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Como a literatura pode ajudar crianças a lidarem com o luto

No Dia Nacional do Livro Infantil, psicóloga recomenda obras que ajudam a falar sobre a morte com sensibilidade e afeto Falar sobre a morte com crianças é um dos grandes desafios enfrentados por famílias e educadores, especialmente quando o assunto deixa de ser abstrato e passa a fazer parte da realidade. Neste 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil, a psicóloga Simône Lira, especialista em luto no Morada da Paz, propõe o uso da literatura como ferramenta para lidar com o tema de forma cuidadosa, verdadeira e acolhedora. “As crianças merecem respostas verdadeiras, dadas com afeto. Os livros são ferramentas poderosas para ajudar os pequenos a entender que a morte faz parte da vida e que é possível falar sobre isso com naturalidade”, destaca. A profissional lembra que, diferente dos adultos, as crianças ainda estão formando seus conceitos sobre a vida e a morte. Por isso, muitas vezes não conseguem nomear o que sentem diante de uma perda. Livros infantis que abordam o luto com empatia e delicadeza ajudam não só a dar nome às emoções, mas também a criar um espaço de escuta e expressão. "É uma leitura que convida os adultos a escutar com atenção e validar os sentimentos das crianças", complementa Simône, ao comentar o livro Vovô não vai voltar?, de Kitty Crowther. Para ajudar pais, cuidadores e professores nessa missão, Simône preparou uma seleção especial de obras, que vai desde publicações clássicas como O livro do adeus, de Georgina Lázaro, até materiais educativos como a cartilha O Luto Infantil da Turma do Vilinha, produzida pelo próprio Morada da Paz, com acesso gratuito. A curadoria evita metáforas confusas como “foi viajar” ou “virou estrelinha”, que podem dificultar a compreensão do luto. Entre os destaques estão Pode chorar, mas fique inteiro, de Eric Lindner, que valoriza a autenticidade emocional durante o processo de luto, e O pontinho da saudade, de Mariela Sigal, que traz uma metáfora visual para explicar a saudade de forma sensível. “É uma obra sensível que representa o silêncio e o vazio deixado pela perda, sem pesar o conteúdo”, comenta Simône sobre O dia em que o passarinho não cantou, de Blandina Franco. Serviço:🖍️ A cartilha O Luto Infantil da Turma do Vilinha está disponível gratuitamente em: bit.ly/turmadovilinha📚 As demais obras podem ser encontradas em livrarias físicas e online.

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"O problema da violência de adolescentes na internet não é responsabilidade apenas dos pais, mas da sociedade"

Psicóloga e professora da UPE, Jacqueline Queiroz analisa a série Adolescência – que tem chocado o público – e a realidade de crianças e jovens impactados por conteúdos violentos nas redes sociais. Ela fornece dicas de como os pais podem lidar com essa geração conectada e defende que eles não são os únicos responsáveis pelo cuidado dos filhos, mas toda a sociedade. “Onde foi que eu errei?”, indaga-se, angustiado, o personagem Eddie Miller (interpretado por Stephen Graham) na minissérie Adolescência. Ele é pai de Jamie (Owen Cooper), que comete um brutal assassinato, influenciado por conteúdos misóginos da internet. Esse desconhecimento sobre por que teria falhado na educação do filho e também sobre o comportamento de Jamie – que ele imaginava estar seguro, sozinho no quarto com seu celular – tem mexido com o público em todo o mundo. A série tornou-se um fenômeno de audiência e é uma das mais assistidas da Netflix em vários países. Debatida na mídia, nas escolas e em conversas no cotidiano das pessoas, Adolescência abriu caminho para uma reflexão sobre a influência das redes sociais nos valores e na violência dos jovens. Também deixa um grande questionamento em relação a como impedir que a garotada nessa faixa etária esteja vulnerável e exposta a esses corrosivos conteúdos. Questões que foram analisadas pela psicóloga escolar Jacqueline Travassos de Queiroz, professora da Faculdade de Psicologia da UPE (Universidade de Pernambuco) nesta entrevista concedida a Cláudia Santos.  Ela fala da misoginia dentro e fora das redes sociais e de como estar próximo do adolescente e acompanhar sua atuação na internet.  Ao defender uma visão de que não se deve culpar mães e pais por essa impactante realidade, ela afirma que eles não são os únicos responsáveis pelo comportamento de crianças e adolescentes que é, também, de toda a sociedade, incluindo as big techs, que ganham bilhões de dólares com a propagação do discurso misógino, as escolas, os governantes. Ou seja: Eddie Miller não errou sozinho, mas junto com toda a sociedade. Há um intenso debate sobre a série Adolescência acerca da violência relacionada às redes sociais digitais. No Brasil, por exemplo, um jovem ateou fogo num morador de rua e transmitiu online. Como a senhora analisa essa influência do uso das redes pelos adolescentes?  Para entender como as tecnologias influenciam os adolescentes, é preciso alterar a forma de compreender as coisas. Há diferença entre o comportamento da geração que viveu adolescência há 10 anos para os adolescentes de hoje que usam tecnologias, como prints, áudios e compartilhamentos via redes digitais.  A grande contribuição da série é desmistificar a ideia que se tem de que o assassino ou o violento é o preto, periférico, que está num espaço de negligência parental. A série, pelo contrário, constrói o perfil de assassino em um menino branco, bem-cuidado, mostrando que a tecnologia insere todos nessa possibilidade de violência. Além disso, não acredito na ideia de que são apenas os conteúdos ou as tecnologias que causam violência ou morte, como a da menina de 11 anos que faleceu, em Pernambuco, após usar desodorante spray no rosto, debaixo de um lençol, sob influência de um desses desafios da internet. É claro que o compartilhamento direto influencia, principalmente crianças e adolescentes que estão sozinhos no quarto tendo acesso a esses conteúdos. Para além do excesso de telas, é importante refletir também sobre o esvaziamento das relações. Essa tecnologia é mais voltada à individualização. O adolescente está sentado, fechado, num quarto onde não é acompanhado, e traz a ideia de segurança para os pais por estar em casa, por ele não estar na rua.  Além disso, os conteúdos compartilhados na internet têm contribuído para a formação desses meninos, conforme a série mostra, em relação ao ódio para contra as meninas. E isso é grave.  Qual o papel da escola diante desse problema?  Na verdade, a escola tem contribuído para isso porque temos visto que ela é um espaço de guerra, de disputas na infância, mas principalmente na adolescência, com as pressões relacionadas à profissionalização, em que o adolescente pensa em que carreira seguir. É nessa pedagogia do exame, em que a escola é o lugar que aprova ou reprova, que a escolarização tem contribuído para o adoecimento, para dificultar essas relações. Antes, a importância de estar na escola era vista com mais tranquilidade, era a oportunidade de encontrar os amigos. Hoje, para além das violências no ambiente escolar, a própria escolarização e cobrança de aprovação, de ser melhor do que o outro, tem contribuído para esse adoecimento em geral. Deveríamos trabalhar para inverter essa lógica reforçando a ideia de que a escola seja um espaço de crescimento, de olhar para si, de descobrir seus interesses.  Uma dica que eu sempre oriento, é que nunca pergunte ao seu filho, depois da prova, qual nota ele vai tirar. O ideal é perguntar se ele teve dúvidas, qual a facilidade ou dificuldade que ele encontrou na avaliação. Porque a escola tem sido um lugar de buscar notas, alcançar metas, principalmente na adolescência, em meio a cobranças do Enem, por exemplo, com uma grande quantidade de conteúdos e uma pressão para tirar 1000 na redação que anula a criatividade.  E qual a responsabilidade das big techs? A responsabilidade com o cuidado é coletiva, e uma dessas responsabilidades é o papel do estado em regular essas empresas. Somos bombardeados por qualquer acesso, qualquer busca. Eu li uma pesquisa em que jovens criaram perfis fakes e, em um deles, uma jovem se colocou na plataforma como cristã. Em pouco tempo, começaram a aparecer discursos fascistas, de ódio contra as mulheres, uma exaltação à masculinidade.  Então, acredito, sim, que é preciso regular, não apenas punir. Também acho que as universidades têm que contribuir com pesquisas nesse sentido.  É papel de todo mundo interferir para que seja ofertado um serviço de melhor qualidade, de menos risco. Até mesmo em relação à fiscalização etária do conteúdo na internet. Ou seja, não é papel só da família fiscalizar se o conteúdo que as crianças acessam é

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Sem novas linhas de transmissão, setor de energia em Pernambuco pode travar?

Especialistas apontam que o Estado pode deixar de atrair investimentos bilionários em energias renováveis e perder espaço para Estados vizinhos *Por Rafael Dantas Pernambuco, como todo o Nordeste, vem arrematando investimentos bilionários no setor de energias renováveis nos últimos anos. A Zona da Mata, o Agreste e o Sertão estão atraindo empreendimentos em energia solar e eólica. A comparação regional, porém, indica que há uma concentração maior desses projetos em estados vizinhos. Há algumas motivações naturais, mas um gargalo que contribui para isso é a ausência de uma estrutura mais robusta de linhas de transmissão. Elas são as estruturas responsáveis por transportar a energia elétrica das usinas geradoras até as subestações para ser transformada em níveis de tensão mais baixos e distribuída para os consumidores. São como as estradas por onde a produção hidroelétrica, eólica, solar ou térmica percorrem para chegar nas cidades, seja para atender a demanda do setor industrial, residencial ou quaisquer outras. Acontece que os pesquisadores e os representantes empresariais do setor estão alertando para a urgência de o Estado projetar novas linhas de transmissão. Sem elas, os possíveis empreendimentos no interior, ainda que sejam construídos, não teriam como escoar sua produção. A percepção dos representantes da área elétrica é que Pernambuco está no limite. O problema, porém, não é exclusivo local e está sendo enfrentado também em outros estados. “Pernambuco hoje está praticamente sem nenhuma margem a mais, ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro”, afirmou o presidente do Sindienergia-PE (Sindicato das Empresas de Energia de Pernambuco), Bruno Câmara.  "Pernambuco está praticamente sem nenhuma margem a mais [quanto às linhas de transmissão], ou seja, os parques que existem já ocuparam todas as barras disponíveis e, se esse trabalho não for feito, a gente compromete o desenvolvimento do Estado no futuro." (Bruno Câmara) De acordo com o presidente da Aperenováveis, Rudinei Miranda, a infraestrutura existente ficou deficitária pois as malhas de transmissão não foram dimensionadas para um aumento de geração oriunda de outras fontes. Ou seja, o sistema criado para atender principalmente a geração hidroelétrica, hoje recebe a geração solar, eólica e vê a aproximação de outros projetos num horizonte próximo.  “Não houve um planejamento energético para que isso fosse corrigido ao longo do tempo. Isso é um problema de estado, não de governo. Pernambuco perdeu o timing de entender as necessidades energéticas. Então, hoje temos capacidade de captar investidores, temos atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica, o planejamento energético, precisa de um tempo maior para acontecer e ser construído”, afirmou Rudinei. "Não houve planejamento energético para que isso fosse corrigido. Temos capacidade de captar investidores e atratividade pelo posicionamento logístico, mas o Estado esqueceu que a malha elétrica precisa de um tempo maior para acontecer e ser construída." (Rudinei Miranda) A realidade apresentada pelos especialistas e representantes setoriais expõe uma gradativa perda de competitividade do setor elétrico, em Pernambuco, que já foi protagonista no Nordeste. No momento em que o mundo volta os olhos para regiões com alto potencial solar e eólico, como o Nordeste brasileiro, a ausência dessa infraestrutura pode reposicionar o Estado a um papel menor na região. Essa percepção fica mais evidente quando comparados os empreendimentos no setor entre os estados do Nordeste. A conta foi explanada durante o evento Exporenováveis 2025 pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPE, Methodio Varejão. “Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10 anos são muito menores. No Ceará, os aportes foram 10 vezes maiores, no Rio Grande do Norte 8 vezes e na Bahia 14 vezes”.  O docente afirma que embora a geração de energia eólica não seja uma realidade para todos lugares no Nordeste, os empreendimentos solares poderiam ter avançado mais no Estado. “Esses outros têm uma condição mais favorável de ventos. Mas, sobre a geração solar não tem justificativa nenhuma. A radiação é alta em qualquer estado. Esse é o ponto principal”.  BARREIRAS PARA ATRAÇÃO DE NOVOS PROJETOS O presidente da Sindienergia-PE considera que esse gargalo na transmissão é o motivo pelo qual Pernambuco não consegue atrair um volume maior de  empreendimentos. “Os investimentos no setor estão indo para Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Esses estados se organizaram melhor, conseguiram criar facilidades e estão atraindo muito mais projetos. Pernambuco é um estado que não ‘exporta’ energia. Todo o resto do Nordeste é exportador. A gente precisa aumentar nossa capacidade para poder se tornar um exportador de energia também”, alerta Bruno.  A fuga de projetos se dá exatamente porque uma das condições para qualquer investimento de geração é a infraestrutura de escoamento. Rudinei Miranda ressalta que esse problema tem afetado especialmente os empreendimentos de usinas fotovoltaicas em Pernambuco. “Hoje, dois critérios são levados em consideração pelos grandes investidores – dependendo da região onde pretendem instalar um projeto solar: como eles vão conectar essa usina; e se a subestação que vai receber essa energia terá condições de escoar. Como temos essa restrição em vários pontos do Estado, algumas usinas deixaram de ser feitas aqui e foram deslocadas para o Ceará ou para estados vizinhos, em virtude do receio de se avançar no projeto e não ter viabilidade.” Methodio Varejão observa o problema também pelo ângulo contrário. Ele destaca que Pernambuco não tem uma quantidade maior de linhas de transmissão, justamente pelo fato de não ter atraído maiores investimentos em geração ou em carga, como os estados vizinhos. Ele exemplifica com o Ceará que atraiu um projeto de data center que representa uma demanda de consumo que equivale a 40% de todo o Sergipe. “Quando esse projeto estiver em plena operação, vai consumir o equivalente a todo o estado do Sergipe. Tendo uma carga dessa, terá investimento em transmissão… ninguém fez uma linha para nada”. "Existe uma realidade bem clara: os investimentos em geração eólica e solar em Pernambuco nos últimos 8 a 10

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Criaturas da Mente Isabela Cunha

"Criaturas da Mente", novo documentário de Marcelo Gomes com Sidarta Ribeiro, estreia em maio nos cinemas

Longa propõe união entre ciência e saberes ancestrais em uma jornada sobre os sonhos e o inconsciente Com lançamento marcado para o dia 8 de maio, o documentário Criaturas da Mente, dirigido pelo cineasta pernambucano Marcelo Gomes, acaba de divulgar seu trailer oficial. A produção é protagonizada pelo neurocientista Sidarta Ribeiro e propõe um mergulho no universo dos sonhos, do inconsciente e da espiritualidade, aproximando ciência e os saberes tradicionais de povos originários e de culturas afrodescendentes. O filme reúne imagens imersivas e depoimentos potentes para apresentar uma reflexão sobre como os sonhos e outras formas de acessar o inconsciente podem transformar a experiência humana. A narrativa rompe com o eurocentrismo da academia e valoriza perspectivas historicamente marginalizadas. Entre os nomes presentes no longa estão Ailton Krenak, Mãe Beth de Oxum, Mãe Lu, Dráulio Barros de Araújo e Marcelo Leite. Produzido por João Moreira Salles e Maria Carlota Bruno, da VideoFilmes, Criaturas da Mente conta com a coprodução da Globo Filmes e GloboNews, e distribuição da Bretz Filmes. A proposta do filme é provocar o público a repensar sua relação com o mundo onírico, destacando o sonho como um motor revolucionário e ferramenta de reconstrução de memórias, identidades e futuros possíveis. Além de seu valor artístico e filosófico, o documentário também representa a resistência do cinema nacional. “Esse documentário é o resultado de um diálogo entre cinema e ciência, justamente duas áreas que foram muito atacadas durante o governo anterior”, afirma Marcelo Gomes. A obra estreou nacionalmente na abertura da 57ª edição do Festival de Brasília e chega aos cinemas com grande expectativa. ServiçoCriaturas da MenteLançamento comercial: 8 de maio de 2025Distribuição: Bretz FilmesAssista ao trailer oficial: Clique aqui

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programa reciclagem Foto Hesiodo Goes

Pernambuco investe R$ 30 milhões para fortalecer reciclagem e coleta seletiva nos municípios

Projeto Recicla+Pernambuco vai capacitar gestores e implantar unidades de triagem em cidades do interior e Fernando de Noronha. Foto: Hesíodo Góes O Governo de Pernambuco deu início a uma das maiores iniciativas de sustentabilidade do estado com o lançamento do projeto Recicla+Pernambuco, em parceria com o Instituto Recicleiros. Com investimento de quase R$ 30 milhões, a proposta tem como objetivo qualificar a gestão de resíduos sólidos e expandir a coleta seletiva para os 184 municípios pernambucanos e Fernando de Noronha. A iniciativa prevê desde a capacitação de gestores públicos até a implantação de unidades de triagem e apoio direto a cooperativas de catadores. “O Recicla+Pernambuco, junto ao Instituto Recicleiros, é a iniciativa pioneira para que a gente possa trabalhar mais reciclagem, garantir economia circular e permitir que o nosso Estado possa crescer de maneira justa e sustentável”, declarou a governadora Raquel Lyra durante o evento de lançamento no Palácio do Campo das Princesas, no Recife. A capacitação gratuita será oferecida por meio da plataforma Academia Recicleiros do Gestor Público, com oficinas presenciais em quatro regiões. Além disso, quatro municípios ou consórcios serão selecionados para receber assessoria técnica, equipamentos, infraestrutura e apoio à criação de cooperativas. A expectativa é garantir renda e direitos para até 200 catadores e suas famílias, fortalecendo a inclusão produtiva no setor. Atualmente, apenas 15 cidades pernambucanas possuem serviço de coleta seletiva estruturado, segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa). Com o Recicla+Pernambuco, a meta é transformar esse cenário e tornar o estado referência nacional em políticas de reciclagem. “O catador que estava esquecido, agora se levanta, mostrando a sua capacidade”, celebrou Luiz Mauro Paulinho, presidente da Coocencipe. Serviço:Municípios e consórcios interessados em participar da seleção para o projeto devem se cadastrar em:👉 conteudos.recicleiros.org.br/reciclapernambuco

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empreendedorismo

Brasil bate recorde na criação de pequenos negócios no primeiro trimestre de 2025

Crescimento de MEIs impulsiona empreendedorismo formal e coloca país entre os líderes globais em negócios estabelecidos O primeiro trimestre de 2025 foi histórico para o empreendedorismo no Brasil. O país registrou a abertura de mais de 1,4 milhão de novos pequenos negócios entre janeiro e março, segundo levantamento do Sebrae. Desse total, os microempreendedores individuais (MEIs) responderam por 78% dos novos registros no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), com um salto de 35% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço reflete o ambiente favorável para empreender, marcado por políticas de estímulo à formalização, facilitação do crédito e promoção da inovação. A pesquisa aponta ainda um crescimento de 28% na criação de micro e pequenas empresas. O setor de serviços liderou a abertura de novos negócios no trimestre, com 63,7% do total, seguido por comércio e indústria da transformação. A tendência é puxada por um número crescente de brasileiros que apostam no próprio negócio como alternativa de renda e autonomia. Hoje, o país tem 47 milhões de pessoas à frente de algum tipo de empreendimento, seja formal ou informal. Um dos destaques é o crescimento da chamada Taxa de Empreendedores Estabelecidos – com mais de três anos de operação – que passou de 8,7% em 2020 para 13,2% em 2024. O resultado consolidou o Brasil na sexta posição do ranking global de empreendedores estabelecidos, ultrapassando economias como Reino Unido, Itália e Estados Unidos. A região Sudeste concentra o maior volume de aberturas, com São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro no topo do ranking estadual. Sul e Nordeste também se destacam no cenário nacional.

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Marcelo Rubens Paiva Credito Mauro Figa 4

Festival RioMar de Literatura reúne grandes nomes da cena literária nacional no Recife

11ª edição do evento acontece em 24 de abril e homenageia Marcelo Rubens Paiva, com painéis, apresentações e campanha solidária. Marcelo Rubens Paiva será o homenagedo. Foto: Mauro Figa O Festival RioMar de Literatura chega à sua 11ª edição reafirmando sua força como um dos mais relevantes encontros literários de Pernambuco. Com programação marcada para o dia 24 de abril, a partir das 16h, no Teatro RioMar, o evento contará com a presença de nomes de destaque nacional como Marcelo Rubens Paiva, Pedro Pacífico, Daniela Arrais e Lirinha. Além de debates e apresentações culturais, o festival promove uma campanha de arrecadação de livros infantojuvenis para crianças do Sertão, em parceria com a ONG Amigos no Sertão. O escritor Marcelo Rubens Paiva, vencedor do Prêmio Jabuti e autor de Ainda Estou Aqui — livro que inspirou o filme ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025 — será o grande homenageado do festival. A programação também conta com um painel reunindo o criador do perfil @Bookster, Pedro Pacífico, e a escritora e jornalista pernambucana Daniela Arrais, autora de Para todas as mulheres que não têm coragem. Já o músico e poeta Lirinha promete emocionar com uma performance que mistura música e poesia, celebrando seus 35 anos de carreira. A abertura do festival será com um pocket show da cantora recifense Isadora Melo. Além do evento no Teatro RioMar, haverá uma programação matutina voltada para os jovens atendidos pelo Instituto JCPM. Os ingressos para o festival custam R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira) e podem ser adquiridos no app do RioMar Recife. Os participantes também são convidados a levar livros infantis e juvenis, novos ou usados em bom estado, para doar na entrada do teatro, incentivando o acesso à leitura nas comunidades sertanejas. Serviço📚 11ª edição do Festival RioMar de Literatura📅 Data: 24 de abril de 2025📍 Local: Teatro RioMar – Piso L4 do RioMar Recife🕓 Horário: A partir das 16h (abertura do teatro às 15h30)🎟️ Ingressos: R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira)💻 Venda: App do RioMar Recife, site oficial e bilheteria do Teatro📲 Informações: App do RioMar Recife e Instagram @riomar_recife📖 Campanha de doação: livros infantojuvenis, novos ou usados em bom estado, para crianças do Sertão

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Unicap

Recife celebra o Dia Mundial da Criatividade com programação gratuita em diversos espaços da cidade

Atividades acontecem nos dias 21, 22 e 23 de abril, com oficinas, palestras, exposições e rodas de conversa sobre inovação, arte e cultura Recife se une a centenas de cidades no mundo para celebrar o World Creativity Day 2025, que acontece de forma presencial pela primeira vez na capital pernambucana. Entre os dias 21 e 23 de abril, a cidade se transforma em um polo de criatividade, com mais de 50 atividades gratuitas em diversos pontos, como a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), o Recife Antigo e Boa Viagem. O evento é promovido pela World Creativity Organization, em alinhamento com a resolução da ONU que instituiu o dia 21 de abril como o Dia Mundial da Criatividade e Inovação. Comandado localmente pelo artista plástico Toni Cordeiro e com co-liderança do jornalista Carlos Pimenta, o evento conta com o apoio de mais de 70 voluntários. A programação inclui oficinas, rodas de conversa e palestras com nomes como os jornalistas Francisco José, Beatriz Castro e Flávia de Gusmão, além de chefs como Cesar Santos, Alessandra Gomes e Karyna Maranhão. A abertura será no dia 21, feriado de Tiradentes, na Venda do Bom Jesus/Bexiga 51, no Recife Antigo. Um dos destaques da edição é a roda de conversa com a atriz Anne Mota e sua mãe, Somália Celestino, abordando o tema “Corações em Transição: Famílias que acolhem”, que trata do apoio familiar a pessoas LGBT+. Outra atração é a exposição Raiz e Reverso, no Colaborativa Hub, em Boa Viagem, com obras de Daniel Dobbin, George Barbosa, Dado Cavalcanti e da fotógrafa venezuelana Gisele Carvallo, que estará aberta ao público das 9h às 17h, durante os dias de evento. O tema de 2025, “Gerações Criativas: Transformando Talentos em Impacto”, propõe o diálogo intergeracional como ferramenta de inovação. Recife ainda presta homenagem a dois ícones da cultura local: o poeta Miró da Muribeca e a educadora e escritora Lenice Gomes. O World Creativity Day é um convite para que todos participem e sintam na pele o poder transformador da arte, da cultura e do pensamento criativo. ServiçoWorld Creativity Day – Recife 2025📅 Dias 21, 22 e 23 de abril📍 Diversos espaços da cidade, com destaque para a Unicap, o Recife Antigo e Boa Viagem🎟️ Atividades gratuitas🔗 Programação completa e inscrições: worldcreativityday.com/brazil/recife/activities

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O marco regulatório das criptomoedas no Brasil

*Wallace Fabrício Paiva Souza A sociedade contemporânea passa por transformações constantes, impulsionadas pela acelerada modernização tecnológica. Embora a revolução das telecomunicações seja relativamente recente, o chamado espaço virtual já possibilita a realização de diversos atos, incluindo muitos de natureza jurídica. E, nesse contexto de evolução, surgiu, em 2008, a tecnologia blockchain, criada por um desconhecido com o pseudônimo Satoshi Nakamoto. O objetivo era ter uma solução para conter eventuais arbítrios da soberania estatal, que controla a indústria financeira. Com a tecnologia blockchain, surgiu a criptomoeda Bitcoin, cuja primeira transação ocorreu em 2009. Ao contrário das moedas tradicionais, como o Real, o Dólar e o Euro, criou-se uma moeda descentralizada, abrindo o sistema financeiro tradicional. Embora a tecnologia blockchain tenha diversas aplicações, as criptomoedas foram seu principal destaque. As moedas em si não são novidades para a humanidade, uma vez que, desde os primórdios da humanidade, já havia bens utilizados como meio de troca. Um ponto principal das moedas hoje em dia é a confiança que elas possuem. Ora, por qual razão alguém trocaria um carro por uma determinada quantidade de moeda? Isso só se justifica pela confiança que ele tem nela. E o Bitcoin, como todas as criptomoedas existentes, que são inúmeras, altera a forma de se obter essa confiança. Não há um Estado garantindo a confiança nos criptoativos, o que, para seus defensores, é uma grande vantagem, pois nenhuma autoridade central sozinha tem o poder de controlar ou desestabilizar. Com o avanço dessa temática, tornou-se necessária uma normatização. Contudo, os Projetos de Lei que tramitaram inicialmente não trouxeram regras adequadas e, em diversos momentos, confundiram os institutos, tratando criptomoedas como programas de milhas aéreas, por exemplo. Além disso, a principal preocupação foi o âmbito criminal, o que mostra que ainda há uma associação dos criptoativos à prática de crimes. Somente em 21 de dezembro de 2022, foi promulgada a Lei n. 14.478, que ficou conhecida como Marco Legal das Criptomoedas, cuja vigência se iniciou em 2023, e teve como objetivo regulamentar as criptomoedas no Brasil e dispor sobre as diretrizes para as Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais. A expectativa é proporcionar maior segurança jurídica ao setor, incentivando novos investimentos, uma vez que, até então, não havia uma legislação específica. Foi um começo, exigindo mais documentos de quem atua no mercado, mas muito aquém do necessário para de fato trazer uma segurança jurídica relevante, ainda mantendo a associação dos criptoativos com a prática de crimes. Essa associação dos criptoativos a práticas criminosas pode ser comparada a responsabilizar o dinheiro pelos assaltos a bancos. Com a nova legislação, quem presta serviços relacionados a criptoativos passa a ser submetido a exigências mais rigorosas de conformidade, incluindo a obrigação de manter registros detalhados de todas as transações e das partes envolvidas, para que as operações sejam realizadas dentro de um ambiente seguro e supervisionado. Outro aspecto relevante do Marco Legal dos Criptoativos é a imposição de um dever de comunicação às prestadoras de serviço sempre que houver indícios de irregularidades. Caso sejam identificadas operações suspeitas, essas precisam ser reportadas imediatamente às autoridades competentes, como forma de colaborar com a fiscalização e repressão de ilícitos financeiros. Essa obrigatoriedade reforça o compromisso do setor com boas práticas de governança e alinhamento às diretrizes internacionais de compliance. Dessa forma, a legislação visa contribuir para a credibilidade do mercado de ativos virtuais no Brasil, estimulando sua adoção pelos agentes do mercado, embora tenha sido tímida. O importante, então, é acompanhar as novidades no Legislativo, Executivo e Judiciário, verificando os rumos da atuação estatal nessa realidade econômica que é muito promissora. Debater a existência dos criptoativos é algo inútil, uma vez que já estão acontecendo e alterando a estrutura do mercado. A economia digital não conhece fronteiras, então que sejam feitas as mudanças necessárias para garantir um tratamento e segurança jurídica adequada. *Wallace Fabrício Paiva Souza é doutor em Direito com tese em criptoativos e professor da Wyden

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Recife inicia Pré-Conferências da Pessoa Idosa com debates sobre direitos e cidadania

Encontros gratuitos acontecem nos Compaz e integram a preparação para a 6ª Conferência Municipal da Pessoa Idosa. Foto: Vanessa Alcântara/Prefeitura do Recife. A partir desta quarta-feira (16), o Recife inicia as Pré-Conferências Municipais da Pessoa Idosa, uma série de encontros públicos voltados ao fortalecimento das políticas voltadas à população idosa. Promovida pela Secretaria de Direitos Humanos e Juventude, em parceria com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Recife (COMDIR), a iniciativa tem como tema central “Construindo o Futuro com Participação e Cidadania”. Os encontros acontecerão em unidades dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), com entrada gratuita e sem necessidade de inscrição. As pré-conferências funcionam como espaços de escuta ativa, onde pessoas idosas, familiares, cuidadores e representantes da sociedade civil podem apresentar sugestões, compartilhar vivências e apontar prioridades para as políticas públicas. “A participação ativa de todos é essencial para que as políticas públicas sejam eficazes e respondam às reais necessidades da população idosa”, destaca o secretário Marco Aurélio Filho. Durante os encontros, também serão eleitos os delegados e delegadas que representarão a população na 6ª Conferência Municipal da Pessoa Idosa, marcada para os dias 4 e 5 de junho, na Unicap. Com foco na inclusão, os encontros visam promover um ambiente de diálogo democrático, fortalecendo o protagonismo da pessoa idosa na construção de uma cidade mais justa e acessível para todas as idades. A primeira edição acontece no Compaz Dom Hélder Câmara, na Ilha Joana Bezerra. As demais pré-conferências ocorrem nos dias 23 de abril e 6 de maio, em outras regiões da cidade. ServiçoPré-Conferências Municipais da Pessoa Idosa do Recife📍 Locais:

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