Rafael Dantas, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 432 de 435

Rafael Dantas

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Recife quer reduzir 20% das emissões de Gases do Efeito Estufa

Convidada pela ONU e com participação certa na COP-21, conferência global sobre o clima que acontecerá em Paris (França) a partir do dia 30, a Prefeitura do Recife anunciou, nesta quarta-feira (25), duas metas de redução absoluta das emissões dos gases de efeito estufa (GEE): 14,92% até 2017 e 20,8% até 2020, referentes ao cenário de projeção com base em 2012. Também foi apresentado o plano de ações envolvendo quatro setores para alcançar as metas. A capital pernambucana é a primeira cidade do nordeste a definir o seu compromisso frente ao aquecimento global. As contribuições recifenses foram determinadas após a análise do inventário de GEE da gestão municipal, que contabilizou uma emissão de 3,120 milhões de toneladas de gás carbônico, em 2012. E, as projeções apontavam para um quadro de 4.662.930 TCO2eq, em 2020, se nenhuma medida fosse tomada. "Decidimos as metas com base em estudos científicos e esperamos evitar que quase 1 milhão de toneladas de CO2 seja despejada na atmosfera. São números ousados, mas temos condições de atingir", afirmou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, durante a reunião do ComClima. Para honrar o compromisso, a proposta da gestão municipal inclui ações nas áreas de mobilidade, resíduos sólidos, energia e desenvolvimento urbano sustentável. Responsável por 65% das emissões de gases de efeito estufa na cidade, o setor de transporte é um dos principais focos do plano de redução. Entre as medidas previstas, está a melhoria da estrutura urbana, como implantação de mais faixas azuis (cerca de 50km), ampliação do projeto de bicicletas compartilhadas, estruturação da malha cicloviária da cidade (76Km), entre outras. Quanto à produção de lixo e o saneamento, o plano aponta para a implantação de sistema de queima de biogás nas estações de tratamento de esgoto e nos aterros que atendem a cidade, além do aumento da coleta seletiva e diminuição da quantidade de lixo enviada aos aterros tradicionais. No setor de energia, a prefeitura aposta na modernização do parque de iluminação pública, implantação de placas fotovoltaicas em órgãos públicos e no incentivo o uso de equipamentos sustentáveis para aquecimento de chuveiros nas residências. "Nós estamos no rumo certo para reverter a insustentabilidade das emissões hoje. Comprovamos isso com o novo inventário de Gases do Efeito Estufa da cidade, do ano de 2013. Nele, já reduzimos as emissões em 2,5% se comparado ao ano anterior. Isso foi possível devido à queda no consumo de combustível, a implantação do sistema de queima de biogás no CTR Candeias, aterro que recebe os resíduos de Recife, além do menor consumo de energia elétrica pelas residências", observou Cida Pedrosa, acrescentado que o atual plano de baixo carbono segue no curso dos casos de sucesso revelados pelo novo inventário. A arborização urbana também foi contemplada neste planejamento. A meta é o plantio de 100 mil mudas na cidade e a manutenção dos grandes maciços verdes. Segundo o estudo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, essas duas medidas seriam responsáveis pela absolvição de quase 148 mil TCO2e, ou seja, redução de 4,74% das emissões dos gases. O projeto Parque Capibaribe, que compreende a implantação de um corredor de 30 km para ciclistas e pedestres nas margens do Rio Capibaribe, é outra ação prevista no eixo de desenvolvimento sustentável. Ele e o estudo de área crítica da Secretaria de Saneamento do Recife estão entre iniciativas a serem apresentada a financiadores internacionais, durante a COP-21, em Paris. Metas de redução ANO Meta em percentual 2017: 14,92% 2020: 20,8% (Da PCR)

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Coutinho lança 2ª edição de "Viajar é Ótimo"

O médico Oscar Coutinho faz amanhã (25/11) o lançamento da segunda edição do livro Viajar é Ótimo. Editado pela Cepe, a publicação cresceu. Alguns novos Países incluídos (como Eslovênia, Malta e Montenegro) e com muitas dicas acrescentadas. A nova edição chega na mão dos viajantes com 586 páginas, 120 a mais que a primeira versão. "Trouxemos mais conteúdo. Além dos novos capítulos sobre o planejamento da viagem e de orientações sobre novas destinos, melhoramos bastante as informações acerca dos Países mais tradicionais, como a França, Itália e Inglaterra. A Escandinávia, que tinha poucas dicas no primeiro livro, ganhou uma atenção maior”, comenta Coutinho. A publicação está dividida em três partes: Preparando a viagem; Dicas e sugestões; e Viajando com Oscar. Essa última parte é composta com comentários sobre os passeios realizados pelo mundo pelo médico entre 1972 e 2015, incluindo quatro novas viagens feitas entre o primeiro e o segundo lançamento. Além do clínico geral, a publicação é assinada também pela sua filha Clarice Coutinho, como colaboradora. Uma das novidades na nova edição é um capítulo especial dedicado ao uso da internet no planejamento da viagem. Seção que contou com uma colaboração direta de Clarice. LANÇAMENTO: Local: Livraria da Jaqueira Data: 25 de Novembro de 2015 Horário: 15h às 20h

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Confiança cai no poder público e ascende nas igrejas

Pesquisa realizada pela CNT/MDA aponta uma grande disparidade entre a confiança que os brasileiros depositam na Igreja em relação às demais instituições. O estudo indicou que 43% da população confiam sempre na Igreja e apenas 11,7% disseram que não confiam nunca. Enquanto que em segundo lugar aparecem as Forças Armadas, que possuem 19,2% de confiabilidade, contra 21,2% dos que não confiam de forma alguma. Nesse ranking, quem está na situação mais desacreditada são os partidos políticos, que têm rejeição de 73,4% dos entrevistados. No rastro das denúncias de corrupção, o índice de aprovação dos governantes e do Congresso Nacional está bastante abalado. Enquanto 56,2% dos entrevistados afirmaram não confiar nunca no poder executivo, a desconfiança dos parlamentares também ultrapassou a metade da população, 51,6%. Cenários que só não foram piores que o dos partidos políticos, que fornecem os quadros para ocupar esses cargos. A imprensa e a justiça, que têm papéis estratégicos no atual contexto de crise, também estão na berlinda da opinião pública. Apenas 13,2% afirmaram confiar nos veículos de comunicação. Um índice ainda mais baixo de confiabilidade plena foi conferido ao judiciário, com apenas 10,5%. Questionados sobre a corrupção, 37,1% dos entrevistados pela CNT/MDA afirmaram se tratar do principal problema a ser enfrentado pela sociedade brasileira. Outros 53,4% apontaram que se trata de um dos principais problemas do País. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. Os questionários foram aplicados no mês de julho.

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Recifenses correm na frente

Embora seja na cidade de Brasília onde há a maior proporção de profissionais adeptos da corrida (28%) no país, são os trabalhadores de Recife que saem na frente quando o assunto é a frequência desta atividade. Na capital pernambucana, 17% dos trabalhadores correm e, dentre eles, 33% praticam a corrida diariamente – a média mais alta do país – contra 30% dos brasilienses que seguem a mesma frequência. No Brasil, a média de trabalhadores que correm diariamente é de 15%. Os dados são da segunda edição da pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, que ouviu mais de 3 mil entrevistados, em 12 capitais do país, em busca de informações sobre tendências de alimentação e prática de atividades físicas dos profissionais. A pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro ouviu 3.059 pessoas, sendo 53% homens e 47% mulheres, todas economicamente ativas, com uma idade média de 38 anos (intervalo observado: de 24 a 60 anos) e residentes em 12 capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Salvador, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Vitória e Belém – e outras 54 cidades que englobam a Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e o interior paulista. Desse grupo, 66% trabalham em regime CLT e 65% recebem algum tipo de benefício alimentação. Em relação à carga horária de trabalho, 41% trabalham de 6 a 8 horas por dia, 36% entre 8 e 10 horas diárias e apenas 7% fazem turnos de mais de 10 horas por dia. Sobre o Movimento Alelo Comer Bem é Tudo de Bom A Alelo abraçou a bandeira da alimentação saudável para estimular a adoção de melhores hábitos alimentares pelos trabalhadores brasileiros. Criado em 2013, o Movimento Alelo Comer Bem é Tudo de Bom auxilia as empresas-clientes da companhia a implementar ações de estímulo à alimentação saudável e prática de atividades físicas de seus profissionais. O programa contempla matrizes de conteúdos nutricionais, desenvolvidos com o apoio de especialistas, que mensalmente são compartilhadas com essas empresas. Além disso, o Movimento Alelo Comer Bem é Tudo de Bom oferece às companhias serviços e ferramentas de apoio, como a Máquina de Sucos Naturais, o Carrinho de Alimentos Saudáveis e a Vending Machine Saudável. Para entender com mais profundidade o trabalhador brasileiro, a Alelo desenvolveu a inédita Pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro,. O levantamento, que em 2014 ouviu 2.131 profissionais, identificou que 72% dos entrevistados mudariam os costumes à mesa para se sentirem mais saudáveis. Além disso, 42% destas pessoas afirmaram que estão diminuindo o consumo de gordura. (Da assessoria de comunicação da Alelo)

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Belo Jardim: dos músicos e das cachoeiras

É pau, é pedra, é um resto de toco... Só não é o fim do caminho, como na música de Tom Jobim, mas a estrada “carroçável” leva para as Espalhadeiras, um belo horizonte na zona rural da cidade de Belo Jardim, a 12 km do Centro, indo pela PE-166. O lugar, um verdadeiro Éden, foi indicado pelo maestro Mozart Vieira, professor de música e criador da Orquestra Meninos de São Caetano, que vai ser nosso cicerone nesse passeio. Ele recomenda levar máquina fotográfica para registrar as belezas naturais que provocam exclamações em vários tons. As Espalhadeiras são corredeiras formadas por diversos riachos que convergem para determinado ponto e, de repente, dividem-se formando diversas piscinas, quedas d´água e bicas, para deleite do visitante. Um lugar perfeito para relaxar, curtir a natureza, ouvir o barulho da água batendo nas pedras. Ali, qualquer estresse vai embora. E, para completar, a pousada rústica de seu Irineu Chaves, com 15 leitos e cardápio regionalíssimo: arrumadinho, bisteca, peixe frito, de água doce, galinha de capoeira e cerveja gelada. Perfeito para um fim de semana, um dia no campo ou, ainda, para turismo ecológico a pé ou de moto, como curtem os mochileiros. São comuns os voos rasantes das borboletas. Com esse cenário, percebe-se porque Belo Jardim é preferido para o turismo aventura, trilhas, rapel, campeonatos de moto e jet ski nas barragens. O município é privilegiado em recursos naturais: as barragens Bitury, Piedade e Pedro Moura; as cachoeiras Tira Teima, Grutião, Bitury e a dos Caboclos, além dos rios Bitury e Tabocas. O maestro Mozart recomenda um pit stop no Distrito da Serra dos Ventos, com 10 mil habitantes, ruas largas e limpas, uma igrejinha secular, que fica de costas para as casas, mirando as serras. Nas proximidades está a Comedoria Serra dos Ventos e o restaurante Águas de Março, oferecendo comidas típicas: tilápia e xerém com galinha entre outras. Casarões do século 20, preservados, predominam. Num deles está o atelier da artista plástica Ana Veloso. Para os contemplativos existem dois mirantes: Robinho e Leônidas com, respectivamente, 1,5 mil e 1,7 mil metros de altitude, de onde se avistam as cidades de São Bento do Una, Lajedo, Cachoeirinha, São Caetano e Tacaimbó, todas no Agreste. Uma das características da serra é a alta produção de confecções, especialmente jeans, para o comércio da região. O vaivém das toyotas e vans se deve, também, a esse comércio. Indo, agora, em direção à cidade pela BR-232, são vistos bonecos gigantes de agricultores e duas cabeças de cangaceiros, como se estivessem dando boas-vindas ao turista. Por trás, vemos a loja de artesanato Tareco e Mariola. Trabalhos em madeira, palha, corda, barro, bordados etc., tudo feito por artesãos locais. Belo Jardim, a 180 km do Recife, no Agreste Setentrional, com 80 mil habitantes, é uma das cidades mais progressistas de Pernambuco com seu comércio e indústria, a exemplo das Baterias Moura, Palmeiron, Frango Natto e os biscoitos Tareco e Mariola, que fazem sucesso em todo interior do Estado. Belo Jardim ficou conhecida como a Terra dos Músicos, devido à vocação artística dos belo-jardinenses, sobretudo para as bandas de música. A Sociedade Cultural Filarmônica São Sebastião, por exemplo, foi fundada em 1887, antes do Brasil República. O maestro Mozart conta um episódio que ficou na história. Em 1963, as bandas rivais, Filarmônica e Cultura, disputavam para encerrar uma festa de rua e nenhuma parava de tocar na esperança que a concorrente cansasse primeiro. Ambas não quiserem recuar e tocaram durante 15 horas seguidas. A solução foi dada pelo juiz, juntamente com o delegado e o promotor: retiraram os músicos de cena um a um, até o último... Nessa cidade nasceram músicos famosos como o cantor Otto, que fez parte do movimento Mangue Beat. A tendência dos belo-jardinenses para a música vem desde o século 19, quando foram formadas as primeiras bandas na Vila de Nossa Senhora da Conceição, passando a tradição de pai para filho. O maestro Mozart, criador da Orquestra dos Meninos de São Caetano, e que já se organiza para realizar o mesmo trabalho em Belo Jardim, é um exemplo. MARCO ZERO. Em 1853, a cidade era uma fazenda de gado pertencente ao Distrito de Jurema que, por sua vez, fazia parte de Brejo da Madre de Deus. A fazenda cresceu e os moradores, movidos pelo sentimento religioso, construíram uma capelinha em louvor a Nossa Senhora do Bom Conselho. Periodicamente, um padre vinha celebrar missas e, numa das vezes, as flores plantadas ao redor de duas árvores, conhecidas como tambor, chamaram sua atenção. O padre exclamou: "Que belo jardim!", batizando, dessa forma, o lugar que antes era chamado Capim. A árvore tambor é nativa, típica das matas do Pará, Acre, Mato Grosso e Pernambuco. Frondosa e sem cheiro, cresce até 20 metros de altura, tem madeira leve e se presta bem à fabricação de brinquedos e canoas. É conhecida, também, como tamboril ou orelha de negro. Hoje, 162 anos depois, apenas uma das árvores ainda está de pé no meio da rua, protegida por um canteiro com jeito de praça. O bairro recebeu o nome de Tambor. Ou seja, essa árvore é o Marco Zero de Belo Jardim. FESTAS. Nosso cicerone destaca, também, o lado festivo e tradicional da cidade, a exemplo da Festa Marocas, inspirada na novela Redenção dos anos 70. Ela é realizada no mês de julho, na Rua Siqueira Campos. Ciranda, coco de roda, encontro de sanfoneiros, xaxado, e as catraias (homens vestidos de mulher), além de cantores famosos, fazem a alegria da festa que dura seis dias. Uma das características desse evento é reunir os conterrâneos que moram em outras cidades numa grande confraternização. A festa foi considerada patrimônio imaterial de Pernambuco pelo governo do Estado. São, ainda, tradicionais, as festas de São Sebastião, São João e Carnaval. A cidade oferece bons hotéis e restaurantes. Entre eles: Hotel Asa Branca, Accon, Jardim, Lux e Plaza, e os restaurantes: Sabor das Artes, Maria Comedoria, Cuba Libre, Boa Massa Pizzaria e Churrascaria Asa Branca. *Por Wanessa Campos

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Holding agita com o mercado publicitário

Holding nasce como o maior negócio de propaganda, comunicação e inovação do Norte e Nordeste, responsável por 300 milhões de reais em investimentos em comunicação Novembro de 2015 – Enquanto a crise está assustando algumas empresas, a Ampla e a Plano B, lideradas pelo publicitário Queiroz Filho, que uniu criatividade, inovação e veia empreendedora para criar o maior negócio da área de publicidade e comunicação do Norte e Nordeste. A holding Duca já nasce com as duas maiores agências de publicidade de Pernambuco – Ampla e BG9 –, além de negócios e parcerias na área de inovação e tecnologia. O grupo começa movimentando 300 milhões de reais em investimentos em comunicação e pretende dobrar esse número até 2020. “O nosso negócio forma-se a partir da união de talentos e marcas consagradas. Um grupo que terá não apenas a Ampla como empresa, mas também uma série de outras operações com foco em comunicação, tecnologia e inovação”, afirma Queiroz Filho, CEO do Grupo Duca. A ideia do novo negócio criado pelo publicitário é ganhar escala, unindo talentos para oferecer melhores serviços aos clientes, mas também fomentar o mercado local. “A Ampla, em seus quase 40 anos de história, liderou quase todas as grandes transformações do mercado local e foi pioneira na implantação de novas expertises e novas tecnologias. É uma agência, que além de crescer com seus próprios clientes, ajudou todo o mercado publicitário nordestino também a crescer”, diz Queiroz Filho. A novidade é a união entre a agência Gruponove, tradicional concorrente da Ampla, com a Plano B. Juntas, as agências passam a ser chamada de BG9. “Somamos a história da Gruponove que vem dividindo com a Ampla o espaço de agência mais premiada e respeitada do mercado pernambucano, com uma das mais jovens, criativas e bem-sucedidas agências atualmente, que é a Plano B”, afirma Queiroz Filho. Para a Gruponove, o novo negócio faz parte do processo de transformação de sucessão e renovação que a agência estava buscando. “Ninguém chega aos 42 anos de existência sólida gratuitamente. Sempre tivemos a capacidade de nos reinventarmos e sermos ousados. Agora, encontramos o casamento perfeito com essa união com a Plano B, juntando DNA criativo com qualidade de entrega, planejamento e reputação de imersão no cliente, características naturais às duas agências”, afirma Cecília Freitas, que irá dividir a presidência da BG9 com Toni Ferreira. Para Toni Ferreira, a criação da BG9, além de garantir uma maior visão de futuro, vai garantir também maior longevidade dos negócios. “Nos unimos a uma das mais respeitadas agências do mercado. Temos em comum valores éticos, que nos aproxima. Uma união que só vai somar, juntando os melhores profissionais do mercado, criamos um dream team”, diz Toni Ferreira. Parcerias para ampliar negócios No novo modelo de negócios do Grupo Duca, também faz parte a criação de parcerias estratégicas para inovar nos negócios para os clientes. A primeira empresa a trabalhar junto com o Duca será a Sodet, criada por Silvio Meira e Teco Sodré no Porto Digital. A Sodet é uma consultoria que propõe a conexão entre negócios, tecnologia e pessoas. A empresa conta com um time formado por profissionais de variadas áreas – Negócios, Tecnologia Social, Design Thinking, Redes Sociais, Empreendedorismo, Usabilidade e Visual Thinking. A Sodet é responsável por estruturar e desenvolver ambientes e plataformas digitais de algumas das marcas mais conhecidas do Brasil: como FIAT, Votorantim, Grupo SONAE Brasil, JEEP e Embraer. “A SODET tem muito prazer de se tornar um parceiro estratégico do Grupo Duca logo no seu lançamento. Fazemos parte da IKEWAI, um grupo de inovação e novos negócios, onde temos os mesmos genes do Grupo Duca. Os mercados Nordestino e do Espírito Santo ainda têm muito para crescer com novas oportunidades digitais criadas com esta parceria”, afirma Teco Sodré, CEO da SODET. “Hoje, estamos lançando um novo modelo de negócio que segue o que há de mais moderno e competitivo, não só no mercado de propaganda mundial, como é o caso de empresas como WPP, Omnicom, Publicis e Grupo ABC, mas também em outros segmentos, como INbev, BRfoods e o grupo JCPM. Um modelo que respeita a individualidade de cada empresa do grupo, inclusive, sendo estimulada a concorrência entre elas”, explica Queiroz Filho. Para o executivo, o novo modelo trará uma série de ganhos operacionais para os clientes e para o próprio mercado Publicitário, uma vez que a empresa continuará no papel de contribuir para o crescimento do setor em toda a Região. “Confiamos que a união das experiências de publicitários, designers e tecnologia poderemos criar novos negócios inovadores de crescimento empreendedor junto a grandes marcas dos nossos clientes”. Foco na inovação: DUCA Innovation Labs Outra novidade do Grupo Duca é o Duca Innovation Labs. A iniciativa tem o objetivo de criar, estudar e desenvolver novas tecnologias, novos formatos e colaborações para ajudar as marcas e empresas a fazerem novos e melhores negócios em seus mercados. “O Duca Innovation Labs será desafiado constantemente pelas empresas da holding e pelos clientes na busca constante de novas oportunidades de negócios, novos mercados e na construção de novas empresas e de estratégias colaborativas”, afirma Queiroz Filho. O Duca Innovation Labs tem a missão de trazer o futuro para o presente com iniciativas internas buscando talentos inovadores e empreendedores para a criação e lançamento de novos produtos e novos negócios,ao mesmo tempo em que desenvolve e opera redes de inovação e empreendedorismo com grandes empresas de tecnologia, startups e instituições de pesquisa. “Acreditamos na inovação como fonte de negócios e resultados para a operação dos nossos clientes”, diz Queiroz Filho. Sílvio Meira, um dos sócios e fundadores da SODET, ex-cientista Chefe do CESAR e atual sócio da IKEWAI, também atuará como conselheiro do Duca Innovation Labs. “A criação de um laboratório de inovação por um grupo empresarial em Recife é excelente para o mundo da inovação e do empreendedorismo. Estamos com bastante expectativa de capturar maiores e melhores problemas do mercado junto aos clientes do Grupo Duca para conseguir imprimir mais e melhores notas fiscais para eles”, afirma Silvio Meira. Grupo Duca:

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Valorizar o professor é essencial

Professor. Uma peça-chave para o funcionamento de qualquer escola que está cada vez mais escassa no Brasil. O assunto foi abordado no evento Pernambuco Desafiado - Educação promovido pela Algomais e pela TGI. Estudos mostram que já faltam no mercado docentes de disciplinas, como física e química. Para agravar esse cenário, poucos jovens sonham com a profissão. Apenas 2% dos candidatos à universidade consideram seguir o ofício do magistério, de acordo com estudo realizado pela Fundação Victor Civita (FVC) em parceria com a Fundação Carlos Chagas (FCC). Na avaliação dos especialistas, uma realidade a ser combatida para salvar o futuro da educação brasileira. As razões que afastam os jovens do magistério são várias. Em seu recém-lançado livro Educação brasileira: uma agenda inadiável, o professor Mozart Sales, diretor do Instituto Ayrton Senna, aponta algumas: baixos salários, baixa prioridade dos cursos de licenciatura nas universidades e condições de trabalho difíceis nas escolas. Mas, ele destaca um problema como mais grave: ausência de planos de carreira nas redes de ensino. “No Brasil os professores recebem em média 43% a menos que outros profissionais com a mesma titulação. No início da carreira essa diferença não é muito grande, apenas 11%. O que fica constatado que com o passar do tempo esse profissional fica para trás. Mais urgente que discutir remuneração é repensar um plano de carreira”, defende. O resultado dessa falta de perspectivas profissionais é que o País acumulou um déficit de 250 mil professores nos últimos 20 anos, principalmente em disciplinas como matemática, física e química, segundo dados do Inep. Sem essa mão de obra, o jeitinho brasileiro improvisa professores de uma matéria para cobrir outras nas quais não têm formação. Seis a cada 10 aulas de física das escolas brasileiras são ministradas por docentes que não são formados na disciplina, nem de áreas correlatas. Um dos aspectos da valorização desses profissional está na formação. João Batista Oliveira, doutor em pesquisa em educação e palestrante convidado no evento Pernambuco Desafiado, aponta duas características do docente que interferem no aprendizado. “O professor eficaz domina bem o conteúdo que ensina e também metodologias e técnicas mais efetivas para ensinar. Nos países com melhor desempenho no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) a profissão é prestigiada e os professores normalmente são recrutados entre os jovens mais talentosos”. Em seu livro, Repensando a educação brasileira, ele defende estabelecer padrões elevados para atrair os jovens talentosos. Além de também discutir a questão de rever os planos de carreira, o especialista discorre sobre a urgência de criar políticas adequadas de formação. Para Neves "oxigenar os cursos de licenciatura" - que são na maioria das universidades "o patinho feio" - seria uma forma de qualificar a formação. Aproximar a academia dos docentes que estão nas redes de ensino – que trariam “cheiro de escola” - e a maior presença de professores visitantes nesses cursos poderiam dinamizar o ambiente universitário. Ele defende ainda uma reformulação dos currículos das licenciaturas e uma valorização do futuro aluno desses cursos já no ensino médio, onde poderia ser acompanhado e começar a desenvolver trabalhos de pesquisa e de iniciação à docência. Ao lado da estruturação do plano de carreira e da formação acadêmica, uma unanimidade entre os especialistas é sobre a revisão do status profissional. Enquanto a imagem do professor não for reconstruída, o desinteresse dos jovens pela docência tende a continuar. (Por Rafael Dantas)

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A hora de vender os destinos de PE

Com a alta do dólar, um dos setores que ganha força – mesmo em meio à crise – é o do turismo. O câmbio desfavorável para viajar ao exterior faz com que os brasileiros voltem os olhos com mais carinho para os destinos nacionais. E os pernambucanos para o interior do Estado. Além desse público interno, a desvalorização do real torna as cidades turísticas brasileiras atrativas para os gringos. E nessa disputa pela clientela, Pernambuco está bem posicionado. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, 73,2% dos brasileiros preferem conhecer uma cidade no Brasil, sendo que 45,1% deles escolheriam ir para o Nordeste. Outro estudo, encomendado pelo site Viajanet, apontou o Recife como o destino nacional mais desejado pelos paulistas na hora de decidir viajar. Apenas Nova York e Miami tiveram índices maiores de interesse por parte dos viajantes do Estado mais populoso do País. O site Hotel Urbano também registrou no primeiro semestre do ano um aumento de viajantes para Pernambuco de 45%, a maioria interessada em Porto de Galinhas, seguido pela capital e por Fernando de Noronha. Frente às restrições financeiras, além de optar pelos destinos nacionais, os brasileiros têm feito ajustes, como reduzir a quantidade de dias de viagem e escolher opções menos onerosas de lazer. Essa é a avaliação da diretora da agência Pontes Tur, Kathia Pontes. “As viagens ao exterior diminuíram muito. Muitos brasileiros que planejavam passar o reveillón em Buenos Aires, por exemplo, hoje querem vir para Pernambuco. Avaliamos que nossos destinos se tornaram mais conhecidos e divulgados após a Copa do Mundo”, destacou. O arquipélago pernambucano segue como favorito dos estrangeiros que vêm para o Estado. Para o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, além da questão do câmbio, que favorece todos os destinos nacionais, há um cenário favorável para o Estado que foi construído nos últimos anos. Ele aponta que a política de incentivo a novos voos para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, através da redução do ICMS sobre o querosene da aviação, surtiu efeitos. “Isso incrementou a quantidade de voos para Pernambuco. Outras rotas ainda virão como fruto desse benefício fiscal”. Carreras mencionou rotas como um novo voo para São Luiz, através da Gol; e voos da Azul para Aracaju e para o interior do Ceará, que são destinos emissores. De olho no interesse do turista oriundo de São Paulo para os destinos pernambucanos, o secretário comemora também parcerias com essas companhias em voo charter desse que é o principal emissor de viajantes para o Estado. Os voos internacionais também sinalizam o bom momento para o turismo no País. A rota Recife-Buenos Aires tem alcançado uma ocupação média de 90%, sendo 80% de argentinos. Há uma movimentação do Governo do Estado junto a Tam e as operadoras de turismo para conseguir outra frequência semanal para a capital argentina. Uma conquista mais recente, lembrada por Carreras, é o voo para o Cabo Verde, que possui conexões para Amsterdã, Paris e Lisboa. Além das articulações com as companhias aéreas, o Estado terá um investimento em publicidade nos principais destinos emissores de turistas do exterior para o Brasil. As ações serão em outdoor, revistas e mídias digitais em cinco países: Itália, Espanha, Alemanha, França e Portugal. Essa ação será realizada em parceria com a agência que desenvolve as peças da TAP, com um investimento previsto de 200 mil euros. Os recursos são provenientes de uma promessa de auxilio do Governo Federal aos Estados do Nordeste para essa finalidade. Se as conexões aéreas estão em alta, a falta de opções de cruzeiros é um fator que tem feito o Estado perder turistas. De acordo com Kathia Pontes, esse é um dos mercados que mais tem crescido nesse período de crise. “Temos vendido muitos pacotes para cruzeiros marítimos nacionais. A maioria deles segue de Santos para o Rio de Janeiro. O turista percebeu que o cruzeiro tem um custo benefício muito bom”, afirmou. Os preços desse tipo de viagem são reduzidos pelo fato de as refeições já estarem incluídas, assim como a maior parte das atividades disponibilizadas aos hóspedes. As empresas estão trabalhando também com o dólar congelado. VITRINE. Se Fernando de Noronha e Porto de Galinhas despontam como os destinos naturais com maior apelo do Estado, os gestores do turismo local comemoram o novo posicionamento do Recife e da RMR como produto turístico. “Sempre buscamos divulgar os destinos indutores. O Recife deixou de ser apresentado apenas turismo de sol e mar. A cidade mudou e temos trabalhado na divulgação do lazer, com o projeto Recife Antigo de Coração, além de fazer um trabalho articulado sugerindo passeios nos municípios da região metropolitana. Temos visto esse momento de crise como oportunidade e para aproveitá-lo vamos fazer uma campanha abordando toda a diversidade e riqueza do Estado”, ressalta Ana Paula Vilaça, presidente da Empetur. Entre os equipamentos que ganharam notoriedade na cidade nos últimos anos estão os museus, com o Cais do Sertão e o Paço do Frevo. Essa articulação junto aos municípios vizinhos foi costurada há pouco menos de um ano através do Pacto Metropolitano do Turismo. “O resultado desse esforço é que trabalhamos hoje a venda casada da RMR. Vendemos um produto mais completo, oferecendo história, cultura, gastronomia, além do sol e mar. Preparamos roteiros integrados que começam no Recife e vão até Itamaracá. Um dos objetivos dessas ações é conseguir não apenas trazer mais turistas, como convencê-los a permanecer mais tempo aqui”, explica o secretário de Turismo do Recife, Camilo Simões. De acordo com o secretário, a permanência média do turista no Estado é de 7 a 8 dias, se estendendo um pouco mais no período de Carnaval. Ele comemora o crescimento médio anual de 6% de turistas vindos à capital pernambucana nos últimos anos. RURAL. Ancorados no turista pernambucano, os hotéis e pousadas que atuam no segmento do turismo ecológico e rural também despontam num cenário favorável. Enquanto o viajante internacional tem apostado em destinos no Brasil, há uma tendência de aumentar a prática do turismo regional. “O setor tem uma perspectiva

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Jovens Mcs e o rap gospel no Recife

Felipe Júlio, 21, e Janderson, 22, há cinco anos tocaram as primeiras rimas musicadas pelos Jovens Mcs. Nascidos na periferia da zona norte do Recife e criados ouvindo os louvores das igrejas onde frequentaram, eles inovaram ao criar um ministério que se propõe evangelizar usando o rap com músicas cristãs. Com o primeiro CD gravado de forma independente e o segundo fechando detalhes para o lançamento, as canções da dupla vão ganhando espaço e somando num segmento em que não estão sozinhos. Nas igrejas onde levam seu testemunho e seus raps, FJ e Mampe, como são conhecidos, anunciam as verdades do Evangelho de Cristo com a linguagem das ruas. As gírias podem até assustar os mais tradicionais, mas chegam forte na juventude. Do primeiro álbum (Sonhar e Acreditar), a música “Sabedoria” já é conhecida na maioria dos eventos ou cultos em que são convidados. Dessa primeira iniciativa, nasceu também o clip com a faixa “Jesus Cristo não despreza”, que circula nas redes sociais desde agosto. A maioria das canções trazem um pouco do cenário opressor vivido pelos jovens das periferias, sempre apresentando o caminho do Evangelho como uma alternativa. A maioria das músicas é escrita pelo FJ, que apesar de ter apenas 11 gravações, já fez dezenas de composições. Dessa inspiração, a dupla está finalizando o segundo álbum, que deve ser lançado ainda em 2015. Eles já selecionaram também as faixas do terceiro CD. “Sempre gostei muito do rap. Depois que me converti, em um acampamento do Palavra da Vida, sabia que tinha em mente essa ideia de levar a mensagem do evangelho a todas as quebradas e lugares. Deus colocou no meu coração e nas minhas mãos esse projeto”, afirma Felipe Júlio. Além das igrejas e pequenos eventos undergrounds em que participam, como o Rapcife Cristão, que aconteceu em setembro, os Jovens Mcs já começaram a frequentar shows de maior porte. Nesse ano subiram ao palco do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, no Recife Sem Drogas, da Associação Oásis da Liberdade. A quarta edição do evento reuniu milhares de pernambucanos, tendo como principais atrações os cantores Sérgio Lopes e PG. Esse movimento do rap dentro do segmento gospel está ganhando novos adeptos. De acordo com Felipe, apenas no Rapcife Gospel são cerca de 40 Mcs envolvidos.  

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As histórias de Marieta Borges

Marieta Borges é historiadora, escritora e professora. Por décadas desbravou a história de Fernando de Noronha, que resultou na grande obra da sua vida. É também poetisa e tem vocação para percussionista. Nesta entrevista à Algomais, ela fala sobre suas origens, produções e sua luta contra o câncer. Já venceu a batalha contra dois tumores. Hoje enfrenta o terceiro. Mas a julgar pelo vigor demonstrado nesta conversa - que terminou com uma "canja" da pesquisadora, tamborilando na mesa da sua sala um frevo em homenagem ao arquipélago - certamente ganhará mais esse combate.   “Como a história de Noronha ficou escondida!”   Você nasceu aqui no Recife? Sim, na Rua da Concórdia, a rua do Galo da Madrugada. Meu pai tinha uma fábrica de placas. Foi ele quem trouxe a produção de placas para carro para o Brasil. Ele era português. A produção acabou quando ele morreu. Morávamos em cima da casa e embaixo era a fábrica. Como começou sua relação com a música? Meu irmão era o maestro Fernando Borges. A gente fazia cantorias todos os dias em casa. Papai com a guitarra portuguesa, ele com o violino, minha irmã mais velha com o piano e eu na percussão. Nascemos todos no Recife, menos a mais velha, que nasceu em Belém. Meu pai veio direto para Belém e de lá veio para cá. Minha mãe também é paraensse. Meu marido cantou 22 anos no Coral do Carmo do Recife. A primeira coisa que eu pedi a ele quando fiquei noiva foi que entrasse no coral. Foi meu presente do Dia dos Namorados. Como era o Carnaval daquela época? Caminhávamos pela rua fantasiados, minhas irmãs, meus vizinhos. No Recife, meu irmão inventou o Esperando O Galo, palco montado na Ponte Duarte Coelho, de 8 da manhã até o Galo chegar. Era uma maravilha! Tínhamos o direito de subir no palco, ficar um pouco em cima olhando. Era impressionante. Você também faz poesias? Tenho quatro livros de poesia. O primeiro eu lancei quando trabalhava no colégio Santa Maria: As Muitas Faces do Bem Querer. Tem poema para todo mundo que passou pela minha vida. Seguindo esse mesmo jeito lancei o segundo: Natal Sempre, só com poemas de Natal. Foi prefaciado pelo Monsenhor Bezerra. Depois reuni grande parte do que havia feito e apresentei às edições Paulinas, que fizeram um calendário poético com o nome de Catando Amor o Ano Inteiro. O prefácio é de Dom Hélder. Ele escreveu que no livro há versos verdadeiramente "marietanos". (risos). Há mais de 10 anos declamo esses poemas na rádio Olinda, todo domingo. O último livro de poemas foi lançado pela editora Catolicanet. Você se formou em história? Não. No tempo em que estudei o curso de história não era reconhecido. Fiz pedagogia e depois fiz seis meses de especialização. Tenho a autorização do MEC para lecionar história. Comecei a trabalhar com as disciplinas do magistério e o enfoque principal era a didática dos estudos sociais, que entrava geografia e história. Nessa brincadeira, ensinei em vários colégios. Como começou sua relação com Fernando de Noronha? Fui uma das pessoas chamadas para participar do curso primeiro e único de suplência profissionalizante em regime de magistério em Fernando de Noronha, quando não tinha ninguém formado. Todo mundo terminava o ginásio e passava a ser professor, sem saber de nada. Daí foi feito um convênio com a Secretaria de Educação, que passou a indicar pessoas com experiência de magistério. Fui uma das indicadas para dar algumas didáticas. Foi uma paixão tão grande a ida e a descoberta, que acabei retornando várias vezes para ensinar didática geral, didática da linguagem, ensinei a alfabetizar. Ficava 15 dias, porque não podia ficar o tempo todo. Como foi que se interessou pela história da ilha? Quando eu pegava as professorandas do Santa Maria, Agnes ou IEP, eu levava essas meninas para conhecer, como se fosse hoje, o Instituto Brennand e a Oficina de Ricardo Brennand. Na época, a gente ia onde era possível. Quando eu quis fazer isso em Fernando de Noronha, pedi para me dizerem um resumo da história da ilha. Então me deram uma folha de papel com os tópicos: os franceses viveram aqui, ponto. E dai? Os holandeses viveram aqui. E dai? Não existia a história da ilha? Não! Prometi que faria um livro que seria o livro texto deles. Esse é o livro da minha vida (Fernando de Noronha Cinco Séculos de História). Tem 555 páginas e tem 511 fotografias. A ilha foi descoberta na expedição em que estava Américo Vespúcio que chegou lá como representante do fidalgo Fernão de Loronha, que nunca veio aqui. Ele ganhou a capitania, porque foi quem financiou a expedição. É o poder econômico. Abandonada, a ilha foi invadida por muita gente como os franceses. Fui à França atrás de informações, porque a França invadiu a ilha, depois em 1927 instala a Compagnie Générale Aéropostale, precursora da Air France. O grande aviador Mermoz sofreu um acidente lá, por causa disso, se fez a primeira pista de pouso em Fernando de Noronha em 1934. Fui a Air France do Rio de Janeiro. O diretor não sabia da ligação da empresa com Fernando de Noronha e disse para eu procurar a Maison de France no Rio. Lá me deram pistas inclusive do antigo aviador que havia resgatado a história da Air France e publicado duas obras. Aviadores famosos estiveram em Noronha, inclusive Saint–Exupéry (autor de O pequeno príncipe). No livro também tem a cronologia da presença holandesa. Foi a primeira. Eles viveram por 25 anos lá. E isso não se ensina no continente. Ninguém sabe. Como descobria essas informações? De várias maneiras. Uma vez cheguei no Bandepe, e o gerente me cumprimentou dizendo: “Oh, minha musa de Fernando de Noronha”. Então, outro cliente atrás de mim falou: "minha mulher nasceu lá". Virei para ele e perguntei: nasceu lá por que? Ele disse que o pai dela foi diretor do telégrafo submarino francês. Era a pintora Délia Aguiar, que morava em Olinda e eu, na

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