Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 249 De 443

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Ferreira Costa constrói loja em Caruaru e vai gerar 450 empregos diretos

Caruaru vai receber a sétima loja do Home Center Ferreira Costa em 2021. A unidade promete ofertar uma variedade de mais de 70 mil itens para casa, construção e decoração. A construção já foi iniciada e a previsão de inauguração será em junho do próximo ano. Serão contratados 450 profissionais diretos e mais 100 indiretos enquanto estiver em pleno funcionamento. O empreendimento contará com 9.000 m2 de área de vendas, além de espaço para cinco lojas de conveniência no mal, 314 vagas de estacionamento, estoque para pronta entrega no local e trará os serviços do Clube do Profissional, Lista de Casamento, Vendas Corporativas e Centro Automotivo. A localização da loja será na BR-104, no final da Av. Agamenon Magalhães. Os profissionais interessados em trabalhar na Ferreira Costa poderão se cadastrar através do site: www.carreiras.ferreiracosta.com O Home Center, que foi fundado em Garanhuns no ano de 1884, está chegando a Caruaru também com uma preocupação sustentável. Será instalado no telhado geração de energia solar, onde em curto prazo, praticamente todo o seu consumo de energia será de geração própria, com coleta seletiva de resíduos, logística reversa de resíduos, coleta para descarte de pilhas e lâmpadas e etc.

Ferreira Costa constrói loja em Caruaru e vai gerar 450 empregos diretos Read More »

Túlio Velho Barreto: “Poucos legisladores criam canais mais próximos com a população”

O baixo interesse dos brasileiros pela política é uma realidade que se torna ainda mais contundente quando se fala na decisão dos representantes que irão compor as casas legislativas. O repórter Rafael Dantas conversou com o cientista político e pesquisador ds Fundaj Túlio Velho Barreto sobre esse fenômeno da apatia do comportamento do eleitor na escolha dos vereadores. O especialista apontou algumas das raízes desse problema e indicou caminhos para aumentar o engajamento da população na vida política. . Algumas pesquisas indicam que uma parcela significativa da população sequer lembra de quem votou para vereador na última eleição. O que pode explicar o desinteresse e a falta de motivação da população nas eleições municipais proporcionais? TÚLIO VELHO BARRETO – Esse fenômeno é comum igualmente nas eleições proporcionais estaduais e nacionais, ou seja, para os cargos de deputados nas assembleias legislativas e na Câmara Federal. Não se configurando em algo específico das eleições municipais. E resulta menos no desinteresse da população e mais do fato de os vereadores, deputados estaduais e federais terem pouca ou nenhuma relação mais próxima com os eleitores e eleitoras. Se os candidatos e candidatas praticamente só aparecem nas comunidades, só vão às ruas a cada quatro anos para pedir voto é difícil mesmo que a população lembre em que votou. Sem essa ligação mais estreita, e diante da enorme quantidade de partidos, em sua maioria apenas cartorial, e de postulantes aos cargos proporcionais, é quase impossível registrar o nome de quem você votou, a não ser aquele voto mais fiel e ou ideológico. Na sua avaliação, como a Pandemia atrapalha a escolha dos vereadores? Há algum impacto esperado no resultado das eleições com as restrições impostas pela Pandemia? TÚLIO VELHO BARRETO – Provavelmente, nessas eleições teremos menos o corpo a corpo nas ruas e comunidades, em diversos locais por causas das restrições impostas pela pandemia. Pelo menos, é o que se espera diante do quadro severo de circulação do covid-19 que ainda temos. E isso tende a atrapalhar o corpo a corpo com os eleitores e eleitoras, algo bastante comum em outros anos. Talvez isso provoque uma abstenção maior, embora devamos esperar mais para afirmar isso categoricamente. Sem essa opção, o jeito vai ser recorrer mais à propaganda eleitoral obrigatória no rádio, sobretudo, e na TV, em que o tempo para os proporcionais é pequeno. Tais veículos ganham novo fôlego nessas eleições porque as pessoas tendem a estar mais em casa. Agora, pelo menos inicialmente, os candidatos e candidatas tenderão a recorrer mais também às redes sociais, mas aí se esbarra no fato de que nem todo mundo tem acesso à internet ou se tem é de forma precária. Então, há impacto, sim, colocado no horizonte em decorrência da pandemia. . A dificuldade em saber e acompanhar a atividade parlamentar é um dos fatores que implica no desinteresse por uma escolha mais criteriosa? O que poderia ser feito para facilitar o acompanhamento do trabalho do legislativo municipal? TÚLIO VELHO BARRETO –  Sim, há grande dificuldade de se acompanhar as atividades parlamentares e mesmo saber o que acontece nas câmaras municipais, o que fazem os vereadores e vereadoras no dia a dia do legislativo. É mais fácil acompanhar o que ocorre, por exemplo, na Câmara Federal, embora também haja muita desinformação quanto às atividades dos deputados estaduais nas assembleias. E isso tem a ver a forma como a mídia institucional e a grande mídia tratam de suas respectivas atividades. Ou os vereadores e vereadoras, em sua grande maioria, não fazem nada ou fazem muito pouca coisa de interesse das populações, ou tais mídias as ignoram completamente, porque quase nada chega aos eleitores e eleitoras. Por outro lado, são poucos os legisladores e legisladoras que têm interesse ou a iniciativa de criar canais mais próximos com a população, sejam estes pessoais e ou virtuais. Se os e as legisladoras fossem realmente representantes da população isso seria minimizado no contato periódico e sistemático junto aos eleitores e eleitoras. E a mídia institucional e a grande mídia podiam, aliás, deviam criar espaços específicos para divulgar suas atividades. . Com as últimas mudanças na regra do jogo das eleições, como o resultado do pleito deste ano pode ser influenciado? TÚLIO VELHO BARRETO –  Bem, se você se refere às duas principais e recentes mudanças na legislação eleitoral, que são, na minha avaliação, a proibição de financiamento das campanhas por parte das pessoas jurídicas, isto é, das empresas, e à proibição de coligações nas eleições proporcionais, acho que têm ou deveriam ter impactos positivos. Embora acredite que, quanto ao primeiro aspecto, alguns partidos e políticos sempre vão buscar formas de burlar a legislação. Lembro que na eleição presidencial ficou evidente o pagamento ilegal por parte de empresas de disparos de mensagens através de robôs nas redes sociais, algo que contribuiu para o resultado eleitoral. Digo isso porque fazer o chamado “caixa 2”, ou seja, pagamento irregular para financiar campanhas, apesar de proibido era prática recorrente no passado próximo. Em relação ao segundo aspecto, a proibição de coligação nas eleições proporcionais, isso tende a contribuir para uma maior definição ideológica das candidaturas e será uma forma de medir mais claramente a força dos partidos. E talvez aproxime mais a população dos partidos e crie uma identidade maior com os eleitos e eleitas. . Nas eleições majoritários há uma expectativa de haver uma influência da polarização nacional no debate e nos resultados. Há alguma possibilidade disso influenciar também a formação das casas legislativas? TÚLIO VELHO BARRETO – Avalio que isso é possível, embora talvez essa eleição não vá ter necessariamente um caráter plebiscitário em relação ao governo Jair Bolsonaro/Hamilton Mourão. O que não significa dizer que a disputa não seja nacionalizada. Isso vai depender de muitos fatores, inclusive relacionados à pandemia e a forma irresponsável e inconsequente com que o governo federal tem tratado esse tema, se opondo a muitos governadores e prefeitos. No entanto, essa polarização tende mesmo a ser mais provável na disputa majoritária, e menos nas eleições para as casas legislativas municipais.

Túlio Velho Barreto: “Poucos legisladores criam canais mais próximos com a população” Read More »

Experimento realizado no Sirius busca fármaco para Covid-19

Maria Fernanda Ziegler* | Agência FAPESP – Por meio de um potente feixe de luz síncrotron foi possível determinar, em três dias, a estrutura de mais de 200 cristais de duas proteínas do novo coronavírus (SARS-CoV-2). A investigação realizada por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São de Paulo (IF-USP), tem importância não só pela temática – essencial para o desenvolvimento de um possível fármaco contra a COVID-19 –, mas também pelo seu caráter de ineditismo. O experimento, realizado por Aline Nakamura e André Godoy, inaugurou a primeira estação de pesquisa do Sirius – o acelerador de partículas que está sendo finalizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), a mais complexa infraestrutura científica do país. “Tivemos a oportunidade de ser os primeiros a experimentar a linha Manacá, de cristalografia de proteínas, o que deu uma agilidade enorme para o nosso estudo. Com a pandemia as fontes de luz síncrotron existentes no mundo pararam, mantendo apenas os experimentos relacionados à COVID-19. No Sirius, não foi diferente. A despeito de ainda estar em fase de comissionamento, também se abriu a possibilidade de utilizá-lo pela primeira vez com estudo relacionado ao novo coronavírus”, diz Glaucius Oliva , coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar) e que lidera a pesquisa sobre a descoberta de fármacos antivirais para COVID-19. O CIBFar é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP). Além da parceria do CNPEM, o projeto que busca novos fármacos para COVID-19, apoiado pela FAPESP, reúne também pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), dos Institutos de Química de São Carlos (IQSC-USP), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “O que conseguíamos fazer em horas no antigo acelerador de elétrons do CNPEM, agora fazemos em minutos”, celebra Godoy, pesquisador com dez anos de experiência em análises realizadas em outras fontes de luz síncrotrons espalhadas pelo mundo. O experimento de estreia durou três dias, mas a expectativa é que, no futuro, a análise no Sirius se torne ainda mais eficiente. “Como ele ainda está em comissionamento, não está com toda a sua potência. Já tem raios X saindo da janela, atingindo os cristais congelados em temperaturas criogênicas, e também um detector para medir a difração da luz síncrotron pelos cristais, e com isso obter a estrutura das proteínas que os constituem”, explica Oliva. No entanto, de acordo com o pesquisador, faltam ainda os braços robóticos necessários para posicionar os cristais, por exemplo. “Por isso, para mudar os cristais analisados era preciso fazê-lo manualmente. Durante o período de comissionamento de todo o anel síncrotron, também é inviável usar a potência máxima. Mesmo assim, foi muito eficiente e os testes foram muito valiosos”, diz Oliva, que também foi o primeiro pesquisador a testar o UVX, fonte de luz síncrotron de segunda geração projetada e construída por brasileiros na década de 1990 e que foi agora substituída pelo Sirius. O acelerador de elétrons de quarta geração gera um tipo de luz capaz de revelar a estrutura atômica (organização dos átomos) de materiais orgânicos e inorgânicos. Oliva explica que o equipamento possui tecnologias avançadas de construção de ímãs e sistemas modernos para obtenção de vácuo de alta qualidade, bem como sistemas de controle dos feixes de elétrons que permitem que as partículas subatômicas cheguem a velocidades próximas da luz e, assim, emitir luz síncrotron ao terem suas trajetórias alteradas. Quebra-cabeça Para entender a necessidade de determinar a estrutura de pequenos cristais de proteína para assim descobrir um fármaco contra o novo coronavírus pode-se imaginar a montagem de um quebra-cabeça em que o cenário que está sendo montado são as proteínas (os alvos dentro do vírus) e as peças que devem ser encaixadas especificamente em cada posição são os compostos químicos. Se a substância química se encaixa perfeitamente na proteína-alvo, é possível bloquear a ação desta proteína e, assim, impedir a entrada ou a replicação do vírus dentro das células humanas. Dessa forma, os pesquisadores buscaram, por meio da luz síncrotron, identificar a posição dos milhares de átomos que constituem duas proteínas do coronavírus e, assim, sua estrutura. Entre as duas proteínas estudadas, uma é a protease chamada “principal” (M-pro, proteína estrutural número 5,nsp5) responsável por “cortar” a longa cadeia proteica sintetizada dentro da célula invadida a partir da informação contida no genoma viral, o que as torna ativas e funcionais para a replicação do vírus dentro das células humanas. A outra proteína estudada é uma enzima (nsp15) que “corta” o RNA do vírus, e cuja função dentro da célula humana ainda é alvo de estudos. “Proteínas têm uma superfície toda rebuscada, composta pela forma como seus átomos estão organizados, e que têm nas suas reentrâncias os sítios onde sua função catalítica é executada, seja no vírus, seja na célula infectada. A nossa missão neste estudo é, além de achar a estrutura dessas duas proteínas, também encontrar moléculas, compostos ou substâncias candidatas a fármacos que se encaixem perfeitamente nesses sítios e assim possam bloquear a ação do vírus”, diz. Muito mais assertiva que procurar um fármaco ao acaso, ou testar substância por substância em cultura celular, a equipe de pesquisadores utilizou uma estratégia chamada de Fragment Screening. Nela, centenas de moléculas muito pequenas, que são fragmentos de fármacos já conhecidos e de uso comum, são colocadas em contato com os cristais das proteínas-alvo. O objetivo é verificar onde e se elas podem se ligar. “A partir desses experimentos, moléculas maiores e mais complexas podem ser sintetizadas para conectar os fragmentos previamente identificados, aí sim, os verdadeiros candidatos a fármacos antivirais”, diz Oliva. Depois da etapa de cristalografia das proteínas e da triagem de substâncias, caso identifiquem potenciais candidatos os pesquisadores terão que testar os fármacos em cultura celular, modelo animal e em humanos, seguindo todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de um fármaco, até

Experimento realizado no Sirius busca fármaco para Covid-19 Read More »

Consumo de orgânicos aumenta na pandemia

A Organis, entidade de promoção dos orgânicos, fez uma enquete sobre o consumo de orgânicos na pandemia e constatou que aumentou em 44,5% o consumo de orgânicos nesses sete meses de restrições sociais para conter a pandemia da Covid-19. Mais da metade dos 456 entrevistados estão mais preocupados com a qualidade da alimentação (62,1%) com aumento na frequência de consumo: 46,6% afirmam consumir orgânicos todos os dias e 34,3% duas vezes por semana. Os produtos in natura representam 38,6% da preferência, mas é expressivo o percentual de pessoas que consomem também natural e industrializados – 50,9%. Na enquete, em repostas múltiplas, percebe-se que o consumidor de orgânicos compra onde tem oferta física e digital: 50,9% compram em supermercados, 46,5% em feiras, 34,6% em lojas especializadas e 19,1% nos onlines. “Foram só sete perguntas, nos canais de contato da Organis (pop-up, instagram, email). São pessoas que já têm orgânico no radar. Interessante destacar que o consumo aumentou, o consumidor permanece preferindo FLV, mas já aderiu ao industrializado e os ecommerces aparecem nos canais de venda, quase 20%. Assim como nas feiras de orgânicas, os ‘on lines’ vendem muito produtos de mercearia e de marcas, sendo uma opção completa para o consumidor. Outro ponto importante é que o aumento de preços foi sentido por mais da metade dos entrevistados (56,6%), mas não inibiu o consumo. Quando perguntamos se agricultura orgânica pode ajudar a prevenir nova pandemia, 81,8% afirmam que sim. Orgânico está relacionado com saúde”, explica Clauber Cobi Cruz, diretor da Organis. Para ajudar consumidores, produtores e serviços do setor, a entidade lança o onde.organic, um ambiente virtual onde todos se acham. Uma ferramenta de negócios e um mapeamento da produção orgânica, com georreferenciamento e filtro de produtos que ajudará toda cadeia de orgânicos: produtor encontra insumos e serviços, a indústria e o varejo acharão fornecedores, os consumidores vão encontrar onde tem produtos. “O serviço é por adesão. Por R$ 29,00 por mês, o interessado em achar e ser achado, vai ter um ambiente digital moderno e convergente aos interesses do setor. onde.organic é dividido em seis categorias: Raiz Orgânica (campo), Produtos (indústria), Lojas (mercados e restaurantes), Serviços (consultoria e certificação), Receba em Casa (delivery e on line) e Insumos (aprovados pela agricultura orgânica). Queremos em um ano ter mais de 2.000 inscritos”, explica Clauber Cobi Cruz.

Consumo de orgânicos aumenta na pandemia Read More »

Plataforma propõe despolarizar a política, enfrentar mudanças climáticas e reduzir desigualdades no Recife

Intrinsecamente relacionados ao aquecimento global, as inundações, ressacas, deslizamentos, pandemias e doenças virais, são eventos cada vez mais recorrentes. Apontada pelo Painel de Mudanças Climáticas Brasileiro (PBMC, 2014) como a 16ª cidade do mundo mais vulnerável às mudanças do clima, Recife ganhará nestas eleições, uma plataforma para formular soluções para problemas socioambientais. Intitulada Política Pelo Clima, a ferramenta colaborativa será lançada hoje (21), em uma reunião virtual, às 17h, via Youtube do Sinspire Hub e Zoom. O projeto tem como objetivo acompanhar a implementação de políticas públicas que reduzam os índices de pobreza e desigualdade da capital pernambucana, que podem ficar ainda mais críticos se não forem considerados os riscos climáticos que, além de gerar prejuízos estruturais (destruição de infraestrutura urbana e patrimônios públicos e privados), trazem impactos devastadores sobre os mais pobres. O Política Pelo Clima é uma plataforma suprapartidária para a construção transparente de compromissos, indicadores e monitoramento público de políticas municipais socioecológicas. O movimento visa despolarizar o ambiente político, agregar ideias e unir esforços, formulando soluções para atenuar as mudanças climáticas, fortalecer a resiliência socioambiental urbana, desenvolver uma economia limpa e acelerar a redução de desigualdades. O projeto é coordenado pelo Instituto InterCidadania (IC), com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e busca formar uma grande rede de parceiros. As principais iniciativas do Pelo Clima contemplam uma Carta de Compromissos com o meio ambiente, a ser assinada por candidatos(as) a prefeito(a) e a vereador(a), com recomendações associadas a indicadores, que serão medidos e monitorados de forma transparente por diversas instituições. O objetivo é despertar atenções para problemas urgentes, sensibilizar políticos de todos os partidos e ampliar o compromisso da sociedade com a implementação de soluções práticas, com visão sistêmica e espírito colaborativo. Os indicadores consideram os desafios mais emergenciais, interligando dimensões sociais, econômicas e ambientais e foram baseados em diagnósticos e estudos já disponíveis. Serão destacadas metas mensuráveis para Habitação (solucionar palafitas e moradias em locais de alto risco); Mobilidade (valorizar bicicletas, reduzir combustíveis fósseis e criar soluções de transportes públicos compartilhados e conectados); Educação (conhecimento climático na rede pública e formação profissional para cadeias produtivas sustentáveis); Incentivos a Negócios Verdes (impulsionar empreendimentos e empregos na economia circular); Arborização (regenerar ecossistemas e ampliar áreas verdes); EcoPlanejamento Urbano (ampliar a resiliência ambiental e reduzir riscos para a população); Energia (ampliar geração e uso de energia renovável); Resíduos (reduzir geração de lixo, aumentar processos de reciclagem e fomentar oportunidades de emprego e renda). “Cada indicador será acompanhado por um conjunto de entidades especializadas, que também ajudarão a formular inovações para catalisar resultados. Ou seja, se no âmbito da política não bastam promessas – é preciso fazer acontecer; no âmbito da sociedade organizada, também não basta cobrar – é fundamental ajudar a inventar e a implantar soluções práticas e rápidas. Este é o pacto que o Política Pelo Clima busca promover”, explica Sérgio Xavier, coordenador geral do projeto e ex-secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco. Todas as informações e compromissos do projeto, podem ser acessadas no site www.politicapeloclima.org.br. A plataforma conta com a coordenação geral de Sérgio Xavier, ex-secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, coordenação de relações institucionais de Patricia Ferraz, presidente do Instituto InterCidadania; a coordenação técnica de Walber Santana, professor da UFRPE e ex-diretor da CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco e a coordenação de comunicação da jornalista Luciana Nunes, criadora do SinsPire – Hub de Cultura, inovação e sustentabilidade do Recife. Esta experiência em Recife visa criar um modelo inovador de formulação de soluções e monitoramento de resultados, que poderá ser replicado em outras cidades. A capital foi escolhida por ter grandes desafios sociais e ambientais, por ter um alto nível de debate político, mas, também por já possuir um conjunto de políticas e instrumentos de gestão de riscos climáticos que devem ser consolidados e aprimorados, como patrimônio da cidade e não apenas de governos. Serviço: Lançamento digital de Plataforma Política Pelo Clima Hoje (21), a partir das 17h Ferramenta de Transmissão: Canal Youtube Sinspire Hub (https://www.youtube.com/watch?v=H7MVSyFlfXY) e através da ferramenta Zoom

Plataforma propõe despolarizar a política, enfrentar mudanças climáticas e reduzir desigualdades no Recife Read More »

Pesquisa da PwC identifica os avanços em gestão de pessoas durante a pandemia

Quando 2020 começou ninguém imaginava que as pessoas passariam a maior parte do ano em distanciamento social, com as residências tornando-se o centro social e profissional. Em meio ao processo de adaptação, uma das consequências da pandemia da Covid-19 foi a paralisação da atividade econômica em escala mundial. Assim como em outros países, no Brasil surgia uma dúvida: Como reagir à crise? Foi esta a pergunta feita pela PwC, em uma pesquisa realizada em julho, a 134 representantes de diferentes indústrias em todo o país. Entre as prioridades, foram identificadas ações em prol do bem-estar dos colaboradores: logo no início da crise, 85,1% das empresas criaram um comitê específico para administrar os casos de Covid-19. Houve também outras iniciativas, como a manutenção da força de trabalho, a adoção de processos automatizados e o amadurecimento do trabalho e da experiência digital. “A pandemia e a crise econômica pegaram a todos de surpresa”, afirma Flávia Fernandes, sócia da PwC Brasil. “Mas aos poucos o mercado percebeu que não era possível parar por vários meses, e era necessário reagir. Porém de que forma? O que tentamos descobrir foi como as empresas estavam trabalhando para enfrentar este cenário”, explica. Identificado o principal problema a ser enfrentado – a Covid-19 – era necessário, em seguida, pensar em como proteger a empresa: 60,4% afirmaram ter postergado os recolhimentos sobre FGTS e INSS. 50% também utilizaram o saldo de banco de horas a fim de que os empregados pudessem ficar em casa, enquanto 37% fizeram uso de créditos tributários/previdenciários (além de empréstimos bancários) a fim de proteger o fluxo de caixa. Na etapa seguinte, 99,3% das empresas adotaram o trabalho remoto. 70,1% também disponibilizaram equipamentos em regime de comodato, para que os profissionais pudessem ter seus instrumentos de trabalho em casa, e 52,2% adotaram um sistema de rodízio nos escritórios. Pensando no futuro e no retorno às atividades presenciais, 67,0% das empresas adotaram o controle de acesso das pessoas ao ambiente de trabalho, 52,2% implantaram um sistema de rodízio de profissionais e outros 15,7% afirmaram estudar reembolsar despesas com internet e telefone em decorrência do trabalho remoto. Para além dos números, as respostas demonstram as necessidades das empresas de se adaptar à nova realidade, bem como as tendências que daí surgiram – como a adaptação imediata ao trabalho remoto, investimentos em tecnologia e novos procedimentos de segurança, a fim de que as atividades primárias das empresas não fossem interrompidas. Nesse processo, muitas das mudanças que inicialmente aparentavam ser passageiras tornaram-se definitivas – incluindo estratégias de desenvolvimento e crescimento das empresas, como a redefinição do pacote de remuneração em alinhamento com a estratégia e a adoção de novas possibilidades de readequação e redistribuição da força de trabalho, agora espalhada por outras cidades ou até mesmo países. Embora a adaptação tenha sido repentina para todos, as empresas não podem deixar de observar as regras trabalhistas, fiscais e previdenciárias. “Existem vários fatores a serem observados pelos empregadores, desde o fornecimento de condições apropriadas para a execução das atividades laborais até o ajuste das políticas e processos internos, incluindo os procedimentos para preservação da segurança e saúde dos trabalhadores”, diz Flávia Fernandes. Cada regra que não seja observada pode gerar consequências financeiras às empresas – de custos adicionados à folha de pagamento a imposição de penalidades. Muitas empresas também se viram forçadas a fazerem adaptações em suas dependências ou mesmo reforçarem o fluxo de caixa, no intuito de não paralisar as operações. Mesmo em tempos de pandemia, é necessária a correta captação de recursos ou postergação de recolhimentos autorizada pelo Governo. “As empresas têm retomado projetos de apuração e compensação de créditos tributários e previdenciários como forma de monetização imediata, para poder viabilizar os investimentos necessários. Desta maneira, elas buscam evitar que as ações de caráter emergencial adotadas durante a pandemia se tornem um outro problema”, conclui Flávia.

Pesquisa da PwC identifica os avanços em gestão de pessoas durante a pandemia Read More »

UNIFBV debate cases de sucessos na internet

De hoje (20) até quinta-feira (22) acontece a Semana da Comunicação Live 2020 do UNIFBV. A programação acontece das das 19h às 22h. O tema do evento é Apertando o Play em 2020 – de novo. A programação traz alguns dos grandes temas da comunicação deste ano. Afinal, o que muda na vida do comunicólogo? Que novas formas de comunicação surgem na pandemia? Como a publicidade e o jornalismo estão se adaptando ao “novo normal”? Para dar leveza ao evento, além dessas questões, também foram convidados criadores de iniciativas de sucesso no ambiente digital. Na terça-feira, 20/10, o primeiro assunto da noite é “Propaganda não é isso aí, então o que é? Afinal, o que é propaganda” com Lucas Shuch (@lucasschuch). Ele é doutorando em comunicação pela UFSM e, após atuar alguns anos em agências, decidiu pesquisar quais eram as mudanças na publicidade e qual é o “presente” dessa profissão. Para contar o que vem encontrando, criou o projeto Propaganda não é só isso aí, que debate os problemas estruturais dessa indústria com jovens lideranças do mercado. O segundo assunto da noite é “Fotografia é arte?” com Verner Brenan (@vernerbrenan), fotógrafo pernambucano especializado em capturar imagens com sentimento, muita criatividade e extrema beleza. Na quarta-feira, 22/10, jornalismo entra na pauta com uma conversa sobre “O jornalismo e a voz da periferia” com Anelise Ponciano, integrante do coletivo de mídia livre Voz da Baixada (@vozdabaixadaoficial). Na sequência, a conversa é ampliada com uma discussão sobre “A pandemia das fake News”, conduzida por Cecília Almeida, professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na quinta-feira, 23/10, para encerrar o evento, a programação fica com um formato mais leve no Talk Show Opa Night, apresentado pelo aluno de Publicidade e Propaganda Rafael Amaral. Em uma produção descontraída, ele vai conversar com Gabriel Diniz, profissional da comunicação e criador do CyberKills (@cyberkills), um duo de música eletrônica brasileira que já colaborou com grandes nomes nacionais; com Davi Moraes e Sofia de Carvalho, administradores da página Saquinho de lixo (@saquinhodelixo), uma das principais criadoras de memes da internet; e com Luísa Andrade, publicitária criadora do sex shop virtual Voa, Mana! (@voamanagang), que, mais do que vender sex toys, surgiu com o propósito de desmistificar ideias sobre a sexualidade feminina, LGBTQIAP+ e a utilização de produtos eróticos. A Semana da Comunicação foi organizada pela turma de Merchandising e evento, de responsabilidade da professora Mayra Waquim, e pela Agência Experimental de Publicidade e Propaganda Opa (@agenciaopa), coordenada pela professora Janaina Calazans. A supervisão é da coordenação dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, Talita Rampazzo Diniz. Toda a programação será transmitida em tempo real no canal do Youtube do UniFBV (@unifbvoficial).

UNIFBV debate cases de sucessos na internet Read More »

Orquestra Criança Cidadã apresenta 2º recital em homenagem aos professores

A Orquestra Criança Cidadã aponta, mais uma vez, os holofotes a seus mestres, no segundo recital online protagonizado por integrantes de seu corpo docente. A apresentação irá ao ar na próxima quarta-feira, dia 21 de outubro, às 20h, no canal da OCC no Youtube. Após a performance de professores de instrumentos de sopro, na semana anterior, agora o destaque são os de instrumentos de cordas. Primeiro, com os irmãos e violoncelistas Davi Christian e Diógenes Santos – antigos alunos do Núcleo do Coque e hoje monitores dos núcleos de Igarassu e do Ipojuca, respectivamente –, e, na sequência, com o violinista Gilson Filho, um dos atuais coordenadores pedagógicos do projeto. Davi Christian será responsável por interpretar o primeiro movimento, “Prelúdio-Fantasia”, da “Suíte para violoncelo” do compositor catalão Gaspar Cassadò. Já Diógenes Santos tocará o quarto movimento, “Sarabanda”, da “Suíte nº 2, em ré menor, BWV 1008”, de Johann Sebastian Bach. A apresentação de Gilson Filho, coordenador pedagógico do Núcleo do Coque, será a elaborada versão para violino do “Carinhoso”, de Pixinguinha, escrita pelo maestro e violinista Cussy de Almeida (1936-2010). Gilson conta que conheceu Cussy de Almeida em 2006 e este o convidou a ser seu aluno particular de violino. “No primeiro dia de aula, ele me presenteou com um livro contendo algumas músicas que eu deveria preparar em dois meses, entre elas o arranjo do ‘Carinhoso’, que era extremamente difícil de ser tocado, tecnicamente falando. Acabou se tornando uma das minhas músicas favoritas”, conta. Para Gilson, o contexto histórico e sentimental da peça vem à tona cada vez que ele a executa. “Me sinto lisonjeado em ter tido a oportunidade de aprender esta música com o próprio arranjador, sem falar que professor Cussy foi um dos responsáveis pela minha formação e iniciação musical, afinal ele idealizou o projeto social Suzuki do Alto do Céu, no bairro de Água fria, onde eu iniciei a minha trajetória. De todas as vezes que apresentei este virtuoso arranjo, sem dúvida a mais marcante foi no dia da inauguração da Orquestra Criança Cidadã”, recorda. “Naquele dia, eu consegui mostrar para todos os meninos que se tornariam meus alunos, que a música pode, sim, transformar vidas, assim como transformou a minha”. A transmissão dos concertos via internet é uma das maneiras de a Orquestra Criança Cidadã demonstrar gratidão aos seus mestres pelo importante papel desempenhado neste período de pandemia e ainda, com o incentivo da Caixa, levar ao público o trabalho do projeto, enquanto as opções de apresentações presenciais se mantêm restritas. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Homenagem aos Professores da Orquestra Criança Cidadã – parte 2 Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 21 de setembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 15 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal

Orquestra Criança Cidadã apresenta 2º recital em homenagem aos professores Read More »

Pernambuco receberá investimento de R$ 110 milhões com novo Data Center

A capital pernambucana receberá um aportr de mais de R$ 110 milhões (US$ 20 milhões) para instalação de um novo Data Center na cidade. A estrutura atenderá sete estados do Nordeste e terá capacidade de aproximar grandes players do setor de Tecnologias da Informação e Comunicação ara o Estado.  As obras serão iniciadas em maio do próximo ano, com perspectiva de iniciar as operações em janeiro de 2022. O investimento contemplará a construção do novo Data Center (Tier 3 com 400 racks), além de uma landing station para o cabo submarino anunciado em 2019 pelo Governo do Estado será realizado pelo consórcio de investidores Recife Co., em parceria tecnológica com a Seaborn Networks, empresa sediada em Boston, Massachusetts (EUA). A atração do Data Center é o segundo passo do consórcio de investidores após o anúncio do cabo submarino, que vai conectar Pernambuco à internet global de alta performance e, consequentemente, reduzir o custo pela contratação de conexão de baixa latência (maior velocidade). “São investimentos volumosos, que vão ao encontro do que a gente acredita dentro da economia do conhecimento e da melhoria da infraestrutura da rede de dados de Pernambuco. Vamos dotar o Estado de condições cada vez melhores para estarmos dentro de um contexto mundial de economia do conhecimento, economia criativa e muita geração de emprego e renda na área da tecnologia da informação”, reforçou o governador Paulo Câmara. A expectativa do grupo de investidores é que o projeto, quando atingir sua maturidade, fature até R$ 320 milhões por ano. O centro de tratamento de dados será acoplado às instalações da Estação de Aterrissagem (CLS – Cable Landing Station) da derivação do cabo submarino do SeaBras-1, projeto que exigiu tratativas por mais de dois anos entre o governo estadual, Prefeitura do Recife e empresários. O investimento de US$ 20 milhões vai complementar os US$ 40 milhões que serão aportados na construção do cabo, a partir de agosto de 2021 – empreitada também bancada pela Recife Co., em parceria com a Seaborn Networks. “Este é um empreendimento importante que muda a qualidade, a velocidade e a estabilidade da internet na nossa cidade. Melhora para quem investe na área de tecnologia, para as empresas da área e também para todo mundo na sua vida cotidiana. A internet está cada vez mais no dia a dia e nos negócios em nossa sociedade”, afirmou o prefeito Geraldo Julio. Fazendo a conversão em real (com a cotação do dólar a R$ 5,562), a iniciativa significará a injeção de mais de R$ 330 milhões em infraestrutura de ponta centralizada na capital pernambucana. “Esse é um relevante investimento em Infraestrutura para a economia do século 21. Contar com um centro de processamento de dados com essa capacidade, inédito ainda no Estado, vai conferir produtividade não apenas para as empresas, mas para o setor público, a Academia, instituições de ensino de todos os portes e também para a população em geral. Dispor de alta conectividade a baixo custo é indispensável para o desenvolvimento das habilidades exigidas no novo mercado de trabalho global”, destaca o secretário Bruno Schwambach. Para Halim Nagem, um dos empresários que integra o consórcio, o investimento melhorará ainda mais o ranking de Pernambuco e da cidade do Recife como opções para novos negócios para grandes corporações nacionais e internacionais. “A oferta de tráfego de dados em alta velocidade e com segurança é um dos primeiros critérios a serem observados pelos investidores. Mas mesmo os pequenos negócios e pessoas físicas também irão tirar proveito dessa operação”, observa. “A tecnologia estará disponível para todos. Já somos um polo logístico e tecnológico e, com esse aporte, daremos um salto ainda mais qualitativo”, complementa. O empreendimento também deve funcionar como fator de atração para grandes players de tecnologia aportarem no Porto Digital, parque tecnológico de classe internacional que em 2019 abrigava mais de 339 empresas, gerando mais de 11,6 mil empregos diretos. O faturamento do Porto, no ano passado, foi de R$ 2,35 bilhões. Para se ter uma ideia, o polo pernambucano de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é o terceiro maior contribuinte de ISS (Imposto Sobre Serviços) do Recife, atrás de saúde e educação. “Sem dúvida alguma, a chegada desses dois ativos a Pernambuco irá proporcionar um incremento nos negócios do Porto Digital, ajudando a atrair novas empresas e startups que para o nosso parque tecnológico, o que vai gerar um aumento significativo de empregos e faturamento no ecossistema da tecnologia da informação e da economia criativa no Recife e em todo o Estado”, reforça o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. ENTENDA O PROJETO O Data Center da Recife Co. atraído para Pernambuco funcionará como um complexo de três pisos, dividido da seguinte forma: no térreo, haverá uma área dedicada ao desembarque do cabo submarino SeaBras-1, estrutura de 500 quilômetros que colocará o Recife em conexão direta com São Paulo e Nova York, duas das maiores capitais financeiras das Américas. A conexão que chegará à capital pernambucana fará uma “ponte” com a já existente estrutura de 10,5 mil Km de cabos do SeaBras-1, que começa em NY e vai até Praia Grande (SP) pelo fundo do mar. Este piso abrigará uma parte do complexo denominada “Cable Landing Station”. No mesmo nível ficarão as construções para os equipamentos da subestação, moto gerador, sistema de energia ininterrupto, central condicionadora de ar e equipamentos de energia para o cabo submarino. Além disso, a sala de Telecom para entrada e saída de cabos de fibras óticas, escritórios, salas de reunião, recepção, depósito e construções auxiliares. O primeiro e segundo andares, por sua vez, serão compostos de “data halls” (salas para abrigar os servidores das empresas contratantes). Eles serão preenchidos em quatro fases, cada uma com 100 “racks” para servidores e cada rack com potência média permitida de 10KW cada um. Com a ocupação plena com todos os “data halls”, o consumo de energia será 5MW. De acordo com a Recife Co., a infraestrutura do centro de processamento de dados será suprida por duas linhas independentes de energia elétrica de

Pernambuco receberá investimento de R$ 110 milhões com novo Data Center Read More »

A Revolução de 30 do ponto de vista nordestino

Até parece obra de ficção o drama de João Pessoa, assassinado pelo adversário político João Dantas, que foi morto na Casa de Detenção do Recife; e a morte de João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba, vice na chapa de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal. Os desdobramentos deste episódio levaram à deflagração da Revolução de 30, movimento que neste mês completa 90 anos. Oportunamente, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) publica Três homens chamados João ? Uma tragédia em 1930, da escritora Ana Maria César. O lançamento será nesta quinta-feira, dia 22, às 17h30, no canal da Cepe no YouTube, com bate-papo entre a autora e o editor Diogo Guedes. O livro traz um novo foco sobre o mais importante movimento revolucionário brasileiro, ratificando historicamente a vocação libertária de Pernambuco, que protagonizou a Revolução Pernambucana de 1817, a Convenção do Beberibe, a Confederação do Equador e a Revolução Praieira. Para escrevê-lo foram necessários quatro anos de dedicação ao tema, obedecendo à precisão historiográfica. Na pesquisa, a autora privilegiou os jornais locais a fim de captar o entusiasmo, a comoção, o desvario do povo vivendo um novo momento. Além da perspectiva nordestina da história, e da sacada dos três homens chamados João, um importante diferencial do livro está na riqueza da linguagem narrativa, que se assemelha ao que há de melhor em estilo literário. Essas características, aliadas à capacidade imagética da escritora, conduzem o leitor ao ambiente da época. É como se a própria Ana Maria tivesse vivido os acontecimentos de então. O teor passional e trágico dos acontecimentos também permitiram à autora uma construção mais despojada. Algumas vezes até mesmo poética. “Chego a ver o tumulto da Rua Nova na tarde de 26 de julho (data do assassinato de João Pessoa). Percebo a agonia de Augusto Caldas (preso injustamente com o cunhado João Dantas) na Casa de Detenção. Sinto o vento que dança nos cabelos de Ritinha (Rita de Cássia Dantas Villar, mãe do escritor Ariano Suassuna), no Porto do Recife, se despedindo de João Suassuna (que foi à capital, Rio de Janeiro, provar sua inocência, e lá foi morto). Ouço o martelar da máquina de escrever de João Dantas em Olinda, escrevendo mais um artigo contra João Pessoa. Acompanho a trajetória de desespero de Anayde Beiriz até o momento final. E então escrevo. Porque o que sou mesmo é escritora”, define-se Ana Maria. A fim de apreender armas e munições que pudessem ser usadas numa possível revolta, João Pessoa mandou a polícia revistar as casas dos suspeitos. No dia 10 de julho de 1930 invadiram o escritório do advogado e jornalista João Dantas. Embora a polícia não tenha encontrado armamento, com a intenção de desmoralizar e atingir a honra de João Dantas, o jornal estatal A União iniciou a publicação dos papéis ali apreendidos, cartas e telegramas de familiares e correligionários, peças de processos de constituintes, promissórias, um diário, “confidência da mais repugnante politicagem”, alardeava a folha. E no dia 26 de julho, o advogado entrou na Confeitaria Glória, no Recife, onde o presidente da Paraíba se encontrava, e matou João Pessoa com três tiros de revólver. A comoção popular levou ao movimento armado em 3 de outubro, considerado vitorioso em 24 de outubro. Fascinada pela história, a escritora recifense ressalta a ancestralidade paraibana e sertaneja. “Meus pais eram fervorosos adeptos da Aliança Liberal. Quando eu tinha 12 anos, na Praça João Pessoa, meu pai narrou para mim a Revolução de 1930. Claro que não lembro nada do que ele disse, mas possivelmente aquela narrativa ficou no meu inconsciente como uma epopeia do nosso povo. Agora me sinto em paz. É como se tivesse cumprido um pacto, contar a história do ângulo dos nossos dois Estados”, destaca Ana Maria. No prefácio, a professora e escritora pernambucana Margarida Cantarelli, ocupante da cadeira 9 da Academia Pernambucana de Letras, diz que muito já se escreveu sobre a Revolução de 30, mas que a autora conseguiu ir além do que já foi produzido sobre o tema. “Ana conseguiu trazer fatos e interpretações novos ao que se supunha definitivamente esclarecido ou adormecido”, diz. Sobre o teor dramático da história e sua semelhança com a ficção, a acadêmica lembra o filme da cineasta Tizuka Yamasaki, Parahyba Mulher Macho. Em 1983, quando Margarida era chefe da Casa Civil do Governo de Pernambuco, presenciou algumas cenas gravadas nas dependências do Palácio do Campo das Princesas. No elenco, Tânia Alves, como Anayde; Walmor Chagas protagonizava João Pessoa; e Cláudio Marzo, João Dantas. DESTAQUE “O subtítulo do livro – uma tragédia em 1930 revela o que penso do assassinato dos três homens chamados João. Nessa trajetória, me irmanei com o drama dos personagens e, sobretudo, com o povo, em seu entusiasmo mais verdadeiro e em sua comoção mais aterradora”, ressalta a autora. Alguns capítulos foram reticulados, a pedido da escritora, para diferenciá-los dos demais, que tratam de política, dissenções partidárias, processos judiciais. Nesses, cujas páginas receberam uma cor acinzentada, Ana Maria descreve as tragédias, individuais ou coletivas. Optou por enumerar os 40 capítulos nos quais usa epígrafes e frases icônicas tomadas de empréstimo a personagens do livro para servir de abertura de cada capítulo. Em relação à figura de Anayde, Ana Maria conta que pouco se sabia a seu respeito, apenas que havia morrido no Asilo Bom Pastor, no Recife, após ingerir veneno. “Falava-se de uma carta que teria endereçada à mãe, antes de morrer, mas que havia desaparecido. No entanto, ao tomar conhecimento do meu trabalho, Margarida Cantarelli disse que o inquérito sobre a morte de Anayde, inclusive a carta que escrevera à mãe, encontravam-se no cofre do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco. A importância desses documentos é trazer à luz da História um fato novo, até então desconhecido, prova de que a História não tem ponto final”, destaca a autora de Três homens chamados João – Uma tragédia em 1930. SOBRE A AUTORA Ana Maria César é pernambucana do Recife. Bacharelou-se em Direito pela

A Revolução de 30 do ponto de vista nordestino Read More »