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Suape atinge novo marco e passa a receber petroleiros com carga total

Após homologação da Marinha, porto pernambucano conquista 20 metros de profundidade e amplia papel estratégico no escoamento de combustíveis Com a homologação da Marinha do Brasil, o Porto de Suape atingiu um novo patamar de operação: agora pode receber petroleiros de classe mundial, como os Suezmax, com capacidade de até 175 mil toneladas. O aval veio com as Portarias nº 102/2025 e 103/2025, que consolidam o porto pernambucano entre os de maior calado do País, abrindo caminho para operações sem restrições de carga e com maior eficiência logística. “É um divisor de águas para o nosso porto, que já ostenta a liderança nacional na movimentação de granéis líquidos. Suape melhora significativamente as condições de trafegabilidade, o tempo de espera para atracação de navios de grande porte e agrega mais valor às operações, com as embarcações podendo atracar em segurança com capacidade máxima de carga”, destaca o diretor-presidente Armando Monteiro Bisneto. Ele enfatiza que o novo calado amplia a atratividade do porto para operadores, indústrias e investidores do setor logístico e naval, fortalecendo o papel de Suape na economia nacional. A dragagem do canal externo, executada pela holandesa Van Oord, representou um investimento de R$ 140 milhões e foi concluída um mês antes do previsto, sem intercorrências. O trabalho removeu 1,7 milhão de metros cúbicos de sedimentos, elevando o padrão de operação do porto. De acordo com a diretora de Infraestrutura Renata Loyo, o resultado garante mais previsibilidade e segurança às manobras, permitindo que embarcações com calado acima de 15 metros acessem Suape sem depender da maré. O avanço complementa a dragagem do canal interno, em andamento desde agosto, com investimento total de R$ 217 milhões — recursos provenientes do PAC 3 e do Governo de Pernambuco. A obra prevê profundidade de 16,2 metros e inclui a dragagem da bacia de evolução e dos píeres 3A e 3B até 18,5 metros. Com isso, Suape reforça sua vocação como hub logístico e energético de referência nacional, preparado para novas demandas do comércio e da indústria.

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Ziel Karapoto. Conexao 2024. Foto performance por Lila Rodriguez

Christal Galeria inaugura “Chamar o Rio”, mostra sobre os direitos dos rios na América Latina

Exposição reúne 16 artistas contemporâneos e propõe reflexão sobre a natureza como sujeito de direito. Foto: Lila Rodriguez A Christal Galeria inaugura, no dia 9 de outubro, às 19h, a exposição coletiva “Chamar o Rio”, com curadoria de Paula Borghi. A mostra reúne 16 artistas contemporâneos da América Latina — entre indígenas e não indígenas — em torno da defesa dos direitos dos rios e da natureza como sujeito de direito. A abertura contará com uma performance dos artistas Ziel Karapotó e Olinda Tupinambá, que integram o elenco de nomes vindos de países como Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Porto Rico e Venezuela. Inspirada pela filosofia do bem-viver, a exposição propõe uma imersão nas relações entre cultura e natureza, apresentando obras em vídeo, performance, desenho, pintura, fotografia e objeto. As criações questionam as fronteiras entre humanos e não humanos e evocam a necessidade de reconhecer os rios como entidades vivas, com direitos próprios. “No ano em que o Brasil sediará a COP 30, evento no qual líderes mundiais, cientistas e atores da sociedade civil se reunirão para discutir ações para mitigar as mudanças climáticas, é fundamental colocar este tema também na agenda cultural”, defende a curadora Paula Borghi. A mostra também faz referência a casos emblemáticos internacionais, como o Rio Whanganui, na Nova Zelândia, reconhecido como pessoa jurídica em 2017, e o Rio Atrato, na Colômbia, que mesmo com status legal, ainda sofre com a poluição do garimpo. “Nem todos os casos de reconhecimento dos rios como pessoas jurídicas são suficientes para a garantia de seus direitos, assim como ocorre com os das pessoas humanas”, acrescenta a curadora. Para Christiana Asfora, fundadora da Christal Galeria, a exposição é um chamado por novas formas de proteção ambiental inspiradas nos modos de vida dos povos originários. Ao reunir obras que articulam dimensões políticas, espirituais e ambientais das águas, “Chamar o Rio” convida o público a refletir sobre a urgência de preservar os ecossistemas e repensar a convivência entre seres humanos e o planeta. Desde 2021, a Christal Galeria vem consolidando seu papel no cenário artístico pernambucano, promovendo exposições que aproximam arte, território e sociedade. ServiçoExposição: Chamar o RioAbertura: 9 de outubro de 2025, às 19hLocal: Christal Galeria – Rua Jeremias Bastos, 266, PinaVisitação: Segunda a sexta, das 10h às 19hEntrada gratuita

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Bienal do Livro de Pernambuco recebe lançamento da coletânea Didática da História

Obra organizada por Arnaldo Szlachta e Carlos Moura será apresentada no Café com Cordel da Bienal, com participação do debatedor Arthur Lira A XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco será palco, no próximo dia 8 de outubro, às 18h, do lançamento da obra Didática da História: abordagens e conceitos para sala de aula. O evento acontece no espaço Café com Cordel e promete reunir pesquisadores e professores em um debate sobre os desafios do ensino de História nos tempos atuais. Organizada por Arnaldo Szlachta e Carlos Moura, a coletânea reúne reflexões sobre metodologias, práticas e conceitos que podem enriquecer o cotidiano da sala de aula. O lançamento contará com a presença dos dois organizadores e terá como debatedor o professor Arthur Lira, que vai provocar discussões sobre os caminhos da didática e sua importância para a formação crítica dos estudantes. O livro, publicado pela Editora Edupe, surge como uma contribuição essencial para docentes, licenciandos e pesquisadores da área de educação, abrindo espaço para diálogos sobre novas abordagens no ensino da História. O evento faz parte da programação oficial da Bienal, realizada pelo Ministério da Cultura e apoiada pela Petrobras, e reforça o compromisso da feira em fomentar debates educacionais e acadêmicos de relevância social. 📚 Lançamento: Didática da História: abordagens e conceitos para sala de aula📍 Local: Café com Cordel – XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco🗓 Data: 08 de outubro⏰ Horário: 18h

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Pequenos negócios movimentam 32% do PIB e sustentam 81% dos empregos formais em Pernambuco

Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa destaca a força e os desafios do setor, que já representa 94% do tecido empresarial do estado. Foto: Freepik De janeiro a agosto de 2025, Pernambuco registrou a abertura de 109,3 mil pequenos negócios, uma alta de 36,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O levantamento do Sebrae/PE aponta que micro e pequenas empresas, além dos MEIs, são responsáveis por 32% do Produto Interno Bruto estadual e por 94% do tecido empresarial. Esses números reforçam a importância do setor, especialmente em meio às comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, celebrado hoje, em 5 de outubro. Papel estratégico “Comemorar o Dia da Micro e Pequena em Pernambuco é mais do que simbólico. É uma forma de reconhecer o papel vital que os pequenos negócios desempenham na economia, cultura, inovação, competitividade e geração de renda e oportunidades no estado. Tendo o Sebrae como parceiro estratégico permanente, eles também estimulam o empreendedorismo local, ajudam a preservar tradições e o saber fazer e colaboram para a melhor distribuição econômica, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social na região”, afirma o superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra. Geração de empregos Os pequenos negócios foram responsáveis pela criação de 25,3 mil vagas com carteira assinada em Pernambuco entre janeiro e julho deste ano, o que corresponde a 81% do saldo estadual de empregos formais, segundo dados do Caged. O setor de Serviços liderou a geração de oportunidades, com mais de 14,2 mil postos, seguido pela Construção Civil, com 5,2 mil. Para a economista do Sebrae/PE, Sylvia Siqueira, o aumento de registros de CNPJs aponta para um ambiente mais favorável ao empreendedorismo por oportunidade, com maior potencial de inovação e diversificação produtiva. Desafios e mortalidade Apesar dos avanços, o estudo também alerta para os desafios do setor. Entre janeiro e agosto, 62,4 mil empresas encerraram as atividades no estado, resultando em uma taxa de mortalidade de 52%. As principais dificuldades estão ligadas a juros altos, inflação persistente, falta de crédito e problemas de gestão. “Esses fatores têm refletido na redução do tempo de vida e aumento da taxa de mortalidade empresarial, com efeitos em todos os portes e setores econômicos”, explica Sylvia Siqueira. Ainda assim, 81% dos empreendedores pernambucanos seguem ativos há mais de dois anos, superando a média nacional.

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Adele Tribute Divulgacao

Agenda Cultural Algomais indica espetáculos, oficinas e exposições

Tributo a Adele chega ao Teatro RioMar Recife com espetáculo ao vivo O Teatro RioMar Recife recebe, no dia 10 de outubro, o espetáculo “Hello Adele Tribute”, uma homenagem à carreira da cantora britânica Adele. Criado pela gaúcha Stephanie Lii, o show recria a experiência de um concerto de Las Vegas, com duas horas de apresentações 100% ao vivo, reunindo sucessos e hits da artista. O tributo já contabiliza mais de 150 apresentações no Brasil e na Europa, oferecendo ao público pernambucano a oportunidade de vivenciar a intensidade e a emoção da voz marcante de Adele. Ingressos a partir de R$ 88, disponíveis no site do teatro ou na bilheteria. Mardi Gras em Recife reúne jazz e frevo no Recife Antigo O Recife Antigo se transforma em palco de música, cores e cultura nos dias 3 e 4 de outubro com o Mardi Gras em Recife, evento gratuito e aberto ao público. Na sexta (3), às 20h30, o pianista e compositor Amaro Freitas apresenta seu jazz com influências afro-brasileiras, enquanto no sábado (4), também às 20h30, Romero Ferro comanda um espetáculo vibrante de frevo no Palco da Praça do Arsenal. A programação completa pode ser conferida no perfil oficial @mardigrasrecife. Oficina Brennand celebra Mês das Crianças com oficinas e atrações gratuitas A Oficina Francisco Brennand preparou uma agenda especial para outubro, com oficinas de argila, confecção de pipas, atividades sensoriais e programação da Temporada França-Brasil 2025. No Dia das Crianças (12), a entrada será gratuita para o público de até 12 anos. Entre os destaques estão a oficina “Mão que cria, mão que brinca”, conduzida por Fernando Portela nos dias 11 e 12, voltada para crianças de 7 a 12 anos (inscrição a R$ 75 com direito a acompanhante), e a atividade gratuita “O Voo de Ossain”, no dia 19, em que famílias poderão confeccionar pipas. Já no dia 11, a coreógrafa franco-caribenha Lénablou ministra uma masterclass de Techni’ka como parte do intercâmbio cultural da temporada. As inscrições podem ser feitas pelo link disponível na bio do Instagram da instituição (@oficinafranciscobrennand). Ágnes Souza lança “Não estou recebendo visitas” com poemas sobre mudanças, perdas e o cotidiano O próximo lançamento da Cepe Editora, Não estou recebendo visitas, da poeta pernambucana Ágnes Souza, reúne poemas que exploram memórias, lutos e pequenas experiências do dia a dia, trazendo à tona a beleza que emerge mesmo em momentos de fragilidade. Entre lembranças de infância, trocas afetivas, a intimidade feminina e a perda do pai, a autora constrói textos impregnados de vida urbana e subjetividade, oferecendo um olhar sensível sobre a experiência contemporânea. O livro será lançado na XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em 5 de outubro, às 14h, no Espaço Círculo das Ideias, com bate-papo entre Ágnes e a editora-assistente Gianni Gianni. Ciranda Cultural leva afeto e inclusão à Bienal do Livro de Pernambuco Com lançamentos, sessões de autógrafos e uma cabine de fotos, o grupo Ciranda Cultural estreia hoje seu estande na XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que acontece até 12 de outubro no Centro de Convenções, em Olinda. A programação reúne autores como Lucas de Matos (3 e 4/10), Renata Fernandes (5 e 6/10), Thaís Roque (4/10) e Filipe Macedo (11/10), com obras que abordam diversidade, infância, poesia e inclusão por meio da Libras, consolidando o espaço como um dos destaques do evento. Caio Danyalgil lança catálogo da exposição “Cintilante” na Arte Plural Galeria O artista pernambucano Caio Danyalgil apresenta, neste sábado (04/10), o catálogo da exposição Cintilante, na Arte Plural Galeria, a partir das 15h, com entrada gratuita. A mostra reúne 20 obras fotográficas que exploram a luz em espaços naturais, incluindo duas instalações no piso da galeria, proporcionando ao público uma experiência visual única. O catálogo, em edição limitada e disponível também em versão digital, traz texto de abertura do curador Cadu, que destaca a capacidade do artista de unir paisagens interiores e exteriores por meio de linhas de luz e elementos naturais. Julia Vargas e Natascha Falcão celebram Rita Lee e Gal Costa em show LeeGal na Estação da Luz No dia 11 de outubro, sábado, a Casa Estação da Luz, em Olinda, recebe o show LeeGal, homenagem às icônicas cantoras brasileiras Rita Lee e Gal Costa, com as interpretações de Julia Vargas e Natascha Falcão. O espetáculo reúne clássicos como “Mania de Você”, “Ovelha Negra”, “Baby” e “Vapor Barato”, além de sucessos recentes, e promete envolver o público em uma experiência musical intensa, antecedida e seguida pelo DJ Aslan Cabral, com sua pesquisa sonora que atravessa décadas da música brasileira. A apresentação começa às 18h30, com abertura da casa às 17h e encerramento às 22h. Ingressos: R$ 60 (inteira), R$ 30 (meia) e R$ 45 (social), à venda pelo Sympla e no local. Cinema São Luiz exibe documentário sobre resistência da comunidade Santana Neste sábado (04/10), às 14h, o Cinema São Luiz recebe a sessão gratuita de Estórias que se atravessam – O Rio Capibaribe e a comunidade Santana, documentário dirigido por Rosely Bezerra, Mariana Rodrigues e Mariana Vasconcelos. A obra retrata a luta da comunidade de Santana, na Zona Norte do Recife, contra os impactos sociais e afetivos provocados pelo projeto de construção da ponte Cordeiro-Casa Forte. Narrado pelos próprios moradores e crianças, o filme reconstrói memórias, afetos e relações com o Rio Capibaribe, tornando-se um manifesto por pertencimento, identidade e direito à cidade. Galeria Marco Zero abre exposição individual de Bruno Vilela inspirada na Amazônia A Galeria Marco Zero inaugura, no dia 9 de outubro, às 17h, a exposição individual As Estrelas Descem à Terra, do artista pernambucano Bruno Vilela, com curadoria de Daniel Donato. A mostra reúne 16 trabalhos inéditos, entre pinturas e desenhos, e apresenta o filme O Ano da Serpente, produzido pelo artista. Inspiradas em uma imersão de 20 dias na Amazônia, as obras exploram paisagens, cosmologias, mitologias locais e a relação entre o real e o fantástico, convidando o público a mergulhar na poética pessoal de Vilela e no diálogo entre cultura e experiência artística. Plaza Shopping

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diretor hemobras

“Estamos deixando de ser um projeto estratégico para ser uma empresa estratégica”

Diretor da Hemobrás, Antônio Edson de Lucena, destaca expansão da produção, nacionalização de medicamentos e impacto no desenvolvimento regional. A Hemobrás vive um momento de maturação. Criada há pouco mais de 20 anos, a estatal instalada em Goiana (PE) passa a assumir, segundo o diretor de desenvolvimento industrial Antônio Edson de Lucena, um papel cada vez mais central no sistema de saúde brasileiro. “Estamos deixando de ser um projeto estratégico para ser uma empresa estratégica”, afirma, ressaltando que a companhia já é considerada também estratégica de defesa, dada a relevância de seus medicamentos para o País. Atualmente, a Hemobrás distribui cinco tipos de medicamentos ao SUS — quatro hemoderivados produzidos a partir do plasma humano coletado nos hemocentros e o fator VIII recombinante, fruto de transferência tecnológica. A expectativa é que, até 2026, o Brasil alcance a nacionalização completa da cadeia produtiva, reduzindo a dependência externa. Com faturamento estimado em R$ 800 milhões para 2025, a empresa planeja ampliar sua capacidade fabril e fortalecer parcerias com universidades e institutos de pesquisa, posicionando-se como âncora tecnológica e pilar estratégico para a saúde pública. Como o senhor definiria o momento vivido pela Hemobrás? A Hemobrás está vivendo um momento muito importante. É uma maturação. Ela é uma empresa jovem, temos pouco mais de 20 anos. Nós trabalhamos bastante e ela está aí, apenas iniciando nessa jornada. O nosso momento hoje ele é quando a gente deixa de ser um projeto estratégico e passa pouco a pouco para ser uma empresa estratégica. Inclusive nós somos uma empresa estratégica de Defesa também. Ou seja, além do Ministério da Saúde, a gente tem uma vinculação de responsabilidade com o Ministério da Defesa, dada a importância que esses medicamentos têm para a população. Qual é a produtividade da Hemobrás atualmente? A gente já distribui 5 tipos de medicamentos. São quatro hemoderivados, ou seja, advindos do processamento do plasma brasileiro. e um é o Fator VIII Recombinante, que é um produto por biotecnologia. Nós estamos aplicamos o processo de tecnologia da engenharia reversa. Então, a gente começa pelo registro e a distribuição do produto, depois nós vamos agregando valor em todas as etapas até deter a cadeia completa da produção. A próxima etapa que nós vamos implantar vai ser o envase de produtos. Hoje, a gente rotula esses produtos, a gente faz a importação e a gente distribui para o Ministério da saúde, fazendo todo o controle de qualidade. Toda a expedição é que é feita na cadeia logística e em um dado momento, no próximo ano, a gente já vai estar aí fazendo também a nacionalização de desse IFA (Insumo Farmacêutico Ativo, a substância principal de um medicamento, responsável pelo seu efeito terapêutico) para incorporação aqui. Então, cabe à Hemobrás fazer também a qualificação de todos os hemocentros do Brasil para que eles se transformem em fornecedores de matéria-prima para indústria farmacêutica. Como acontece essa qualificação? Uma coisa é a instituição ser exemplo, como aqui do Hemope, um centro de excelência. Mas nós precisamos qualificá-lo para que ele se transforme em um fornecedor de matéria-prima. Então aquele plasma que não vai para o hospital, ele é um plasma que vai ser matéria-prima para que a gente transforme-o em medicamentos hemoderivados. Então, a Hemobrás hoje cuida de toda essa rede de hemocentros. Transformá-los em fornecedores de matéria-prima é um dos nossos principais desafios, porque a gente interage com cerca de 100 hemocentros, que são nossos fornecedores. Com isso, a gente conseguiu passar de cerca de 90.000 litros de plasma, que tinha sido o nosso recorde histórico, para 300.000 litros de plasma, que é o volume que hoje a gente está é captando nessa hemorrede, então é um trabalho importantíssimo, porque o plasma, ele é fundamental para a produção de Hemoderivados Também fornecemos um produto que é o Fator VIII recombinante. Esse produto é produzido fora e nós que agora terminamos a nossa fábrica, estamos em processo de qualificação dessa fábrica. A nossa perspectiva é que essa nacionalização da cadeia, tanto de hemoderivados quanto de recombinante aconteça nos próximos 12 meses. Então, o ano de 2026 vai ser esse ano que vai ser dedicado a trazer essa produção, que hoje é feita fora, para fazer na nossa fábrica. E isso é feito por etapas, que é acompanhado pela Anvisa, por órgãos, competentes, que dão as nossas anuências, e aí temos um plano estratégico que a cada é mês a gente vai avançando nisso e o nosso planejamento leva cerca de 12 meses para a gente fazer essa nacionalização. Quando houver essa nacionalização e todo esse processo for concluído, vocês vão atender 100% da demanda do SUS no Brasil? Tem alguma expectativa também de exportar no futuro? Em relação aos produtos de biotecnologia, sim, uma vez satisfeito o SUS nas necessidades, a gente poderá exportar. Em relação aos produtos hemoderivados, praticamente vamos atender o mercado do SUS. Um dos principais produtos, ou seja, aquilo que tem mais demanda é a imunoglobulina. Então com a imunoglobulina, que é o nosso parâmetro chave de atendimento,a gente consegue hoje atender a 100% do SUS, mas existe uma expectativa crescente demanda desse produto. Então há uma possibilidade de expansão da fábrica? A gente já vislumbra. A gente fez uma fábrica capaz de ser expandida com poucas modificações e adaptações. Então, em relação ao hemoderivado, se a gente atende o processamento de todo o plasma nacional, podemos prestar esse mesmo serviço de beneficiamento do plasma aos países do Mercosul. Inclusive, hoje a gente já tem tratativas nesse sentido. O Hemobras é uma importante indústria para essa região. A gente não pode vender os nossos hemoderivados para eles, mas a gente pode beneficiar o plasma deles e entregar os medicamentos. Por isso a gente tem essa importância já reconhecida por esses países. Como tem acontecido o processo de pesquisa e desenvolvimento dentro da empresa? Nós temos a pesquisa e o desenvolvimento. O desenvolvimento industrial está muito no cotidiano, sempre para melhorar os processos, para incorporar e nacionalizar toda essa cadeia de supply chain para

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Marcus Villander

Nordeste recebe pela primeira vez o Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Evento reúne especialistas internacionais no Recife e deve movimentar R$ 10 milhões no turismo local. Na foto, o presidente do congresso, Marcus Villander O Recife sedia, entre os dias 8 e 11 de outubro, o 18º Congresso Brasileiro de Clínica Médica (CBCM), o maior da América Latina na especialidade. O encontro reúne cerca de 200 palestrantes nacionais e internacionais e deve atrair aproximadamente 5 mil participantes, entre estudantes, médicos e profissionais de saúde. De acordo com estimativas do Recife Convention & Visitors Bureau, o impacto econômico para o turismo local será de R$ 10 milhões, com geração de cerca de 20 mil room nights na hotelaria. Essa é a primeira vez, em 35 anos de história da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, que o congresso será realizado no Nordeste. A conquista do evento contou com a articulação do Recife Convention em parceria com o Pernambuco Centro de Convenções e a Attitude Promo, empresa de Santa Catarina. Segundo a diretora executiva do Convention, Hellen Lopes, “a conquista do evento foi viabilizada em parceria com o Pernambuco Centro de Convenções e a Attitude Promo, empresa de Santa Catarina, representada por Marco Aurélio, com quem o Convention mantém contato próximo”. O presidente do congresso, Marcus Villander, destaca a relevância da edição sediada em Pernambuco. “Pernambuco sempre foi um centro histórico da Clínica Médica no Brasil, terra de grandes mestres que formaram gerações e deixaram um legado que seguimos até hoje. Esse congresso vai muito além da atualização científica: é um movimento de valorização do clínico, esse médico que integra saberes com fins a melhorar desfechos clínicos e, finalmente, cuidar de quem precisa”, afirma. Além da programação principal, o CBCM contará com o 8º Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência e com o 1º Simpósio Brasileiro de Doenças Autoimunes, ampliando os debates científicos e reforçando a importância do evento para a saúde no Brasil. Entre os palestrantes internacionais já confirmados estão Christopher Winney (EUA), Laurent Arnaud (França), Mara López Wortzman (Argentina) e os portugueses António Marinho e Carlos Vasconcelos. Serviço18º Congresso Brasileiro de Clínica Médica (CBCM)Data: 8 a 11 de outubro de 2025Local: Pernambuco Centro de Convenções – Recife

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Pesquisa aponta crescimento da informalidade no mercado de produtos de limpeza

Estudo da ABIPLA e ABRALIMP revela que setor clandestino movimenta bilhões e traz riscos à saúde pública e à economia A informalidade segue sendo um dos principais desafios do mercado de limpeza no Brasil. De acordo com a 3ª edição da Pesquisa Nacional sobre a Informalidade em Produtos de Limpeza, divulgada pela ABIPLA e pela ABRALIMP, 14% dos produtos de limpeza domésticos e 20% dos utilizados em empresas são adquiridos em canais informais. O levantamento mostra que o consumo clandestino representa perdas bilionárias, precariza o setor e amplia riscos para a saúde da população. No uso doméstico, a pesquisa estima que mais de R$ 5 bilhões sejam gastos anualmente em saneantes irregulares. A série histórica indica oscilações preocupantes: após cair de 22% em 2021 para 11% em 2024, a informalidade voltou a crescer em 2025, alcançando 14%. “Os produtos falsificados trazem ineficácia e uma falsa sensação de economia para a população. Além do risco direto à saúde, a informalidade gera concorrência desleal, precariza o mercado e impede a arrecadação de impostos que deveriam retornar às políticas públicas”, alerta Juliana Marra, presidente da ABIPLA. Entre as empresas, o cenário é ainda mais delicado: 20% delas recorrem parcial ou exclusivamente a canais irregulares, sobretudo no Nordeste, onde a compra em caminhões de rua e feiras chega a 23%. A prática é mais comum em segmentos que lidam com sujidades difíceis, como resíduos industriais e desinfecção hospitalar. “Produtos ou serviços fora de conformidade aumentam riscos sanitários, comprometem contratos, prejudicam a concorrência leal e, sobretudo, colocam em risco a saúde e a segurança da população”, afirma Nathalia Tiemi Ueno, presidente da ABRALIMP. O estudo também acendeu um alerta para o uso de misturas caseiras e produtos clandestinos em ambientes corporativos, responsáveis por intoxicações entre trabalhadores. Para especialistas e autoridades presentes no lançamento, combater a informalidade passa por três pilares: educação do consumidor, fiscalização inteligente e valorização da conformidade. A convergência entre órgãos reguladores, indústria e sociedade civil foi destacada como essencial para enfrentar um problema que vai além da ilegalidade: trata-se de uma questão de saúde pública.

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Nestlé investe R$ 86 milhões em centro de distribuição em Pernambuco

Nova estrutura amplia presença da companhia no varejo do Nordeste e promete reduzir prazos de entrega em até quatro dias A Nestlé inaugurou um novo centro de distribuição (CD) em Cabo de Santo Agostinho (PE), resultado de um investimento de R$ 86 milhões. Considerado um dos maiores da companhia no país, o espaço tem capacidade de expedição anual de mais de 128 mil toneladas e estrutura com mais de 15 mil posições-palete. O objetivo é ampliar a presença no varejo nordestino, especialmente em categorias estratégicas como chocolates, cafés, leites, achocolatados e produtos culinários da linha Maggi. Redução no tempo de atendimento A unidade deve garantir maior eficiência logística e agilidade, reduzindo em até 96 horas o tempo médio de entrega. Antes, o prazo de atendimento podia ultrapassar sete dias. O centro atenderá exclusivamente o canal B2B, abastecendo atacadistas, distribuidores, supermercados e redes regionais em todos os nove estados do Nordeste. A operação também integra a logística de Purina, marca de petfood da Nestlé, segmento em expansão na região. Empregos e inovação tecnológica Com mais de 110 empregos diretos e indiretos gerados, o CD segue padrões globais da companhia em digitalização e sustentabilidade. Entre os diferenciais estão agendamento de transportes 100% digital, gestão de documentos sem uso de papel e torre de controle com indicadores em tempo real. A unidade também adota práticas alinhadas à agenda ESG, como utilização de veículos a biocombustível e o programa “Mulheres em Movimento”, que capacita motoristas e operadoras de empilhadeira. Relevância estratégica da região “A região Nordeste tem papel estratégico para a Nestlé. A região representa cerca de 10% do faturamento médio anual da empresa no país, considerando todas as categorias que atuamos. Com este novo centro de distribuição, conseguimos reforçar nossa conexão com os consumidores e garantimos a presença dos nossos produtos nas prateleiras dos supermercados de forma mais ágil e eficiente, evitando rupturas e fortalecendo nossa proximidade com nossos clientes e parceiros” - Alexandre Teixeira, Diretor-Geral de Logística Física da Nestlé Brasil,

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Exposicao Encontros no MHM. Credito Fhox Midia

“Encontros”, de Thereza Eugênia, permanece em cartaz no Centro Cultural MHM até outubro

Mostra reúne 60 registros de grandes nomes da música brasileira e revela bastidores de uma era marcante da MPB O público tem até o final deste mês para conferir a exposição “Encontros”, de Thereza Eugênia, em cartaz no Centro Cultural Marcos Hacker de Melo (MHM), em Boa Viagem. A mostra, com curadoria do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP), reúne cerca de 60 registros que eternizam encontros históricos e momentos de intimidade de artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Belchior e Ney Matogrosso, nos anos 60, 70 e 80. O trabalho de Thereza vai além do registro documental. Suas imagens revelam os bastidores da música popular brasileira, evidenciando cumplicidade e naturalidade em momentos raros. Entre os destaques, estão cliques como “Luiz Gonzaga e Gonzaguinha” (1976), “Alcione e Clara Nunes” (1976) e “Regina Casé, Caetano Veloso e Maria Bethânia” (1975), que permanecem como testemunhos visuais de uma época vibrante da cultura nacional. Nascida em Serrinha, na Bahia, Thereza Eugênia iniciou sua trajetória ainda jovem, influenciada pela avó, que mantinha um laboratório fotográfico. Sua carreira deslanchou no Rio de Janeiro, quando passou a registrar apresentações musicais e conquistou a atenção de figuras como o produtor Guilherme Araújo. Com o talento em transformar instantes em retratos icônicos, a fotógrafa chegou a assinar capas de discos, como “Cantar” (1974), de Gal Costa, e “Roberto Carlos no Canecão” (1970). O MHM, espaço dedicado à cultura e ao desenvolvimento sociocultural, abriga a exposição como parte de sua programação diversificada, que une arte, lazer e gastronomia. A instituição também destina sua arrecadação ao Programa Ressignificar, voltado a crianças e adolescentes de escolas públicas da Zona da Mata Sul de Pernambuco. Serviço: Exposição “Encontros”, de Thereza Eugênia📍 Local: Centro Cultural Marcos Hacker de Melo – Avenida Domingos Ferreira, esquina com Rua Tenente João Cícero, nº 258, Boa Viagem📅 Até o final de outubro⏰ Horários: Segunda a sexta, das 9h às 19h | Sábado, das 10h às 20h | Domingo, das 10h às 18h🎟️ Ingressos: Pernambucanos – R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia) | Visitantes de outros estados – R$ 50 (inteira) | R$ 25 (meia) | Gratuito às terças-feiras📩 Informações e agendamentos: agendamento@institutomhm.org

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