Claudia Santos - Página: 128 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Conexão Recife-Hoorn

Horácio, amigo querido, foi passar as férias com as crianças na Holanda. Hospedou-se na casa da cunhada brasileira, casada com um holandês de nome russo, Kiril. Filho de mãe francesa – que criou-se na Venezuela –, de pai holandês e neto de russos. Enfim, Kiril é fruto da globalização. Uma mistureba danada. Apaixonado pelo Brasil, treina capoeira, gosta de samba-rock, bossa-nova e fala português fluente com sotaque nordestino. A estadia de Horácio nos Países Baixos serviu para obter informações e matar a curiosidade acerca da imagem que o Brasil possui por lá. Horácio é curioso e gosta de saber o que pensam sobre nós. Conversou com holandeses, amigos do Kiril, e com brasileiros que lá tentam a vida. Sua “pesquisa” in loco se concentrou em cidade do “interior”, Hoorn. Com grande importância histórica, não é cosmopolita como Amsterdam e Roterdam. Mas estar lá nas entranhas interioranas de um país pitoresco permitiu a Horácio compreender, por alguns dias, como o típico holandês vive e pensa. Mas o meu amigo descobriu, para a sua decepção, que os loiros estão pouco se lixando para a terra brasilis. A maior decepção foi saber que eles desconhecem o período holandês em Pernambuco. “Meu Deus!”, abismou-se Horácio. Como podem não saber que estiveram a construir pontes sobre os rios que formam o oceano atlântico? Como podem ignorar a terra que possui a maior avenida em linha reta do mundo? Abatido esteve quando soube que sequer somos mencionados nos livros laranjas de história. Quem é do Recife sabe como a indiferença fere. Kiril tentou consolá-lo oferecendo uma cerveja belga. Horácio aceitou e resolveu ouvir mais dos amigos que conhecera há pouco. Alguns disseram-lhe que as brasileiras andavam nas ruas de biquíni. Outros tinham a certeza que falávamos espanhol. Demonstraram paixão pela nossa natureza e disseram estar curiosos em saber como se constrói cidades em meio às selvas. Afirmaram que merengue e salsa eram nossas danças típicas. Unanimemente elogiaram a beleza da nossa capital federal, o Rio de Janeiro. Ouviram na televisão que nosso país é corrupto e que ladrão julga ladrão, afastando uns aos outros do poder. Também ficaram abismados com um palhaço ter sido eleito ao parlamento, sendo o mais votado. Lamentaram a morte de um jovem líder em queda de avião, no último ano, notícia também veiculada na imprensa local. Foram veementes em dizer terem receio em fazer negócios com brasileiros, ante notícias de corrupção. Foram categóricos em afirmar que o nosso futebol não é mais o mesmo, e que o maior jogador estrangeiro que já vestiu uma camisa de time holandês foi Romário, no PSV. Horácio passou o resto das férias com raiva daquele lugar. Pelas mentiras e verdades que ouvira. Ora, mas quem mandou abrir boca e ouvidos? Saber que o mundo não gira em torno do seu umbigo foi mesmo uma paulada. Isso não está nos planos de um recifense. “Como esses branquelos ousam não saber tudo de nós?”, perguntava-se Horácio. Satisfeito mesmo só quando viu, nas prateleiras do supermercado, mangas do Vale do São Francisco e melões de Mossoró. Quem salvou a viagem foi Kiril que, apesar de pensar que as frutas eram da Indonésia e de dizer que a impontualidade de Horácio era tipicamente brasileira, não parava de falar do Recife e do Brasil um só segundo, fazendo perguntas como: “É verdade que Vinícius e Toquinho tinham um caso?”. “Sim”, respondeu Horácio já puto, “um caso de amor com o Brasil”. E Kiril, com a alma mais brasileira do que muitos brasileiros, mais nordestina do que muitos nordestinos e mais pernambucana do que muitos pernambucanos, tentou acalmar o pobre Horácio, adaptando com rara presença de espírito, frase de Vinícius: “amigo, morar no Brasil é ruim, mas é bom demais...especialmente se for no Recife”.

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Natação é eficaz contra fibromialgia

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a natação é tão eficaz quanto a caminhada na redução da dor e na melhoria da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. A informação é da Agência Fapesp. Os resultados do ensaio clínico randomizado foram divulgados na revista Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, editada pela American Congress of Rehabilitation Medicine. “A atividade física está em todas as diretrizes de tratamento da fibromialgia e o que comprovadamente traz mais benefícios são os exercícios aeróbicos de baixo impacto. Mas nem todo mundo gosta ou pode fazer a mesma atividade física, então nosso grupo tem testado alternativas”, contou Jamil Natour, professor da Disciplina de Reumatologia da Unifesp e coordenador da pesquisa apoiada pela FAPESP. Em um artigo publicado em 2003 no The Journal of Rheumatology, a equipe de Natour havia mostrado que a caminhada é melhor que o alongamento não apenas para reduzir a dor como também para melhorar a depressão e outros aspectos emocionais de pacientes com fibromialgia – além de, como esperado, aumentar a função cardiorrespiratória. Já em um estudo de 2006, divulgado na revista Arthritis & Rheumatism, o grupo mostrou que a corrida aquática também era uma boa opção para o tratamento da doença. “A natação ainda não havia sido avaliada com o devido rigor científico e, neste ensaio clínico, apresentou resultados tão bons quanto os da caminhada, que tem benefícios comprovados. Pode ser uma opção mais interessante para uma pessoa que, além de fibromialgia, tem artrose no joelho, por exemplo”, avaliou o pesquisador. O estudo foi feito com 75 mulheres com fibromialgia e com idade entre 18 e 60 anos. Todas eram sedentárias no início da avaliação. Foram aleatoriamente divididas em dois grupos: 39 submetidas a um treino de natação durante 12 semanas, e outras 36, a um treino de caminhada moderada pelo mesmo período. As sessões de atividade física eram realizadas três vezes por semana, com acompanhamento de profissionais da área de educação física, e duravam 50 minutos. O trabalho foi feito durante o mestrado de Giovana Fernandes, orientanda de Natour. Antes do início do treinamento, e após as 12 semanas, as voluntárias passaram por diversas avaliações. O nível de dor foi medido por meio de uma régua numérica que varia de 0 a 10 centímetros (cm). Cada paciente dava uma nota para o nível de dor que estava sentindo no momento. No grupo submetido a caminhada, em média, o nível de dor caiu de 6,2 cm para 3,6 cm, enquanto no grupo que treinou natação os valores foram de 6,4 cm para 3,1 cm. Segundo Natour, é considerada clinicamente relevante uma redução de pelo menos 2 cm na escala de dor.  

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"Em busca do meu leitor" (Por Paulo Caldas)

Acreditando na máxima “Todo artista tem de ir aonde o povo está”, resultante da feliz parceria de Milton Nascimento e Fernando Brant, que gerou a canção “Bailes da vida”, diversos autores pernambucanos, ou aqui radicados, além de exercer a arte da escrita, vão às escolas em que seus livros são adotados para um contato direto com o leitor. Essa prática se impôs por aqui, nos meados de 1980, quando os lançamentos das Edições Bagaço tomaram corpo na missão de revelar e resgatar talentos literários e artistas dedicados à ilustração gráfica. E aqui vão os depoimentos de alguns desses Quixotes: A escritora Socorro Miranda revela: “Vou às salas de aula para concretizar uma verdadeira mediação de leitura, pois o autor chegar perto dos seus leitores não tem incentivo melhor, que essa quebra de distâncias, para um primeiro passo ao encantamento pela leitura. Lá somos recebidos sempre, com entusiasmo e curiosidade. Acredito que o leitor percebe que o escritor não é de outro mundo, é de carne e osso e está mais próximo que eles imaginam. E que eles (leitores), podem mudar de lado e serem escritores, também”. Perguntada sobre o que eles (alunos) mais questionam, disse: “Perguntam como se faz para criar uma história e de como é feito um livro”. Defensora da cultura regional e ecologia, temas principais de suas histórias. Socorro Miranda cita “Burrinha Manhosa”, “Lalá, a latinha de lixo”, “Contando, cantando e encantando” e “A viagem do velho Chico”, seus livros de maior aceitação. O escritor Valdir Oliveira garante que “estar na sala de aula é participar de um processo de construção de conhecimento. E alunos não são apenas aprendizes, são seres que refletem, questionam e também ensinam, numa troca frutífera. Isso provoca o autor a perceber a extrema responsabilidade naquilo que diz ou escreve. Ir às salas de aula é a oportunidade de presenciar a reação aos textos produzidos no ambiente solitário do escritor”. Sobre o acolhimento nas salas de aulas, revela: “Tenho as melhores respostas aos meus encontros. Quando já leram a obra, mostram-se muito curiosos tentando desvendar os segredos e verificando se nos parecemos com o personagem por eles imaginado. Quando ainda não leram, ficam curiosos querendo saber por que somos escritores, quais as motivações, se há técnicas específicas”. Questionado se a visita do autor contribui para o hábito da leitura, Valdir afirma. “Não tenho dúvida de que se sentem instigados. Falamos não apenas das obras, mas da importância da leitura para o desenvolvimento da capacidade de interpretar, tanto questões da educação formal quanto no sentido de tornar as pessoas mais críticas, mais atentas, mais cidadãs e humanas”. Perguntado quais seus trabalhos de maior aceitação para o público, detalha: “Tenho 10 livros publicados. Mas destaco, para o público infantil as experiências com “A Lagartinha Sapeca” e “Na Toca do Sapo”, publicados pela Bagaço. Mais recentemente, o “Lápis Apaixonado”, que inclusive tive oportunidade de fazer um trabalho de leitura com crianças em uma escola da Guiné Bissau, no continente africano, em 2015. Já os “Olhos de Ilberon”, voltado para adolescentes, tem sido trabalhado também em alunos EJA e por ter sido adquirido pela Secretaria de Educação de Pernambuco que comprou a segunda edição inteira, circula atualmente tanto pela rede pública quanto em escolas particulares. Já para o público adulto, destaco “Diário Diagonal”, lançado pela editora Chiado, de Lisboa. Já estive na Fafire, com estudantes de psicologia falando sobre o livro e o resultado foi fantástico. E em junho alunos de Programação Visual da UFPE fizeram adaptação de trechos do livro”, concluiu. Tanto quanto Valdir Oliveira e Socorro Miranda, o escritor Antônio Carlos do Espírito Santo, tem nome reconhecido nas salas de aula. Questionado sobre o que lhe motiva a visitar as escolas, resumiu: “Vou para saber de que forma sou lido pela clientela para a qual escrevo, pois não tenho parâmetros técnicos nem científicos para tanto. Hoje, depois de cinco livros escritos, me sinalizaram que meu trabalho alcança a faixa etária dos que têm entre oito e 12 anos. Dúvidas do tipo ‘será que o universo que vivi quando tinha a idade deles, como as férias no sítio, é capaz de interessá-los? ’, só podem ser respondidas em contato com eles. Descobri que gostam e não é pouco. Não sei por quê. Talvez este universo venha a soar para eles como um paraíso perdido, algo parecido com os reinos encantados dos contos de fada. Mas são apenas suposições. Estou lendo “Fadas no Divã” e quem sabe comece a compreender melhor estas coisas. Ou não”. Antônio Carlos assegura que é recebido com muitas reverências. “Às vezes são tantas que preciso criar um clima para a conversa fluir. Penso que preparam a recepção de modo a ter controle do que vai acontecer e o tempo disponibilizado para o encontro. Mas acho que não se perde a emoção de estar frente a frente com o escritor que leram, e a minha emoção de conhecer em que mãos e em que cabeças chegaram as minhas ideias, agora partilhadas, reinterpretadas e às vezes recriadas”. Perguntado sobre o que os leitores mais questionam, acrescenta: “Como ocorre o processo criativo. De onde vêm as ideias, como a trama se desenvolve, quanto tempo passamos para concluir a obra. Como se vê, não são perguntas que comportam respostas simples, até porque cada livro é resultado de uma experiência. Deixo claro que essa ideia me chega por diferentes fontes e que o desenvolvimento há um trabalho árduo que envolve consulta a pessoas e textos. Envolve releituras do texto em gestação, buscando torná-lo atraente (para mim, antes de mais nada), verossímil, bem articulado”. Sobre os livros de maior aceitação afirmou que ainda é o primeiro deles, 'A Farra dos Bonecos' é o campeão de indicações. "Difícil dizer a razão de esse livro cair na preferência dos leitores mais que os outros. De qualquer modo, creio que se os demais títulos fossem postos ao alcance dos leitores receberiam preferências. Um deles, 'O Gigante Papa-Léguas', foi recentemente adotado por um educandário (Curso Vencer) e a conversa que tive com os

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As Olimpíadas do dia a dia da cultura brasileira (Por Romildo Moreira)

Eis uma excelente oportunidade para a nação brasileira fazer das emoções vivenciadas com os Jogos Olímpicos Rio 2016, uma profunda reflexão sobre o conjunto de ideias que norteiam a realização de um certame com estas dimensões, e a realidade das nossas batalhas diárias para superar as barreiras do cotidiano, que são tantas, como nos jogos, mas sem o brilho das cifras que custeiam esta competição. Superação, união, treino e determinação, são palavras chaves no vocabulário olímpico. Eis que estas também são chaves na labuta diária da nossa gente (exceto de algumas categorias de esferas superiores de comando), mas que certamente são experiências permanentes no ofício de professores, médicos, policiais, artistas e atletas em início de carreira. – Como falamos acima, é uma reflexão, e como tal, só poderá ser aprofundada com a dissecação, ponto a ponto, das especificidades de cada categoria e, juntas (união), buscar soluções (treino) com foco na dignidade do exercício de cada profissão (determinação), para de fato termos um resultado olímpico de superação, sonhando com uma vida mais justa e feliz para todos os brasileiros. Provavelmente esta Olimpíada, sob a bênção do Cristo Redentor, vai nos revelar uma série de fragilidades que culturalmente deixamos acontecer, pelo tão decantado “jeitinho brasileiro”, o que na realidade não passa do descompromisso (falta de determinação), levando-nos a crer que Deus não é brasileiro e sim o Senhor do mundo, e assim pensar se já não é chegada a hora de trocarmos o “jeitinho brasileiro” e “gambiarras”, por atitudes vigorosas, em exercício de pura cidadania, com oportunidades concretas para que todos os profissionais, de todas as áreas, cresçam o suficiente para alcançar as medalhas almejadas em suas próprias olimpíadas cravadas nos 365 dias de cada ano? Ou seja, exercer suas funções em condições favoráveis que os elevem ao pódio da satisfação profissional e o sentimento do dever cumprido. Esperemos então que o legado moral da Rio 2016 seja superior ao legado físico deixado pelo evento, visto que o que necessita ser transformado é o modelo de gerir o patrimônio público, inclusive o que resultará dos jogos, inspirando as administrações públicas dos municípios brasileiros que assumem mandato em janeiro próximo, manter na gestão, com categoria e determinação olímpicas, planejamento profissional que garantam a manutenção permanente das nossas escolas, dos teatros, das bibliotecas, dos hospitais, da limpeza urbana, da despoluição das águas nos nossos rios e canais, etc. É maratona sim, de prestação de serviços ininterruptos dos gestores para com a população, porque eles recebem antecipadamente a medalha no peito cravada com o voto na urna eleitoral. E o que a população certamente mais deseja ver concretizada na jornada dos cargos eletivos, em especial dos prefeitos, é aquela primeira palavrinha contida no espírito olímpico, materializada em seu legado de poder: Determinação! – Assim praticado, outra palavrinha poderá se unir a esta, que é: Superação! – Para sermos todos olímpicos! DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO RECIFE: - “Contrações”, com Débora Falabela e Yara de Novaes Local: Teatro da Caixa Cultural (Bairro do Recife) Dias: 05 e 06/07 às 20h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 34251915. - “Zambo”, espetáculo de dança com o Grupo Experimental Local: Teatro Luiz Mendonça Dia: 06/07, às 20h. Preços: R$ 30,00 - R$ 15,00 - R$ 10,00 e R$ 5,00. Informações: 33559821.

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Edgar Scandurra e Sílvia Tape gravam em fita cassete

Nestes tempos pós-modernos o retrô está sempre de volta, em ritmo de "revival". O retorno dos velhos formatos segue surpreendendo os amantes de música. Após a ascensão inquestionável dos discos de vinil, agora é a vez das fitas cassete invadirem o mercado. O álbum mais recente a ganhar sua versão nessa mídia é EST, trabalho de estreia do duo Silvia Tape (Mercenárias) e Edgard Scandurra (Ira!). O disco teve um pré-lançamento nas plataformas digitais no final do ano passado e, em 2016, está ganhando suas edições físicas através do 180 Selo Fonográfico. Enquanto o CD conta com uma linda prensagem em caixa digipack texturizada e encarte de 20 páginas, a nova versão em fita cassete foi fabricada na Argentina e tem encarte sanfonado com todas as letras e ficha técnica. Nas próximas semanas, EST ganha lançamento de luxo em vinil analógico de 180 gramas, com capa dupla (gatefold). Elogiado pela crítica, o trabalho de Tape e Scandurra tem uma sonoridade dream pop, guitarras psicodélicas e roupagem indie, com temáticas destinadas ao público adulto. EST pode ser baixado na íntegra no site oficial tapescandurra.com. Apostando no retorno do formato analógico, o 180 Selo Fonográfico também relançou Use o assento para flutuar, de Marcelo Gross, guitarrista da banda Cachorro Grande. As cassetes podem ser encontradas nas principais lojas de música e, através da internet, no site selo180.com. Veja o clip de uma das faixas do trabalho:  

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Brasileiro corta lazer e mantém gasto com beleza

Uma pesquisa nacional feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que mesmo em tempos de crise, os gastos com beleza ainda são vistos como uma prioridade para muitos consumidores brasileiros. O levantamento aponta que diante da crise econômica que tem deixado o orçamento das famílias mais apertado, o brasileiro optou por abrir mão de gastos com atividades de lazer em vez de diminuir as compras de produtos e serviços relacionados à beleza e estética. Em decorrência das dificuldades financeiras impostas pela atual conjuntura, os consumidores disseram que os itens que mais sofreram cortes foram as saídas para bares e restaurantes (35,4%) e as viagens (30,9%). Somente em terceiro lugar aparecem as compras de roupas, acessórios e sapatos (29,2%), seguidas por cortes na contratação de TV por assinatura (19,7%) e da diminuição do uso de telefones fixo e celular (18,8%). Cortes com gastos com salão de beleza são apenas a sexta alternativa mais citada, com 16,7% de menções. Academia (11,3%), cosméticos (6,8%) e tratamentos em clínicas de estética (6,4%) estão entre as últimas posições no ranking de cortes realizados em virtude da crise, ficando atrás de idas ao cinema e teatro (16,5%), despesas do lar (13,9%) e compra de doces, salgadinhos e bebidas (13,2%). Para metade dos entrevistados a decisão na escolha de contenção de gastos foi definida em função dos itens que eles consideram menos importantes para o dia a dia. 13% estão com nome sujo por não pagarem gastos com beleza A preocupação com a aparência física, se não bem administrada, pode prejudicar a saúde financeira dos consumidores. A pesquisa aponta também que 13,4% dos brasileiros estão registrados em serviços de proteção ao crédito por atrasos no pagamento de produtos relacionados à beleza, como roupas, calçados e acessórios, cosméticos, maquiagens, tratamentos estéticos e odontológicos. Além disso, 10,8% dos consumidores ouvidos já deixaram de pagar alguma conta para priorizar cuidados com a beleza - o percentual sobe, principalmente, quando levado em consideração o público feminino (14,8%) e as pessoas da classe C (12,3%). 70% fazem gastos desnecessários para cuidar da aparência De acordo com a pesquisa, sete em cada dez (70,4%) consumidores admitem o hábito de comprar produtos ou serviços de beleza mesmo sem necessidade, sobretudo as mulheres (79,2%) e pessoas da classe C (73,0%). Nesse caso, os itens mais mencionados nas compras desnecessárias são roupas, calçados e acessórios (37,1%), cuidados com o cabelo (25,6%) e cosméticos e maquiagem (23,8%). Além disso, 76,9% dos entrevistados reconhecem que já compraram, ao menos uma vez, algum produto ou serviço de beleza que não chegou a ser utilizado ou foi utilizado somente por alguns dias. Outro dado é que quatro em cada dez (43,7%) consumidores ouvidos admitiram gastar mais com produtos de beleza quando estão deprimidos e querem levantar a autoestima.

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A mostra, a dança e a cidade do Recife (Por Romildo Moreira)

Há projetos indispensáveis para o desenvolvimento da arte, porque significam estímulo, reciclagem, troca de experiências, etc. Isso do ponto de vista de quem a pratica. E não é muita a diferença quando observada pela ótica do público, que se beneficia com tais projetos, tendo neles a oportunidade de se inteirar do que está sendo produzido na atualidade (em pluralidade de expressão, diversidade de formato e do inusitado na criação), sem precisar atravessar fronteiras. Nesse aspecto, a cidade do Recife contribui, e muito, com as linguagens artísticas, visto que todas elas têm eventos como festivais e mostras anuais, que atribuem esses benefícios ao movimento cultural da cidade, deixando-a “antenada” e instigada a produzir cada vez mais. Para o segmento das artes cênicas, o segundo semestre de cada ano na capital pernambucana tem uma sucessão de mostras e festivais que em muito contribuem com a produção do teatro, da dança e do circo, como já falamos aqui em oportunidades passadas. Cada um dos festivais com sua cota de importância e com o seu público fiel, fazendo o moinho da arte girar também a economia da cidade maurícia. Se somarmos a quantidade de artistas, técnicos e produtores visitantes, que aqui permanecem por no mínimo três dias, em função da participação na programação de cada festival, veremos que o quantitativo de hospedagem, alimentação e transporte desse contingente, no final do exercício, representa uma elevada posição no faturamento dos respectivos setores de serviços.  Ver-se então mais um benefício impulsionado pelo setor cultural, o econômico. Agora chegou a vez dos refletores focarem a Mostra Brasileira de Dança, que no período de 29 de julho a 7 de agosto, ofertará uma série de espetáculos espalhados em palcos como: Teatro de Santa Isabel; Teatro Hermilo Borba Filho; Teatro Apolo, Teatro Arraial Ariano Suassuna e Teatro Luiz Mendonça, assim como em espaços cênicos alternativos. – A MDB 2016, em busca de abrir mais espaços para o exercício da dança, está levando ao Compaz do Alto Santa Terezinha (Zona Norte da cidade) em duas oportunidades, ações como: uma visita guiada do Balé Teatro Guaíra, do Paraná, no dia 30 de julho e um programa intitulado Dança Solidária, no dia 7 de agosto, composto por vários grupos e bailarinos pernambucanos, interagindo com o mais novo equipamento público de vivências que o Recife dispõe, oferecendo lazer cultural à comunidade do entorno, e o que é melhor, com entrada franqueada ao público. Aproveitamos para parabenizar à coordenação da Mostra por esta iniciativa e também à direção do Compaz  por receber calorosamente os artistas em suas instalações, o que certamente resultará em frutos futuros e que a comunidade do Alto Santa Terezinha agradece desde já. A Mostra Brasileira de Dança escolheu uma personalidade emblemática da dança no Recife para homenagear este ano, que é a bailarina e coreógrafa Mônica Lira. Isso pelo conjunto de atividades em função do engrandecimento da dança local que ela, há muito, empreende. Mônica Lira criou e mantém o Grupo Experimental, um dos mais bem sucedidos grupos artísticos do Recife; foi uma das criadoras do Festival de Dança do Recife (ao lado de Shiro e Andrea Carvalho); abriu e mantém o Espaço Experimental, que além de sede do grupo serve de espaço cênico para espetáculos de teatro e dança, e também para a formação de novos bailarinos nos cursos que lá são oferecidos; coreografa com frequência espetáculos de teatro, e figura entre os atuantes e criadores do Movimento Dança Recife (agrupamento sem fins lucrativos que atua especificamente em política cultural), entre outras performances, que justificam a homenagem. – Aqui registramos os sinceros parabéns a Mônica Lira pela merecida homenagem. Pois é, são de eventos contínuos como os festivais que povoam a cidade, que o público recifense pode se manter interagindo com a arte que o país produz, tornando-se mais culto e, provavelmente, mais humano e feliz, como desejam os artistas em suas criações.

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Confiança do consumidor se mantém estável

A confiança dos brasileiros ficou estável neste mês. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou em 101,2 pontos em julho, 0,2% maior que o de junho e 3,4% acima do registrado em julho do ano passado, informa a pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 29 de julho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Apesar da melhora, a confiança segue 7,2% abaixo da média histórica do índice", diz a pesquisa. O levantamento mostra ainda que as perspectivas em relação à inflação e ao desemprego para os próximos seis meses também se estabilizaram na comparação mensal, mas melhoraram em relação a julho de 2015. O indicador de expectativas sobre a inflação caiu 0,2% em relação a junho e cresceu 15,3% em relação a julho do ano passado. O indicador de expectativa de desemprego aumentou 0,9% na comparação com junho e está 8,1% acima do de julho de 2015. Isso mostra que atualmente há um maior número de pessoas esperando a queda da inflação e do desemprego do que o registrado em julho do ano passado. Os indicadores de expectativas sobre a renda pessoal, compras de maior valor, endividamento e situação financeira tiveram pequenas variações em julho frente ao mês anterior. O INEC é um indicador que antecipa tendências de consumo. Quando o consumidor está confiante e mais otimista com a inflação, o emprego e a renda pessoal, fica mais propenso a comprar bens de maior valor. O aumento do consumo estimula a atividade econômica. Esta edição do INEC, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios, entre 14 e 18 de julho.

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Temer sanciona reajuste de servidores da Camara

Servidores da Câmara dos Deputados passam a receber a partir de hoje (29) o reajuste salarial aprovado no início de junho pela própria Casa. A lei que reajusta a remuneração foi sancionada pelo presidente em exercício, Michel Temer, e publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. De acordo com o texto, o reajuste, que alcançará 20,25% do salário de forma escalonada, em quatro anos, começa com 5,5%, calculado a partir de 1º de janeiro de 2016. Em janeiro do próximo ano, serão aplicados mais 5% sobre as remunerações vigentes em 31 de dezembro deste ano. A partir de 1º de janeiro de 2018, haverá novo aumento de 4,8% sobre as remunerações vigentes em dezembro de 2017. No ano seguinte, outros 4,5% sobre as remunerações do último mês de 2018. O aumento do salário destes servidores estava em um pacote de projetos de lei que previam reajustes para 16 categorias. Depois de negociações, líderes da Câmara fecharam um acordo que possibilitou, além do reajuste da Casa, o incremento de 20% dos salários de servidores do Senado, de diversas categorias do Executivo e reajuste de 20% para o magistério federal e carreiras ligadas à área de educação, como do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O acerto também garantiu, no mesmo dia (1º de junho), a aprovação do aumento para servidores do Judiciário - 41% de forma escalonada, em oito parcelas – e dos subsídios pagos aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – que passa de R$ 33.763,00 para R$ 39.293,38 - e do procurador-geral da República (PGR) - de R$ 33.763,00 para R$ 36.813,88 em junho deste ano 2016 e R$ 39.293,38 em janeiro de 2017.   Da Agência BRasil

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Brasil perde 91 mil empregos formais

Em junho, 91.032 vagas de empregos formais foram fechadas no País, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (27) pelo Ministério do Trabalho. O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho. No entanto, o resultado melhorou em relação a junho de 2015, quando foram fechados 111.199 postos formais. No acumulado deste ano, o Caged contabiliza 531.765 vagas fechadas e, nos últimos 12 meses, o saldo chega a 1,765 milhão de postos com carteira assinada a menos. O setor de serviços registrou a maior queda de vagas formais em junho deste ano, com fechamento de 42.678 postos de trabalho. O setor inclui a atividade bancária, transportes, comunicações, ensino e serviços médicos, por exemplo.A indústria da transformação teve a segunda maior perda de postos, com fechamento de 31.102 vagas. A construção civil fechou 28.149 vagas e o comércio, 26.787 postos. As únicas atividades com novas vagas abertas foram a agricultura e a administração pública. A primeira abriu 38.630 postos em junho e a segunda, 790 vagas.18:25 27/07/2016 Da Agência Brasil

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