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Xô, cabileira

Houve um tempo - sombrio tempo, saliente-se - em que as paredes de Pernambuco eram tomadas pela mensagem Xô, cabilera, parida como que a fórceps, em português capenga e de gosto deplorável. Era endereçada ao candidato Marcos Freire, que, segundo indicavam as pesquisas, era o virtual vencedor da eleição que se avizinhava, para governador de Pernambuco. Era preciso derrotar o esquerdista Marcos Freire, pois, não importando os meios. Na guerra, tudo é válido, certamente avaliavam, para afastar qualquer resquício de consciência. A cada dia mais a luta se acirrava, como se fossem batalhas campais travadas no campo aberto da opinião. A indignidade, por seu turno, atingia o ponto de superlativa baixeza, ao se forjar o que buscava ser o flagrante de um encontro clandestino da esposa do candidato, dona Maria Carolina Vasconcelos Freire, com o então deputado federal Fernando Lyra, destacado membro do estado-maior da campanha do amigo Marcos Freire. Da farsa resultara uma ultrajante montagem fotográfica do casal desnudo, em um motel brasiliense. A vilania foi tanta que, mesmo integrantes da campanha do adversário, censuraram veementemente aquela calhordice. O próprio candidato, Roberto Magalhães, um homem digno, extremamente irritado com aquele procedimento ameaçou retirar seu nome do pleito, caso a prática criminosa, atribuída ao Serviço Nacional de Informações SNI, não fosse abandonada. Eram inaceitáveis as ofensas à honra do seu principal adversário, que, como ele, também era professor da Faculdade de Direito do Recife. Mas por que tanta vilania? - há que se perguntar. A resposta é simples: Marcos Freire era um líder nato e, na época, o poder estabelecido não acreditava dispor àquela altura de um nome capaz de arrostá-lo. Tinha. Tanto que, com a colaboração do voto vinculado, o eleito foi Roberto Magalhães. O tal voto vinculado só era válido se dado a um mesmo partido ou coligação, de vereador a presidente da República, passando por prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.O resultado foi que Roberto Magalhães, ainda que anteriormente em desvantagem, elegeu-se governador com 909.962 votos, contra 814.447 de Marcos Freire. Mas quem foi Marcos Freire? Em linhas gerais, foi advogado, professor e importante político brasileiro, tendo como tal exercido os mandatos de deputado federal e senador por Pernambuco. Mas não foi só isso. Ele foi mais, muito mais. Qualificado intelectualmente, bem-apanhado pessoalmente e comunicador eficiente, não lhe foi difícil estabelecer uma parceria de sucesso com a vida. Tal sucesso, contudo, não veio embalado em um pacote de presente. Em 1950, Marcos Freire ingressou na Faculdade de Direito do Recife, e ali, cinco anos depois, bacharelou-se. Naqueles cinco anos começou a ser moldado não só o advogado mas, também, o político brilhante, já que ele participava ativamente da política estudantil. Sua vida pública, aliás, teve início naquele tempo, como oficial de gabinete do então prefeito Pelópidas Silveira. Dali em diante, foi uma vida de conquistas. Foi Secretário de Assuntos Jurídicos e, depois, de Abastecimento e Concessões da Prefeitura do Recife, cargo que ocupou até o movimento militar de 31 de março de 1964. Como era filiado ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB, e naquela quadra da vida brasileira isso não era exatamente uma credencial, perdeu seu lugar. Elegeu-se prefeito de Olinda pelo MDB, quando obteve mais do que a soma dos votos dos outros dois candidatos por sublegendas do partido do governo, no entanto, fruto de uma atitude coberta de brio, renunciou ao cargo, pouco antes da posse, em repúdio à cassação do mandato do vice-prefeito eleito, Renê Barbosa. Era o funesto AI-5 mostrando a que viera. Entristecido com aqueles tempos, resolveu voltar-se para o magistério universitário, tornando-se professor na Faculdade de Ciências Econômicas. Ademais foi professor titular da cátedra de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, onde se graduara e ensinou também na Escola Superior de Relações Públicas de Recife. Em 1970, porém, não resistindo à vocação, elegeu-se deputado federal por Pernambuco, quando teve a maior votação do Estado. Orador com dotes excepcionais, logo ele chamou a atenção da imprensa para a contundência dos seus discursos não só sobre assuntos institucionais, mas igualmente em defesa das parcelas da sociedade que não podiam expressar livremente suas opiniões, como os artistas, dramaturgos, escritores e jornalistas. A campanha de Marcos Freire ao Senado, por seu turno, em 1974, foi a mais marcante ocorrida em Pernambuco durante o ciclo militar. Com sua oratória fácil, seu magnetismo e o seu poder de persuasão, ele conquistou eleitores em todo o Estado, com o slogan “Sem ódio e sem medo”. Conquistou 605.953 votos, contra 478.369 votos do adversário, o candidato apoiado pelo governador Francisco de Moura Cavalcanti e os ex-governadores Etelvino Lins, Cordeiro de Farias, Cid Sampaio, Paulo Guerra e Nilo Coelho. Vencera uma fortíssima estrutura de conquista de votos. Adicionalmente, além de jovem, carismático e simpático, o concorrente fora um político de 76 anos, chamado João Cleofas de Oliveira. Além de viver no Rio de Janeiro, Cleofas de Oliveira já havia perdido três eleições para o governo de Pernambuco, primeiro para Agamenon Magalhães, depois para Cordeiro de Farias e em seguida para Miguel Arraes, o que lhe valera o incômodo apelido de João Três Quedas. Lado a lado com a personalidade afável, porém, caminhava um homem movido pelo inconformismo, levando-o a formar, quando deputado, o grupo dos autênticos do MDB, uma ala mais à esquerda do partido. Lutou, e saiu vencedor, pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte, pela anistia para os cassados e banidos pelo regime militar, pela eleição direta em todos os níveis, pela reforma agrária e pelo fim da censura aos órgãos de imprensa. Um dia, no entanto, e sempre chega um dia, Marcos Freire e a política se divorciaram. Ele se tornou presidente da Caixa Econômica Federal, e depois ministro da Reforma Agrária, no Governo José Sarney. Exerceu o. cargo por pouco tempo, de 4 de junho a 8 de setembro de 1987. Eram muitos os planos para fazer a tão sonhada reforma agrária - afinal era assunto do ministério de que ele era o titular - mas a indesejável das

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As campanhas políticas são machistas

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Teresa Duere, fala à equipe da Algomais sobre sua trajetória social e política. Sua amizade com Dom Helder e a sua experiência de viver no Chile, em anos de ditadura militar no Brasil também entraram na conversa. Recifense, ela foi uma das deputadas estaduais de maior destaque na Assembléia Legislativa de Pernambuco. Como foi a sua infância? A minha infância foi muito boa. Sou recifense com muito orgulho. A cidade ainda era pacífica. As crianças podiam brincar na rua, podiam viver e ser criança. Tinha o Parque 13 de maio, tinha a festa da mocidade... Morei na Av. Visconde de Suassuna. Meu pai era empresário e depois foi político. O único trabalho da minha mãe foi ser voluntária no Banco da Providência com Dom Helder Camara. A senhora teve contato com Dom Helder? Trabalhei nove anos com ele. Eu fui fazer parte de um movimento chamado "Bandeirantismo" que, à época, era uma forma de você dar formação. Quem foi minha chefe foi Zezita Cavalcanti, secretária de Dom Helder. Fui uma das selecionadas para estagiar e lá fiquei trabalhando em uma área que Dom Helder chamou de "Operação Esperança", que era um movimento de formação de grupos para discutir as questões de direitos sociais, principalmente nas periferias. Depois ele ganhou um prêmio do exterior e quis mostrar que a reforma agrária era possível. Com esse prêmio comprou três engenhos e a partir daí fui trabalhar na zona rural, na questão da reforma agrária, no Cabo. Eu devia ter uns 20 e poucos anos. Como era esse trabalho? Reunião com associações. Trabalhava com eles para a formação da comunidade do engenho, formávamos escola, tínhamos uma área coletiva onde todos tinham que dar uma contribuição. Todo um trabalho de educação social. Esse trabalho influenciou sua carreira? Eu acho que não influenciou. Eu sempre gostei. Eu tenho um compromisso muito grande com a questão social, popular. Achei que o curso de Serviço Social seria o caminho a seguir, e foi. Foi um caminho que me deu muito conhecimento de instrumentos para essa questão. Depois, houve o golpe militar e consideraram que essa área rural de Dom Helder era guerrilha e aí tivemos - eu e Zezita - que sair. Eu fui para o Chile e ela para o México. Eu passei cinco anos fora, de 68 até 73. Como foi essa experiência? Eu trabalhava em uma fábrica de móveis que tinha sido tomada pelos trabalhadores e, à tarde, trabalhava em um projeto de pesquisa e estudo sobre as questões que estavam ocorrendo naquele momento. Era um grupo de intelectuais e eu ajudava como um apoio administrativo. Como era a atmosfera na época? A gente tinha muito receio, porque o governo brasileiro tinha profissionais para ficar nos acompanhando. Não podíamos formar grupos, a não ser que você conhecesse. Havia um isolamento grande pelo medo que tínhamos de se relacionar porque essas pessoas poderiam ser informantes. Não que fizéssemos grandes coisas, mas, por exemplo, íamos para as marchas de Salvador Allende. Sábados e domingos colhíamos vinhas que tinham sido tomadas pelos agricultores. Os estudantes eram convocados e nós íamos, pois não havia máquinas. Nunca me arrependi. Foi uma experiência válida. Como foi a queda de Allende? Eu saí 24 horas antes dele cair. Tinha uma pessoa muito amiga de Dom Helder, que era ministro, e ele me disse: "Vá embora enquanto é tempo. Tem um avião saindo para Buenos Aires, pegue e vá embora". Pegamos o avião e fomos. Ficamos em Buenos Aires para de lá voltarmos para o Brasil. Mas só pude voltar para o Recife na Anistia, em 79. Enquanto o processo corria, fiquei no Rio de Janeiro. Ainda quando cheguei lá quiseram me prender. Nesse período que fiquei no Rio. Tive apoio do pessoal de Dom Helder para trabalhar, mas sempre quis voltar para Recife. Quando pude voltar, fui falar com velhos companheiros de luta e as pessoas sempre diziam que não podiam fazer nada. A vida é muito interessante mesmo, porque quem me telefonou convidando para voltar foi Gustavo Krause. Ele me disse: "Olhe, sou prefeito do Recife, mas quero dizer a você que se você quiser voltar para o Recife, tenho um lugar". Eu respondi que não me filiaria ao partido dele, mas ele me deixou à vontade. Até que chegou uma época em que se falava muito dos "Tupamaros de Krause" (risos), que era aquele pessoal mais de esquerda que ele chamou para fazer o trabalho social. Eu era um desses. Construímos várias ruas, fizemos os barracões, grupos de ações comunitárias, feirinhas típicas... Teve um trabalho social muito intenso naquela época. Ele dava autonomia completa. Qual foi a emoção de ter voltado para Recife depois de tanto tempo? Recife é meu lugar, eu amo essa cidade, gosto de Pernambuco. Às vezes as pessoas dizem que se tivessem mais novas iriam embora por causa dos problemas. Se eu fosse mais nova ficaria aqui e não tenho nenhuma vontade sair, a não ser para passear. Tenho que lutar por isso, é minha raiz e meu povo. Voltar para o Recife foi um recomeço de muita coisa e foi interessante porque voltei dessa forma. Depois Krause foi ser vice de Roberto Magalhães. Como você entrou para a vida político partidária? Depois de trabalhar na área de habitação no governo, fui convidada por Marcos Vilaça para a Legião Brasileira de Assistência (LBA). Fui posteriormente ser diretora nacional da LBA no Rio de Janeiro. A intermediação para a carreira política veio através de Marcos Vilaça, que era muito amigo. Ele ficou forçando para que eu me candidatasse e fui a Dom Helder, que me encorajou. Fiquei preocupada com a ligação com o partido de José Mendonça, mas Dom Helder disse que isso não valia de nada. O importante eram meus princípios, convicções e o trabalho que eu iria fazer. Fui e fiquei na suplência de José Mendonça. Sempre ficava desconfiada porque todos diziam que ele era coronel, mas hoje digo que foi um grande

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Museu da Cidade do Recife apresenta Paisagens

O Museu da Cidade do Recife recebe, a partir do próximo dia 16 de julho, a mostra Paisagens. Composta por 22 fotografias da artista visual francesa Dominique Berthé, a exposição é baseada no livro homônimo, lançado em março deste ano no MCR, e que reúne imagens captadas no nordeste brasileiro desde o início dos anos 20006, quando a fotógrafa veio morar definitivamente no país. A mostra pode ser conferida até o dia 28 de agosto, com entrada franca. O Museu fica no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, e funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. Os registros, que retratam texturas naturais, marcas da passagem do tempo no homem e na natureza, foram impressos em papel de tela de algodão em variados tamanhos e divididos em quatro ambientes: cinza de cana queimada, cana queimada inteira, cabelos e sala de projeção de imagens (serão projetadas todas as fotos do livro e mais 50 extras) com paisagem sonora – a captação de sons foi feita por Saluá Oliveira, durante as viagens de Dominique pela região. A poeta pernambucana Maria Alice Amorim também acompanhou a fotógrafa na feitura de algumas imagens, as mais recentes, em busca de inspiração para a concepção do poema Pays Sage, que recorta todo o livro e agora estará disposto para leitura na mostra. Com essas imagens de plantações de cana de açúcar, Paisagens dialoga com a exposição anual, Doc(e) Recife, em cartaz no Museu, e que aborda a história do município através da trajetória do açúcar e seu impacto na vida política, econômica, social e cultural da cidade. No Museu, estará disponível para venda o livro Paisagens. São 84 páginas que reúnem 96 fotos, realizadas desde seus primeiros carnavais olindenses, em 1997, até material exclusivo feito na Chapada Diamantina, em 2015, especialmente para o projeto, abrangendo também cidades como Petrolina, Recife, Ipojuca e Seridó. A ARTISTA Dominique Berthé (Brest, França, 1962) é uma das mais destacadas artistas visuais francesas radicadas em Pernambuco, realizando trabalho escultórico, fotográfico e instalações marcados pela articulação entre o uso de materiais diferenciados (ferro, água, plástico, vidro, entre outros) e soluções construtivas (cortes, encaixes, dobras, nós) típicos de uma artesania construtiva, além do emprego de uma linguagem plástica referenciada na história da arte contemporânea. SERVIÇO Mostra Paisagem, de Dominique Berthé Onde: Forte das Cinco Pontas – Museu da Cidade do Recife (Praça das Cinco Pontas, s/n - São José, Recife) Quando: De 16 de julho a 28 de agosto Quanto: Acesso gratuito O Museu funciona de terça a domingo, das 9h às 17h

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Gravatá sedia maior feira de calçados do Nordeste

De 12 a 14 de julho, Gravatá sedia a 19ª edição da Feira Calçados Nordeste. Considerada a maior feira do segmento calçadista na região, a Calçados Nordeste vai trazer as novas tendências do segmento, com a Coleção Primavera-Verão 2016. A feira, que acontece no Centro de Convenções do Hotel Canariu's, terá 58 estandes e mais de 170 marcas de âmbito nacional. A expectativa de negócios é de aproximadamente R$ 50 milhões, fomentando assim o comércio dos estados de Alagoas, Pernambuco,  Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nos três dias do evento, 1,5 milhão de pares de calçados, além de bolsas, cintos e acessórios, devem ser comercializados. Estão confirmadas as participações de grandes marcas conhecidas no mercado.  "Pernambuco é considerado um dos maiores centros de negócios da região. Com localização privilegiada e infraestrutura turística de primeira qualidade, é o mais apto e adequado para receber fabricantes, representantes, lojistas e convidados", afirma o diretor executivo da Lampejo Comunicação, Marketing e Eventos, Artur Brito. Sucesso – Realizada desde 2007, a Calçados Nordeste é destinada a lojistas e fechada ao público varejista. Consolidada como uma grande oportunidade de negócios, tem como objetivo alavancar as vendas do setor calçadista, assim como proporcionar aos lojistas maior conforto e maior possibilidade de negociação,  com diversas marcas em um mesmo local.

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JMJ Live é o maior festival católico gratuito

Um festival católico de grandes proporções e, com entrada gratuita, tomará conta do Campo de Marte, em São Paulo. Manifestações de fé se unirão à arte durante os dias 28, 29, 30 e 31 de julho, período em que ocorre, na Cracóvia (Polônia), a Jornada Mundial da Juventude. O JMJ Live transmitirá, ao vivo, as principais atividades do evento europeu, inclusive as celebrações presididas pelo Papa Francisco. Além das missas, a programação inclui shows do padre Marcelo Rossi, além de outras atrações musicais - divididas em três palcos. A iniciativa é do Portal Católico e, segundo Edu Amato, organizador, o JMJ Live foi concebido com o conceito de ser a alternativa aos jovens que não podem viajar o mundo atrás do Papa Francisco. "Os que não podem participar presencialmente da Jornada vão poder se sentir inseridos e em total sintonia com o Papa e os jovens do mundo inteiro", diz. Atrações musicais como Rosa de Saron, Dunga, Ziza Fernandes, Tony Alysson e Adoração e Vida se apresentarão em grandes shows. O palco Coreto, que tem a intenção de aproximar o público ao artista, contará com vários outros artistas que têm se destacado nos últimos anos. O evento será transmitido também pela internet e terá um canal via satélite disponível para TVs Católicas. SERVIÇO – JMJ LIVE DATA: 28, 29, 30 e 31 de Julho HORÁRIO: De quinta a sábado das 10h às 22h e Domingo das 8h30 às 18. LOCAL: Campo de Marte ENDEREÇO:Avenida Olavo Fontoura, 1078 - Santana - São Paulo INGRESSOS: Gratuito CAPACIDADE: 36 mil pessoas SITE OFICIAL: WWW.JMJLIVE.COM

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Teatro e férias, uma combinação perfeita (Por Romildo Moreira)

A lógica que justifica um período de gozo de férias é descansar o corpo e a mente. Tanto para adultos quanto para crianças esse argumento é válido, mesmo que alguém questione o cansaço físico de uma criança que apenas estuda e brinca se comparado com o do adulto com seus mil afazeres. Só que não é tão simples assim a comparação, se considerarmos que em qualquer faixa etária, ou atividade, o que eleva o grau de cansaço do corpo e da mente de uma pessoa é a repetição das atividades que nos acostumamos a chamá-la de rotina. E rotina todos nós temos porque faz parte da nossa organização em sociedade. Daí podermos afirmar, categoricamente, que férias são para fugir da rotina. Assim sendo, por não fazer parte do nosso dia a dia o lazer cultural, com exceções, é claro, que tal aproveitar às férias de julho para ir ao teatro, visitar museus, conhecer os pontos turísticos da nossa própria cidade e do nosso estado que a “rotina” não permitiu fazê-los ainda? – Lembremos aqui que outra rotina pode se apoderar do período de férias, sem eliminar o cansaço e, de quebra, imprimir um tédio para cansar ainda mais a mente, que é a seguinte: dormir, acordar, comer, dormir... São muitas as opções culturais que dispomos em Pernambuco neste período, é só escolher entre elas e não deixar que a preguiça se aposse de um “ser em férias”, entediando-o (com o tripé apontado acima) e levando-o a perder o gozo das férias. Por isso vamos apresentar algumas sugestões para todos os públicos, na capital e no interior, que são: o Festival de Teatro para Criança de Pernambuco; a Mostra Brasileira de Dança e o Festival de Inverno de Garanhuns, só para citar alguns eventos artísticos. O Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco, em sua XIII versão, apresenta aos sábados e domingos até o dia 31 de julho, no Recife, uma programação de excelente qualidade para o público infanto-juvenil (vide sugestões abaixo), como já citamos no artigo anterior. Por falar nisso, pedimos desculpas aos que fazem a Metron Produções, que é a realizadora desse festival, por termos chamado, equivocadamente, de Festival de Teatro para Crianças do Recife, em vez de Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco, que é a denominação correta. A Mostra Brasileira de Dança que terá início no dia 29 de julho, finalzinho do mês, mas em tempo ainda de contribuir com o período de férias, enriquece a programação artística da cidade do Recife até o dia 07 de agosto, com espetáculos vindos de várias regiões do país, e locais, tornando-se outra opção imperdível para os que se encontram em férias na capital pernambucana. Quanto ao Festival de Inverno de Garanhuns, que acontecerá no período de 21 a 30 de julho, além de uma programação teatral de excelente qualidade apresentada diariamente no Teatro Luiz Souto Dourado, há uma fartura de ofertas artísticas composta por circo, dança, cinema e música, contando também com uma vasta programação cultural incluindo literatura, cultura popular, feira de artesanato, oficinas culturais, etc. Ah, não podemos esquecer que no Centro de Convenções de Pernambuco há a Fenearte até o dia 17 de julho, uma grande mostra da produção do artesanato do Brasil e do mundo, recheado de atrações artísticas a exemplo do show de Lia de Itamaraca. Confira a programação e divirta-se. Lembre-se, você está em férias. Pois bem, como já disseram Morais Moreira e Galvão na música intitulada Dê um Rolê, magistralmente interpretada por Gal Costa no disco Fa-Tal, “Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa”, e aproveite esse período de temperatura amena para curtir férias revigorantes, deixando que a arte e a cultura marquem bem o compasso do seu coração. Boas férias e divirta-se! – E “não se esqueça pessoa...” que a vida é mesmo boa. DICAS DE ESPETÁCULOS EM CARTAZ NO RECIFE: “JOELMA”, com Fábio Vidal. Local: Teatro da Caixa Cultural (Marco Zero) Dias: 08,09 e 10/07 – às 20h Preços: R$ 10,00 e R$ 5,00 – Informações: 34251915. Programação do XIII Festival de Teatro para Criança de Pernambuco: “Malévola e Aurora em Uma Bela Adormecida”, da Capibaribe Produções (foto acima) Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Dias: 09 e 10/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações 988590777. “Histórias de lenços e Ventos”, com o Galpão das Artes Local: Teatro Experimental Roberto Costa (Paulista North Way Shopping) Dias: 09 e 10/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00. – Informações 988590777. “Cinderela – A Gata Borralheira”, com a Cia. do Sol Local: Teatro de Santa Isabel Dia: 09/07 – às 16h30. Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00 – Informações 98859077. *Romildo Moreira é ator, autor e diretor de teatro

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Refrigerante é sexto alimento mais consumido por adolescentes

O refrigerante ocupa o sexto lugar na lista dos 20 alimentos mais consumidos por adolescentes brasileiros, à frente de hortaliças e frutas. Os dados fazem parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, divulgado hoje (7) pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa, de âmbito nacional de base escolar, tem como objetivo estimar a prevalência do diabetes, da obesidade, de fatores de risco cardiovascular e marcadores de resistência à insulina e inflamatórios entre adolescentes. Foram avaliadas 71.791 informações passadas por jovens de 1.247 escolas de 124 municípios. Os dados mostram que a dieta dos adolescentes brasileiros é caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz (82%) e feijão (68%), e também pela ingestão elevada de bebidas açucaradas (56%) e alimentos ultraprocessados, como refrigerantes (45%), salgados fritos e assados (21,8%) e biscoitos doces e salgados. Esse padrão de alimentação, de acordo com o ministério, está associado à elevada inadequação da ingestão de cálcio, vitaminas A e E e também ao consumo excessivo de ácidos graxos saturados, açúcar livre e sódio. Os números indicam, por exemplo, que mais de 80% dos adolescentes consomem sódio acima dos limites máximos recomendados (5 gramas por dia). A prevalência do consumo de frutas nessa faixa etária é considerada baixa, sendo que esse tipo de alimento aparece entre os 20 mais consumidos apenas entre meninos de 12 anos a 13 anos (18%). O café ficou entre os cinco alimentos mais consumidos no Norte, com 64%, enquanto o feijão é o segundo alimento mais consumido no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No Sul, há prevalência no consumo de refrigerantes (51%). Obesidade e sobrepeso A pesquisa revela que 17,1% dos adolescentes de 12 anos a 17 anos estão com sobrepeso, enquanto 8,4% foram avaliados como obesos. Os meninos aparecem em maior porcentagem – 10,8% contra 7,6% entre as meninas. Comportamento Ainda de acordo com o estudo, 56,6% dos adolescentes brasileiros fazem refeições sempre ou quase sempre em frente à televisão. O índice é mais elevado entre alunos de escolas públicas. A pasta alertou que o fator é significativamente associado ao menor consumo de frutas e verduras e ao maior consumo de salgadinhos, doces e bebidas de elevado teor de açúcar. Em relação à prevalência, 73,5% dos adolescentes afirmaram passar duas ou mais horas por dia em frente às telas (televisão, vídeo game e computador). O hábito se mostrou mais frequente entre meninos, alunos de escolas particulares e da Região Sul. No Norte, o índice é 48% e, no Centro-Oeste, 62%. Além disso, menos da metade (48,5%) dos adolescentes disseram que sempre ou quase sempre tomam café da manhã, enquanto 21,9% nunca fazem a refeição matinal. Sobre o hábito de comer em família, 68% informaram que sempre ou quase sempre fazem refeições com os pais ou responsáveis. O estudo também identificou que 48,2% dos adolescentes consomem cinco ou mais copos de água por dia. (Da Agência Brasil)

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Eduardo Cunha renuncia

O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou há pouco à presidência da Casa. "Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores [...] Somente a minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará infinidamente", disse, ao ler sua carta de renúncia em entrevista à imprensa no Salão Nobre da Câmara. Ele informou ter encaminhado a carta ao primeiro-vice-presidente da Casa. Ao ler a carta, Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. "Sofri e sofro muitas perseguições em função das pautas. Estou pagando alto preço por dar início ao impeachment", disse, ao emocionar-se, pela primeira vez, em alguns momentos. O peemedebista disse também que sempre falou a verdade. "Comprovarei minha inocência nesses inquéritos. Não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja", disse. Eduardo Cunha chegou no início da tarde pela chapelaria da Câmara, passou na Secretaria-Geral da Mesa e marcou a entrevista à imprensa no Salão Nobre da Casa, apesar de ter sido autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a circular na Câmara apenas para se defender do processo de cassação no Conselho de Ética ou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em ocasiões anteriores, por várias vezes, Cunha negou que iria renunciar. Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes - para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito. Com a renúncia, pode se encerrar o impasse sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) no comando da Câmara. Maranhão assumiu o cargo desde que Cunha foi afastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O descontentamento dos deputados com a condução de Maranhão provocou, inclusive, um acordo informal para que ele não presida as sessões de votações. Todas as vezes em que Waldir Maranhão tentou quebrar este acerto, os parlamentares se recusaram a discutir e votar matérias importantes até que ele deixasse a Mesa do Plenário, que estava sendo revezada com o primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP) e o segundo vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, deputado Fernando Giacobo (PR-PR) – possíveis candidatos à vaga provisória da presidência. Eduardo Cunha está no quarto mandato, iniciado no PP e depois migrou para o PMDB no período em que o partido estava dividido entre apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a possibilidade de uma candidatura própria. Na eleição de 2006, Cunha integrou o grupo que militou pela candidatura própria do PMDB mas, a partir de 2007 com vitória de Lula no segundo turno, a legenda foi para a base do governo. Eleito presidente da Câmara em primeiro turno no dia 1º de fevereiro de 2015, Cunha recebeu 267 votos e derrotou três candidatos, entre eles, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que era o candidato do Palácio do Planalto na época, mas que obteve apenas 136 votos. Durante a disputa e nos meses seguintes, Cunha repetiu em diversos episódios que o governo de Dilma Rousseff resistiu fortemente à sua candidatura à presidência da Casa, o que, segundo ele, justificou a resistência sofrida por parte da base aliada na época. O comando da Câmara é exercido por dois anos, mas nos primeiros meses Cunha já começou a sentir a pressão suscitada pelas suspeitas de seu envolvimento em negócios ilícitos envolvendo contratos de empresas com a Petrobras e existência de contas secretas no exterior. Essas denúncias, aliada a reclamação de parlamentares que o acusaram de beneficiar um grupo de deputados e conduzir as votações na Casa, serviram como estopim para o início e avanço do processo de cassação de seu mandato. Processo de cassação O processo para afastar definitivamente o peemedebista começou em outubro do ano passado, quando o PSOL e a Rede entraram com uma representação contra Cunha alegando que ele havia mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou ser o titular de contas no exterior. No processo, que ficou marcado como o mais longo do colegiado, durando oito meses em função do que adversários classificaram de manobras de aliados de Cunha, a cassação acabou sendo aprovada no dia 14 de junho, por 11 votos contra 9, no Conselho de Ética. A defesa de Cunha entrou com um recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para tentar reverter o resultado. Foram elencados mais de 10 pontos em que Cunha questiona a tramitação do processo, entre eles, a intenção de aditar a representação contra ele incluindo informações sobre recebimento de propina, o ponto que trata da votação no conselho ter sido nominal e o que aponta que Marcos Rogério (DEM-RO) que, segundo ele, não poderia ter continuado como relator do caso, depois de ter mudado de partido com a janela partidária e continuar ocupando a vaga do PDT. Ontem (6), o relator do recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pede a anulação da tramitação do processo de cassação dele no Conselho de Ética da Câmara, apresentou seu parecer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) acatou parcialmente o pedido de Cunha e recomendou uma nova votação do processo no conselho. O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), marcou para 16h de segunda-feira (11) a nova sessão para o início da discussão e votação do parecer. Para ser aprovado, o parecer de Fonseca precisará dos votos da maioria dos 66 integrantes da comissão. Havendo pedido de vista, esta manifestação pode ocorrer apenas na próxima semana, de acordo com a escolha do ex-presidente da Casa. O texto será então debatido entre parlamentares e depois o relator terá mais 20 minutos de réplica e a defesa outros 20 minutos de tréplica antes da votação. Se a CCJ decidir que Cunha tem razões para apontar problemas durante a tramitação do processo, a decisão pode provocar a reabertura

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Indústria de PE recuou 18,7% em 2016

A estagnação na indústria brasileira entre abril e maio deste ano (crescimento nulo – 0%) reflete resultados negativos na atividade do parque fabril brasileiro em oito dos 14 locais pesquisados, na série com ajuste sazonal. A constatação é da Pesquisa Indústria Mensal – Produção Física Regional, divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento indica que os recuos mais intensos ocorreram no Paraná, onde a queda na produção industrial chegou a 3,5%; seguido de Goiás (-2,3%); Pará (-1,9%); e São Paulo (-1,6%). Pernambuco (-1,1%), Minas Gerais (-0,9%), Bahia (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%) completam o conjunto de locais com índices negativos. Na outra ponta, o estado do Amazonas foi o que registrou o maior crescimento industrial do mês de maio, com alta de 16,2%, depois de ter fechado abril em queda, também expressiva, de 12,5%. As demais taxas positivas são do Rio Grande do Sul, com crescimento de 4,4%; Espírito Santo (3,8%), região Nordeste (1,6%), Ceará (1,4%) e Santa Catarina (0,1%). Acumulado Os dados divulgados pelo IBGE indicam que a retração acumulada de 9,8% na média nacional da produção industrial brasileira, nos primeiros cinco meses do ano (janeiro-maio), reflete quedas em 12 dos 15 locais pesquisados, frente a igual período do ano anterior. Três deles mostram quedas com intensidade superior à média nacional, tendo à frente o Espírito Santo, cuja retração chegou a significativos 11,8 pontos percentuais acima da média nacional; seguido do Amazonas (-18,8%); e de Pernambuco (-18,7%). A queda registrada no estado de São Paulo foi a mesma da média nacional: 9,8%. Também fecharam com resultados negativos no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, embora com retrações abaixo da média nacional, o Rio de Janeiro (-9,5%), Minas Gerais (-9,4%), Paraná (-8,9%), Goiás (-8,1%), Santa Catarina (-7,3%), Rio Grande do Sul (-6,2%), Ceará (-5,8%) e região Nordeste (-3,2%). Segundo o IBGE, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes: caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, produtos têxteis, vestuário e bebidas). Pará (9,6%), Mato Grosso (7,4%) e Bahia (1,2%) assinalaram foram os três estados que fecharam com crescimento no resultado acumulado até maio pela indústria do país. Neste caso, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no caso do Pará; de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleos de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja), no Mato Grosso; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva) e metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), na Bahia. Regiões Os dados regionalizados da indústria indicam que a queda acumulada de 7,8% em maio deste ano, comparativamente a maio do ano passado reflete resultados negativos em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, na série sem ajuste sazonal. O instituto ressalta o fato de que maio deste ano teve 21 dias úteis, 1 a mais do que o mesmo mês do ano passado (20 dias). Nesta base de comparação, entre os 12 estados que fecharam em queda, a retração mais intensa foi registrada no Espírito Santo, onde a queda chegou 18,9%; seguido do Paraná (-11%). No caso do Espírito Santo a retração foi pressionada pela queda na produção dos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados); enquanto no Paraná, a influência veio de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis, óleo diesel, álcool etílico e gasolina automotiva). Também fechou com queda superior aos 7,8% da média nacional, o estado de Goiás, onde a retração chegou a 8,5%. Os outros resultados negativos, embora com retrações abaixo da média nacional são o Rio de Janeiro (-7,6%), Minas Gerais (-7,2%), Amazonas (-6,3%), Santa Catarina (-6,2%), São Paulo (-5,8%), Pernambuco (-3,8%), Rio Grande do Sul (-3,6%), Bahia (-2,9%) e Ceará (-2,3%). Já os estados do Mato Grosso (14,6%) e Pará (7,8%) assinalaram os avanços mais elevados em maio de 2016. No primeiro, o resultado positivo foi impulsionado pelo comportamento positivo vindo de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico). Já no Pará, a influência veio da do setor de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto. Já a região Nordeste, como um todo, fechou com ligeiro crescimento de 0,3%.

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10 cidades de PE receberão o projeto Sonora Brasil

A 19ª edição do projeto de formação de ouvintes musicais Sonora Brasil reuniu os músicos Adelmo Arcoverde (PE), Raullino Silva (RN/PE) e Cássio Nobre (MA/BA), para divulgarem o tema Viola no Nordeste. A apresentação irá circular por 10 cidades, começando por Jaboatão dos Guararapes, na quinta-feira (7), às 19h, no Teatro Samuel Campelo, que fica no bairro de Piedade. As apresentações são gratuitas. No concerto, a viola no Nordeste é encontrada em sua forma mais tradicional e em suas variações típicas, como as usadas pelos repentistas, que possui um sistema acústico que melhora a projeção do som, e a machete, característica da região do Recôncavo Baiano. Recebem o circuito as cidades de Goiana (9), Surubim (10), Belo Jardim (11), Garanhuns (13), Arcoverde (14), Buíque (15), Triunfo (16), Araripina (18) e Petrolina (19). Sobre os músicos: Adelmo Arcoverde – É um dos mais importantes representantes da viola nordestina. Traz um estilo virtuosístico e versátil. Da cidade de Serra Talhada, o pernambucano é compositor, instrumentista, arranjador e violeiro. Já ganhou de diversos prêmios. Raullino Silva – Ele é potiguar, mas está radicado em Pernambuco. Repentista profissional desde os 19 anos de idade, acumula participações em centenas de competições. Em 2005, foi vencedor do 1º Festival Internacional de Trovadores e Repentistas, em Quixadá, ao lado do poeta João Paraibano. Cássio Nobre - Maranhense, radicado em Salvador (BA), ele é compositor, violeiro e pesquisador do samba de roda do Recôncavo Baiano e em especial da viola machete. Suas pesquisas revelam as transformações da prática musical tradicional da na atualidade. Sonora Brasil– É um projeto que tem como objetivo difundir expressões musicais identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil. Em sua 19ª edição, apresenta os temas Sonoros ofícios — cantos de trabalho e Violas brasileiras, que serão desenvolvidos no biênio 2015-2016, com a participação de quatro grupos em cada tema. O segundo tema traça um panorama da viola de cinco ordens e de variantes do instrumento que apresentam características peculiares e regionalizadas, relacionadas a práticas musicais restritas a ambientes geográficos pouco abrangentes. Serviço: Piedade Dia 7 l 19h Teatro Samuel Campelo Entrada gratuita Goiana Dia 9 l 20h Centro Cultural Antônio Corrêa e Oliveira | Sesc Ler Goiana Entrada gratuita Surubim Dia 10 l 20h Auditório da Escola Severino Farias Entrada gratuita Belo Jardim Dia 11 l 19h30 Cine Teatro Entrada gratuita Garanhuns Dia 13 l 20h Salão de Eventos | Sesc Arcoverde Entrada gratuita Arcoverde Dia 14 l 21h Teatro Geraldo Barros | Sesc Arcoverde Entrada gratuita Buíque Dia 15 l 20h Sesc Ler Buíque Entrada gratuita Triunfo Dia 16 l 20h Fábrica de Criação Popular Entrada gratuita Araripina Dia 18 l 19h Lions Clube Entrada gratuita Petrolina Dia 19 l 20h Teatro Dona Amélia | Sesc Petrolina Entrada gratuita

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