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A absoluta falta de transparência no processo de transição da reforma tributária

*Por José Luiz de França Estamos escrevendo sobre o tema Reforma Tributária há tempos. Aqui, neste espaço e em outras publicações empresariais, nos posicionamos diversas vezes. Somos a favor. Boa parte dos operadores jurídicos comprometidos com a simplificação do sistema, a acessibilidade aos dados e a forma de apuração única, não podem ser contra. Mas em paralelo a isso, os impactos econômicos da Reforma Tributária podem ser decisivos para o desequilíbrio da economia e é muito necessário que a transição da reforma seja realizada com muita cautela.  O PLP 68/2024 que criou a Lei Complementar 214/2025, regulamenta a reforma, foi sancionado pelo presidente Lula (PT), com vetos, em 16/01. O texto detalha o funcionamento do novo modelo de tributação sobre o consumo, com o Imposto Seletivo e o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), que substitui cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins).  A meta do Ministério da Fazenda era fixar a alíquota geral em 26,5%, entretanto, com as alterações feitas no texto, a projeção do governo é de que fique acima de 28%. A alíquota será dividida entre a CBS, que substitui os tributos federais, e o IBS, que substitui o ICMS, dos estados, e o ISS, dos municípios. A regulamentação também estabelece as novas regras de tributação para uma série de produtos, como alimentos, combustíveis e serviços. Para o Imposto Seletivo, também conhecido como "Imposto do Pecado", a alíquota incidirá de forma diferente em produtos distintos. Com o objetivo de desestimular os produtos considerados “prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente”, o novo tributo será ajustado de forma gradual, com critérios específicos para cada produto. Pelo cronograma do Congresso Nacional, o novo modelo de tributação sobre o consumo passará por um período de transição a partir de 2026, com a alteração completa do sistema tributário prevista somente para 2033, quando serão definitivamente extintos o ICMS e ISS. Ao longo desse período serão testados e entrarão em vigor os novos tributos criados pela reforma tributária: o IVA Dual — que compreende a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), partilhado entre estados, DF e municípios — e o Imposto Seletivo. A partir do próximo ano, a CBS e o IBS passarão a ser testados nacionalmente, mas não serão efetivamente recolhidos. Para o teste, as empresas serão obrigadas a emitir na nota fiscal um valor destacado do que corresponderia a 0,9% de CBS sobre o produto vendido e 0,1% de IBS. No entanto, a transição para o novo modelo tributário requer atenção, pois os desafios já começam a surgir já a partir de 2026 pois temos um sistema tributário complexo e vai ser acoplado a um novo sistema. Vamos trabalhar com uma reforma em curso. E este processo não será simples. Ressalte-se, ainda, o fato de não se ter na prática as informações sobre o que é de fato o Imposto Seletivo gerando uma grande preocupação no período de transição. Nós, em 2025, ainda não sabemos a lista dos bens que vão estar sujeitos a IPI em função da concorrência Zona Franca de Manaus, e não sabemos ainda os bens e serviços que vão estar sujeitos ao Imposto Seletivo. Então, isso é dramático. Pela ausência de "transparência", é preciso repensar os aspectos práticos de implementação da Reforma Tributária. Sabemos já o que é a lista de Imposto Seletivo? Não sabemos. Sabemos a alíquota do IBS e da CBS? Também não sabemos. Então, isso é extremamente angustiante para alguém que tenha que fazer negócios em nosso País. Estamos em um período de transição, mas sem qualquer visibilidade concreta do que vai acontecer. Assim, por todas as dificuldades existentes, consideramos que os contadores também podem não estar preparados para poder colocar em prática todas as alterações propostas pela transição tributária já para 2026. Além disso, não é factível a cobrança de 1%, em uma única nota fiscal para todo o mercado, proposta pelo teste da transição. Em suma, estamos diante de um experimento teórico que simplificará a arrecadação e ao mesmo tempo, poderá ser a ruina de boa parte do setor produtivo do País, se não houver uma pressão dos agentes econômicos, pela transparência e a correção de diversos gargalos que já são visíveis neste momento

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Famílias no Recife mantêm consumo moderado em fevereiro

Intenção de Consumo das Famílias registra 104,7 pontos, refletindo otimismo cauteloso em meio a desafios econômicos. Em fevereiro, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Recife alcançou 104,7 pontos, de acordo com dados da CNC e análise local da Fecomércio-PE. Esse índice indica uma leve percepção otimista sobre o poder de compra e os hábitos de consumo das famílias, com melhorias significativas nos componentes de Emprego Atual e Renda Atual, que cresceram 1,5% e 1,8%, respectivamente. No entanto, a queda de 2,5% na Perspectiva de Consumo e um recuo de 2,9% no Momento para Duráveis revelam uma cautela crescente na intenção de adquirir produtos de maior valor. Esse cenário econômico desafiador é caracterizado pela recuperação do emprego, mas com um otimismo contido em relação ao consumo. A estabilidade do consumo das famílias, mesmo frente a pressões econômicas internas e externas, demonstra que a confiança está diretamente relacionada ao emprego e ao acesso ao crédito. Essa situação sugere que, apesar das dificuldades, as famílias recifenses continuam priorizando itens essenciais, adotando uma postura mais criteriosa nas compras. Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE, observa que “o recuo na intenção de compra de bens duráveis reforça a necessidade de estratégias que atraiam o consumidor e ofereçam condições mais acessíveis de pagamento”. Ele acrescenta que a estabilidade no consumo, mesmo em tempos adversos, é um sinal positivo para o setor comercial, que deve se adaptar às novas dinâmicas do mercado. De acordo com Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, “os dados do ICF mostram que, mesmo com uma queda no consumo e na intenção de adquirir bens duráveis, as famílias em Recife conseguem preservar seu poder de compra por meio do acesso ao crédito”. Essa estabilidade da renda, intimamente ligada ao emprego, é crucial para sustentar a demanda no mercado, mesmo em períodos de incerteza.

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Morada da Paz

5 anos após a pandemia: quais os aprendizados do setor funerário brasileiro?

Profissionais do segmento destacam aprendizados sobre empatia e saúde mental cinco anos após a Covid-19. Cinco anos após o início da pandemia da Covid-19, os profissionais do setor funerário reavaliam os desafios enfrentados e as mudanças significativas que redefiniram a forma como lidamos com o luto e os serviços prestados às famílias. A crise sanitária não apenas destacou a importância do trabalho desses profissionais, mas também os transformou em figuras reconhecidas e valorizadas na sociedade. O reconhecimento de sua relevância veio à tona em um momento em que os serviços funerários eram essenciais e não podiam parar. Luzinete dos Anjos, tanatopraxista do Cemitério e Crematório Morada da Paz, em Paulista, compartilha sua perspectiva: “Durante a pandemia, as pessoas perceberam a importância do nosso trabalho, pois fomos um dos serviços essenciais que nunca pararam. Antes, o setor funerário era visto com certo distanciamento ou até preconceito, mas depois desse período, houve um reconhecimento maior do nosso papel na sociedade. Ainda existe tabu, mas sinto que as pessoas passaram a ter mais respeito e gratidão pelos profissionais da área.” Os protocolos sanitários exigidos durante a pandemia levaram a uma rápida adaptação nas operações do setor. A demanda aumentou, assim como a necessidade de modificar a realização de velórios e sepultamentos. Luzinete destaca que "o Morada da Paz nos deu todo o suporte necessário para garantir a biossegurança e também valorizou ainda mais os colaboradores", refletindo a resiliência e a agilidade que se tornaram cruciais para a continuidade do serviço. A empatia emergiu como um aprendizado central durante esse período. Para Luzinete, “muitas pessoas não puderam se despedir de seus entes queridos da maneira tradicional, o que nos mostrou como os rituais de despedida são essenciais para o processo de luto.” O setor funerário agora enfatiza a importância de um serviço acolhedor e humanizado, promovendo uma abordagem mais sensível às necessidades das famílias. Além das mudanças operacionais, a pandemia também trouxe à tona a necessidade de cuidar da saúde mental dos profissionais que lidaram com um volume sem precedentes de falecimentos. Mariana Cedraz, gerente de Cuidado ao Cliente do Grupo Morada, lembra como “foi um período extremamente difícil” e a busca por apoio psicológico tornou-se essencial para enfrentar o estresse diário. Com o compromisso renovado com a segurança e o acolhimento, o setor funerário reafirma sua missão de oferecer um serviço digno e respeitoso para aqueles que enfrentam a perda de um ente querido.

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Codigo M

Código M abre 250 vagas em nova edição no Recife

Evento promovido pela Laboratória e Google.org capacita mulheres interessadas em tecnologia. Estão abertas as inscrições para o Código M, um evento promovido pela Laboratória (@laboratoria_br) em parceria com o Google.org, que oferece 250 vagas destinadas a mulheres com interesse na área de tecnologia. O evento acontecerá no Cais do Sertão, no dia 16 de abril, das 8h30 às 13h, e contará com uma programação repleta de palestras sobre inovação, tecnologia e oportunidades de networking entre mulheres inspiradoras. As inscrições são 100% gratuitas e podem ser realizadas no site www.codigom.la/br. Não é necessário ter experiência prévia para participar do Código M. Basta ter interesse pelo setor tecnológico, inscrever-se e comparecer ao evento. Após o cadastro, as participantes receberão todas as informações necessárias, incluindo cronograma e orientações de acesso, garantindo uma experiência enriquecedora e bem organizada. Na primeira edição do evento em Recife, mais de 200 mulheres participaram de palestras inspiradoras, painéis com especialistas e oportunidades de networking, além de receber brindes e certificados de participação. Nesta segunda edição, o Código M promete ainda mais conteúdo e recursos para contribuir com a formação e o empoderamento das mulheres no setor tech. “Voltar para Recife depois de um evento tão lindo em 2024 é incrível. Com o Código M, buscamos apresentar o setor tech para essas mulheres que desejam começar a trajetória profissional, mas não sabem como dar o primeiro passo. Queremos derrubar as barreiras e incentivar a descoberta do potencial de cada uma”, afirma Regina Acher, cofundadora da Laboratória no Brasil. Fundada em 2014 no Peru, a Laboratória já formou mais de 4 mil mulheres no Brasil e em outros dez países da América Latina, oferecendo diversos cursos na área de tecnologia. Para mais informações sobre a instituição e suas iniciativas, acesse o site oficial da Laboratória: www.laboratoria.la/pt.

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Alta da Selic afeta imóveis de médio e alto padrão e reduz crédito imobiliário

Especialista aponta retração de 15% a 20% no financiamento e migração de incorporadoras para segmentos mais resilientes. Foto: Freepik A recente elevação da Selic para 14,25% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), intensifica os desafios do mercado imobiliário, impactando principalmente os imóveis de médio e alto padrão. Com o custo do financiamento mais elevado, incorporadoras buscam refúgio nos segmentos Minha Casa Minha Vida e Luxo, enquanto investidores analisam oportunidades estratégicas diante do novo cenário. Segundo Amadeu Mendonça, especialista em negócios imobiliários e sócio do escritório Tizei Mendonça Advogados Associados, o setor imobiliário depende fortemente da disponibilidade de crédito. "De um lado, construtoras e incorporadoras precisam de financiamento para viabilizar projetos. De outro, consumidores que adquirem imóveis prontos também recorrem ao crédito, geralmente atrelado à poupança. Com taxas de juros elevadas, o setor sofre diretamente o impacto da restrição no crédito", explica. "De um lado, construtoras e incorporadoras precisam de financiamento para viabilizar projetos. De outro, consumidores que adquirem imóveis prontos também recorrem ao crédito, geralmente atrelado à poupança. Com taxas de juros elevadas, o setor sofre diretamente o impacto da restrição no crédito" Amadeu Mendonça Crédito imobiliário pode cair até 20% em 2025 De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a expectativa é de uma retração de 15% a 20% no crédito imobiliário em 2025. No ano passado, foram financiados 568,2 mil imóveis, totalizando R$ 186,7 bilhões em recursos. Para este ano, a projeção é de um volume reduzido para R$ 155 bilhões. O reflexo já é sentido no mercado desde o início do ano. Em janeiro, a Caixa Econômica Federal, principal financiadora do setor (responsável por 70% do crédito), reajustou sua taxa atrelada à poupança, elevando o custo efetivo do financiamento para até 13,36%, movimento seguido por bancos privados. Alternativas e oportunidades para investidores Apesar do cenário desafiador, há oportunidades estratégicas para investidores. "O mercado imobiliário é cíclico. Quem tem capital disponível pode aproveitar para comprar à vista ou negociar diretamente com o vendedor. Outra alternativa é buscar sistemas de crédito alternativos, como os consórcios", sugere Mendonça. Além disso, investidores e incorporadores podem focar em estratégias de longo prazo, adquirindo terrenos a preços mais competitivos para futuros projetos, quando o cenário macroeconômico for mais favorável. "Permutas de terrenos com incorporadores também surgem como uma opção interessante, podendo gerar margens de lucro mais elevadas", acrescenta o especialista. Selic e o impacto na economia A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação e o custo de vida. Quando os juros sobem, financiamentos e empréstimos ficam mais caros, desestimulando o consumo e ajudando a conter a alta dos preços. No entanto, o desaquecimento do crédito afeta setores que dependem de financiamento, como o imobiliário. Segundo a última pesquisa Focus, divulgada no dia 17, analistas reduziram as projeções de inflação para este ano, com o IPCA estimado em 5,66%. Entretanto, enquanto a inflação não estiver sob controle, novas altas da Selic não estão descartadas.

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Imposto de Renda 2025: quem precisa declarar e o que mudou neste ano

Prazo para envio da declaração vai até 30 de maio; mudanças incluem prioridade na restituição para quem optar por Pix A Receita Federal estima que cerca de 46,2 milhões de declarações do Imposto de Renda sejam enviadas em 2025. Isso significa que aproximadamente um quinto da população brasileira deverá prestar contas ao Fisco este ano. Mas quem, de fato, está obrigado a declarar o IR? A obrigatoriedade está vinculada aos rendimentos e patrimônio acumulados em 2024. De acordo com a Instrução Normativa 2255, publicada pela Receita Federal em março de 2025, precisam declarar: 🔹 Rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 – quem recebeu salários, aposentadorias, pensões ou outras rendas tributáveis acima desse valor deve declarar. Também é obrigatório para quem teve rendimentos isentos ou tributados exclusivamente na fonte superiores a R$ 200 mil. 🔹 Patrimônio acima de R$ 800 mil – contribuintes que, em 31 de dezembro de 2024, possuíam bens e direitos somando mais de R$ 800 mil precisam enviar a declaração. 🔹 Atividade rural – quem teve receita bruta superior a R$ 169.440 ou deseja compensar prejuízos de anos anteriores também deve declarar. 🔹 Investimentos no exterior – com a Lei nº 14.754, os rendimentos de aplicações fora do país passaram a ser tributados anualmente. Assim, os valores de 2024 precisam ser informados na declaração de 2025. 🔹 Atualização de valores de imóveis – quem optou por atualizar o valor de seus imóveis em 2024 e pagou o imposto de 4% sobre o ganho de capital deve declarar. 🔹 Residência fiscal no Brasil – quem passou a morar no país em 2024 também deve enviar a declaração. Novidades no IR 2025 Além da obrigatoriedade, algumas mudanças foram implementadas este ano. A professora Valéria Vanessa Eduardo, da Faculdade Anhanguera, destaca uma alteração importante na ordem da restituição. "Quem optar pelo pagamento via Pix e fizer a declaração pré-preenchida terá prioridade na restituição. Essa medida antecipa o recebimento do valor para esses contribuintes", explica. As prioridades legais foram mantidas para idosos, pessoas com deficiência, doentes graves e professores. Outras mudanças incluem: ✅ Fim da exigência do título de eleitor para preencher a declaração.✅ Eliminação de códigos de consulado e embaixada para residentes no exterior.✅ Extinção do aplicativo "Meu Imposto de Renda" – agora, a declaração deve ser feita pelo app da Receita Federal ou pelo portal Gov.br. Entrega voluntária da declaração Mesmo quem não se enquadra nos critérios de obrigatoriedade pode enviar a declaração. "Isso pode ser útil para quem deseja comprovar renda ou ter acesso à restituição de valores retidos na fonte", explica o professor Deypson Carvalho, do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). O que acontece se não declarar? O contribuinte que não enviar a declaração dentro do prazo (até 30 de maio) poderá receber multas que variam de R$ 165,74 até 20% do imposto devido. Além disso, o CPF pode ser classificado como "pendente de regularização", o que impede a realização de transações bancárias e emissão de passaporte. A Receita Federal disponibilizará os dados para a declaração pré-preenchida a partir de 1º de abril. O ideal é não deixar para a última hora para evitar problemas.

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Tuberculose ainda preocupa: 80 mil novos casos por ano e desafios na capacitação médica

No Dia Mundial da Tuberculose (24/03), especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce e da capacitação dos profissionais de saúde O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março, reforça a necessidade de conscientização sobre a doença, que segue sendo um grande desafio para a saúde pública no Brasil e no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registra anualmente cerca de 80 mil novos casos e mais de 5,5 mil mortes causadas pela tuberculose. Apesar dos avanços na medicina, a infecção continua sendo um problema significativo, exigindo diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar complicações e reduzir sua transmissão. A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos do corpo. Segundo o médico e facilitador do Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde, Erick Pordeus, sua transmissão ocorre por via respiratória, quando uma pessoa com a doença ativa tosse, fala ou espirra, liberando aerossóis contaminados. Os sintomas mais comuns incluem tosse persistente, febre, sudorese noturna e perda de peso. “Se não tratada corretamente, a doença pode se agravar, levando a complicações como dificuldade na respiração, eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura, podendo causar dor torácica intensa”, explica. Diagnóstico precoce e prevenção são essenciais O diagnóstico precoce é fundamental tanto para o sucesso do tratamento quanto para a redução da transmissão. Em caso de tosse persistente por mais de três semanas, é importante procurar uma unidade de saúde. Grupos mais vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV, contatos próximos de pacientes com tuberculose, indígenas, população privada de liberdade e profissionais da saúde, devem ser investigados independentemente do tempo de tosse, pois podem desenvolver formas mais graves da doença. A vacinação com a BCG, oferecida gratuitamente pelo SUS, é a principal forma de prevenção e protege contra as formas mais graves da tuberculose. Outra estratégia importante é o tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB), indicado para pessoas infectadas pelo M. tuberculosis que ainda não desenvolveram a doença ativa. Essa medida reduz o risco de adoecimento, especialmente entre contatos domiciliares, crianças e indivíduos imunossuprimidos. Além disso, medidas simples como manter os ambientes ventilados e com luz natural direta, bem como cobrir a boca com o antebraço ou um lenço ao tossir, ajudam a diminuir a disseminação da doença. Capacitação de profissionais de saúde é um desafio Um dos grandes desafios no combate à tuberculose é a capacitação dos profissionais de saúde para o reconhecimento e manejo correto da doença. Para Erick Pordeus, o treinamento por meio da simulação realística tem se mostrado uma estratégia eficiente para aprimorar o atendimento. “A simulação permite que profissionais desenvolvam habilidades técnicas, treinem protocolos de atendimento e lidem com casos complexos de forma segura e eficaz”, afirma. O Centro de Simulação da Faculdade Pernambucana de Saúde (CSim) é um exemplo de estrutura voltada para esse tipo de capacitação. O ambiente reproduz um hospital real, com leitos, equipamentos médicos modernos, manequins robóticos de alta fidelidade e até atores que simulam pacientes. “Nosso objetivo é garantir que os profissionais atinjam excelência e segurança no atendimento, podendo cometer erros e aprender com eles sem comprometer a vida de pacientes reais”, destaca Brena Melo, coordenadora pedagógica do CSim. Com a tuberculose ainda sendo uma ameaça à saúde pública, especialistas reforçam que a união entre diagnóstico precoce, prevenção e capacitação profissional é essencial para reduzir os impactos da doença no Brasil. 📞 Para mais informações sobre treinamentos e agenda do CSim: (81) 7335-5465 (WhatsApp) | @csimfps (Instagram).

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Energia solar atinge 55 GW e já abastece 5 milhões de imóveis no Brasil

Setor enfrenta desafios regulatórios que limitam crescimento e impacto sustentável. Foto: Freepik O Brasil acaba de alcançar a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada em energia solar, somando a geração distribuída em telhados e terrenos à capacidade das grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), essa fonte já abastece 5 milhões de imóveis e representa 22,2% da matriz elétrica brasileira, consolidando-se como a segunda maior do país. Apesar do avanço, desafios como cancelamentos de projetos pelas distribuidoras e falta de ressarcimento pelos cortes de geração renovável limitam o potencial do setor. “Com a queda de mais de 50% no preço dos painéis solares nos últimos dois anos, vivemos o melhor momento para investir em sistemas fotovoltaicos”, destaca Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. O segmento também impulsiona a economia: desde 2012, foram R$ 251,1 bilhões em investimentos, 1,6 milhão de empregos verdes e R$ 78 bilhões arrecadados para os cofres públicos. Para garantir o crescimento sustentável da energia solar no Brasil, a ABSOLAR defende a aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE) e corrige restrições que dificultam a conexão de novos sistemas. Além de fomentar a geração própria, a medida beneficiaria famílias em situação de pobreza energética e ampliaria o acesso à tecnologia fotovoltaica. Nos primeiros dois meses de 2025, período marcado por recordes de calor e alta demanda por eletricidade, a energia solar desempenhou um papel crucial, com mais de 147 mil novos sistemas instalados e 1,6 GW adicionados à rede. A tecnologia segue como um dos pilares da transição energética e do desenvolvimento sustentável no Brasil.

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Contribuintes podem destinar parte do IR para projetos do Instituto Conceição Moura

Direcione parte do seu IR e apoie a educação de crianças e jovens no Agreste Os brasileiros que fazem a declaração completa do Imposto de Renda (IR) têm a oportunidade de contribuir com projetos sociais sem nenhum custo adicional. Parte do imposto devido pode ser destinada ao Instituto Conceição Moura, organização que há mais de uma década transforma a vida de crianças e jovens no Agreste pernambucano por meio de iniciativas educacionais, culturais e de formação profissional. A destinação de até 3% do imposto a pagar fortalece projetos como a construção de uma nova escola de ensino integral, prevista para 2026, dentro da estratégia Avança IDEB. Essa iniciativa visa posicionar Belo Jardim entre as dez melhores cidades de Pernambuco no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. “A destinação do Imposto de Renda é uma forma simples e eficaz de fortalecer iniciativas que fazem a diferença na vida de muitas crianças e adolescentes”, afirma Lorena Tenório, coordenadora executiva do Instituto Conceição Moura. Apesar dessa possibilidade, a adesão dos contribuintes ainda é baixa. Em 2024, apenas 266 mil pessoas direcionaram recursos para projetos sociais, enquanto R$ 14,81 bilhões poderiam ter sido destinados a essas iniciativas. Ampliar essa prática é um caminho para garantir que mais recursos cheguem a ações de impacto social. Como contribuir com o Instituto Conceição Moura

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Pesquisa revela que 7% dos brasileiros se consideram veganos

Maioria da população admite possibilidade de reduzir ou eliminar o consumo de carne Um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, a pedido da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), aponta que 7% dos brasileiros afirmam ser veganos. A pesquisa, conduzida entre 9 e 11 de dezembro de 2024, também revela que 74% da população considera, em algum grau, a possibilidade de parar de consumir carne, principalmente por questões de saúde. O estudo mostra ainda que 22% dos entrevistados já tentaram excluir a carne da alimentação. Outros fatores também pesam na decisão de adotar uma dieta sem produtos de origem animal: 43% dos participantes citam a preservação ambiental, enquanto 42% mencionam o bem-estar dos animais. O crescimento do veganismo no Brasil acompanha uma tendência global. Nos Estados Unidos, a população vegana triplicou entre 2004 e 2019, e campanhas como o Veganuary, realizadas anualmente, incentivam milhões de pessoas a experimentar o veganismo. “A pesquisa confirma que há uma crescente conscientização sobre o impacto da alimentação na saúde, no meio ambiente e do respeito aos animais”, afirma Mônica Buava, presidente da SVB. A pesquisa do Datafolha reforça dados anteriores. Em 2018, um estudo do Ibope Inteligência apontava que 14% dos brasileiros se identificavam como vegetarianos. Com mais informação e maior acesso a produtos veganos, a mudança nos hábitos alimentares se intensifica, impulsionando um mercado em ascensão.

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