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Inflação desacelera

A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), desacelerou de maio para junho, fechando em 0,4%, menos da metade do índice de maio (0,86%) e o menor IPCA-15 desde junho de 2013, quando foi de 0,38%. Os dados do IPCA-15 – uma prévia da inflação oficial do país para maio – foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a desaceleração do indicador em relação a junho, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado Especial (IPCA-E) – que é o IPCA-15 acumulado por trimestre (no caso, abril, maio e junho), fechou em 1,78%, quase 1 ponto percentual (0,9%) abaixo da taxa de 2,68% de igual período de 2015. O resultado faz com que a taxa acumulada no primeiro semestre do ano seja de 4,62%, bem abaixo dos 6,28% do primeiro semestre do ano passado. O IBGE ressalta, ainda, o fato de que, considerando os últimos 12 meses, o índice caiu 0,64 ponto percentual, para 8,98%. Nos doze meses encerrados em maio, a taxa era de 9,62%. Em junho de 2015, havia sido de 0,99%. A queda do IPCA-15 em junho reflete retração nos preços da maioria dos grupos de produtos e serviços com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais (1,03%), Alimentação e Bebidas (0,35%) e Transportes, este último fechando com deflação (inflação negativa) de 0,69%.

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PF investiga relação de lavagem de dinheiro a avião de Eduardo Campos

O avião usado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) na última campanha presidencial levou a Polícia Federal (PF) a investigar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que atuava em Pernambuco e Goiás e que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. A operação Turbulência cumpre hoje cinco mandados prisão preventiva contra suspeitos que integrariam a organização criminosa. De acordo com a PF, a investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras das contas de empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citation PR-AFA, que transportava Campos na campanha à Presidência da República. No dia 13 de agosto de 2014, o avião caiu em Santos, litoral paulista, matando sete pessoas, entre elas, o ex-governador. Em nota, a polícia afirma que constatou que algumas dessas empresas eram de fachada e estavam em nome de “laranjas”. Ainda segundo divulgado pela corporação, as emrpesas faziam transações entre si e com outras empresas fantasmas – inclusive com algumas investigadas na Operação Lava Jato. Há suspeita de que parte dos recursos que passaram pelas contas examinadas servia para pagamento de propina a políticos e formação de caixa 2 de empreiteiras. O esquema sob apuração encontrava-se ativo, pelo menos, desde 2010. Além das cinco prisões preventivas, são cumpridos outros 55 mandados judiciais, dos quais 33 de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva. Tambem foi determinada a indisponibilidade de contas e o sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais suspeitos. Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 18 localidade de Pernambuco, entre bairros do Recife e cidades do interior de Pernambuco.Tanto os presos quanto os conduzidos coercitivamente serão levados para a sede da Polícia Federal no Recife. Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. (Da Agência Brasil)

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50 cursos EAD para atualização na agropecuária

Horácio Juliatto vive em Brasília, Miriam Lemos em Campina Grande (PB), Claudionor Aranda em Bom Jesus (GO), Júlio Cézar Barreto em Dianópolis (TO) e Aline Zimmermann em Lages (SC). Apesar da distância geográfica entre eles, todos têm uma paixão em comum pelo campo e são frequentadores assíduos de um mesmo local, o portal de educação a distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Por razões diferentes já fizeram vários cursos oferecidos, mas repetem os mesmos motivos para a escolha do site: a qualidade do ensino e a praticidade de poder acessar as aulas em qualquer lugar. O portal http://ead.senar.org.br/ disponibiliza, atualmente, 50 cursos sobre conhecimentos e inovações nos processos produtivos em diversas áreas da agropecuária. São inteiramente gratuitos e a distância, com acesso disponível 24 horas por dia, a semana inteira e, ao final, depois de cumprir todos os requisitos, o participante recebe seu certificado digital de conclusão. Os cursos da EaD SENAR estão divididos em sete diferentes programas: Capacitações Tecnológicas, Agricultura de Precisão, Campo Sustentável, Empreendedorismo e Gestão de Negócios, Gestão de Riscos e Inclusão Digital. O mais extenso e o único que exige dos participantes formação técnica ou superior em áreas relacionadas às Ciências Agrárias é o Programa de Capacitações Tecnológicas. Nos demais, os cursos são livres. Para fazer basta ter mais de 14 anos. As matrículas são feitas no próprio site. 350 mil alunos Mais de 350 mil alunos já se matricularam na EaD SENAR em busca de novos conhecimentos ou formação continuada, ampliando suas chances em um mercado de trabalho que valoriza a mão de obra qualificada. Horácio Flaco Juliatto, técnico em agropecuária, é profissional com larga experiência, atuando no ramo da pesquisa agrícola. Ainda assim, fez vários cursos oferecidos no portal não só para se atualizar mas também para enriquecer o seu currículo. “Minha sede de saber é tão grande que fiz todos os cursos que estavam disponíveis até o ano passado, e agora vou fazer os novos. Esses cursos da EaD SENAR são de importância vital para o profissional do setor agropecuário, porque facilitam o acesso, e ele pode estudar no seu tempo. A qualidade é ótima, tanto dos instrutores como do conteúdo e metodologia. As aulas são fantásticas, superdidáticas e explicativas, não há quem não entenda”. Mirian Lemos, assistente social, já fez 11 cursos e avaliza a opinião do colega. “São de excelente qualidade, conteúdo atualizadíssimo, de fácil compreensão para o homem do campo. Além disso, tem a vantagem do participante poder estudar nas horas que lhe são convenientes. Eu costumo assistir as aulas em casa, geralmente à noite”. Em Dianópolis, no Tocantins, Júlio Cézar Barreto conta que costuma acessar as aulas em qualquer lugar onde esteja, em casa ou no trabalho. “Isso facilita a vida de muita gente e, certamente, é o estudo do futuro”. Graduado em Administração de Empresas, com MBA em Gestão de Pessoas e em Gestão Pública, além de técnico em Agropecuária, já fez 12 dos cursos disponíveis na EaD SENAR. “Adorei a metodologia. As aulas são interativas, intuitivas e a qualidade do material excelente. O site oferece ótimas opções de atualização nas áreas de administração rural. Esses cursos servem como suporte para todas as ações que desenvolvo. Atualmente, ministro a disciplina Agronegócio na Universidade do Tocantins e sempre utilizo parte do material da EaD SENAR e, inclusive, recomendo a meus alunos que façam os cursos”. Interação Veterinária e filha de produtores rurais, Aline Zimmermann também está sempre buscando o portal de educação a distância do SENAR para se atualizar. “O site oferece bastante opções e gera uma disponibilidade de horários. As aulas usam uma linguagem clara e têm uma didática diferenciada, com áudios e vídeos que atraem a atenção”. Claudionor Aranda, que trabalha com financiamentos e investimentos agropecuários, já fez os dois cursos disponíveis no Programa Empreendedorismo e Gestão de Negócios. “São conteúdos de grande valia para minha atividade e aplico diariamente o que aprendi”. Para ele, o fato das aulas estarem disponíveis pela internet é fundamental. “Cursos a distância permitem que você, com determinação e disciplina, tenha acesso a novos conhecimentos na sua área de interesse, ampliando seus horizontes sem que você tenha que se ausentar do trabalho. Você faz seu horário de estudo”. Horácio vê ainda um benefício adicional. “Além das aulas e atividades extras, você tem os fóruns e chats, onde você interage com outras pessoas e há muita troca de informações, porque quem busca esses cursos está realmente interessado em aprender mais”. Mais informações: 0800 642 7070, http://ead.senar.org.br/

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Governadores pedirão 20 anos para pagar dívidas

Governadores de 13 estados e quatro vice-governadores estão reunidos com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, em sua residência oficial em Brasília. O assunto principal do encontro é a renegociação da dívida dos estados. Estão presentes governadores do Tocantins, Espírito Santo, Amazonas, de Rondônia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Alagoas, do Rio Grande do Sul, de Pernambuco, São Paulo, Goiás, do Rio Grande do Norte e Amapá. Os vice-governadores são do Piauí, Acre, Pará e da Bahia. Os governadores defendem o alongamento da dívida por 20 anos, com a possibilidade de que os estados possam pedir carência de 100% das parcelas por dois anos, retomando o pagamento das prestações após esse prazo. O governo federal acenou com uma contraproposta que muda o período de carência do pagamento das parcelas da dívida dos estados com a União de 24 meses para 18 meses, com descontos escalonados. Eles tratarão ainda da alteração das regras do Simples Nacional e da retomada das operações de crédito. O encontro ocorre antes de reuniões com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente interino Michel Temer, hoje à tarde. Ao chegar ao encontro, o secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, disse que a dívida do estado com a União é de R$ 51 bilhões. Ele explicou que a situação é crítica, mas que até então não pretende decretar estado de calamidade pública, como fez o Rio de Janeiro. O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou estado de calamidade pública, na última sexta-feira (17), por causa da crise financeira. O governo diz que o decreto visa a garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos, que terão início em agosto. Feltes afirmou que espera que o governo federal faça uma proposta isonômica para os estados que apresentam as maiores dívidas: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. (Da Agência Brasil)

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Sinfônica do Recife faz concerto quarta

A noite desta quarta-feira (22), pré São João, também tem espaço para a música clássica e brasileira. A Banda Sinfônica da Cidade do Recife sobe ao palco do Teatro de Santa Isabel, a partir das 20h, para realizar o 4º Concerto Oficial da Temporada 2016, e traz um repertório que vai de Tchaikovsky, passando por João Bosco e Sivuca. O concerto tem a regência do maestro Nenéu Liberalquino e entrada franca ao público. A noite abre com a Dance of The Bohemians, de Tchaikovsky, seguida da Festival Prelude, de Alfred Reed. Logo depois, dois clássicos da Música Popular Brasileira serão executados pelos músicos da BSCR: O Bêbado e a Equilibrosta, de João Bosco e Aldir Blanc; e Feira de Mangaio, de Sivuca e Glorinha Gadelha. Numa terceira etapa do concerto, Nenéu Liberalquino conduz a banda para tocar o medley Salute To American Jazz. Os aficionados por trilhas de filmes também serão contemplados. Do programa consta a Suíte Sinfônica do filme Piratas do Caribe, de Klaus Badelt. E para finalizar a noite em alto astral o Mambo, de Leonard Bernstein. Os ingressos para o 4º Concerto Oficial da Banda Sinfônica da Cidade do Recife podem ser retirados a partir das 19h, na bilheteria do Teatro de Santa Isabel, gratuitamente, no dia da apresentação. Serviço: 4º Concerto Oficial da Banda Sinfônica da Cidade do Recife Quando: quarta-feira, 22 de junho Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio Informações: 3355.3322

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Teatro Luiz Mendonça abre pauta para o projeto Hoje Tem Espetáculo

O Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, lançou novo edital para o projeto Hoje Tem Espetáculo, para ocupação da pauta do equipamento durante o mês de agosto. Podem participar espetáculos de artes cênicas, como dança e teatro e os interessados têm de até o dia 23 de julho para apresentar as propostas. O Teatro Luiz Mendonça é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife. O edital pode ser acessado no site da Secult. As pautas que estão sendo disponibilizadas são para os seguintes dias da semana: Quinta-feira, 20h, nos dias 11, 18 e 25 de agosto; Sexta-feira, 20h, nos dias 12, 19 e 26 de agosto; Sábado, 20h, dias 13, 20 e 27 de agosto; e aos Domingos, às 17h, nos dias 14, 21 e 28 de agosto. As apresentações dentro do projeto devem efetivar a venda de ingressos no valor máximo de R$ 30,00 (trinta reais) - inteira, e R$ 15,00 (quinze reais) - meia entrada. Pode participar da seleção pessoa física ou jurídica, desde que o espetáculo já tenha estado em cartaz. A proposta deve ser apresentada em língua portuguesa, assinada, com número de telefone, fax, e-mail e endereço completo, e dirigida à Secretaria de Cultura (Secult - Recife), no seguinte endereço: Av Cais do Apolo nº 925 - 15º andar, Bairro do Recife, Recife/PE. O material tem que vir em dois envelopes lacrados, um com os Documentos de Habilitação, e outro com a Proposta de Apresentação. O Projeto Hoje Tem Espetáculo tem o objetivo de facilitar o acesso do público a espetáculos de artes cênicas a preços populares.

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Aprender a mastigação estimula a fala

O primeiro alimento da vida de um bebê é o leite, mas logo nascem os dentinhos, juntamente com o desejo de comer tudo o que veem pela frente. Aí se inicia o processo de fortalecimento da mastigação, na qual os pais são extremamente importantes para educar a criança neste período. Mais do que aprender a mastigar novos alimentos, o fortalecimento da mastigação está diretamente ligado à fala do bebê. Segundo o especialista em Saúde Bucal e Estomatologia Sérgio Kignel, os órgãos estimulados na mastigação são os mesmos utilizados no ato da fala e, desta maneira, se exercitados de forma e por tempo adequados, estarão prontos para a nova função. "Tudo isso exige um trabalho muscular preparatório ao desenvolvimento da fala. Essa evolução contínua tanto estrutural quanto funcional permite a vocalização dos primeiros sons inicialmente sem qualquer significado, mas com o passar do tempo agregam um valor significativo, e o bebê inicia o processo de balbucio e vocalização como forma de comunicação", explica Kignel. O fortalecimento da mastigação infantil se torna, portanto, um importante processo para a vida da criança. Neste período, os pais podem ajudar seus filhos, oferecendo os alimentos corretos para cada etapa, mas sempre com muita paciência. "Os primeiros alimentos a ser introduzidos devem ser pastosos e, progressivamente, os familiares poderão acrescentar os mais consistentes até chegar aos sólidos. O ideal é preparar esses alimentos na peneira, com o garfo e espremedor, para que não fiquem totalmente líquidos, evitando o uso do liquidificador", recomenda o especialista. Kignel esclarece ainda que, após os seis meses, os alimentos sólidos (mas nunca duros) ajudam a massagear a gengiva da criança e fortalecer a musculatura orofacial. Ou seja, não é preciso esperar o nascimento dos dentes para oferecê-los. Embora se deva respeitar o ritmo da criança, o ideal é que com um ano ela consiga alimentar-se como seus familiares, consumindo os alimentos em pequenos pedaços, separados no prato. "Pode-se começar reduzindo um pouco da quantidade do purê e ir complementando com algum alimento que tenha sido preparado para os adultos e que sejam fáceis de comer: refogados com batatas, peixe, omelete ou banana. Deve-se evitar alimentos que possam causar asfixia pela sua dureza ou porque se esmigalham facilmente", indica. Outros alimentos que devem ser evitados neste processo são os doces, embutidos e industrializados. "A ingestão destes alimentos pode deixar as crianças pequenas irritadas e dispersivas, além de provocar maior concentração de insulina no sangue. Balas e pirulitos (e outros doces com açúcar), também aumentam a quantidade de adrenalina", alerta o dentista. Sérgio Kignel ressalta também a importância da higiene bucal do bebê neste processo. O especialista indica a limpeza suave das gengivas, bochechas e língua da criança duas vezes ao dia, procurando remover os restos de leite ou alimentos acumulados. A dica é utilizar para a limpeza uma gaze ou a ponta de uma fralda envolta no dedo indicador e embebida em água filtrada e fervida. Pode-se também usar as dedeiras, que são dispositivos especiais de borracha ou silicone com pequenas elevações imitando as cerdas de uma escova de dente.

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Diaconia faz balanço de atuação

Com atividades iniciadas em abril de 2014 e previsão de atuação até 2017, a equipe do projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) de Agroecologia, desenvolvido no Sertão do Pajeú (PE) pelo Centro Sabiá em parceria com a Diaconia, fez uma análise dos dois anos de atuação na região. O projeto se concretizou a partir de uma Chamada Pública lançada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), atendendo diretamente 240 famílias nos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Iguaraci, Tuparetama, Tabira, Santa Terezinha, São José do Egito e Brejinho. Outras 30 famílias também participam, mesmo sem estarem cadastradas. Dentre as principais etapas, as atividades iniciaram com a mobilização de organizações locais e o cadastro das famílias agricultoras, seguido de momentos de formação em diversos temas, como: manejo correto do solo; canteiro econômico; sanidade animal; produção e armazenamento de forragem e feno com plantas da Caatinga; armazenamento de sementes crioulas; manejo de hortas e pomares com defensivos naturais. Outras temáticas trabalhadas pela Diaconia, como as questões de gênero e violência contra a mulher, e oficinas sobre resíduos sólidos e sobre o funcionamento do biodigestor, também enriqueceram o programa. “Apesar de não ser um projeto de investimento, avaliamos que foram dois anos bastante proveitosos, tanto do ponto de vista agroecológico como organizacional comunitário, inserção nos mercados e busca ao acesso às políticas públicas, assim como a melhoria da qualidade de vida das famílias agricultoras. São transformações que estarão sendo tocadas adiante pelas famílias”, afirma uma das técnicas do projeto, Jaqueline Lira. Um dos exemplos é o de jovens filhos de agricultores/as, que participaram de capacitação para fazerem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de suas famílias, e continuam replicando em suas comunidades. Chamada Pública - direcionada a um público de quase 35 mil propriedades de agricultura familiar e camponesa em todo o Brasil, a Chamada de ATER dispunha de um orçamento de pouco mais de R$ 160 milhões para os três anos de atuação, sendo considerado pelas organizações sociais um marco para o movimento agroecológico no país. Para Pernambuco, o edital previu o atendimento a 6.100 unidades, distribuídas em oito lotes por todo o estado. O Centro Sabiá e o Caatinga foram organizações vencedoras de quatro lotes, assessorando um total de 3.650 famílias agricultoras. “O maior desafio para as organizações é garantir um processo de fortalecimento das redes comunitárias e territoriais de agricultores e agricultoras experimentadoras. Em especial, construir processos de participação que garantam iniciativas de conhecimento e de acesso às políticas públicas, de construção e partilha de conhecimentos coletivamente, bem como de uma aproximação fundamental com os movimentos sociais e sindical rural, com as Universidades e Institutos Federais (IFs), de modo que a pesquisa e o ensino sejam também sujeitos desse processo” , afirma Alexandre Pires, coordenador geral do Centro Sabiá. * Carlos Henrique Silva é assessor de comunicação da Diaconia.

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A cultura popular acendendo fogueiras pra São João (Por Romildo Moreira)

Sendo o mês de junho, aqui no nordeste brasileiro, período de culto a três Santos venerados por praticamente toda a população, Santo Antônio, São João e São Pedro, o curioso é que muito mais que rezas os “santinhos” recebem homenagens pagãs em festas danadas de boas. Nestas festas, a Cultura Popular explode nos arraias espalhados por toda região, com suas características e crendices, ao som de coco, xaxado e baião. Em Pernambuco, além dos inúmeros artistas que dedicam as suas carreiras ao forró, existem grupos bem marcantes em seus respectivos estilos, que, além de manter uma tradição dos costumes populares nos festejos da época, criam novos adeptos e despertam interesses nas novas gerações. E isso é bom demais, considerando, em especial, dois aspectos fundamentais que são: a atualização da cultura popular e a preservação do nosso valioso acervo de bens imateriais. – A melhor forma das manifestações tradicionais escaparem da síndrome de “coisa do passado”, é integrar-se aos anseios da juventude e deixar que ela resolva o presente, mantendo a atemporalidade necessária à sobrevivência da tradição. Quem não se emociona, dança, canta e “se joga” numa apresentação do Coco Raízes de Arcoverde? – Vimos no São João do ano passado, no Arraial da Praça do Arsenal da Marinha, no Recife, esse grupo incendiar a multidão ao som de suas tamancadas, deixando os turistas atônitos diante do fenômeno que contagiou toda a praça. A Banda de Pífanos e os bacamarteiros de Caruaru são outras riquezas da cultura popular que ganham destaques nesta época do ano, levando às ruas da “capital do forró” uma demonstração da variedade cultural que nos caracteriza a cada ciclo festivo que comemoramos. O som dos pífanos marcados por zabumbas e caixas de guerra, que transpiram procissões religiosas ao mesmo tempo em que remete às marchas das cavalarias medievais, arrepia qualquer pessoa que da banda se aproxime. Já os explosivos sons dos bacamartes, que não são tão agradáveis aos ouvidos de muitos, têm a sua beleza compensada nas coreografias executadas por cada bacamarteiro, incluindo as crianças que são um show a parte nessas exibições. Vale conferir. Podemos agora versar sobre o maior fenômeno junino constituído pela tríade “cultura popular, tradição e modernidade”, chamada quadrilha junina. Essa manifestação fenomenal, que enche de prazer os olhos de uma plateia (plateia porque o povo pára pra ver), é o melhor exemplo que temos para provar que tradição pode ser tão contemporânea quanto qualquer novidade que surja hoje. A etimologia comprova o caráter permanentemente mutante de uma quadrilha, desde suas origens em palácios europeus, até a sua chegada ao Brasil conduzida pela Corte Portuguesa, transferida depois para a área rural e retornando aos centros urbanos como destaque absoluto nas comemorações aos santos Antônio, João e Pedro. A cada ano, as quadrilhas se renovam e os quadrilheiros se reinventam de forma absoluta, criando com isso expectativas e desejos extremos em boa parte da população, em vê-las. – Isso sem falar no aspecto social e na movimentação econômica que esses grupos artísticos alavancam. – E como grupos artísticos, as coreografias, os figurinos, as maquiagens, as trilhas sonoras e a teatralidade que envolve os personagens, estão ganhando dimensões inimagináveis aos olhos de quem acha que cultura popular não combina com o brilho das estrelas. O brilho maior entre todas as estrelas que figuram no São João do Nordeste, hoje, vem das quadrilhas, acendendo fogueiras em muitos corações. DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ: - “Ossos”, com o Coletivo Angu de Teatro Local: Teatro Apolo Dias: sextas às 20h; sábados às 18 e 21h, domingos às 19h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 33553319 / 33553320. - “O Tempo Perguntou ao Tempo”; Espetáculo de dança para criança / Grupo Acaso Local: Teatro Marco Camarotti (SESC de Stº Amaro) Dias: Sábados às 16h e domingos às 11 e 16h. Preços: R$ 10,00 e R$ 5,00 – Informações: 32161728 - “LUIZ E EU? Ô viagem danada de boa”; Espetáculo de teatro para criança / Cia. Maravilha Local: Teatro Joaquim Cardozo Dia: Domingo 19/06 às 16h. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações: 21267388   *Romildo Moreira é ator, autor e diretor de teatro

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O coronel que virou história

Um resgate de parte da história pernambucana está sendo feito pela arquiteta Juliana Cunha Barreto. Ela pesquisa a vida do coronel Othon Lynch Bezerra de Melo, industrial que marcou época ao construir um império de fábricas têxteis. Othon também ergueu a rede hoteleira de alcance internacional que levou seu nome. Além da biografia, Juliana prepara uma pesquisa sobre o casarão onde morou o coronel e sua família localizado na Av. Rui Barbosa, no bairro das Graças. O palacete, por sinal, será a sede da edição da Casa Cor deste ano em Pernambuco, badalado evento da área de arquitetura e decoração. A incursão da arquiteta na vida do arrojado empresário começou quando realizou, pelo governo do Estado, o projeto de restauração da antiga Fábrica da Macaxeira que pertenceu ao coronel. A edificação foi recuperada para abrigar a Escola Técnica Estadual Miguel Batista, um trabalho em que Juliana precisou mergulhar no Recife de fins do Século 19 e das primeiras décadas do Século 20 para não perder as características arquitetônicas e históricas do local. Afinal, elas representam a memória de uma indústria emblemática que deu origem ao bairro da Macaxeira. "A pesquisa resultou no livro Nos teares da história- Entre a fábrica e a escola, uma restauração, lançado na Fliporto no ano passado. Na ocasião a família do coronel Othon se interessou em continuar a pesquisa e me pediu para fazer a biografia dele", conta a arquiteta. Nascido em Limoeiro, Othon já trazia no DNA a vocação para o ramo têxtil. Seu pai construíra um patrimônio graças aos negócios de armazém de algodão e tecidos naquela cidade do Agreste. Juliana ainda não sabe precisar ao certo porque o chamavam de coronel. "Uma das hipóteses é que era dessa maneira que se referiam às pessoas influentes da elite nas décadas de 1910 e 20", supõe. Ao chegar ao Recife em 1905, Othon abriu a primeira loja de tecidos na Rua da Cadeia (atual Marquês de Olinda). Os negócios foram prosperando e em 1925 adquiriu a Fábrica de Apipucos. "Era pequena e obsoleta. Mas ele comprou 50 hectares do seu entorno para ampliá-la", revela a arquiteta. No terreno, o industrial construiu a vila operária para a residência de seus trabalhadores. Também montou um aparato urbanístico de apoio aos trabalhadores, como escola, igreja, clube de recreação, lojas de armazém, cinema, posto médico e dentário. "A infraestrutura representava um mecanismo de controle da mão de obra fabril, contribuindo para que o operariado permanecesse próximo à fábrica", explica Juliana, acrescentando que a iniciativa também garantiu admiração dos empregados ao coronel Othon. Ele teve ainda outras três fábricas no Recife, além de unidades em outros Estados. Carismático, influente, membro do Instituto Arqueológico, Othon costumava escrever artigos para os jornais. Seu império foi erguido ao longo da linha férrea que ligava Limoeiro, onde ficavam as plantações de algodão, ao Recife. O trem passava pela Av. Norte onde se localiza a Macaxeira e seguia para Forte do Brum e de lá se distribuía para as linhas do Centro onde estavam seus armazéns.  Num deles, em seus andares superiores, Othon montou em 1917 o primeiro empreendimento voltado para hospedagem. Ao se mudar para o Rio de Janeiro, investiu no setor, criando a rede Othon, com atuação em várias cidades do País e no exterior. “Mas ele gostava do Recife”, ressalta Juliana. Em 1948 volta à capital pernambucana porque queria morrer em Pernambuco. “No dia em que ele morreu quis fazer um passeio pelo Recife para levar na memória as suas paisagens”, relata a arquiteta. CASA. Em paralelo à biografia de Othon, Juliana pesquisa o casarão onde o empresário morou com a mulher Maria Amália e seus 11 filhos. Dados preliminares da pesquisa foram encaminhados à organização da Casa Cor. Uma curiosidade é o fato de o palacete representar um período no qual o Brasil - Pernambuco incluído – queria se modernizar. Assim, casarões coloniais eram reformados e transformados em residências no estilo eclético, o que mereceu críticas de algumas vozes regionalistas da cidade. Além da modernização, a mudança também tinha como objetivo atender as premissas do Plano de Saneamento do Recife, de autoria do engenheiro Saturnino de Brito, cujas medidas previam sistemas de abastecimento d´água e de esgotamento sanitário para a cidade e, consequentemente, para as habitações. “O imóvel foi submetido a obras de reforma e ampliação, para fins de modernização estética, mas também de higienização dos compartimentos internos, dado as demandas de saneamento, vigentes com os novos códigos municipais”, explica a arquiteta. Para realizar a mudança, Othon contratou o arquiteto de Giácomo Palumbo. Graduado na Academia de Belas Artes da França, Palumbo tem entre seus projetos o Palácio da Justiça e o prédio da antiga Escola de Medicina, no Derby.  Colunatas centrais, arcadas laterais ao gosto eclético e uma varanda foram introduzidas, camuflando a imagem primitiva do sobrado. A residência recebeu ainda ladrilhos no piso, com estampas e combinações diversas para cada ambiente, além de vitrais nas paredes, e uma escada monumental. Cenário de fotografia, de encontros familiares e eventos festivos, o casarão chegou a receber os irmãos Kennedy, nos anos de 1960, quando os políticos norte-americanos receberam a bênção do bispo. O casarão tem sido conservado pelos descendentes do coronel, embora hoje esteja desabitado. Mas com tantas histórias que a edificação evoca, seria interessante que fosse alvo de um projeto cultural que propiciasse a visita pública para além da Casa Cor.

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