Claudia Santos – Página: 138 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Claudia Santos

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Nesta eleição o discurso político vai prevalecer

O pensamento dialético e o talento para escrever levaram José Nivaldo Júnior a uma vida agitada: ainda muito jovem foi diretor do jornal Região, em Surubim, e chegou a ser detido no fórum da cidade por uma matéria publicada; participou de ações da luta armada, conheceu a ira dos homens de Fleury no Dops, realizou campanhas para candidatos de diferentes ideologias e hoje é membro da Academia Pernambucana de Letras. Veja mais detalhes desse irrequieto jornalista, publicitário e escritor na entrevista que segue. Você nasceu em Surubim? Eu fui feito em Surubim, criado em Surubim, mas nasci no Recife. O meu pai e minha mãe foram para Surubim. Ambos eram médicos. Como não havia maternidade e meu pai para não ficar com a responsabilidade do parto, decidiu levar minha mãe para o Recife. Era julho, inverno, as estradas ficavam intransitáveis. Fica-se oito dias sem ter condições de passar um carro. Aí minha mãe veio um pouco antes e nasci no Recife. Pouco tempo depois, voltei para Surubim. Eu me considero – apesar de ter nascido no Recife, amar esta cidade e ter escolhido viver aqui – surubinense porque minha infância foi lá. Como foi sua infância? Até meus 10 anos de idade, não tinha luz elétrica em Surubim. O que tinha era um motor de luz, que era ligado às 5 horas da tarde e desligado às 10 da noite, o resto do tempo era sem energia. Não tinha água encanada, além de não ter estrada asfaltada. Às vezes para irmos ao Recife ou a Limoeiro era uma aventura. Atravessávamos riachos cheios, parávamos para esperar a cheia do riacho descer. Usando uma expressão antiga de Aldemar Paiva, “no inverno as estradas eram muito lamurientas e no verão eram muito pueris”. (risos) É verdade que você iniciou no jornalismo aos 10 anos? Sempre tive uma inclinação para de escrever. A minha casa era de intelectuais. Minha mãe era poetisa, nunca publicou, mas sempre escreveu. Meu pai não era tão refinado, mas era algo mais popular. Ele sempre estudou muito e leu muito. Então, minha casa era uma verdadeira biblioteca. Tínhamos toda literatura do Brasil atualizada, toda a obra de Eça de Queiroz, por exemplo. Eu vivia naquele ambiente convivendo com dois mundos. O primeiro era intelectual, não digo sofisticado, mas muito regionalista. Depois ia para a cozinha ouvir a conversa dos empregados ou ia para a rua ou para a fazenda ouvir a conversa dos vaqueiros. Ao mesmo tempo que eu tive uma formação cultural e intelectual, também tive um aprendizado das ruas. À época, as diferenças sociais em Surubim existiam, eram marcantes, mas se diluam na hora que sentava no banco da escola. Era uma proximidade muito grande. Um dos meus grandes amigos era um empregado lá de casa. Ano passado, entrei para a Academia Pernambucana de Letras e fiz um lançamento de um livro em Surubim. Lá apareceram Seu Caloreto, que era vaqueiro, Dona Nena, mulher dele, e três dos seis filhos e duas netas. Eu vivia em um casarão e era proibido de conviver com moleques de rua. No sábado, porém,, não tinha quem me controlasse. Ia para a feira. Lá convivia com todas as pessoas. Quando cheguei no ginásio, ia para o futebol. Quem não viveu no interior, não sabe a alma de um país. O que forma a personalidade de um país é o seu interior. O que dá o perfil aos Estados Unidos? Não é Nova York. É o Kentucky, são os Estados do Sul. Nova York é aquela coisa universal. A alma do Brasil não está em São Paulo, está no interior de São Paulo. Não está no executivo, está no caipira, no vaqueiro, no caboclo da Amazônia, no gaúcho. E o jornalismo? Inventei um jornal quando criança, que falava das notícias da minha própria casa. Minha casa era um centro de ebulição. Meu pai era médico e participava da política. Era de um dos grupos políticos de Surubim. Ele raramente ia na casa de alguém, as outras pessoas que iam lá em casa. Minha casa era um centro de convergência. Meu pai era da direita. Os aliados dele eram os conservadores e os coronéis. Em 1962, na campanha de Miguel Arraes contra João Cleofas, chega Arraes na cidade e vai lá em casa, porque as personalidades que ele precisava cumprimentar estavam na casa de José Nivaldo. Tinha notícia o dia todo lá em casa. Tinha no terraço, na sala e até nas dependências dos empregados. As famílias dos empregados iam para minha casa, então era uma confusão de gente. Eu datilografava as notícias, distribuía entre as pessoas e depois recolhia. Não sei se fazia sucesso, mas todos os visitantes achavam lindo e se divertiam com aquilo, mas eles eram suspeitos (risos). No ginásio (no colégio dos jesuítas), já com 12 anos, aprendi a fazer jornal mural, que os padres levaram a técnica. Aí inventei um jornal falado no grêmio. Depois, um grupo fundou um jornal chamado Região. Para a época e por ser feito em Surubim, tinha muita qualidade. Era algo realmente inacreditável. Em 1978, teve uma eleição municipal e o Região colocou a seguinte manchete “Em quem você aposta: Gentil ou Monsenhor?” Nossa glória é que o The New York Times botou uma manchete igual a nossa, mas com candidatos diferentes, claro. O The New York Times copiou o Região! Tinha terminado o ginasial e fui estudar no Nóbrega, no Recife. Saí dos jesuítas para ir à Universidade e saí de lá ateu. Já estava no Recife quando entrei no Região. Pouco tempo depois, virei diretor do jornal, o que não quer dizer muita coisa porque não era exatamente uma promoção. Antes do Região, fui correspondente, com 16 anos, do Diario de Pernambuco em Surubim e região. Ia passar o final de semana lá e fazia o apanhando de notícias da semana. Produzia uma matéria e trazia. Emplaquei várias manchetes. Dei um furo fantástico, que foi a queda de um avião americano, acho que até meio clandestino, que até hoje não foi

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Na capela da Jaqueira (abril/2016)

Se alguns templos pernambucanos se sobressaem pela importância de suas obras de arte, havendo outros que se destacam por sua história, a capelinha de Nossa Senhora da Conceição das Barreiras, na Jaqueira, tem, no seu passado, a marca do romantismo, com a triste história de Maria Theodora e Domingos José Martins. Neste nosso Arruando vamos até ao Sítio das Jaqueiras, na antiga Estrada de Ponte D’Uchoa, onde o capitão Henrique Martins, em 1766, iniciou a construção dessa capela em honra de Nossa Senhora da Conceição das Barreiras, como demonstram os ex-votos hoje existentes no Museu do Estado de Pernambuco. Herique Martins era um português, natural da vila de Oeiras, nas cercanias de Lisboa, onde foi batizado em 10 de agosto de 1704, sendo filho legítimo de Manoel Martins e Páscoa Duarte. Era seu pai um mestre sapateiro que trabalhou como caseiro do negociante Jacques Koster, que o mandou por várias vezes a Pernambuco no comércio de tecidos. Numa dessas viagens, Henrique Martins veio a casar com uma jovem do Recife, Ana Maria Clara, filha do capitão João Machado Gaio e de Ana Gomes de Barros. Passou a ser comerciante abastado no Recife, acionista da Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba, com posto nas milícias e nas ordens portuguesas, onde era familiar do Santo Ofício e Oficial da Ordem de Cristo. Henrique Martins e sua mulher vieram demonstrar grande devoção à Virgem da Conceição. Sendo ele ligado a vários artistas em atividade em Pernambuco, particularmente pela sua atuação como “administrador das obras” da Igreja do Corpo Santo, no Bairro do Recife. Vários ex-votos do século 18, atualmente integrando o acervo do Museu do Estado de Pernambuco, estão a narrar fases de sua vida na qual ele implora pela intercessão da Virgem Maria em seu favor e até de um escravo que, caindo da Ponte d’Uchoa, fora salvo das águas do rio Capibaribe “em dias de agosto de 1770”. Na construção da Capela de Nossa Senhora da Conceição, no sítio das Jaqueiras, em Ponte d’ Uchoa, vê o professor Ayrton Carvalho o traço do mestre-pedreiro Francisco Nunes Soares, o mesmo que, segundo D. Clemente Maria da Silva Nigra, seria o responsável pelas obras de construção da fachada da Igreja do Mosteiro de São Bento de Olinda (1761-63), tendo também trabalhado na igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes (1785-86). Henrique Martins faleceu em agosto de 1782, estando com os seus negócios arruinados, registrando-se um alcance de 8:101$849, retirado da Bula da Santa Cruzada do Bispado de Pernambuco, da qual era ele tesoureiro-mor. Seus bens, dentre os quais o sítio da Conceição da Ponte d’Uchoa (Jaqueiras) e sua capela, foram a hasta pública e arrematados por Domingos Afonso Ferreira. Em 1816, eram senhores daquela propriedade o rico comerciante português Bento José da Costa e sua mulher Ana Maria Teodora, com atuação em várias irmandades do Recife, inclusive “administradores das obras” da Igreja do Corpo Santo (1801).Trata-se de uma das joias do barroco brasileiro. O templo tem o seu interior valorizado pelo trabalho de artistas, entalhadores e douradores, bem como por raros azulejos portugueses policromados, com cenas de caça, pesca e vida de José do Egito. No forro, painéis do século 18 retratam o casamento, a anunciação e a assunção de Nossa Senhora e os demais focalizam a padroeira, emblema da Virgem e motivos florais. O púlpito, em estilo rococó, apresenta, em sua face voltada para o solo, um grande sol em talhada dourada. Painéis a óleo sobre madeira representam São João Batista, São Felipe de Néri, Santo Henrique e “um fingimento de púlpito para representação de Santo Antônio pregando.” Na capela-mor, ornada com um gracioso altar rococó pintado de faiscado, azul, vermelho, branco e ouro, conserva-se a sepultura do coronel Bento José da Costa, “falecido em 10 de fevereiro de 1834 na idade de 75 anos a cuja memória dedicam este monumento sua saudosa esposa e seus 11 filhos”. Fora esse templo objeto de um Breve de indulgência, datado de Roma de 13 de novembro de 1781, no qual o papa Pio VI concede a todos os fiéis “que verdadeiramente arrependidos de suas culpas, confessando-se e comungando, visitarem a Capela de Nossa Senhora da Conceição das Barreiras… desde as primeiras vésperas do dia da festividade da mesma Senhora até o sol posto do mesmo dia e aí rogarem a Deus pela paz e concórdia etc.” Segundo José Antônio Gonsalves de Mello é esse o único documento conhecido, contemporâneo da data da construção dessa capela, com a denominação de Nossa Senhora da Conceição das Barreiras, em alusão ao trecho do rio Capibaribe, margeado por barreiras, onde está localizada. Saqueada em 1950, ocasião em que foram roubadas todas as portas e janelas internas e externas do andar superior, bem como os armários da sacristia, foi a Capela da Jaqueira restaurada pela diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob a direção do professor Ayrton Almeida Carvalho, com as suas obras conclusas em 1959. Os jardins que a circundam são de autoria do paisagista Roberto Burle-Marx, cujo projeto foi presenteado ao 1º Distrito da DPHAN e executado pela Prefeitura do Recife, na administração do prefeito José do Rego Maciel. Em 1976 foi novamente a Capela da Jaqueira objeto de furto, quando de lá foi retirada a imagem de sua padroeira, que, segundo alguns, passou a fazer parte de uma coleção particular do Rio de Janeiro. Nessa capelinha, que mais parece saída de um conto de fadas, Maria Theodora, filha do mesmo Bento José da Costa, casou, em 16 de março de 1817, com Domingos José Martins. Na mesma capela, veio Maria Theodora em oração pedir pela sorte do marido, preso na Bahia, por sua participação como chefe da Revolução Republicana de 6 de março de 1817. Condenado à morte, foi arcabuzado em 12 de junho do mesmo ano, juntamente com os mártires padre Miguelinho e o advogado José Luiz de Mendonça. Do cárcere, na véspera de sua execução, Domingos escreveu para a sua amada um soneto, depois impresso no Recife pela Tipografia

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O peso do Estado (abril/2016)

Em geral as discussões sobre o papel do Estado na economia estão contaminadas por fortes argumentos ideológicos. As polêmicas sobre Estado mínimo e/ou capitalismo de Estado são muito extensas na mídia e na literatura acadêmica. Não vou entrar nesse debate porque está dominado, na sua maior parte, por uma discussão ideologicamente obscurantista. O Estado tem que ser funcional, ou seja, tem que atender às demandas do cidadão por bens e serviços públicos de qualidade, pois, governos – os gerentes passageiros do Estado – são financiados com o dinheiro que pagamos de impostos. É factual também que, ao controlar grandes empresas, o Estado, através dos governos de plantão, possa utilizá-los para fins ilícitos, quer seja para apropriar privadamente recursos, quer seja para desviá-los para financiar partidos políticos. O escândalo da Petrobras é emblemático de como a desonestidade associada à má gestão é capaz de abalar profundamente a saúde financeira e a imagem de uma empresa que, no passado, foi orgulho dos brasileiros. É preciso regular e instituir boa governança corporativa nas estatais para reduzir os riscos de que esses problemas sejam recorrentes. Escritas tais considerações analisaremos agora o peso do Estado nas economias pernambucana e recifense medido, não pela sua contribuição ao PIB, mas pela presença no mercado de trabalho formal. Usaremos os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) geradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para os anos de 2004 e de 2014. Considerando o Estado como o conjunto do setor público, incluímos nesse universo as informações dos governos federal, estadual, municipal e das empresas estatais. Em 2014, a participação da massa salarial nominal recifense, entendida como a soma de todas as remunerações pagas pelo setor público na cidade, correspondia a 51,7% da massa salarial total. Ou seja, no Recife, mais da metade das remunerações formais, isto é, de pessoas empregadas com carteira de trabalho assinada, regidas, portanto, pela CLT, ou pertencentes ao regime do serviço publico nas diversas esferas de governo, está abrigada no setor público. Esse percentual já foi mais elevado 10 anos antes; em 2004 foi de 55,3%, tendo diminuído pela presença crescente do setor privado impulsionado pelo substantivo bloco de investimentos que aportou em Pernambuco, conduzindo a um maior dinamismo do mercado de trabalho recifense, que experimentou uma forte geração de empregos formais em paralelo a uma queda nas taxas de desemprego. Para o conjunto do Estado a participação é menor e também decrescente, evoluindo de 45,0%, em 2004, para 42,1% em 2014. O percentual da massa salarial recifense é maior do que no Estado de Pernambuco porque o município é sede regional de instituições federais (tribunais, por exemplo) com jurisdição maior do que o território pernambucano, sendo também a sede do Governo do Estado. Os dados, por conseguinte, são inequívocos ao revelarem uma forte presença do setor público no conjunto de remunerações do município, e embora menor, também, do Estado. Em tempo de inflação e crise fiscal, os funcionários públicos de todos os níveis de governo e de empresas estatais têm perdas reais de salário e não têm aumento nominal como, de resto todos os trabalhadores. Por outro lado, uma boa parte desses servidores é estável, ou seja, não podem ser demitidos a não ser por motivos graves e após inquérito administrativo ou judicial. Contrariamente ao setor privado, o ajuste não é feito pelo lado das demissões, mas apenas pelo da contenção da massa salarial nominal. Além disso, os salários dos trabalhadores do setor privado são mais flexíveis para baixo enquanto os do setor público são rígidos. O setor privado, quando não demite, negocia salários mais baixos ou recontrata com remuneração inferior. Isso não é possível no setor público a não ser para os não concursados detentores de cargos comissionados. A massa salarial nominal do setor público, contudo, não aumenta apenas por motivo de reajuste, pois possui a propriedade, protegida pela legislação, de apresentar um crescimento vegetativo devido à concessão de anuênios, bônus, promoções, etc. Assim, a manutenção ou baixo crescimento da massa salarial nominal do setor público funciona como mecanismo de sustentação da renda, minimizando o impacto da crise econômica sobre o nível de atividade local. Tem, portanto, uma característica anticíclica enquanto a massa salarial do setor privado cai com a recessão, sendo pró-cíclica. Argumento ainda que as remunerações do setor público respondem, em parte, pela alta e invariante desigualdade de renda no Recife, uma vez que os salários pagos pelo setor público não apenas são bem mais altos do que no setor privado, mas também crescem mais rapidamente. Analiso isso depois. Até breve.

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Para conhecer a microcefalia

  Muito se fala sobre microcefalia e, por vezes, as afirmações nem sempre condizem com a realidade. Empenhados em explicar melhor o que se sabe dessa patologia, médicos de várias especialidades organizaram o evento “Microcefalia: dados concretos”, a ser realizado em 11 de maio na Uninasssau – Centro Universitário Maurício de Nassau. As inscrições estão abertas nesta amanhã (19) e quarta-feira (20). Entre os temas abordados estão: “Microcefalia: importância epidemiológica”, de Danielle Cavalcanti, médica pediatra com residência no Hospital Universitário Oswaldo Cruz; “Alterações neurológicas em pacientes com microcefalia”, por Ana van der Linden, neurologista pediátrica vinculada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip); “Atendimento a mães de pacientes com microcefalia”, de Kátia Petribu, médica mestra em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento e doutora em Medicina. Coordenadores do curso de Medicina da Uninassau e também doutores, Cláudio Lacerda, Iana Sales e Geovanna Cabral farão a abertura do evento. Iana Sales explica que “a microcefalia é uma patologia que pode gerar atraso mental, déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia e rigidez de músculos”. A professora reforça que, para estudantes e profissionais, “é crucial a atualização, principalmente das doenças de maior âmbito epidemiológico como esta, para saber reconhecer, diagnosticar e conduzir a patologia para o melhor prognóstico possível”. Inscrições – São 120 vagas para assistir ao evento. Uma parte será para estudantes de Medicina da Uninassau, que estão realizando a inscrição nesta terça (19), na Sala 113 do Edifício Garagem (Bloco I), até as 12h30, doando um pacote com no mínimo 30 fraldas infantis de tamanho RN, P ou M. A reserva de vagas para estudantes de outros cursos de saúde, profissionais e público externo será na quarta-feira (20), no mesmo horário e local. Também é necessário fazer a doação. Os produtos serão destinados para a organização não governamental Aliança das Mães e Famílias Raras (AMAR). Dúvidas podem ser esclarecidas com a Coordenação de Medicina pelo número (81) 3413-4611 (ramal 4746). Serviço Microcefalia: dados concretos Local: Auditório do Bloco Capunga (C) da UNINASSAU Endereço: Rua Joaquim Nabuco, número 778, Graças Programação: 11 de maio, das 18h às 22h Inscrições: 19 e 20 de abril.

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Impeachment é aprovado com apoio de 18 deputados de PE

Veio de Pernambuco, mais precisamente do deputado Bruno Araújo (PSDB) o voto decisivo que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Quanta honra o destino me reservou de poder da minha voz sair o grito de esperança de milhões de brasileiros senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil. Por isso digo ao brasil sim para o futuro”, defendeu o parlamentar Após o voto do deputado, parlamentares favoráveis ao afastamento da presidente cantavam “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Em alguns bairros do Recife, pessoas soltaram fotos e comemoravam. Do total de deputados pernambucanos, outros 17 parlamentares além de Araújo votaram pelo impeachment: Anderson Ferreira (PR), André de Paula (PSB), Augusto Coutinho (Solidariedade), Betinho Gomes (PSDB), Daniel Coelho (PSDB), Danilo Cabral, Eduardo da Fonte (PP), Fernando Coelho Filho (PSB), Gonzaga Patriota (PSB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), João Fernando Coutinho (PSB), Jorge Corte Real (PTB), Caio Maniçoba (PTB), Marinaldo Rosendo (PSB), Mendonça Filho (DEM), Tadeu Alencar (PSB) e Pastor Eurico (PHS). Seis votaram não ao impedimento: Adalberto Cavalcanti (PTB), Luciana Santos (PC do B), Ricardo Teobaldo (PTN), Sílvio Costa (PT do B), Wolney Queiroz (PDT) e Zeca Cavalcanti (PTB). Um se absteve: Sebastião Oliveira, do PL. Na votação total, o impeachment foi aprovado por 367 votos a favor, 137 contra, 7 abstenções e duas ausências. Para avançar o processo de afastamento da presidente seria necessário o mínimo de 342 votos favoráveis. Com a aprovação do impeachment pela Câmara Federal, o processo agora acontece no Senado, segundo o rito definido pela Superior Tribunal Federal. Os senadores deverão referendar ou não a decisão dos deputados por maioria simples. Se o resultado da votação no Senado for semelhante ao da Câmara, a presidente Dilma Rousseff será afastada de suas funções por 180 dias. Neste caso, o vice-presidente Michel Temer assume interinamente a Presidência da República. O julgamento será realizado no Senado, onde serão apresentadas acusação e defesa sob o comando do STF. Para que a presidente seja condenada será preciso que 54 dos 81 senadores votem pela condenação. Caso isso ocorra, Dilma terá como pena ficar inelegível durante oito anos. Consequentemente, o vice-presidente assumiria definitivamente a presidência.

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Agora já é possível sacar dólar no caixa eletrônico do Aeroporto do Recife

O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre passou a contar com o serviço de venda de dólares norte-americanos, por meio de caixa eletrônico do Banco do Brasil. Disponível desde o início deste mês, a transação, exclusiva para clientes do banco, leva cerca de um minuto e o dinheiro é debitado da conta corrente do usuário. O terminal de autoatendimento para essa operação funciona das 10h às 16h, no mesmo horário da agência localizada no térreo, saguão de desembarque. O limite para saque no terminal de autoatendimento é de US$ 3 mil ao dia e US$ 10 mil ao mês. O serviço funciona da seguinte forma: o usuário insere o cartão no caixa eletrônico, escolhe a opção “compra de moeda estrangeira” e responde a pergunta sobre a finalidade do saque. Antes de iniciar a transação, são apresentados – em detalhes – a cotação do dólar, o valor do IOF (0,38%), a tarifa do banco e o valor total a ser debitado da conta corrente. De acordo com a gerente de Negócios Comerciais, Raimunda Magalhães, essa é uma opção prática e segura para os clientes que embarcarem no terminal recifense. “É mais uma facilidade que está sendo disponibilizada aos nossos passageiros, para quem o tempo de atendimento é um requisito primordial”, destacou a gerente. Os passageiros e usuários do Guararapes ainda contam com o serviço de câmbio oferecido pelas empresas Confidence e Europa Câmbio, localizadas também no piso do desembarque.

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Estados do NE se unem para atrair turistas

Estados do Nordeste se unem para atrair turistas estrangeiros para a região, aproveitando a alta do dólar. A ação conjunta vai acontecer com a realização do Destination Brazil Travel Mart, evento a ser realizado dias 18 e 19 de maio no Hotel Armação em Porto de Galinhas. O objetivo é atrair 200 operadores de turismo nacionais e principalmente internacionais para conhecer o potencial dos destinos da região. Os organizadores estimam que a feira atraia 500 visitantes e gere negócios da ordem de R$ 200 milhões para os Estados nordestinos. A realização é da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau, com patrocínio da Secretaria de Turismo, Esportes, e Lazer de Pernambuco, por meio da Empetur (Empresa de Turismo de Pernambuco Governador Eduardo Campos). “Todos os Estados nordestinos também patrocinaram o evento. É uma ação integrada para divulgar o produto Nordeste, na qual passamos a olhar os outros Estados como parceiros e não concorrentes. Também contamos com o apoio de hotéis, companhias aéreas e do receptivo”, informou Marcos Tiburtius, presidente da AHPG. Realizar o Destination Brazil é uma das estratégias para reverter o baixo fluxo de turistas estrangeiros, provocado pela crise financeira que assolou a Europa em 2008. A valorização do real à época afastou os visitantes de outros países, que preferiram destinos como o Caribe e a Tailândia, onde o câmbio estava mais favorável. Antes da crise, os europeus representavam 50% dos turistas do Nordeste. “Em 2014, esse fluxo caiu para 10%”, compara Otaviano Maroja, presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau. Em 2015, segundo Maroja, esse percentual subiu para 15% e neste ano, de janeiro a março, pulou para mais de 20%. Agora, com a alta do dólar, a expectativa é que esse fluxo aumente ainda mais. Em Pernambuco, a Pesquisa do Turismo Receptivo realizada pela Empetur nas praias de Ipojuca em 2015 revelou que 9,19% dos turistas são estrangeiros com origem principalmente da Argentina (51,21%), Estados Unidos (6,36%), Portugal (6,36%) e Espanha (5,76%). “Os argentinos tornaram-se os turistas de outros países que mais visitam Pernambuco devido ao surgimento dos voos diretos da Gol e da TAM partindo do Recife para Buenos Aires. O acesso direto influencia muito”, explica Ana Paula Vilaça, presidente da Empetur. O evento, de acordo com Ana Paula, vai oferecer capacitações para os operadores, com informações detalhadas dos destinos do Nordeste e também terá rodadas de negócios com fornecedores de toda a região. Dos 200 buyers convidados, cerca de 100 já confirmaram presença e são oriundos de países como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Portugal Espanha, Alemanha e Estados Unidos. Esta será a primeira edição do Destination Brazil. Ano que vem, o evento será realizado na Bahia. Mais informações: destinationbrazil@assessor-pe.com.br Telefone: (81) 3423-1300 www.destinationbrazil2016.com.br

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Geração X (de 38 a 49 anos) é a mais sedentária

Uma pesquisa recente da SulAmérica sobre hábitos de brasileiros em diferentes faixas etárias mostrou dados alarmantes: todas as gerações analisadas apresentaram elevados índices de sedentarismo, entre 58,7% e 63,9%. O V Estudo Saúde Ativa – Gerações aponta que os níveis são superiores entre adultos de 38 a 49 anos, pertencentes à chamada Geração X – 63% dos participantes dessa faixa etária informaram que não praticam atividade física com regularidade.A combinação de falta de exercício, estresse e excesso de peso também impacta mais esse grupo (15,6%). Já a geração Y, com idades entre 24 e 37 anos, possui 60,6% de sedentários e 13,5% afetados pela tríade. A urbanização crescente, a falta de lazer ao ar livre e o tempo despendido na frente da televisão e com outros dispositivos eletrônicos são alguns dos principais responsáveis pelo cenário mapeado, de acordo com a pesquisa. Uma maior consciência sobre a importância da atividade física, com mais praticantes regulares de exercícios, foi encontrada nas gerações Baby Boomers (50 a 68 anos) e Z (até 23 anos) – que, ainda assim, possuem níveis preocupantes de sedentarismo: 59,6% e 58,7%, respectivamente. “Embora tenhamos cada vez mais acesso a informações sobre a importância da prática regular de atividades físicas e da adoção de uma alimentação saudável, os índices de sedentarismo ainda são elevados. A expectativa de vida da população brasileira segue aumentando e adquirir bons hábitos o quanto antes possibilitará manter a qualidade de vida nas faixas etárias mais avançadas”, explica o médico e superintendente de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica, Gentil Alves. O sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade no mundo, respondendo por 3,2 milhões de mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O primeiro passo para ter uma vida mais ativa e saudável, segundo Alves, é alimentar-se bem e aproveitar as oportunidades para se movimentar. “Caminhar e optar por escadas, sempre que possível, são ótimas alternativas para o carro e o elevador. Se praticarmos pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, de maneira contínua ou em intervalos, as chances de complicações cardíacas e de surgimento de outras doenças são reduzidos em 50%”, completa. Sobre o V Estudo Saúde Ativa – Gerações A pesquisa realizada pela SulAmérica traça o perfil de saúde das gerações Z (até 23 anos), Y (de 24 a 37 anos), X (de 38 a 49 anos) e Baby Boomers (de 50 a 68 anos), trazendo o recorte de informações coletadas por meio de dados dos participantes do Saúde Ativa, um conjunto de programas focados em prevenção e promoção à saúde e qualidade de vida.Em sua quinta edição, o levantamento analisou 43.641 questionários respondidos por segurados de 262 empresas em 13 capitais do país, de 2010 a 2013. A amostra, composta por 40% de mulheres e 60% de homens, considerou fatores como estresse, sedentarismo, consumo de álcool, tabagismo e doenças relatadas.

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Del Rey e Sebastião e os Maias em Olinda

  Os 50 anos da Jovem Guarda serão comemorados na festa “Encontro de Brotos”, com a apresentação da representante contemporânea do movimento, a banda Del Rey. O show acontecerá no dia 9 deste mês (sábado), no Clube Atlântico de Olinda, a partir das 22h. A noite ainda conta com a participação da banda Sebastião e os Maias. Os ingressos estão disponíveis antecipados no valor promocional de R$ 30. A notória parceria entre Roberto e Erasmo Carlos, que dividiu a história da música brasileira nos anos 60, é reinventada pela banda Del Rey, que foi concebida da fusão de dois dos maiores nomes da música pernambucana: a banda Mombojó e o cantor China. No show, além das consagradas canções da dupla, os integrantes expandem o repertório e exploram novidades em versões para músicas como “Pobre menina”, “O Caderninho”, “Devolva­-me”, “Eu não presto, mas eu te amo”, entre outras. A banda é formado por China (voz), Chiquinho Moreira (teclado), Felipe S .(guitarra e baixo), Marcelo Machado (guitarra e baixo) e Vicente Machado (bateria). OS MAIAS – Formada há quatro anos a partir da reunião de músicos pernambucanos que tem como identificação e formação musical a obra de Tim Maia, a Sebastião e os Maias concentra seu repertório não apenas nas músicas que permeiam o imaginário pop, mas também nas canções mais desconhecidas do cantor. O grupo é liderado pelo cantor e ator Rafael Cavalcanti, que atualmente faz parte do musical “Ópera do Malandro”, dirigido por João Falcão. Além de Rafael, também fazem parte da banda: Chico Rocha (guitarra), Thiago Menezes “Chunito”(guitarra), Rafael Gadelha (baixo), Cássio Sales (bateria) e Bruno Melo (percussão). Nos shows, um potente naipe de metais e teclado transformam as apresentações, envolvendo a plateia numa atmosfera única. SERVIÇO: Encontro de Brotos apresenta Del Rey (abertura: Sebastião e os Maias) Quando: 9 de abril | às 22h Onde: Clube Atlântico de Olinda (avenida Sigismundo Gonçalves) Quanto: R$ 30 (primeiro lote – http://www.eventick.com.br/encontro-de-brotos-del-rey-e-s)

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