gordura, como diabetes e hipercolesterolemia. Não é nada fácil dar início e ter uma rotina saudável com tantas opções mais prazerosas que nos tiram do foco. O professor Edgar Guadagnano elencou 5 dicas importantes para você ter um estilo de vida saudável em 2024: 1 – Escolha uma modalidade de exercícios que de fato motive você, pode ser uma corrida, musculação, algum esporte, entre outras opções, não existe modalidade melhor ou pior quando o objetivo é saúde, o melhor é aquela modalidade que você vá aderir mais, a constância é que vai trazer resultados significativos e duradouros. 2 – Não saia do zero aos 100, nos exercícios físicos, por exemplo, se você está sedentário, comece praticando 2x na semana a e vá aumentando a frequência de treino aos poucos, chegando a treinar todos os dias. 3 – Não pare de comer tudo o que gosta de uma vez, comece aos poucos, tirando apenas alguns alimentos que você sabe que não são saudáveis, e vá aumentando a quantidade e depois até chegar ao nível de conseguir fazer todas as refeições do dia saudável. 4 – Não precisa começar se alimentando de forma saudável todos os dias, começa pelos dias da semana e dê uma aliviada nos finais de semana. Depois vai melhorando e chegando ao objetivo final que seriam todos os dias. 5 – É importante a orientação profissional para um acompanhamento adequado tanto na prescrição dos treinos, alimentação, controle do estresse e sono. Fonte: Edgar Guadagnano Faça diferente em 2024… Meta x Promessas Agora que você sabe que não precisa de nada tão radical, já pode começar a cumprir sua promessa de ser mais saudável em 2024 estabelecendo metas. “Metas e promessas são bem diferentes uma da outra. A meta tem planejamento, foco, prazo, importância e é mensurável (qualquer um pode medir). Também apresenta quais recursos serão necessários para o atingimento do objetivo, já a promessa (não me refiro à religião), não tem planejamento, geralmente é algo que não sai do papel, é aquilo que é desejado e pode acontecer algum dia, será inevitavelmente postergado, pois sempre aparecerá no meio do caminho um motivo ou uma desculpa qualquer que impedirá sua realização. O interessante é que você pode transformar uma promessa em meta, por exemplo: este ano vou emagrecer! – Isto é uma PROMESSA! Agora se eu falo que até março de 2024 vou emagrecer 6kg e para isso vou consultar um médico, entrar numa academia, fazer atividades físicas 3 vezes na semana, consultar um nutricionista e colocar em prática a reeducação alimentar. Vai proporcionar uma qualidade de vida melhor e você terá mais disposição para fazer outras coisas! – Isto é uma META, pois tem prazo, objetivo, importância e como será feito”, revela Edgar. Treinar, para algumas pessoas, nem sempre é uma meta fácil de ser atingida. Há várias motivações para se treinar, seja estética ou saúde. “A principal motivação para dar início aos treinos varia de pessoa para pessoa, na maioria das vezes é mais relacionado à estética, porém, está crescendo muito a quantidade de pessoas que iniciam por motivos de saúde, a pandemia foi um grande gatilho para isso, o aumento da expectativa vida também, então o gatilho é um start, depende muito de pessoa para pessoa”, diz o Profissional de Educação Física. O que você escolhe? Meta ou promessa? Disciplina X Motivação A falta de disciplina, de planejamento, gestão do tempo e autogerenciamento faz com que as pessoas criem uma barreira muito grande para a conquista dos seus objetivos, sendo bem comum nas academias aqueles alunos que pagam e não frequentam, por falta de comprometimento, organização e foco. Edgar Guadagnano explica a diferença entre motivação e disciplina: “Para alcançar seus objetivos e bater sua meta em 2024 tenha mais disciplina, o significado da palavra disciplina é executar algo que precisa ser feito, mesmo sem estarmos com vontade, já a motivação precisa ser reconstruída todos os dias, ela tende a ser influenciada pelo nosso estado de espírito. Já a disciplina não se importa com o nosso ânimo. Ela nos obriga a ter persistência e resiliência, a fim de usufruirmos de resultados consistentes a longo prazo, então seja uma pessoa disciplinada com ânimo que terá sucesso no alcance dos seus objetivos”, relata. O que você escolhe? Disciplina ou motivação? Uma palavra para 2024… “Para ter um 2024 melhor com resultados positivos, aprenda com seus erros, identifique o que tem tirado do foco, às vezes, é o horário, por exemplo, se você sai do trabalho e passa em casa para se arrumar e ir à academia, isso pode ser uma barreira, pois ao chegar no conforto do seu lar pode dar aquela vontade de deitar no sofá e ver TV. Mude a estratégia, já deixe a roupa separada na mochila, leve para a academia e já vá direto do trabalho. Ou vá logo cedo e de lá siga

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Brasil é país com mais casos de dengue no mundo, alerta OMS

(Da Agência Brasil) O Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os casos são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. A organização chamou atenção para a doença que tem se espalhado para países onde historicamente a doença não circulava.   Entre as razões para o aumento está a crise climática, que têm elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria. O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas.   Em todo o mundo a OMS relatou mais de 5 milhões de infecções por dengue e 5 mil mortes pela doença. A maior parte, 80% desses casos, o equivalente a 4,1 milhões, foram notificados nas Américas, seguidas pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Nas Américas, o Brasil concentra o maior número de casos, seguido por Peru e México.  Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro e 11 de dezembro.  Brasil Do total de casos constatados no Brasil, 1.474, ou 0,05% do total são casos de dengue grave, também chamada de dengue hemorrágica. O país é o segundo na região com o maior número de casos mais graves, atrás apenas da Colômbia, com 1.504 casos.   Países anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, reportaram casos de infecções originadas no país – a chamada transmissão autóctone – e não no estrangeiro. O mosquito Aedes aegypti é amplamente distribuído na Europa, onde é mais conhecido como mosquito tigre.  Mudanças climáticas  No Brasil, levantamento feito pela plataforma AdaptaBrasil, mostrou que as mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A plataforma é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),  As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral. O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores. A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados. É encontrado principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais.  Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.  Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas. Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.   Vacina   Na semana passada, o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.  Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).  O Ministério da Saúde informou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) trabalhará junto à Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível, como público-alvo e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.    Em entrevista à Radioagência Nacional, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, enfatiza a importância da vacina para controlar a dengue no país. “A vacina, sem dúvida, junto com outras medidas, será importante instrumento para controle dessa doença”, disse. Ele acrescenta que  “a dengue é uma doença que impacta diretamente praticamente todo o território nacional, vem se expandindo em regiões onde a gente não tinha dengue e o controle do vetor do mosquito transmissor da doença têm sido insuficientes para que nos consigamos diminuir as taxas de infecção que só se alastram”.  Ministério da Saúde   Em nota, o ministério diz que está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil. Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue, a pasta repassou R$ 256 milhões para todo o país para reforçar o enfretamento da doença. A pasta informa que instalou uma Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos nos próximos meses. Com a medida, será possível direcionar melhor as ações de vigilância. “O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão da doença. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas”, diz o texto, que ressalta ainda que cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle da dengue. 

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Especialista em Reprodução Humana explica método de reprodução para casais LGBT+

Especialista em Reprodução Humana e pioneiro na técnica de FIV no Brasil, Paulo Matheus, compartilha insights cruciais sobre o procedimento que a Ludmilla está passando. Utilizando seu óvulo e o esperma de um doador, o casal busca a concretização do sonho da maternidade, com a implantação do embrião em Brunna para o desenvolvimento da gestação A jornada em busca da realização do sonho da parentalidade por parte de casais LGBT+ está em evidência, com a cantora Ludmilla e Brunna Gonçalves compartilhando publicamente sua trajetória em direção à fertilidade através da Fertilização In Vitro (FIV) nesta semana. Para esclarecer as dúvidas que cercam esse processo, o especialista em Reprodução Humana e pioneiro na técnica de FIV no Brasil, Paulo Matheus, compartilha insights cruciais sobre o procedimento que a Ludmilla está passando. Utilizando seu óvulo e o esperma de um doador, o casal busca a concretização do sonho da maternidade, com a implantação do embrião em Brunna para o desenvolvimento da gestação. Embora o tratamento esteja em andamento em uma clínica em Miami, nos Estados Unidos, é importante ressaltar que para aqueles que aspiram expandir a família, não há a necessidade de buscar tão longe, uma vez que opções equivalentes estão disponíveis no Brasil. Segundo o diretor da Donare, Centro de Doação de Óvulos e biomédico que liderou a equipe brasileira responsável pelo nascimento do primeiro bebê de proveta no Brasil, Paulo Matheus, a capacidade de casais homoafetivos construírem suas famílias é uma questão de autonomia e reconhecimento inequívoco dos direitos individuais. “Ferramentas como fertilização in vitro, inseminação artificial e até mesmo barriga solidária não apenas possibilitam, mas promovem a realização da parentalidade de maneira inclusiva, derrubando barreiras tanto sociais quanto biológicas com determinação e eficácia”, comentou. Em 2013, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) (Resolução nº 2.013/13) permitiu que as clínicas e serviços de Reprodução Humana realizassem metodologias de Reprodução Assistida em casais do mesmo sexo no Brasil, tornando a possibilidade real. Entretanto, destaca-se que, entre as opções de tratamento disponíveis, a Fertilização In Vitro (FIV) e a inseminação artificial emergem como as escolhas predominantemente entre os casais LGBT+. Essa preferência é respaldada por dados reveladores de um levantamento de 2022 previsto pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pela Universidade de São Paulo (USP) publicado na revista científica Nature Scientific Reports. O estudo revela que 12% dos brasileiros se declaram LGBT+, correspondendo a aproximadamente 19 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). especialista em Reprodução Humana, pioneiro na técnica de FIV no Brasil, Paulo Matheus, Ludmilla, procedimento, óvulo, esperma, doador, casal, concretização, sonho da maternidade, implantação, embrião, Brunna, desenvolvimento, gestação. Quando se trata de mulheres em relacionamentos homoafetivos, a abordagem para o tratamento tende a ser mais direto, envolve a necessidade apenas de um doador de sêmen, que pode ser anônimo de um banco especializado ou, alternativamente, um parente até o quarto grau. No âmbito da FIV, uma das parceiras contribui com o óvulo, e o embrião resultante é transferido para o útero da outra mulher, que assume a responsabilidade pela gestação – um método conhecido como gestação compartilhada. Essas abordagens, baseadas em dados e técnicas avançadas, buscam caminhos acessíveis e eficazes para a realização do sonho da parentalidade entre casais LGBT+. No entanto, é crucial salientar que, independentemente da técnica escolhida pelo casal, é necessário procurar a orientação de um especialista. De acordo com o especialista, “Contar com uma clínica de medicina reprodutiva é uma realidade acessível no Brasil para casais LGBT+, eliminando a necessidade de procurar soluções no exterior. O país está em total consonância com as técnicas e resultados de ponta em tratamentos de Medicina Reprodutiva, superando outros países em diversos aspectos. Optar por esses serviços não apenas garante segurança aos pacientes, mas também fornece informações de extrema relevância para o processo”, enfatizou o diretor da Donare. Paulo Matheus ainda destaca uma questão frequente: Quando é o momento adequado para que pessoas LGBT+ busquem a orientação de um especialista em medicina reprodutiva? Apesar de ser uma decisão extremamente pessoal para cada casal, existem momentos cruciais que exigem atenção especial e uma avaliação detalhada. O planejamento familiar desponta como um desses momentos fundamentais, proporcionando uma oportunidade valiosa para discutir as opções mais adequadas para cada casal. Outra situação relevante ocorre quando os indivíduos estão iniciando uma transição de gênero e desejam preservar sua fertilidade antes de iniciar o tratamento. “Em casos como esses, aconselhamos, por exemplo, a criopreservação de óvulos ou espermatozóides”, conclui o especialista.

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Alimentacao saudavel

Cuidados com a alimentação nas festas de fim de ano

No final de ano, com tantas festas e confraternizações, é fácil exagerar e perder o controle do que está sendo preparado e consumido. Mas com um pouco mais de atenção no preparo, pode ser criado pratos deliciosos, saudáveis e que podem ser saboreados sem culpa. De acordo com Crístenes Melo, professor de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), simples mudanças no momento de cozinhar já fazem grande diferença no resultado. É o caso do peru, prato tradicional das ceias natalinas. “O peru é carne magra, o que já é ótimo porque tem pouca gordura”, afirma. O problema é que, ao temperar a carne, muita gente usa ingredientes industrializados, ricos em sódio. “O ideal é usar temperos naturais ou ervas”, indica a nutricionista. O mesmo vale para a rabanada, outro prato típico da temporada de festas. Para tornar o alimento mais saudável, é recomendado preparar a comida no forno em vez de fritá-la. Outra dica é utilizar apenas canela por cima da rabanada, deixando o açúcar de lado. De acordo com o especialista, “o pão já possui muito carboidrato, então o ideal é não colocar açúcar na receita para evitar o consumo em excesso”. Para outros alimentos, pode ser mais vantajoso fazer a troca por uma opção mais leve, como acontece, por exemplo, com o arroz. “Neste caso, tanto o arroz integral quanto o arroz 7 grãos são opções melhores que o tradicional, pois são mais ricos em fibras”, orienta Crístenes. O nutricionista alerta que, além da atenção com o alimento, também é importante moderar na quantidade.  “Tudo bem comer alguma coisa mais calórica de vez em quando, mas é preciso cuidado para não tornar isso um hábito. Afinal, principalmente quando vamos comer fora, é muito difícil ter controle sobre o que será servido”, afirma. “O ideal é encontrar um equilíbrio, mas dando preferência às opções mais saudáveis.”

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cachorro natal

Pets merecem cuidados nas festas de final de ano

Médica-veterinária alerta sobre fogos de artifício, alimentação e decoração dos ambientes O Natal e Ano Novo estão chegando e, apesar de toda a comemoração, os tutores precisam ficar atentos e proteger os pets para que eles não sofram e nem fiquem estressados durante as festas. Os animais de estimação necessitam ficar afastados de muito barulho, principalmente, daquele produzido pelos fogos de artifício, que é prejudicial à saúde. Também devem manter distância das comidas da festa para que não façam a ingestão delas. De acordo com a médica-veterinária Annie Tenório, que atua na Vet4All – aplicativo que oferece atendimento veterinário – os pets têm uma audição muito desenvolvida e ouvem os barulhos mais do que os seres humanos. Por isso que os ruídos causados pelos fogos de artifício são ensurdecedores para eles. “Muitos ficam com medo, chorando ou escondido. Tem animais que até pulam de janela tentando se afastar do barulho e sofrem acidentes, como a quebra de unha ou pata”, explica. Para protegê-los do barulho dos fogos de artifício, os tutores têm que fechar todo o ambiente em que o animal estiver e lembrar de deixar um ventilador ou ar-condicionado funcionando. Também pode ligar um rádio ou televisão no momento dos fogos, brincar, fazer coisas que eles gostam e oferecer as comidas preferidas. “Não adianta, no momento da agitação, ficar abraçando-os, falando ‘calma’, porque entendem que o tutor também está nervoso. Então, é importante fazer algo que os agradam para que entendam que está tudo sob controle”, orienta Annie Tenório. Os tutores também devem ter cuidado com as comidas ofertadas aos bichinhos durante as festas, porque os amigos de quatro patas não podem comer chocolate, uva, condimentos, cebola e alho. “Se oferecer comida para o animalzinho que seja uma feita especialmente para ele, com orientação de um especialista. As comidas feitas para os seres humanos não podem ser ingeridas pelo animal”, ressalta a médica-veterinária da Vet4All. A plataforma estará disponível para atendimento, inclusive nas festas de final de ano, Natal e Ano Novo. Decoração dos ambientes Os cuidados com os pets nas festas de fim de ano também incluem alguns itens usados para enfeitar a casa e até plantas decorativas e roupas com brilho. Isso porque os animais podem comer os objetos decorativos e plantas (algumas são tóxicas), bem como engolir o brilho das roupas, que também pode cair nos olhos. Ainda deve-se ter atenção com o uso de velas, por conta do risco de incêndio, e as luzes de pisca pisca. “O cão ou gato pode mexer ou morder o fio podendo sofrer um choque elétrico”, alerta a médica-veterinária da Vet4All, Annie Tenório.

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Um brinde à saúde: ceias de natal e réveillon repletas de sabor e nutrição

As ceias de natal e réveillon, frequentemente, servem como ocasião especial para socializar as pessoas. As ceias são tradições em muitas culturas ao redor do mundo: são ideais para reunir familiares e amigos para compartilhar refeições festivas. Mas, será que é possível ter uma ceia saudável? Ou enfiar o pé na jaca é inevitável? A nutricionista Thay Miranda conversa sobre o assunto com a gente. Confira também duas saborosas receitas Low Carb. Por Jademilson Silva “Primeiro de tudo, é importante lembrar que tanto no natal, quanto no réveillon, são apenas duas refeições livres que não tem o poder de estragar o seu corpo, se você já possui bons hábitos de exercícios físicos e boa alimentação. Mas, uma ceia de natal saudável é possível sim, desde que você faça algumas escolhas inteligentes e evite exageros”, revela a nutricionista Thay Miranda. As festas de final de ano são uma tentação para quem está de dieta ou tem alguma restrição alimentar, mas não se preocupe, pois existem algumas dicas e receitas que podem ajudar você a aproveitar os quitutes sem culpa. “Algumas comorbidades que exigem cuidados especiais na alimentação, como na diabetes, na hipertensão e na doença celíaca ou intolerantes, por exemplo. Para essas pessoas, é importante evitar o consumo excessivo de açúcar, sal, glúten e gorduras, que podem prejudicar a saúde e causar complicações”, diz a nutricionista Thay Miranda. Mas, isso não significa que você não possa saborear as delícias típicas da ceia de natal. Você só precisa fazer algumas adaptações e escolhas inteligentes. A nutricionista Thay Miranda recomenda: Peru x Chester A tradição do peru continua na noite de natal, porém, o chester e outras aves especiais caem cada vez mais no gosto do público. Seja pelo sabor ou pelo preço. “O peru e o chester são ambos tipos de frango, mas com algumas diferenças na composição e no sabor. O peru é uma ave maior e mais magra, com cerca de 5% de gordura na carne, enquanto o chester é uma ave menor e mais gorda, com cerca de 15% de gordura na carne. O peru tem um sabor mais suave e delicado, enquanto o chester tem um sabor mais intenso e marcante”, informa a nutricionista.   Ambas as carnes são boas fontes de proteína, ferro, vitamina B12 e outras vitaminas do complexo B, mas o peru tem a vantagem de ter menos calorias e colesterol do que o chester. Uma porção de 100g de peru assado tem cerca de 163 calorias e 85 mg de colesterol, enquanto uma porção de 100g de chester assado tem cerca de 239 calorias e 105 mg de colesterol. Portanto, se você está buscando uma carne mais leve e saudável para a noite de natal, o peru é a melhor opção. Temperos O sal não é a única opção para temperar a comida. Existem várias ervas que podem dar um toque especial, tanto nas carnes como em outros pratos. O sal deve ser consumido com moderação. “O sal é um tempero básico que realça o sabor das carnes, mas o seu consumo excessivo pode ser prejudicial à saúde. Por isso, é importante usar o sal com moderação e complementar com outros temperos que podem trazer mais aroma, cor e complexidade ao prato” orienta Thay Miranda. Existem muitas opções de temperos que podem substituir ou reduzir o sal nas receitas, como ervas, especiarias, frutas cítricas, vinagre, alho, cebola, mostarda, molho de soja e outros. O segredo é encontrar o equilíbrio entre os sabores e harmonizar com o tipo de carne que você vai preparar. Algumas sugestões de temperos para diferentes tipos de carne são: Farofa do recheio A farinha temperada no recheio da ave é uma opção saborosa para as festas de fim de ano, mas também deve ser consumida com moderação, pois é rica em calorias, sódio e gorduras. Seguindo uma receita de farofa temperada com bacon e linguiça, uma porção de 100g contém cerca de 300 calorias, 15g de gordura e 600 mg de sódio. Esses valores podem variar de acordo com os ingredientes utilizados e a quantidade de temperos. “Para tornar a farinha temperada mais saudável, você pode optar por usar farinha de aveia em vez de farinha de mandioca ou de milho, pois a farinha de aveia é mais nutritiva e rica em fibras, que ajudam a controlar o apetite e o colesterol. Você também pode reduzir ou substituir os ingredientes de origem animal, como bacon, linguiça, manteiga e ovos, por opções vegetais, como cogumelos, castanhas, azeite e tofu. Além disso, você pode usar ervas frescas e especiarias para dar sabor, evitando o excesso de sal e de temperos prontos”, relata a nutricionista Thay Miranda.  Assim, você pode aproveitar a farinha temperada no recheio da ave, mas sempre com equilíbrio e consciência, pois ela é um alimento calórico e que pode prejudicar a saúde se consumido em excesso. E o famoso arroz com passas? A combinação de arroz com passas é uma questão de gosto pessoal, mas do ponto de vista nutricional, ela traz muitos benefícios à saúde. É uma receita rica em fibras, carboidratos e antioxidantes, que ajuda a prevenir doenças, regular o intestino e promover a saciedade. No entanto, é preciso consumir com moderação, pois tanto o arroz quanto as passas são calóricos e elevam os níveis de açúcar no sangue. “Caso você goste do arroz com passas, pode aproveitar nas festas de fim de ano, mas sem exagerar na quantidade. Caso contrário, pode experimentar outras receitas com arroz, como o arroz à grega, que leva legumes e é mais colorido e nutritivo. O importante é ter uma alimentação equilibrada, variada e saborosa”, dia a nutricionista. Use a criatividade nos pratos da ceia. Maionese X Requeijão Muitos pratos são compostos por maionese. Devemos ter o máximo de cuidados com infecção intestinal por causa da salmonela. Fazer substituição por requeijão pode ser uma alternativa saudável “Refeição com a maionese, é importante mantê-la refrigerada e evitar deixá-la fora por muito tempo, especialmente em dias quentes. A maionese industrializada tem menos calorias,

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Dezembro Laranja reforça prevenção do câncer de pele

  Imunoterapia é um dos tratamentos indicados para o tumor mais frequente no Brasil e no mundo Com a chegada de dezembro, destaca-se a Campanha Nacional de Prevenção contra o Câncer de Pele, que designa o mês com a cor laranja. Atualmente, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse subtipo representa 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, consolidando-se como o mais prevalente no país. A estimativa é de aproximadamente 185 mil novos casos a cada ano, no período do triênio 2023-2025. Em Pernambuco, espera-se o diagnóstico de 5.200 casos apenas neste ano. A origem da doença está associada ao crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, organizando-se em camadas. Os tumores podem ser classificados como melanoma, originado nas células produtoras de melanina, a substância determinante da cor da pele, sendo mais frequente em adultos de pele clara; e não melanoma, mais comum no Brasil, respondendo por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país, variando de acordo com a área e o tipo celular afetado. Sintomas e prevenção Os principais sintomas do câncer de pele são o surgimento de manchas que coçam ou sangram, sinais que mudam de tamanho, formato e cor e feridas que não cicatrizam em quatro semanas. A melhor forma para combater a doença é a prevenção, principalmente, por meio da proteção aos raios ultravioletas, evitando a exposição prolongada ao sol, especialmente entre às 10h e 16h. “Além disso, é recomendado utilizar roupas adequadas, chapéu e óculos escuros”, acrescenta Diogo Sales, oncologista da Multihemo Oncoclínicas. Eficiência e menos toxicidade Para tratar o câncer de pele, além das conhecidas quimioterapia, radioterapia e procedimentos cirúrgicos, novas formas de tratamento foram incorporadas nos últimos anos, como é o caso da imunoterapia, que vem se mostrando bastante eficaz. Essa opção refere-se a um conjunto de terapias que desbloqueiam o sistema imunológico do paciente para conter o avanço de tumores, podendo ser administrada isoladamente ou combinada a outras terapias. “A imunoterapia faz com que o organismo volte a enxergar as células cancerígenas como maléficas, matando somente elas, diferente da quimioterapia, que mata todas as células que se multiplicam rápido, sejam elas cancerígenas ou não. Por causa desse fortalecimento do sistema imunológico que ela gera, a imunoterapia vem apresentando melhores taxas de sobrevida, mesmo em casos de doenças metastáticas. E tudo isso com menor toxicidade”, explica Diogo. Reação do corpo A forma mais comum e eficaz desse tratamento, consiste em sequências de medicamentos que removem os freios do sistema imunológico, permitindo o ataque às células tumorais. Além disso, há diferentes remédios que compartilham os mesmos princípios e mecanismos de ação, com efeitos colaterais bem parecidos entre eles, e que são feitos através de aplicações endovenosas a cada 2 a 6 semanas. Os principais medicamentos são os inibidores da proteína PD-1, como o pembrolizumab e o nivolumab. A PD-1 é responsável por impedir que as células T (do sistema imunológico) ataquem outras células do organismo. Ao bloquear a PD-1, os medicamentos aumentam a resposta imunológica do organismo contra as células de melanoma, reduzindo o tamanho dos tumores. Outra opção é o inibidor de CTLA-4, que é uma proteína que ajuda a manter as células T sob controle. O ipilimumab age bloqueando a ação do CTLA-4 e fortalecendo, assim, a ação do corpo contra as células de melanoma.

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Afya Jaboatão celebra formatura da 1ª turma do Mais Médicos em Pernambuco

A Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão realizou uma solenidade para marcar a formatura da primeira turma de medicina do Programa Mais Médicos (PMM) em Pernambuco. Autoridades políticas locais que desempenharam papéis fundamentais na implementação da instituição de ensino estiveram presentes, incluindo a Secretária de Saúde de Jaboatão dos Guararapes, Zelma Pessoa, o prefeito Luiz (Mano) Medeiros, a Secretária de Educação de Pernambuco, Ivaneide Dantas, Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Mauricélia Vidal, o ex-Prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, e membros do Grupo Afya. O curso, oferecido desde 2018 em Jaboatão dos Guararapes, faz parte da iniciativa federal de ampliação de vagas de medicina no país. A formação visa suprir as necessidades locais em programas de residência médica, abrangendo áreas como ginecologia, obstetrícia, pediatria, clínica geral e cirurgia geral. INOVAÇÃO NA FORMAÇÃO Além das homenagens aos políticos locais, a solenidade destacou o impacto positivo da instituição no município, incluindo a concepção do curso alinhada às demandas reais da saúde local, a implantação de bolsas de estudo, o programa de residência médica, a qualificação de preceptoria dos profissionais de clínicas, a alta qualificação dos professores e a reforma das unidades de saúde da região. O evento foi encerrado com uma palestra da médica pediatra e comunicadora em saúde, Ana Escobar, abordando o tema “Inovação e Responsabilidade na Formação Médica: Avanços de um Futuro Imediato”. A doutora ressaltou o desafio atual dos novos médicos em lidar com o crescimento exponencial do conhecimento clínico, que duplica a cada dois meses no mundo. Diretora geral da Afya Jaboatão, Vanessa Piasson “Esse é um momento de muita importância, é a oportunidade de refletirmos, avaliarmos tudo que foi realizado ao longo dos últimos seis anos. Essa parceria entre a academia e a gestão pública trouxe benefícios que nós já temos a certeza da transformação no município. É um momento de conquista, de celebração, que nos deixa energizados para um futuro ainda melhor”, destaca Vanessa.

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sindrome ouro

Psicóloga alerta sobre a Síndrome da Gaiola de Ouro

A dificuldade em romper laços em meio à exposição pública e pressões sociais. Jullyanna Cardoso de explica síndrome que afeta Ana Hickmann e Naiara Azevedo Dentro do contexto dos relacionamentos abusivos, emerge a notável presença da Síndrome da Gaiola de Ouro, uma intricada realidade analisada pela psicóloga Jullyanna Cardoso. Esta condição denota a desafiadora situação vivenciada por mulheres que são vítimas de violência doméstica, nas quais seus parceiros exercem controle sobre diversos aspectos de suas vidas. A psicóloga adverte que a Síndrome da Gaiola de Ouro manifesta-se de maneira acentuada quando o relacionamento abusivo está entrelaçado a questões de status, profissão e famílias reconhecidas. “Em muitos casos, as mulheres se tornam prisioneiras da relação, especialmente se possuem um considerável patrimônio e desfrutam de um alto padrão de vida”. O ponto inicial para que as vítimas possam compreender e denunciar a violência psicológica reside na identificação desse tipo de abuso. Conforme destacado por Jullyana Cardoso, essa identificação pode ocorrer por meio do reconhecimento do desrespeito, evidenciado em verbalizações inadequadas, discursos que envolvem humilhações, ofensas, intimidações e até mesmo ameaças de morte. A psicóloga observa que essa forma de manipulação está intrinsecamente ligada a diversas dinâmicas de poder. Recentemente, figuras públicas como Ana Hickmann e Naiara Azevedo exemplificaram esse processo ao denunciarem agressões físicas e psicológicas por parte de seus parceiros. A apresentadora acusa seu marido, Alexandre Correa, de violência doméstica, enquanto a cantora relata ter sido ameaçada e prejudicada devido à metade dos direitos de sua carreira pertencerem ao ex-companheiro, Rafael Cabral. Esses casos destacam a importância de expor e confrontar situações de violência psicológica, contribuindo para a conscientização e combate a esse tipo de abuso. “A Síndrome da Gaiola de Ouro é um fenômeno que transcende a violência física. Ela se manifesta de forma intensa em relações onde fatores como status, profissão e reputação familiar são elementos de controle. A exposição pública e o julgamento social tornam-se grilhões psicológicos, dificultando a busca por ajuda e a tomada de decisões libertadoras”, disse a especialista em saúde mental, Jullyanna Cardoso. A complexidade do cenário se intensifica ainda mais quando a exposição pública e o receio do julgamento por parte de familiares e amigos entram em cena. Nesse contexto, a capacidade de reação dessas mulheres é severamente restringida, o que as leva, em muitos casos, a permanecer em relacionamentos aparentemente normais, mas que, na realidade, são fachadas para ocultar a violência e o abuso que enfrentam. Esse receio do estigma social e a pressão para manter uma imagem de normalidade podem ser fatores determinantes que contribuem para a perpetuação dessas relações prejudiciais. “O motivo é muitas vezes o desejo de atender às expectativas sociais e manter a ilusão da ‘família perfeita’, frequentemente retratada em redes sociais e eventos públicos”. A psicóloga destaca que a violência psicológica, denominada como a “Gaiola de Ouro”, ultrapassa as fronteiras das classes sociais. “A expressão “Ruim com ele, pior sem ele?” ganha proeminência ao explorarmos relações conjugais abusivas. Nesse contexto, observa-se uma dependência relacional em que o indivíduo abusado reconhece os prejuízos da relação, contudo, teme a perda do parceiro e o consequente abandono. A carga afetiva nestes casos é significativa, levando o parceiro a acreditar que, sem o outro, sua vida seria insuficiente”.

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