Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 383 De 441

Rafael Dantas

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Estiagem leva à emergência 61 cidades de Pernambuco

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), reconheceu a situação de emergência em 70 cidades de Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Com a medida, os municípios poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de infraestruturas danificadas. A maior parte dos reconhecimentos foi concedida a cidades pernambucanas. São 61 as afetadas pela estiagem: Agrestina, Águas Belas, Alagoinha, Altinho, Angelim, Belo Jardim, Bezerros, Bom Conselho, Bom Jardim, Brejão, Brejo da Madre de Deus, Buíque, Cachoeirinha, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Casinhas, Cumaru, Cupira, Feira Nova, Frei Miguelinho, Garanhuns, Gravatá, Iati, Ibirajuba, Itaíba, Jataúba, João Alfredo, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Limoeiro, Orobó, Paranatama, Passira, Pedra, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Saloá, Sanharó, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Una, São Caetano, São João, São Joaquim do Monte, São Vicente Ferrer, Surubim, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Terezinha, Toritama, Tupanatinga, Venturosa, Vertente do Lério e Vertentes. Outras sete localidades do Rio Grande do Sul registram o mesmo tipo de desastre natural: Barra do Rio Azul (RS), Candelária (RS), Ibarama (RS), Novo Cabrais (RS), Sobradinho (RS), Tunas (RS) e Vanini (RS). Já os municípios de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, e São Tiago, em Minas Gerais, foram atingidos por chuvas intensas. O apoio emergencial por meio do MDR é complementar à atuação dos governos estaduais e municipais. O auxílio pode ser solicitado sempre que necessário – inclusive em situações recorrentes, como é o caso de desastres ocasionados por seca ou chuvas intensas. (Do Ministério do Desenvolvimento Regional)

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Ansiedade, hiperconectividade e sobrevivência

A ansiedade é o estado de expectativa diante da possibilidade de que algo aconteça. Um animal está tranquilo e de repente um silêncio, um cheiro ou um barulho ocorre e a ansiedade aparece. Ela o prepara para três saídas possíveis: imobilidade (congelamento), luta ou fuga. Se o perigo desaparece porque o animal não foi descoberto ou foi bem-sucedido fugindo e\ou lutando, rapidamente a tranquilidade retorna. A ansiedade para os animais gregários como homens, cavalos, vacas e cães tem característica contagiosa, um membro do grupo pode tornar um grupo todo ansioso, preparado para lutar ou fugir, e passada a ameaça, o grupo tranquilizado acalma os indivíduos. O excesso de ansiedade ou a permanência da ansiedade por períodos maiores não é comum na natureza. As exceções são as temporadas de acasalamento, as grandes mudanças ambientais e as situações impostas pelos homens, como o confinamento. Com o desenvolvimento da linguagem e os avanços cognitivos, os humanos ganharam uma grande autonomia diante do ambiente “aqui e agora”, os pensamentos passaram a colocar o sujeito em relação a eventos que podem retroceder a seu próprio nascimento e exceder a própria expectativa de vida. A ansiedade passou a ter possibilidades infinitas de acionamento, o que não quer dizer que ela tenha passado a ser aleatória. O que se perdeu foi a possibilidade de detectar rápida e inequivocamente o que está gerando o estado de alerta. Não somente o identificar gatilho, como: falar em público, viajar de avião ou a chegada da noite. A clínica nos mostra que um mero medo infantil de um zumbi pode ter como cenário interno questões existenciais sobre a inevitabilidade da morte, as incertezas sobre a vida após a morte, bem como a insegurança sobre a própria vida e sobre a vida dos irmãos e pais. As crises de ansiedade adulta repetem as temáticas infantis e acrescentam a elas questões como as do poema de Drummond: você marcha, José! José, para onde? Superar as grandes crises de ansiedade exige mitigar os sintomas, aprender a lidar com os gatilhos e enfrentar os autoquestionamentos sobre o modo de ser e estar no mundo. Simplesmente tocar em frente com os sintomas mitigados costuma ser uma tentativa vã. O mundo contemporâneo trouxe um acréscimo geral de ansiedade com a urbanização, competitividade, trânsito e excitação de todos estímulos. Todavia nos últimos anos os sinais de aumento de ansiedade aumentaram muito e os efeitos passaram a ser também notados nas dificuldades com o sono e o sexo. Segundo a Organização Mundial da Saúde cerca de 40% da população brasileira tem dificuldades com o sono. Os dados sobre atividades sexuais são mais difíceis de obter ou estimar, mas alguns sinais advindos da clínica chamam a atenção: jovens de menos de 30 anos que nunca tiveram uma relação sexual sem a ajuda de drogas contra impotência; aumento de número de pessoas que somente obtém prazer sexual por meio de meios virtuais, casais sem sexo por períodos enormes e a reclamação frequente da “falta de tempo” para as relações sexuais. A principal suspeita pelo aumento de ansiedade recai sobre o uso maciço da tecnologia digital, especialmente da experiência de conexão nas redes sociais virtuais. Os programas em rede têm sido a principal forma escolhida para a comunicação no mundo contemporâneo, trazendo uma abertura fantástica de informações, possibilidades múltiplas de contato e de expressão pessoal. O muito bom das redes sociais se transforma em ansiedade de uma maneira sutil, passa da possibilidade de mostrar uma boa imagem de si, para o desejo de mostrar a melhor imagem possível e daí para a obrigação de mostrar a imagem ideal de si. Então a ameaça pode surgir de qualquer celulite, de qualquer mecha de cabelo fora de lugar e de qualquer comentário mal-humorado mesmo que seja de um “hater” desconhecido. A possibilidade de acessar novas informações e análises relevantes sobre elas se transforma na necessidade de acompanhar o que outras pessoas estão comentando e daí para a necessidade de ficar atualizado diante de um universo de novas informações relevantes e irrelevantes. A ameaça de estar “por fora” é atualizada a cada segundo. Poder mostrar o que está fazendo, compartilhando com os amigos, pode se transformar na necessidade de mostrar o que está fazendo na obrigação de ser lembrado e amado sempre. Qualquer demora nas curtidas podendo ser angustiante e remeter ao medo de ser irrelevante e desaparecer. Conforme afirma o célebre biólogo chileno Humberto Maturana mudamos escolhendo o que manter em nossa vida. O crescente desconforto com qualquer restrição ao acesso à tecnologia, em especial à comunicação em rede, revela quanto já nos adaptamos a essa forma de viver. Fanáticos pelas telas de todo tamanho teremos que lidar com o desafio do aumento de ansiedade em frentes diversas: cultivando formas pessoais de autocuidado; pesquisando e construindo mecanismos de ação pública de cuidado e, especialmente, tentando proteger as novas gerações de uma exposição tecnológica além do que as próprias crianças e adolescentes consigam suportar emocionalmente. *Paulo Fernando Pereira de Souza, psicanalista filiado ao Círculo Psicanalítico de Pernambuco, especialista em terapia de casal e família, mestre em psicologia social pela PUC/SP.

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Cuidados na Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física

*Por Milena Romero Rossin Garrido, advogada tributarista e sócia da Guarnera Advogados O início do prazo para entrega da Declaração de Imposto de Renda 2020 já iniciou, e por isso é importante falarmos sobre alguns cuidados para evitar que ela caia na famosa “malha-fina”. Um assunto que gera muitas dúvidas quando tratamos da Declaração de Imposto de Renda é a manutenção de bens e ativos no exterior por pessoa física residente no Brasil. O contribuinte que possuir em seu nome ativos no exterior, como conta-corrente, aplicações e investimentos, automóveis, imóveis, etc, deve incluí-los em sua declaração, indicando a data e o valor de aquisição convertido para o Real. Com incremento desde a primeira rodada da chamada “repatriação”, em 2016, quando os contribuintes tiveram a oportunidade de regularizar ativos não declarados no exterior, surgem dúvidas relacionadas a como declarar os rendimentos obtidos no exterior. Importante mencionar que a legislação brasileira prevê que, ainda que o valor dos rendimentos não tenha sido transferido ao Brasil, ele deverá ser tributado, com exceção do ganho de capital originário da venda de bens e direitos de valor R$ 35.000,00/mês, que é isento do imposto de renda. Por isso, é fundamental consultar um especialista, já que a tributação varia conforme a natureza do rendimento (juros, dividendos, venda de títulos, etc..). Além disso, caso ocorra o ganho de capital, será necessário preencher outra declaração, que será agregada à declaração do Imposto de Renda para envio à Receita Federal. Além da declaração de IR, o contribuinte que possuir ativos no exterior em valor total superior a USD 100.000,00 deverá apresentar uma declaração ao Banco Central do Brasil. Outra causa muito comum que pode fazer a declaração sofrer algum tipo de fiscalização por parte da Receita Federal tem relação com o valor declarado a título de despesas médicas e hospitalares. Isso porque a legislação autoriza a integralidade de dedutibilidade de tais despesas, desde que preenchidos os requisitos legais. Assim, é fundamental que o contribuinte mantenha em seus arquivos por 5 anos todos os recibos e notas fiscais que comprovam as despesas declaradas, prazo este que a Receita Federal tem para solicitar a comprovação dos valores declarados. Por fim, é importante mencionar que os recibos médicos devem ser preenchidos com os dados pessoais do contribuinte, especialmente o CPF e endereço. Sem essas informações, em caso de fiscalização, as despesas serão consideradas não dedutíveis, e será cobrado o diferencial e imposto gerado, acrescido de multa e juros.

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Pesquisa: 40% das mulheres dizem ser alvo de assédio no trabalho

O Dia Internacional das Mulheres é celebrado oficialmente há pouco mais de 40 anos e de lá para cá a luta pela igualdade de direitos, liberdade e participação na vida pública só vem aumentando. Mas será que o cenário anda muito diferente? Alguns dados colhidos por meio de pesquisa da rede de opinião e debate Quinto, mostram que o assédio no trabalho atinge 40% do público feminino. As pessoas que se declararam de outro gênero ficam logo atrás, com 23%; e apenas 15% do público masculino assumiu que sofreu algum tipo de assédio no ambiente profissional. Ainda com relação ao tema, na pergunta “Mulheres correm o risco de sofrer mais assédio em grandes eventos?” os resultados foram alarmantes: 93%, dos mais de 12 mil votos, afirmaram que mulheres estão mais vulneráveis ao assédio em ambientes de aglomeração. Das opiniões femininas, 98% foram positivas. Para evitar este tipo de crime algumas cidades do país adotaram áreas reservadas para mulheres no transporte público, como é o caso no metrô de São Paulo. A plataforma também questionou se o transporte público deveria ter áreas exclusivas para o público feminino e 54% dos usuários que responderam acreditam que esta medida está correta, sendo a opinião feminina, como esperado, a mais expressiva, com 81% dos votos afirmativos. Outro tema de destaque no app quando o assunto é participação da mulher é a política. Uma das perguntas feitas foi: “A mulher é representada na política?”. A questão teve 7.985 votos de usuários de todo o país, sendo que 63% disseram que não. O maior índice de negação foi registrado na região nordeste do país, apesar da região sudeste ser mais expressiva, com 53% dos votos. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança, entre 2016 e 2018, 3,2 mil mulheres foram mortas vítimas de feminicídio. O Quinto lançou a seguinte pergunta em sua plataforma: “A busca das mulheres pela igualdade de direitos faz aumentar os casos de violência?”. E para 53% do público feminino a realidade é que as agressões dos mais variados tipos ocorrem quando elas tentam se igualar aos homens. Dos mais de 50 mil usuários cadastrados na plataforma Quinto em todo o país, 51,4% são mulheres que opinam sobre variados assuntos e debatem em busca de novos caminhos, sempre participativas e buscando o direito à igualdade e respeito.

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Torção de tornozelo pode causar danos para a vida toda

Quem nunca sofreu uma torção no tornozelo? É estimado que a cada 25 anos de vida, uma pessoa percorra o equivalente a uma volta ao mundo a pé. Sendo assim, a chance de pisar em falso em uma caminhada não é pequena. Na prática esportiva, então, a entorse, como também é chamado, é muito comum e considerada o motivo mais frequente para atendimentos emergenciais. A maioria das pessoas considera a torção um problema sem consequências e logo volta às atividades normais, mas o fato é que a entorse do tornozelo pode ser uma lesão grave e deixar sintomas para o resto da vida, como explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo. “Estima-se que pelo menos 10% dessas lesões evoluam com sequelas, especialmente quando o tratamento é negligenciado”, ressalta. O tornozelo é a base do corpo e, ao torcê-lo, o ideal é passar por consulta com um especialista para uma avaliação correta da gravidade da lesão. “O médico vai avaliar a necessidade de exames complementares, como radiografias, para descartar fraturas e, eventualmente, ressonância nuclear magnética para quantificar a extensão da lesão ligamentar, a possiblidade de lesão tendinosa e/ou de cartilagem associadas”, explica Dr. Sanhudo. Graus da torção Quando uma entorse de tornozelo acontece, um ou mais ligamentos no lado interno ou externo (mais comumente) sofreram estiramento, ruptura parcial ou ruptura total. A gravidade da lesão varia de acordo com o grau de ruptura das estruturas ligamentares e é classificado de I a III. Grau I – leve (distensão): ligeiro estiramento dos ligamentos, com formação de edema e presença de dor. Grau II – moderado: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade da articulação, com presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada. Grau III – grave: ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé, com grande dificuldade para manter-se em pé e dor intensa. “A entorse do tornozelo compreende graus variados de lesão ligamentar, que via de regra cicatrizam bem, mas que se não imobilizadas e supervisionadas por um especialista, muitas vezes cicatrizam alongadas, sem a tensão adequada, o que, na maioria das vezes, provoca instabilidade articular, com perda da segurança, falseios e entorses de repetição”, fala o presidente da ABTPé. Dependendo do grau de instabilidade e sintomas residuais, uma cirurgia para reparo ligamentar pode ser necessária. A causa mais comum desse desfecho é o tratamento inadequado. “Muitas entorses são tratadas sem orientação médica adequada e o indivíduo acha que ficou curado até notar que o seu tornozelo não é mais o mesmo”, salienta o especialista. “O tratamento da lesão, que outrora envolvia longos períodos com bota gessada, hoje é, na maioria das vezes, realizado de forma funcional com imobilizações elásticas que bloqueiam alguns movimentos, mas permitem a deambulação com uso de calçados regulares”, conclui Dr. Sanhudo. A duração do tratamento é de 6 a 12 semanas, habitualmente e, quase sempre, envolve uma fase inicial de imobilização funcional – como explicado pelo especialista, seguida de reabilitação.

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Lulu Santos: turnê "Pra Sempre" virá ao Recife dia 3 de abril

Um dos mais bem-sucedidos artistas brasileiros, hitmaker natural, dono de clássicos incontestáveis e vendagens milionárias ao longo de uma carreira com 30 discos gravados, Lulu Santos virá ao Recife com o disco e a turnê "Pra Sempre". O show está marcado para 3 de abril, no Teatro Guararapes, com ingressos à venda a partir de R$ 75 [serviço abaixo]. A realização é da Plas Produções. Depois do estrondoso sucesso de público alcançado em 2018 com o disco "Baby Baby!" e do show "Canta Lulu" – em que mesclava clássicos da carreira com músicas de Rita Lee -, o artista lançou em 2019 um álbum e um concerto todo dedicado ao amor. Este, aliás, um dos temas de maior destaque em sua vasta obra. Acompanhado de banda formada por músicos reconhecidos pela excelência técnica, pelo suingue incomum e pela alta sofisticação que sua música exige, o cantor estará no palco com Sérgio Melo (bateria), Jorge Ailton (baixo), Hiroshi Mizutani (teclado), Tavinho Menezes (guitarra) e Robson Sá (vocal). Lulu Santos sempre se preocupou com a totalidade. No palco, tudo se completa sob sua concepção. Não por acaso, desde os anos 1980, sempre gostou de reforçar o mesmo pensamento: “Eu quero que o que a pessoa ouça seja bastante informativo, não só pelo teor musical, mas que a música realmente sirva para provocar alguma coisa". Ele é assim: um artista original, completo. E a forma que encontrou para celebrar o amor neste novo projeto não veio por acaso. O ponto de partida foi a cidade de Belo Horizonte (MG). "Volto para estrada com um show que defende as cores de um álbum feito para um amor em BH - e que se chama "Pra Sempre"... Nada mais apropriado", define Lulu. Os grandes hits de seu cancioneiro continuam sendo parte fundamental do show: "Junto ao repertório dos clássicos (que nunca podem faltar), vou incluir cinco destas minhas novas canções e que vão acabar parecendo mais clássicos, afinal, talvez eu seja mesmo o último romântico", diz. SERVIÇO Lulu Santos em "Pra Sempre" Dia 3 de abril (sexta-feira), às 22h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: 81. 3182-8020 Ingressos Plateia: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia) Balcão: R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia) * À venda na bilheteria do teatro, lojas Chilli Beans (shoppings Boa Vista, Recife, RioMar, Guararapes, Tacaruna) e site Bilheteria Digital.

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Sequenciamento identifica genomas diferentes nos dois casos brasileiros de coronavírus

Karina Toledo – O genoma do coronavírus (COVID-19) isolado no segundo paciente brasileiro diagnosticado com a doença no sábado, 29 de fevereiro, é diferente do encontrado no primeiro caso, confirmado em 26 de fevereiro. “O primeiro isolado se mostrou geneticamente mais parecido com o vírus sequenciado na Alemanha. Já este segundo genoma assemelha-se mais ao sequenciado na Inglaterra. E ambos são diferentes das sequências chinesas. Tal fato sugere que a epidemia de coronavírus está ficando madura na Europa, ou seja, já está ocorrendo transmissão interna nos países europeus. Para uma análise mais precisa, porém, precisamos dos dados da Itália, que ainda não foram sequenciados”, disse Ester Sabino, diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo (USP), à Agência FAPESP. O sequenciamento completo do segundo isolado viral foi concluído em apenas 24 horas por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz e da USP. Os dados do estudo, apoiado pela FAPESP, devem ser divulgados em breve. Após a publicação da primeira sequência brasileira do COVID-19 no site Virological.org, no dia 28 de fevereiro, pesquisadores italianos entraram em contato com a equipe da USP para solicitar o compartilhamento dos protocolos usados. Os isolados virais dos dois pacientes brasileiros diagnosticados com COVID-19 foram sequenciados por um grupo coordenado por Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz (LEIAL), e Jaqueline Goes de Jesus, pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP. O trabalho tem sido conduzido com apoio do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) – uma rede de pesquisadores dedicada a responder e analisar dados de epidemias em tempo real, coordenada por Sabino e Nuno Faria, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O projeto, cujo foco principal é o estudo de arboviroses, como dengue e zika, tem apoio da FAPESP, do Medical Research Council e do Fundo Newton (os dois últimos do Reino Unido). “Nosso objetivo inicial era treinar a equipe do Adolfo Lutz e implementar a tecnologia necessária para o monitoramento em tempo real da epidemia de dengue em curso no Brasil. Quando foram divulgados os casos de coronavírus na China, em janeiro, começamos a nos preparar para também monitorar em tempo real essa nova doença”, contou Sabino. O grupo faz uso de um equipamento portátil conhecido como MinION, usado pela primeira vez no país em 2016 para traçar retrospectivamente a disseminação e a evolução do vírus zika nas Américas (leia mais em http://agencia.fapesp.br/25356/). “Essa agilidade só está sendo possível agora graças ao financiamento contínuo que nosso grupo no IMT-USP recebeu desde 2016. Os protocolos para sequenciamento foram desenvolvidos por uma aluna durante estágio de pesquisa em Birmingham [Reino Unido]. Conseguimos baixar o custo do teste molecular de US$ 500 [R$ 2,2 mil] para US$ 20 [R$ 89]. É um ganho tecnológico enorme para o país”, disse Sabino. Segundo a pesquisadora, a principal vantagem do monitoramento em tempo real de uma epidemia é a possibilidade de identificar de onde exatamente veio o vírus que chegou ao país. Tal informação pode orientar ações de contenção e ajudar a reduzir a disseminação da doença. “É uma nova ferramenta para vigilância epidemiológica, que por enquanto só foi testada na África, durante a epidemia de ebola”, disse Sabino. “Queremos divulgar logo esta segunda sequência para ajudar o pessoal da Itália a analisar seus dados. Compartilhamos com os italianos o protocolo usado por nossa equipe e os colocamos em contato com o grupo do CADDE na Inglaterra.” De acordo com Sacchi, enquanto forem confirmados apenas casos esporádicos de COVID-19 em São Paulo, todos os genomas serão sequenciados. Caso os testes positivos comecem a se multiplicar em larga escala, o trabalho passará a ser orientado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, que também integra o Projeto CADDE. “Nesse caso o sequenciamento passará a ser feito por amostragem e com base em métodos estatísticos, de modo a garantir que os casos amostrados sejam representativos do total”, explicou o pesquisador do Adolfo Lutz. Caso seja possível sequenciar um grande número de isolados virais, diversos tipos de análise poderão ser feitos no futuro, como a evolução do vírus e a identificação de cepas de pior evolução clínica, por exemplo. Por  Agência FAPESP

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Bairro da Torre recebe espiral das artes

  Com quatro edições realizadas desde dezembro do ano passado, o Espiral das Artes, evento multicultural mensal que contempla a reunião de variadas linguagens artísticas em um mesmo espaço durante um dia inteiro, passa, a partir do mês de março, a atuar duas vezes no mês. O evento, que vem firmando espaço no cenário cultural recifense no bairro do Parnamirim, estreia, no próximo sábado (7), a partir das 11h, na Praça José Sales Filho, situada no bairro da Torre, no Recife. O Espiral das Artes conta com uma vasta programação que inclui feira de artesanato, moda, gastronomia, terapias integradas, ações de sustentabilidade e apresentações musicais. O evento é gratuito e vai até as 21h. Durante todo o dia, visitantes de todas as idades poderão aproveitar o melhor do artesanato pernambucano com produtos a variados preços, acessível a todos os gostos. De comidas típicas a pratos reelaborados com toques exclusivos, o evento também oferece boas opções na área da gastronomia. Roupas, acessórios e outros itens para compor o visual estarão disponíveis para quem não dispensa o diferencial dos pequenos empreendedores. Os preços são dos mais variados e a previsão é a de que mais de 90 expositores participem do evento. Produzido pela Cultura Iminente em parceria com a Mão na Massa Produções, o Espiral das Artes tem a proposta de estimular a economia local e promover o bem-estar. O Espiral de Terapias vai oferecer os serviços de massoterapia, relaxamento e barra de access. O evento conta com uma equipe de terapeutas que, além de mostrar um pouco de seu trabalho, podem dar dicas de saúde. Entre as parcerias do evento está a Ecoe Sustentabilidade que é uma empresa de prestação de serviços de consultoria na busca de soluções socioambientais que colabora para que pessoas e organizações se desenvolvam de maneira mais sustentável e alcancem o #LixoZero. Quem visitar seu stand vai conhecer um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido pela Ecoe e entrar em contato com as ações de consultoria, educação e estudos, assim como seus produtos. Na proposta de promover um ambiente sustentável para os visitantes, o Espiral das Artes, em parceria com a Ecoe, realizará a Operação Copo Eco. “Nosso diálogo com os expositores da Feira Espiral tem sido o de diminuir o consumo de copos descartáveis no evento, o que, também, gerará uma economia financeira para eles. Como forma de combatermos os impactos ambientais, ofereceremos a possibilidade do Copo Eco assim como o do canudo compostável”, explica a empresária Suzane Galeno. Quem se interessar pelo Copo Eco, poderá adquirir o de 200ml por R$5 e o de 400ml por R$7. Quem quiser, poderá levar o copo de lembrança mas, se houver o desejo de devolvê-lo em bom estado, a Ecoe devolve o dinheiro investido. O Copo Eco pode receber líquidos quentes e gelados. A partir das 16h, inicia o Palco Espiral. Começando com o Performance Espiral, o bailarino Joel Carlos dos Pretos abre com a performance “Meu corpo sangra, meu corpo chora”, em seguida os grupos Rala Coco Maria, Coco Juremado, Gel Prancha e Cassio Oli contemplam a programação trazendo artistas de nossa terra e da cultura pernambucana. Confira a programação completa do Espiral das Artes - Torre: Das 11h às 21h: Feira Espiral (artesanato da região) Moda Espiral (acessórios e outros itens para compor o visual) Polo Arte do Sabor (comidas típicas da região até pratos reelaborados com toques exclusivos) Espiral Sustentável (com a Ecoe Sustentabilidade) Espiral de Terapias (massoterapia, relaxamento e barra de acess) 15h Performance Espiral Meu corpo sangra, meu corpo chora, Joel Carlos dos Pretos. 16h: Palco Espiral: Rala Coco Maria Coco Juremado Gel Prancha Cassio Oli ESPIRAL DAS ARTES – No ar desde novembro de 2019, é um evento multicultural gratuito e mensal criado com a proposta de reunir diversas linguagens artísticas em um só lugar como artesanato, moda, gastronomia, música, dança, teatro e circo. Conta, também, com espaços dedicados a oficinas artísticas, sustentabilidade, terapias integradas com shiatsu, massoterapia, auriculoterapia e reflexologia e doações a ONGs e Instituições. Já recebeu artistas como Mayara Pêra, Banda Triinca, Vocal 4por4, Mateus de Bezerra, Sargaço Nightclub, Zeca Viana e Nonô Germano. SERVIÇO: O quê? Espiral das Artes - Torre Quando? Dia 7 de março de 2020, das 11h às 21h. Onde? Praça José Sales Filho que fica no bairro da Torre, Recife/PE Quanto custa? Entrada gratuita

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Confirmado o terceiro caso do novo coronavírus no País

O Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de São Paulo (estadual e municipal) confirmam o terceiro caso importado do novo coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem colombiano que mora em São Paulo de 46 anos. Também está em investigação outro possível caso de coronavírus na capital paulista. Exames de contraprova estão sendo realizados para confirmar a amostra do possível caso. Casos confirmados anteriormente 1ª Caso: Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na última sexta-feira (21), o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza). 2º Caso: O paciente, um homem de 32 anos, esteve na Itália e chegou ao Brasil na quinta-feira (27). Ele chegou acompanhado da mulher de Milão, na região da Lombardia. Ainda no voo usou máscara e a acompanhante não apresenta sintomas da doença. O paciente foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na sexta-feira (28). Durante o atendimento, o viajante relatou febre, tosse, dor de garganta, dor muscular e dor de cabeça. O quadro clínico foi considerado leve e estável. (Da Agência Brasil)

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PIB fecha 2019 com crescimento de 1,1%

O produto interno bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o ano passado com crescimento de 1,1% frente a 2018. O resultado foi alcançado após a variação do quarto trimestre de 2019, que teve alta de 0,5% na comparação com o período anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018 houve elevação de 1,7%, o décimo segundo resultado positivo consecutivo após 11 trimestres de queda. Os números foram divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 7,3 trilhões no ano. Do total, R$ 6,2 trilhões se referem ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,0 bilhão aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Segundo o órgão, a agropecuária e serviços cresceram 1,3% e a indústria 0,5%. O PIB per capita variou 0,3% em termos reais e atingiu R$ 34.533 em 2019. Crescimento De acordo com o IBGE, a expansão de 1,1% do Valor Adicionado a preços básicos e a alta de 1,5% no volume de Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios contribuíram para o crescimento do PIB em 2019. Segundo a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Paris, apesar de ser o terceiro ano consecutivo de crescimento, em 2017 e 2018 (1,3%), a economia brasileira ainda está no patamar do primeiro trimestre de 2013. “ Não recuperou a perda ainda”, disse de referindo as quedas que ocorreram em 2015 e 2016. A taxa de investimento do ano passado ficou em 15,4% do PIB, e superou o obtido em 2018, quando registrou 15,2%. A taxa de poupança que tinha sido de 12,4% em 2018, caiu para 12,2% em 2019. O IBGE informou ainda que a variação no valor adicionado da Agropecuária no ano passado (1,3%), resultou do desempenho positivo tanto na agricultura como na pecuária. Os destaques foram o milho (23,6%), algodão (39,8%), laranja (5,6%) e feijão (2,2%). Na indústria, o desempenho da atividade eletricidade e gás, água, esgoto e de gestão de resíduos, que cresceu 1,9% na comparação a 2018, foi o destaque positivo. Com o crescimento de 1,6% em 2019, a construção civil registrou o primeiro resultado positivo após cinco anos seguidos de queda. O consumo das famílias cresceu 1,8% e o consumo do governo caiu 0,4%. (Da Agência Brasil)

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