Claudia Santos, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 87 De 141

Claudia Santos

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Um jardim Botânico no coração de Olinda

Pouco conhecido pelos pernambucanos, o Horto d’El Rey, localizado no Centro Histórico de Olinda, foi o segundo jardim botânico do País. Criado em 1811 com o título de Real Viveiro de Plantas de Olinda, a área, que hoje é uma propriedade privada, guarda o potencial de se tornar um espaço de estudos e de visitação para realização de trilhas ecológicas. “Temos uma atenção especial nesse local por ser um sítio histórico. A prefeitura já tentou fazer uma ação efetiva no passado, mas há pendências jurídicas a serem resolvidas antes. Nosso interesse seria reabrir o horto para estudos, trilhas e escolas”, afirma o secretário de Patrimônio e Cultura de Olinda, Gilberto Sobral, sobre o antigo horto, que é registrado no cadastro de imóveis como Sítio do Manguinho. O secretário ressalta que o primeiro desafio é mantê-lo preservado. Sobral explica que a prefeitura já realiza um trabalho de monitoramento constante no entorno do terreno. O espaço abrange cerca de 14 hectares, limitando-se com o turístico Alto da Sé e os bairros do Carmo, Amaro Branco, Amparo e Bonsucesso. Para o arquiteto e urbanista Lúcio Calado, o espaço tem grandes possibilidades de uso público. “É um local estratégico que pode ser usado como um parque botânico, com trilhas. Por ser um terreno íngreme poderia até desenvolver um projeto de teleférico no horto”, sugere. O especialista ressaltou que no Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda – um documento que está em fase de tramitação na Câmara de Vereadores da cidade – pelo menos dois incisos já indicam as intenções da prefeitura para o parque. Quando trata sobre o Programa de Desenvolvimento Econômico e Urbano Sustentável, o plano sugere a “exploração do potencial do Horto d’El Rey para pesquisa científica e visitação”. A outra menção está no Programa de Preservação e Conservação do Ambiente Natural no Sítio Histórico de Olinda, quando o plano sugere a “recuperação e manutenção do Horto d’El Rey (árvores), permitindo o uso público com respeito ao meio ambiente e paisagem”. O horto foi alvo de uma pesquisa das engenheiras florestais Isabelle Maria Jacqueline Meunier e Horivani Conceição Gomes da Silva, que publicaram um artigo científico, há quase 10 anos, na Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, que tratou justamente das potencialidades da cobertura vegetal nesse espaço. “Áreas planas próximas à entrada do Bonsucesso precisam ser objeto de restauração ambiental, qualificando-as para o lazer contemplativo e para a condução de práticas educativas, nas quais se priorizem as ações de inclusão social, saúde, educação ambiental e cidadania, voltadas principalmente às comunidades do entorno”, sugeria a pesquisa. Para a região mais próxima ao Alto da Sé, o estudo traz como proposta “valorizar as estratégias de informação sobre importância do local na introdução de espécies exóticas que hoje integram a paisagem, a cultura e a economia regionais”. As pesquisadoras recomendavam ainda que nas áreas mais primitivas, de difícil acesso, a visitação deve ser restrita a trilhas, onde poderiam ser instaladas passarelas estreitas, até locais onde seja possível observar aspectos importantes da paisagem olindense, como o Farol de Olinda. Gilberto Sobral informou que há um estudo em andamento, ainda em fase embrionária, sendo feito por uma equipe vinculada ao Porto Digital, que tem uma proposta de ação no Seminário de Olinda, que envolveria também o Horto d’El Rey. “Há interesse de investidores do Porto Digital de criar um braço de atividades educacionais abrangendo economia criativa e ecologia, em que o horto viraria um grande laboratório e espaço de estudos”. Sobral lembrou ainda que existe uma Sociedade dos Amigos do Horto d’El Rey, mas que atualmente está sem atividades. HISTÓRIA De acordo com o historiador Leonardo Dantas, desde o início da colonização brasileira, os jardins das ordens religiosas de Olinda eram utilizados para aclimatação de vegetais exóticos, que foram transplantados para o País, vindos de diversas partes do mundo. Em 1797 e 1798, o Conde de Linhares, dom Rodrigo de Souza Coutinho, recomendou o estabelecimento de um Jardim Botânico em Olinda para o cultivo de novas plantas exóticas. Esse projeto só iria se tornar real quase 15 anos depois, sendo construído no antigo Jardim dos Padres da Companhia de Jesus. Inicialmente foram transplantados vegetais vindos da Guiana Francesa. Ao longo do tempo foram plantadas no horto variedades como fruta-pão, caramboleira, sapotizeiro, pinheira, entre tantas outras. “O Jardim Botânico de Olinda teve importante papel na divulgação desses vegetais e de outros que nele foram sendo introduzidos desde sua fundação”, assinalou Leonardo Dantas em artigo publicado na Algomais. No jardim chegou a funcionar um curso de botânica e de agricultura no longínquo ano de 1829. O espaço foi fechado em 1845, sendo alugado e posteriormente vendido para à família Manguinho. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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GOIANA II: Igreja do Rosário dos Homens Pretos & Pardos

As irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos têm sua origem no século 16, quando os jesuítas de Olinda fundaram as primeiras associações religiosas destinadas à doutrinação dos africanos recém-chegados da Guiné. Tal iniciativa foi referendada pelo papa Gregório XIII que, na segunda metade daquele século, estimulou a criação de tais confrarias para “doutrinar os escravos recém-chegados nos costumes e dogmas da religião católica”. Tais irmandades, com o tempo, se transformaram em sociedades de ajuda mútua, promovendo funções para atender ao cativo por ocasião de doenças e de sua morte, como também promovendo as festas dos seus padroeiros – Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, dentre outros –, bem como festividades outras de caráter profano, como as coroações dos Reis Negros, documentadamente conhecidas desde o ano de 1666. Outro aspecto que também marcou essas irmandades foi o da luta pela emancipação do negro escravo, pois, no mais das vezes, delas provinham o empréstimo necessário para aqueles irmãos que desejavam comprar a sua alforria. A irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Goiana tem sua origem no final do século 17, segundo se depreende de carta do vigário daquela paróquia, datada de 10 de setembro de 1802, constante do arquivo do Convento de Santo Alberto, na qual faz menção a existência dessa igreja em 1692. A sua igreja, construída no século 18, teve sua fachada e campanário refeito, segundo desenho em estilo rococó, quando da reforma de 1835. Possui uma única torre erguida do lado do evangelho, com janelas na sineira, esta coroada por bulbo de nervuras, ostentando pináculos diferentes dos existentes no frontispício. No seu frontispício, um óculo destinado à iluminação do interior do templo completa o conjunto no qual se encontram três portas e três janelas no coro. Além do altar barroco de São Benedito com dois nichos, há cinco retábulos de madeira em rococó tardio. Dois corredores dão acesso às suas duas sacristias, numa das quais encontra-se esculpida em pedra calcária uma fonte representando dois delfins.

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Saina como se alimentar no Carnaval

No carnaval é comum acumular várias horas sem dormir e descansar de forma inadequada, frequentar lugares com muita gente onde circulam vírus diversos tipos também. Tudo isso pode contribuir para colocar em risco a saúde, então, cuidar bem da alimentação antes e durante a folia, para garantir o sistema imunológico sempre funcionando bem e assim não perder a festa é muito importante, informa a nutricionista Fabrícia Padilha, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). “Coma bastante frutas e vegetais de formas variadas, dê preferência aos sucos no lugar dos refrigerantes e modere o consumo de bebidas alcoólicas” são as dicas de Fabrícia para quem quer brincar sem perder o pique. A nutricionista listou uma série de dicas importantes para tentar seguir e se manter disposto e com a saúde em dia para aguentar até depois da quarta-feira de cinzas: Principais cuidados com a alimentação durante o Carnaval – Alimente-se antes de sair de casa, mas evite alimentos muito pesados e gordurosos, pois retardam o processo de digestão, deixando aquela sensação de barriga pesada. – Prefira carnes magras, queijos magros e leite e derivados na versão desnatada, pois estes evitam a sensação de peso no estômago e a digestão lenta; – Beba muito líquido durante a folia, pois é preciso se hidratar corretamente. Além da água, opte também por água mineral (por questões higiênicas), água de coco, suco de frutas ou então isotônicos para reposição dos minerais perdidos com a transpiração excessiva. – Nos dias seguintes à festa, procure recuperar as horas de sono perdidas e aproveite para repousar. Além do descanso, é necessário também se alimentar com bastante frutas e legumes, que são alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras, possuem baixo valor calórico e repõem os principais nutrientes eliminados no suor; – O consumo de bebidas alcoólicas deve ser moderado e nunca com o estômago vazio. Para isso, intercale os drinks com água e petiscos, como castanhas, amendoim ou azeitonas. Deve-se ingerir algum alimento pelo menos a cada três horas de folia. O problema, muitas vezes, é a escolha do alimento. – Fora de casa, dê preferência a sanduíches leves (sem frituras e condimentos, por exemplo) feitos na hora ou alimentos industrializados que sejam mais práticos, pois assim previne-se o risco de uma intoxicação ou toxinfecção alimentar. – Quanto à higiene, se possível, não consuma os famosos churrasquinhos, cachorros-quentes, queijos-coalho e frituras: o risco da qualidade desses alimentos não ser boa é muito alto. Algumas dicas podem ser valiosas quando for consumir alimentos fora de casa: – Observe as condições de higiene e a limpeza do ambiente/estabelecimento; – Observe a higiene do vendedor (se ele manuseia o dinheiro e o alimento sem lavar as mãos, por exemplo); – Não ignore seu olfato: se algo não cheira bem, é porque não deve estar bem. DICA: Deixe sempre pronto na geladeira, antes de sair pra folia, um sanduíche com pão, queijo branco, alface, tomate, assim você poderá fazer um lanche antes de dormir e não terá o trabalho de fazer quando chegar cansado da festa.

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Acabou a cerveja? Gele mais usando ciência!

A largada para a folia de Momo foi dada. O carnaval começou e agora é cair na folia e tomar aquela cerveja pra matar o calor. Com toda essa sede, com todo esse frevo e uma “lua” escaldante logo será necessário botarmos mais cerveja pra gelar, o pique não pode parar, são “só” quatro dias não é? Então como podemos fazer com que a cerveja fique gelada rapidamente para não deixar os ânimos esfriarem? O que vamos precisar? Vamos fazer uma conta menor, podendo aumentar com o tamanho do seu grupo e porque não dizer da sua sede. Então separe: 1 kg de sal Dois sacos de gelo 1 litro de Álcool E prepare assim. O ideal é fazer com uma caixa de isopor larga e com um tamanho que possa comportar um bom número de latinhas ou long necks. Acomode a bebida de uma forma em que fique um pequeno espaço para que a mistura possa entrar em contato com a superfície da embalagem.   Isso é um pouco de ciência, é só disso que você precisar para fazer a mágica acontecer. O sal se dissolve facilmente na água reduzindo o seu ponto de congelamento. A água pura congela em cerca de 0ºC, já quando inserimos sal essa temperatura muda para menos, podendo alcançar algumas dezenas abaixo de zero. Ao incluir o gelo, este quando entra em contato com o sal o mesmo derrete-se. Na realidade o que ocorre é que essa parte que derreteu “rouba” o calor durante a troca do estado físico esfriando toda a mistura, o sal provoca também uma reacão “endotérmica”. O papel do álcool é semelhante e diminui ainda mais a temperatura. Como o sal dissolve e tem um papel de acelerador, ele perde o efeito mais rápido, mas isso não ocorre com o álcool. É importante prestar atenção em dois pontos. Se a bebida for em garrafas long necks a tendência é que leve um pouquinho mais de tempo para gelar, mas se forem latinhas que em sua maioria são feita de uma liga metálica de alumínio, esse processo é muito rápido correndo o risco até do congelamento da bebida. Então essa receita é simples e prática e vai deixar a sua cerveja do carnaval, no ponto certo muito mais rápido. Diferente da bebida, essa receita pode usar sem moderação. Boa folia! *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@algomais.com)

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IFPE inaugura seu primeiro centro de pesquisa

Foi inaugurado, ontem (8), o primeiro Centro de Pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). A cerimônia foi realizada no Campus Recife, onde está instalado o novo prédio, com a presença do ministro da Educação, Mendonça Filho, da reitora do IFPE, Anália Ribeiro e do Diretor Geral do Campus, Marivaldo Rosas. Com 1.700 metros quadrados, o Centro será dedicado exclusivamente às atividades de desenvolvimento científico e tecnológico do Instituto. O prédio conta com dois pavimentos, 10 laboratórios, 14 salas de pesquisa, uma sala de estudos, uma sala para pós-graduação, além de um auditório e um espaço administrativo. A expectativa é de atender até 20 grupos de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento, como Ciências da Computação, Eletrônica, Química, Geociências, Ecologia, Mecânica, Microbiologia, Radiologia e Design. A reitora do IFPE, Anália Ribeiro, ressaltou que o Centro de Pesquisa é fruto de um trabalho colaborativo e destacou os esforços do grupo de pesquisadores do Campus Recife e da equipe do Departamento de Obras e Projetos (DOPE) do IFPE. “Hoje é um dia muito feliz para o IFPE porque esse Centro de Pesquisa simboliza um trabalho colaborativo e cooperativo. Agora teremos um espaço equipado e dedicado à pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico e à construção do conhecimento”, afirmou. Os recursos para a construção do Centro de Pesquisa, orçado em R$ 4.877.602,12, foram liberados pelo Ministério da Educação, em dezembro de 2016. As obras tiveram início em janeiro do ano passado. O projeto arquitetônico e de engenharia foi financiado com a verba repassada pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), por meio do edital CT-Infra, destinado a viabilizar a instalação de infraestrutura adequada para o desenvolvimento científico e tecnológico em Instituições Públicas de Ensino Superior. No ato de inauguração, o ministro Mendonça Filho também anunciou a liberação de R$ 2 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário para o Centro de Pesquisa. “Esse foi um dos primeiros projetos apresentados pelo IFPE na nossa gestão e é muito gratificante estar aqui, no dia de hoje, inaugurando essa obra tão importante. Por isso estamos liberando novos recursos de equipamentos e mobiliário para o novo Centro”, disse o ministro. Para a coordenadora do Centro de Pesquisa do IFPE, Sofia Brandão, a abertura do Centro possibilitará a criação de uma nova dinâmica nas atividades de pesquisa. “O Centro vem para resolver uma grande demanda por espaço físico e, ao mesmo tempo, traz uma perspectiva mais integradora porque teremos pesquisadores de diferentes áreas interagindo num mesmo espaço e atuando de forma conjunta, o que abre uma possibilidade maior de trocas e parcerias”, avalia. A expectativa é de que o Centro atenda uma comunidade formada por 90 pesquisadores, entre docentes, técnicos e estudantes, vinculados aos grupos de pesquisa cadastrados no IFPE – Campus Recife.     Crédito das fotos: Ascom IFPE e André Nery/MEC

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A velocidade é o problema

Embora não seja especialista em trânsito, nos mais de 20 anos de consultoria em estratégia e gestão prestados a empresas de transporte de passageiros e ao sindicato do setor, terminei aprendendo por osmose. Além disso, depois que há mais de 10 anos me tornei caminhante e militante da causa da mobilidade a pé na cidade, passei a estudar o assunto e a cotejá-lo com a realidade. E quando fui convidado para falar regularmente sobre mobilidade na CBN Recife, passei a confrontar esse conhecimento com a situação de outras cidades do Brasil e do mundo. Depois de tudo isso, a conclusão a que cheguei foi a seguinte: a velocidade é a principal causa de mortes no trânsito, sendo o seu limite e controle a forma mais fácil e rápida de reduzir drasticamente o número de mortos e feridos nas ruas. Para ilustrar, três exemplos recentes do final de janeiro publicados nos jornais: em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Recife. Em São Paulo: idoso atropelado e morto na faixa de pedestre. Causa primária apontada: o atropelador estaria praticando pega/racha. No Rio de Janeiro: carro sobe o calçadão de Copacabana atropela 18 e mata criança de oito meses. Causa primária apontada: o motorista, epilético, alegou crise ao volante. No Recife: caminhão sobe a calçada na Av. Rosa e Silva e esmigalha um poste de iluminação (eu vi o resultado depois porque na hora, felizmente, estava bem longe do local!). Causa primária apontada: o condutor estaria alcoolizado. Três causas primárias diferentes e uma secundária comum que provocou as tragédias e os danos materiais: a velocidade acima do permitido e/ou modernamente aceitável. Uma prova pelo absurdo: se nos três casos as velocidades fossem, por exemplo, de 40 km/h os danos seriam infinitamente menores e talvez não tivessem havido mortes. A própria Organização Mundial de Saúde recomenda velocidade urbana máxima de 50 km/h. Sei muito bem pelas reações que enfrento quando falo no assunto que a causa talvez seja a mais difícil que já defendi publicamente mas não posso me eximir depois que entendi a natureza do problema: é preciso reduzir as velocidades máximas permitidas e praticadas nas cidades brasileiras para reduzir o número de mortos e feridos no trânsito do País (cerca de 50 mil mortos, mais de 12 mil pedestres, uma tragédia monumental!). Infelizmente, enquanto isso não for feito, as tragédias continuarão.

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Comércio teve leve alta em janeiro

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país cresceu 0,1% em janeiro/18, já descontadas as influências sazonais. Em comparação com o mesmo mês do ano passado (janeiro/17), o crescimento foi de 6,0%. Segundo os economistas da Serasa Experian, a continuidade da expansão da renda real dos consumidores e a ampliação da oferta de crédito contribuíram para um resultado positivo da atividade varejista neste primeiro mês de 2018, especialmente quando comparado com o mês de janeiro do ano passado. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática foi o que mais cresceu em janeiro/18 na comparação com o mesmo mês do ano passado: 6,8%. Já o segmento de veículos, motos e peças registrou alta interanual de 3,7%, seguido de perto pelo ramo de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas: crescimento de 3.5%. Pelo lado negativo, houve recuo em janeiro/18 de 7,8% no segmento de combustíveis e lubrificantes, 7,3% em tecidos, vestuário, calçados e acessórios e de 8,7% em materiais de construção, sempre quando comparados com o primeiro mês do ano passado. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas (nas formas de taxas de crescimentos) são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores. Com as taxas de crescimento tratadas e ponderadas pelo volume de consultas de cada empresa comercial é construída a série do indicador. A amostra é composta de cerca de 6.000 empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade comercial.

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Buenos Aires recebe Encontro de Cultura Popular

Entre os dias 16 e 18 de fevereiro, o município de Buenos Aires, na Mata Norte, será palco, pela primeira vez, do Encontro de Cultura Popular revivendo o Carnaval. O evento, que tem início sexta-feira e segue até o domingo , reúne mais de 30 atrações regionais. A festividade, tem como objetivo, celebrar as tradições dos antigos carnavais de rua. A festividade, aberta ao público, é realizada pela Prefeitura de Buenos Aires e o Ministério da Cultura (MinC). Dentro da programação estão programados cortejos e vários shows. Tudo de graça para a população. Entre os ritmos: maracatu, frevo, afoxé, e caboclinho. Além disso, o público confere aos shows de Quinteto Violado, Nádia Maia, Ed Carlos e Ticuqueiros, Nação Pernambuco, Suprema Corte, entre outros. Na sexta-feira (16), primeiro dia do encontro, os cantores Ed Carlos e Nádia Maia, trazem ao palco, um repertório fantástico, com muito frevo e alegria. Será um momento de pura nostalgia cultural. A apresentação, programada para acontecer a partir das 21h, acontece no palco montado em frente à sede do Maracatu Estrela Dourada, localizado na avenida Major Severino Mendes (S/N). Por lá, também se apresentam os maracatus de baque virados Nação Maracabuco e Nação Camaleão, vindos de Olinda. No sábado (17), das 14h às 17h, será realizado um grandioso cortejo de agremiações. Maracatus, caboclinhos e bois de carnaval de várias localidades da região, percorrem ruas e avenidas. Ao todo, 15 atrações abrilhantam o cortejo. A concentração tem início na sede da prefeitura, localizada na Praça Antônio Gomes de Araújo Pereira, Centro, de onde seguem até o palco ou até Vila São Luiz. O fechamento da noite será comandado pelo show do Quinteto Violado. No domingo (18), último dia do encontro, a festa tem início a partir das 16h com atração para criançada, o Mamulengo Riso da Noite. Depois vêm os Cocos Popular e de Pareia. O grupo Ticuqueiros de Nazaré da Mata; Sumprema Corte de Olinda; Afoxé Ylê de Egbá do Recife; e a Orquestra de Frevo Zezé Correia de Aliança se revezam, no palco, com o melhor da música pernambucana. O cantor Benil é o escalado para encerrar a festividade. Serviço O quê: 1º Encontro de Cultura Popular revivendo o carnaval Quando: 16 (sexta-feira) a (18) domingo Onde: Buenos Aires, Zona da Mata Norte de Pernambuco PROGRAMAÇÃO GERAL SEXTA-FEIRA – 16/02/2018 Palco – Em frene a sede do Maracatu Estrela Dourada 21h30 – Maracambuco Batuque da Nação (Olinda) 22h30 – Ed Carlos (Recife) 23h30 – Maracatu Nação Camaleão (Olinda) 00h30 – Nádia Maia (Recife) SÁBADO – 17/02/2018, das 14h às 17h Cortejo Prefeitura Maracatu Estrela Dourada (Buenos Aires) Maracatu Estrela de Ouro (Aliança) Maracatu Leão Misterioso (Nazaré da Mata) Maracatu Leão Vencedor (Buenos Aires) Maracatu Coração Nazareno (Nazaré da Mata) Boi Cara Branca (Limoeiro) Caboclinho 7 Flexas (Goiana) Maracatu Leão Coroado (Buenos Aires) Maracatu Leão Mimoso (Buenos Aires) Maracatu Leão Vencedor das Flores (Buenos Aires) Maracatu Pavão Voador (Buenos Aires) Maracatu Águia Dourada (Nazaré da Mata) Maracatu Leão Formoso (Nazaré da Mata) Boi Charuto (Buenos Aires) Caboclinho Índio Brasileiro (Buenos Aires) Caboclinho Tupy Guarani (Buenos Aires) Shows Palco – Em frente a sede do Maracatu Estrela Dourada 21h30 – Orquestra Curica (Goiana) 22h30 – Xaxado Cabras de Lampião (Serra Talhada) 23h30 – Maracatu Nação Pernambuco (Olinda) 00h30 – Quinteto Violado (Recife) DOMINGO – 18/02/2018 Palco – Em frente a sede do Maracatu Estrela Dourada 16h00 – Mamulengo Riso da Noite (Buenos Aires) 17h00 – Coco de Pareia (Goiana) 18h00 – Coco Popular (Aliança) 19h00 – Ticuqueiros (Nazaré da Mata) 20h00 – Suprema Corte (Olinda) 21h00 – Afoxé Ylê de Egbá (Recife) 22h00 – Orquestra de Frevo Zezé Correia (Aliança) 23h00 – Benile Banda (Caruaru)

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O filho perfeito

É menino! É menino! O pavor de todo cronista é a falta de assunto. Já estava desesperado. Minha mulher engravidou e, então, pá! Salvou-me! Já tenho do que falar. E não é qualquer assunto não. Quer novidade maior que esta? Terceiro filho, “pouxa”! Lembrei de quando recebi a notícia do primeiro. Fiz todas aquelas fantasias. Idealizei o filho perfeito como faz todo pai de primeira viagem. E já imaginei todos aqueles elogios. É conversador, traquino, comedor, astuto, inteligente, esperto, culto, expansivo, empreendedor. “Vai trabalhar contigo no escritório ou será doutor igual ao avô?” “Piloto ou esportista?” “Prendam suas cabritas que meu bode está solto”. Logo aos 2 anos, foi diagnosticado no espectro do autismo. Não ouço os elogios que sonhei. Não é conversador. Por enquanto, não se comunica de forma totalmente apropriada para crianças da sua idade. Não se enquadra no modelo de astuto, inteligente e esperto, não obstante suas tiradas estejam me surpreendendo cada vez mais. Provavelmente não será, pelo seu perfil, comedor ou empreendedor. Não acredito que venha a ser esportista, piloto de avião, conquanto eu tenha fé de que algum ofício, no futuro, terá. Tive meu primeiro luto ao receber o diagnóstico. A relação que eu tinha com o autismo vinha do filme Rain Man, com Dustin Hoffman e Tom Cruise. E só! Nada mais! Não sabia nada sobre o assunto. Quando passei a ler e pesquisar a respeito, tive o segundo luto. A certeza de que o autismo não teria cura. Então morreu em mim, naquela época, a ideia que fazia do filho perfeito. Foi quando parei de lamentar e de tentar nadar no mar de incertezas. Mergulhei no convívio com o filho que Deus mandou. E descobri, no seu universo particular, uma beleza tão gigantesca que jamais poderia imaginar. É um doce de menino. Jamais será capaz de mentir ou falar mal de alguém. Nunca será falso. Não fará rodeios para dizer verdades. Autistas são extremamente sinceros. Meu filho é amável, meigo, doce. Deita em nossa cama todas as noites. Gosta de estar em casa, dando e recebendo carinho. Ama a irmã pentelha, melhor terapeuta. É capaz de entrar nos nossos celulares ou no seu Ipad, escolher o vídeo ou jogo que quer (viva Steve Jobs!), se vira sozinho. Toma seu próprio banho, é vaidoso, adora pentear os cabelos, tem personal trainner, gosta de ir ao cinema. Come charque com “bolachinha”. É vidrado em churrasco, barco, praia e piscina. Está no colégio. É o xodó dos amigos. Seu vocabulário só aumenta, a cada dia. Sua agenda é mais lotada que a minha, com tantas e tantas terapias. Impossível não o amar. Para mim, um exemplo de superação. Mas a maior virtude desse pirralho foi a transformação que ele causou na vida dos que estão à sua volta. Se nossa família parece cultivar valores como aceitação, paciência, empatia, simplicidade, persistência, determinação e perdão, posso dizer que é graças ao nosso menino. Posso afirmar que meu filho transformou nossas vidas. Há, no meio disso tudo, a importância da atuação do tempo que operou o ciclo do amadurecimento, nos fazendo enxergar que Deus mandou o filho perfeito.

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Telefone fixo, rádio, carteira e chave perderão suas funções em breve

A transformação digital vem cada vez mais afetando nossas atividades. Mas nem sempre percebemos a velocidade desse impacto. Produtos e serviços que usávamos regularmente há poucos anos estão sendo fortemente afetados. Levando em conta a classe social e a faixa etária dos seus consumidores, alguns deles vão perder totalmente a sua função e outros tendem a ser reduzidos a um mercado mínimo. Vejam essa lista que preparei com alguns exemplos: 1.Rádio – Fortemente impactado pela função de rádio do smartphone e pela digitalização do sinal, os “radinhos de pilha”, como eram conhecidos, estão desaparecendo até dos estádios de futebol. Em 2014, a produção tinha caído 81,13%, em relação aos anos anteriores. Tende a se transformar em peça de museu. 2.Câmera digitais – Com a evolução do smartphone, cada vez menos se vê câmeras fotográficas digitais, nem mesmo com turistas. Para se ter uma ideia, em 2017 a fabricação desse equipamento se reduziu a 1/6 do que era em 2010. A tendência é que esse mercado fique restrito aos fotógrafos profissionais, com os modelos DSLR. 3.Telefone fixo – A rápida popularização das mensagens, como o Whatsapp, tem diminuído o uso dos telefones de uma maneira geral, inclusive o móvel. Em 2017, houve redução de 1.144.657 linhas fixas no Brasil, maior parte no mercado residencial. Dois sinais claros dessa tendência: sucateamento dos orelhões e recuperação judicial da OI com dívida de R$ 65 bilhões. Tende a continuar existindo apenas no mercado corporativo. 4.Carteira – Com a implantação das versões digitais dos documentos (habilitação, título de eleitor e CPF já oferecem essa opção), a necessidade do uso de carteira será cada vez menor daqui pra frente. A restrição da aceitação de cédulas, como nos ônibus, e a digitalização dos cartões de crédito e débito reforçam ainda mais essa tendência. O smartphone vai reunir recursos de identificação e pagamento ao mesmo tempo. 5.Chave – A biometria – que permite o uso da impressão, da íris e da voz para a autorização de entrada e ligação de aparelhos – já é comum nas empresas. O baixo custo dessa tecnologia já está chegando também aos modelos para residências. Não dá para decretar o fim ainda, pois a base instalada é gigantesca, mas o uso de chaves metálicas será cada vez menor. 6.Jornal impresso – Não dá para competir com a velocidade das notícias na internet. Somente em 2016 os jornais brasileiros perderam 124 mil assinantes, sobretudo entre as gerações mais novas. O anunciante também tem fugido dos jornais e preferido as mídias digitais, que são mais baratas e geram mais retorno. A tendência que jornais existam apenas nos meios digitais. *Bruno Queiroz é presidente da Abradi e diretor da Cartello

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