Claudia Santos - Página: 136 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Mostra Literária no Plaza neste fim de semana

Para os apreciadores de livros um bom programa para os próximos finais de semana é a feira de livros “Passeio Literário” que o Plaza Shopping recebe em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) nos dias 21, 22 e 28, 29 de maio. O visitante terá direito a participar de conversas com autores durante lançamentos, palestras, apresentações teatrais, além de uma diversificada programação infantil. A entrada é gratuita e o evento ocorre no Piso L3 do Plaza. A abertura acontece no neste sábado (21) às 15h, com o grupo de teatro Literatrupe apresentando o espetáculo “Pernambuco Terra da Poesia”, um recital de obras de poetas pernambucanos. Em seguida, a música brasileira é tema de um bate papo com o escritor Renato Phaelante e um músico convidado, mediado por Tarcísio Pereira. A programação segue com Delmo Montenegro e Eduardo Diógenes numa roda de diálogos sobre o poeta pernambucano Sebastião Uchoa Leite. As atividades do dia se encerram com o lançamento da obra completa de Sebastião Uchoa Leite, no livro “Poesia Completa”, com prefácio de Frederico Barbosa, e editado pela Cosac Naif e Companhia Editora de Pernambuco. Haverá ainda, o lançamento do livro “Cronomáticas e outros Contos”, de José Alfredo Santos Abrão. O domingo (22) é o dia dedicado às crianças. O Passeio Literário abre às 15h com show de mágica e contação de história do livro “O Coelho sem Cartola”, com o mágico Rodrigo Lima. Das 16h às 18h uma sucessão de conversas com autores, debates sobre livros e contação de histórias vão prender a atenção da garotada. Para começar, Sissi Loreto narra a história do livro “O computador que queria ser gente” com a ajuda do seu autor, Homero Fonseca. Para quem gosta ou não gosta de matemática, está aí uma oportunidade de desvendar os seus mistérios e até dar risadas das historietas vividas ou atribuídas a gênios da matemática. É o momento de Décio Valença Filho conversar sobre o seu livro, “Subversões matemáticas”, que traz jogos, quebra-cabeças e outras brincadeiras que utilizam a matemática e o raciocínio lógico. Para encerrar o domingo, e o primeiro fim de semana da feira de livros, uma roda de diálogos com os autores infantis Maria Amélia Almeida, escritora da “A Casa Mágica”, Luzilá Gonçalves, autora do livro “A Cabra Sonhadora”, e Itamar Morgado, da obra “Bia Baobá”, que falarão sobre o universo de suas obras.   SEGUNDO FIM DE SEMANA - No sábado (28), o “Passeio Literário” vai oferecer uma programação especial sobre histórias da cidade do Recife. As atividades começam com uma mesa redonda com o autor Alexandre Furtado, do livro “De ruas e inti-nerários” e a escritora Ana Maria César, da obra “Último Porto de Henrique Galvão”. O público também poderá participar de uma roda de diálogos com o escritor José Luiz Mota Menezes autor do livros “Mobilidade Urbana no Recife e seus arredores” e “Ruas Sobre às Águas: As Pontes do Recife”, sobre histórias e lendas da cidade. O debate ainda contará com a participação especial da escritora Luzilá Gonçalves. No domingo (29), o grupo “Literatrupe” volta a encenar o espetáculo, “Pernambuco Terra da Poesia”, abrindo a tarde. Das 16h às 17h o tema central da programação será Dom Helder Câmara. Os jornalistas Teresa Rozowykwiat e Félix Filho participam de roda de diálogos sobre livros que falam das ideias e da importância história do arcebispo. E para encerrar a programação, será promovida uma mesa redonda com Zildo Rocha, autor do livro “Daniel Lima Visto por Ele”, que retrata a vida do padre ligado a ala progressista da Igreja Católica, voz das Ligas Camponesas e amigo de dom Helder Câmara e Paulo Freire. TROCA-TROCA DE LIVROS – Durante todos os dias do Passeio Literário, os visitantes poderão participar de troca-troca de livros. Para as crianças, a cada três livros infantis trocados a pessoa ganha 20% de desconto na compra de livros novos da Cepe. E para o público adulto, a cada dois livros trocados a pessoa recebe um voucher com 20% de desconto na compra de livros novos da Cepe. A ação acontecerá durante todos dias do evento, das 15h às 20h, também no Piso L3 do mall. Para o diretor presidente da Cepe, Ricardo Leitão, o Plaza Shopping é mais que um diversificado centro de compras, também se transformou em local de convergência de lazer e cultura para a população da Zona Norte do Recife. “É fundamental realizar um evento literário como este. A Cepe tem grande satisfação em participar dessa iniciativa, contribuindo para disponibilizar aos frequentadores do Plaza, livros e debates literários de qualidade. É fundamental essa parceria cultural em benefício dos recifenses, dos pernambucanos e, de modo geral, de todos que mergulham no mundo mágico da leitura”, destacou Leitão. SERVIÇO: Passeio Literário Dias 21, 22 e 28, 29 de maio das 15h às 20h no Piso L3 do Plaza. Entrada  gratuita. Informações: www.plazacasaforte.com.br. PROGRAMAÇÃO 21/05 – Sábado: 15h - Espetáculo: "PE Terra da Poesia" (Literatrupe) 16h - Conversa com Renato Phaelante (música brasileira) 17h - Conversa sobre a obra de Sebastião Uchoa Leite 18h - Lançamentos: "Poesia Completa", de Sebastião Uchoa Leite e "Cronomáticas e outros contos" de José Alfredo Abrão 22/05 – Domingo: 15h - Mágica e leitura: "O coelho sem cartola", com Rodrigo Lima 16h - Leitura e brincadeiras: "O computador que queria ser gente" 17h - Matemática divertida: conversa com Décio Valença 18h - Troca-troca de livros: 3 livros infantis = 20% de desconto em livros novos da Cepe 19h - Autores de livros infantis 28/05 – Sábado: 15h - Conversa com Alexandre Furtado e Ana Maria César sobre o Recife e sua Poética 16h - Troca-troca de livros: 2 livros = 20% de desconto em livros novos da Cepe 18h - Conversa com Luzilá Gonçalves e José Luiz Mota Menezes sobre as lendas do Recife. 29/05 – Domingo: 15h - Espetáculo: "PE Terra da Poesia" (Literatrupe) 16h - Conversa com Tereza Rozowykwiat e Félix Filho sobre Dom Hélder Câmara 18h - Conversa com Zildo Rocha e Lourival Holanda sobre o padre-poeta Daniel Lima

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Cresce a compra de imóveis em Portugal por brasileiros

Em 2015, os brasileiros foram responsáveis pela comercialização de 41% dos imóveis ofertados no mercado português, de acordo com a Associação dos Intermediadores Imobiliários de Portugal.  A proximidade cultural e o Golden Visa – visto adquirido por estrangeiros que compram imóvel em Portugal pelo valor mínimo de 500 mil euros – são algumas vantagens que têm atraído os brasileiros ao país europeu. O visto é conhecido como Autorização de Residência Especial para Investimento (ARI) e com ele os compradores de imóvel ganham o direito de livre circulação pelos países da União Europeia.  Após seis anos é possível solicitar a cidadania portuguesa. O crescente interesse dos brasileiros em adquirir imóveis na terra de Fernando Pessoa estimulou a empresa pernambucana Direct Imóveis - Portugal, em parceria com a imobiliária portuguesa Consultan, a comercializar no Brasil imóveis situados em Lisboa. Nestas quinta e sexta-feira (19 e 20) os próprios dirigentes das duas empresas farão apresentação dos pré-lançamentos para as pessoas interessadas em reuniões privadas. O agendamento pode ser feito pelo número  99353-4398. Recife é a primeira localidade do País a receber a ação das empresas do setor imobiliário. O objetivo das reuniões, segundo a Direct, é mostrar as oportunidades e os incentivos que a capital portuguesa oferece aos estrangeiros, a exemplo do programa Visto Gold. Os bons indicadores de crescimento da economia - o PIB português cresceu 1,5% em 2005 - e a língua em comum são algumas das vantagens encontradas em Portugal que têm atraído cada vez mais empresários e investidores brasileiros que buscam estabilidade política e econômica, além de qualidade de vida no padrão europeu. O país é uma ponte direta com o Brasil, contando com 72 voos semanais. Outro fator que tem inserido Portugal no radar dos investidores brasileiros são as ofertas do mercado imobiliário, com valores mais atrativos do que os demais destinos da Europa.

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A paralisia da Câmara

Em meio à profunda crise política e econômica que assola o País é assustador o comportamento dos deputados federais. Embora haja medidas que precisam ser votadas urgentemente, os parlamentares da Câmara Federal não realizaram a votação de um único projeto sequer desde o dia 5 deste mês, quando Eduardo Cunha foi afastado da presidência da casa. A inoperância se deve à recusa de vários parlamentares em aceitar Waldir Maranhão (PP-MA) na presidência interina da Câmara. Ontem ele foi impedido de presidir a sessão em meio a gritos de “fora, fora” emitidos pela bancada do DEM e PSDB que pedem a sua renúncia. Pesa sobre Maranhão acusações de ser aliado de Cunha e estar ali a mando do deputado afastado, além de atuar como funcionário fantasma da Universidade Federal do Maranhão. Há ainda o fiasco da sua atitude no último dia 9, quando anulou a decisão da Câmara pelo impeachment da presidente Dilma e horas depois voltou atrás da decisão. Maranhão mantém-se firme em continuar na presidência interina. Setores da oposição afirmam que a única forma de afastá-lo seria cassar Cunha. Só assim será possível realizar novas eleições para o cargo. Enquanto isso, o País assiste num misto de estupefação e revolta, a paralisia dos trabalhos na Câmara Federal. Justamente num momento em que o tempo é fator essencial para a resolução de problemas graves que afetam a sociedade. Sem contar o mico que nós, brasileiros, enfrentamos de ver a imagem do Brasil detonada pelo jornal The New York Times que chamou o legislativo tupiniquim de “circo”. Mas para a população em crise, hoje não tem marmelada, não tem não senhor. Por Cláudia Santos

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Criança gordinha pode virar adulto obeso

A epidemia da obesidade atingiu também a infância. Virou rotina nos consultórios pediátricos crianças com doenças causadas pelo aumento de peso e que até então só acometiam adultos, como diabetes tipo 2, hipertensão, gordura no fígado. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009, realizada pelo IBGE, demonstra a diminuição nos níveis de desnutrição e aumento do número de crianças e adolescentes com excesso de peso nos últimos 35 anos no Brasil. Na região Nordeste, a pesquisa revelou que 28,15% de brasileiros entre 5 e 9 anos e 16,6% entre 10 e 19 anos estão obesos ou com sobrepeso. O que é um perigo porque são altas as chances dessa garotada “brigar com a balança” também na fase adulta. Vários estudos mostram que uma criança gordinha tem risco maior de permanecer com problemas de obesidade quando adulta. “É como se o seu corpo passasse a ser programado para produzir células de gordura em grande quantidade e, mesmo que entre na fase de crescimento, terá dificuldade para emagrecer”, explica Taciana Schuler, endocrinologista pediátrica. O problema começa ainda quando se é um feto na barriga da mãe. Uma gestante obesa, que come em demasia tem grandes chances de ter bebês acima do peso, que terão essa programação metabólica desencadeadora da obesidade. Assim como ocorre com gente grande, o estilo de vida é o principal vilão da criançada. Afinal, décadas atrás, os pequenos brincavam na rua, não comiam muito produtos processados, nem ficavam horas diante das telas da tv, de computador ou celular. As mães não trabalhavam fora de casa e tinham tempo para fazer as refeições. Os tempos mudaram e o gosto das crianças por alimentos também. Na verdade, nosso paladar é formado até os 2 anos de idade. Portanto, se a garotada não está acostumada a comer frutas, legumes e verduras desde pequena dificilmente vai achar esses alimentos gostosos quando crescer. As escolas têm sua parcela de responsabilidade. “Nas cantinas dos colégios particulares não há muita preocupação com alimentação de qualidade, alguns chegam até ter uma lanchonete de fast food”, espanta-se Taciana. “Nas escolas públicas o problema é que a merenda é como se fosse um almoço. Essa ideia surgiu quando havia muitos estudantes desnutridos, mas hoje a situação mudou”, alerta a médica. “Por isso, os alunos que já almoçaram em casa vão para a escola e almoçam novamente com muito carboidrato, pouca vitamina e proteína”, critica a endocrinologista, que defende a criação de políticas públicas para orientar os colégios. Instituições de ensino também pecam por não darem o devido valor à educação física. “Muitas vezes é apenas uma aula por semana e muitas dão uma parte teórica e muito pouco prática. Os estudantes ficam sedentários, não se estimula a consciência da necessidade de se exercitar”, adverte Taciana. Diferenças Tratar a obesidade na infância tem suas particularidades. Como estão em crescimento, as crianças não podem ser submetidas a dietas rígidas. Elas também possuem um metabolismo mais acelerado que ajudam no processo de emagrecimento. Até o momento não há medicações de uso pediátrico para a obesidade, porque é difícil testar o efeito dos remédios nas crianças. A cirurgia bariátrica é realizada somente a partir de 16 anos. Por isso dieta e exercícios físicos são o arsenal terapêutico utilizado. E para que dê resultado é imprescindível a colaboração dos pais. “Muitos deles também têm alimentação pouco saudável e acabam transferindo o exemplo para os filhos. É importante que passem a se alimentar bem para que as crianças os imitem”, recomenda a endocrinologista. Os adolescentes são um caso à parte. Como estão em fase de afirmação e de se distinguirem da imagem dos pais podem colocar obstáculos para fazer dieta. “Nesse caso, a alternativa é apelar para a vaidade para conseguir convencê-los”, aconselha Taciana. Eduarda Araújo, de 12 anos, é uma das pacientes da médica que já sente os efeitos do tratamento na sua vaidade. “Ela é muito moça e de repente ficou com 26 quilos a mais do ideal para seu peso e altura. Não encontrava roupas bonitas para se vestir”, conta a mãe, Socorro. Com dieta e atividade física, Eduarda já perdeu sete quilos em sete meses. “Antes ela só usava short e camiseta, agora já comprou saia, está toda feliz, se arruma”, comemora Socorro. Para conquistar essa felicidade, mãe e filha tiveram que fazer algumas mudanças. “Eu gostava de doces e ela também. Deixei de comprar biscoito, leite condensado”, conta Socorro. O fast food foi substituído por sanduíche de pão integral com queijo e suco, o lanche da escola ela leva de casa, e passou a ter o hábito de tomar o café da manhã. “No início foi difícil porque eu não estava acostumada a comer esses alimentos, mas depois de uma semana não estranhei mais”, revela Eduarda, que também passou a malhar. “Eu já fazia natação, agora faço também sapateado duas vezes por semana. É muito legal”, comemora.

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A questão fiscal (maio/2016)

Quando uma família gasta mais do que a soma dos rendimentos dos seus membros ela incorre em déficit. Estando no vermelho, essa família pode recorrer a empréstimos para cobrir a diferença e/ou buscar reduzir drasticamente suas despesas ou ainda, se possível, trabalhar mais para elevar a renda familiar. Caso não faça nenhum ou pouco esforço para gastar menos ou se não puder ganhar mais por conta de um mercado de trabalho adverso, a família cobrirá seus gastos com empréstimos pagando juros altos, especialmente se recorrer ao cheque especial. Se insistir na prática do endividamento, essa família vai parar nos limites de crédito oferecidos pelos bancos ou vai pagar juros cada vez mais altos por conta do risco de, eventualmente, não saldar o débito. Além disso, ninguém vai querer ser parceiro de uma família endividada para nenhum negócio por medo de que ela não venha honrar seus compromissos. Os encargos da dívida (juros, correção monetária, multas etc.) irão ganhando espaço nas despesas da família e a relação entre o total da dívida e a renda da família irá se elevar rapidamente. Eventualmente essa família será financeiramente insolvente, tendo que se desfazer de patrimônio, se tiver algum, para pagar o que deve. Em tese essa família deveria gastar menos do que ganha e fazer uma poupança para pagar a dívida e seus encargos. Isso faria com que a relação entre o total da dívida e a renda familiar caísse e, eventualmente se estabilizasse. Essa descrição – guardadas as devidas proporções e conceitos – aplica-se ao caso brasileiro que está enfrentando uma grave crise fiscal. De fato, o descontrole das contas públicas está no cerne dos problemas econômicos enfrentados pelo Brasil. O desajuste fiscal gera inflação, eleva os juros, compromete a provisão de serviços públicos essenciais, abocanha parte da poupança do setor privado e trava os investimentos públicos – por falta de recursos – e privados, pois gera incerteza entre os empresários sobre a solvência financeira do País. Além disso, o setor privado não aceitará um parceiro para investimentos que esteja altamente endividado e que, eventualmente, possa se tornar insolvente. O fato é que por muitos anos o Brasil vem apresentando taxas de crescimento do gasto público acima do crescimento do PIB. Gasta-se mais do que se arrecada, daí decorrendo a necessidade de se endividar para cobrir a diferença. Quando isso ocorre o Estado brasileiro é obrigado a pedir dinheiro emprestado às pessoas, às empresas, aos bancos e aos fundos de investimento, nacionais e estrangeiros. Para tanto o Tesouro Nacional emite títulos da dívida pública que são remunerados com juros acrescidos da variação na inflação oficial ou da variação de outros indexadores. Para que o mercado os adquira, assim emprestando dinheiro ao governo, é necessário não só que os juros sejam atrativos e que se situem acima da inflação, mas que sejam também seguros, isto é, que o valor aplicado originalmente mais os encargos sejam, de fato, pagos pelo governo na data do resgate ou, fora dela, no dia em que o credor decidir recuperar o que aplicou de volta. Portanto, tem que haver segurança de que o dinheiro emprestado pelo credor seja pago pelo devedor, ou seja, pelo Tesouro Nacional. O grau de segurança do pagador é medido pelas agências de rating, sendo a melhor certificação a do grau de investimento, status que o País perdeu recentemente. O governo deveria fazer uma poupança para pagar os encargos da dívida. Essa poupança é definida como a diferença entre receitas e despesas não financeiras, ou seja, o superávit primário. Quando a poupança é negativa, o governo tem que pedir mais dinheiro emprestado, o que significa rolar a dívida aumentado, assim, o seu estoque. O descontrole se manifesta tanto pelo crescimento do déficit primário quanto pelo aumento da relação dívida bruta-PIB. Esta é a essência do problema fiscal brasileiro. O País apresenta desde 2014 déficits primários sucessivos, inclusive previstos para 2016, e uma elevação da relação dívida bruta-PIB. O déficit nominal - a diferença entre o total das receitas e despesas - vem também se elevando como uma proporção do PIB. Essa diferença aumentou de 2,96% para 10,38% do PIB entre 2013 e 2015. Por sua vez o superávit primário de 1,72% do PIB, em 2013, transformou-se em déficit primário de 1,88% em 2015. E a relação dívida bruta-PIB elevou-se de 53,8% para 67,6% do PIB entre 31/12/2013 e 31/12/2015. Essa trajetória é insustentável podendo chegar, em 2018, a R$ 4 trilhões, cerca de 80% do PIB. O ajuste fiscal não é um fim em si mesmo, mas um meio para se retomar o crescimento econômico e continuar com os programas de proteção e de desenvolvimento social de que o País tanto necessita. Famílias e governos precisam ser financeiramente saudáveis para dar conta de suas responsabilidades e propiciar bem-estar para todos. O ajuste das contas públicas não é uma questão ideológica como muitos dão a entender. É uma questão financeira. Se assim não for entendido enfrentaremos dificuldades crescentes.

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O Brasil pós-impeachment (maio/2016)

O desafio do próximo governo é imenso. Tanto do ponto de vista da economia, quanto da política, quanto do restabelecimento da confiança cuja ausência impede os agentes econômicos de consumirem e de investirem, contribuindo decisivamente para o esfriamento da demanda e, em última análise, para a recessão que atormenta o País há pelo menos dois anos seguidos. Do ponto de vista da economia, uma condição indispensável para recolocação do País nos trilhos é a recuperação das contas públicas que passaram durante anos por uma desarrumação que se traduz nos dias que correm na inflação de dois dígitos, na recessão renitente e no desemprego recorde. Do ponto de vista da política, o desafio se traduz na montagem de um ministério e de uma maioria parlamentar os menos fisiológicos possíveis, capazes de formular e executar o ajuste fiscal conjuntural que permita destravar a economia e refazer o caminho da saída da recessão e da retomada do crescimento, ainda que em bases modestas. Um crescimento mais vigoroso só será possível com a realização das reformas e do ajuste fiscal estrutural que só o governo eleito em 2018 terá condições de fazer. Do ponto de vista da confiança, cujos indicadores apontam os níveis mais baixos da história, a retomada só ocorrerá se tanto a parte econômica quanto a política do desafio forem superadas. De um modo geral, pode-se dizer que o próximo governo será de transição e seu sucesso dependerá criticamente de dar certo logo no início. Não resistirá ao rame-rame tradicional da política brasileira. Se for mais do mesmo ou cai logo ou potencializará a nível inimaginável a incerteza e a desconfiança e cairá mais na frente. Se for bem sucedido, como precisamos, sua missão será arrumar a casa para entregar o governo minimamente organizado para o(a) próximo(a) presidente eleito em 2018. Curiosamente, nas especulações da imprensa sobre o novo ministério, nada menos do que 10 pernambucanos foram cogitados: Jarbas Vasconcelos, Romero Jucá, Mendonça Filho, Bruno Araújo, Raul Jungmann, Cristovam Buarque, Roberto Freire, Augusto Coutinho, Raul Henry, Fernando Coelho Filho. O que não deixa de ser uma evidência da nossa densidade política, muito necessária para o enfrentamento do cenário adverso que também nos aflige de forma muito intensa e do qual só vamos sair junto com o País.

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Superpoderosas (maio/2016)

Você está a dez mil pés. Seu time do coração joga, neste exato momento, a final do campeonato. Você teve um estressante dia de trabalho, na capital federal. Além disso, acima das nuvens, nada de wi-fi, muito menos TV. Você imagina a cena da bola estufando a rede do goleiro adversário, mas logo se dá conta de quão inconfiável é o ataque rubro-negro. Seu assento é o da saída de emergência. Isso mesmo! Aquele que não reclina. Você lembra das palavras da aeromoça, minutos atrás, com instruções sobre como abrir a porta em caso de necessidade. Você pensa em abrir a porta, mesmo sem necessidade. Essa ideia idiota logo lhe abandona. Você não consegue dormir, então pega papel e caneta. Dana-se a escrever. Tenta organizar a agenda do que resta da semana. Você anota que domingo é dia de almoçar com a família. Lembra que é Dia das Mães. E por falar em mãe, você volta a sentir-se culpado por ter, na noite anterior, bisbilhotado aquela mensagem que chegou no celular da mãe dos seus filhos, oriunda daquele grupo de Whatsapp do qual ela não permite que você participe. Mas você pensa em logo agradecer a Deus por ter se atrevido a mexer e por ter se deparado com uma confraria ultrassecreta de mulheres que se intitulam “superpoderosas”. E pensa como é apropriado o nome desse grupo. Praticamente uma seita. E como em toda a seita, o que impera são ideologias e conceitos divergentes dos sistemas dominantes. Nessa confraria ultrassecreta homem não entra, mas você entrou rapidinho. Só uma olhadinha. Lá, somente mães. Tão somente mães de pessoas com autismo. Ali trocam ideias, dividem suas aflições, compartilham sentimentos, frustrações, conquistas. Vibram com a vitória da outra. Estimulam o progresso dos meninos. Divulgam novidades. Tanta mensagem linda, você pensa. De apoio, de amizade. E você lembra o quão raro é o ombro amigo nos dias de hoje. E você descobriu que foi ótimo ter entrado ali e ter dado aquela espiadinha. E descobriu que há tanta força nessas mulheres. Há tanto amor entrega e dedicação. Tanta cumplicidade, bem querer, companheirismo. E é tão bonitinho ver que elas se referem aos filhos como “anjos azuis”. E você lembra que não é somente o fato de todas elas serem mães de pessoas com autismo que as une. Não! Você se dá conta de que há uma energia a mover esse barco onde juntas estão: o amor de mãe. O desejo, talvez inconsciente, de mudar tudo em volta, a sociedade mesmo. O esforço mútuo, contínuo, na tentativa de alterar o curso nada natural do rio. Então você passa a perceber, ainda mais, que a luta diária não é só pelo desenvolvimento dos seus respectivos rebentos. É pela mudança de mentalidade nos outros também. E você pensa em mil maneiras de gritar ao mundo a admiração que possui por essas meninas, mulheres, mães. E você agradece a Deus por existirem Milenas, Danielas, Andréas, Sílvias, Julianas, Cândidas. E você deseja que elas se multipliquem mundo afora. Então você percebe que está emocionado e que está chorando um pouco alto para quem está trancando numa lata velha voadora. E o gordo simpático sentado ao seu lado já está com o braço estendido a oferecer-te um lenço. E a aeromoça, aquela mesma que instruiu sobre a porta, pergunta se você está passando bem. E você tem uma vontade incontrolável de perguntar se essa porta, caso abrisse, nos levaria a um mundo melhor. De mais tolerância, respeito, inclusão, acessibilidade, acolhimento. E ao aterrissar você liga para a mãe dos seus filhos para perguntar o placar do jogo. Com voz doce e suave, ela responde que seu arquirrival foi o vencedor. Então você diz que a ama, que a admira profundamente e que já está com saudade. E antes de desligar você houve ela dizer: “endoidou de vez”. E você sabe que, mais uma vez, ela tem razão. Feliz dia das mães às superpoderosas!

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Nossa Senhora da Penha, a joia das nossas igrejas (maio/2016)

Neste nosso Arruando pelo Recife, vamos através do bairro de São José, em busca da Praça do Mercado, buscando uma visita à Basílica de Nossa Senhora da Penha de França, uma das joias de nossa arquitetura religiosa, recentemente restaurada pelos frades capuchinhos, sob a direção do frei Luís de França Fernandes. Construída entre 1869 e 1882 pelos capuchinhos franceses, instalados naquele local desde o ano de 1656, quando ergueram seu primitivo hospício, o suntuoso templo desperta as atenções de todos que se dirigem ao bairro singular do Recife. Sendo a única igreja da capital pernambucana em estilo coríntio, a basílica foi construída em forma de cruz latina, obedecendo a projeto arquitetônico do frei Francesco de Vicenza, entre 1869 e 1882, guardando uma certa semelhança com a Basílica de Santa Maria Maior, de Roma. As portas principais são entalhadas em madeira, com cenas bíblicas, apresentando seu frontispício dez imagens de santos esculpidas em mármore em tamanho natural. O conjunto possui duas torres finas laterais (40 m de altura) que ladeiam uma torre central (zimbório) sobre o qual se encontra uma imagem de Nossa Senhora da Penha, em bronze dourado e tamanho natural, dominando todo conjunto. Trata-se do maior templo do Recife (65,70 m de comprimento por 28,40 m de largura), distribuído em três naves sustentadas por grossas colunas de mármore italiano, que exibem sob sua cúpula central, nos ângulos destacam-se entre as arcadas, preciosos afrescos, únicos existentes no Brasil, pintados pelo artista Murillo La Greca (1899-1985), representando os evangelistas Marcos, Mateus, Lucas e João. Murillo La Greca, nascido Vicente La Greca, nasceu na cidade pernambucana de Palmares, em 1899, tendo falecido no Recife, em 5 de julho de 1985. Começou suas lições de pintura no Colégio Salesiano do Recife, seguindo depois, aos 18 anos, para o Rio de Janeiro e finalmente Roma. Voltando ao Brasil em 1926, veio consagrar-se como grande artista, ao conquistar vários prêmios no Salão Oficial de Belas Artes (1927) e a dividir atelier com Cândido Portinari. Já casado com a artista Sílvia Decusati (1936), depois de uma temporada na Itália, volta ao Recife para pintar os afrescos da Basílica de Nossa Senhora da Penha, representando os quadros evangelistas (3 metros altura), trabalho que concluiu em 1946 com auxílio de sua mulher. Continuando a nossa visita à Basílica de Nossa Senhora da Penha, extasiados diante do colorido do seu interior; mais parecendo-se com um imenso cenário pintado diante dos nossos olhos do que mesmo uma obra de arquitetura. Destaque especial para o conjunto de colunas em mármore a separar as três naves do templo, as pinturas do teto, detalhes aplicados ao coro e aos dois púlpitos, colunatas e altar-mor, com a escultura da padroeiras rica em detalhes, centralizando às atenções juntamente com a urna do Santíssimo Sacramento e as capelas laterais. Nos altares laterais, destaca-se o de Santo Urbano com sua imagem relicário contendo ossos, dentes e sangue do mártir, trazida de Roma em 1793. Na Basílica da Penha, chama a nossa atenção o túmulo do 17º bispo de Olinda, frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, nascido em També (1844) e falecido em Paris (1878), figura central da Questão Religiosa. Cumprindo determinações do Vaticano, Dom Vital interditou algumas irmandades do Recife que mantinham maçons em seus quadros. A questão com a maçonaria tomou vulto e, por desobediência às ordens do imperador, veio ele a ser preso em 2 de janeiro de 1874. Condenado a quatro anos de trabalhos forçados pelo Supremo Tribunal de Justiça, em 21 de setembro, é, porém, anistiado em 17 de setembro do ano seguinte. Seu mausoléu, projetado pelo arquiteto Giácomo Palumbo e esculpido por João Bereta de Carrara, foi inaugurado em 4 de julho de 1937. Trata-se de uma visita obrigatória para todos os que visitam a cidade do Recife, visto tratar-se de um dos mais belos templos católicos do território nacional.

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Por que é tão difícil emagrecer?

Quem enfrenta a batalha contra a balança sabe que não é fácil ter a felicidade de ver seus ponteiros em direção à perda de peso. Se você é um desses guerreiros, não perca as esperanças. Pesquisadores têm se debruçado sobre essa dificuldade de emagrecer e chegaram a resultados surpreendentes que podem ajudá-lo nessa luta. Estudos indicam que alimentos processados (industrializados e com aditivos artificiais) são tão viciantes quanto uma droga. Entendeu porque é tão complicado resistir à batata frita ou ao refrigerante? “São substâncias que levam à ansiedade e à compulsão de comer mais desses produtos”, explica a nutricionista do Hospital das Clínicas da UFPE Jerluce Ferraz. A irresistível vontade de comer doces também tem explicação. O açúcar, segundo o endocrinologista Ney Cavalcanti, aumenta no cérebro o nível de serotonina, substância que tem ação tranquilizadora. "Isso explica porque algumas pessoas sentem a necessidade de comer alimentos adocicados, quando submetidas a estresses”, esclarece o médico Nos anos 90 foram feitos estudos que lançaram por terra a concepção que basta o obeso ter força de vontade para emagrecer. Nessa época descobriu-se o hormônio leptina, responsável por enviar ao cérebro a sensação de saciedade quando estamos comendo. Ele, portanto, nos ajuda a reduzir a ingestão de alimentos. Mas pesquisadores surpreenderam-se ao descobrir o que parecia uma contradição: obesos possuem grande concentração de leptina. Acontece, porém, que neles o hormônio da saciedade é pouco sensível a sua atuação". “Também se constatou que ao emagrecer o obeso reduz a quantidade de leptina”, acrescenta Cavalcanti. A ghrelina é outra descoberta importante. Trata-se de um hormônio produzido pelo estômago que estimula o apetite. O curioso é que nas pessoas obesas a concentração hormonal da ghrelina é baixa, porém quando elas perdem peso, ocorre uma elevação. Com essas descobertas ficou fácil entender porque ocorre o efeito sanfona. “Quando o obeso emagrece fica com menos concentração de leptina (portanto demora a se sentir saciado e por isso come mais). Além disso, tem o apetite aumentado, porque o nível de ghrelina se eleva. Daí vem a dificuldade de manter o peso", diz Cavalcanti. “Ou seja, quando o gordo emagrece ele não vira um magro. Ele é ‘um gordo emagrecido’ propenso a voltar engordar”, distingue o médico. A obesidade provoca, ainda, alterações que prejudicam o funcionamento de outro hormônio, o GLP1, também responsável pela saciedade. “Ele é produzido no fim do intestino delgado e é estimulado pela quantidade de comida que chega a essa região”, esclarece Cavalcanti. “Como o intestino dos obesos é maior, o alimento demora mais de fazer esse percurso prejudicando a ação do GLP1”, acrescenta. Outra surpresa foi levantada em estudos apresentados no último Congresso Americano de Endocrinologia que rechaçaram a ideia de que fracionar refeições ao longo do dia emagrece durante. "Pesquisa compararam 2 refeições ao dia com 6 vezes, houve uma maior perda de peso e melhora metabólica no grupo de 2 refeições/dia" diz o endocrinologista Luiz Griz, professor adjunto da UPE. "Isso porque com o jejum prolongado há um aumento do GLP-1 (hormônio que diminui o apetite) e redução da ghrelina (hormônio que aumenta o apetite)" conclui. Por todas essas questões a obesidade é considerada uma doença multifatorial e das mais perigosas porque aumenta as chances de desenvolver outras patologias como: hipertensão, doença cardiovascular, níveis de colesterol e triglicerídeos elevados, diabetes, artrite e até câncer. Obesos também são acometidos por inflamações em todo o corpo. “Excesso de gordura produz substâncias pró-inflamatórias indesejáveis para a saúde”, alerta Jerluce, que também é nutricionista das clínicas Santevie e Coenzima. Se obesidade é uma doença, para tratá-la deve-se consultar um médico, no caso um endocrinologista. Abordagens mais recentes incluem consultas com nutricionistas e psicólogos. De antemão, é bom saber existem duas causas: a herança genética e o estilo de vida. Como não é possível interferir no DNA, pode-se modular com correção de hábitos errados adquiridos na vida contemporânea,como alimentar-se com comida industrializada (pobres em vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos) e o sedentarismo provocado pelas facilidades tecnológicas como o automóvel, o celular, o computador. Razões emocionais, segundo Cavalcanti, embora não causem a obesidade, podem ser um agravante. Que o diga a psicóloga Iana Araújo. Ela participa da equipe que atende pacientes a serem submetidos à cirurgia bariátrica (de redução de estômago) no HC. “Há pessoas que tiveram perdas marcantes, como a morte de um parente, e aliviam o sofrimento na comida”, exemplifica Iana. Outro agravante é a ansiedade. “Estudos mostram que só pelo fato de estar ansioso, o indivíduo pode engordar. Isso foi comprovado em pesquisas feitas após a Primeira e Segunda Guerras, quando as pessoas foram submetidas a uma grande carga de estresse”, embasa a psicóloga. Ser gordo também afeta o estado emocional em razão das dificuldades e dos preconceitos enfrentados. “A ansiedade e a depressão estão presentes pelo isolamento social e pelas limitações: é difícil para um obeso amarrar os sapatos, cruzar as pernas, passar na catraca, muitos não vão a eventos porque não encontram roupa que caiba”, detalha Iana. Saiba como tratar Segundo dados do Ministério da Saúde, quase 50% dos brasileiros estão com sobrepeso ou obesos. “Obesidade é uma epidemia mundial provocada por um padrão que que veio junto com a industrialização e o surgimento da alimentação processada”, analisa Jerluce. Por isso, quem quer emagrecer deve eliminar esses produtos da lista de supermercado, além de seguir um plano alimentar com comida natural e fazer exercícios físicos. Mas nem todo obeso chega ao peso ideal com essas medidas, em razão das dificuldades já mencionadas relacionadas ao funcionamento dos hormônios. Menos de 10% deles conseguem emagrecer com a mudança de hábitos. Nesses casos, uma das alternativas é o tratamento com medicamentos. “São medicações que foram aprovadas pela agência norte-americana FDA (Food and Drug Administration) tendo como critério reduzir acima de 5% do peso em pelo menos três meses. Nesse patamar o medicamento já oferece benefícios como melhora do nível de glicose e redução da pressão arterial”, explica Griz. O tratamento medicamentoso é associado à dieta e atividade física e está indicado para pessoa com IMC (índice de

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Problema auditivo pode desencadear depressão

Um estudo realizado com idosos, feito pela Universidade Johns Hopkins (EUA), constatou uma relação entre perda auditiva não tratada e problemas de saúde física, emocional e mental. Entre os idosos com perda auditiva não tratada, 32% haviam sido hospitalizados, 36% tinham uma probabilidade maior de sofrer danos nos próximos dez anos e 57% estavam mais suscetíveis a sofrer depressão. "O fato do idoso não conseguir ouvir bem faz com que se isole para não correr o risco de passar por situações constrangedoras. Este tipo de comportamento torna-se uma rotina e pode ter como consequência a depressão", diz fonoaudióloga Andréa Abrahão, Diretora Técnica da rede de reabilitação auditiva Direito de Ouvir. O apoio dos amigos e familiares é extremamente importante, pois motiva a procura por ajuda médica e o inicio do tratamento. "Graças ao avanço da medicina e da tecnologia, hoje é possível uma pessoa com mais de 60 anos ter uma qualidade de vida excelente. Basta consultar um especialista e estar disposta a receber o tratamento mais adequado", afirma Andréa." A perda auditiva está entre os problemas mais comuns para os idosos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acomete um terço da população acima de 65 anos e metade daqueles com mais de 75 anos. "Apesar de ser uma consequência natural que a população idosa enfrenta, existem alguns fatores que podem contribuir para o agravamento do problema e dificultar o tratamento", explica a fonoaudióloga. Segundo a especialista, é importante que o idoso procure ajuda assim que perceber que não está ouvindo bem, pois quanto antes for diagnosticada a deficiência auditiva, menores serão as consequências do problema. Quem protela o problema fica mais exposto a doenças secundárias, como a depressão, e se priva de manter uma convivência plena com as pessoas, o que seria facilmente resolvido através da reabilitação auditiva. Para a maioria dos casos de perda auditiva é recomendado o uso de um aparelho auditivo. Casos de surdez mais grave são tratados com implante coclear.   Sinais de perda auditiva Idosos e familiares devem estar atentos aos primeiros sintomas de perda auditiva. Sinais mais comuns: a pessoa começa a ouvir a televisão mais alta, tem dificuldade de falar ao telefone, se perde nas conversas e pede que perguntas sejam repetidas, procura isolamento.  

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