Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 375 De 445

Rafael Dantas

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Numa ação solidária Cepe disponibiliza 14 e-books

Numa atitude solidária voltada para todos os brasileiros que estão fazendo a sua parte neste momento de necessário isolamento social, em função da pandemia do Coronavírus, a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) disponibiliza 14 e-books para download gratuito. Os títulos, alguns premiados, estão disponíveis para o público leitor na loja de e-books da Amazon, Apple, Kobo, Livraria Cultura e Google Play Books, até o dia 31 de março, pelo menos. Porém, a editora considera estender esse prazo, inclusive com a renovação dos títulos. Além dos 14 e-books gratuitos, o público poderá contar também com o conteúdo aberto da revista Continente e do Suplemento Pernambuco no site de cada um dos produtos. O gerente de marketing, Rafael Chagas, destaca o dever da Cepe, especialmente neste momento, de estimular a leitura e facilitar o acesso ao livro. “Entendemos que este é um período em que as pessoas entrarão em contato profundo com suas famílias e consigo mesmas. A oferta de conteúdos diversificados para se enfrentar esta fase da maneira mais proveitosa possível deve ser pensada por qualquer empresa que, de alguma forma, trabalhe com cultura. Disponibilizar parte do nosso catálogo gratuitamente em sua versão digital é justamente isso: fazer com que o leitor viaje, em completa segurança, com a sua própria imaginação”, enfatiza. LANÇAMENTOS De acordo com o editor, Diogo Guedes, mesmo com os eventos presenciais de lançamento suspensos, a Cepe continua com o seu cronograma de publicações, mostrando também um catálogo variado. “Diante de um cenário em que se pede para as pessoas ficarem o máximo possível em casa, a leitura é uma das melhores formas de escapar da sensação de isolamento — afinal, um leitor está sempre em diálogo com quem escreveu e movimenta-se por outras histórias, universos, pensamentos”, diz. Este mês a editora publicou um dos vencedores do Prêmio Cepe Nacional de Literatura, A menina que engoliu o céu estrelado, uma narrativa infantojuvenil que mistura o fantástico com o regional. “Também em março lançamos um romance irônico, Opulência, do escritor e tradutor Luis Krausz, que pensa o excesso e os rituais da burguesia paulista na segunda metade do século 20. Fora da prosa, temos o fundamental lançamento de Poemas reunidos, com os versos de Jorge Lopes, nome fundamental da poesia urbana recifense”, conta. O editor lembra ainda de outros lançamentos marcantes para o catálogo da editora. “A Cepe se debruça sobre o cinema com dois títulos que mostram, de formas diferentes, a vivacidade do cenário local: A história da eternidade, que traz o roteiro original de Camilo Cavalcanti para o seu filme premiadíssimo, e Antologia da crítica pernambucana, de André Dib e Gabi Saegesser, que recupera os textos e debates na imprensa sobre o cinema pernambucano. Também abordando o cinema, mas passando por muitas outras linguagem, com os desenhos animados e a arte contemporânea, a Cepe Editora ainda lançou, pelo Selo Pernambuco, o livro A arte queer do fracasso, estudo essencial e criativo de Jack Halberstam sobre identidade LGBTQI+, gênero, a ideia de fracasso no capitalismo e, claro, Bob Esponja, Procurando Nemo e Fuga das galinhas.” SERVIÇO Confira a lista dos 14 e-books disponíveis para download e a sinopse deles: Caminho áspero e outros poemas (poesia) Autor: Severino Filgueira Sinopse: Normalmente associado à chamada Geração 65 da literatura pernambucana, Severino Filgueira é, na verdade, um poeta que escapa de classificações, que talvez se enquadrasse mais na famosa tradição de poetas “malditos”. Caminho áspero e outros poemas é uma coletânea em que se percebem as múltiplas facetas deste artista singular, um grande esteta de formas fixas, em especial do soneto. Mulher sob a influência de um algorítimo (poesia) Autora: Rita Isadora Pessoa Sinopse: Em Mulher sob a influência de um algorítmo, a autora percorre dezenas de possibilidades de existências femininas autônomas, relacionadas entre si ou arbitrárias, em busca de uma mulher que sempre escapa, fugidia. Nesse livro de poemas de Rita Isadora Pessoa, o algoritmo da linguagem tem a função de oráculo e a contingência dos números acompanha o gesto de desaparecimento de uma mulher que se recusa a ser escrita em linguagem java ou html. O livro foi vencedor da categoria Poesia na terceira edição do Prêmio Nacional Cepe de Literatura. Vácuos (poesia) Autor: Mbate Pedro Sinopse: Em sete poemas distribuídos nas 80 páginas do livro, o moçambicano Mbate Pedro empreende uma profunda busca de si mesmo, através da escrita. São poemas longos, que transportam cada leitor como sombras no vácuo, em uma leitura fluida, leve e ilimitada que passeia entre a dialética do amor e a morte, a perda e a vulnerabilidade, entre outros sentimentos e formas de sentir. Em um jogo de palavras difícil de determinar onde os poemas começam e terminam. O filho das viúvas (ficção) Autor: Pedro Veludo Sinopse: A descoberta acidental de um livro num sebo é o ponto de partida para esta história. Enquanto o texto relata a busca intensa de Catrônfilo, o protagonista, pela identidade da mãe, o narrador procura obsessivamente a identidade do autor do livro. Qual das quatro “mães” será a do protagonista e quem escreveu a história? A busca do autor passa a ser o mote da vida do narrador. Diversos enredos se desenvolvem e entrelaçam neste livro, vencedor do Prêmio Cepe Nacional de Literatura 2018, seguindo uma linha que tange o realismo mágico, levando a um surpreendente final. Os olhos de Diadorim e outros ensaios (ensaios) Autor: Wander Melo Miranda Sinopse: Neste conjunto de ensaios, o autor parte de uma indagação renovadora sobre as condições da própria crítica literária atual, a partir da qual testa hipóteses e soluções na tentativa de descrever e resolver impasses, reunindo textos dispersos, escritos e maturados em sua totalidade, no seu característico estilo dinâmico e enxuto que singulariza sua escrita. 30 entrevistas da Continente (ensaios) Organizadora: Adriana Dória Sinopse: “São trinta copos de chopp, são trinta homens sentados, trezentos desejos presos, trinta mil sonhos frustrados”, escreveu o porta Carlos Pena Filho. Neste livro, são 30 entrevistas publicadas na revista Continente, selecionadas entre tantas outras, no intervalo de 10 anos. Aqui, o leitor

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Presidente revoga artigo que suspendia contrato de trabalho

O presidente Jair Bolsonaro avisou há pouco nas redes sociais que revogou o art.18 da MP 927, que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses sem salário. O Artigo 18 previa que, durante o estado de calamidade pública, o contrato de trabalho poderia ser suspenso por até quatro meses, para participação do empregado em curso de qualificação profissional não presencial, oferecido pela empresa ou por outra instituição. Essa suspensão poderia ser acordada individualmente com o empregado e não depende de acordo ou convenção coletiva. A MP 927 traz outras medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública no país e da emergência em saúde pública decorrente da pandemia da covid-19. A MP já entrou em vigor neste domingo (22) ao ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União, e tem validade de 120 dias para tramitação no Congresso Nacional. Caso não seja aprovada, perde a validade. Entre as medidas estão o teletrabalho, a antecipação de férias, a concessão de férias coletivas, o aproveitamento e antecipação de feriados, o banco de horas, a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho, o direcionamento do trabalhador para qualificação e o adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). (Da Agência Brasil)

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Covid-19: Pernambuco tem 4 novos casos e registra 37 no total

Nas últimas 24h, o Estado confirmou mais 4 casos da doença, passando para 37 confirmações – destes, 9 estão hospitalizados e 25 cumprem isolamento domiciliar. Além disso, desde a quinta-feira passada, o Estado já registrou três casos de cura de pessoas que já conseguiram debelar a infecção viral e ficaram em condições de receber alta. Até agora, são 725 casos notificados, sendo que 375 já foram descartados, três casos são prováveis e outros 310 estão em investigação. VACINAÇÃO – Nesta primeira fase, Pernambuco tem uma população a vacinar de 1.148.115. O objetivo da antecipação é proteger os pernambucanos contra três vírus da influenza – A(H1N1), A(H3N2) e B -, evitando adoecimentos e, consequentemente, o impacto nos serviços de saúde neste momento da ocorrência de casos do novo coronavírus. Neste ano, a campanha contra a influenza será feita em três etapas. Além dos idosos e profissionais de saúde, poderão ser vacinados, entre 16 de abril e 08 de maio, professores das escolas públicas e privadas e profissionais das forças de segurança e salvamento, além das pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. A terceira etapa, entre 9 e 22 de maio, serão contempladas crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Nessa última fase, ainda foram acrescidos os adultos de 55 a 59 anos de idade e pessoa com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla), inclusos na campanha contra a influenza neste ano. O Dia D, para todos os públicos, será em 9 de maio. Ao todo, poderão ser imunizados, durante as fases da campanha, mais de 2,9 milhões em Pernambuco. A meta é vacinar, no mínimo, 90% desse contingente. (Do Governo de Pernambuco)

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Governo de PE determina contratação de 4.729 profissionais de saúde

O governador do Estado, Paulo Câmara, anunciou, no final da manhã de hoje (23), mais uma série de medidas que vão impactar diretamente no controle da epidemia Covid-19. No pronunciamento, o governador determinou a contratação de 4.729 profissionais da área de Saúde, a abertura de duas seleções públicas, o repasse de R$ 11 milhões para a Assistência Social e Saúde e a edição de um novo decreto impedindo o transporte de passageiros em mototáxis e proibindo as reuniões e aglomerações para grupos com mais de 10 pessoas. De acordo com o decreto, serão convocados 4.729 profissionais para reforçar o sistema de saúde. Serão contratados 430 médicos e 1.552 outros profissionais de diversas áreas, aprovados no último concurso. Esse pessoal vai fortalecer toda a rede pública de Saúde, inclusive o Hemope e o Hospital Oswaldo Cruz. O governador também autorizou a realização imediata de duas seleções públicas simplificadas para a contratação de 2.747 novos profissionais. A primeira seleção, para a Secretaria de Saúde tem previsão para 160 vagas para médicos e 1.917 vagas em outros cargos. A segunda seleção será feita pela Universidade de Pernambuco – UPE e vai contratar 65 médicos e 605 para profissionais como enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, biomédicos, fisioterapeutas, técnicos em enfermagem, entre outros. “Todo esse time vai compor o atendimento nas unidades existentes e nas que estamos abrindo para enfrentar a epidemia do novo Coronavírus. Além disso, estamos repassando onze milhões de reais para ajudar as ações de saúde e assistência social dos municípios pernambucanos”, afirmou o governador que reforçou: ”quero ainda ressaltar que nossa melhor estratégia de combate à disseminação do vírus nesse momento é o isolamento social”.   (Do Blog do Governo de PE)

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Idosos começam a ser vacinados contra gripe nesta segunda (23)

  Para evitar aglomeração nas unidades de saúde e minimizar os riscos de infecção pelo novo coronavírus, a Prefeitura do Recife fará a vacinação em mais de 40 escolas e creches A partir desta segunda-feira (23), idosos maiores de 60 anos e profissionais de saúde começam a receber a vacina contra gripe. Eles são o público-alvo da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe, que foi antecipada em um mês. Este ano, para evitar aglomeração nas unidades de saúde e minimizar os riscos de infecção pelo novo coronavírus, a Prefeitura do Recife fará a vacinação em mais de 40 escolas e creches municipais, que estão com as aulas suspensas. A imunização será de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A lista dos locais de vacinação está disponível no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br). De acordo com o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, a estratégia de tirar a vacinação das unidades de saúde é não expor os idosos a locais que podem receber pacientes com Covid-19, gripes e outras doenças. “Agora, mais do que nunca, é importante que as pessoas idosas tomem a vacina para ficarem protegidas dos vírus da gripe que mais têm circulado na nossa região, evitando que elas adoeçam. Essa vacina não tem eficácia contra o coronavírus, mas a imunização vai ajudar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para Covid-19, já que os sintomas são parecidos com os da gripe. Nosso objetivo é reduzir as complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções provocadas pelos vírus Influenza”, explicou o secretário, que também é médico infectologista. De acordo com o gestor, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife vai aproveitar a campanha de vacinação para distribuir material informativo sobre o novo coronavírus e para orientar, sobretudo os idosos, sobre como se prevenir da Covid-19 e sobre a importância de evitarem sair de casa sempre que possível, respeitando as medidas de restrição social da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado. OUTRAS ETAPAS – Dividida em três etapas, a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe deste ano tem como novidade a inclusão das pessoas com deficiência e dos adultos a partir dos 55 anos nos grupos prioritários para imunização. A partir do dia 16 de abril, quando se inicia a segunda fase da campanha anual, serão vacinados os professores de escolas públicas e privadas, pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e profissionais das forças de segurança e salvamento. Na última etapa, entre os dias 9 e 23 de maio, serão imunizadas as crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filho há até 45 dias), adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em cumprimento de medida socioeducativa, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, pessoas com deficiência e adultos de 55 a 59 anos. O dia D de mobilização nacional para a vacinação acontece no dia 9 de maio (sábado). Os detalhes de como será o esquema de vacinação nas próximas etapas serão divulgados mais perto das datas, de acordo com a situação epidemiológica da cidade em relação à Covid-19. De acordo com o Programa de Imunização do Recife, cerca de 500 mil pessoas fazem parte do público-alvo da campanha, na capital pernambucana. A meta é vacinar pelo menos 90% dessa população. No ano passado, Recife ultrapassou a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e vacinou 485 mil pessoas, o que representa quase 100% do grupo de risco. Em 2018, a cidade também vacinou quase 100% do público prioritário. Composta por vírus inativado, a vacina deste ano protege contra os três tipos de vírus que mais circularam no hemisfério sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2). PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA – A partir desta segunda-feira (23), também serão vacinadas as pessoas em situação de rua da capital pernambucana. A Secretaria de Saúde do Recife, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, realizará um esquema especial para imunização dessa população mais vulnerável. A ação será realizada pelo Programa Consultório na Rua com apoio do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), e acontecerá nos dois Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop): o Centro Pop Glória, em Santo Amaro, e o Centro Pop Neuza Gomes, na Madalena, além do Abrigo Noturno Irmã Dulce, no bairro de São José. O atendimento também acontecerá de forma itinerante em todas as áreas da cidade. A DOENÇA – Também conhecida como gripe, a Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade no mundo todo, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções expelidas das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir e espirrar, ou pelo contato das mãos. Como os sintomas da gripe são muito parecidos com os do novo coronavírus, quem está com tosse, espirro ou febre pode se assustar achando que está com Covid-19, mas pode estar apenas com gripe. “Seja um ou outro, a orientação inicial é a mesma: fique em casa para evitar contaminar outras pessoas. Repouse, siga as medidas de higiene e beba bastante líquido. Mas se você sentir cansaço, falta de ar, dor ao respirar ou a febre não passar e você não melhorar, procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa. Pode ser uma unidade de saúde da família, um centro de saúde, uma policlínica ou até uma UPA. Lá o profissional de saúde vai avaliar se você precisa fazer exame para saber se está com o novo coronavírus e se precisa se internar numa unidade de saúde de referência”, explicou a diretora-executiva de Atenção Básica à Saúde do Recife, Ana Sofia Costa. DOCUMENTOS – Para agilizar a vacinação, a Secretaria de Saúde do Recife recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos). Parte do público-alvo precisa apresentar também documentos que provem a

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Coronavírus / Onde eu estava antes

Eu pensava que quando o mundo se unisse novamente em terror, iríamos reconhecer sua chegada pelo barulho. Gritaria, despertar de noite com bomba tocando no chão. A minha ideia da guerra. Mas o terror chegou e faz silêncio. É possível escutar os passarinhos que anunciam a calmaria de um feriado. E tudo que eu olho me causa pânico. Porque o terror é também uma lupa. Faço exercício em casa, presentada pelo sol que vem da janela. Até perceber o ridículo da cena. No silêncio da cidade, como são escandalosos os nossos privilégios. Os vizinhos, nem nas poucas saídas necessárias, os tenho visto. Um de longe, outro passou aflito, que acabei ansiando por alguém se aventurando no elevador. Mas não pegamos mais elevador juntos. Invertemos os papéis com os nossos pais e avós. Será que infectei, por que não fui mais rígida, eles estavam se cuidando quando não estavam trancados em casa? Estranho proteger quem nos protege. Mas a dor é uma lupa. Onde eu estava antes, sem fazer nada sobre o meu direito gritante ao chão debaixo do tapete, ao sol na janela, que sempre nasceu mais para uns do que para outros. Aos vizinhos que sinto saudade, percebo que não sei os seus nomes. Onde eu estava antes, além de pouco interessada nos que agora fazem falta? Será que estão bem os vizinhos dos quais me esforço, mas não consigo lembrar como chamam? Onde eu estava antes, sem muito fazer pelo amor às minhas tias, tios, pais. Os avós nem tenho mais a chance. Quantos dos nossos idosos já não estavam em quarentena, na solidão cruel tão comum à certa idade?. Estática, com raiva do tapete, da janela e do sol, não consigo parar de pensar: onde estava eu antes. Até entender que preciso me ocupar de onde estou agora. Não é tudo que temos? O que sou hoje e o que posso me tornar. Mesmo impotentes, não fiquemos estáticos. Quando se sentir ansioso ou triste, se ocupe em cuidar. Ligue para os mais velhos, se conecte com os vizinhos, esteja próximo da sua família e amigos. Troque o pânico por informação, o terror pelo fôlego. Pense em como pode ser útil para a comunidade, para seu bairro, para os trabalhadores perto de você. Vi grupos de whatsapp para professores se conectarem com alunos da rede pública; doação de material para profissionais de saúde. Tem muita gente precisando de utensílios básicos, dinheiro, comida ou um ombro amigo virtual. Se estiver com medo do futuro, pensando nos cenários apocalípticos, faça uma lista. Pegue sua lupa e olhe onde está doendo mais. Repense prioridades. Escreva as tarefas e desejos para quando tudo isso passar, porque vai passar. Que a lista seja o menos autocentrada possível. E, quem sabe, possamos todos sair dessa um pouco melhores do que estávamos sendo antes do silêncio chegar.

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Alerta: Não confunda as alergias de Outono com os sintomas do coronavír

Com a chegada do Outono, o ar tende a ficar mais seco, ocasionando sintomas como espirros, coriza, obstrução nasal, coceiras no nariz, ouvido, garganta, tosse e falta de ar. Por isso, é muito importante estar atento e não confundir esses sintomas com os do Coronavírus, já que este pode provocar febre alta também. Alergia não provoca febre! É o alerta a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Rinite e asma são as doenças mais comuns nessa época do ano. Isso porque o ar seco e frio age nas vias respiratórias como um irritante e, no caso das alergias, as vias aéreas que já estão inflamadas, ao entrar em contato com o ar seco e frio, manifestam sintomas respiratórios. O tratamento é individual, orientado pelo médico especialista e, geralmente, baseado em anti-histamínicos com ou sem descongestionantes, broncodilatadores e corticoides. A ASBAI alerta que todos esses medicamentos têm efeitos colaterais em potencial, de forma que é desaconselhado a automedicação. Assim como recomendando para frear o coronavírus, para prevenir as alergias do Outono, orienta-se evitar locais fechados, grandes aglomerações, lavar as mãos com frequência, usar álcool gel, vacinar-se contra a gripe e fazer o controle ambiental. Sobre a ASBAI A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros. Serviço Facebook: Asbai Alergia Instagram: https://www.instagram.com/asbai_alergia/ Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC2hWbQiFqqyI4bzM7bPhVDw Twitter: @asbai_alergia www.asbai.org.br

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Novo decreto estabelece expediente apenas para serviços essenciais

Com o objetivo de conter o avanço do coronavírus dentro da própria administração de Pernambuco, o governador Paulo Câmara estabeleceu, neste domingo (22.03), medidas restritivas voltadas para os servidores estaduais, que passam a valer a partir desta segunda-feira (23). Por meio de decreto, o Governo determina que o atendimento presencial prestado por órgãos estaduais deve ser substituído por atendimento remoto, e orienta ainda a adoção do sistema de rodízio no caso dos serviços presenciais necessários às ações de enfrentamento à Covid-19 no Estado. A iniciativa busca reduzir a exposição dos servidores a eventuais fatores de risco. Prestadores de serviço terceirizados que atuam na administração estadual também estão enquadrados no decreto. As novas determinações, porém, não se aplicam aos serviços públicos essenciais e presenciais, a exemplo das áreas de saúde, segurança pública, prevenção e assistência social, transporte público, infraestrutura e recursos hídricos, abastecimento de água, segurança alimentar, sistema prisional e socioeducativo e defesa do consumidor. O decreto estabelece ainda que os serviços públicos podem ser acessados pelo Portal do Cidadão, no site www.pecidadao.pe.gov.br, bem como nos endereços eletrônicos dos órgãos responsáveis pela respectiva prestação do serviço desejado. Dúvidas e orientações devem ser encaminhadas à Rede de Ouvidorias do Estado, disponível em www.ouvidoria.pe.gov.br. NÚMEROS – Nas últimas 24 horas, Pernambuco registrou quatro novos casos confirmados, sendo três no Recife e um em Olinda. Agora, são 37 confirmações, três casos prováveis e 310 casos em investigação. Outros 375 já foram examinados e descartados pelos médicos. Desde a quinta-feira passada, o Estado também já registrou três casos de cura clínica, pessoas que já conseguiram debelar a infecção viral e ficaram em condições de receber alta.

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O perigo da automedicação dos idosos contra o coronavírus

Os olhos de todo o mundo estão voltados para eles. Os idosos estão no centro da questão do novo coronavírus. O principal grupo de risco tem taxa de letalidade de 15%. A orientação, então, é evitar que qualquer um com possibilidade de transmitir o Covid-19 se aproxime. Mas é importante ter cuidado para que, nesse cenário, isolados, eles não adotem medidas caseiras para se proteger da doença. É o que alerta o geriatra Vinícius Lisboa, Diretor Clínico do Hospital de Transição Paulo de Tarso, instituição mineira que oferece linhas de cuidados em Reabilitação, Cuidados Crônicos e Paliativos. Segundo o especialista, é cultural das pessoas de mais idade a automedicação. E ela pode ser um risco em um momento como este. Por isso, o médico levantou informações importantes sobre a doença e a faixa etária que ela mais assusta. POR QUE OS IDOSOS? Estamos falando de uma síndrome gripal, que é bem diferente de um resfriado simples. Ou seja, são sintomas respiratórios associados a febre e repercussões sistêmicas, que podem evoluir a um processo mais grave do ponto de vista infeccioso, como uma sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada. Pela idade, o idoso já tem automaticamente uma lentidão maior da resposta imunológica. Além disso, é normal que ele já tenha algumas comorbidades crônicas, como diabetes, hipertensão, doença cardíaca… Elas aumentam o risco de complicações. Por isso é importante alertar que não basta focar apenas na síndrome. É importante cuidar das doenças de base para que o idoso não esteja tão suscetível ao agravamento do quadro, em caso de contágio. O PERIGO DA AUTOMEDICAÇÃO Os idosos têm o hábito de se automedicar ou usar medidas caseiras. Eles seguem uma linha mais intuitiva. Isso é cultural já que antes havia um acesso mais irrestrito a medicações, como antibióticos. Podemos dizer que medidas caseiras como o consumo de chás ou a hidratação, por exemplo, não têm tanta repercussão no quadro clínico da doença. Não vão piorar a condição em que as pessoas se encontram. O receio é com medicamentos, que podem não ser os indicados. Isso não só pela interferência nos sintomas, mas também pelos efeitos colaterais e prejuízos para o organismo como um todo ou na resposta imunológica que eles podem provocar. Muitos analgésicos, por exemplo, ou antigripais têm na sua composição substâncias antialérgicas, que podem ter ação no neurotransmissor mais significativo para a nossa atividade corporal, a acetilcolina, o que pode trazer dificuldade de concentração, de triangulação e comprometer como um todo o funcionamento do organismo, trazendo outras repercussões não só relacionadas à síndrome gripal. E aí caímos naquele ponto de fragilizar a saúde de alguém que já tem uma lentidão maior na resposta imunológica. ASSISTÊNCIA MÉDICA Os idosos têm as mesmas orientações que os demais grupos. Não é o fato de desenvolver o mínimo sintoma respiratório que deve levar a pessoa a procurar um pronto-atendimento, em caráter de urgência. Apenas se ela tiver contato diário com alguém que tenha apresentado sintomas respiratórios específicos e, a partir daí, venha a desenvolver sintomas respiratórios, acompanhados de febre, é que ela deve procurar ajuda. No caso de fatores mínimos, discretos fatores nasais, sintomas alérgicos, entre outros, é melhor não expor o idoso a um ambiente onde ele estará suscetível, inclusive, a outras doenças. COMO PREVENIR? É difícil sair do lugar comum neste caso: o recomendado é lavar as mãos mesmo, com frequência e qualidade. Além disso, deve-se evitar contato com pessoas com maior potencial de transmitir a doença. Sobre o Dr. Vinícius Lisboa O Dr. Vinícius Lisboa é geriatra. E, há seis anos, atua também como Diretor Clínico do Hospital de Transição Paulo de Tarso, uma instituição de referência, que oferece linhas de cuidados em Reabilitação, Cuidados Crônicos e Paliativos. Formado pela Santa Casa, o médico fez especialização no Hospital das Clínicas da UFMG. Atualmente, dá aula de geriatria na Faculdade Ciências Médicas.

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Para conter o avanço explosivo do coronavírus

“Do ponto de vista da saúde pública, essa fase inicial é o momento de agir, e agir o quanto antes, para tentar desacelerar o ritmo de crescimento da epidemia e reduzir a altura do pico para o nível mais baixo possível, tornando a curva achatada”, afirma o físico Roberto Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Unesp, que trabalha com modelos matemáticos ligados à ecologia e à epidemiologia. Com colaboradores da USP e da UFABC, Kraenkel está usando os dados oficiais para acompanhar a evolução da epidemia do novo coronavírus no Brasil. A partir dos dados divulgados até 17 de março, quando havia 291 pessoas infectadas no país, o grupo calculou um dos parâmetros que influenciam a fase acelerada da epidemia: o tempo de duplicação do total de casos da doença. Segundo os cálculos do grupo de Kraenkel, atualmente o número de casos dobra, em média, a cada 2,5 dias. “Como o tempo desde o início da epidemia no Brasil ainda é curto, temos poucos dados e a margem de erro é grande, o que significa que os casos podem dobrar um pouco mais rapidamente, a cada 2,2 dias, ou um pouco mais lentamente, a cada 3,1 dias”, relata o pesquisador. Esse número, no entanto, é suficiente para estimar com um bom grau de precisão como estará a situação nos próximos dias. O grupo projeta que por volta de 1,7 mil casos já tenham sido identificados até a próxima segunda-feira, dia 23. Esse número pode ser um pouco menor, na faixa de 1,3 mil, se o tempo de duplicação for mais longo, ou mais, da ordem de 2,3 mil, se a epidemia se espalhar mais rapidamente, como indica o intervalo no gráfico no site Observatório Covid-19BR, lançado em 18 de março. A redução da velocidade inicial da epidemia com o consequente achatamento da curva é fundamental para não sobrecarregar os hospitais e suas unidades de terapia intensiva (UTIs). Estima-se que apenas 20% das pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 apresentem algum sintoma. Delas, 14% precisam de internação hospitalar e 5% vão parar em UTIs. Como o número de leitos é limitado, o aumento rápido de infecções e de agravamento pode ultrapassar a capacidade de internações do país – no Brasil existem cerca de 450 mil leitos em hospitais públicos e privados, dos quais 41 mil são de UTI, segundo levantamento feito em 2016 pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Reduzindo o espalhamento das infecções, mesmo que o total de pessoas que contrairá o vírus permaneça o mesmo, o pico da epidemia se torna mais distribuído no tempo, o que significa que menos pessoas vão parar no hospital ao mesmo tempo. Essa medida, segundo afirmou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, à imprensa em 10 de março, levaria a ter menos pessoas infectadas e, em última instância, a ter menos mortes. Uma forma eficaz de achatar o pico das epidemias é vacinar a população. Como ainda não existe vacina desenvolvida e testada contra o novo coronavírus, as medidas mais eficazes têm sido o distanciamento e o isolamento social. Esse procedimento ajuda a diminuir o número de pessoas para as quais um indivíduo infectado pode transmitir o vírus. “Ao fazer isso, provavelmente o mesmo número de pessoas terá sido infectado ao final da epidemia, que deverá durar mais tempo, mas o número de casos graves ocorrerá de modo mais esparso. Isso significa que, caso se plote um gráfico do número de casos ao longo do tempo, a curva de subida e descida é mais extensa, mas seu pico é menor. Ao ‘achatar a curva’ dessa maneira, as UTIs terão menos probabilidade de ficar sobrecarregadas”, escreveu o trio de matemáticos Andrew Black, Dennis Liu e Lewis Mitchell, da Universidade de Adelaide, na Austrália, em um artigo publicado em 16 de março na revista eletrônica The Conversation. A ideia de que o achatamento da curva poderia funcionar ganhou crédito depois que o governo da China cancelou as festividades de Ano-Novo em janeiro, restringiu as viagens e orientou que milhões de pessoas em diferentes cidades permanecessem em casa. Desse modo, o país conseguiu em cerca de um mês reduzir o número diário de novos casos dos quase 3,9 mil do auge, para pouco mais de uma dezena. Aparentemente é possível aproveitar o comportamento acelerado da fase inicial da epidemia para agilizar seu controle. Para isso, no entanto, é preciso agir o quanto antes nessa fase inicial, explicou a epidemiologista britânica Britta Jewell, pesquisadora do Imperial College London e especialista em modelagem de doenças infecciosas, em entrevista publicada em 11 de março no jornal The New York Times. Jewell relata que os modelos matemáticos mostrando o efeito do distanciamento social no surgimento de novos casos chamaram-lhe a atenção. “Só é preciso uma diferença de um dia na adoção da medida para haver uma redução de 40% nos casos. Isso é um efeito enorme. Realmente transmite a urgência da situação”, disse. Usando dados da epidemia nos Estados Unidos na semana passada, com o número de casos aumentando em 30% ao dia, Jewell fez uma projeção do que ocorreria se ações como cancelamento de eventos, restrições de viagens fossem tomadas agora ou uma semana mais tarde. Nessa situação hipotética, impedir uma única infecção hoje aumentaria em quatro vezes o número de casos que se evitaria um mês mais tarde. “Se agirmos hoje, teremos evitado quatro vezes mais infecções no próximo mês: aproximadamente 2.400 infecções evitadas, diante de apenas 600 se esperarmos uma semana”, disse a pesquisadora. No Brasil, os dados ainda são mais iniciais e não se conhecem outras características da epidemia que permitam traçar sua evolução, como o número de pessoas para as quais um indivíduo infectado pode transmitir o vírus. Kraenkel e seus colaboradores pretendem acompanhar a evolução do quadro nas próximas semanas para avaliar se as medidas adotadas (cancelamento de aulas e orientação para as pessoas ficarem em casa e evitarem contato com outros indivíduos) estão sendo suficientes para reduzir a velocidade de espalhamento do vírus ou se

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