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“O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, estreia em Cannes com 13 minutos de aplausos

Longa protagonizado por Wagner Moura leva frevo e crítica política à Riviera Francesa e reforça protagonismo do cinema brasileiro no exterior. Foto: Soraya Ursine Na estreia mundial no Festival de Cannes 2025, O Agente Secreto, novo filme de Kleber Mendonça Filho, foi ovacionado com 13 minutos de aplausos no Grand Théâtre Lumière, consagrando mais uma participação marcante do cineasta pernambucano no evento. Em competição oficial pela Palma de Ouro, o longa protagonizado por Wagner Moura ambienta-se no Brasil de 1977, onde Marcelo, um especialista em tecnologia, retorna a Recife e se vê em meio a segredos inquietantes. A recepção calorosa em Cannes reafirma a relevância da cinematografia brasileira no circuito internacional. O filme, que teve seu primeiro teaser divulgado na ocasião, conta com um elenco de peso e é uma coprodução entre Brasil, França, Alemanha e Holanda. Com distribuição nacional pela Vitrine Filmes, O Agente Secreto também marca presença no Sydney Film Festival, onde Kleber já foi premiado em 2015. A exibição em Cannes foi marcada por um momento inédito: o desfile do grupo Guerreiros do Passo e da Orquestra Popular do Recife no tapete vermelho, levando o frevo, patrimônio imaterial da cultura pernambucana, à Riviera Francesa pela primeira vez. A ação cultural, que integra a campanha de divulgação do filme, contou com o apoio do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, da Embratur e da Política Nacional Aldir Blanc, além do Governo de Pernambuco e da Empetur. O frevo também tem presença garantida no documentário Retratos Fantasmas, do mesmo diretor, fortalecendo o papel da cultura popular nordestina como instrumento narrativo e simbólico no cinema de Kleber Mendonça Filho. Com uma trajetória consolidada por títulos como O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau, Kleber se firma como um dos principais nomes do cinema contemporâneo, combinando crítica social, linguagem estética e valorização da identidade brasileira. “O Agente Secreto” segue essa linha, ao abordar o autoritarismo e a repressão política de maneira ficcional, mas ancorada na memória coletiva. O filme chega aos cinemas brasileiros ainda em 2025.

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Cansaço mental é o maior obstáculo à criatividade no trabalho, mostra pesquisa com brasileiros

Estudo da Conquer Business School revela que, embora 74% dos profissionais se sintam criativos, o esgotamento psicológico ainda limita o potencial inovador nas empresas No ambiente de trabalho, o principal vilão da criatividade não são as redes sociais nem a pressão por resultados. De acordo com uma pesquisa da Conquer Business School, o cansaço mental e a sensação constante de esgotamento são os maiores entraves para que profissionais brasileiros possam expressar todo seu potencial criativo. O estudo ouviu 500 pessoas em todas as regiões do país e apontou que 45% delas enxergam nesse desgaste o principal bloqueio à inovação. Mesmo com esses desafios, a criatividade segue como uma habilidade presente no cotidiano de muitos profissionais: 74% afirmam se sentir criativos em suas atividades. Para essa maioria, a possibilidade de inovar impacta diretamente no engajamento com o trabalho, na autoestima e na produtividade. Os entrevistados relataram se sentir mais motivados (59%), produtivos (49%) e até mesmo orgulhosos de suas entregas (34%) quando conseguem colocar ideias novas em prática. Outro dado relevante do estudo é o papel crescente da Inteligência Artificial no estímulo à criatividade profissional. Para 83% dos participantes, o uso da IA teve impacto positivo. As principais contribuições, segundo eles, são o acesso facilitado a ideias e referências (42%) e a automatização de tarefas repetitivas (41%), que abre espaço na agenda para pensar com mais originalidade. Além do cansaço mental, outros fatores também travam o fluxo criativo nos escritórios. Entre eles, distrações digitais como redes sociais e aplicativos de mensagens (29%), falta de ferramentas adequadas (23%) e culturas organizacionais engessadas (17%) foram citadas. Em contrapartida, os estímulos mais eficazes à criatividade, segundo os entrevistados, são a autonomia para testar ideias (69%), o trabalho colaborativo (58%) e o uso de tecnologias apropriadas (55%). A pesquisa reforça a importância de ambientes corporativos que valorizem o bem-estar e o protagonismo dos colaboradores. “Solucionar os problemas com facilidade, se adaptar às mudanças e apresentar altos índices de produtividade são apenas alguns dos pontos altos de um time criativo — e que consegue exercer essa competência de forma plena diariamente”, afirma Juliana Alencar, Diretora de Marketing da Conquer. “Ao investirem na criatividade de seus profissionais, empresas e líderes não apenas demonstram atenção ao bem-estar e senso de propósito dos colaboradores, mas apostam em um ambiente corporativo mais inovador, com efeitos otimistas a curto e longo prazo.”

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Desemprego volta a subir em Pernambuco e atinge 11,6%, maior do País

Pesquisa revela também desigualdades por idade, raça e gênero no mercado de trabalho A taxa de desemprego no Brasil subiu em 12 das 27 unidades da federação no primeiro trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE. Pernambuco lidera com o maior índice nacional, registrando 11,6%, acima da média brasileira de 8,8%. O Piauí teve a maior variação, saltando de 7,5% para 10,2%, seguido por Amazonas, Pará e Ceará. Por outro lado, Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) mantiveram os menores índices de desocupação, estáveis em relação ao trimestre anterior. Já na comparação anual, seis estados apresentaram queda na taxa, como Bahia, Espírito Santo e São Paulo. A taxa nacional, divulgada anteriormente, foi de 7%, a mais baixa para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 2012. O levantamento também mostra disparidades estruturais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o desemprego chega a 14,9% — o dobro da média nacional. Entre adolescentes de 14 a 17 anos, a taxa salta para 26,4%. Mulheres enfrentam mais dificuldades (8,7%) que os homens (5,7%), e pretos e pardos seguem em desvantagem frente aos brancos (8,4% e 8%, contra 5,6%, respectivamente). No quesito escolaridade, quem tem ensino médio incompleto registra o pior desempenho, com taxa de 11,4%. Já aqueles com ensino superior completo apresentam as menores taxas (3,9%). O rendimento médio real mensal cresceu apenas em três estados no trimestre, com destaque para o Rio de Janeiro (6,8%) e Santa Catarina (5,8%).

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Reforma Tributária e crise fiscal em debate no Pernambuco em Perspectiva

Projeto Pernambuco em Perspectiva recebe Décio Padilha para discutir alternativas ao modelo de desenvolvimento do Estado Diante das transformações no sistema tributário brasileiro e da persistente crise fiscal estrutural, o projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo promove, no dia 19 de maio, mais uma edição de seu ciclo de debates. O convidado da vez é o auditor fiscal e ex-secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, uma das maiores autoridades nacionais em temas fiscais e tributários. O encontro propõe uma reflexão sobre como Pernambuco pode se reposicionar frente às novas diretrizes da Reforma Tributária e aos desafios fiscais que afetam o equilíbrio financeiro dos estados. A iniciativa, realizada pela Revista Algomais em parceria com a Rede Gestão, pretende reunir lideranças políticas, empresariais e acadêmicas para pensar soluções de longo prazo para o desenvolvimento sustentável do Estado. O evento será realizado no auditório do novo Empresarial RioMar 05, no Recife. A recepção começa às 18h30, com início da palestra às 19h. A entrada é gratuita, mas as vagas são limitadas. É preciso de inscrição prévia para garantir a participação. Serviço📌 Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo📅 19 de maio (segunda-feira)🕡 Recepção: 18h30 | 🕖 Início da palestra: 19h📍 Auditório do Empresarial RioMar 05, Recife🎟 Evento gratuito (vagas limitadas)📞 Informações e inscrições: (81) 3134.1740 | pernambuco.algomais.com

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Pernambuco lidera número de startups no Nordeste, aponta levantamento nacional do Sebrae

Estado soma 690 startups mapeadas e insere Recife entre as cinco cidades com maior concentração de negócios inovadores no Brasil (Do Sebrae-PE) Pernambuco é o estado com o maior número de startups mapeadas no Nordeste, segundo o Startup Reports Brasil 2024, levantamento elaborado pelo Observatório Sebrae Startups. São 690 empresas inovadoras registradas no ecossistema local, o que coloca o estado na liderança regional, à frente dos estados do Ceará (638) e Rio Grande do Norte (558). O destaque pernambucano também se reflete entre as capitais: Recife aparece em quinto lugar entre as cidades com maior quantidade de startups no país, com 438 negócios identificados. O estudo revela que o Nordeste tem se consolidado como um polo crescente de inovação no país, com 4.248 startups mapeadas — número que coloca a região atrás apenas do Sudeste em termos absolutos. Na comparação nacional, o resultado é significativo: quatro capitais da região estão entre as dez cidades brasileiras com mais startups: além do Recife, figuram Fortaleza (406), Teresina (369) e Natal (361). O Top 10 é liderado por São Paulo, com 1.911 startups, seguida por Florianópolis (780) e Rio de Janeiro (581). Murilo Guerra, superintendente do Sebrae/PE, destaca que o avanço do Nordeste no cenário nacional de startups é fruto de uma estratégia bem estruturada. “Em 2022, a região concentrava 13,1% desses negócios no Brasil. Hoje, já somos mais de 23%, com Pernambuco desempenhando um papel importante nesse crescimento. Isso é resultado de uma estratégia capitaneada pelo programa Startup NE, iniciativa do Sebrae que busca incrementar a matriz produtiva regional com produtos e serviços de alto valor agregado”, afirma. Ele ressalta que o Sebrae/PE tem contribuído para essa evolução desenvolvendo ações que respondem às novas demandas das startups que integram o ecossistema. “Há cinco anos, nosso foco estava em programas voltados à ideação. Hoje, oferecemos soluções que apoiam as startups em todas as etapas, da concepção ao preparo para receber investimentos. Por trás disso, está a força do nosso ambiente de inovação. Nosso compromisso é seguir com esses negócios inovadores nessa jornada, com olhar atento ao presente e foco no futuro”, conclui. BRASILO relatório do Sebrae revela ainda um avanço significativo no número de startups no Brasil: foram mapeadas 18.056 empresas em 2024, com um crescimento de 59% em relação ao ano anterior — mais de 6,7 mil novas startups entraram no radar da instituição. A maior parte dos negócios mapeados ainda está em fase de desenvolvimento: 33,45% em validação, 27,47% em tração e 22,03% em ideação. Quase 40% das startups brasileiras (37,45%) já completaram cinco anos de atuação, um indicativo de amadurecimento do ecossistema. Os segmentos mais representativos continuam sendo Tecnologia da Informação (13,74%), Saúde e Bem-Estar (11,16%) e Educação (8,81%). O modelo de negócios B2B segue como o mais adotado no país, presente em mais da metade dos empreendimentos (50,9%).

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Nordeste deve receber até 30% mais turistas em junho e companhias aéreas reforçam voos para o período

Com as tradicionais festas de São João e o início da alta temporada de férias, o Nordeste brasileiro se prepara para um verdadeiro aumento do turismo durante o mês de junho. Companhias aéreas como a Azul já anunciaram voos extras para atender à demanda crescente de passageiros com destino à região. De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Nordeste representa cerca de 30% da demanda doméstica da companhia no mês. Impulsionado pela retomada do setor e pela força das celebrações juninas, que movimentam cidades como Caruaru (PE), Campina Grande (PB) e Salvador (BA), a expectativa é de que o fluxo de visitantes cresça até 30% para esses destinos. No primeiro trimestre de 2025, mais de 23,7 milhões de passageiros embarcaram em voos nacionais no Brasil. Somente em março, foram 8 milhões de viajantes — um crescimento de 6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a Anac. Diante da alta procura, especialistas recomendam atenção redobrada na hora de planejar a viagem. “Seja na compra das passagens, na reserva de hotéis ou na contratação de passeios, é importante ler as regras de cancelamento, reembolso e remarcação. Verifique prazos, taxas e políticas da empresa. Isso evita surpresas desagradáveis caso precise mudar os planos”, orienta Rayana Assis, CEO da agência de turismo FWTur. Ela também reforça a importância de guardar comprovantes e documentos da viagem, como e-mails de confirmação, notas fiscais e prints de conversas com fornecedores. “O planejamento e a informação são aliados essenciais para garantir uma experiência segura e tranquila”, revela. Para evitar aborrecimentos durante as viagens, é recomendável evitar comprar serviços de última hora, alerta a especialista. “Desconfie de preços muito abaixo do mercado, pois podem indicar golpes. Ao contratar pacotes online, verifique se a agência de turismo é cadastrada no Cadastur (sistema do Ministério do Turismo). Tenha sempre um seguro-viagem, mesmo em deslocamentos nacionais, especialmente se a viagem incluir atividades físicas ou for com crianças e idosos. Leve medicamentos de uso contínuo e uma pequena farmácia com itens básicos”, pontua.Além disso, Rayana Assis recomenda manter os documentos pessoais em local seguro e acessível, de preferência com cópias digitais armazenadas na nuvem. “E por fim, prepare um plano B: tenha sempre alternativas de hospedagem, rotas e contatos locais para emergências. Essas pequenas atitudes ajudam a transformar imprevistos em situações contornáveis e garantem uma experiência mais leve e proveitosa”, finaliza.

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Cicatrizes invisíveis: a busca por harmonia e autenticidade

*Por Murilo Vasconcellos Imagine uma cena: um soldado volta da guerra com o rosto desfigurado e, ao se ver no espelho, mal reconhece o próprio reflexo. Um cirurgião plástico o opera, restituindo traços que ele acreditava ter perdido para sempre. Para a sociedade, esse soldado é uma “vítima” que precisa de uma segunda chance, e o médico que o reconstrói é visto como um verdadeiro herói. Mas, e se a história fosse um pouco diferente? E se, no lugar de um soldado, fosse uma pessoa comum, alguém como você, ou seu vizinho, que deseja corrigir algo que o incomoda profundamente, ainda que outros considerem um detalhe? O que diferencia uma cirurgia que vemos como “necessária” de uma que consideramos “supérflua”? A verdade é que, por trás de cada decisão de buscar uma cirurgia plástica, seja ela reconstrutiva ou estética, há uma história — e talvez seja hora de revisitar essa linha tênue entre o que julgamos necessário e o que chamamos de fútil. A cirurgia plástica tem uma origem antiga e poderosa. É interessante lembrar que os primeiros registros de técnicas cirúrgicas para restauração física vêm do Egito Antigo, há cerca de quatro mil anos. No entanto, o termo “plástica” deriva do grego plastikos, que significa “moldar” ou “dar forma”. Desde então, esse “moldar” tem ultrapassado questões de aparência e adentrado profundamente o campo da identidade e da essência humana. Durante a Primeira Guerra Mundial, as técnicas reparativas de cirurgia plástica passaram a ser desenvolvidas para tratar soldados feridos, restaurando funções e formas de seus corpos. Para eles, essas cirurgias eram nada menos do que um retorno à vida. Avançando algumas décadas, chegamos aos dias de hoje, quando essa especialidade permite que milhares de pessoas, todos os anos, realizem intervenções que transformam sua relação com o próprio corpo e, mais importante ainda, com o próprio ser. O conceito de cirurgia plástica, que um dia foi associado quase exclusivamente à reparação de traumas, expandiu-se. Hoje, ele abrange também a possibilidade de corrigir características que, para quem convive com elas, são verdadeiras “cicatrizes” emocionais, uma fonte de desconforto diário. Mas a sociedade ainda parece ter uma espécie de “hierarquia” moral quanto à cirurgia plástica. Quando se trata de um trauma visível, como uma queimadura ou uma deformidade, é fácil para muitos entender o impacto da cirurgia. Mas e quando essa cicatriz não é física e, sim, uma percepção? Uma assimetria no rosto, uma cicatriz de acne, um desvio na estrutura do nariz — para quem vive com essas características, o impacto emocional pode ser tão significativo quanto o de uma lesão adquirida em um acidente. E, no entanto, ainda há quem julgue essas cirurgias com desdém, como se fossem apenas “caprichos” estéticos. A verdade é que, em ambos os casos, estamos lidando com algo muito mais profundo: a necessidade de nos sentirmos completos e em harmonia com a nossa imagem. O que a cirurgia plástica moderna oferece não é apenas um tratamento físico, mas uma chance de resgatar a autoestima, a segurança e o bem-estar emocional que se perde quando não estamos em paz com nossa aparência. Esse “reparar” ou “corrigir” toca na essência do que nos faz sentir autênticos e confiantes. Como cirurgião plástico, vejo pacientes que chegam ao consultório carregando histórias emocionais, expectativas e, muitas vezes, anos de insatisfação silenciosa. Para eles, a cirurgia é uma ferramenta de libertação, uma oportunidade de se reconciliar com a imagem no espelho. E para esses pacientes, o efeito transformador é muito mais do que um nariz mais reto ou uma pele mais lisa. É a chance de viver com autenticidade, de deixar de se esconder, de estar confortável em sua própria pele. É preciso compreender que o impacto psicológico de uma cirurgia que “corrige” algo estético pode ser tão intenso e transformador quanto o de uma cirurgia reconstrutiva. Estudos psicológicos mostram que a autoestima e a saúde mental estão intimamente ligadas à maneira como nos vemos e ao quanto estamos em sintonia com a nossa imagem. Ignorar essa relação é minimizar o impacto real que uma “imperfeição” pode ter no cotidiano de uma pessoa. Quantas vezes, por exemplo, uma orelha proeminente leva uma criança ou adolescente a sofrer bullying? Ou uma cicatriz no rosto leva alguém a evitar fotos, espelhos, encontros? No fundo, estética e reconstrução são duas faces de uma mesma moeda. O que buscamos é oferecer às pessoas a chance de se sentirem inteiras e felizes consigo mesmas. A beleza, afinal, é uma construção pessoal e única. O que pode parecer um detalhe insignificante para alguém, pode ser um peso imenso para quem convive com isso diariamente. No meu trabalho, vejo que a cirurgia plástica oferece uma nova visão de si mesmo. Não é sobre alcançar um padrão ou uma perfeição inalcançável. É sobre criar uma versão autêntica e confortável de quem somos. E isso é libertador. É um ato de autocuidado e um passo em direção a uma vida mais leve. Estamos vivendo uma nova era da cirurgia plástica. O foco está menos na aparência e mais no bem-estar que ela proporciona. Que possamos todos compreender e acolher essa busca por autoconfiança, sem julgamentos, pois a verdadeira beleza não está apenas no reflexo, mas na paz que sentimos ao nos olharmos e nos reconhecermos. Murilo Vasconcellos é  cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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Comércio varejista em Pernambuco desacelera em março, mas desempenho anual segue acima da média nacional

Pesquisa do IBGE mostra leve alta nas vendas no mês e recuo em setores importantes; no acumulado de 12 meses, estado mantém crescimento superior ao do país As vendas no comércio varejista de Pernambuco registraram crescimento de 0,6% em março de 2025, em relação ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração frente à alta de 1,2% verificada em fevereiro. Entre os segmentos analisados, apenas o setor de móveis e eletrodomésticos apresentou avanço expressivo, com crescimento de 10% na comparação com março de 2024. Na outra ponta, as maiores quedas no volume de vendas foram observadas nos setores de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (-13,1%) e combustíveis e lubrificantes (-7%). Apesar do desempenho tímido no mês, Pernambuco segue com resultados positivos no longo prazo: no acumulado de 12 meses até março, o estado registra alta de 3,4%, acima da média nacional de 3,1% e bem distante da retração observada no Rio de Janeiro, que acumula queda de -0,4%, a pior do país. No comércio atacadista de produtos alimentícios, os números foram mais desfavoráveis. Pernambuco apresentou queda de -4,8% na receita nominal de vendas entre fevereiro e março. O recuo acompanha uma baixa ainda mais intensa no volume de vendas, que caiu -6,1% no mesmo intervalo, contrariando a média nacional positiva de 1,9%.

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Lais Duanne: “A habitação hoje é uma emergência”

Gerente de operações da TETO conta como a ONG ajuda pessoas que moram em condições precárias a terem uma casa, por meio de mutirões de voluntários e moradores. Também são construídas sedes comunitárias, banheiros públicos, além de viabilizar o acesso à água. Ela fala ainda do trabalho realizado no Recife e com vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Morar em condições precárias significa muito mais do que residir num local que não tenha o mínimo de conforto. Implica também em não ter um CEP que garanta o acesso a políticas públicas como poder matricular os filhos na escola. Ou, ainda, ao voltar do trabalho durante um dia de tempestades, não saber se a casa foi soterrada ou se as roupas e a cama estarão enxutas. Tudo isso provoca um nível de estresse e depressão elevado em moradores submetidos a essa instabilidade. Esse é o cenário encontrado pelas pessoas que atuam na TETO Brasil, uma ONG que, diante da emergência do problema habitacional, oferece soluções transitórias emergenciais para quem mora de forma insalubre em favelas. No seu método de trabalho, casas são erguidas em mutirão por voluntários e moradores, a partir de modelos e tecnologia desenvolvidos pela organização. Além de habitações, também são construídas sedes, lavatórios e banheiros comunitários. Mais de 25 comunidades foram impactadas no País, mais de 400 projetos de infraestrutura implantados e mais de 5 mil moradias construídas. Laís Duanne, gerente de operações da TETO Brasil, conversou com Cláudia Santos sobre a atuação da ONG, especialmente no Recife. Também abordou o impacto das mudanças climáticas no agravamento do problema habitacional no País e as ações realizadas para atender vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.  Você poderia nos contar como surgiu a TETO e quais os propósitos da organização? A TETO surgiu no Chile, em 1997, quando moradores e voluntários se juntaram para construir uma capela e perceberam que era possível também construir moradia para as pessoas que viviam no território e haviam perdido tudo. A mística da TETO é fazer encontros improváveis, juntar jovens voluntários com moradoras e moradores de territórios hipervunerabilizados para construir inicialmente moradias. Atualmente, o foco da TETO é em habitabilidade, trazendo soluções para que a existência em territórios que têm direitos negados seja possível e digna. Além de moradia, a organização também faz sedes, lavatórios e banheiros comunitários, sempre seguindo a lógica de unir moradores e voluntários gerando soluções e transformação.  Qual o perfil dos voluntários? Hoje não há restrição, o time de voluntários é diverso, atinge dos 16 a 70 anos de idade. Todos podem botar a mão na massa com a TETO, mas há predominância de jovens universitários que também buscam desenvolvimento profissional, como estudantes de engenharia e arquitetura. Eles se sentem atraídos pelo nosso trabalho porque podem usar o conhecimento técnico para transformar a realidade das comunidades em áreas vulnerabilizadas. Muitos de nossos voluntários vivem essa experiência de construir casas sem nunca terem pegado num martelo. São guiados pela nossa metodologia de estar no território e sair com outra perspectiva, querendo construir um Brasil melhor para todos.  Quais são as soluções oferecidas pela TETO? Em relação a moradias, no Brasil, atuamos hoje em soluções transitórias emergenciais. É o caso de alguma família, por exemplo, que perdeu o barraco precário onde morava em decorrência da queda de uma árvore ou vive em casas de lona e chão de terra batido. Atuamos nessas emergências constantes retirando famílias do contexto de vulnerabilidade para uma moradia digna. Temos uma cartela de soluções de moradia cuja metodologia de execução vai da mais simples a algumas mais complexas, sempre com a premissa de serem construídas por mãos voluntárias, de forma rápida. Essas Moradias de Emergência são casas mais simples, com o padrão de 18m², que construímos em maior volume geralmente num final de semana.  Os voluntários, basicamente, derrubam os barracos e constroem casas no lugar. Elas têm duração prevista de 5 a 10 anos, e a perspectiva é tirar os moradores dessa realidade de desespero inicial de moradia para que possam se preocupar com outras questões do cotidiano como procurar um emprego, a educação dos filhos, ter mais qualidade no sono para ir em busca dos seus objetivos no dia seguinte.  O outro tipo é a Moradia Semente. Ela tende a durar mais de 20 anos devido aos materiais utilizados e vem com banheiro, cozinha e uma sala. Assim, ratificamos que a moradia é a base dos outros direitos. Quando o direito à moradia é negado, há um combo de negação de outros direitos que afeta o todo da existência do cidadão. As famílias que moram em casas que não têm CEP, por exemplo, não conseguem acessar o sistema de saúde pública ou matricular os filhos na escola.  Além da moradia, temos outras soluções como a sede comunitária, que são espaços com até 72m² usados para encontros, atividades com crianças, distribuição de cestas básicas etc. Geralmente, nos territórios onde fazemos esses centros comunitários, viabilizamos o acesso à água e iluminação nas principais ruas da comunidade a partir de energia solar. Outra solução da TETO são os banheiros comunitários cuja demanda é grande nos territórios onde atuamos. Há comunidades em que poucas famílias têm banheiro em casa. Há outras iniciativas nossas como pontes, parques, praças, que vêm a partir de demandas no território.  Como é o processo para implantar as soluções e a participação das pessoas beneficiadas nas comunidades?  Nossa metodologia de trabalho tem moradoras e moradores como centro. Quando buscamos novos territórios para atuar, fazemos um mutirão de visitas para conhecer várias comunidades ao mesmo tempo, nós nos aproximamos buscando um match com o perfil dos territórios. Com muita coragem, procuramos territórios hipervulnerabilizados onde, geralmente, as casas são barracos, as famílias não têm acesso a banheiro, por exemplo. Há organizações que escolhem favelas urbanas, outras atuam junto à habitação social, mas a escolha da TETO é em cima dessa urgência.  Quando vamos conhecer as comunidades, deixamos claro que não vamos dar nada, mas construir juntos, e o relacionamento se constrói a partir

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Estratégias para vender mais pelo WhatsApp é tema de evento online gratuito

Voltado a micro e pequenos empreendedores, o encontro promovido pela Parlacom acontece no dia 28 de maio, às 20h. Inscrições abertas até o dia 23/5. Com o objetivo de ajudar micro e pequenos empreendedores a potencializarem suas vendas utilizando o WhatsApp, a Parlacom, em parceria com a Intensifique Treinamentos, promove no próximo dia 28 de maio, às 20h, a palestra online gratuita “Venda Mais pelo WhatsApp”. O evento será conduzido por Vivian Fernandes, especialista em marketing digital e automações para vendas da Intensifique, que compartilhará estratégias práticas para transformar o WhatsApp em um canal comercial de alto desempenho. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas até o dia 23 de maio, por meio do link: Sympla – Venda Mais pelo WhatsApp. A live é gratuita e não haverá emissão de certificado. Os inscritos receberão o link de acesso por e-mail. Durante o encontro online, os participantes terão acesso a dicas valiosas e cases reais sobre como automatizar o atendimento no WhatsApp, gerando mais produtividade e melhor experiência para o cliente. A proposta é mostrar como pequenas empresas podem aplicar recursos simples — como chatbots — para ganhar tempo, escalar o atendimento e aumentar as conversões. “A ideia é entregar conhecimento direto ao ponto, que os empreendedores possam aplicar no dia seguinte. O WhatsApp é uma ferramenta poderosa, mas ainda pouco explorada estrategicamente por muitos pequenos negócios”, explica a palestrante Vivian Fernandes, que soma mais de uma década ajudando empresas a estruturarem seus processos comerciais com foco em resultados. Mais informações sobre a Parlacom e a palestra estão disponíveis no Instagram @parlacom_brasil. Dúvidas também podem ser esclarecidas pelo WhatsApp: 19 984211300. Serviço: O que: Palestra online gratuita “Venda Mais pelo WhatsApp”Quando: 28 de maio, 20hOnde: remotaQuem: Vivian Fernandes, especialista em marketing digital e automações para vendas da Intensifique Treinamentos em parceria com a ParlacomInscrições: até 23 de maio no Sympla – Venda Mais pelo WhatsApp: https://www.sympla.com.br/evento-online/live-parlacom-e-intensifique-venda-mais-pelo-whatsapp/2933520

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