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"A Unidos do Viradouro resgata Malunguinho para o povo pernambucano que não o conhece"

A campeã do Carnaval carioca de 2024 leva para a avenida a história de João Batista, um líder quilombola que passou a ser cultuado como entidade afro-indígena nos terreiros de Jurema. O historiador João Monteiro, nesta entrevista, explica quem foi esse personagem e diz ter esperança de que ele possa ser mais conhecido como tema de enredo da escola de samba. Quando a Unidos do Viradouro entrar na Marquês de Sapucaí, neste ano, vai apresentar uma ala composta por cerca de 70 pessoas de Pernambuco. São 35 integrantes do Catimbó de Jurema, além de professores, ativistas, indígenas, artistas e brincantes. Elas vão contribuir com a campeã do Carnaval Carioca de 2024 para levar ao sambódromo o enredo Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos, que conta a história de João Batista, líder do Quilombo do Catucá, situado entre a Região Metropolitana do Recife e a Zona da Mata Norte. Conhecido como Malunguinho, ele hoje é cultuado nos terreiros como uma entidade afro-indígena. E foi somente assim que permaneceu conhecido durante muito tempo, até que o historiador Marcus Carvalho, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), numa pesquisa de pós-doutorado, mostrou Malunguinho com um personagem histórico verídico, que no Século 19 lutou contra a escravidão e foi perseguido. O trabalho acadêmico chamou a atenção do historiador João Monteiro, que criou um grupo de estudo aproximando pesquisadores e juremeiros para unir seus conhecimentos sobre o assunto. Monteiro tem auxiliado o carnavalesco Tarcísio Zanon, da escola de samba de Niterói, nas pesquisas sobre Malunguinho e no contato com os terreiros de Jurema. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala vida de João Batista, das dificuldades de obter documentação sobre ele e da discriminação sofrida pelas religiões de matriz africana e indígena. Técnico em Educação Étnico-Racial da Secretaria de Educação do Estado, ex-rei do Maracatu Nação Sol Brilhante, o historiador ressalta a importância do resgate de João Batista proporcionado pela Unidos do Viradouro e revela o desejo de vê-lo como um personagem histórico estudado em sala de aula. “Este é um bom momento para o Estado rever, no seu currículo, a história do povo preto e fazer essa inclusão de Malunguinho”. Quem foi João Batista, o Malunguinho? E qual o significado desse termo? Marcus Carvalho (professor de história da UFPE) e um outro professor americano registram como sendo malungo um termo comum que os escravos usavam para quem chegasse aqui no mesmo navio. Ou seja, malungos são companheiros. O “Inho” é um termo do português de Portugal conhecido como heurístico, que é de grandeza. Então, Malunguinho seria um grande amigo. E Malunguinho também possui outras significações que levam a crer que seria um termo usado para identificar uma entidade dos bantus, que seria comparada a Exu. Mas há outros significados que ficaram no imaginário coletivo, como a fuligem que resulta da queima da cana-de-açúcar, que muita gente chama de Malunguinho. Quanto a João Batista, infelizmente, a história do povo negro no Brasil tem um abismo profundo porque queimaram muita documentação e era comum as famílias não fazerem registros. Todo o registro que se tem de Malunguinho e de muitos outros heróis excluídos de Pernambuco é a documentação da polícia, que não o via como um preto que estava lutando pela liberdade. Naquela época, ele era visto como marginal, porque queimou muitos engenhos, abriu muitas senzalas para libertar as pessoas escravizadas. A história de Malunguinho é extensa, vai de 1817 a 1835. Malunguinho não era só uma pessoa, houve mais de uma liderança que era chamada de Malunguinho. João Batista foi o último dos Malunguinhos que tiveram o registro documental. Antes dele, existiram João Bamba e João Pataca. Em 1828 surgiu um boato de que Malunguinho iria botar fogo no Recife e criou-se o temor entre as pessoas. Henry Koster (senhor de engenho e cronista luso-brasileiro) e outros visitantes que chegaram aqui, registraram que tinham a impressão de que o Recife era uma África, de tanto preto que havia, e isso causava temor porque eles sabiam que se aqueles negros se juntassem, boa coisa não ia dar. Então, os senhores de engenho viviam plenamente com temor de alguma insurgência. No período da morte de Malunguinho, houve o levante dos Malês, na Bahia, houve o levante em Aracaju e a Revolução do Haiti. Assim, se disseminava e acendia uma chama de luta, de revolução também aqui. Há um documento comunicando que sua morte foi no dia 18 de setembro de 1835 em Maricota, atual Abreu e Lima. João Batista é o último Malunguinho registrado pela polícia, que achou ter exterminado o seu quilombo após sua morte, mas alguns documentos mostram que houve levantes posteriores. Ou seja, ataques dos negros ao povo da localidade, impedindo, inclusive, uma tentativa de colonização alemã na região de Abreu e Lima. Isso denota que o quilombo não morreu junto com João Batista, ele foi apenas enfraquecido. Onde estava localizado o Quilombo de Catucá liderado por Malunguinho? Na verdade, havia uma rede de quilombos que começava no bairro da Linha do Tiro, Dois Unidos e ia pelas matas até Goiana. Todas essas cidades, Paulista, Igarassu, Itapissuma, Goiana, Olinda eram espaço da rede de quilombos de Malunguinho. Inclusive, há documentos que registram ataques feitos por grupos dessa rede majoritariamente formados por mulheres, como em Sapucaia, um bairro entre Olinda e o Recife. Assim, um grupo de mulheres ligadas a Malunguinho atacava transeuntes da estrada, como um “Robin Hood” local. Mas, na verdade, a ideia de quilombo foi ressignificada aqui no Brasil. Originalmente, principalmente em Angola e no Congo, quilombo era um espaço de formação no meio da mata, aonde os jovens iam para aprender a caçar, a administrar, aprender tudo que o precisava para ser um grande guerreiro. E aqui eles transferiram o formato de quilombo porque as matas de Pernambuco eram muito similares às de lá. Havia uma lei, no Império, proibindo a organização de grupos nas matas. Assim, cinco negros reunidos com tapera e pilão já era considerado quilombo. A Corte Portuguesa caçava esses grupos, tanto que várias estradas que há hoje

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Open Finance cresce 44% em um ano e ultrapassa 62 milhões de consentimentos

Sistema permite compartilhar dados bancários para obter melhores condições financeiras O Open Finance segue em expansão no Brasil. Em apenas um ano, o número de autorizações para compartilhamento de dados bancários cresceu 44%, saltando de 43 milhões, em janeiro de 2024, para 62 milhões em janeiro de 2025, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O sistema, que já existe há quatro anos, permite que clientes compartilhem seu histórico financeiro com outras instituições autorizadas, possibilitando acesso a melhores taxas e condições de crédito. Criado pelo Banco Central, o Open Finance transformou a forma como produtos e serviços financeiros são ofertados no país. Com ele, fintechs e empresas de setores não financeiros podem oferecer crédito e meios de pagamento, ampliando a concorrência e beneficiando os consumidores. A adesão é opcional e realizada diretamente pelo aplicativo do banco, permitindo o compartilhamento de informações com outras instituições financeiras autorizadas, como seguradoras e fundos de previdência. O consentimento tem duração de um ano e pode ser revogado a qualquer momento. Para clientes com bom histórico financeiro, o Open Finance pode significar taxas mais vantajosas e acesso facilitado a crédito. No entanto, consumidores com dificuldades financeiras podem ser submetidos a análises mais rigorosas. "Quem tem um bom histórico financeiro e mantém os compromissos em dia pode conseguir melhores condições e vantagens, já que é considerado um cliente de menor risco", explica Luciana Martins, especialista em Direito Bancário. Por outro lado, inadimplentes podem enfrentar critérios mais rígidos na concessão de crédito. A segurança dos dados é uma preocupação constante. O Banco Central assegura que o ambiente segue padrões rigorosos e está alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a privacidade das informações compartilhadas.

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Santander e Coursera oferecem 10 mil bolsas para cursos online

Parceria amplia acesso a capacitação profissional em áreas estratégicas, com certificações de empresas como Google e Microsoft O Santander anunciou uma parceria com a plataforma global Coursera para oferecer 10 mil bolsas gratuitas de um ano, permitindo acesso a um vasto catálogo de cursos online. A iniciativa contempla trilhas de conhecimento em marketing, comunicação, soft skills, ESG (ambiental, social e governança), ciência de dados e cibersegurança, além de certificações profissionais de gigantes como IBM, Microsoft, Google e AWS. Aberto a todos, independentemente de vínculo com o banco ou formação acadêmica, o programa busca fortalecer a empregabilidade e impulsionar carreiras por meio da educação contínua. “A aprendizagem contínua e a requalificação são pilares fundamentais para enfrentar os desafios do mercado de trabalho, e essa parceria com o Coursera é um grande exemplo desse esforço”, destaca Marcio Giannico, head sênior de Governos, Instituições, Universidades e Universia no Brasil. Os cursos, disponíveis em 24 idiomas, incluindo português, espanhol, alemão e polonês, garantem acessibilidade global. “O mundo está se movendo em ritmo acelerado, e estudantes e trabalhadores precisam ter acesso a educação e treinamento de alta qualidade em tópicos inovadores em seu idioma local para se preparar para um mercado de trabalho em constante mudança”, afirma Karine Allouche, chefe global de empresas do Coursera. As inscrições para as bolsas vão até 19 de março de 2025 e podem ser feitas na plataforma Santander Open Academy: app.santanderopenacademy.com.

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Agroecologia pode retardar efeitos da crise climática nas lavouras

(Da Agência Brasil) O excesso de calor dos últimos dias está afetando lavouras de soja, milho e arroz na Região Sul do Brasil e também plantações de café e de frutas na Região Sudeste. A cada ano aumentam os impactos causados pelas mudanças climáticas sobre a produção de alimentos. De acordo com a climatologista Francis Lacerda, pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco, estratégias de agroecologia podem retardar esses efeitos e diminuir a ameaça de insegurança alimentar. Pelo menos por enquanto. "Existem práticas que podem ainda reduzir esses efeitos. Eu digo ainda porque daqui a pouco não vai poder mais", alerta a especialista. A primeira missão é reflorestar. "Uma prática que se faz muito na agroecologia é o consórcio. Você planta uma árvore frutífera e, do lado, você planta uma leguminosa, feijão, milho, faz esse plantio todo junto... E essas plantas vão interagir de uma forma que vão beneficiar umas às outras. Tem uma que vai buscar água lá no fundo, porque a raiz dela é pivotante, mas outra que não consegue. Aquelas plantas que não aguentam muita incidência de radiação ficam melhores [quando] associadas a árvores grandes, que fazem sombra para elas. A gente precisa fazer um reflorestamento e implementar esse modelo do sistema agroflorestal," diz a especialista. Ela acrescenta que a diversificação de culturas favorece a fertilidade e proteção dos solos, além de reduzir os riscos de pragas e doenças, "contribuindo para a não utilização de agrotóxicos e garantindo ao agricultor vantagens ambientais e financeiras, tais como investimentos mais baixos e colheita de produtos diversificados, evitando riscos econômicos provenientes de condições climáticas extremas". Mudanças surpreendem agricultores  A climatologista do Instituto Agronômico de Pernambuco Francis Lacerda. Foto: IPA/Divulgação A climatologista lembra que a grande maioria dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras é produzida por agricultores familiares, que se veem cada vez mais surpreendidos com as mudanças no clima. "Porque eles não conseguem mais ter as práticas que  tinham de plantar em tal período, de colher em outro. E geralmente quando a gente tem essas ondas de calor, [o total] de alguns organismos no ecossistema que são mais resilientes - insetos, fungos e bactérias - aumenta muito e eles arrasam com a produção", acentua. Por isso, Francis defende também políticas públicas de implementação de tecnologias para que as comunidades consigam captar e armazenar a própria água e gerar a energia consumida, ficando menos vulneráveis aos efeitos climáticos. Deve-se "dar autonomia a essas comunidades para produzir o próprio alimento dentro dessas condições, e ainda fazer o reflorestamento da sua propriedade, é possível, é barato e os agricultores querem", salienta. Enquanto isso não é feito em larga escala, a incidência de algumas espécies vegetais endêmicas dos biomas brasileiros está diminuindo, de acordo com a climatologista, "inclusive espécies adaptadas para se desenvolver em áreas secas e quentes". Água nas raízes "O umbuzeiro, por exemplo, uma planta que é uma referência para o semiárido. Ela é muito resiliente e guarda água nas suas raízes porque está acostumada a lidar com as secas. Os umbuzeiros estão sumindo da paisagem porque eles não conseguem mais se adaptar a essas variáveis climáticas atuais", avalia. A climatologista do Instituto Agronômico de Pernambuco diz também que essas lições podem ser aplicadas ao meio urbano, “reservando espaços na cidade que possam servir para o cultivo de alimento, como quintais produtivos e farmácias vivas. Mas é preciso ter uma política pública que oriente e que financie. Porque quem tem dinheiro manda buscar a comida, mas sem justiça social não se combate as mudanças climáticas. É preciso pensar em formas inovadoras de produzir e garantir a segurança hídrica, energética e alimentar para as populações do campo e da cidade", finaliza.

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Doutores da Alegria levam a magia do Carnaval aos hospitais do Recife

Bloco Miolinho Mole celebra 18 anos com cortejos e campanha de doação. Foto: Rogério Alves Os Doutores da Alegria vão espalhar a alegria do Carnaval nos hospitais do Recife com a tradicional brincadeira da La Ursa. O bloco Miolinho Mole, em sua 18ª edição, traz o tema “A La Ursa quer folia, viva Doutores da Alegria!”, uma homenagem à cultura popular. O evento acontece entre os dias 24 e 27 de fevereiro, levando música, cores e diversão para crianças internadas e profissionais da saúde. A programação carnavalesca começa na segunda-feira (24) no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Na terça-feira (25), os palhaços seguem para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e o Procape. Na quarta-feira (26), a festa toma conta do Hospital da Restauração (HR), e na quinta-feira (27), o bloco finaliza a maratona no Hospital Barão de Lucena (HBL). Os cortejos começam às 9h30, exceto no HUOC, onde a folia inicia às 9h. “A brincadeira da La Ursa faz parte da nossa cultura popular, do nosso imaginário. O urso é uma figura que carrega muitas referências, inclusive do circo. Temos certeza de que assim como acontece em muitos bairros do Recife e de outras cidades do nosso estado, as crianças internadas também vão se divertir muito com a brincadeira do urso”, destaca Arilson Lopes, coordenador artístico da unidade Recife dos Doutores da Alegria. Além dos nove palhaços do elenco pernambucano, o cortejo contará com músicas cantadas e tocadas ao vivo, incluindo composições autorais e paródias de canções tradicionais do Carnaval pernambucano. A fantasia do urso, personagem central da festa, foi confeccionada pelo palhaço e bonequeiro Fábio Caio. Campanha de doação: apoio essencial para a continuidade do projeto O bloco Miolinho Mole também reforça a necessidade de apoio financeiro às atividades da associação. Em 2024, os Doutores da Alegria enfrentaram sua maior crise em mais de três décadas, com uma queda de 70% na arrecadação, o que levou à suspensão temporária das visitas hospitalares. Embora a rotina tenha sido retomada em 2025, os recursos ainda são insuficientes para manter as intervenções nos hospitais e o Curso Livre de Palhaçarias para Jovens, voltado para jovens em situação de vulnerabilidade social. Para contribuir com a manutenção do projeto, basta acessar o site www.doar.doutoresdaalegria.org.br.

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Fortalecimento da Vitivinicultura e do Enoturismo em debate na na formação de Frente Parlamentar da Alepe

Frente Parlamentar é instalada para promover o setor e criar alternativas para produtores Nesta semana, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deu início à Frente Parlamentar em Defesa da Vitivinicultura e do Enoturismo, reunindo empresários e parlamentares para discutir o fortalecimento desse setor vital. O objetivo do grupo de trabalho é implementar ações que apoiem os produtores de uvas e vinhos, além de solicitar que os Governos Federal e Estadual ofereçam incentivos para a melhoria das condições de trabalho no estado. O deputado Jarbas Filho (MDB), idealizador da Frente, enfatizou a importância de unir esforços para maximizar o potencial da vitivinicultura em Pernambuco. “Trabalharemos para elevar o setor à altura da relevância que ele tem para gerar empregos e melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos. Para isto, precisamos da nossa unidade, do apoio dos municípios envolvidos, que respondem por mais de 95% do Valor Bruto da Produção da Uva de Pernambuco”, afirmou. A prefeita de Lagoa Grande, Catharina Garziera, destacou a necessidade de incentivos para o enoturismo, um setor promissor para o desenvolvimento econômico do estado. “O que nós pedimos é ajuda para conseguir benefícios. Incentivos para que nós possamos valorizar o nosso produto. O enoturismo é uma ideia que a gente sabe que vai trazer muito desenvolvimento para Pernambuco”, ressaltou. Os números apresentados pelo deputado Jarbas reforçam a relevância da vitivinicultura na economia pernambucana. Em 2023, o estado produziu 500 toneladas de uva, posicionando-se à frente do Rio Grande do Sul em valor agregado. “Só em Lagoa Grande a uva aparece com 82% do valor bruto de produção agrícola municipal, ficando em 1º lugar no estado”, concluiu Jarbas, reafirmando a vocação do estado para o setor. Com a próxima reunião já agendada para abril em Lagoa Grande, a Frente Parlamentar promete ser um espaço fundamental para o diálogo e a criação de soluções que visem o fortalecimento da vitivinicultura e do enoturismo em Pernambuco, beneficiando não apenas os produtores, mas toda a economia local.

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Museu Memórias Vivas: Novo espaço cultural em Belo Jardim celebra a história local

Museu Memórias Vivas: Novo Espaço Cultural em Belo Jardim Celebra a História LocalExposição “Extraordinário Cotidiano” destaca a vida e o trabalho na cidade, a partir de 26 de fevereiro Na próxima quarta-feira, 26 de fevereiro, Belo Jardim inaugurará o Museu Memórias Vivas, um novo ponto cultural que promete valorizar a história e a identidade da cidade. A abertura será marcada pela exposição "Extraordinário Cotidiano", da fotógrafa Thalita Rodrigues, que apresenta 73 obras fotográficas que capturam o dia a dia e os rostos anônimos que constroem a narrativa local. Localizado no prédio da antiga Fábrica Mariola, o museu busca preservar memórias e proporcionar uma experiência acessível e interativa para todos os visitantes. O Museu Memórias Vivas oferece mais do que uma coleção de imagens; ele proporciona uma reflexão sobre a força silenciosa dos trabalhadores, artesãos e inventores que moldam Belo Jardim. Thalita Rodrigues, que frequenta a cidade desde 2013, destaca: “Para fotografar uma cidade, não basta olhar para ela. É preciso caminhar por suas ruas, ouvir quem as percorre todos os dias.” A exposição convida o público a enxergar a cidade através do olhar dos que ali vivem, revelando histórias de tradições, culturas e interações. Além da exposição, o museu se compromete com a acessibilidade total, garantindo que visitantes com diferentes necessidades possam desfrutar da experiência. Equipamentos adaptados, sinalização em Libras e atividades de arte-educação serão oferecidas, integrando cultura e aprendizado. A presidente do Instituto Conceição Moura, Taciana Moura, afirma: “Queremos que o Museu Memórias Vivas seja mais do que um local de exposição; queremos que ele seja um ponto de pertencimento e aprendizado.” ServiçoMuseu Memórias VivasEndereço: Rua Marechal Deodoro, 45, Centro de Belo JardimFuncionamento: De terça a domingo, das 9h às 20hEntrada gratuitaInauguração: 26 de fevereiroAgendamentos: 81 97314-6655

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Porto de Galinhas é um dos destaques do Carnaval: confira as agendas de Pernambuco na folia

Hotéis da região preparam programação especial para quem quer curtir o melhor da festa com conforto e exclusividade Porto de Galinhas, um dos destinos mais paradisíacos do Brasil, se transforma no refúgio perfeito para quem deseja aproveitar o Carnaval 2025 com uma combinação única de alegria e tranquilidade. Além das praias de águas cristalinas e da vibrante cultura pernambucana, os hotéis da região prepararam uma programação especial para todas as idades. De festas temáticas e blocos animados a atividades recreativas e experiências gastronômicas, há opções para foliões de todos os perfis, desde os mais animados até aqueles que preferem celebrar a data em um ritmo mais relaxante. Nos resorts e hotéis, os hóspedes poderão desfrutar de bailes de Carnaval, oficinas de customização, apresentações de maracatu, orquestras de frevo e muito mais. O Armação Resort aposta no tradicional Bloco Armação em Folia, enquanto o Hotel Solar traz o animado Bloco Galinha Bronzeada. Já o The Westin e o Marupiara Resort oferecem atividades voltadas para toda a família, incluindo camarins infantis e desfiles de fantasias. Para quem busca uma experiência ainda mais exclusiva, o Samoa Resort mantém sua parceria com o prestigiado Carvalheira na Ladeira, garantindo acesso diferenciado aos hóspedes. Para conferir a programação completa de cada hotel e garantir a sua reserva, acesse os perfis oficiais no Instagram: @armacaoresort | @solarportodegalinhas | @thewestinportodegalinhas | @manupiarahotel | @hotelvillageporto | @vivaportodegalinhas | @samoaresort. Cortejo Cultural Enche de Magia as Ruas do Bairro do Recife O Carnaval toma conta do Centro do Recife com a ampliação dos Corredores da Folia, agora parte oficial das prévias carnavalescas da cidade. Durante o fim de semana, cortejos de agremiações tradicionais vão percorrer as ruas históricas, levando frevo, maracatu, afoxé e outras expressões da cultura popular até a Praça do Arsenal. As apresentações acontecem nos dias 22 e 23 de fevereiro, das 18h às 20h, garantindo muita animação e reforçando a identidade cultural da capital pernambucana. A Mostra Musical do 22º Festival PREAMP Une Tradição e Inovação em Recife Nos dias 21 e 22 de fevereiro, o Cais da Alfândega em Recife será palco da Mostra Musical do 22º Festival PREAMP, que oferece 18 shows gratuitos com artistas da nova cena musical pernambucana e convidados renomados como Joyce Alane e Otto. Com uma curadoria que reflete sobre a relação entre passado e futuro na música, o festival destaca a importância de preservar a identidade cultural enquanto explora novas sonoridades. A programação inclui atrações como Afoxé Oyá Alaxé, Jambre, TremSete e muitos outros, prometendo uma celebração vibrante e diversificada da música pernambucana. Além dos shows, o festival também oferece uma oportunidade única para os artistas emergentes, com mentoria voltada ao desenvolvimento de suas carreiras, consolidando-se como um espaço de intercâmbio e aprendizado na cena musical. O evento, que conta com a participação de músicos e técnicos, reforça o compromisso do PREAMP com a promoção da música pernambucana e a formação de novas gerações de artistas, estimulando o diálogo entre tradição e inovação no setor. Com entrada gratuita, a Mostra Musical do PREAMP é uma celebração da riqueza cultural de Pernambuco e uma chance imperdível para os amantes da música. Projeto Casa da Cultura em Movimento Promove Encontros Culturais em Pernambuco Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, o projeto "Casa da Cultura em Movimento: do Litoral ao Sertão" será lançado na Casa da Cultura, no bairro de São José, Recife. Com o objetivo de valorizar a rica diversidade cultural de Pernambuco, o projeto traz apresentações de grupos que representam os ciclos carnavalesco, junino e natalino. Às 14h, os grupos Boi Pintado, Dona Del do Coco e Ciranda Sant’Anna se apresentarão, dando início a uma turnê que levará a cultura pernambucana a cidades do Agreste e Sertão. Além das apresentações, o evento contará com vivências criativas e rodas de conversa, promovendo a troca de saberes entre as diversas manifestações culturais do estado. Com a expectativa de público de até 400 pessoas, as atividades serão acessíveis, com transmissão no YouTube e intérprete de Libras, garantindo a inclusão e preservação das tradições culturais. Rede Compaz Leva o Carnaval às Comunidades do Recife Entre os dias 21 e 27 de fevereiro, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cidadania e Cultura de Paz, promoverá uma série de atividades gratuitas para celebrar o Carnaval nas comunidades da cidade. Os seis equipamentos do Compaz se transformarão em espaços de alegria, oferecendo desfiles, apresentações musicais e brincadeiras temáticas para todas as idades. A programação começa com um esquenta no Compaz Eduardo Campos e incluirá eventos como concursos de fantasia, aulas de frevo e um cortejo carnavalesco, tudo com o objetivo de democratizar o acesso à cultura e valorizar as tradições locais. Nazaré da Mata se prepara para a escolha do Rei e Rainha do Carnaval 2025 A folia começa mais cedo em Nazaré da Mata! Neste sábado (22), a partir das 20h, o Parque dos Lanceiros será palco de uma grande celebração carnavalesca, com a apresentação dos homenageados do Carnaval 2025 e a aguardada eleição do Rei e da Rainha da festa. O evento contará com muito frevo, maracatu e a energia contagiante dos blocos locais, prometendo uma noite de brilho e tradição. O Concurso de Rei e Rainha do Carnaval destaca a criatividade e o carisma dos participantes, que disputarão a coroa em uma competição animada e cheia de performances vibrantes. Com entrada gratuita, a programação promete reunir foliões de todas as idades para dar início ao clima carnavalesco na cidade. Carnaval para toda a família no Plaza Shopping O Plaza Shopping encerra sua programação pré-carnavalesca neste fim de semana com atrações para todas as idades. No sábado (22), das 16h às 20h, o Bailinho do Plaza 2025 traz Nena Queiroga, Ilana Ventura e a Orquestra Livre para um evento repleto de música, brincadeiras e desfile de fantasias. Já no domingo (23), é a vez do Frevo de Mesa com Silvério Pessoa, em um show interativo que mistura frevo, samba e ritmos nordestinos. Além disso, nos dias 2, 3 e 4 de março, o

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Marcelo Carneiro Leao

"Precisamos transformar a ciência em algo concreto para que as pessoas entendam que ela faz sentido no seu dia a dia"

Marcelo Carneiro Leão, Diretor do Cetene, afirma que o setor empresarial brasileiro não tem cultura de investir em pesquisa e pretende aproximar a ciência da indústria. Ao cunhar a expressão “do paper ao PIB”, defende que a produção científica vá além dos artigos acadêmicos e impacte o cotidiano da sociedade. Nesta entrevista ele também revela seus planos à frente do centro tecnológico. Quando em outubro do ano passado, o químico e ex-reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Marcelo Carneiro Leão assumiu a diretoria do Cetene (Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste), anunciou que atuaria na conexão entre ciência e indústria. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele analisa a ausência de cultura do setor privado brasileiro em investir na pesquisa, ao contrário de países da Europa e os EUA. Com uma carreira marcada pela inovação e pela pesquisa aplicada, Leão também comentou a distância entre a ciência e a sociedade que, para ele, é fruto da formação educacional e do fato de que os resultados dos temas pesquisados, muitas vezes, não se revertem em benefícios concretos para a população. A maioria acaba transformada em artigos para revistas científicas. “É preciso sair do paper para o PIB”, conclama o diretor do Cetene que também aborda as atividades realizadas no centro tecnológico e as perspectivas para ampliar a sua atuação para todo o Nordeste. Observamos uma distância entre a ciência e a sociedade, algo que ficou evidente na pandemia. Para agravar, uma pesquisa da OCDE revelou que o Brasil é o país onde as pessoas mais acreditam em fake news. Como o senhor avalia essa realidade? Sobre a crença nas fake news, acho que a primeira questão está nos processos educacionais no País. Primeiro, a ausência deles em algumas situações. Segundo, há uma desconexão do que é de fato a ciência e o que os conceitos científicos trazem para a sociedade. Fomos formados com a preocupação na construção de conceitos, definições, decorar datas, ou seja, um conhecimento desconectado do que poderia trazer de importância para a vida cotidiana. É preciso corrigir esse problema de formação, fazer com que as pessoas compreendam que a ciência, o conhecimento, é uma ferramenta fundamental para que possamos construir uma sociedade melhor, seja no desenvolvimento industrial, médico, enfim, todos os campos da ciência. Outro aspecto está no nível superior, em relação às pesquisas, à ciência mais aprofundada, que muitas vezes não chegam na ponta para resolver os problemas concretos da sociedade. Quando assumi a reitoria da Universidade Rural, em 2020, criamos o instituto IPÊ (Instituto de Inovação, Pesquisa e Empreendedorismo), cujo lema é tentar trabalhar os projetos e as pesquisas na perspectiva de uma hélice quádrupla, envolvendo o governo, a academia, a iniciativa privada e o terceiro setor. E o outro eixo, sobre o qual, inclusive, cunhamos a expressão do "paper ao PIB", ou seja, da pesquisa ao PIB, que é concebido num sentido amplo, não somente na questão de geração de renda per capita, mas melhoria de qualidade de vida das pessoas, da sociedade, geração de emprego, de renda etc. Precisamos transformar ciência em algo concreto para que as pessoas entendam que ela faz sentido no seu dia a dia, está presente nas roupas que usam, nos remédios, nos carros. O celular é um exemplo: 60% do iPhone foi desenvolvido com dinheiro público americano, é ciência pura, levou anos de pesquisa, de investimento do estado americano. Depois a Apple comprou a patente. Então, precisamos melhorar o sistema educacional, dar sentido ao conhecimento e integrá-lo às coisas concretas do cotidiano. Na sua posse, o senhor anunciou que atuaria na conexão entre ciência e indústria. Na verdade, observamos a falta de integração entre academia e o setor empresarial. Como o senhor analisa essa situação? Existem diferenças entre o Brasil e outros países. Nos Estados Unidos e na Europa, a pesquisa também acontece na iniciativa privada. Lá as indústrias, as grandes empresas, têm centros de pesquisas dentro do seus parques, porque entendem a sua importância para melhoria do produto que fabricam e para a atividade da empresa. No Brasil, não há essa cultura. Hoje mais de 90% da pesquisa brasileira é feita no setor público, fundamentalmente nas universidades federais e estaduais públicas e alguns centros de pesquisa. O grande desafio é aproximar pesquisas, governo, iniciativa privada e terceiro setor. Vou citar um exemplo de uma pesquisa que desenvolvemos no Cetene sobre o lúpulo, usado em cosméticos e cerveja. Hoje, 90% das cervejeiras brasileiras compram lúpulo da Inglaterra, dos EUA ou da Holanda. Estamos tentando desenvolver um produto que seja adequado ao nosso clima, para que possa ajudar a diminuir tal dependência. Os pesquisadores me apresentaram a proposta dizendo que haviam publicado em revistas científicas. Mas é preciso sair do paper para o PIB e transferir essa tecnologia para as empresas produtoras. Perguntei se eles haviam conversado com o ecossistema cervejeiro, inclusive, temos aqui a Heineken, a Itaipava. Eles disseram que não. Eu disse, “então, a pesquisa começou errada”. E isso acontece muito. Os pesquisadores desenvolvem uma pesquisa, alguns geram patentes, mas param por aí. O Brasil avançou, mas parou nas patentes. O País, hoje, é o 13º em produção científica do mundo, mas é apenas o 49º em inovação. Inovação é diferente de invenção. Algo que eu invento e patenteei é invenção, mas inovação, de fato, é quando transformo essa invenção em algo concreto e real que impacta na vida das pessoas e dos animais. No ecossistema de inovação, é preciso transformar a pesquisa mais básica, que acontece nas instituições públicas, em produto real e, para isso, é necessária a parceria da iniciativa privada, que é quem está lidando com o dia a dia desse produto. Assim, é possível direcionar a pesquisa a fim de encontrar uma solução para o problema da importação de lúpulo. Estamos reformatando a nossa lógica, vamos conversar com o ecossistema, desenvolver um lúpulo e, em seguida, reunir os governos dos estados do Nordeste, cooperativas de pequenos produtores, para os quais o Cetene vai fornecer as mudas de lúpulo. Esse pequeno produtor vai produzir

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Movimentação no mercado de trabalho: 45% dos profissionais planejam trocar de emprego em 2025

Pesquisa revela que busca por autonomia, desafios e melhores condições de trabalho impulsionam o desejo de mudança, desafiando empresas a reter talentos. O mercado de trabalho brasileiro deve enfrentar uma onda de transições em 2025, com 45% dos profissionais planejando mudar de emprego, segundo um levantamento da consultoria de recrutamento Robert Half. Os principais fatores que motivam essa movimentação incluem a busca por salários mais competitivos, maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional e oportunidades de crescimento. Além disso, a pesquisa revelou que 60% dos entrevistados que consideram uma nova colocação desejam mais autonomia e desafios em suas funções. A insatisfação com a cultura organizacional e a falta de reconhecimento também figuram entre os motivos que levam profissionais a repensar sua trajetória. Para André Minucci, mentor empresarial, esse movimento reflete um comportamento mais criterioso dos trabalhadores. "Não basta apenas oferecer um bom salário. As empresas precisam investir em um ambiente de trabalho saudável, treinamentos corporativos e em um plano de desenvolvimento claro para reter talentos", explica. Com a valorização de fatores como propósito e qualidade de vida, os empregadores precisam rever suas estratégias para atrair e manter profissionais qualificados. Setores como tecnologia, engenharia e finanças devem sentir os maiores impactos dessa movimentação, devido à alta demanda por talentos especializados. Especialistas apontam que as empresas precisam se adaptar rapidamente, apostando em estratégias de engajamento mais eficazes. "O profissional moderno busca empresas que valorizam o seu desenvolvimento e que estejam alinhadas aos seus valores pessoais", complementa Minucci. Nesse cenário, oferecer modelos de trabalho flexíveis, programas de capacitação contínua e um ambiente organizacional alinhado às expectativas dos profissionais pode ser determinante para a retenção de talentos.

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