Claudia Santos - Página: 133 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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O mundo das Weissbiers (Por Rivaldo Neto)

Muitos historiadores relatam que a descoberta da cerveja foi acidental. Especula-se que tenha se deixado um pedaço de pão de centeio que se misturou a água, e com isso deu-se a fermentação alcoólica e assim surgiram as primeiras cervejas. Isso na Suméria, antiga Mesopotâmia, e em torno de 4.000 a.C. Depois disso o processo padronizou-se e o malte, constituído de grão de cevada germinados era moído e depois misturado com água e assado. Na Antiguidade, a cerveja era um alimento importante, o líquido era turvo e cheio de resíduos, onde se colocava uma palha para filtrá-los. Desde os primeiros momentos o trigo é um dos principais ingredientes na produção das cervejas. Mas foi na Alemanha que ela ganhou um destaque especial com as Weissbiers. A palavra Weiss, no alemão significa “branco”, ou seja, “cerveja branca”, que é a coloração natural das cervejas produzidas por esse cereal. Esse estilo tem uma variação alcoólica em torno de 5% a 6% não filtrada, característica que permite a ação das leveduras adicionadas na bebida, isso permite que o líquido fique turvo, frutado e bastante aromático. A grande maioria das cervejas Weiss remetem ao cravo, à banana e à maçã, ou podem ocorrer na mistura de várias outras frutas. Como não podia deixar de ser é na Alemanha onde se encontram as principais cervejarias que produzem cervejas de trigo como as cervejas Paulaner, a Erdinguer, a Flensburger e a minha preferida que são as produzidas pela Schneider Weisse.   Muito se confunde em relação as nomenclaturas desse estilo. Só para se ter um exemplo são denominadas de Weiss,Weizen, Hefeweizen, Kristallweizen, Dunkelweizen ou Weizendoppelbock. Mas nada de se assustar, isso nada mais é que os variados estilos de coloração e regiões onde são produzidas. O importante é saber que a palavra weiss como disse anteriormente, quer dizer “branco”, Weizen significa trigo e Hef está relacionado com as leveduras, consequentemente a sua turvação. As cervejas Weiss e Weizen são turvas pálidas e claras, já as Kristallweizen são ainda mais claras. As Witbiers são também cervejas de trigo, fabricadas com o estilo belga, como por exemplo a cerveja Hoegaarden, e são mais cítricas que as weiss alemãs. Vale a pedida: Importadas: Schneider Weisse Tap 7: Cerveja clássica de trigo, excelente. Schneider Weisse Tap 6: Cerveja forte, com graduação maior que média 8,2%. Erdinguer Weissbier: Clássica, leve e com aroma muito agradável. Flensburguer: Cerveja frutada e muito marcante. Paulaner Weiss: Leve e clara, excelente para iniciar nesse estilo. Hoegaarden: Cítrica e aromática. Nacionais: Fun: Frutada, cítricas e aromática, excelente. Weiss Schornstein: Clássica e leve. Schloss: Witbier nacional, cítrica e leve. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas rivaldoneto@outlook.com.br

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Festival para crianças abre temporada dos grandes eventos (Por Romildo Moreira)

Anualmente, o segundo semestre é repleto de festivais de artes cênicas na capital pernambucana e o Festival de Teatro Para Crianças do Recife, realizado pela Metron Produções, é quem dá a largada a esses eventos. Na sequência, virão: a Mostra Brasileira de Dança, que acontecerá no período de 29 de julho a 07 de agosto; o Festival Estudantil de Teatro e Dança, em agosto; a 7ª Mostra de Circo do Recife, no mês de setembro; o 21º Festival de Dança do Recife, em outubro e o 18º Festival Recife do Teatro Nacional, em novembro. Em sua décima terceira edição, o Festival de Teatro Para Crianças do Recife traz uma programação plural em estilos de apresentações, totalizando 23 récitas, espalhadas por espaços como o Teatro de Santa Isabel e o Teatro Luiz Mendonça, assim como no mais novo teatro da região metropolitana, o Teatro Experimental Roberto Costa, que estará funcionando no Paulista North Way Shopping. – Que bom dá a notícia da abertura de um teatro e que já inaugura com uma programação de peso e local. Parabéns ao artista empreendedor Roberto Costa e à coordenação do Festival pela ocupação do espaço, contribuindo assim com a sua divulgação. Driblando as dificuldades orçamentárias para o festival em 2016 acontecer, a Metron Produções está contando com a parceria de todos os grupos e companhias teatrais participantes da programação, e da mesma forma, da equipe de produção, que não mede esforços para que esta XIII versão faça tanto sucesso quanto as anteriores. Em mês de férias escolares das crianças, torna-se imprescindível conferir os espetáculos conforme indicação a baixo. Como de práxis, no XIII Festival de Teatro Para Crianças do Recife também haverá homenagem a uma personalidade do teatro pernambucano. E desta feita o eleito foi o ator e diretor Paulo de Pontes, merecidamente, que mesmo residindo em São Paulo desde 2004, não fica ausente da ribalta recifense por muito tempo, a exemplo da última versão do Janeiro de Grandes Espetáculos e exibe em seu currículo, orgulhosamente, como costuma dizer, nos 32 anos de dedicação a este universo artístico, mais de cem espetáculos, sendo a maior parte deles destinados a crianças e jovens. Atualmente Paulo de Pontes integra o elenco fixo do grupo paulista Os Fofos Encenam e a partir do dia 02 de julho estará em cartaz no Teatro João Caetano, na capital paulista, com o espetáculo “O menino e as cerejas”, de Stella Tobar. Como já vimos dizendo neste espaço, da importância dos festivais para o movimento das artes cênicas, aqui e em qualquer parte do território nacional, tanto pela questão da circulação dos espetáculos quanto por possibilitar o acesso ao público local de uma programação que não estaria em pauta na cidade se não fosse o evento, acrescido ainda de trabalho e renda para atores, diretores e técnicos de espetáculo, além de tudo isso, o Festival de Teatro Para Crianças do Recife tem um quê a mais: é um dos poucos festivais inteiramente dedicados ao público infanto-juvenil no Brasil. E isso significa muito em questões como a renovação de público para o teatro e complemento cultural na formação intelectual dessa plateia. – Nunca me canso de repetir a seguinte frase: “Se a escola educa, o teatro instrui, e juntos, formam cidadãos melhores e culturalmente mais preparados para a labuta na vida”. – É de jovens bem preparados para a configuração do Brasil do amanhã, o que mais necessitamos agora. Toda a programação do XIII Festival de Teatro Para Crianças do Recife poderá ser conferida no site: www.teatroparacrianca.com.br . DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ Programação do XIII FTCR: “A Revolta dos Brinquedos”, com a Circus Produções Artísticas. Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Dias: 02 e 03/07/2016, às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 988590777. “O Pequeno Príncipe”, com a Cia. do Riso (Foto acima). Local: Teatro Experimental Roberto Costa (Paulista North Wae Shopping) Dias: 02 e 03/07/2016, às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00.

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Brinquedo popular é tema da Fenearte

A 17ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que acontece de 07 a 17 de julho, no Centro de Convenções em Olinda,faz uma homenagem ao universo dos brinquedos artesanais e a alegria dos brincantes, personagens que dão vida aos tradicionais folguedos populares como maracatu, pastoril, reisado, bumba meu boi, entre tantos outros. O aspecto lúdico do tema "Artesanato. Arte brincante" promete encantar os visitantes da maior feira do segmento na América Latina. Além de enaltecer a picardia dos brincantes, a Fenearte propõe um resgate das brincadeiras antigas, assim como a valorização dos brinquedos artesanais, esses objetos simples e que através dos quais nos reconhecemos e conhecemos as mais antigas tradições. O governador do Estado, Paulo Câmara, destaca a importância do evento. “A Fenearte é um orgulho de Pernambuco. Não só pela sua dimensão gigantesca e potencial de geração de negócios, ampliados a cada ano, mas principalmente pela riqueza e diversidade das peças produzidas por nossos artesãos e artesãs, que são verdadeiros Patrimônios Vivos. Isso será vivenciado largamente nesta 17ª edição, referendado com a escolha dos dois homenageados, o Mestre Eudócio e o Mestre Naná Vasconcelos, ícones eternos da rica cultura pernambucana e brasileira”. Com investimento de R$ 5 milhões, geração de mais de 3 mil vagas de empregos temporários e expectativa de movimentação financeira superior a R$ 40 milhões, a Feira espera atrair um público de 300 mil pessoas. Mais de 5 mil expositores, entre artesãos de Pernambuco, do Brasil e de alguns países dividem cerca de 800 espaços, numa área de 30 mil m², no pavilhão do Centro de Convenções. A Fenearte, juntamente com o Centro de Artesanato de Pernambuco, entre outras iniciativas do Governo do Estado, tem como objetivo valorizar e difundir os saberes tradicionais, estimular o potencial de crescimento dos artesãos, funcionando como importante elemento estruturador da cadeia produtiva do artesanato local.  “O Governo do Estado coloca o desenvolvimento do artesanato como prioridade. Nosso trabalho é fomentar esta atividade econômica, responsável pelo sustento de milhares de pernambucanos. A Fenearte, a cada edição, consolida-se como o ponto alto para os artesãos que comercializam seus produtos ao longo do ano nas duas unidades do Centro de Artesanato localizadas em Bezerros e no Recife”, afirma o diretor presidente da AD Diper, Jenner Guimarães.  

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Um Galeão Voador pousa nas escolas (Por Paulo Caldas)

Há um bom tempo que escolas do ensino médio e fundamental de Pernambuco adotam os livros paradidáticos, chamados de literatura complementar, da autoria de escritores locais ou aqui radicados. O fato poderia parecer comum não fosse a concorrência das editoras do Sudeste e Sul do País, sempre ávidas para ocupar preciosos espaços nesse nicho do mercado livreiro. Ao longo dos últimos 30 anos, pelo menos, a produção local tem marcado presença com a publicação de títulos que se mostram em conteúdo e estética tão bons quanto os que vêm de fora. E essa prática tanto resgatou quanto revelou inúmeros autores com o dom de escrever para a faixa etária a que se propõe e artistas gráficos que correspondem às expectativas com ilustrações de alta qualidade. Dois nomes que integram o atual cenário das letras e artes visuais por aqui se encontram no livro O Olho do Leviatã, Editora Bagaço (2014), escrito por Luiz Marcello Trigo e ilustrado por Eduardo Souza. A engenhosa peça de fantasia se passa num mundo fantástico, onde um galeão voador caça monstros pelo céu numa ação eletrizante destinada ao público infanto-juvenil. O texto apresenta personagens, cenários e trama concebidos à capacidade imaginativa do autor. Os desenhos de Souza se destacam no traço criativo e no manuseio dos matizes concebidos com destreza pelo artista. Mais um troféu no Balaio O escritor pernambucano André Balaio, autor de A Rasteira da Perna Cabeluda, entre outros sucessos no campo da narrativa fantástica, obteve o primeiro lugar no Prêmio Off Flip / Bibliomundi de Literatura com o conto "O lado de lá". Balaio concorreu com outros  530 autores de todo o Brasil e demais países de língua portuguesa no gênero Conto. Além do prêmio em dinheiro, terá o texto publicado em coletânea do Selo Off Flip. O sarau de premiação acontecerá no sábado, dia 02 de julho, no Centro Cultural Sesc Paraty na programação da Off Flip das Letras durante a Festa Literária Internacional de Paraty.     *Paulo Caldas é Escritor

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Cervejas Lendárias: A Guinness (Por Rivaldo Neto)

Sempre que se fala da Irlanda, os cervejeiros de plantão logo lembrarão da cerveja Stout mais famosa e consumida no mundo. Quando Arthur Guinness fundou a cervejaria St. James's Gate Brewery, responsável pela Guinness em 1759, talvez não tivesse a dimensão que a marca fosse alcançar. Ela é responsável por um consumo diário de 10 mil Pints de cervejas, este volume é tão grande que chega a metade do consumo de cerveja na Irlanda. Uma curiosidade é que o seu fundador que era protestante, alugou a fábrica e os terrenos em sua volta por míseros 45 libras (aproximadamente R$ 223,00), incluindo o fornecimento de água para sua produção em um contrato de arrendamento de 9 mil anos. A Guinness sempre teve um ousado processo de expansão, chegando em 1908 a ser a cerveja mais consumida no mundo. A Guinness é mais facilmente encontrada no mercado nacional em latas de 440ml. Ela contém uma cápsula de nitrogênio (N2) e ao abrir a lata inicia-se uma reação química entre gás carbônico e o líquido resultando em uma carbonatação semelhante a um chope. Isso confere a cerveja uma formação de espuma de alta qualidade e duração, além de preservar de forma quase impecável suas notas e aromas. Beber um chope da Guinness é interessante desde o momento em que está sendo servido. Quando o copo é inclinado em uma ângulo de 45graus, o líquido fica com uma coloração marrom, e em aproximadamente um minuto ele começa a decantar e a sua cor preta característica aparece dando o tom certo da cerveja, causando assim um belo efeito visual. A Guinness deve ser servido em um Pint ou caldereta, pois tal processo em outros tipos de copos fica comprometido. A Guinness é uma cerveja leve de 4,1%vol, muito equilibrada, e com uma sabor intenso de maltes de cevada tostada utilizados em sua fabricação. Para cervejeiros que gostam de café, esta cerveja é um pedida ideal, pois sua aromatização irá agradar em cheio. Para uma harmonização a Guinness cai bem com um lombo de porco defumado, carnes e linguiças para opções salgadas e para as doces um bom petit gateau. Outro lado interessante dessa cerveja é que a mesma é muito utilizada no preparo de pratos culinários. A cerveja ajuda a amaciar e dar sabor a ensopados de carne com batatas, o famoso Irish Stew (cozido irlandês), além de dar um toque especial com sorvetes. Por estas e outras a deliciosa e polivalente cerveja Guinness é um lenda, se você tem a oportunidade de degustá-la não pense duas vezes, afinal são mais de 250 anos de tradição em forma de cerveja! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Para não engodar no São João

Se você não abre mão das comidas típicas do São João, mas não quer engordar, confira esta receita de canjica light   Canjica Light Ingredientes: 250 g de milho para canjica; ¾ xícara de leite em pó desnatado; 2 xícaras de leite desnatado; ½ xícara de chá de adoçante em pó (próprio para ir ao fogão); ½ vidro de leite de coco light; 2 paus de canela; 2 cravos da índia; 1 colher de sobremesa de margarina light. Modo de preparo: Coloque os grãos da canjica em um recipiente e cubra com bastante água e deixe de molho por no mínimo 12 horas. Escorra a água e coloque-a numa panela de pressão, cobrindo a canjica novamente com bastante água. Cozinhe em fogo alto por cerca de 30 minutos. Após o período, retire a panela do fogo e coloque-a sob água corrente até que saia toda a pressão da panela. Abra a panela e verifique se a canjica está macia, retirando-a da panela e escorrendo a água. Adicione o leite desnatado, o leite em pó, o adoçante e o leite de coco numa panela e misture bem, acrescentando, em seguida, os cravos, os paus de canela e a margarina, levando ao fogo médio por cerca de 10 minutos, sempre mexendo. Pronto para servir! Rende quatro (04) porções. Fonte: Prodieta

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Novo tratamento para próstata crescida

Além do câncer de próstata, outra enfermidade urológica que acomete até 80% dos homens é a hiperplasia prostática benigna (HPB). Popularmente conhecida como próstata crescida, a doença é caracterizada pelo crescimento não canceroso da glândula masculina, que comprime a uretra, obstrui o fluxo de urina e pode levar a infecções e insuficiência renal. A causa ainda é desconhecida, mas pode estar relacionada a alterações hormonais que acontecem a partir dos 45 anos. Entre os sintomas recorrentes, estão a dificuldade para urinar, ardência, diminuição da intensidade do jato, incontinência urinária, noctúria (quando a pessoa acorda diversas vezes à noite para ir ao banheiro) e até sangramento. O diagnóstico é feito através do exame do toque retal e ultrassonografia para avaliar o tamanho da glândula. Segundo o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana, há três formas de tratamento para a doença. São elas: os medicamentos, as cirurgias tradicionais no corte e as cirurgias sem cortes que são feitas pelo canal da uretra, podendo ser a ressecção da próstata ou a operação com o revolucionário Greenlight. Também conhecido como laser verde, a tecnologia já é usada em 95% das cirurgias de HPB nos Estados Unidos e na Europa. Sua versão mais atual, a XPS, chegou ao Brasil no início do ano passado. “O laser verde atualmente é a melhor opção de tratamento porque ele garante menos complicações, não existem incisões no corpo e, assim, não há sangramento”, explica. Por isso, a operação também pode ser realizada em pacientes que têm problemas cardíacos e que tomam remédios anticoagulantes, sem a necessidade de suspendê-los. Outro benefício é quanto à recuperação no pós-operatório. “Na cirurgia tradicional, o paciente fica de 4 a 7 dias com sonda. Com o laser, esse tempo cai para apenas um dia e depois ele já pode ir para casa”, revela Maia. É importante lembrar que o procedimento não interfere na potência sexual, nem na função erétil do homem. A cirurgia – Por meio de um aparelho com câmera inserido na uretra, o laser emite ondas de faixa verde no tecido da próstata. As ondas reagem com a oxiemoglobina presente no sangue e vaporizam o excesso de tecido com altas temperaturas sem causar sangramentos. Por enquanto, o Greenlight está disponível apenas na rede privada com cobertura de alguns planos de saúde. Mas, graças aos seus benefícios e ao resultado eficaz, é provável que ele seja absorvido mais amplamente em breve. A Boston Scientific, atual empresa detentora do laser, já divulgou que pretender reduzir até pela metade do valor da fibra para os hospitais e convênios.

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Estimular a mastigação estimula a fala

O primeiro alimento da vida de um bebê é o leite, mas logo nascem os dentinhos, juntamente com o desejo de comer tudo o que veem pela frente. Aí se inicia o processo de fortalecimento da mastigação, na qual os pais são extremamente importantes para educar a criança neste período. Mais do que aprender a mastigar novos alimentos, o fortalecimento da mastigação está diretamente ligado à fala do bebê. Segundo o especialista em Saúde Bucal e Estomatologia Sérgio Kignel, os órgãos estimulados na mastigação são os mesmos utilizados no ato da fala e, desta maneira, se exercitados de forma e por tempo adequados, estarão prontos para a nova função. "Tudo isso exige um trabalho muscular preparatório ao desenvolvimento da fala. Essa evolução contínua tanto estrutural quanto funcional permite a vocalização dos primeiros sons inicialmente sem qualquer significado, mas com o passar do tempo agregam um valor significativo, e o bebê inicia o processo de balbucio e vocalização como forma de comunicação", explica Kignel. O fortalecimento da mastigação infantil se torna, portanto, um importante processo para a vida da criança. Neste período, os pais podem ajudar seus filhos, oferecendo os alimentos corretos para cada etapa, mas sempre com muita paciência. "Os primeiros alimentos a ser introduzidos devem ser pastosos e, progressivamente, os familiares poderão acrescentar os mais consistentes até chegar aos sólidos. O ideal é preparar esses alimentos na peneira, com o garfo e espremedor, para que não fiquem totalmente líquidos, evitando o uso do liquidificador", recomenda o especialista. Kignel esclarece ainda que, após os seis meses, os alimentos sólidos (mas nunca duros) ajudam a massagear a gengiva da criança e fortalecer a musculatura orofacial. Ou seja, não é preciso esperar o nascimento dos dentes para oferecê-los. Embora se deva respeitar o ritmo da criança, o ideal é que com um ano ela consiga alimentar-se como seus familiares, consumindo os alimentos em pequenos pedaços, separados no prato. "Pode-se começar reduzindo um pouco da quantidade do purê e ir complementando com algum alimento que tenha sido preparado para os adultos e que sejam fáceis de comer: refogados com batatas, peixe, omelete ou banana. Deve-se evitar alimentos que possam causar asfixia pela sua dureza ou porque se esmigalham facilmente", indica. Outros alimentos que devem ser evitados neste processo são os doces, embutidos e industrializados. "A ingestão destes alimentos pode deixar as crianças pequenas irritadas e dispersivas, além de provocar maior concentração de insulina no sangue. Balas e pirulitos (e outros doces com açúcar), também aumentam a quantidade de adrenalina", alerta o dentista. Sérgio Kignel ressalta também a importância da higiene bucal do bebê neste processo. O especialista indica a limpeza suave das gengivas, bochechas e língua da criança duas vezes ao dia, procurando remover os restos de leite ou alimentos acumulados. A dica é utilizar para a limpeza uma gaze ou a ponta de uma fralda envolta no dedo indicador e embebida em água filtrada e fervida. Pode-se também usar as dedeiras, que são dispositivos especiais de borracha ou silicone com pequenas elevações imitando as cerdas de uma escova de dente.  

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Ler Márcio de Mello (por Paulo Caldas)

Márcio de Mello se destaca pelas virtudes de leitor voraz e de escritor de notável criatividade. O texto desse noronhense, que viveu por longo tempo em Macau-RN, tem cheiro de maresia, é claro. Não das praias rasas de águas tépidas, mansas, cristalinas, mas de mar aberto, denso, profundo, exato, como o zelo com que nutre cada palavra, frase, sentença, parágrafo. Márcio dispõe de outra virtude intrínseca ao bom escritor: a memória. E dela faz bom uso na composição dos contos do seu "Um certo Capitão Vidraça" (Edições Bagaço 2013), bem como maneja habilmente a inventiva, como fez no livro anterior "Uma história de outro mundo e outras histórias de bichos que não navegaram na arca de Noé", da mesma editora, em 2012. Da memória ele traz personagens de perfis inusitados, vistos e reinventados com o necessário talento. Da sua criatividade aparecem outros tantos protagonistas surgidos do imaginário privilegiado, todos temperados pelo humor fino, ironia e outros ingredientes que seduzem o leitor a partir das primeiras linhas. No entender o escritor João Gratuliano, Márcio de Mello sabe como contar histórias. “E mais, sabe como escrevê-las de um jeito especial. Os contos têm o que de melhor se pode esperar desde o enredo instigante, a narrativa que flui com tamanha naturalidade que caímos com facilidade nas armadilhas. Para onde o narrador está nos levando? Os personagens são incomuns ao ponto de deixar o leitor na dúvida: existem no mundo real ou são meras coincidências que a mente desse ficcionista engenhoso e criativo trouxe à vida? E o que é mais raro na arte das narrativas curtas: elaborar uma trama tão bem tecida que fica difícil distinguir a história que se mostra e a oculta, aquela que está nas entrelinhas e que nos deixa com aquela sensação de ‘será que...’ Ler esses contos traz à tona nossas mais diversas emoções. Ora um riso, quando somos pegos de surpresa, ora uma lembrança quando nos identificamos com os personagens demasiadamente humanos, mas sempre com uma reflexão sobre nossa condição última. Um livro de cabeceira, para ler uma história por dia, se deliciando com as artimanhas que o autor descobriu para nos entreter. Para quem o conhece é como se ele estivesse presente lendo por nós”. *Paulo Caldas é escritor  

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Água com açúcar acalma. Mito ou verdade?

Mito. Tomar água com açúcar para acalmar os nervos é crendice popular. Na verdade, o açúcar é metabolizado pelo organismo e se transforma em frutose e glicose, duas importantes fontes de energia, mas que não possuem nenhum poder tranquilizante. “A pessoa fica mais calma mesmo pelo poder da sugestão, efeito psíquico ou placebo, mas um simples copo de água teria o mesmo resultado”, explica o diretor médico do Hospital Esperança Olinda, o clínico Marcos Reis. Apesar da combinação água com açúcar ter esse efeito popular de acalmar, a prática não deve ser incentivada, principalmente quando oferecida a desconhecidos. “A ingestão de água com açúcar pode fazer muito mal em caso de pessoas diabéticas, hiperglicêmicas, que possuem alta taxa de açúcar no sangue”, alerta Reis.

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