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Ciberataques baseados em IA forçam 37% das empresas a rever arquitetura de segurança digital

Estudo global da Netwrix, divulgado com exclusividade pela Aiqon, revela vulnerabilidades e mudanças na postura das empresas frente ao avanço da inteligência artificial no crime cibernético O avanço da Inteligência Artificial nas mãos de cibercriminosos está remodelando a segurança digital nas empresas. Segundo a edição 2025 do relatório Tendências em Cybersecurity Híbrida, da Netwrix — representada no Brasil com exclusividade pela Aiqon —, 37% das empresas globais já adaptaram suas arquiteturas de cibersegurança em resposta a ameaças impulsionadas por IA. O estudo ouviu 2.150 líderes de TI em 121 países, incluindo o Brasil. Entre os principais riscos apontados, 30% dos entrevistados demonstram preocupação com a nova superfície de ataque criada pelos aplicativos de IA utilizados por seus próprios usuários. Além disso, 29% relatam dificuldades em manter a conformidade com normas de segurança, uma vez que auditores já exigem proteção específica contra ameaças de IA. “O cenário mostra uma cultura reativa, em que só se muda depois do ataque — o que afeta a imagem e os negócios”, alerta Thiago Felippe, CEO da Aiqon. O levantamento também mostra que o crime cibernético se modernizou: estruturas criminosas já operam com equipes tecnológicas dedicadas, utilizando IA para desenvolver ataques mais sofisticados. Por outro lado, apenas 30% das empresas estão estudando soluções de cibersegurança com IA — e 9% afirmam que não adotarão esse caminho. A relação entre segurança de dados e de identidade foi outro ponto de destaque. “Proteger dados sem proteger identidades é impossível, e vice-versa”, afirma Matheus Nascimento, diretor de operações da Aiqon. Diante dessa realidade, 42% dos CISOs afirmam que priorizariam investimentos em PAM (Privileged Access Management) e 37% em IGA (Identity Governance and Administration), se tivessem autonomia total nas decisões. O relatório também revela que os ataques trazem prejuízos concretos: 43% das empresas afetadas tiveram de realizar investimentos emergenciais, 17% perderam vantagem competitiva, 15% pagaram multas e 13% perderam clientes. Para mitigar perdas, muitas têm recorrido a seguros cibernéticos — o que exige comprovação de maturidade digital, como o uso de MFA (72%), patch management (54%) e IAM (48%). O phishing segue como a principal ameaça: 76% dos líderes de TI relatam sua predominância na nuvem e 69% em ambientes locais, reforçando o papel da IA na evolução dessa prática criminosa.

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Mercado eleva previsão de crescimento da economia para 2,18% em 2025

Boletim Focus também aponta queda na estimativa de inflação, que segue acima do teto da meta estabelecida pelo BC O mercado financeiro voltou a revisar para cima a projeção de crescimento da economia brasileira em 2025. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9), a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,13% para 2,18%. A alta acompanha o bom desempenho do primeiro trimestre, puxado pela agropecuária, que levou o PIB a crescer 1,4%, conforme dados do IBGE. Já a estimativa para o IPCA, indicador oficial da inflação, caiu levemente de 5,46% para 5,44%. Ainda assim, permanece acima do teto da meta do Banco Central, fixada em 4,5%. No acumulado de 12 meses até abril, a inflação está em 5,53%, pressionada principalmente pelo aumento nos preços de alimentos e medicamentos. A taxa Selic, principal instrumento de controle da inflação, está em 14,75% ao ano após seis altas consecutivas. O Comitê de Política Monetária (Copom) ainda não sinalizou os próximos passos, mas indicou que a elevada incerteza exigirá prudência. O mercado projeta que a taxa se mantenha nesse patamar até o fim de 2025, caindo para 12,5% em 2026. Para os anos seguintes, a previsão é de um crescimento moderado: 2% ao ano em 2027 e 2028. A combinação entre juros altos, inflação persistente e dólar em alta — estimado em R$ 5,80 no fim de 2025 — deve seguir desafiando o desempenho da economia brasileira.

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Inauguracao do Mercado Barra Branca JOELMA SILVA GECOM PMB

Mercado Barra Branca é inaugurado em Bezerros como novo polo de cultura e gastronomia

Espaço impulsiona turismo gastronômico, economia criativa e valoriza a identidade cultural da Capital Pernambucana dos Bolos e Doces. Foto: Joelma Silva A cidade de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, ganhou neste mês de junho um novo equipamento voltado para cultura, lazer e empreendedorismo: o Mercado Gastronômico Barra Branca. O espaço foi inaugurado pela vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, e pela prefeita Lucielle Laurentino no prédio do antigo Mercado de Cereais Manuel José da Silva (Manuel Galego). A iniciativa une sabores da culinária regional, manifestações culturais e estímulo à economia local em mais de 400 metros quadrados de área requalificada. Com um investimento superior a R$ 970 mil do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe), e parceria com a Prefeitura de Bezerros, o Mercado Barra Branca é um símbolo de valorização das tradições bezerrenses e do fortalecimento do turismo gastronômico no interior do estado. O local conta com palco para apresentações culturais, oito quiosques com mezanino, sanitários acessíveis e um ambiente pensado para promover experiências sensoriais ligadas à memória e à identidade da cidade. “O nosso Mercado Barra Branca é mais que um prédio reformado, pois entregamos um monumento vivo à história, aos sabores e às memórias do povo bezerrense. Cada parede carrega a tradição de gerações que fizeram do mercado um centro de comércio, cultura e afeto. E agora, ele ressurge ainda mais forte, pronto para continuar contando a linda história da nossa gente. E que alegria imensa poder fazer essa entrega ao lado da nossa vice-governadora Priscila Krause, dos amigos e deputados Mendonça Filho e Joãozinho Tenório, mas principalmente ao lado do povo bezerrense, que nos faz celebrar um marco tão especial para nossa cidade. Bezerros segue avançando com respeito ao passado e olhos no futuro”, destacou a prefeita Lucielle Laurentino. Os empreendimentos presentes no espaço incluem estabelecimentos como Seu Cornélio Pastéis, Boteco do Badé, Se Achegue Comedoria, Empório Norte Bolos, Lá em Casa Bar e Restaurante, Bodega de Véio e Paguete Churrascaria. O cardápio diversificado atende desde quem procura um lanche rápido até os amantes da culinária afetiva e regional, ampliando as possibilidades de consumo e lazer para moradores e turistas. O nome do mercado presta homenagem ao tradicional Bolo Barra Branca, símbolo da culinária bezerrense. Localizado no coração da feira livre, o equipamento busca reforçar a identidade cultural da cidade e gerar novas oportunidades de emprego e renda. O Mercado Barra Branca funciona às sextas e sábados, das 10h às 21h, e aos domingos e segundas, das 10h às 20h. ServiçoMercado Gastronômico Barra BrancaLocal: Centro de Bezerros – antigo Mercado de Cereais Manuel GalegoFuncionamento: sextas e sábados, das 10h às 21h; domingos e segundas, das 10h às 20h.

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Cinco anos sem Miguel: Mirtes critica lentidão da Justiça

Às vésperas da formatura em Direito, mãe do menino que caiu de prédio no Recife afirma que caso expõe estrutura racista do sistema judicial. Mirtes Renata Santana vai se formar em direito - Foto: Amanda Remígio/Divulgação (Com informações da Agência Brasil) A estudante de Direito Mirtes Renata Santana, de 38 anos, enfrenta uma semana marcada por dor e resistência. Cinco anos após a morte de seu filho, Miguel Otávio, em um edifício de luxo no Recife, ela se prepara para apresentar seu trabalho de conclusão de curso sobre escravidão contemporânea. A apresentação acontece nesta terça-feira (10), e representa mais um passo em sua trajetória de superação e busca por justiça. No dia 2 de junho de 2020, em plena pandemia, Miguel caiu do nono andar de um prédio enquanto estava sob a responsabilidade da ex-patroa de Mirtes, Sari Corte Real, que o deixou sozinho em um elevador. “O que vem acontecendo hoje é um absurdo. O Tribunal de Justiça de Pernambuco está beneficiando a Sari. Está dando a ela o privilégio de seguir a vida como se nada tivesse ocorrido”, afirmou Mirtes, ao criticar o andamento do processo que segue sem desfecho definitivo. Sari foi condenada a oito anos e seis meses de prisão, pena posteriormente reduzida para sete anos. Ainda em liberdade, ela recorre da decisão, enquanto o Ministério Público de Pernambuco tem até o próximo dia 16 para se manifestar. A acusação pede o aumento da pena e a retirada de pontos contraditórios da sentença. Mirtes também contesta o fato de a ex-patroa não ter tido o passaporte apreendido e não atualizar seu endereço, mesmo sendo ré condenada. Além do processo criminal, Mirtes aguarda a retomada de uma ação trabalhista de R$ 2 milhões em indenização, atualmente suspensa. “Enquanto os processos estiverem no Recife, não serão resolvidos”, diz. Ela afirma que o curso de Direito revelou a dimensão da exploração vivida por ela enquanto trabalhadora doméstica, tema que escolheu para seu TCC: “Eu estou falando sobre trabalho escravo, contemporâneo e direitos fundamentais. Faço uma análise da proteção constitucional brasileira com foco nas trabalhadoras domésticas”. Para especialistas como o professor Hugo Monteiro Ferreira, do Instituto Menino Miguel, a demora no julgamento evidencia desigualdades raciais. “Penso que se Mirtes fosse a condenada pelo crime de abandono de incapaz com resultado de morte, certamente não estaria solta, cursando medicina, transitando leve e livre”, critica. Mirtes segue determinada: “Eu busco justiça”.

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Musical sobre Capiba encerra temporada no Recife com apresentações no Teatro de Santa Isabel

Espetáculo “CAPIBA, pelas ruas eu vou” celebra a obra do compositor pernambucano e segue para turnê pelo Nordeste e Sudeste O público recifense tem os últimos dias para conferir o premiado musical “CAPIBA, pelas ruas eu vou”, que se despede da capital pernambucana entre os dias 13 e 15 de junho. As sessões acontecem no Teatro de Santa Isabel, antes da estreia do espetáculo em cidades como Campina Grande, Fortaleza e São Paulo. Produzida pelo projeto Aria Social, a montagem une música, dança, teatro e projeções para homenagear a obra do compositor Capiba. Com um elenco de 45 bailarinos-cantores e uma orquestra formada por 19 músicos, o espetáculo apresenta um panorama sensível e vibrante da cultura pernambucana. O repertório inclui frevo, maracatu, ciranda, samba e até elementos da ópera, costurando diferentes linguagens artísticas em uma produção grandiosa. A direção artística e coreografia são de Ana Emília Freire, que valoriza a importância da memória cultural de Capiba. “Capiba é uma joia da nossa cultura... Sua música atravessa gerações”, afirma. A trilha sonora ao vivo tem a direção da maestrina Rosemary Oliveira, que também atua como pianista e violonista no espetáculo. “Meu objetivo foi preservar a essência de cada composição, mantendo viva a harmonia e o sentimento que ele transmitia”, comenta. A estética visual ganha destaque com figurinos assinados por Beth Gaudêncio, inspirados diretamente nas melodias do artista. Com direção geral de Cecília Brennand, o musical já foi assistido por cerca de 26 mil pessoas desde sua estreia em 2022. O projeto Aria Social, idealizador da montagem, atua desde 1991 com ações de arte-educação voltadas para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, e hoje atende mais de 500 alunos em Pernambuco. A iniciativa inclui ainda ações de empreendedorismo voltadas às famílias dos participantes. SERVIÇO“CAPIBA, pelas ruas eu vou” – Últimas apresentações no Recife📍 Teatro de Santa Isabel🗓️ 13/06 – 16h (sessão especial para escolas) e 19h30🗓️ 14/06 – 19h🗓️ 15/06 – 17h🎟 Ingressos: guicheweb.com.br

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OFB OPEN DAY

Oficina Francisco Brennand celebra os 98 anos do artista com programação especial e entrada gratuita

Museu-ateliê terá visitas mediadas, apresentação musical e inauguração de nova exposição no dia 11 de junho; evento junino com coco de roda acontece no sábado (14) A Oficina Francisco Brennand homenageia os 98 anos de nascimento do artista que dá nome ao espaço com uma programação gratuita nesta quarta-feira (11). O museu-ateliê, localizado na Várzea, no Recife, funcionará das 9h às 17h com atividades que incluem visitas mediadas, apresentação musical e a abertura da exposição “A Grande Boca”. A iniciativa reforça o compromisso do instituto em preservar o legado de Francisco Brennand, destacando sua obra singular, marcada pela fusão entre arquitetura, cerâmica e simbolismo. A programação do dia 11 começa às 10h com visita mediada conduzida pelo “Núcleo Saturno”, com a curadora Rita Vênus, voltada à produção de Brennand entre as décadas de 1970 e 2010. Às 11h, o Cineteatro Deborah Brennand recebe uma apresentação musical com clarinete e piano, sob coordenação do professor Antônio Nigro, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A segunda visita mediada está prevista para as 15h, oferecendo ao público uma nova oportunidade de explorar os jardins e espaços internos do museu com acompanhamento especializado. Também no dia 11, às 13h, será inaugurada a exposição “A Grande Boca”, de Abiniel Nascimento, resultado de pesquisa que articula arte, alimentação e espiritualidade. A mostra é fruto de uma residência artística realizada com apoio da Oficina Francisco Brennand e instituições culturais do Recife. “A pesquisa já se desdobrou em algumas ações, em experimentos, mas é nesse momento que ela começa a ganhar um corpo imprescindível para sua existência: o corpo cerâmico. Este, o corpo agenciador das relações anunciadas na pesquisa”, afirma Abiniel. A programação de junho segue no sábado (14), com mais uma edição do projeto Ocupa Oficina, que valoriza expressões da cultura popular. A partir das 14h, a cantora Poli comanda a vivência “A Voz do Corpo na Brincadeira do Coco de Roda”, seguida de um pocket show no Cineteatro Deborah Brennand. A atividade propõe uma imersão no ritmo tradicional, com práticas corporais ligadas ao forró e ao samba de coco. As inscrições para a vivência estão disponíveis no perfil @oficinafranciscobrennand, no Instagram. Serviço:11/6 – Aniversário de Francisco Brennand 14/6 – Ocupa Oficina

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Petrolina celebra Dia do Meio Ambiente com ações de preservação no rio São Francisco

Peixamento com 50 mil alevinos e plantio de mudas da caatinga marcam programação em parceria com Unimed, Codevasf e Escola Verde O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), ganhou destaque em Petrolina com uma série de atividades voltadas à preservação dos ecossistemas do semiárido. Às margens do rio São Francisco, a Unimed Vale do São Francisco, a Codevasf e o programa Escola Verde (PEV) promoveram um mutirão ecológico com peixamento de 50 mil alevinos e o plantio de mudas nativas da caatinga. A ação contou com a participação de estudantes da rede pública, voluntários da Unimed e técnicos ambientais. Entre os peixes soltos no rio, estavam as espécies piau, pacamã e curimatã – esta última ameaçada de extinção. Já no plantio de mudas, destaque para as espécies nativas como caraibeira, ipê, aroeira e mulungu, todas adaptadas às condições do bioma caatinga. Segundo Francisco Otaviano, presidente da Unimed Vale do São Francisco, o envolvimento da cooperativa médica reflete um compromisso com a sustentabilidade. “Temos consciência da nossa responsabilidade na proteção dos recursos naturais e buscamos incentivar ações que promovam a preservação ambiental”, afirmou. O peixamento visa não apenas a educação ambiental, mas também o repovoamento da ictiofauna do Velho Chico, contribuindo com a sustentabilidade da pesca e o fortalecimento da economia local. Já o plantio de mudas é essencial para recuperar áreas degradadas e conservar a biodiversidade do semiárido.

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Alunos do GGE

Pernambuco faz história com dois alunos na Seleção Brasileira de Matemática

João Pedro Bandeira e Vinícius Pimentel vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática na Austrália Pela primeira vez, dois estudantes pernambucanos integram a equipe que representará o Brasil na mais importante olimpíada de conhecimento do mundo: a Olimpíada Internacional de Matemática (IMO 2025), que será realizada em julho, na cidade de Sunshine Coast, Austrália. João Pedro Bandeira e Vinícius Pimentel, alunos do Colégio GGE, conquistaram o segundo e o terceiro lugar, respectivamente, na seletiva nacional da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) e agora fazem parte da elite da matemática brasileira. Os jovens já participaram de dois treinamentos intensivos em São Paulo, com aulas ministradas por renomados professores internacionais, como o iraniano Navid Safaei e o romeno Razvan Gelca. A última etapa da preparação ocorrerá entre 14 e 21 de junho, no Recife, na unidade do Colégio GGE em Boa Viagem. O encontro reunirá os seis integrantes da Seleção Brasileira de Matemática e contará com a presença do professor sérvio Dusan Dukic, referência mundial em olimpíadas matemáticas. A trajetória dos estudantes até a IMO começou com a participação na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas), que envolveu mais de 20 milhões de alunos em 2024. Após avançarem até o topo da competição, João Pedro e Vinícius foram convocados para representar o Brasil em um cenário global. “É uma vitória sem precedentes. Um terço da Seleção Brasileira é formada por alunos do GGE, o que nos enche de orgulho”, celebrou o gestor Glaumo Sá. O feito marca um capítulo importante para a educação científica em Pernambuco e já conta com reconhecimento nacional. “Todos os professores do Brasil estão empenhados em oferecer o melhor treinamento possível para a equipe que vai representar o país na IMO”, afirmou o professor Márcio Gomes, também do GGE.

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JeanEmile

Recife inaugura novo sistema viário no Ipsep com foco em transporte público e mobilidade ativa

Obra de R$ 42 milhões inclui binário entre avenidas, faixas exclusivas de ônibus, abrigos e acessibilidade para pedestres A Prefeitura do Recife entrega hoje (6), o novo sistema viário do bairro do Ipsep, como parte do projeto de requalificação urbana da Zona Sul, que totaliza R$ 42 milhões em investimentos. A intervenção, que inclui binário entre as avenidas Recife e Mascarenhas de Moraes, faixas exclusivas para ônibus e novos abrigos, tem como objetivo melhorar a fluidez do trânsito, priorizar o transporte coletivo e garantir mais segurança para pedestres. Com 1,6 km de corredores exclusivos para ônibus e 11 novos abrigos, a obra tem 25% de financiamento municipal e o restante por meio da Caixa/FGTS. O novo binário conecta importantes vias da região por meio das ruas Jean Emile Favre, Itacari, Raimundo Diniz, Rio Maranhão e Pampulha. As faixas exclusivas para ônibus funcionarão nos dias úteis, das 6h às 8h, nos trechos com maior fluxo, otimizando o tempo de deslocamento nos horários de pico. Além das mudanças na circulação de veículos, a requalificação urbana contemplou melhorias na drenagem, na rede de esgoto e no abastecimento de água, bem como a instalação de piso intertravado e concreto nas calçadas, garantindo mais acessibilidade. Também foram modernizadas a iluminação pública e a rede de telecomunicações, com o embutimento de cabos. A área ainda receberá 400 novas árvores, reforçando o cuidado ambiental da intervenção. “Conseguimos organizar melhor o fluxo de veículos e dar prioridade ao transporte coletivo, com atenção especial à mobilidade ativa e à segurança viária”, afirmou Luis Henrique Lira, presidente da URB. Taciana Ferreira, presidente da CTTU, destacou a implantação de faixas de pedestre com travessia elevada como medida para proteger os pedestres. Para auxiliar a população na adaptação ao novo sistema, agentes de trânsito estarão presentes nos primeiros dias de funcionamento e, em caso de dúvidas, o teleatendimento da CTTU está disponível pelo 0800.081.1078.

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TANCREDO NEVES

Tancredo Neves: o melhor presidente que o Brasil não teve

Quarenta anos após sua morte, o político mineiro permanece como símbolo da transição democrática frustrada *Por Francisco Cunha Há uma espécie de entendimento socialmente compartilhado no Brasil de que o melhor presidente da história republicana foi Juscelino Kubitscheck de Oliveira, o nosso JK. O que é perfeitamente compreensível, dadas as características pessoais do personagem (otimismo, alegria, obstinação, elegância, charme pessoal) somadas com as da época histórica em que governou: desenvolvimentismo, industrialização, “50 anos em 5”, Sudene, arquitetura brasileira “falando para o mundo”, construção de Brasília, campeonato mundial de futebol, Bossa Nova, Cinema Novo etc. Todavia, um outro personagem, mineiro como JK e seu companheiro de geração, que passou a vida política inteira se preparando e articulando para assumir a suprema magistratura nacional, estando eleito e a um passo da Presidência, foi abatido pela tragédia pessoal e morreu sem tomar posse do cargo por tanto tempo cobiçado. Falo de Tancredo de Almeida Neves que, em 21 de abril passado, completou 40 anos de falecido aos 75 anos de idade. Entrei na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPE em 1976, em plena ditadura, e, desde então, acompanho atentamente a vida política nacional, participando do movimento estudantil e da sociedade civil da época pelo restabelecimento da democracia. E, desde lá, procurava quem poderia liderar a transição de um regime autoritário para um regime onde fossem reinstaladas as garantias democráticas. Nesta procura, desde cedo, comecei a prestar atenção em Tancredo, então deputado federal por Minas Gerais, depois de ter sido ministro da Justiça de Getúlio Vargas e primeiro-ministro do breve regime parlamentarista instalado após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961. Depois, Tancredo foi eleito senador e governador de Minas, tornando-se um dos líderes da luta pela redemocratização, inclusive do turbilhão em que se transformaram os movimentos Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, Diretas Já e Quero Votar para Presidente levando milhões de pessoas às ruas do País. Com a frustração dos movimentos pela eleição direta, Tancredo fez uma grande negociação com os políticos, a sociedade civil organizada e os militares, tornando-se candidato indireto à Presidência, concorrendo e ganhando no Colégio Eleitoral do Congresso Nacional contra o oponente Paulo Maluf, candidato das forças que apoiavam a ditadura. Acompanhei tudo isso atentamente, fazendo, inclusive, campanha ostensiva para Tancredo por acreditar ser ele o único líder político capaz de conduzir a transição pacífica da qual o País tanto precisava depois de mais de 20 anos de ditadura. Ele, inclusive, foi o único candidato a qualquer cargo eletivo, ainda que no caso indireto, que teve um adesivo em meu carro. Além disso, eu andava com o botton de Tancredo para todos os lugares, até no casamento (neste caso, por dentro do paletó, considerando que ainda estávamos em pleno regime autoritário) de um amigo que teve como padrinhos Maluf e o próprio Tancredo, sendo esta, talvez, a única vez em que estiveram num mesmo ambiente público durante a campanha eleitoral, já que não havia ainda debates entre candidatos a presidente. Assisti emocionado o seu discurso, logo após a vitória no Colégio Eleitoral: “Não vamos nos dispersar. Continuemos reunidos, como nas praças públicas, com a mesma emoção, a mesma dignidade e a mesma decisão. Se todos quisermos, dizia-nos, há quase duzentos anos, Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperança, podemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la!” Então, qual não foi meu espanto quando, chegando em casa, na noite anterior à posse, vindo de uma comemoração antecipada, ligo a TV e vejo o noticiário dando conta de que o presidente eleito havia sido internado para uma operação de emergência. Depois da internação e do espanto, se sucederam a angústia e a tristeza no acompanhamento da via crucis de 38 dias pelas mãos de médicos incompetentes, hospitais e cirurgias. Até hoje, sou acometido de uma ponta de angústia quando ouço a música Coração de Estudante cantada por Milton Nascimento e transformada no hino do martírio e da morte de Tancredo. Minha maior frustração nessa história toda foi termos perdido a oportunidade do exercício da presidência de uma pessoa que teve uma trajetória política maiúscula e se preparou a vida inteira para ocupá-la como uma espécie de expoente de uma geração de grandes políticos da estirpe de Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Teotônio Vilela, Mário Covas, José Serra, Fernando Henrique Cardoso e outros de grande valor, impossíveis de comparar com os da atualidade. Penso que toda a geração daqueles que lutamos e torcemos pelo fim da ditadura e pela transição pacífica para a democracia perderam a chance de ter Tancredo como presidente no lugar de ter-se transformado no melhor presidente que o Brasil não teve. Uma grande frustração e a concordância com a frase que ele teria dito na UTI: “Eu não merecia isso”. Não merecia mesmo! Nem ele nem nós!  *Francisco Cunha é consultor e sócio da TGI

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