Rafael Dantas - Página: 419 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Ministros debatem futuro da economia do País e do Estado no governo Temer

Os quatro ministros pernambucanos do governo Temer, Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação), Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia) e Raul Jungmann (Defesa), estiveram presentes no seminário “Brasil, Pernambuco e o futuro no governo Temer”, promovido pela AlgoMais em parceria com a Folha de Pernambuco, na manhã desta segunda-feira (12), em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Na ocasião, empresários do conselho estratégico da revista ouviram os quatro palestrantes e, ao final, debateram ideias e propostas com eles. Juntas, as quatro pastas correspondem a R$ 400 bilhões do orçamento do governo. A expectativa é de que a representação pernambucana nos ministérios contribua para o desenvolvimento da economia do Estado e de que a articulação iniciada hoje se estenda durante todo o novo mandato. “Pernambuco tem uma representação no Governo Federal que causa espanto aos demais estados e ministérios. O conjunto das pastas é sinônimo de oportunidade. Devemos unir nossas áreas de interesse da melhor forma possível”, afirmou Raul Jungmann. “O Governo Federal, agora, tem duas missões principais: tirar a economia do País dessa letargia e entregar um Brasil constitucionalizado e normalizado para as eleições de 2018. Exigir mais que isso é desconsiderar as origens do nosso governo e o tempo que ele dispõe”, completou Jungmann. O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, garantiu que os interesses de Pernambuco serão defendidos de forma “legítima e republicana”. Segundo ele, é possível devolver à Petrobras uma “situação mais confortável”. “As dívidas da Petrobras são muito altas, mas o caso da Eletrobras é ainda mais grave, com R$ 32 bilhões de prejuízos acumulados”, comentou. A palestra do ministro Bruno Araújo revelou que a pasta pretende lançar um novo benefício social no programa de habitação, nomeado de cartão-reforma. “Dentro de cerca de duas semanas, o presidente da República deve anunciar o envio ao Congresso Nacional de um novo programa com investimento de R$ 500 milhões”, disse Araújo. “Milhões de brasileiros não têm residência, mas outros milhões construíram sua casa de forma precária. Esses últimos, agora, também serão atendidos com o cartão-reforma”, finalizou. À frente do MEC, Mendonça Filho contou que a pasta acumula dívidas “astronômicas”, herdadas da gestão Dilma Rousseff. De acordo com ele, só no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNE), a quantia chega a R$ 10,6 bilhões. Após o corte de R$ 6,4 bilhões no orçamento do ministério na última gestão, Mendonça afirmou que busca repor R$ 4,7 bi. “Precisamos de fôlego para honrar os compromissos da pasta. Temer decidiu nessa direção, permitindo que pudéssemos retomar investimentos e normalizar minimamente o ministério”. O Conselho Estratégico Algomais - Pernambuco Desafiado – criado em abril de 2016, nas comemorações dos 10 anos da Revista – é um fórum permanente formado por lideranças que fazem a diferença nas diversas cadeias produtivas de Pernambuco e em movimentos sociais, para refletir sobre os desafios do Estado. O Conselho se reúne em encontros semestrais ordinários. As reuniões extraordinárias poderão ser convocadas sempre que necessário para debater temas específicos. Cada encontro terá como resultado proposições reais de enfrentamento dos desafios para o desenvolvimento sustentável de Pernambuco, que serão temas de matérias na revista.

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Passagens aéreas inflacionam

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou variação de 0,34%, na primeira prévia de setembro, o que indica aceleração de 0,02 ponto percentual, em relação à última pesquisa (0,32%). O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), no Recife, Rio de Janeiro, em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Em três dos oito grupos pesquisados houve aumento no ritmo de correção e o maior impacto sobre a inflação foi constatado em educação, leitura e recreação (de 0,50% para 0,92%). Essa alta foi provocada, principalmente, pelo avanço de preço da passagem aérea (de -3,39% para 4,20%). Em alimentação, a taxa subiu de 0,69% para 0,76% com destaque para as frutas (de 5,61% para 8,45%) e no grupo habitação (de 0,10% para 0,11%). Neste último grupo, o motivo foi a conta de luz com um recuo menos expressivo do que na apuração passada (de -1,14% para -0,63%). Já em transportes, o índice desacelerou passando de 0,11% para 0,01%, efeito da redução observada no preço da gasolina (de -0,64% para -0,98%). Em saúde e cuidados pessoais, ocorreu alta com taxa inferior à registrada no último levantamento (de 0,50% para 0,44%). O mesmo ocorreu em relação ao grupo comunicação (de 0,16% para 0,01%) . Já em vestuário foi verificada queda mais intensa (de -0,12% para -0,17%), movimento também constatado em despesas diversas (-0,08% para -0,10%). Os itens que mais influenciaram o avanço do IPC-S foram: mamão papaya (37,99%); show musical (8,25%); refeições em bares e restaurantes (0,64%); plano e seguro de saúde (1,05%) e tomate (13,87%). Em compensação, os itens que ajudaram a diminuir o impacto foram: batata-inglesa (-15,47%); gasolina (-0,98%); tarifa de eletricidade residencial (-0,63%); alface (-11,36) e cebola (-20,71%).

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Filhos do Criador lança CD

Só tu tens poder pra salvar é a música tema do primeiro álbum do ministério Filhos do Criador, que foi lançado na última sexta-feira (20), na Primeira Igreja Batista em Cajueiro. O CD é fruto de um trabalho de quatro anos da banda, que é liderada por Brunno Morais (vocalista) e "Essa música foi escolhida porque a retrata sobre as nossas dificuldades e problemas no dia a dia que as vezes não temos nem forças para falar com Deus. E a ideia é que através deste louvor as pessoas possam clamar a Deus adorando. Porque é adorando a Deus que se vence, e adorando que superamos os problemas. Além do mais sabemos que ele é o nosso verdadeiro amigo e ela nos ouve mesmo quando não temos forças para falar", declara o vocalista Brunno Morais. A banda foi originada por Brunno Morais (vocalista) que chamou mais dois amigos que hoje não fazem mais parte da banda Maurício Machado e Gerson Filho que abraçaram a obra e seguiram em frente. Além de Brunno, a banda conta hoje com Suellen Gomes no vocal; guitarras com Ariel Nascimento e Arthur Miranda; contrabaixo com Sidney Lins; teclado com Victor Gomes; e Danilo na bateria. Mais informações na página do Facebook da banda: https://www.facebook.com/bfilhosdocriador/ Contatos: 081-99722-0702 ou 997204681

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Aurora Filmes sedia a Mostra Lula Magalhães

Os amantes da sétima arte, e em especial do terror, terão lugar de encontro para apreciação de curtas sobre a temática, além de poderem participar de um debate logo após a exibição dos filmes, sobre o andamento e o futuro do audiovisual em Pernambuco. O local marcado será na produtora Aurora Filmes, das 15h às 19h, na rua da Aurora, 987, Santo Amaro, área central do Recife. Segundo Lula Magalhães, cineasta, roteirista e fotógrafo, a realização dessa Mostra é fazer com que seus trabalhos tomem divulgação no Estado e atraia outros parceiros e um público que certamente não conhece, nem tem noção deste tipo de produção no Recife. Ainda de acordo com Magalhães, o evento destina-se aos profissionais e estudantes de cinema, publicidade, rádio e TV, fotografia, roteiro e afins. Porém, a Mostra estará aberta a quem curte o estilo terror e querem dialogar sobre os novos caminhos para o cinema independente no Brasil. Mais informações pelo e-mail: lulamagalhaes1984@outlook.com Telefones de Contato: (81) 3091-9338/3031-9396

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Por que os escritores vão às salas de aula? (Por Paulo Caldas)

*Por Paulo Caldas Para a escritora Jussara Kouryh aproximar os autores do leitor, muitas vezes crianças e adolescentes, é fascinante. “Acham que somos pessoas distantes, que vivemos num mundo diferente, mas quando percebem que somos iguais, que possuímos os mesmos sonhos e inquietações, começa um processo de desmistificação. É muito interessante”. Ela acrescenta que outra motivação é constatar o quanto nossa presença nas salas de aula, além de provocar discussões produtivas sobre o texto, sua compreensão e interpretação, desperta interesse pela leitura, além de estimular a própria produção textual dos alunos. “Os estudantes e profissionais da educação, nos trazem elementos extraordinários para o enriquecimento de nossa escrita. São observações, exigências que acrescentam positivamente e abrem leques para nossas futuras produções. Em suma, é uma troca maravilhosa”. Garante. Perguntada sobre se a sua visita contribui para incentivar o hábito da leitura, Jussara Kouryh tem dúvidas. “Se os alunos são impulsionados cotidianamente à produção textual, nossa presença será mais um elemento motivador. Se, ao contrário, a nossa visita, ficará apenas a lembrança e sem maiores consequências. Nossa presença pontual não tem a força de operar um milagre que só acontece quando a escola compreende a importância do ato de ler”, afirma. Sobre os seus títulos mais indicados às escolas, ela detalha. “Alguns infantis como O Grande Festival das Cigarras, Biu – o passarinho maluco, Liberdade, o sonho dos Palmares... Os infantojuvenis como O dono dos pés, Desafio no asfalto, Jogo de máscaras... entre os romances Sophia e Na palma da mão”. Os livros de Jussara contemplam também outros temas. “Produzi duas coleções que estimulam discussões nas salas de aula: Conceitos sem preconceitos, em seis volumes nos quais podemos conversar com os adolescentes sobre uso de droga, internet e redes sociais, tráfico de pessoas, bullying, as doenças sexualmente transmissíveis e o HIV/aids. Na coleção Histórias do Brasil Afro-indígenas, formada por quatro volumes, atendendo exigências do Ministério da Educação, abordamos histórias e culturas afro-indígenas. O escritor Fernando Farias tem uma visão diferente dos seus colegas. “Faço um trabalho de militância literária, incentivando mais a arte de escrever do que motivando novos leitores. Tenho dito que lugar de escritor é nas escolas. São eles que podem falar sobre a importância da leitura e da arte de escrever. Mesmo que não sejam escritores de histórias infantis e para adolescentes”, define. O seu trabalho, praticamente, começou na Escola Estadual Rodolfo Aureliano, em Jaboatão, para fazer oficinas aos sábados, dentro do projeto Escola Aberta. “Isso sem qualquer remuneração; a experiência inicial não foi muito boa, pois eu apenas transferia o conteúdo das oficinas que eu assistia com Raimundo Carrero. A primeira turma durou mais de um ano e eles serviram como minhas cobaias. Tive que aprender empiricamente a fazer exercícios motivadores, buscar técnicas mais simples, textos leves e incentivar a leitura de livros da biblioteca. Tomei gosto e fiz proposta para a Prefeitura de Jaboatão, onde há mais de seis anos faço palestras e oficinas. Sou remunerado por este trabalho. Depois fui convidado pelo SESC onde já fiz oficinas e palestras em várias cidades. Também faço palestras em escolas do Recife e nas bibliotecas comunitárias”. Farias acrescenta que é bem recebido pelos alunos, “mas nem sempre pelos professores caretas que se incomodam com meu método descontraído que estimula a criatividade, a quebra de padrões e busca o pensamento livre. O aluno percebe que tudo é uma brincadeira, podem sair da sala, usar celulares e conversar. No estímulo à imaginação vem o debate de temas transversais: drogas, gravidez na adolescência, consciência da temporalidade e morte. O que sempre gera mote para os contos”, comenta. Ele observa que as oficinas e palestras só estimulam os alunos que possuem predisposição à leitura. “Não há mágica, é preciso um ambiente de leitura em casa. A experiência com adultos, das turmas do EJA, (Educação de Jovens e Adultos), durante dois anos, motivou mais retorno, criando-se até uma biblioteca no bairro de Barra de Jangada. Detectamos que houve um aumento de mais de 100 jovens inscritos na biblioteca quando as oficinas foram realizadas na Biblioteca Central de Jaboatão, ou seja, dentro do ambiente de livros. As escolas não têm bibliotecas, nunca vimos um professor de português que incentivasse a leitura, são poucos os que se aliam ao projeto das oficinas. A maioria aproveita para sair da sala nessas horas”, critica. “Há uma ideia falsa de que apenas quem escreve para crianças deve ir às escolas, na verdade, eles usam as escolas apenas para vender livros. Por outro lado, nem todos os escritores se comunicam com jovens, sabem escrever bem, mas são péssimos para falar com as turmas. Principalmente pela vaidade e egocentrismos, escritores que acham que são importantes e falam tudo de suas vidas e nada sobre a leitura e a arte”, conclui. *Paulo Caldas é escritor  

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Mais empregos para jovens até 24 anos

Diante da atual crise econômica enfrentada pelo país, o mercado de trabalho brasileiro vivencia um dos piores momentos das últimas décadas. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do trabalho, mais de 530 mil vagas com maiores salários foram descartadas no primeiro semestre do ano, e o levantamento mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, aponta que atualmente, 11,2% dos brasileiros estão desempregados. Apesar desse cenário o mercado se mostrou aquecido para os jovens nos últimos meses. O número de vagas para quem tem entre 14 e 24 anos aumentou. Mais de 180 mil empregos com carteira assinada foram criados no primeiro semestre para trabalhadores jovens. Parece uma boa notícia, principalmente considerando-se que essa faixa etária é a que mais sofre com a crise do emprego, porém, é importante analisa-la de um outro ângulo: em tempos de crise as empresas estão cortando gastos e oferecem postos de baixa remuneração para esses novos funcionários. Histórico Entre janeiro e junho desse ano, o saldo positivo na abertura de vagas só se concretizou na faixa etária mais jovem, enquanto para os mais velhos, o número de demissões ainda supera o de contratações. Mesmo que pareça um avanço, o mercado ainda está longe de se tornar convidativo ao candidato entre 14 e 24 anos: essa faixa é a mais afetada, são quase 4,8 milhões de desempregados de acordo com dados do CAGED. O cenário é preocupante pois estima-se que 1 em cada 4 trabalhadores com menos de 25 anos foi diretamente impactado pela crise, justamente num período no qual adquirir experiência e projetar a carreira é fundamental. Visão do mercado Se por um lado o número de postos de trabalho voltados para esses candidatos aumentou, por outro a remuneração ainda está aquém do esperado. Diversos fatores podem explicar esse cenário desfavorável "Muitas empresas tiveram que substituir trabalhadores por mão de obra mais barata e o jovem, por possuir pouca experiência, acaba sendo menos exigente devido a urgência em entrar no mercado de trabalho." - Analisa o gerente de Recursos Humanos Rafael Pinheiro. Considerando ainda que muitos jovens que antes dedicavam-se exclusivamente ao estudo precisaram se lançar no mercado de trabalho, seja para custear os estudos ou complementar a renda familiar, o próprio número de candidatos também aumentou, inflando o mercado. Diante disso as empresas podem aumentar o nível de exigência ou simplesmente baixar os salários, pois a oferta de profissionais segue ampla. Para Rafael, o mais preocupante nesse cenário é que, diante da necessidade, o jovem pode acabar arriscando a própria carreira, visto que muitas vezes essas vagas não condizem com seu perfil ou não vão de encontro com sua área de estudo. Esses fatores podem desmotivar o estudante, pois, atuar num período integral fora da área de formação, impede que o mesmo consiga aplicar os conhecimentos adquiridos no curso e obtenha experiência profissional em seu campo de trabalho, o que torna muito mais difícil conseguir uma colocação depois de formado. – Esclarece o especialista. Estágio é uma alternativa promissora Para especialistas, uma alternativa para driblar a crise, adquirir experiência profissional e aumentar a renda, é investir em qualificação e em programas de aprendizado. Vagas voltadas para jovens, como as vagas de estágio, proporcionam maiores oportunidades pois são flexíveis e permitem ao candidato conciliar os estudos com o trabalho. Além disso, por possuírem contratos e jornadas de trabalho mais brandas em relação a um trabalhador formal, conferem vantagens ao empregador, servindo como um estímulo à contratação de estagiários e aprendizes. E mesmo diante da crise, investir neste tipo de vaga é a melhor aposta para o jovem. De acordo com Tiago Mavichian, diretor da Companhia de Estágios, consultoria especializada na contratação de estagiários e trainees, apesar do mercado estar encolhido a evolução das vagas nos programas de estágio é contínua nessa época do ano "Nosso próprio levantamento mostrou que no último triênio a média de crescimento na oferta de novas vagas de estágio durante o segundo semestre foi de 7%. Esse é um resultado muito significativo considerando que o número de postos de trabalho formal vem caindo muito ao longo do último ano". Muitos estudantes que atuavam como estagiários se formam e ingressam no mercado de trabalho, e, para suprir essa demanda as empresas abrem novas vagas, explica o diretor. A jornada de trabalho reduzida, a possibilidade de aprendizado e o valor da bolsa auxílio são os maiores atrativos. Tantos benefícios oferecidos nesta modalidade. As vagas estão cada vez mais concorridas devido ao número de estudantes que priorizam o estágio. Dados da recrutadora apontam que mais da metade dos jovens já procuram uma oportunidade no início da formação. Segundo Mavichian mesmo as vagas de estágio com remunerações maiores não exigem experiência, mas requerem um bom perfil “Os estudantes que participam de iniciativas como trabalho voluntário, empresa Jr., além de possuir cursos de idiomas e bons conhecimentos de informática se destacam dos demais, pois esses fatores são um diferencial no currículo que se reflete no desempenho e desenvoltura do estudante no estágio” – finaliza. Qualificação é essencial Ainda que a crise seja a grande responsável pelo mercado de trabalho mais desafiador, outro fator extremamente relevante é que muitos candidatos, pela urgência em conseguir uma colocação, concorrem às vagas que não condizem com seu perfil. Com a concorrência acirrada os empregadores têm a possibilidade de ser mais criteriosos e podem fazer um filtro mais apurado, pois, a procura está maior do que a demanda de vagas. Segundo o diretor da Companhia de Estágios as vagas em empresas de médio e grande porte que oferecem mais benefícios, bolsa auxílio acima da média e possibilidade de efetivação são também as mais exigentes. De acordo com Rafael Pinheiro, hoje em dia é necessário complementar a formação básica, as empresas procuram, mais do que nunca, um currículo bem qualificado “Investir em cursos técnicos e de aperfeiçoamento é essencial para conseguir uma colocação em meio à crise, principalmente no caso dos jovens que buscam o primeiro emprego. Quando o

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Dia dos Pais tem pior desempenho desde 2005

As vendas para o Dia dos Pais deste ano tiveram o pior desempenho desde o início da série histórica, em 2005, segundo o indicador da empresa de consultoria Serasa Experian. Na semana anterior à data, as vendas caíram 8,8% em relação ao mesmo período de 2015. No final de semana do Dia dos Pais, houve queda de 8,7% em todo o país na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior. Na cidade de São Paulo, as vendas na semana que antecede a data comemorativa caíram 8,1% ante a mesma semana do ano passado. No final de semana da data, as vendas tiveram queda de 7,5% em relação ao período equivalente de 2015. De acordo com os economistas da Serasa, a queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista o aumento do desemprego e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o comércio. “O crédito mais caro e escasso contribuiu para o desempenho negativo desta que é primeira dada comemorativa do varejo nacional do segundo semestre”, diz a nota da instituição.

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A crise de perto (por Joca Souza Leão)

Anos 50. O cronista Rubem Braga liga para o também cronista Otto Lara Resende e o convida para “ver a crise de perto”. Vão a um bar da Cinelândia, no centro do Rio. Tomam chope, comem salsichão com muita mostarda e dão a crise por vista. Por essa época, no Recife, meu pai tinha o que ele, bacharel em direito, chamava de “crise de coceira”, que não era outra coisa senão uma coceira danada nas mãos. “Histamina”, dizia ele sem medo de errar, apesar de a medicina nunca ter tido a chance de confirmar seu diagnóstico nem os anti-histamínicos, receitados por ele próprio, davam conta do recado. O jeito era coçar. E ele coçava com vigor com uma escova de cabelo que tinha sido de minha mãe, há muito tempo transformada em “escova-de-coçar”. Contei essa historinha, caro leitor, apenas para dizer que a palavra crise me é familiar desde que me entendo por gente. E que esta grande, enorme e profunda crise em que o Brasil se vê mergulhado foi, para mim, uma crise anunciada. Literalmente anunciada. Tanto quanto as crises do meu pai. Há três anos, duas palavras foram introduzidas nos manuais de redação de jornalismo dos veículos de comunicação de massa e, pela lei da gravidade, foram descendo e assentando nas redes sociais: “confiança” e “credibilidade”. Coisas do tipo: “resta saber se o governo tem credibilidade para implantar as medidas anunciadas” ou “no entanto, carece da necessária confiança dos agentes financeiros” ou “será que os professores confiam na proposta governamental?”. (Esses três fragmentos foram pinçados de dois noticiários de TV e um comentário de emissora de rádio.) A cobertura do Mensalão e, na sequência, da Lava Jato, veio para engrossar e dar consistência ao caldo que, agora, já tinha nome e sobrenome: “crise de confiança”. A grande imprensa nunca questionou o fato de o Mensalão Mineiro, do PSDB, o pai dos mensalões, por exemplo, ter sido anterior, muito anterior ao do PT e, enquanto um dava cadeia, julgamento e condenação, o outro não saía do lugar. No YouTube, um delator premiado disse (e repetiu) com todas as letras como funcionava o esquema de corrupção em Furnas, envolvendo os Neves (Aécio, mãe e irmã). “Não foi isso que lhe perguntei”, interrompeu a procuradora. “Eu perguntei sobre as relações do Sr. José Dirceu com a Petrobras.” Alguém viu isso no Jornal Nacional ou, mesmo, no noticiário da TV-U (com todo o respeito) às 7 da manhã? Claro que não. Caixa dois, financiamento de campanha, contribuição partidária, corrupção mesmo (com dinheiro vivo no bolso do pilantra) são velhos, velhíssimos conhecidos da política e do sistema eleitoral brasileiro. Quisessem a imprensa e a justiça acabar de uma vez por todas com os vícios eleitorais – e não apenas derrubar uma presidenta e aniquilar um partido –, teriam conseguido. A hora era essa. Com os esquemas das empreiteiras descobertos e escancarados, expostos à execração pública, não haveria quem tivesse peito para ficar contra as reformas políticas e eleitorais. Mas, como no verso de Camões, agora, Inês é morta. Enquanto os peritos do Senado concluem que a presidenta não pedalou coisíssima nenhuma (quer dizer, nada além das pedaladas em sua bicicleta, nas cercanias do Alvorada), os senhores senadores repetem o que dizem os meios de comunicação: a questão não é mais se houve ou não “crime de responsabilidade”, mas a “falta de confiança”. Se os índices econômicos não vão bem, “a credibilidade da população no governo e a confiança dos investidores privados continuam em alta”, dirá um Bonner qualquer, em rede nacional. O diabo é quem confia!

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Ben-Hur de volta à telona

“Ben-Hur” é a história épica de Judah Ben-Hur (Jack Huston), um príncipe falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), um oficial do exército romano. Destituído de seu título, afastado de sua família e da mulher amada (Nazanin Boniadi), Judah é forçado à escravidão. Depois de muitos anos no mar, Judah retorna à sua pátria em busca de vingança, mas encontra a redenção. Baseado no romance clássico de Lew Wallace, “Ben-Hur: Uma História dos Tempos de Cristo”. O filme também é estrelado por Rodrigo Santoro e Morgan Freeman. UMA HISTÓRIA ETERNA Quando o diretor Timur Bekmambetov (“O Procurado”, “Guardiões da Noite”) foi convidado pela primeira vez para dirigir uma reimaginação de uns dos mais adorados filmes do cinema, ele hesitou. “O ‘Ben-Hur’ de 1959 não é apenas um filme, é um fenômeno que afetou enormemente a cultura do século XX”, explicou Bekmambetov. “Foi por isso que quando recebi a oferta de dirigir sua reencarnação, meu pensamento inicial foi ‘absolutamente não’. Felizmente o produtor Sean Daniel me convenceu a ler o roteiro, que revelou essa história incrivelmente significativa, impressionando, não apenas com uma ação sensacional, mas com uma série de personagens realistas e incríveis e profundas reflexões. Apesar de que o ambiente e as circunstâncias são de milhares de anos atrás, podemos nos identificar com as emoções e as ações dos personagens que possuem uma ressonância moderna e universal”. O roteirista John Ridley tinha reservas parecidas enquanto desenvolvia o roteiro. “Os fãs mais ardentes do filme de 1959 podem achar uma blasfêmia revisitar o filme de qualquer maneira, mas eles esquecem que esses personagens já existiam 80 anos antes do filme. As pessoas tendem a se lembrar somente de Charlton Heston e da corrida de bigas, mas Judah Ben-Hur é um personagem muito rico e clássico. Ele é um homem injustiçado procurando por vingança e redenção. Personagens envolventes como Ben-Hur e Messala são a razão pela qual podemos voltar para essas histórias repetidas vezes. Por isso, queria transformar o conflito pessoal entre esses dois ex-amigos tão tenso e memorável quanto a culminante corrida de bigas”. “Os emocionantes temas do filme, vingança contra perdão, são eternos. Os conflitos que os personagens experimentam são identificáveis atualmente, como eram no tempo de Roma ou em 1880, quando Lew Wallace escreveu o romance”, explicou Daniel. “É a natureza humana e esta não muda”. “De várias maneiras ainda vivemos no Império Romano, ainda vivemos com seus valores”, comentou Bekmambetov. “Poder, cobiça e sucesso governam o mundo. As pessoas tentam realizar tudo em uma dura competição e somente poucas percebem que os verdadeiros valores humanos são a colaboração e o perdão”. GRANDES SANDÁLIAS PARA CALÇAR “A seleção do elenco de ‘Ben-Hur’ foi uma tarefa tão épica quanto fazer o filme”, disse Daniel. “Procuramos por todo o mundo. A escolha para os papéis de Judah Ben-Hur e de Messala foi especialmente complicada, porque o filme só funciona se esses dois personagens tiverem uma química. Eles começam como irmãos, que se tornam amargos rivais e destroem a vida um do outro. Quando vimos o trabalho conjunto de Jack e Toby sabíamos que tínhamos algo especial”. “Encontrar o ator certo para interpretar Judah Ben-Hur foi um processo”, relembrou Bekmambetov. “Precisávamos de alguém inteligente, que pudesse criar um personagem que combinasse ironia aristocrática com a habilidade de se importar verdadeiramente com outras pessoas. Jack nos provou ser capaz de fazer tudo isso”. Huston relembrou sua primeira reunião com Bekmambetov. “Timur me pediu que desse minha opinião sobre o personagem Judah Ben-Hur. Comecei a falar e ele fervorosamente fazia anotações. Ele viu isso como uma conversação e queria lhe dar o máximo de autenticidade possível. Trabalhar com Timur foi empolgante, porque é uma colaboração”. “Originalmente Jack veio para fazer o teste para o papel de Messala - brilhantemente interpretado por Toby Kebbell. Mas depois de ter conversado com ele, percebi que havia encontrado o Príncipe Judah Ben-Hur!”, exclamou Bekmambetov. “Parecia que ele havia vivido naquela época. Irônico, com ótima forma física e um cavaleiro experiente”. “Jack Huston fornece a mais extraordinária representação de um homem em uma jornada”, comentou a Produtora Executiva Roma Downey. “No decorrer do filme o vemos mudar física e emocionalmente. Fisicamente, ele passa deste lindo, charmoso e gentil príncipe para um homem destruído e arrasado. Durante os anos que passa na galera do navio, vemos seu corpo definhar e seu coração endurecer. Ele sabe que a única coisa que o fará sobreviver é satisfazer seu desejo de vingança”. “Simplesmente adoramos Jack como Ben-Hur porque ele foi brilhante durante a leitura e no entendimento do personagem”, disse Daniel. “Além disso, Jack é um Huston, uma das famílias reais do cinema. Filmamos nos Estúdios Cinecittà em Roma, onde John Huston dirigiu “A Bíblia” em 1966, portanto foi empolgante ter seu neto em nosso filme tantos anos depois”. Toby Kebbell foi selecionado para o papel central de Messala, o irmão adotivo e melhor amigo de Ben-Hur que o coloca no seu caminho por vingança. “Toby trouxe muito para o papel de Messala”, explicou o Produtor Duncan Henderson. “Para começar, o personagem era bastante interessante, mas Toby conseguiu introduzir no personagem seu próprio senso de humor que ele trazia para o set todos os dias. Messala é um personagem bastante sombrio, mas a interpretação de Toby lhe dá certa leveza que aumenta sua complexidade”. “Toby vibra na tela”, comentou Downey. “Fisicamente, ele simplesmente arrasa. Ele é bonito, estável e forte e possui muita inteligência e profundidade inerentes. Acreditamos que ele ama Judah e o que o conduz através da segunda parte do filme é esse amor e a decepção”. “Quando me encontrei com Timur”, Kebbell relembrou, “percebi que o filme não era somente sobre corridas de bigas. Essa é uma história sobre irmãos, sobre família, o quanto algumas vezes tratamos mal aqueles que amamos e o quanto frequentemente precisamos de perdão. Tudo que exploramos foi tirado do livro original”. Kebbell continuou: “Os papéis de Ben-Hur e de Messala são simbióticos. Foi um desafio divertido para nós brincarmos com

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PIB tem queda de 2,4% em Pernambuco

A Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem divulgaram durante coletiva nesta quinta-feira (7/07) os dados do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco referente ao 1º trimestre de 2016. A novidade nos dados divulgados é que foi adotada uma nova metodologia de coleta a partir de uma série com ajuste sazonal. A nova metodologia possibilita a comparação do desempenho da economia estadual com o trimestre imediatamente anterior, garantindo a comparabilidade com os resultados do PIB nacional, apurados pelo IBGE, nessa componente temporal. Segundo o boletim, o PIB apresentou uma queda real de 2,4% no primeiro trimestre de 2016 quando comparado ao quarto trimestre de 2015. No Brasil, essa queda foi de 0,3%. Na comparação com o 1º trimestre do ano passado, o recuo do PIB pernambucano foi de 9,6%, quando no país o PIB caiu 5,4%. No trimestre, o desempenho decorreu do comportamento dos três grandes setores econômicos: Agropecuária (-7,3%), Indústria (-3,6%) e Serviços (-1,4%). O valor adicionado da economia pernambucana, neste comparativo, registrou uma retração de 2,2%, enquanto os impostos líquidos sobre a produção decresceram 3,9%. Em valores correntes, o PIB do primeiro trimestre de 2016 alcançou R$ 39 bilhões. O presidente da Agência Condepe/Fidem, Flávio Figueiredo, explicou a mudança na forma de coletar os dados do PIB. “É o resultado da busca permanente pelo aperfeiçoamento metodológico para oferecer à sociedade, em geral, números que contribuam para uma visão mais completa da realidade econômica de Pernambuco no curto prazo”. Com relação aos números, o gestor relata que eles mostram que a crise política e econômica que o País atravessa chegou a Pernambuco. “Não sentimos tanto no ano passado, mas estamos trabalhando para mudar o mais rapidamente possível este cenário econômico”, comentou. Segundo ele, apesar do cenário econômico, o Estado tem mantido a normalidade de serviços. “Estamos com as contas equilibradas, com as grandes obras em andamento e mantendo os serviços em funcionamento, a exemplo das UPAS e Escolas Técnicas. Os salários dos servidores estão sendo pagos em dia”, frisou. Ele disse acreditar que quando esta fase passar, Pernambuco continuará saindo na frente dos demais Estados com altos índices de crescimento. “A retomada em Pernambuco será mais rápida, principalmente no caso da indústria, que hoje tem uma base instalada maior e melhor”, comentou. Presente ao evento, o coordenador do Departamento Econômico do Banco Central em Pernambuco, Fernando de Aquino, anunciou um acordo de cooperação técnica com a Agência Condepe/Fidem para utilizar o cálculo do PIB pernambucano na elaboração do Índice de Atividade daquela instituição. “É interessante para todos termos os dois indicadores convergindo. Já começamos a parceria”, afirmou.

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