Claudia Santos, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 90 De 141

Claudia Santos

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A transformação digital e o telefone

A transformação digital está mudando rapidamente o modo como usamos o telefone. Cada vez menos usamos o recurso de transmissão simultânea da voz de um ponto ao outro: a famosa ligação. A popularidade do Whatsapp e das mensagens diretas das redes sociais provam isso. Outro fato que comprova essa tendência é o quase desaparecimento dos telefones públicos e a grande diminuição da quantidade de telefones fixos residenciais. Essa mudança de comportamento vem também afetando fortemente as empresas. Se antes bastava oferecer o atendimento presencial e o conhecido 0800, os Serviços de Atendimento ao Cliente precisam mudar rapidamente. O cliente conectado não só demanda uma maior diversidade de canais como também vem preferindo o autoatendimento, aquele no qual não é necessária a interação diretamente com pessoas. Nesse sentido, algumas tendências devem ser consideradas: 1. Redes Sociais – Pelo grande tempo gasto nesses canais, o atendimento pelas redes sociais é um movimento quase que natural. Uma mensagem pelo Facebook ou pelo Instagram pode resolver problemas simples, como um esclarecimento de uma dúvida, uma consulta de preço, um pedido de uma pizza. Mais fácil para o cliente e bem mais barato para a empresa, que não precisa de um grande aparato tecnológico, como centrais telefônicas. 2. Chatbots – É um tipo de inteligência artificial que consegue interpretar mensagens de texto e dar a resposta que o cliente precisa sem intervenção humana. O mais famoso é o Watson, da IBM, que é capaz de reduzir call centers ao mínimo de atendentes. Os bancos, como Bradesco e Itaú, têm investido nesse tipo de tecnologia para as demandas mais recorrentes dos clientes. Os atendentes têm sido usados apenas em casos complexos. Melhora a qualidade do atendimento e reduz custo com pessoal. 3. IOT – É a internet das coisas, que permite que objetos se comuniquem e interajam diretamente com a internet. Nessa modalidade, o atendimento não exige nem a participação do cliente nem a do atendente. Ideal para detectar e antecipar demandas, tais como a reposição de itens da despensa das nossas casas, a indicação da oficina mais próxima e mais barata para revisão dos nossos carros, entre outras possibilidades.

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Igrejas de brancos, pretos e pardos

Na cidade de Goiana, município da Zona da Mata Sul de Pernambuco, com 78.940 habitantes, situado a 62 km do Recife, o visitante observador vai encontrar novidades em sua caminhada, dentre as quais, igrejas destinadas ao culto de brancos, pretos e pardos, numa sucessão de oragos (santos) no mínimo curiosa para os nossos dias. No nosso roteiro, que irá se prolongar pelos próximos números da nossa revista, iremos conhecer os templos dedicados à Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos (Século 17), Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (Século 17), Convento de Hospital de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos (Século 19) e o conjunto da Ordem Terceira e Convento Carmelita de Santo Alberto (Século 17). A primeira dessas igrejas é a Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, cuja denominação bem demonstra o sentimento de separação racial existente no Brasil colônia de então. Embora sendo uma pequena vila, Goiana possuía três irmandades distintas, classificadas conforme a coloração da pele dos respectivos irmãos. Ao descrever a Vila de Goiana, em observação datada de 20 de outubro de 1810, o viajante inglês Henry Koster observa ser esta “uma das mais florescentes de Pernambuco, estando situada sobre uma margem do rio do mesmo nome, em uma grande curva nesse local, quase a rodeando”. A paróquia de Nossa Senhora do Rosário fora fundada pelo Bispo do Brasil, dom Frei Antônio Barreiros, provavelmente quando de sua visita pastoral à capitania de Itamaracá no ano de 1584, a quem pertencia, então, a povoação de Goiana. Com a transferência da sede da capitania de Itamaracá, da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itamaracá, para a Vila de Goiana, em 7 de janeiro de 1711, surgiu a necessidade de se criar a Irmandade da Misericórdia, em substituição à extinta Santa Casa de Misericórdia de Vila Velha. A instalação daquela irmandade, porém, só veio a se concretizar em 1º de julho de 1722, funcionando inicialmente na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos. Anos mais tarde, terminadas as obras da igreja, os irmãos da Misericórdia resolvem construir, no mesmo local, um hospital destinado ao atendimento das pessoas pobres e sem recursos, tendo a bênção inaugural acontecido em 1759. O Hospital da Santa Casa de Misericórdia foi o primeiro erguido naquela Vila de Goiana e contava, na sua inauguração, com 20 leitos destinados a enfermos de ambos os sexos, tendo para isso solicitado ao rei de Portugal, “a extensão dos mesmos privilégios e favores de que gozavam as casas de Olinda e da Paraíba”, no que não tiveram a acolhida. Para essa igreja foram trazidos, em 1870, os restos mortais do mestre-de-campo André Vidal de Negreiros (1606-1680), que até então se encontravam na capelinha de Santo Antônio do Engenho Novo de Goiana. Estes, por sua vez, foram posteriormente transferidos para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, nos Montes Guararapes, onde hoje se encontram ao lado dos restos mortais do mestre-de-campo João Fernandes Vieira, figuras de maior representação no movimento da Insurreição Pernambucana (1645-1654), quando das guerras contra os holandeses.

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O risco político para a retomada econômica

Sim, é certo que a retomada econômica pós-recessão já se iniciou e que, em alguma medida, ela está descolada da crise política. Porém não de todo. Do ponto de vista econômico, existe ainda um importante obstáculo de ordem fiscal a ser removido no meio do caminho da retomada: um déficit orçamentário federal expressivo somado à necessidade de um superávit primário vultoso. Trata-se, no conjunto (um mais o outro), da necessidade de um ajuste fiscal de mais de R$ 300 bilhões, sem o qual o teto da dívida pública não se estabiliza e, por conseguinte, a credibilidade das contas nacionais perante o mercado e os credores (inclusive internacionais) fica comprometida, comprometendo, por sua vez, a retomada. Embora esse seja um obstáculo de natureza econômica, para ser removido requer ação de natureza política, o que confere grande importância ao resultado da próxima eleição presidencial. Se tivermos o azar de eleger um presidente populista que não esteja comprometido com esse ajuste fiscal essencial, vamos ver a partir de 2019, novamente, o filme da deterioração das contas públicas, junto com a retomada da inflação e a da subsequente recessão para baixá-la. Um déjà vu totalmente desnecessário. Um complicador para uma escolha sensata de alguém comprometido com a arrumação das contas públicas, sem a qual a retomada econômica será comprometida, é o clima de radicalismo que se instalou no Brasil nos últimos anos. Um verdadeiro Fla x Flu político, jogo em que os envolvidos se xingam, não se ouvem e todos perdem, o País muito mais... Nunca vi nada nem sequer parecido mesmo tendo entrado na faculdade em 1976, em plena ditadura militar. Fiz passeata e corri da polícia, mas assisti a muitos debates minimamente civilizados em que uma parte ouvia a outra. Discordava, mas ouvia. Hoje, a impressão que tenho é que ninguém mais ouve ninguém e cada um diz (e escreve!) o que lhe vem à cabeça, sem se preocupar minimamente com a manutenção das condições do diálogo... Neste ano que se inicia, de retomada da economia e de eleições presidenciais, faço votos que os ânimos se apaziguem um pouco mais e possamos ter um pleito o menos radicalizado possível, com a eleição de um presidente comprometido com o indispensável ajuste das contas públicas. Que assim seja! *Artigo do consultor Francisco Cunha, publicado na Última Página na edição de janeiro da Revista Algomais 

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A cidade e a nódoa (por Joca Souza Leão)

“O poema também é uma fruta, deve ter sabor e, se for o caso, deixar alguma nódoa. Alguns, como a nódoa do caju, que nunca sai. Uma marca” – disse o poeta Everardo Norões há quase dois anos, quando lançou seu livro Melhores Mangas. Em sua última entrevista, o poeta Manuel Bandeira citou trechos do seu Itinerário de Pasárgada: “Do Recife tenho quatro anos de existência consciente, mas ali está a raiz de toda a minha poesia. Quando comparo esses quatro anos de minha meninice a quaisquer outros quatro anos de minha vida é que vejo o vazio dos últimos.” Bandeira nasceu no Recife. Com dois anos, mudou-se com a família para o Rio. Voltou com seis e viveu aqui até os dez, quando foi de vez para o Rio. “Nesses quatro anos no Recife, construiu-se a minha mitologia.” Ou seja, os tipos por ele celebrados, muitos anos depois, na sua Evocação do Recife. Totônio Rodrigues, Dona Aninha Viegas, a preta Tomásia, Rosa, a ama-seca que lhe contou as primeiras histórias... “A Rua da União, com os quatro quarteirões adjacentes limitados pelas ruas da Aurora, da Saudade, Formosa (hoje, Av. Conde da Boa Vista, que de ‘formosa’ não tem rigorosamente mais nada; o comentário é meu) e Princesa Isabel.” Passados 30 anos, Bandeira voltou. “Este mês que acabo de passar no Recife me repôs inteiramente no amor a minha cidade” – escreveu ele, celebrando um reencontro e lamentando muitos desencontros. “Não pude reprimir o mau humor que me causava o desaparecimento do outro Recife, o Recife velho. (...) Quanta edificação em substituição às velhas casas de balcões, esses balcões tão bonitos, tão pitorescos (....). Um arquiteto inteligente aproveitaria esse detalhe tradicional bem característico do Recife.” O reencontro celebrado deu-se na Rua da União. As casas e sobrados da infância ainda estavam todos lá. Quis até hospedar-se na casa de Totônio Rodrigues, que virara pensão. (Infelizmente, poeta, o que resta, agora, é mau gosto e ruína.) Numa crônica já antiga, citei Italo Calvino: “A cidade não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão.” A gente a ama e a considera nossa porque a tem na memória afetiva. Porque a reconhece. Porque lembra e sonha com ela. Ninguém ama o que (ou quem) não lembra. Nem sonha. Também citei Nelly Carvalho: “Breve, quem voltar ao Recife estará diante de uma cidade desconhecida.” E Luzilá Gonçalves: “Se a destruição continuar neste ritmo, esta cidade não parecerá mais com nada.” E Circe Monteiro: “Poucas cidades se autodestroem tão rapidamente quanto o Recife”. Volto ao poeta Everardo Norões (que foi embora do Recife para nunca mais voltar): “Há cidades que foram totalmente destruídas. Reconstruídas, voltaram a ser tão belas como antes. Para que isso aconteça é preciso um sentimento coletivo de pertencimento ao lugar, uma forma de amor à cidade, como se ela fosse nossa própria casa. Recife foi uma cidade belíssima, mas está degradada, apodrecida. (...). Aqui, as pessoas cuidam do que é exclusivamente seu, mas ignoram o que é coletivo, o que existe em torno delas.” Recife, pobre Recife. Fruta que, dia a dia, perde a forma e a cor. Caju que não deixa nódoa, não deixa marca, não deixa nada, perde o sabor.

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A importância dos Estaduais para os clubes intermediários (por Houldine Nascimento)

Em geral, a História costuma ser vista sob o ponto de vista dos vencedores. Este é um clichê muito propagado. No futebol, as coisas funcionam de forma parecida. Quando falamos dos campeonatos estaduais, a perspectiva é aquela dos clubes maiores, tratando apenas da baixa qualidade das competições e como são inúteis na preparação para disputas maiores, como Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Mas é preciso enxergar o outro lado: o das equipes intermediárias. São nos estaduais que elas mais aparecem. É nesse tipo de campeonato em que têm a chance de enfrentar um grande adversário. No Pernambucano, os três clubes com os maiores orçamentos historicamente são Náutico, Santa Cruz e Sport, não por acaso do Recife, capital do Estado e com grande poder econômico em relação às demais cidades. O que ocorreu na última quarta-feira (17), em Arcoverde, quando o Sport visitou o Flamengo local, é um bom exemplo disso. Quase três mil pessoas foram ao estádio Áureo Bradley ver o jogo que terminou empatado por 0 a 0, mas o que mais chamou atenção foi a renda de R$ 173,5 mil. O valor já seria importante para o Rubro-negro do Recife, que dirá para a equipe sertaneja, com folha salarial de R$ 60 mil? Ao menos, cobrirá dois meses de despesas. Ter em mente que a maioria dos jogadores do futebol brasileiro trabalha em times modestos também ajuda. Os salários baixos e a incerteza sobre o pagamento rondam o cotidiano destes atletas. Além disso, nesses clubes, não há os holofotes direcionados o tempo todo. Por isso, quando enfrentam times de peso, veem uma bela oportunidade de se destacarem e eventualmente ter uma ascensão na carreira. Essa visão não exclui, evidentemente, a limitação técnica dos campeonatos estaduais. A média de público baixa é um reflexo disso. Aos clubes das grandes cidades, só interessam os clássicos e as fases decisivas. Quando um time do interior chega à reta final, é outra festa. Puxando novamente para Pernambuco, o cenário tem se repetido nos últimos anos, com o Salgueiro sendo a grande força do interior e o trio de ferro da capital avançando quase que por osmose. Mesmo com uma cota de tevê bem inferior ao Santa Cruz, por exemplo (110 mil x 950 mil), o Carcará consegue fazer frente e montar elencos competitivos, mais por esforço de seus dirigentes. É no Pernambucano que o Salgueiro enfrenta em pé de igualdade grandes clubes. O troféu nunca saiu do Recife e esse é um tabu a ser quebrado por uma equipe do interior. Por pouco o Salgueiro não conseguiu o feito no ano passado, não fosse a trapalhada do árbitro de vídeo.

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O Guia do Cervejeiro Artesanal Pernambucano

Em 2011 fiz uma viagem onde tive a oportunidade de experimentar muitos estilos de cervejas. Alguns até então já tinha ouvido falar, mas a limitação de rótulos no Brasil era muito grande. Tínhamos uma escassa lista da bebida, com pouquíssimos estilos. Sempre tive predileção sobre bebidas fermentadas, mas a cerveja sempre fui disparadamente a minha preferida. Um tempo depois alguns espaços foram aberto em Recife, o Espaço Gourmet, na rua José Maria e a Beercode, um quiosque no Shopping Center Recife, e o Snaubar em Parnamirim onde tinha uma excelente carta de cervejas. Lojas e bar que infelizmente não existem mais, Comecei a frequentar com alguns amigos e com isso também praticamente “engoli” muita literatura que falava sobre cervejas e seu incrível universo. Posteriormente comecei a frequentar e ainda frequento o Capitão Taberna, um lugar icônico e um dos melhores ambientes para se degustar uma boa cerveja artesanal ou importada na cidade. Depois vieram alguns outros, como destaque para a Beerdock e o Apolo Beer Café. Alguns anos depois o mercado de cervejas artesanais em Pernambuco entrou em ebulição, com o surgimento de várias cervejarias. A princípio sendo envasados como chopp, depois em garrafas, mas o padrão da bebida evoluía para melhor. Em 2016, por sugestão de minha editora Cláudia Santos, comecei a escrever em uma coluna no site da Algomais e assim o espaço passou a ter uma boa aceitação dos leitores que se mostravam ávidos em conhecer um pouco mais sobre a bebida. Em 2017 tivemos a ideia de lançar em janeiro de 2018 uma publicação que falasse das cervejas artesanais pernambucanas, tendo em vista o papel da Algomais em apoiar o sentimento de pernambucanidade e de orgulho das coisas produzidas na nossa terra. Então, na última terça-feira, dia 23, na Beerdock de Boa Viagem a Algomais fez o lançamento do Guia do Cervejeiro Artesanal Pernambucano onde apresentamos a revista e o guia aos leitores e integrantes do mercado de cervejas artesanais de Pernambucano. Trata-se de uma publicação leve, introdutória e divertida sobre alguns assuntos básicos do universo cervejeiro. Na abertura do guia vem com uma matéria feita por Rafael Dantas que trata do panorama do mercado no Estado, onde foram ouvidas as principais cervejarias do setor e suas perspectivas de um mercado ainda inexplorado, mas que traça passadas largas para se consolidar rapidamente como o principal do Nordeste. Quando o guia se inicia, falamos do protagonismo de se produzir cervejas, quando trazido pelo príncipe Maurício de Nassau, o cervejeiro Dick Dicx, vindo da cidade Haarlem, na Holanda, criou a primeira cervejaria das Américas. Tratamos do que é na verdade cervejas artesanais, o que caracteriza uma cervejaria para ser assim chamada e quais processos se diferenciam em uma cadeia de grande produção e de uma produção mais “caseira”. Falamos também das famílias e estilos das cervejas, passando pela parte sensorial da experiência em degustar a bebida nos copos e taças corretos. E por fim um perfil das 15 principais cervejarias do Estado com um breve histórico e os estilos que cada uma dela produz. É uma oportunidade de aproveitar para conhecer as melhores cervejarias artesanais do mundo, todo pernambucano sabe que é assim. Boa leitura!

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Pesquisa: transporte público ineficiente e falta de estacionamento impactam varejo

Pesquisa recém-publicada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que 52% das pessoas que possuem veículo já desistiram de alguma compra por não conseguir lugar para estacionar. O número não é nenhuma surpresa para qualquer motorista que transita diariamente por uma metrópole brasileira. Mas é um indicador de muito incômodo para o setor varejista. A pesquisa revelou que 57% dos brasileiros dão preferência a realizar compras onde há acesso adequado para pedestres, ciclistas e passageiros de transporte público. O estudo mapeou ainda que sete em cada dez (69%) pessoas motorizadas preferem centros comerciais que oferecem estacionamento próprio ou nas imediações (76%). Um percentual significativo (42%) afirmou ainda que não faz compras em lojas que não possuem fácil acesso ao transporte público.   Os resultados indicam que os estabelecimentos comerciais devem se preocupar cada vez mais com as condições de mobilidade para seus clientes. Não apenas as promoções ou a diversidade de seus produtos interessa aos consumidores, mas o conforto e as condições de chegar e sair na hora de fazer as compras. Uma das surpresas da pesquisa, na minha avaliação, é o fato de 71% dos brasileiros concordarem com medidas que priorizam o transporte coletivo. Ao menos no Recife ainda não percebo esse amadurecimento dos cidadãos na compreensão do valor que o sistema público de transporte tem para a qualidade de vida urbana. O resultado pode ser um indicativo de que o desconforto de vivermos em cidades que dão preferência aos carros está mudando a opinião das pessoas. Uma outra constatação, que é bem óbvia, da pesquisa é que a ausência de acessibilidade e segurança no espaço público tem feito os brasileiros optarem por realizar suas compras cada vez mais em shoppings centers. O estudo revelou que 56% dos entrevistados se sentem mais seguros ao fazer compras dentro de shopping centers do que em lojas do comércio de rua. *Por Rafael Dantas, jornalista da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Temporada de incertezas para os clubes pernambucanos (por Houldine Nascimento)

A Copa do Nordeste começa nesta terça-feira (16). Três clubes pernambucanos estarão na disputa pelo troféu mais cobiçado da região: Santa Cruz, Salgueiro e Náutico, que garantiu vaga na fase de grupos após eliminar o Itabaiana (SE) nos pênaltis, no último sábado. Dos três representantes do estado, apenas o Santa venceu o Nordestão. Este ano, Pernambuco corre por fora, sobretudo pelo abismo financeiro em relação às grandes equipes da Bahia e do Ceará. Quando comparamos a folha salarial do Vitória com a do Náutico, por exemplo, isso fica evidente. O Rubro-negro baiano gasta mensalmente R$ 4 milhões, enquanto o Timbu tem despesa de aproximadamente R$ 200 mil mensais, vinte vezes menos que o rival da boa terra. É difícil pedir ao torcedor alvirrubro paciência, uma vez que o Náutico vivencia um jejum de títulos há 14 anos. Se o longo período sem taça for quebrado com um triunfo regional, será formidável, mas diante do cenário desenhado, é compreensível que isso não aconteça. Na elite do futebol brasileiro, o Ceará inicia o ano gastando R$ 1,2 mi por mês com o elenco, superando em seis vezes a folha do Santa Cruz, que vai jogar a Terceira Divisão. A diferença nos orçamentos dos clubes não impede uma eventual conquista pernambucana, mas o principal objetivo nesta competição será mesmo o de montar os times para a Série C. No Campeonato Pernambucano, a disparidade financeira também é latente. O Sport começa 2018 com gastos mensais de R$ 3,4 mi, dezessete vezes mais que os seus adversários históricos. Graças a uma decisão absurda de sua diretoria, o Leão abdicou de disputar a Copa do Nordeste nesta temporada e concentra as forças no estadual. No mínimo contraditório, especialmente porque o presidente do Rubro-negro, Arnaldo Barros, afirmou que o Sport não cabia mais em Pernambuco. Houve algumas baixas no elenco. O principal nome, o meia Diego Souza, e o lateral esquerdo Mena deixaram a Ilha do Retiro. O volante Rithely, por sua vez, demonstra que não quer permanecer no clube. Para completar, atrasos salariais passaram a fazer parte do cotidiano rubro-negro. Para Santa, Náutico e Salgueiro, a briga será forte para subir de patamar na esfera nacional. Para o Sport, a manutenção do time na Série A é a prioridade. Será que vão conseguir?  

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Bloco líricos iniciam acertos de marcha

A partir de hoje, foliões do Recife, turistas e público geral têm um encontro marcado com o lirismo dos antigos carnavais. O Pátio de São Pedro abre alas para receber as noites de Acerto de Marchas para o Carnaval 2017. No total, o ponto histórico vai receber seis encontros que acontecem a partir das 19h nas noites de quinta e sexta-feira nos dias 11, 12, 19 e 25 de janeiro, além dos dias 2 e 8 de fevereiro. Até o dia 8 de fevereiro, acontecerão mais de 30 encontros, concursos, acertos e marcha, entre outras atividades pré-carnavalescas. Os espetáculos, que são gratuitos, prometem ser uma ótima pedida para quem tem nostalgia dos antigos Carnavais ou gosta de brincar em um clima mais familiar, pois reúnem integrantes de todas as idades e inclusive alguns dos acertos dizem respeito a blocos infantis. No total, os acertos vão reunir 33 agremiações. Entre elas, O Bonde Bloco Carnavalesco Lírico, Bloco das Ilusões Bloco Carnavalesco Misto Banhistas do Pina, Bloco Confete e Serpentina e Bloco das Flores e, entre outros (vide programação completa abaixo). Maracatus ensaiam em comunidades e na Rua da Moeda Enquanto pátio de São Pedro vira o Quartel General do lirismo dos antigos Carnavais, as 13 Nações de Maracatu continuam a promover seus ensaios nas comunidades e na Rua da Moeda. Hoje (10), o Maracatu Nação Estrela Dalva faz seu ensaio na comunidade de Joana Bezerra a partir das 19h e, amanhã (11), o Maracatu Nação Sol Nascente reúne seus batuqueiros em Água Fria também a partir das 19h. Na sexta (12), a Rua da Moeda será palco do primeiro dos ensaios coletivos, quando as nações do Estrela Brilhante, Estrela Dalva e Sol Nascente se reunirão na rua da Moeda a partir das 18h. Para o Tumaraca, encontro das Nações que acontecerá no dia 8 de fevereiro, as Nações irão trazer convidados especiais como Isaar, Zé Brown e Guitinho e Xambá, do Grupo Bongar. A programação completa das atividades está disponível  no site da Prefeitura. Confira abaixo o serviço e a programação completa dos Acertos de Marcha. SERVIÇO: Acerto de Marchas para o Carnaval 2018 Onde: Pátio de São Pedro Horário: 19h Entrada franca

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Implantação do eSocial para empresas começa hoje

Tem início hoje em todo o País a primeira etapa de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Ao todo a etapa envolve 14,4 mil empresas, que faturaram mais de R$ 78 milhões em 2016 ou que aderiram voluntariamente, de acordo com a Receita Federal. Juntas, elas empregam 15 milhões de trabalhadores, um terço do total. O prazo para as empresas cumprirem a primeira etapa começa nesta segunda-feira e se estende até o dia 28 de fevereiro. Nesse período, disse a Receita, o sistema receberá apenas as informações cadastrais dos empregadores e as relativas às suas tabelas, tais como estabelecimentos, rubricas, cargos, etc. Somente a partir de março será possível o envio dos eventos não periódicos. Até lá, será possível fazer os ajustes necessários na qualificação cadastral dos funcionários, por exemplo. Segundo o órgão, não há obrigatoriedade de envio dos dados necessariamente nos primeiros dias e a empresa pode fazer os eventuais acertos necessários em seus sistemas internos, bem como se utilizar do ambiente de produção restrita para seus testes, para só depois começar a enviar informações à Base Nacional. Nos próximos dias, estará disponível no portal do eSocial, o canal “Fale Conosco” onde serão recebidas as dúvidas e as críticas sobre o sistema. Multas e penalidades As empresas que não enviarem os dados estão sujeitas a penalidades e multas. A multa prevista é de R$ 1,5 mil pelo não envio da escrituração digital, mas esse valor pode ser acumulado com as penalidades previstas pelas omissões das declarações que estarão sendo substituídas pelo eSocial. O eSocial é um sistema de registro de informações criado para desburocratizar e facilitar a administração de informações relativas aos trabalhadores, para que as empresas possam realizar o cumprimento de suas obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias de forma unificada e organizada. Por meio dele, pretende-se reduzir custos, processos e tempo gastos hoje pelas empresas com essas ações. Quando totalmente implementado, o eSocial representará a substituição de 15 prestações de informações ao governo por apenas uma. Entre as informações que serão concentradas no sistema estão: Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de Informações à Previdência Social (GFIP), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (DIRF). Com as informações coletadas por cerca de 8 milhões de empresas, será criado um banco de dados único, administrado pelo governo, abrangendo 18 milhões de empregadores e 44 milhões de trabalhadores.

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