Claudia Santos - Página: 135 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Ir ou não ir ao teatro? Eis a questão (Por Romildo Moreira)

Vimos, há algum tempo, pensando questões relacionadas ao fluxo de público nas casas de espetáculos. Vez por outra esse assunto vem à baila e, invariavelmente, chega-se as mesmíssimas observações, sem que com isso a questão marche rumo à solução. Por exemplo, a falta de hábito é sempre a primeira questão a ser abordada, mas não existe, ao detectá-la, uma iniciativa que realmente reverta essa situação e busque o hábito almejado da “população”, para que se adquira um público mais numeroso e constante nas nossas casas de espetáculos – tarefa nada fácil porque mexe com valores sociais, culturais e econômicos já entranhados no seio da sociedade em geral. E quando eventualmente uma produção sinaliza nessa direção, seja de teatro ou de dança, o resultado recai apenas para a própria produção, ou seja, não atinge de fato a questão do hábito, e sim, o estímulo para ver o espetáculo que ela representa. O que é positivo por um lado e uma pena por outro, se considerarmos que todo espetáculo merece ser visto por uma casa lotada. Vamos aqui abrir um parêntese para debater uma das mais utilizadas formas de levar público ao teatro; a doação de convites. A própria lei de Incentivo à Cultura de Pernambuco, o Funcultura, estimula essa prática aos seus contemplados, utilizando o argumento da contrapartida social. Porém, em diversas rodadas de conversas a esse respeito, detectou-se haver mais prejuízo que benefício de ação como essa, por três razões básicas: 1ª - A doação alimenta o vício de não pagar para ir ao teatro (ao contrário do que se faz com cinema), caracterizando assim o desrespeito e a leviandade com que se trata a dança e o teatro que ocupam as casas de espetáculo. E, em muitos casos, os ingressos são distribuídos e as poltronas ficam vazias porque o ganhador não se dignou a retribuir a gentileza com a presença. Outros ainda são mais desrespeitosos, repassando os convites recebidos aos cambistas; 2ª - Por não ter sido desembolsado nenhum valor financeiro para a aquisição do ingresso, quando o ganhador vai, não se preocupa em chegar com antecedência ao recinto da apresentação, também não se incomoda em sair no meio da apresentação para atender o celular, etc. 3ª - Quando o espectador se digna a ir ao teatro, comprar o seu ingresso e assistir ao espetáculo, os artistas sentem a energia respeitosa dessa plateia que a considera a ponte de reservar um espaço em sua agenda para essa finalidade e a apresentação ganha muito em qualidade com isso. Tem-se aí outra relação e a questão passa para outro ângulo de visão, que é o valor do ingresso. Ir ou não ir ao teatro, não nos parece ser a grande questão. Agora, de que forma se vai ao teatro, eis a questão. É praticamente senso comum entre os artistas de palco, que os ingressos devem ter um valor acessível, para permitir a presença de um público mais amplo e com isso sustentar uma temporada. Da mesma forma, fala-se em destinar, a cada récita, cota de ingressos para instituições como escolas públicas, entidades de assistência social, grupos comunitários de jovens, formadores de opinião, etc., todos previamente agendados, com compromisso assumido de comparecer à apresentação, tendo por resultado uma plateia cheia, composta por pagantes e convidados de forma especial, apostando com isso na possibilidade da renovação de público para um futuro próximo. Agora, certamente, só teremos o efeito cobiçado se o exercício de ações como essas se tornarem pratica permanente. Talvez assim tenhamos, paulatinamente, aumento significativo de espectadores habituais ao teatro. Curiosamente, este tema “ir ou não ir ao teatro” já foi abordado em uma peça do dramaturgo alemão Karl Valentim, parceiro de Bertolt Brecth, cujo título é: A ida ao teatro. – Resta-nos agora repetir o chavão: VÁ AO TEATRO e BOM ESPETÁCULO! DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ: - O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues Local: Teatro Apolo Dias: sexta 06/06 e sábado 07/06, às 20h. Preços: R$ 30,00 e R$ 15,00. - Informações: 3355-3319 ou 3355-3320. - A Revolta dos Brinquedos, com a Circus Produções Local: Teatro Apolo Dia: domingo 05/06 às 16h Preço: R$ 20,00 e R$ 10,00 - Informações: 3355-3319 ou 3355-3320 - LUIZ E EU? Ô viagem danada de boa!, com a Cia. Maravilhas Local: Teatro Joaquim Cardozo Dia: 05/06 às 16h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 - Informações: 2126-7388   Romildo Moreira, ator, autor e diretor teatral  

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Dois nós na gravata (por Paulo Caldas)

E se os personagens de um grande autor saltassem dos livros para cobrar direitos de imagem pela participação nas obras literárias? Um homem do Paleolítico expressava o amor por uma mulher através das pinturas rupestres? Como seria para um menino viver feito menina diante da imposição de uma mãe desejosa por uma filha? Através das narrativas de “Dois nós na gravata”, a segunda reunião de contos do escritor Rômulo César Melo, o leitor poderá ser testemunha e partícipe dessas situações insólitas. O autor é Recifense, 39 anos, formado pela Faculdade de Direito do Recife – UFPE, Procurador Federal. Poeta e contista, agora escreve o primeiro romance a ser lançado em 2016. Iniciou-se no terreno da escrita participando da Oficina de Ficção Literária de Raimundo Carrero. Teve contos incluídos nas antologias Contos de Oficina lançadas entre 2009 e 2012. Atualmente integra a Oficina Literária de Paulo Caldas. Em “Dois nós na gravata”, Rômulo César Melo transita entre o formato tradicional dos contos machadianos e os experimentos de linguagem em narrativas que ora se encaminham pelo estilo da  crônica e do ensaio, ora permeiam a estética da poesia. “O livro foi surgindo ao longo dos anos de estudo nas Oficinas de Raimundo Carrero e de Paulo Caldas”, revela o autor. Levava os contos para seres analisados, anotava as críticas e sugestões dos mestres e colegas, e sentava para lapidar o texto, suando, reescrevendo - como diz Carrero, um trabalho de artesão. Procurei fazer com que o leitor se sentisse inserido nos universos particulares dos contos, que tratam dos costumes humanos, dialogando com a História, flertando com a psicologia, passeando por cenários distintos, o Recife, um morro do Rio de Janeiro, o frio da Rússia, a sobriedade de Londres, transferindo aos personagens minhas impressões e estranhamentos, enfim, tentei contar histórias possíveis com o auxílio da técnica aprendida nas oficinas”, completa o Rômulo. “Dois Nós na Gravata” é um dos livros premiados no II Prêmio Pernambuco de Literatura, organizado pela Secretaria Estadual de Cultura (SECULT PE), Fundarpe e Cepe Editora, com o objetivo de publicar escritores que se lançam na ficção. Quem é Rômulo? Rômulo Cesar Lapenda de Melo é um nome formalmente conhecido dentre os procuradores de Justiça Federal em Pernambuco. Entre os que fazem literatura por aqui, no entanto, poucos sabem de quem se trata. Mas isto é por enquanto, asseguro. Discreto, avesso à busca de aplausos, apegado à lida dos que amam as letras, este escritor em breve tempo vai assumir a cadeira que lhe espera no plenário dos nossos bons ficcionistas, e tem o meu aval. E o binômio talento - determinação, aliado à visão do cotidiano, à extrema capacidade inventiva, a considerável frequência com que produz, assume ares de polinômio cujo resultado conta com a merecida cumplicidade do grupo da oficina. Todos estes atributos nos trazem a convicção de que os frutos do escritor Rômulo Cesar de Melo são desta safra. Para conferir, basta ler os seus livros: Minimalidades (Edições Bagaço 2013), mostrando os riscos amarelecidos da goiaba quase pronta e o recente Dois nós na gravata (Vencedor do Prêmio Pernambuco de Literatura, versão 2014. Editora Cepe 2015), este já com o dorso rosado das romãs maduras. Contato: Rômulo César Melo – (81) 9145-3632 rcbornay286@hotmail.com

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Santanna e Dona Glorinha do Coco são homenageados no São João

Santanna, o Cantador, e Dona Glorinha do Coco, são os homenageados do São João 2016 do município promovido pela Prefeitura do REcife. Eles foram recebidos pelo prefeito Geraldo Julio em seu gabinete para formalizar o convite. Os dois são referências nos principais ritmos que embalam as festas juninas em todo o Nordeste. O São João do Recife é caracterizado pela mistura de ritmos, oferecendo opções de arrasta-pé na cidade. "Essa é uma homenagem feita no São João 2016, pelo povo do Recife, a Dona Glorinha do Coco e o poeta Santanna. É uma homenagem à tradição e à cultura do Nordeste. Com certeza eles estão muito felizes com esta homenagem e esta representação da cultura. O Recife terá um belo São João em 2016 para as pessoas que quiserem aproveitar a nossa cidade", comemorou o prefeito Geraldo Julio. Ainda de acordo com o prefeito, a homenagem também é um reconhecimento à cultura africana e a um dos maiores poetas da cultura nordestina. O poeta Santanna revelou que ficou muito emocionado com o anúncio, já que será homenageado pela primeira vez em uma festa de São João. "Recebo com muita surpresa essa homenagem. Acho que ainda fiz pouco pela cultura nordestina, mas agradeço o reconhecimento do público com o meu trabalho. Mas essa homenagem faz com que eu trabalhe ainda mais", disse o modesto cantador. "Essa festa é tão minha e tão nossa, e eu vou ser muito leal às tradições nordestinas onde quer que eu esteja", acrescentou. Dona Glorinha do Coco também ficou emocionada com a homenagem recebida. Perto de fazer 82 anos, a artista revelou que a homenagem alcança ainda todo o segmento do coco no Nordeste. "Estou muita emocionada com isso e só tenho a agradecer a todos os envolvidos. O povo do Recife pode esperar muito coco e muita cocada no palco. Vou colocar o pessoal para sambar o coco e vai ser um grande São João aqui no Recife", destacou. Santanna nasceu em Juazeiro do Norte, no Ceará, e vem de uma família de artistas. Na infância teve a influência do aboio do vaqueiro nordestino, do canto das lavadeiras e rezadeiras e dos violeiros e emboladores. Mas foi na obra de Luiz Gonzaga – que conheceu pessoalmente aos 24 anos e de quem se tornou amigo - que o cantador teve suas maiores referências. Participou de vários shows do Rei do Baião, fazendo a abertura e em seguida, vocais. Tornou-se cantor profissional em 1992 e hoje é considerado um dos grandes músicos do Forró. Conhecido por várias músicas, que hoje tradicionalmente tocadas em época de Festa de São João no nordeste, principalmente o hit "Ana Maria". Maria da Glória Braz de Almeida, ou Dona Glorinha do Coco, mestra de coco e viúva de pescador, tem 81 anos de idade e herdou de seus antepassados o gosto pelo coco de roda, principalmente aquele que se cantava, e se canta ainda hoje, na beira da praia. Ano passado foi finalista do Prêmio da Música Brasileira, nas categorias melhor álbum regional (produzido por Isa Melo) e melhor cantora regional, através de seu primeiro CD, intitulado Dona Glorinha do Coco. Dando continuidade ao legado deixado por sua mãe, uma das fundadoras do Acorda Povo, folguedo que já contabiliza mais de 60 anos, Dona Glorinha organiza durante o dia de São João, várias sambadas animadas e prestigiada por toda a população, promovendo lazer cultural para aqueles que buscam programação alternativa e descentralizada durante as festas juninas. Dona Glorinha participa do premiado Documentário de Mariana Fortes "O Coco, A Roda, O Pneu e o Farol" (2007) e teve seu primeiro registro fonográfico na coletânea Coco do Amaro Branco Vol. 2, em 2010.

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Jovem brasileiro possui padrões machistas, diz pesquisa

Em meio ao assombro provocado no País pela notícia do estupro da garota de 16 anos no Rio, uma pesquisa do Instituto Avon em parceria com o Data Popular mostra como o jovem brasileiro possui um comportamento machista. A enquete mostra que para 51% dos entrevistados, a mulher deve ter a primeira relação sexual com um namorado sério; 41% concordam que a mulher deve ficar com poucos homens; para 38% a mulher que tem relações sexuais com muitos homens não é para namorar e 25% afirmam que se uma mulher usa decote e saia curta, é porque está se oferecendo para os homens. Outra pesquisa do Instituto Avon em parceria com o Data Popular (Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher – 2013), mostra que 56% dos homens admitem ter cometido alguma atitude caracterizada como violência, como xingamentos, empurrões, ameaças, agressões físicas, humilhação, obrigar a fazer sexo sem vontade ou ameaças com armas. Além disso, a pesquisa aponta que cerca de 52 milhões de brasileiros confirmam que possuem algum conhecido, parente ou amigo que já foi violento com a parceira. No entanto, apenas 9,4 milhões de homens dizem que já tiveram tal atitude. "Estes números revelam que alguns comportamentos ainda não são vistos como violentos. A pesquisa também mostra que, dentre os homens que cometeram agressão, a minoria cometeu uma dessas atitudes apenas uma vez", explica Mafoane Odara, coordenadora de projetos do Instituto Avon.   Para o diretor-executivo do Instituto Avon, Lírio Cipriani, a mudança de percepção é fundamental para mudar o cenário da violência contra a mulher no País. "É alarmante saber que grande parte das mulheres brasileiras já foram ou serão, de alguma forma, assediadas ou desrespeitadas. Esse cenário precisa mudar e, para tanto, é preciso promover uma mudança cultural sobre o papel de cada um no enfrentamento a violência com a mulher e sensibilizar a população para importância da convivência pacífica e respeitosa entre homens e mulheres", disse. O estudo também mostra que cerca de 79% das jovens brasileiras já foram assediadas, receberam cantadas ofensivas, violentas e desrespeitosas ou foram abordadas de maneira agressiva em festas ou em locais públicos. Além disso, 44% das entrevistadas já foram assediadas ou tiveram o corpo tocado por um homem sem consentimento em festas. Além disso, 30% alegaram já terem sido beijadas à força. Quase metade (45%) das mulheres entrevistadas tiveram que tomar alguma atitude mais severa para evitar o assédio do ex após o término de um relacionamento: 26% bloquearam o endereço de e-mail do ex-parceiro e 25% pararam de ir a locais que frequentavam com regularidade. Além disso, 37% das mulheres já tiveram relações sexuais sem camisinha por insistência do parceiro.   O estudo Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher também mostra que: 85% acham inaceitável que suas parceiras fiquem alcoolizadas; 69% não concordam que elas saiam com amigos sem sua companhia; 46% consideram inaceitável que suas companheiras usem roupas justas e decotadas; 89% dos homens consideram inaceitável a mulher não manter a casa em ordem; 4% dos homens declararam que ao menos uma parceira (atual ou ex) já procurou a Delegacia da Mulher ou a polícia para denunciá-lo; 29% deles apontam que "o homem só bate porque a mulher provoca"; Para 23% dos homens, "tem mulher que só para de falar se levar um tapa"; Para 12%, "se a mulher trair o marido, ele tem razão em bater nela"; 67% dos autores de violência presenciaram discussão entre os pais na infância, enquanto entre os não-agressores este número cai para 47%; 81% dos homens agressores apanhou de algum adulto quando criança. Segundo o estudo Violência contra a mulher no ambiente universitário, divulgado pelo Instituto Avon no ano passado, mais de 700 mil mulheres devem ser vítimas de assédio ou violência dentro das faculdades apenas este ano. A pesquisa mostra que 7% das universitárias afirmam que foram drogadas sem seu conhecimento e 7% já foram forçadas a ter uma relação sexual nas dependências da instituição ou em festas acadêmicas. Significa que 200 mil mulheres vão estar expostas a esta situação este ano. Violência contra a mulher no Brasil A taxa de homicídios contra mulheres no país aumentou 8,8% entre 2003 e 2013, segundo o estudo Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres, produzido pela Flacso. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, um caso de estupro é notificado no Brasil a cada 11 minutos. Como menos de um terço dos estupros são registrados, é possível que eles ocorram a cada minuto no País. De acordo com o Ministério da Saúde, o abuso sexual é o segundo maior tipo de violência praticada no Brasil. Segundo o levantamento, 70% das pessoas estupradas são crianças e adolescentes de até 17 anos (cerca de 350 mil pessoas ao ano).  

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Não, a culpa não é das mulheres

Entre tantos detalhes cruéis que envolveram a jovem de 16 anos, estuprada por 33 homens no Rio, chama a atenção a mensagem que ela postou no Facebook depois do terrível acontecido: “obrigada pelo apoio de todos. Realmente pensei que seria julgada mal." Na certa a jovem acreditou que a sociedade impingisse a ela a culpa por ter sido violentada. E esse pensamento não foi à toa. Muitas mulheres nem chegam a fazer a denúncia após o estupro, temendo ser acusadas por ter seduzido os homens. Para muitos brasileiros não faltam razões para pensar dessa forma: a mulher estava com roupas curtas, bebendo, em lugar e hora errados. Um pensamento, que como lembrou a jornalista Claudia Colluci, em artigo na Folha de S. Paulo, chegou a ser revelado em pesquisa do Ipea, de 2014: 26% dos entrevistados consideram que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Mais recentemente, a revista Veja elogiou a mulher do presidente interino Michel Temer, Marcela, entre outros atributos por ser “recata”. O que causou críticas e sátiras nas redes sociais. Ora, não se trata de criticar a primeira-dama interina – afinal, todos têm o direito de ser o que são. Como diria o mestre Caetano Veloso, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. O que não se pode, porém, é colocar o recato como um padrão ideal a ser seguido pela população feminina. Mulheres são vistas pelos homens como objetos sexuais e não como seres humanos que têm o direito de se vestir e andar como bem entendem. Esse é o real motivo que as tornam vítimas de atos de barbárie. Um ponto positivo é que a terrível experiência da jovem carioca provocou repúdio nas redes sociais e levantou revelou a chamada “cultura do estupro”. Já passou da hora de expurga-la de nossa sociedade. Cláudia Santos

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Para voltar a ouvir

O implante coclear é um recurso da medicina que tem permitido a pessoas com problemas graves de audição ter a felicidade de voltar a ouvir. Trata-se de um dispositivo que não amplia o som como os aparelhos para a surdez convencionais, mas substitui as células auditivas danificadas, estimulando diretamente o nervo responsável pela audição. Ele é implantado por meio de uma cirurgia. Possui uma porção externa, acoplada logo atrás da orelha, e uma porção interna, que é colocada dentro da orelha do paciente. Segundo a otorrinolaringologista Patrícia Santos do Hospital Agamenon Magalhães, sua indicação abrange diversos critérios, mas em linhas gerais pode ser usado por pessoas com perda auditiva severa a profunda, com problemas de audição bilateral (nas duas orelhas) e que não conseguem ter resultados satisfatórios com os aparelhos auditivos convencionais. "Em bebês, o diagnóstico é feito durante o teste da orelhinha", informa a médica. O exame consiste na colocação de uma espécie de fone acoplado na orelha da criança que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas dadas pelo bebê. Se ela der negativa, já é possível a colocação do aparelho. Segundo Patrícia, a intenção é realizar cirurgias em crianças que ainda não falam para que sejam estimuladas desde cedo. "Nosso intuito é fazer o Assim, a criança vai falar tudo no futuro. É como ela não tivesse nenhum problema de audição. Se for mais tarde, a dificuldade é bem maior", afirma. Apesar de ter passado da idade ideal para realizar o procedimento, Lucas Coelho Diniz, de 4 anos, já colhe os frutos da cirurgia. O pequeno fez a intervenção em fevereiro, mas, de acordo com mãe Rosiane Coelho, a melhora já é visível. "Apesar do pouco tempo de cirurgia, ele já nos entende e também já conseguimos entender o que ele quer. A principal melhora foi na convivência com todos, porque é bem complicado viver com alguém,mas não saber o que ele quer e ele também não saber o que estamos falando ou sentindo", diz. Mas não são só as crianças as contempladas com o implante. Adultos e idosos também podem se beneficiar. Foi o caso de Enoque Martiniano da Silva, de 47 anos. "Eu ouvia normal, mas, aos poucos, comecei a perder a audição, até o momento que percebi que eu não estava escutando bem. Fui ao hospital, os médicos me examinaram e viram que eu tinha algo chamado de 'perca em rampa'. Perdi cerca de 67% da capacidade auditiva", conta Enoque. "Estou usando o implante coclear desde o início de 2015. Eu usava o aparelho auditivo desde 2010, mas ele não resolveu o problema. O implante, por outro lado, melhorou muito minha dificuldade", completa. Entretanto, para quem pensa que o retorno da audição é instantâneo, Enoque faz uma ressalva. "Ele funciona, mas quando saí da sala de cirurgia pensava que já estaria ouvindo tudo, mas não ouvi nada. Porque requer um tempo até colocar o aparelho, fazer alguns ajustes e exames também. A partir do momento que o aparelho é ligado, a audição retorna 100%", afirma. Enoque conta que a interação com as pessoas, após a cirurgia, melhorou. Apesar de já utilizar aparelho há mais de um ano, a adaptação ainda não está concluída. "Existem diversos locais que eu desligo o aparelho, porque o barulho incomoda mais a quem não escuta. Quem tem audição vai se acostumando com o barulho desde o momento do nascimento. Eu não sou assim", comenta. "Tenho me acostumado novamente com os sons desde o início de 2015. Preciso desligar o aparelho para dormir, então cada amanhecer é um novo aprendizado", explica. "Toda vez que ligo o aparelho vem uma explosão de sons. Minutos depois, acabo entrando no ritmo normal, aí já não incomoda tanto", relata.

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Encontro de carros antigos no Paiva

Neste sábado (28), a Reserva do Paiva vai receber um evento especialmente para os amantes dos carros. Realizado pelo Empório Gourmet, o 1º Encontro de Automóveis Antigos da Reserva do Paiva reunirá colecionadores do Clube de Automóveis Antigos de Pernambuco (Caape), considerado o maior do Nordeste. A exposição tem início marcado para as 10h. A entrada é gratuita. Para o evento, os expositores do Caape vão se reunir às 9h na Praça de Casa Forte e, em seguida, na Praça do Derby, de onde partirão em desfile até o Paiva. Chegando lá, os carros ficarão expostos até às 16h. Durante o Encontro, o público poderá ver e conhecer verdadeiras raridades automobilísticas nacionais e importadas produzidas entre as décadas de 20 e 80, como o Chevrolet Bel Air, Ford 29, Opala e Dodge Dart. Além da exposição, o evento também contará com um espaço kids gratuito para as crianças brincarem durante todo o dia enquanto os pais apreciam os automóveis. SERVIÇO: 1º Encontro de Automóveis Antigos da Reserva do Paiva Endereço: Avenida A, n.4616, quadra G1, Lote 1A, Reserva do Paiva, Cabo de Sto Agostinho. Domingo, 28 de maio, das 10h às 16h Entrada Gratuita Informações: (81) 3102-1062

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Poeta Bráulio Bessa no Teatro Guararapes

  Poeta cordelista, integrante do elenco de convidados fixos do programa global Encontro com Fátima, Bráulio Bessa está no Recife  para ministrar hoje a palestra-show "O Jeito Arretado de Empreeender" no Teatro Guararapes. O evento é promovido pela Oficina de Palestras e Eventos. Bessa administra, no Facebook, o perfil Nação Nordestina, com 1,270 milhão de seguidores, criado a partir do site homônimo. Além dos projetos em redes sociais – que incluem ainda os canais Nação Nordestina e Baião de Doidos no YouTube – e das participações no Encontro com Fátima"(no quadro batizado de Poesia com Rapadura), Bráulio roda o Brasil dando palestras motivacionais e sobre empreendedorismo. PERFIL O cearense Bráulio Bessa, 31 anos, é natural de Alto Santo, no Ceará. Escritor e cordelista desde os 14 anos de idade, usou a internet para promover um regate do cordel pelas redes sociais por meio do projeto Nação Nodestina. Mantém canal no YouTube e perfil no Facebook, com quase 1 milhão e 300 mil seguidores. Atualmente, é do elenco fixo do programa Encontro com Fátima, apresentando o quadro Poesia com Rapadura, no qual declama seus versos de poesia matuta e cordel, exaltando os valores e costumes do nordestino. Ministra palestras por todo o Brasil, atraindo um público variado, de estudantes e donas de casa a empresários dos mais diversos segmentos. Recentemente, foi o primeiro cearense convidado pelo Facebook Brasil para ministrar palestra em sua sede. SERVIÇO: PALESTRA-SHOW: O JEITO ARRETADO DE EMPREENDER – COM BRÁULIO BESSA. Dia 24/5, às 20h30, no Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco, Complexo de Salgadinho, Olinda. Ingressos: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada), à venda na bilheteria do teatro, pelo site Eventick e nas lojas La Camiseria e Ticket Folia dos shoppings RioMar, Tacaruna, Recife e em quiosque no Shopping Boa Vista.

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A importância das taças e copos (Por Rivaldo Neto)

Muito se fala de como devemos beber uma cerveja ou vinho. Esses dois tipos de bebidas fermentadas têm um lado comum. Do vinho muito já se falou. E de cervejas? A importância das taças, copos, canecas e “pints”? Não é necessário ser um conhecedor profundo para entender os seus valores estéticos e funcionais. Assim como vinho, cerveja também necessita desse universo. Uma diferença básica é que para vinhos, a taça de cristal é item obrigatório para preservar as suas características. Pra cerveja é mais “solto”, não há uma necessidade de ser de cristal ou um vidro mais nobre. É importante, frisar que 60 a 80 por cento do gosto das cervejas é determinado pelo olfato, sendo assim, tomá-las nos copos corretos, irá proporcionar aos amantes cervejeiros, experiências mais gratificantes e prazerosas. O formato é realmente um diferencial, isso conta muito, pois dará o toque certo na carbonização e graduação. Existem muitos tipos de copos, mas vamos aos mais comuns. Para cervejas de trigo, ideal é um copo longo com uma largura maior no topo para a espuma da Weizen, geralmente cervejas nesse estilo vêm em garrafas de 500ml. No Brasil as cervejas mais consumidas são as chamadas Pilsers e agora as Lagers também vêm ganhando cada vez mais adeptos e já são responsáveis por uma grande fatia no mercado. O copo que chamamos de “tulipa” possui uma diferença sutil para esses dois estilos. o Pilsner tem a boca mais larga, enquanto o de Lager tem a boca levemente fechada. As calderetas comumente vistas em choparias é usada para se tomar English e American Ales e também para algumas lagers escuras e IPAs (Indian Pale Ale). Os copos estilo Pint, ideal para as Bitter e as Stouts, são populares em Pub’s ingleses e que comportam uma boa quantidade de cerveja, em torno de 430ml. Possuem um formato simples com um anel no topo, contendo uma boca bem maior que a base. Um detalhe curioso do anel dos Pints é que os mesmos foram incorporados por volta de 1960 para facilitar o empilhamento de copos, evitando que eles ficassem presos e quebrassem. As Goblets, têm como diferencial uma haste mais longa, para evitar o aquecimento do líquido pelas mãos, e que são ideais para serem usadas quando estamos tomando cervejas Trapistas, também conhecidas como “Cervejas de Abadia”, que são cervejas feitas sob supervisão de monges, e que assim garantem as suas origens monásticas que só esse estilo possui. Então não nos façamos de rogados, se vamos curtir uma boa cerveja, que seja da forma mais correta, isso com certeza vai fazer a diferença para que possamos aproveitar essa bebida secular, tão admirada no mundo todo! Um brinde! *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet na horas vagas

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Moinho do Recife será leiloado

A Bunge Brasil, uma das maiores empresas de alimentos e agronegócio do País, acaba de colocar à venda dois de seus ativos, um Moinho e um Armazém, localizados próximos ao Marco Zero, no Recife Antigo. A comercialização dos imóveis é realizada por meio de um leilão eletrônico, que se encerrará no dia 23 de junho, às 14h. O lance inicial é de R$ 10 milhões e as ofertas podem ser feitas no site www.superbid.net . Segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, Pernambuco é um Estado estratégico para a Bunge, que mantém suas atividades na região, atendendo a todos seus clientes normalmente. No Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca/PE, a empresa possui duas unidades: uma fábrica de margarinas e óleos, inaugurada em 1990, e um moinho de trigo, instalado em 2009 com investimentos de R$ 165 milhões, considerado, de acordo com a Bunge, um dos mais modernos da América do Sul. "A história da Bunge em Pernambuco teve início em 1914, com a aquisição desse moinho de trigo, no Recife. Agora, com a venda do ativo, esperamos que os prédios continuem a ser preservados e permaneçam como símbolo histórico da cidade", afirma Francisco Ganzer, diretor de Trigo & Ingredientes da Bunge Brasil. Hoje, a empresa possui liderança nacional no segmento de panificação, com a produção de farinhas de trigo e misturas para a indústria de alimentação e panificação. "Optamos em investir na mudança do moinho para Suape, uma vez que o Recife Antigo, com seus prédios e ruas históricas, tem hoje vocação turística e não comportava mais uma operação industrial", conclui Ganzer. Atualmente, a Bunge conta com oito moinhos de trigo localizados de norte a sul do País: Suape (PE), Brasília (DF), Santa Luzia (MG), Rio de Janeiro (RJ), Tatuí (SP), Santos e Pacífico (SP) e Ponta Grossa (PR). Serviço: Leilão Eletrônico: Conjunto de edificações do antigo Moinho Recife – Prédio do Moinho e Armazém Prazo de encerramento: 23 de junho, às 14h Site: www.superbid.net Armazém: Terreno: 3.580,00 m2 / Construção: 3.588,00 m2 Prédio do Moinho: Terreno: 5.096,44 m2 / Construção: 24.621,65 m2

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