Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 351 De 441

Rafael Dantas

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Associados do Sindhospe contratam médicos para UTIs e leitos de retaguarda

Para enfrentar o avanço do novo coronavírus, os associados do Sindhospe (Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado de Pernambuco) estão solicitando médicos e profissionais da área de saúde para atuarem nas UTIs e leitos de retaguarda dos hospitais privados do estado. Os profissionais podem ser de qualquer especialidade, de preferência com menos de 60 anos e sem comorbidades. Os profissionais interessados podem enviar currículo para o e-mail: contato@sindhospe.org.br ou entrar emom a secretária da diretoria, Fabiana Santana, pelo telefone: (81) 9.9241-7982. Os associados que quiserem contratar médicos e profissionais de saúde também podem fazer a solicitação pelos nossos canais de comunicação. O Sindhospe está atento a este momento difícil e entende que só a união de forças é capaz de superar o combate ao vírus.

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Abril Marrom: IOR alerta sobre prevenção da cegueira

Neste mês, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) faz um alerta para a prevenção, o combate e a reabilitação da cegueira. Apesar do isolamento total na luta contra a pandemia de Covid-19, outros aspectos de saúde não podem ser esquecidos, dentre eles, a saúde ocular. “O Abril Marrom é uma oportunidade de chamarmos a atenção da população e das autoridades para a necessidade do acesso universal à saúde ocular e ao exame oftalmológico, que são fundamentais para a redução de casos de cegueira no Brasil e no mundo”, explica o oftalmologista Roberto Galvão Filho, especialista em catarata, refrativa e glaucoma no IOR. O número de casos de cegueira que poderiam ser evitados é alarmante. Para se ter uma ideia, em seu primeiro levantamento global sobre o tema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas vivem nessa condição. Divulgado em outubro do ano passado, o Relatório sobre a Cegueira mostrou que até 50% dos casos acontecem por não serem tratados a tempo. “O problema é que muitas pessoas ainda resistem a procurar o oftalmologista, deixando para fazê-lo só quando sentem algum incômodo na visão. Isso é grave, porque muitas doenças são assintomáticas, enquanto outras se manifestam já em estágio avançado”, explica Galvão Filho. Por isso - mesmo em tempos de pandemia - o Abril Marrom é uma ação indispensável. “Necessitamos salvar a visão de milhares de pessoas, alertando-as para a necessidade de consultar periodicamente o oftalmologista. Boa parte das doenças oculares têm tratamento e as que não têm cura, como o glaucoma, quando tratadas no início, podem ser controladas”, comenta o médico. GLAUCOMA – Uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma, normalmente, não apresenta sintomas, sendo associado ao aumento da pressão intraocular. “É necessário ir anualmente ao oftalmologista, porque se o diagnóstico do glaucoma for tardio e o tratamento não for realizado logo no início a cegueira é inevitável”, explica Galvão Filho. Apesar de ser uma patologia grave, a maioria dos brasileiros ainda não a conhecem. Pesquisa realizada, em 2018, pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), apurou que 40% dos entrevistados sequer conhece a enfermidade. Ainda segundo a SBG, o glaucoma atinge cerca de 2% dos brasileiros acima dos 40 anos, resultando em cerca de um milhão de pessoas. Os dados também revelaram que aproximadamente 50 milhões de brasileiros nunca foram a um oftalmologista. RISCO - Quanto aos fatores de risco, Galvão Filho alerta que pessoas acima de 40 anos e com histórico de glaucoma na família, hipertensos e diabéticos, bem como aqueles com alto grau de miopia e pressão ocular elevada têm mais chance de desenvolverem a doença. O glaucoma é uma doença silenciosa, o que prejudica o diagnóstico precoce. Portanto, a única forma de evitar suas consequências é ir ao oftalmologista e fazer exames de rotina. “Hoje em dia não existe mais idade certa para consultar o oftalmologista. O que preconizamos é que haja um acompanhamento. Se houver fatores de risco, mesmo na infância, é interessante que o paciente seja avaliado regularmente”, orienta o médico. As formas de tratamento do glaucoma são variadas, principalmente com colírios, laser e cirurgias. “Usamos colírios que controlam 85% dos casos. Quando isso não funciona, o paciente é submetido a uma cirurgia com laser ou tradicional, que tem altos índices de sucesso”, revela Galvão Filho.   Serviço: Abril Marrom – mês de prevenção, combate e reabilitação da cegueira Dr. Roberto Galvão Filho Instituto de Olhos do Recife Teleatendimento: 2122.5000 www.ior.com.br

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Coronavírus faz aumentar lista de espera de transplantes

Referência na área de transplantes, o Recife está enfrentando mais uma consequência da pandemia do coronavírus: a lista de espera por um órgão só faz crescer assim como a mortalidade dessa lista. A explicação é que caiu o número de doadores, em virtude da atenção total para o combate à Covid-19. O médico Cláudio Lacerda, coordenador do setor de transplantes do Hospital Jayme da Fonte, com a experiência de quem já realizou ao lado da sua equipe, mais de mil transplantes de fígado, diz que a população, mesmo nesse momento atípico, precisa estar atentar para a possibilidade da doação nos caso específicos, já que pacientes que testaram positivo para o Covid não podem ser doadores. Em Pernambuco existem mais de 1,5 pessoas na fila de espera, sendo mais de mil para rim; 171 para córnea, 129 para fígado, além de outras dezenas para coração, medula e pâncreas.

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Mandetta fora do Ministério da Saúde

Em suas redes sociais, Luiz Henrique Mandetta anunciou que foi demitido do cargo de Ministro da Saúde. Com aprovação elevada da sua atuação no combate ao novo coronavírus, o médico vinha enfrentando nas últimas semanas uma série de embates com o presidente Jair Bolsonaro, defensor do fim do isolamento horizontal. Mandetta escreveu em suas redes sociais: "Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar. Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS (Ministério da Saúde) e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso País". O oncologista Nelson Teich foi confirmado por Jair Bolsonaro como novo ministro. No seu discurso de posse o novo ministro não anunciou mudanças na questão do isolamento social.

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Setor Metalmecânico: 60% das empresas estão paradas ou com produtividade reduzida

Depois de amargar quedas de produtividade, desemprego e, até mesmo, encerramento das atividades de algumas empresas fornecedoras do Complexo Portuário de Suape, o setor metalmecânico de Pernambuco sofre mais uma queda de braço. É que desde que os efeitos da Covid-19 chegaram à economia local, o segmento tem sido um termômetro do quanto esse efeito cascata deixará mais distante a recuperação do setor. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco (Simmepe) e 1º vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), Alexandre Valença, boa parte das empresas fornece insumo para a cadeia produtiva e o efeito mais severo, neste momento, é não contar com a demanda do mercado. “Elas dependem do nível de investimento de outras indústrias, como as da construção civil, naval, automotiva. Quando não tem isso, naturalmente, a demanda cai e a produtividade das empresas de base é afetada”, disse, destacando que, além desse freio, existe também uma dificuldade atrelada ao canal de distribuição. Valença reforçou a importância dessas empresas sobreviverem, pois são delas que nascem a produção de lata, autopeças, eletrodomésticos e até os insumos destinados à construção civil, por exemplo. “Ou seja, ficou dificílimo fazer qualquer projeção de retomada. Dessa vez, percebemos uma crise com um agravante muito maior: pois se antes a dificuldade se concentrava ao Complexo Portuário de Suape, agora, ela se tornou geral”, sentenciou. Os efeitos disso tem acertado em cheio as indústrias de consumo do segmento, como as produtoras de aço, de minério de ferro, as serrarias até as fabricantes de panelas e de eletrodomésticos. “Se já estava ruim com a situação dos estaleiros, agora, ficará bem pior, pois, no momento, muitas têm optado por paralisar a produção, conceder férias coletivas ou usar os recursos do banco de horas para atenuar as perdas atuais e ajudar na sobrevivência delas próprias”, analisou. Dados do Simmepe revelam que 60% das empresas do segmento estão paradas ou com a produtividade reduzida, de um total de 2 mil indústrias - sem contar as que concederam férias coletivas aos seus funcionários. “É um cenário deliciado, sobretudo porque ninguém teve experiência com pandemia e muito menos com o pós pandemia”, afirmou Valença. O diretor presidente da Mectronic Eletromar, Wadi Nicola Mansour, bem sabe como está a dura realidade das empresas do segmento. Proprietário de duas unidades fabris de instalações elétricas e de um galpão, ocupando uma área de 35 mil metros quadrados em São Lourenço da Mata, Mansour está com a produção parada desde o dia 25 de março e concedeu férias coletivas para 800 colaboradores. “O efeito é drástico e atinge 95% do faturamento da minha empresa, além de elevar a inadimplência para uma taxa de 70% (antes, não chegava a 1%). Isso quebra qualquer negócio e, por tabela, toda uma cadeia que depende disso. Hoje, no Brasil, temos mais de 100 mil pontos de vendas. Imagina a quantidade de postos de trabalho gerados indiretamente?”, questionou, explicando que é possível que a situação provocada pela Covid-19 tenha efeitos ainda mais drásticos se comparado à crise de 2014. De lá para cá, o empresário disse não ter conseguido ocupar a capacidade instalada total das fábricas, que operavam em 60%. É provável que, quando a pandemia arrefecer, esse percentual não chegue a 50% em virtude, sobretudo, da retração de 30% do mercado de material de construção. A Mectronic Eletromar destina 97% da sua produção para o mercado interno, sendo dividida entre as regiões Nordeste, Sul e Sudeste; e 3% para o mercado externo, atendendo os países das américas Latina e Central e o Oriente Médio. Assim como a empresa de Mansour, outros negócios pernambucanos estão passando por essa mesma situação e, por isso, o 1º vice-presidente da FIEPE, Alexandre Valença, acredita que as soluções para mitigação dos efeitos estão no retorno dos investimentos por parte dos governos, no financiamento dos bancos públicos e privados e no retorno das grandes obras públicas. Dados externos Além da crise atingir o mercado interno do setor metalmecânico, o externo também tem dado sinais de retração. Informações compiladas pela FIEPE, com base nos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, dão conta que há uma queda nas exportações de embalagens de alumínio – inseridas nas indústrias metalúrgicas – de 35% de fevereiro para março, registrando recuo de 25% da média do ano passado. Para se ter ideia, 77% do mercado externo atendem Argentina, Paraguai e Chile – também afetados pelo coronavírus. (Do Sistema Fiepe)

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Festeje o Dia Internacional do Livro e o centenário de Clarice Lispector

Em celebração ao Dia Internacional do Livro e em homenagem a escritora Clarice Lispector, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará, no dia 23 deste mês, a Festa Digital do Livro. O evento começará às 6h e seguirá até a meia-noite no endereço eletrônico flidfundaj.com.br. Serão 18h ininterruptas de lives de palestras, debates, entrevistas, recitais, filmes e programas de rádio e TV. O universo do escritor irlandês James Joyce, uma das inspirações de Clarice, está relacionado à duração do evento. Em seu clássico Ulisses (1922), Joyce leva seu personagem principal em uma viagem de 18 horas por Dublin. Durante o evento online participarão diversas personalidades, entre escritores, professores, artistas, jornalistas e articuladores culturais do Brasil e do Mundo. Será discutido desde o livro em si - obras, escrita, história etc. -, até os formatos físico e digital. A jornalista e escritora Clarice Lispector será homenageada pelo seu centenário, comemorado em dezembro deste ano. Ucraniana naturalizada brasileira, a escritora é uma das autoras mais importantes internacionalmente do século 20 e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Por isso, também, a cultura judaica integra a tríade de temas centrais. “Nada melhor no Dia Internacional do Livro que uma homenagem a mais internacional das escritoras brasileiras”, aponta o presidente da Fundação e escritor, Antônio Campos. Sobre o formato proposto, ele destaca o papel da Instituição diante do cenário de combate à pandemia do novo coronavírus. “Com as medidas de prevenção adotadas, estamos experienciando novas dimensões do convívio digital. As lives ou videoconferências nunca estiveram tão presentes e foram usadas de tantas formas quanto agora. Nosso esforço é para continuarmos atuantes, com iniciativas e atividades de qualidade. É um momento também de estimular a leitura”, ressalta. A iniciativa é coordenada pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca). “A Dimeca entende que o projeto de um festival 100% digital, neste momento, justifica-se por si só. É a diretoria o espaço por excelência da riqueza documental, artística, cultural e educativa da Fundação. É nossa missão realizar ações digitais que continuem a atender aos interesses da população”, explica o gestor da Dimeca, o escritor e jornalista Mario Helio Gomes, curador da Festa Digital do Livro. Para a celebração da data, explica, adotou a origem ibérica, iniciada em 23 de abril de 1926. “É também a data de morte do escritor espanhol Miguel de Cervantes e do dramaturgo inglês William Shakespeare”, acrescenta. Com uma programação híbrida, as atividades contarão com transmissão simultânea no site flidfundaj.com.br e nas redes sociais da Fundaj - Instagram, Facebook, Twitter, YouTube. Na abertura, às 6h, contará com o poema “Tecendo a manhã”, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, amigo de Lispector, além da fala do presidente da Fundação, Antônio Campos, ao vivo na TV Fundaj. A leitura do horóscopo e das principais manchetes de jornais do 10 de dezembro de 1920 (nascimento da homenageada), a programação musical trazendo canções do Recife nas décadas de 1920 e 1930, antecedem a primeira entrada do programa de rádio e TV “A Hora das Estrelas”. Na sequência, a Festa Digital do Livro discute “O livro didático no Brasil”. Integram o bate-papo representantes da Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Quem assume a primeira palestra é a agente literária Luciana Villas-Boas, que refletirá sobre a situação atual e o mercado editorial em “Melhor estar no negócio do livro do que no da aviação”. A programação matutina chega ao fim com a leitura de “O mistério do coelho pensante” (1967), texto infantil escrito por Clarice Lispector após a provocação do filho sobre o porquê de escrever textos para adultos apenas. À tarde, a jornalista e escritora Cláudia Nina, que editou o caderno especializado em literatura do Jornal do Brasil, Ideias & Livros, e contribuiu para o Prosa & Verso, do O Globo; assume a segunda palestra: “O pequeno mundo compartilhado - a subjetividade pulsante nas crônicas de Clarice”. Cláudia também é autora de A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector, publicado no Brasil em 2003. A crônica, aliás, é o objeto de análise da atividade seguinte. O jornalista Marcelo Pereira, editor do caderno Cultura do Jornal do Commercio, é convidado a responder perguntas sobre o cronista pernambucano Antônio Maria e Lispector. Já o professor Lawrence Flores Pereira, doutor em Teoria da Literatura pela PUCRS, realiza leitura de trechos da obra de William Shakespeare, na data do aniversário de morte do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare. O poeta e dramaturgo criou personagens imortais da literatura mundial, como Otelo, Hamlet, Romeu e Julieta. Lawrence é um dos tradutores da obra do dramaturgo no Brasil. Para refletir a cultura judaica no País, a Cinemateca Pernambucana exibe “O Rochedo e a Estrela”, de Katia Mesel. Ainda entre as palestras, o professor João Cezar de Castro Rocha abordará Shakespeare e Miguel de Cervantes dentro de uma perspectiva comparada. A leitura de trechos do romance Dom Quixote, de Cervantes, pelo professor espanhol Ángel Espina Barrio; e a entrevista ao escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da Academia Pernambucana de Letras e membro da União Brasileira de Escritores, encerra a programação vespertina. A Hora das Estrelas volta ao ar e, dentre os destaques da noite, também está a palestra “Por uma questão de justiça: modos de ler Clarice Lispector”, com a professora da PUC-Rio Clarisse Fukelman. A palestrante reuniu publicações e adaptações da autora no Brasil e no exterior numa vasta pesquisa de mais de 30 anos. A exibição do curta-metragem Clandestina Felicidade, de Marcelo Gomes e Beto Normal, e a divulgação dos resultados dos concursos Claricem Imagens e Claricem Palavras integram o momento. Os ganhadores serão premiados com entradas grátis para os cinemas da Fundação ou fotobiografia da escritora (conferir detalhes abaixo). O encerramento fica por conta da leitura das histórias de fantasmas compiladas no livro Assombrações do Recife (1955), clássico de Gilberto Freyre. Dentre as estórias, pontos da capital pernambucana, como a Cruz do Patrão, no porto do Recife, e lendas como O Papa-Figo. Interpretações

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Butantan vai desenvolver em laboratório anticorpos para tratar COVID-19

  Um grupo de pesquisadores do Instituto Butantan trabalha no desenvolvimento de um produto composto por anticorpos para combater o novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os anticorpos monoclonais neutralizantes, como são chamados, serão selecionados de células de defesa (células B) do sangue de pessoas que se curaram da COVID-19. A ideia é encontrar uma ou mais dessas proteínas com a capacidade de se ligar ao vírus com eficiência e neutralizá-lo. As moléculas mais promissoras poderão, então, ser produzidas em larga escala e usadas no tratamento da doença. Coordenado pela pesquisadora Ana Maria Moro e apoiado pela FAPESP, o projeto utiliza uma plataforma criada para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais (mAbs) humanos para diferentes doenças, que está em fase avançada para obtenção de anticorpos monoclonais para o tratamento de zika e tétano. “Começamos a desenvolver essa plataforma em 2012 com os mAbs humanos antitetânicos, com apoio da FAPESP, e identificamos uma composição de três anticorpos que neutralizam a toxina do tétano. Depois, estabelecemos um acordo com a Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, sob coordenação de Michel Nussenzweig, para gerar linhagens celulares para mAbs antizika, que foram identificados no seu laboratório durante a epidemia da doença, em 2015. São dois mAbs neutralizantes que poderão ser usados na proteção de gestantes em caso de retorno da circulação desse vírus. É um processo longo, mas já estamos começando o trabalho com o novo coronavírus”, disse Moro à Agência FAPESP. O trabalho segue um princípio parecido com o da transferência passiva de imunidade – técnica que consiste na transfusão de plasma sanguíneo de pessoas curadas da COVID-19, que também está sendo desenvolvida no Brasil (leia mais em: agencia.fapesp.br/32940/). O plasma – parte líquida do sangue – de pessoas que se curaram da COVID-19 é naturalmente rico em anticorpos contra a doença. Ao entrar na corrente sanguínea de uma pessoa doente, essas proteínas começam imediatamente a combater o novo coronavírus. No entanto, ainda não se sabe exatamente quais anticorpos estão combatendo o microrganismo. Além disso, diferentes doadores podem ter quantidades maiores ou menores dos chamados anticorpos neutralizantes, que não só reconhecem como eliminam o vírus. A técnica de transferência passiva de imunidade depende ainda de constantes doações de plasma para manter os estoques. “No caso dos anticorpos monoclonais, um líquido composto por um ou mais anticorpos selecionados entre os mais eficientes é produzido em larga escala, de forma recombinante, por cultivos celulares no que chamamos de biorreatores”, explica a pesquisadora. Atualmente, existem mais de 70 biofármacos à base de anticorpos monoclonais aprovados para uso clínico no mundo. A maioria é voltada ao tratamento do câncer e doenças autoimunes e vários, mais novos, para outras condições, como o combate ao vírus ebola. Há ainda centenas de produtos em diferentes estágios de ensaio clínico. Recrutamento de convalescentes A primeira parte do trabalho é o recrutamento de voluntários convalescentes da COVID-19, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), onde Moro também atua como professora, e com a Rede Vírus (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). Com o sangue coletado dos voluntários, os pesquisadores realizarão uma série de processos de biologia molecular a fim de identificar, nos linfócitos B, as sequências de genes que expressam os anticorpos neutralizantes. Cada anticorpo será então caracterizado quanto à sua ação perante o vírus, como capacidade de ligação, especificidade e afinidade, reatividade cruzada com outros anticorpos e capacidade de neutralização. Entre um e três anticorpos que tiverem maior eficiência nesses critérios serão então testados em animais. No caso do vírus zika, um anticorpo apenas havia sido selecionado devido à sua capacidade neutralizante. Quando testado em animais, porém, ele sozinho não deu conta de suprimir o vírus pelo mecanismo de escape viral. Foi então agregado um segundo anticorpo, que, em conjunto com o anterior, mostrou-se efetivo. No caso do tétano, foram três anticorpos selecionados para a terapia contra a toxina causadora da doença. Identificados os genes, a etapa seguinte consiste na transfecção dos que produzem os anticorpos mais promissores em células para gerar as linhagens recombinantes permanentes. No desenvolvimento da linhagem celular, são produzidos muitos clones, que são isolados, caracterizados quanto às propriedades celulares (crescimento, viabilidade, produtividade) e do anticorpo expresso pela ação esperada (ligação, afinidade, capacidade de neutralização) Os resultados são levados em consideração para selecionar os melhores clones, que podem ser produzidos em larga escala num biorreator para, então, serem levados aos ensaios pré-clínicos e clínicos. André Julião | Agência FAPESP

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Recife inicia segunda fase da vacinação

A partir desta quinta-feira (16), a Prefeitura do Recife inicia a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe e continua vacinando o público da primeira etapa. O município recebeu, nesta quarta-feira (15), 32 mil doses enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). Esta nova etapa da campanha tem como público-alvo pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais, detentos e funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em cumprimento de medida socioeducativa, profissionais das forças de segurança e salvamento, além dos portuários, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo. Diferentemente da primeira etapa, o Ministério da Saúde não estipula meta de vacinação para os grupos da segunda fase. De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife, a capital pernambucana vacinou quase 215 mil pessoas na primeira fase, sendo 174 mil idosos (95% do público-alvo, ultrapassando a meta de 90%), e mais de 40 mil profissionais de saúde (64% do total, abaixo da meta de 90%). Os idosos e profissionais de saúde que não se imunizaram na primeira fase ainda podem se vacinar. A vacinação vai acontecer das 8h às 17h, em cerca de 150 postos de saúde da cidade, e em dois pontos de drive thru para os idosos. A lista completa dos locais de vacinação está no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br). Haverá pontos de drive thru no Shopping Riomar, no Pina (em frente ao Diagmax), e na Avenida Beberibe, em frente ao Estádio do Arruda. O objetivo é fazer com que as pessoas com mais de 60 anos possam se vacinar sem sair do veículo, seja ele carro, moto, ônibus ou outro, para evitar aglomeração, protegendo-as de ambientes onde circulam pessoas doentes. Os drives foram fruto de parcerias com o Grupo JCPM e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE). DOCUMENTOS – Para agilizar a vacinação, o Programa de Imunização do Recife (PNI Recife), recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos). Parte do público-alvo precisa apresentar também documentos que provem a necessidade da imunização. Os profissionais das redes públicas e privadas de saúde, por exemplo, devem levar comprovantes laborais, como crachás ou carteira de trabalho. Já as pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como asmáticos, hipertensos, diabéticos, obesos e transplantados, devem apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Os portuários, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo devem apresentar documento comprobatório, como carteira de trabalho, contracheque com documento de identidade, carteira de sócio dos sindicatos de transportes ou carteira de habilitação (categorias C ou E). A Secretaria de Saúde do Recife esclarece que a vacina não protege contra o novo coronavírus, mas sim contra os três tipos de vírus que mais circularam no hemisfério Sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2). Apesar disso, a imunização contra Influenza torna-se ainda mais importante neste período de pandemia de covid-19 porque pode auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico de covid, uma vez que os sintomas das duas doenças são parecidos, além de minimizar o impacto sobre os serviços de saúde. TERCEIRA ETAPA – O Ministério da Saúde dividiu a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe deste ano em três etapas. Do dia 9 a 22 de maio, ocorrerá a terceira fase da vacinação, com foco em imunizar pessoas com deficiência, professores, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, puérperas (mulheres que tiveram filho há até 45 dias) e adultos de 55 a 59 anos. Fotos: Andréa Rêgo Barros/PCR Fotos: Cortesia/Sesau PCR (ver nome dos arquivos)

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Hospital com 230 leitos começa a funcionar em Pernambuco

Dentro do plano de expansão de leitos para o enfrentamento do novo coronavírus, o Governo de Pernambuco colocou em funcionamento hoje (16), mais 40 leitos, sendo 20 de Terapia Intensiva (UTI). As novas vagas estão sendo abertas, ao longo do dia, no Hospital de Referência Covid-19, no antigo Alfa, localizado em Boa Viagem, na zona sul da capital pernambucana. A unidade, que estava fechada desde 2018, foi requerida administrativamente pelo Governo do Estado com o objetivo de ampliar a assistência oferecida aos doentes infectados pelo novo coronavírus no Estado. “Estamos entregando à sociedade pernambucana uma unidade de saúde exclusiva para o tratamento dos doentes do novo coronavírus que terá 230 novos leitos, sendo 100 leitos de UTI e 130 leitos de enfermaria. Nessa primeira etapa entregue hoje serão 40 novos leitos, sendo 20 de UTI e 20 de enfermaria, que já estão em pleno funcionamento”, afirmou o governador Paulo Câmara. A estrutura, que estava sem energia elétrica e água encanada, além de elevadores e geradores sem funcionar, passou por ampla reestruturação com reforma de toda parte elétrica e hidráulica e também com recuperação de equipamentos. Com um investimento total de R$ 20 milhões, foi instalado um novo sistema de climatização além da compra de gases medicinais, aquisição de aparelho de raio-X e tomógrafo computadorizado. A previsão é que o total de 230 leitos, sendo 130 de enfermaria e 100 de UTI, sejam inaugurados durante as próximas semanas para tratar pacientes na pandemia da Covid-19. “Em tempo recorde e com o apoio determinante de voluntários e funcionários da Secretaria Estadual de Saúde, conseguimos colocar uma nova estrutura hospitalar para funcionar dedicada à Covid-19. Em pouco mais de 30 dias, por determinação do governador Paulo Câmara, hoje vamos atingir a marca de mais de 500 leitos, sendo 244 de UTI. Isso é um recorde na rede pública do Estado. Mas o enfrentamento da Covid-19 depende também do engajamento da população em aderir às medidas de restrição social”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo. Quando estiver em pleno funcionamento, ao todo mais de 900 pessoas entre médicos (155), enfermeiros (170), fisioterapeutas (82), técnicos de enfermagem (360) e outros profissionais de saúde, além de apoio e administrativo irão atuar no novo serviço, que passa a compor a rede estadual de saúde. OLINDA Outra unidade que estava desativada e foi colocada a funcionar para atender exclusivamente casos da Covid-19 foi a Maternidade Brites de Albuquerque. Na última sexta-feira (10.04), a unidade, localizada na PE-15, no bairro da Cidade Tabajara, em Olinda, ativou seus primeiros 10 leitos, todos de UTI. Nesta quinta-feira (16.04), outros 10 leitos de terapia intensiva serão colocados em operação no serviço. LEITOS Em pouco mais de um mês, o Governo de Pernambuco atinge, nesta quinta-feira, a marca de 527 leitos abertos para o tratamento da doença, sendo 254 de UTI. O cronograma da prevê aberturas diárias de novas vagas dedicadas para a atenção aos pacientes com a Covid-19. E, por meio do Gabinete de Enfrentamento da Epidemia, comandado pessoalmente pelo governador Paulo Câmara, a gestão estadual acompanha, permanentemente, a evolução da doença no Estado e no Brasil, e a partir da necessidade, essa rede será incrementada, seja com a contratação de leitos junto à rede privada, seja com novos leitos na rede própria.

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Cordel do Pequeno Príncipe vira enredo da Tom Maior

O livro "O Pequeno Príncipe em Cordel" dos pernambucanos Josué Limeira (escritor) e Vladimir Barros ilustrador, uma adaptação do livro "O Pequeno Príncipe" de Saint Exupéry, inspirou Flávio Campello, carnavalesco da Escola de Samba Tom Maior do grupo especial de São Paulo a anunciar o enredo para o carnaval 2021: O Pequeno Príncipe no Sertão. “Em tempos tão difíceis como estamos passando, trazer a mensagem do Pequeno Príncipe para Sambódromo do Anhembi nos dá a sensação de esperança e reconstrução” afirma Flávio. Para o Diretor de Carnaval da Tom Maior, Judson Sales, o livro dos pernambucanos será fonte de inspiração na elaboração do projeto do desfile de 2021 da escola carnavalesca, pois traz o pequeno príncipe para o Nordeste com uma linguagem riquíssima do cordel e com ilustrações maravilhosas. Josué Limeira relata a importância que será esse momento ímpar, onde o desfile mostrará para mais de 180 países toda a beleza desse Pequeno Cabra da Peste que vai percorrer o sertão nordestino levando sua mensagem de amor, amizade e respeito ao próximo e ao nosso planeta, para a literatura de cordel, agora ritmada num samba enredo é de valor inestimável. “Será de grande importância para nossa cultura, porque levar a linguagem nordestina para se unir à cultura do samba por meio de um livro é algo valoroso”, declarou. Para o ilustrador Vladimir Barros representar o estado de Pernambuco num evento gigantesco é algo que traz muita felicidade, pois o livro foi um projeto feito com muito amor, buscando valores e identidade culturais na sua própria terra. “Estou muito feliz por saber que nosso livro, impactou pessoas e culturas de outros lugares. Sinto muito orgulho de representar meu estado e minha região em um evento gigantesco”. O livro O Pequeno Príncipe em Cordel foi lançado em 2015, um ano depois foi finalista do prêmio Jabuti na categoria adaptação, nesses quase 05 anos, foi escolhido como livro paradidático em mais de 40 escolas do Brasil, inspirou outros projetos da economia criativa como games, artesanato, peças teatrais entre outros. Agora ensaia os passos para na avenida desfilar em Tom Maior, onde os versos do cordel serão declamados nos passos de um samba enredo.

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