Arquivos Algomais Saúde - Página 69 De 170 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Pernambuco vai retomar vacinação de grávidas e puérperas com vacina da Pfizer

Da Secretaria Estadual de Saúde de PE Pernambuco vai descentralizar a imunização de gestantes e puérperas contra a Covid-19 com a vacina da Pfizer/BioNTech para o interior, totalizando quatro polos macrorregionais no Estado. O imunizante será destinado às gestantes e puérperas, com e sem comorbidades. Essa foi uma decisão tomada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e pelos gestores municipais durante a reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), além de contar com o aval do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19. Neste primeiro momento, a vacinação será ofertada no Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, para as cidades da Região Metropolitana e Zona da Mata; Caruaru, para o Agreste; e Serra Talhada e Petrolina, para o Sertão. O Programa Estadual de Imunização está organizando um plano operativo para informar para qual polo irá a mulher de cada município. Além disso, está sendo verificado com Recife, Jaboatão e Olinda quantas das 46,8 mil doses da Pfizer, entregues ao Estado na última segunda (10/05), estão disponíveis para fazer a divisão para as macrorregionais. A expectativa é que o imunizante seja distribuído já na próxima sexta (14/05). A depender da demanda, a vacina também poderá ser destinada ao público com comorbidades, ou pessoas com deficiência cadastradas no BPC. “A vacinação para este grupo de gestantes e puérperas é segura com a vacina da Pfizer. Então, tanto o Comitê Técnico quanto a CIB decidiram pela continuidade do processo de vacinação em Pernambuco. Nós estamos organizando uma rede nos municípios sede de Regionais, inclusive no interior do Estado, para que esse processo de vacinação das gestantes e puérperas possa ter continuidade já a partir deste final de semana, com a distribuição da Pfizer de forma mais capilarizada para esses municípios atenderem essas mulheres perto de onde elas residem. Essa rede solidária do Sistema Único de Saúde será criada para garantir a continuidade segura do processo de vacinação das mulheres gestantes e puérperas de Pernambuco”, reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo. Durante a CIB, foi informado que, posteriormente, será feito o acerto de contas para que os municípios do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes sejam compensados pelas doses que foram disponibilizadas. Além disso, essa vacinação será utilizada como piloto para uma possível expansão para outras cidades caso haja a disponibilidade de mais doses da Pfizer e condições logísticas e técnicas para essa oferta. Durante a reunião do Comitê Técnico Estadual e da CIB, ainda foi citada a suspensão da vacinação das grávidas e puérperas com a vacina da Astrazeneca/Fiocruz. O Estado continua no aguardo das orientações do Ministério da Saúde (MS), principalmente em como se dará a finalização do esquema vacinal daquelas mulheres que já fizeram a primeira dose. O secretário André Longo tranquilizou aquelas mulheres que fizeram a primeira dose com a Astrazeneca e frisou que os efeitos colaterais descritos até o momento são raros. “Nós aguardamos uma posição, o mais rápido possível, do Ministério da Saúde para poder fazer um comunicado para garantir o esquema vacinal dessas mulheres gestantes e puérperas”, disse. COMORBIDADES – A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ainda informa que a vacinação no grupo de comorbidades e pessoas com deficiência cadastrada no BPC passa a ser feita na faixa etária a partir dos 50 anos em todo o Estado. A mudança também passou por pactuação em CIB.

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Pernambuco ultrapassa aplicação de 2,2 milhões de doses de vacinas

Pernambuco já aplicou 2.258.654 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 1.501.806 foram primeiras doses. Ao todo, foram feitas a primeira dose em 249.770 trabalhadores de saúde; 25.497 povos indígenas aldeados; 37.742 em comunidades quilombolas; 6.424 idosos em Instituições de Longa Permanência; 550.907 idosos de 60 a 69 anos; 390.200 idosos de 70 a 79 anos; 102.659 idosos de 80 a 84 anos; 89.044 idosos a partir de 85 anos; 1.303 pessoas com deficiência institucionalizadas; 6.580 trabalhadores das forças de segurança e salvamento; 35.067 pessoas com comorbidades; 455 pessoas com deficiência permanente; 6.158 gestantes e puérperas. Em relação à segunda dose, já foram beneficiados 203.303 trabalhadores de saúde; 24.964 povos indígenas aldeados; 48 em comunidades quilombolas; 4.778 idosos institucionalizados; 157.256 idosos de 60 a 69 anos;  73.962 idosos de 70 a 79 anos; 44.811 idosos de 80 a 84 anos; 46.589 idosos a partir de 85 anos, 1.122 pessoas com deficiência institucionalizadas; 115 trabalhadores das forças de segurança e salvamento; totalizando 733.002 pessoas que já finalizaram o esquema.

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Sandra Mattos: “Estamos doentes, numa escala muito maior do que a Covid-19.”

As pressões sobre a saúde pública brasileira são muito maiores que o novo coronavírus. Essa é a análise da médica Sandra Mattos, diretora da Unidadade de Cardiologia Materno-Fetal no Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco e pesquisadora do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA/UFPE). Além dos milhões de pacientes que o SUS atende atualmente, as perspectivas para o Pós-Pandemia são de tratar também uma parcela significativa da população com sequelas da doença e de uma multidão de doentes crônicos que adiaram tratamentos e exames entre 2020 e 2021. . Temos um sistema de saúde bastante pressionado pela pandemia, mas que já tinha uma demanda muito elevada antes da Covid-19. Há uma expectativa que cresça em muito o número de pacientes crônicos pós-pandemia, a partir de sequelas da doença, entre outros fatores. O sistema de saúde deve fazer para enfrentar também essas consequências da pandemia? É verdade. Estamos vivendo um momento complexo onde questões relacionadas à saúde física, mental, político-econômica e psicossocial das pessoas se entrelaçam e constituem um grande desafio para a continuidade dos atuais sistemas de saúde, em todas as sociedades. Naquelas, como a nossa, onde já existia uma fragilidade prévia, os efeitos são e serão ainda maiores. A pandemia trouxe uma nova demanda para os setores públicos e privados, que já limitados, precisaram focar no “aqui e agora” da Covid-19, limitando ainda mais capacidade sua de lidar com outras necessidades. Soma-se a isto o medo da doença, que levou e ainda leva muitos pacientes a não procurarem os serviços de saúde numa fase inicial dos sintomas (de outras doenças) pelo medo da contaminação. O isolamento social, as incertezas em relação ao futuro, o impacto econômico da diminuição ou até ausência do trabalho, as notícias tristes de perdas, além de inúmeras informações apocalípticas divulgadas nas mídias sociais, diuturnamente, agravam sobremaneira a saúde mental das pessoas. E como se tudo isso não bastasse, aqueles que “governam”, desgovernam mais do que tudo, com informações conflitantes que misturam ciência com política com interesses muitas vezes escusos, dando margem e até incitando a discórdia entre as pessoas e induzindo à falta de credibilidade nos pesquisadores e profissionais de saúde, que deveriam conduzir o processo durante e após a pandemia. Em resumo: Estamos doentes, numa escala muito maior do que a Covid-19. Como enfrentaremos as consequências da pandemia dependerá prioritariamente de como orquestraremos a resposta à condução do processo. Se (uma parte de mim ainda espera dizer “quando”) políticos realizarem as orientações dos cientistas da saúde, se/“quando” as pessoas respeitarem as normas estabelecidas, se/“quando” aporte financeiro chegar às mãos daqueles de verdadeiramente tratam os pacientes e daqueles que verdadeiramente pesquisam e monitoram a pandemia e outras demandas da saúde: se ou quando esse momento chegar, controlaremos a pandemia e nos prepararemos melhor para os próximos desafios. Infelizmente, se continuarmos no rumo atual, continuaremos com os resultados semelhantes. Que lições da pandemia podemos tomar para o Sistema de Saúde? Há algum legado desse período que a Sra destacaria? Muitas, acima de tudo a pandemia nos mostra a necessidade de orquestramos melhor as respostas do sistema de Saúde, dando e respeitando as reponsabilidades para os especialistas de cada setor. Acredito que a pandemia evidenciou ainda outras fragilidades em relação à nossa relação como seres humanos, com nós mesmos e com a realidade à nossa volta. Os valores estabelecidos ao longo de muito tempo estão sendo questionados. A inter-relação entre todos os membros do planeta está sendo evidenciada. Essa é uma oportunidade para uma grande aprendizagem. Se entendermos melhor o sentido das nossas atitudes diante de nós mesmos e do planeta e nos modificarmos, teremos a chance de um futuro melhor. Caso contrário, a pandemia só terá trazido sofrimento e tristeza sem que nada de bom floresça após o seu término. Para que tenhamos um sistema de saúde mais qualificado no médio e no longo prazo, que medidas ou diretrizes estratégicas a Sra considera que devem ser tomadas? Planejamento, divisão de responsabilidades, respeito. O SUS é um sistema extremamente bem desenhado e com um potencial enorme de beneficiar a população – o que acontece muito bem em alguns setores, ao exemplo das nossas campanhas de vacinação. Mas no meio de uma pandemia, ter esse sistema e “não ter vacinas” demonstra a falta de empoderamento do sistema. Precisamos usar o LEGOS: Liderar, Empoderando Grupos para Otimizar Soluções. Temos visto na Pandemia muitas experiências de uso de novas tecnologias na saúde. Desde a gestão dos sistemas de saúde, medidas simples como um agendamento da vacina pelo celular, até no próprio atendimento, como várias experiências de novos equipamentos de suporte aos hospitais, como no caso dos respiradores desenvolvidos pela USP, com Tecnologia nacional e muito mais baratos. Como as inovações tecnológicas podem contribuir de forma mais efetiva nesse esforço em prol da saúde pública? Sim, novas tecnologias podem ajudar. Redes de telemedicina, tecnologias portáteis disponíveis em todos os pontos do País. Muitas medidas simples podem ser implementadas para obter resultados em grande escala. Assim como pesquisas inovadoras podem esclarecer detalhes importantes sobre as novas doenças e apontar caminhos para enfrentá-las mais eficazmente. O Brasil é muito rico em sua capacidade intelectual e inovadora. Mas precisamos empoderar os líderes e executores de projetos e disseminar as condições de desenvolvimento de trabalhos inovadores para diversas partes do País. Precisamos valorizar o currículo dos profissionais que se propõem a dar respostas a um determinado problema independente de em que local do País se encontram. Precisamos trabalhar por resultados e não por processos. Precisamos de agilidade: pesquisas inovadoras não podem esperar longos períodos para terem verba liberada, tornando-se obsoletas antes mesmo de começarem. Precisamos de “maestros” e “músicos” que se entendam e que decidam tocar uma mesma partitura, em uníssono. Precisamos somar esforços. Precisamos parar de brigar ou de querer mostrar que somos uns melhores que os outros. Precisamos aprender a trabalhar em equipe em todas as esferas. Precisamos educar, respeitar, valorizar pesquisadores e executores e confiar a eles os trabalhos de enfrentamento da pandemia Covid-19 e de tantos outros crescentes desafios da

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“A medicina buscará a junção de conhecimentos de saúde populacional e big-data”

Mais tecnologia na saúde. Essa é a perspectiva de Antônio Carlos Figueira para o setor avançar nos próximos anos. O diretor-presidente da Faculdade Pernambucana de Saúde conversou com o repórter Rafael Dantas para a matéria de capa desta semana da Revista Algomais. Publicamos hoje na íntegra as análises e perspectivas do médico, que é especialista em administração hospitalar e membro da Academia Pernambucana de Medicina. Como as novas tecnologias devem influenciar o serviço de atendimento a saúde nos próximos anos? Quais as principais tendências? Os serviços de saúde serão cada vez mais influenciados pela experiência do usuário. O atendimento deve ser norteado por um binômio que seja capaz de trazer, ao mesmo tempo, a necessidade da individualização no atendimento e, com a mesma representatividade, a busca em escala por padronizações na prestação de serviço garantindo, além de qualidade e segurança, uma melhor eficiência, seja do ponto de vista assistencial, bem como sustentável. Tendo oscilado entre uma “arte”, originalmente, e um processo “tecnocrático”, no seu desenvolvimento, a medicina buscará, fortemente, a junção de conhecimentos de saúde populacional e big-data. Cada vez mais a necessidade de acumular dados sobre variáveis clínicas e epidemiológicas, gerarão algoritmos ainda mais precisos para lidar com o indivíduo. Será a busca do “eu” analisando o “todo”. E essa personalização se fará necessária, tendo em vista a crescente visão do usuário dos sistemas de saúde como consumidores e que, como tal, buscarão, sempre, aliar conceitos como presteza no atendimento, agilidade no processo e garantia de qualidade do serviço recebido. O atendimento de saúde nos próximos anos, notadamente nas áreas de oncologia, cardiologia e saúde mental deverá buscar, de forma incessante, coleta, armazenamento e interpretação dos indicadores gerados e adequação das propostas terapêuticas prevendo a melhor conduta para cada paciente. As tecnologias usadas ou criadas durante a Pandemia ficam como um legado para os sistemas de saúde? O que você destacaria como principais inovações ou aprendizados tecnológicos dessa Pandemia para o nosso sistema de saúde? Todo processo de mudança, programado ou não, é capaz de deixar um legado. As preocupações com mecanismos de barreira para propagar transmissão de patógenos, embora sempre tenham feito parte do arsenal preventivo e terapêutico dentro da nossa sociedade, nunca antes tornaram-se tão necessárias para provocar a diminuição da propagação da epidemia. Redesenhos de fluxos assistenciais, desenvolvimento de gestores de biossegurança, o uso mais corriqueiro de barreiras físicas de proteção individual, além de soluções e agentes capazes de diminuir o risco de infecção por agentes bacterianos e virais sofreram um grande avanço nesse último ano e, dessa forma, agregarão benefícios permanentes na prevenção e tratamento de tantas outras doenças infecto-contagiosas no futuro. Os atendimentos médicos e de outras especialidades da saúde remotos vieram para ficar? Quais as principais vantagens dessa modalidade e qual deve ser o espaço dela no pós-pandemia? É inegável que a Pandemia trouxe mudanças para as relações sociais e profissionais, e, naturalmente, para os sistemas de saúde que perdurarão por muitas gerações a frente. As tecnologias de tele-saúde e tele-atendimento que, até outrora, momentos antes da Pandemia, ainda estavam sob julgamento das entidades e conselhos de classe profissional de saúde, mostraram-se indispensáveis, não apenas durante essa grave crise sanitária mas também se provam importantes em uma tentativa de oferta muito mais ampla na prestação de serviços de saúde. Os tele-atendimentos potencializam os limitados recursos humanos em saúde, permitem alcançar públicos remotos ou que não poderiam se deslocar aos centros médicos e, em última análise, agregam eficiência ao sistema. Aliados a learning machines capazes de entender padrões e criar algoritmos assistenciais e terapêuticos potencializam o raciocínio clínico aumentando tanto a especificidade quanto a sensibilidade da consulta. Porém, urge investimento em plataformas seguras, que respeitem o necessário sigilo das informações de saúde do paciente, porém que, anonimamente, ainda, sejam capazes de alimentar sistemas de inteligência artificial, retroalimentando a cadeia de informações/diagnóstico e tratamento/informações.

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Saúde distribui 1,12 milhão de vacinas da Pfizer a partir de hoje

(Da Agência Brasil) O Ministério da Saúde começa a distribuir a partir de hoje (10) mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente. Segundo a pasta todos os estados e Distrito Federal receberão o imunizante de forma proporcional e igualitária. Na semana passada, o governo distribuiu o primeiro lote de vacinas da Pfizer com 1 milhão de doses. De acordo com a pasta, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as condições de armazenamento do imunizante. No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C. Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias. “Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra”, informou o ministério. A vacinação contra a covid-19 começou no país no dia 18 de janeiro. Até o momento, contando com esse novo lote, foram destinadas a todas as unidades da Federação aproximadamente 75,4 milhões de doses de imunizantes. Até este domingo (9), mais de 46,8 milhões de doses já foram aplicadas.

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Açaí: a busca pelo saudável

Está na Amazônia, um exuberante cenário de povos nativos, civilizações milenares, que vivem e têm na floresta o encontro mais equilibrado; pois, ensinam as maneiras de interpretar e de simbolizar o território. É a união da mata com a água. É a união da mata com a água e com o mito. São escolhas, experiências. São formações de sistemas alimentares que vivem o lugar e suas tradições. Pois cada planta, ‘bicho’, tem um significado mitológico, um entendimento ritualizado que faz da floresta um território de vida e de preservação. Assim, frutas, caça e pesca, são as bases das comidas que integram os povos da floresta. É a pertença ao território. Euterpe oleana Mart, o nosso tão conhecido açaí, é uma fruta nativa, e que representa o imaginário da Amazônia. Faz parte dos hábitos alimentares de milhares de brasileiros da região, do Brasil, e também do exterior. Sem dúvida, o açaí é identidade da Amazônia. É uma identidade tão intensa quanto o gosto pela farinha de mandioca, e pelos seus muitos produtos que fazem a mesa tradicional da região. Do açaí se faz o “vinho”, uma bebida grossa que misturada à farinha de mandioca é uma comida que traz a Amazônia à boca. Ambos são ingredientes da “terra”, têm o gosto da floresta. A melhor farinha para se fazer a comida com o açaí é a farinha grossa, farinha d’água, mais granulada; e que pode ainda ter a cor amarelada quando é acrescida de tucupi. A essa comida ainda se pode misturar camarão seco e peixe. O melhor vinho açaí é aquele feito artesanalmente, quando o fruto está tuira – no ponto da maturação –; e, é neste ponto que retirando o ‘mosto’ – conhecido na região como “paro” ou “parau”. Esse néctar da Amazônia é também base para mingaus, sucos, vitaminas, sorvetes, cremes, recheios para tortas. É o crescente olhar para o que é “natural”, para o ingrediente que chega da floresta, como uma ação real onde se come a floresta e suas propriedades. O açaí representa esses valores. Vive-se no açaí uma espécie de idealização do que se entende por “natural”, por símbolo da natureza que alimenta, que dá energia, que é essencialmente saudável. O açaí é um notório energético com valor calórico superior ao leite vacum. É rico em fósforo, ferro e outros minerais. Contudo a colheita do açaí é artesanal e complexa, exigindo do coletador uma grande habilidade para se chegar aos cachos que estão nos longos e delicados troncos. Ainda, do açaizeiro é extraído um excelente palmito. Essa extração é ampla e indiscriminada, fazendo com que seja urgente a realização de um projeto para o manejo e preservação dessa espécie nativa.  Une-se ao açaí o guaraná, a granola, a banana, o mamão, o abacate; o leite de coco, a água de coco; e tudo mais que simbolize um produto natural, que é saudável. . Para se comer verdadeiramente o açaí deve-se ter uma cuia, dessas que se encontram no mercado do Ver-o-Peso, em Belém; colocar o “vinho” do açaí que foi processado artesanalmente; escolher uma boa farinha d’água, daquelas bem granuladas; e, com a mão misturar, misturar muito, para que aquele líquido da Amazônia possa embeber a farinha, encharcar a farinha; e se quiser acrescente alguns camarões secos; aí, então, senta-se no chão, olha-se um igarapé, respira-se fundo; e viva o seu melhor açaí à boca.

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Hormônio para sono pode ajudar pacientes internados com traumas faciais

Um hormônio que ajuda na regulação do sono pode ajudar pacientes internados com fraturas faciais. Esse é o resultado inicial de um estudo piloto, recém-publicado em revista internacional. Segundo a co-autora do artigo e também professora do curso de Odontologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Suzana Carneiro, resultados iniciais mostram que o uso desse medicamento pode ajudar a reduzir momentos de estresse prévios, no período pré-operatório. Como também reduzir a dor pós-operatória e, consequentemente, diminuição do consumo de analgésico de resgate. A doutora em cirurgia buco-maxilo-facial explica que a melatonina é um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, na ausência de luz, e desempenha papel importante na regulação dos ciclos de sono-vigília. Acontece que muitos pacientes, vítimas de trauma facial, necessitam de internação e tratamento cirúrgico, em ambiente hospitalar. Sendo assim, esse período de permanência no hospital, associado ao uso de medicações, dor, estresse e a anestesia geral podem afetar negativamente o ciclo do sono-vigília, aumentando o desconforto e diminuição do limiar de dor. “A intenção da pesquisa, que contou ainda com a participação de professores de outras instituições, foi avaliar os prováveis benefícios da melatonina em paciente internados com fraturas faciais e seus desfechos”, adiantou Suzana, também orientadora do ensaio e que já atua há 27 anos como cirurgiã na área da Odontologia. Resultados Após o uso da medicação, houve redução do nível de ansiedade relatada no grupo melatonina e aumento no grupo placebo. Após duas horas de cirurgia, a dor foi estatisticamente menor no grupo melatonina, em comparação com o grupo placebo. Seis horas após a cirurgia, a dor demonstrou regressão em ambos os grupos. Um total de 83,3% dos pacientes do grupo placebo fizeram uso de analgésico de resgate no pós-operatório, em comparação a 33,3% do grupo melatonina. “A melatonina foi eficaz na redução do cortisol salivar e na ansiedade após medicação e os pacientes do grupo melatonina precisaram de menos analgésicos de resgate no pós-operatório”, avalia a orientadora. Suzana conta que esse estudo piloto abre caminhos para que sejam realizadas verificações futuras com maior amostra. Artigo A análise – que resultou no artigo – faz parte de um trabalho de conclusão de residência em cirurgia e traumatologia buco-maxilo facial, que é uma especialidade da Odontologia. A publicação do artigo “Evaluation of the Effects of Exogenous Melatonin in Zygomatic Complex Fractures” foi no Journal of Maxillofacial and Oral Surgery. Participaram do estudo Emerson Filipe de Carvalho Nogueira, Vanessa de Carvalho Melo, Ivson Souza Catunda, Jéssica Caroline Afonso Ferreira, Suzana Célia de Aguiar Soares Carneiro & Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos.

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Transplantes cardíacos voltam a ser realizados na pandemia

Pernambuco é referência do Norte e Nordeste em transplantes, em especial de fígado e coração. Pela complexidade do procedimento, os cardíacos sofreram grande impacto com pandemia, com a suspensão das cirurgias. Entretanto, a partir da implementação de protocolos de testagem para o coronavírus no 2o semestre de 2020, houve melhora na segurança e nos resultados do transplante de coração, que voltaram a ser realizados. Este mês, um paciente chegou às estatísticas de sucesso: conseguiu seu transplante, apesar das dificuldades. Aos 36, anos, precisou deixar Natal (RN), onde mora, para se submeter à cirurgia, realizada com êxito no Hospital Jayme da Fonte. O cirurgião cardiovascular Diogo Ferraz, chefe da equipe que realizou o transplante no HJF, está convicto que Pernambuco conseguirá atender a expectativa para o ano que vem trabalhando para que o estado se mantenha no ranking dos procedimentos com êxito, já contabilizando mais de 200 cirurgias. “Salvar vidas é o princípio que nos conduz. A insuficiência cardíaca grave tem sobrevida aproximada de 50% em 1 ano, enquanto após o transplante cardíaco essa expectativa aumenta para 50% em 10 anos”, diz o especialista.

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Pernambuco ultrapassa 1,8 milhão de doses aplicadas

Pernambuco já aplicou 1.813.124 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 1.278.381 foram primeiras doses. Ao todo, foram feitas a primeira dose em 232.162 trabalhadores de saúde; 25.073 povos indígenas aldeados; 33.114 em comunidades quilombolas; 6.192 idosos em Instituições de Longa Permanência; 406.305 idosos de 60 a 69 anos; 383.769 idosos de 70 a 79 anos; 100.915 idosos de 80 a 84 anos; 87.589 idosos a partir de 85 anos; 977 pessoas com deficiência institucionalizadas; além de 2.285 trabalhadores das forças de segurança e salvamento. Em relação à segunda dose, já foram beneficiados 191.651 trabalhadores de saúde; 24.716 povos indígenas aldeados; 39 em comunidades quilombolas; 4.539 idosos institucionalizados; 59.679 idosos de 60 a 69 anos; 203.319 idosos de 70 a 79 anos; 38.299 idosos de 80 a 84 anos; 11.739 idosos a partir de 85 anos, além de 762 pessoas com deficiência institucionalizadas; totalizando 534.743 pessoas que já finalizaram o esquema.

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Fiocruz diz que vacina de Oxford tem efetividade contra variante P1

Da Agência Brasil A vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estimula resposta imune capaz de fazer frente à variante P1, que se espalhou rapidamente pelo Brasil depois de ter sido detectada pela primeira vez em Manaus. A avaliação é do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, que apresentou hoje (22) estudos que indicam a efetividade da vacina “no mundo real”, quando a eficácia dos testes clínicos é posta à prova. “Até o momento, as informações são de tranquilidade. Os dados são de que temos, sim, uma variante de preocupação, que tem, sim, uma capacidade maior de transmissibilidade. A gente está vendo um momento da pandemia muito difícil em boa parte do Brasil, mas a boa notícia é que, apesar de todas essas características, a vacina, nesse momento e para essa variante, tem a condição de ser utilizada como uma ferramenta de controle”. A vacina de Oxford é uma das mais aplicadas no mundo atualmente e tem outras vantagens, como o custo mais baixo e a possibilidade de armazenamento em refrigeradores menos avançados, com temperaturas de 2 a 8 graus Celsius. Além disso, a vacina traz um incremento da resposta imune que vai além da produção de anticorpos. Krieger explicou que as novas plataformas tecnológicas, como a da vacina de Oxford, se caracterizam por instruírem as células humanas a produzirem traços do antígeno, que, em seguida, despertam as defesas do corpo humano. Nas plataformas consideradas tradicionais, as vacinas trazem o vírus inativado (morto), ou vivo e atenuado (enfraquecido). O que os estudos têm apontado, segundo o vice-presidente da Fiocruz, é que as vacinas de segunda geração têm demonstrado desempenho maior na defesa chamada de resposta celular, que se dá quando o corpo humano destrói as células que já foram infectadas pelo vírus, impedindo que ele as utilize para se replicar. Essa é uma linha de defesa complementar ao ataque que os anticorpos promovem contra os micro-organismos invasores. São vacinas de segunda geração tanto as vacinas de RNA mensageiro, como as da Pfizer e da Moderna, quanto as de vetor viral, como a Oxford/AstraZeneca, a Sputnik V e a Janssen. “Estamos vivenciando uma verdadeira revolução no campo das vacinas. Elas foram desenvolvidas de uma maneira muito rápida e estão demonstrando efetividades muito maiores do que as das vacinas tradicionais”, afirma. Um estudo publicado nesta semana pela Fiocruz em parceria com a Universidade de Oxford e outras instituições indica que os anticorpos produzidos pela imunização reconhecem mais a variante britânica e menos a variante sul-africana, que acumula um número maior de mutações. A variante P1, brasileira, fica em uma posição intermediária nessa escala. Quando é analisada a resposta imune celular, entretanto, dados de outro estudo publicado por uma universidade americana mostram que ela não se altera de forma significativa diante das variantes. “Os resultados são ainda melhores. Na verdade, as variantes de preocupação, até esse momento, têm causado um impacto muito menor nessa resposta celular”, disse Krieger. “Isso dá uma confiança maior de que essa vacina terá condição de manter, frente à variante brasileira, esses dados de efetividade”.

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