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Conta de energia elétrica fica mais cara a partir de hoje

Aneel anuncia bandeira vermelha patamar 2, a mais alta do sistema tarifário A partir desta terça-feira (1º), a conta de energia elétrica ficará mais cara devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o nível mais elevado do sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, o custo por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos subirá de R$ 4,463 para R$ 7,877, refletindo o aumento no preço da energia. Entenda o motivo da mudança O acionamento dessa bandeira foi informado na última sexta-feira (27) e se deve ao risco hidrológico, com os níveis dos reservatórios em baixa, além da alta no preço da energia no mercado. Isso acontece por conta do custo da energia que foi gerada e não contratada, impactando diretamente os consumidores. Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 e é composto pelas cores verde, amarelo e vermelho, com dois patamares. A bandeira verde significa que não há custo adicional, enquanto os patamares 1 e 2 da bandeira vermelha indicam tarifas progressivamente mais altas. Transparência no custo da energia Segundo a Aneel, “o sistema de bandeiras tarifárias busca tornar mais clara a cobrança adicional para os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), permitindo maior controle do consumo e das despesas com a conta de luz”.

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"Elis, A Musical" chega a Recife para apresentações exclusivas

O espetáculo "Elis, A Musical" desembarca em Recife para três apresentações especiais no Teatro Guararapes, nos dias 04 e 05 de outubro. O musical, que já passou por grandes cidades brasileiras, traz a premiada atuação de Laila Garin no papel da icônica cantora Elis Regina, com direção de Dennis Carvalho. A atriz Lílian Menezes também alterna no papel da protagonista durante a turnê. Com uma trajetória de sucesso desde sua estreia em 2013, o musical já foi visto por mais de 380 mil espectadores em 360 apresentações. A nova temporada comemora os 10 anos do espetáculo, trazendo atualizações no elenco, figurinos e cenografia. O texto, assinado por Nelson Motta e Patrícia Andrade, retrata momentos marcantes da vida de Elis Regina, incluindo seu casamento com César Camargo Mariano, seu relacionamento com Ronaldo Bôscoli e sua parceria com Tom Jobim, com o contexto histórico dos anos 50, 60 e 70 como pano de fundo. Além das canções que marcaram a carreira de Elis Regina, como "Fascinação", "O Bêbado e a Equilibrista" e "Como Nossos Pais", o musical conta com mais de 50 números musicais. "Elis, A Musical" é uma celebração da obra e da vida da cantora, tendo sido reconhecido com prêmios importantes, como o Prêmio Reverência e o Prêmio Bibi Ferreira, destacando-se em categorias como direção musical, coreografia e figurino. Serviço:

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Bets não autorizadas serão suspensas nesta terça

Usuários de sites terão dez dias para resgatar saldos (Da Agência Brasil) A partir desta terça-feira (1º), as bets (empresas de apostas eletrônicas) que não pediram autorização para operar no país terão as atividades suspensas. A suspensão valerá até que a empresa entre com um pedido, e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda conceda a permissão. Os sites não autorizados continuarão a ser acessados até 11 de outubro, quando serão retirados do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Nessa segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que até 600 páginas e aplicativos serão bloqueados. Segundo o Ministério da Fazenda, o prazo de dez dias foi concedido para que os apostadores resgatem o saldo dos sites não autorizados a continuar em funcionamento no país. "Se você tem algum dinheiro em casa de aposta peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Já estamos avisando todo mundo”, alertou Haddad. A lista das empresas que fizeram o pedido está disponível na página do Sistema de Gestão de Apostas do Ministério da Fazenda (Sigap). Até o fim da tarde dessa segunda (30), o sistema registrava 162 pedidos de 158 empresas. Apenas nos últimos sete dias, 27 empresas fizeram pedidos. De outubro a dezembro só poderão continuar funcionando os sites autorizados e que já estavam atuando. Segundo o Ministério da Fazenda, as empresas suspensas poderão fazer o pedido a qualquer momento, mas irão para o fim da fila, levando meses para terem a documentação e os requisitos analisados. A expectativa é que a pasta conclua, até dezembro, o processo de análise dos pedidos protocolados até agora. A partir da aprovação, as empresas deverão pagar R$ 30 milhões de outorga para operar legalmente até três marcas cada uma por cinco anos, como estabelece a Lei 14.790/2023, que legalizou as apostas eletrônicas no país. A partir de janeiro, as empresas que operarem sem autorização estarão sujeitas a punições, com multas de até R$ 2 bilhões por infração.

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Dívida Pública cai 1,46% em agosto para R$ 7,035 trilhões

Vencimento de títulos corrigidos pela inflação puxou queda (Da Agência Brasil) Influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação, a Dívida Pública Federal (DPF) caiu em agosto e ficou abaixo de R$ 7,1 trilhões. Segundo números divulgados nesta segunda-feira (30) à noite pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,139 trilhões em julho para R$ 7,035 trilhões no mês passado, queda de 1,46%. Originalmente previsto para ser divulgado na quinta-feira (26), o relatório foi adiado por causa da greve dos servidores do Tesouro Nacional. O documento foi divulgado na noite desta segunda porque, segundo o órgão, um normativo determinava a publicação até o último dia útil do mês. Mesmo com a queda em agosto, a DPF continua dentro do previsto. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro e revisado em setembro, o estoque da DPF deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 1,55%, passando de R$ 6,822 trilhões em julho para R$ 6,716 trilhões em agosto. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 163,17 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A dívida só não caiu mais por causa da apropriação de R$ 57,46 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 10,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 107,55 bilhões em títulos da DPMFi. A maior parte desse total (R$ 59,74 bilhões) ocorreu para atender à demanda de títulos corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia). A emissão compensou parcialmente os altos vencimentos de títulos prefixados que ocorrem no primeiro mês de cada trimestre. No mês passado, venceram R$ 267,63 bilhões em papéis prefixados (com juros definidos no momento da emissão). Com o alto volume de vencimentos em agosto, os resgates somaram R$ 270,72 bilhões, bem mais que o valor registrado em julho, quando os resgates tinham atingido R$ 131,94 bilhões. No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 0,48%, passando de R$ 317,63 bilhões em julho para R$ 319,17 bilhões no mês passado. O avanço ocorreu por causa da correção de juros, porque o dólar teve leve recuo de 0,1% no mês passado. O dólar começou a disparar em junho, influenciado pelo atraso no início da queda dos juros nos Estados Unidos. Divulgação parcial Por causa da greve no Tesouro Nacional, o governo não divulgou os dados do colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) em agosto. Também não foi divulgada a distribuição dos detentores da DPF, tradicionalmente dividida entre instituições financeiras, fundos de pensão, fundos de investimento, investidores estrangeiros e demais grupos. Em julho, conforme os dados mais recentes, o colchão de dívida estava em R$ 1,105 trilhão, o suficiente para cobrir 8,2 meses de vencimentos da dívida pública.  Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de cerca de R$ 1,24 trilhão da DPF. Composição Por causa das emissões de títulos vinculados à Selic, a proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu fortemente, de 44,95% em julho para 46,85% em agosto. A revisão do PAF prevê que o indicador feche 2024 entre 44% e 47%, contra estimativa anterior de 40% a 44%. Esse tipo de papel atrai o interesse dos compradores por causa do nível alto da Taxa Selic. O percentual pode subir nos próximos meses por causa da perspectiva de alta nos juros básicos da economia. A proporção dos títulos prefixados (com rendimento definido no momento da emissão) subiu de 21,33% em julho para 22,2% em agosto. A nova versão do PAF estabelece que o indicador feche 2024 entre 22% e 26%, contra meta anterior de 24% a 28%. No início do ano, o Tesouro tinha voltado a lançar mais papéis prefixados. No entanto, a volta das instabilidades no mercado comprometeu as emissões, porque esses títulos têm demanda menor em momento de instabilidade econômica e de alta nos juros. Por causa do grande volume de vencimentos, a fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF caiu fortemente, passando de 29,28% para 26,43%. O PAF revisado prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o ano entre 25% e 29%, enquanto a meta anterior estava entre 27% e 31%. Composto por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na dívida pública subiu de 4,44% para 4,52%, motivado principalmente pela correção de juros da dívida externa. A dívida pública vinculada ao câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de 2024, entre 3% e 7%. Prazo O prazo médio da DPF subiu de 4,03 para 4,11 anos. O Tesouro só fornece a estimativa em anos, não em meses. Esse é o intervalo médio em que o governo leva para renovar (refinanciar) a dívida pública. Prazos maiores indicam mais confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos. Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

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Festival gastronômico de Zé Maria chega ao Recife com edição especial no Moendo na Laje

O famoso Festival Gastronômico da Pousada Zé Maria, celebrado em Fernando de Noronha, desembarca no Recife para uma edição especial nos dias 3 e 4 de outubro. O evento acontecerá no restaurante Moendo na Laje, no Bairro do Recife, e será comandado pelo chef Raphael Vasconcellos, em parceria com o próprio Zé Maria. Os participantes poderão desfrutar de um menu variado com mais de 30 opções, incluindo sushis preparados com peixes frescos pescados por Zé Maria, uma deliciosa paella e diversas entradas. A programação das noites será animada por apresentações musicais de Nena Queiroga e do grupo Samba de Mesa, além do karaokê "Zé Voice" para os mais corajosos. Parte dos lucros do festival será revertida para ações sociais, beneficiando a AACD, a reforma da Igreja Nossa Senhora dos Remédios e a escola de Jiu-Jitsu de Fernando de Noronha. Garanta seu ingresso e aproveite essa experiência gastronômica única. Serviço:

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Quem são os candidatos à vice-prefeito da cidade do Recife?

Victor Marques, Mariana Melo, Leninha Dias, Alice Gabino e Kelly Souza falaram de suas trajetórias, perspectivas de atuação e planos para a capital pernambucana. Os vices podem ter sido por longos anos figuras mais decorativas, que não tinham muita visibilidade ou atuação na gestão. Ao observar os acontecimentos políticos do Brasil e mesmo do exterior, essa é uma realidade que mudou. No Governo Federal, por exemplo, Geraldo Alckmin tem um trabalho de liderança no campo da indústria. Nos Estados Unidos, Kamala Harris assumiu a cabeça de chapa do Partido Democrata às vésperas da eleição. Impeachment, falecimentos e renúncias para concorrer a outros cargos tem levado à liderança dos governos, prefeituras e até da presidência vários parceiros de chapa. Diante desse protagonismo, cada vez mais frequente, apresentamos e ouvimos os candidatos a vice-prefeito do Recife. Victor Marques (vice de João Campos), Mariana Melo (vice de Daniel Coelho), Leninha Dias (vice de Gilson Machado), Alice Gabino (vice de Dani Portela) e Kelly Souza (vice de Técio Teles) falaram de suas trajetórias políticas e das perspectivas de atuação no poder municipal. Os candidatos foram questionados também sobre as prioridades do Recife no curto prazo, que poderiam ser atendidas no ciclo de uma gestão, bem como suas visões para o que deve estar no horizonte de longo prazo da cidade. TRAJETÓRIAS Integrante da chapa que lidera todas as pesquisas de intenções de voto, Victor Marques, filiado ao PCdoB, estudou engenharia civil ao lado do prefeito João Campos na Universidade Federal de Pernambuco. Ele morou na infância em São José do Belmonte, vindo para a capital aos 14 anos para estudar. Seu pai era agricultor, tendo chegado à vereança da cidade, e sua mãe, professora. Com pouco tempo de formado, ele acompanhou o socialista em todos os postos do poder público. Ele foi assessor de gabinete no Governo Paulo Câmara, atuou como chefe de gabinete no período em que João Campos foi deputado federal e nos últimos quatro anos foi chefe de gabinete da Prefeitura do Recife. Nessa última função, Victor tinha a missão de articular a comunicação entre o prefeito e os diversos setores da administração pública. “Eu busquei sempre ser um facilitador das demandas, garantindo que as necessidades da população fossem priorizadas e que a gestão se mantivesse próxima de quem realmente importa: o povo.” Mesmo pouco conhecido da população, ele é bem conhecido na máquina pública, bem como conhece a operacionalização da gestão. A chapa do PL tem Leninha Dias como vice do ex-ministro do turismo Gilson Machado. Ela se preparava para uma disputa à Câmara dos Vereadores pelo partido, quando foi convidada para concorrer ao cargo executivo. Antes de ser candidata, ela, que é viúva, teve uma trajetória marcada por sua conexão com a política por meio do seu marido, Cleurinaldo de Lima, ex-vereador no Recife. Ela começou a se envolver na política ajudando-o em suas atividades, especialmente durante pleitos eleitorais. Além dessa parceria política na família, Leninha também teve uma atuação na comunicação. Evangélica, foi diretora comercial da Rádio Maranata e chegou a ser apresentadora na Rádio Canaã. Sua experiência enquanto mãe de uma filha com espectro autista foi a motivação que a levou para o projeto de se candidatar à vereança com a intenção de atuar em prol das crianças neurodivergentes e de seus familiares. Nascida em uma família carente, ela começou a trabalhar aos 10 anos de idade. O terceiro nome é da professora Mariana Melo. Formada em administração, antes de se tornar vice na chapa de Daniel Coelho, ela é docente concursada no IFPE (Instituto Federal de Pernambuco) e anteriormente trabalhou por 10 anos em uma multinacional holandesa, onde desenvolveu habilidades em logística e gestão de processos. Ela foi secretária executiva de relações internacionais do Governo Raquel Lyra, sendo posteriormente nomeada como secretária da Mulher. "Minha experiência na Secretaria da Mulher foi um marco na minha trajetória profissional e pessoal. Assumir essa pasta, que historicamente enfrenta desafios orçamentários, proporcionou-me a oportunidade de aplicar meu conhecimento em administração e gestão pública de forma a impactar positivamente a vida das mulheres em nosso Estado”, afirmou Mariana. Antes de sua trajetória profissional, filha de uma família da periferia do Recife com dificuldades financeiras, ela precisou se mudar pelo menos 16 vezes até os 16 anos de idade. Sua vivência nas dificuldades enfrentadas como usuária do transporte público e do sistema público de saúde, além da vulnerabilidade na habitação, contribuíram para a construção do plano de governo desenhado pela chapa. Compondo a única chapa majoritária formada exclusivamente por mulheres, Alice Gabino (Rede Sustentabilidade) divide o palanque com Dani Portela em 2024. Ela já havia sido também vice na Federação PSOL-Rede em 2022, na chapa encabeçada por João Arnaldo, e disputou o pleito de 2018 para a Câmara Federal. Além de sua experiência em candidaturas, Alice também ocupou posições de liderança, sendo a primeira presidente municipal do Partido da Rede no Recife e presidente estadual, além de dirigente da Executiva Nacional, contribuindo para a expansão do partido em nível nacional. Sua formação é na área jurídica, e ela tem uma atuação em causas sociais, incluindo movimentos pesqueiros, indígenas e agrícolas, além de participação em iniciativas voltadas para questões socioambientais. “Já fui também conselheira municipal de juventude, com atuação em movimentos sociais, sou cofundadora também do movimento Amazônia na Rua – Recife. Sempre militei em causas sociais, sempre estou me movimentando no cenário social e socioambiental. Não cheguei ontem”. A trajetória de Kelly Souza antes de se tornar vice na chapa de Técio Teles no Partido Novo foi marcada por sua formação e experiência no mundo empresarial. Kelly é administradora de empresas, com mais de 20 anos de atuação no comércio, principalmente no setor de material de construção civil e locação de máquinas e equipamentos. Em 2022, assumiu a presidência do Sindileq (Sindicato de Locação de Máquinas e Equipamentos do Estado) e, atualmente, é diretora da Mulher na Associação Nacio￾nal das Entidades de Locação de Máquinas e Equipamentos. Kelly entrou na política em 2020, quando ingressou no partido e, em 2023, foi

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"Não podemos tardar em fazer uma revolução ambiental nas cidades"

Diretor de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Guerra, fala sobre o programa Cidades Verdes Resilientes e dos desafios para implantá-lo. Ele defende o uso de tecnologias sustentáveis no processo de adaptação à crise do clima e a ideia de que a qualidade ambiental deve ser vista como um serviço público que atinja as pessoas mais vulneráveis. S egundo dados do ONU-Habitat, publicados em 2022, as áreas urbanas abrigam 55% da população global, percentual que chegará a 68% até 2050. Se fizermos um recorte para a América Latina e Caribe, esse número sobe para 81% e, segundo o IBGE, chega a 85% quando o foco é o Brasil. Com tamanha densidade populacional, as cidades, também de acordo com a Organização das Nações Unidas, já são responsáveis por cerca de 70% de todas as emissões de gases de efeito estufa. Para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1.5 °C, a ONU estabeleceu a meta de até 2050 as cidades atingirem a neutralidade de carbono. Diante desse desafio, o Governo Federal lançou o programa Cidades Verdes Resilientes que compreende iniciativas tão amplas quanto a proteção das populações aos efeitos das mudanças climáticas, ampliação das áreas verdes urbanas, estímulos às soluções baseadas na natureza e à mobilidade ativa, entre outros pontos de atuação. Para falar sobre os desafios de colocar em prática esse ambicioso programa, Cláudia Santos conversou com o diretor de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Guerra. Ele esteve no Recife para participar do evento do Simaclim (Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas). Guerra destacou a necessidade de se ter uma articulação metropolitana para implantar essas ações. “Não tem outro caminho, a natureza e os problemas ambientais não estão restritos a barreiras geopolíticas, eles simplesmente se manifestam no ambiente”, adverte. Também elogiou o projeto Recife Cidade Parque, como um exemplo do que pode ser uma cidade verde resiliente e ressaltou a importância do papel da ciência e da participação das pessoas nessa transição. O que é o Programa Cidades Verdes Resilientes? É um programa que articula três grandes ministérios: o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério das Cidades e o Ministério da Ciência e Tecnologia, cada um com o seu perfil de atuação. A ideia é estabelecer que a importância da resiliência consiste nos sistemas naturais das cidades. A primeira questão é proteger as populações, especialmente as mais vulneráveis, articulando serviços urbanos e infraestrutura atrelada ao meio ambiente, como elemento de resiliência, de ampliação de biodiversidade, trazendo qualidade ambiental e de vida para essas populações. Para isso, articulamos grandes temas, como o uso e ocupação sustentável do solo. Não adianta promover cidades desiguais onde as pessoas não têm acesso ao solo e esse acesso tem que ser sustentável. Então, é preciso convergir vários serviços urbanos próximos da população e que esses serviços tenham valor ambiental associado. A ideia é promover equidade e sustentabilidade à ocupação do solo. Outro tema desse programa são as áreas verdes e a arborização urbana. É importante compreender a estrutura verde da cidade e, assim, ampliar instrumentos de planejamento, criação de novas áreas verdes e identificação dessas áreas para expandir e potencializar a arborização e a conexão desses verdes, trazendo biodiversidade. Outro tema são soluções baseadas na natureza, que é associar a infraestrutura cinza às infraestruturas verde e a azul. A infraestrutura verde é compreender que as soluções devem estar articuladas à natureza, é ampliar a área de permeabilidade com verde, gerar áreas de contenção naturais, grandes praças, espaços que vão receber as águas em período de chuva. Já a infraestrutura azul são as águas, os nossos rios. Ou seja, é preciso planejar os espaços urbanos a partir das bacias hidrográficas, compreender como a malha hídrica se comporta para que possamos conviver com ela da melhor forma possível e não lutando contra as águas o tempo todo. Por isso as infraestruturas verde e azul têm que estar casadas nesse planejamento, melhorando nossas áreas verdes para trazer proteção e conservação da biodiversidade para os espaços urbanos. O outro tema desse programa é a tecnologia de baixo carbono, na perspectiva de neutralizar as emissões, promover construções mais sustentáveis, mais alinhadas ao verde e mais eficientes do ponto de vista energético. Outro viés é a mobilidade urbana sustentável, a mobilidade ativa, ou seja, calçadas e ciclovias articuladas ao verde da cidade, como parques lineares onde aumentam-se as áreas de caminhabilidade e de acesso da população a áreas verdes. Além disso, a ideia é investir em transportes urbanos cada vez mais sustentáveis e com energias renováveis para evitar a poluição e melhorar a qualidade de vida e o acesso da população a meios de transportes menos poluentes e mais adequados. E, por fim, o programa Cidades Verdes Resilientes trata da gestão dos resíduos sólidos orgânicos, associando o serviço de compostagem às atividades de cooperativas de catadores e de agricultura urbana, utilizando esses resíduos dentro da estrutura verde da cidade. Dessa forma, o programa conecta esses elementos para tornar as cidades sustentáveis, trazer o verde para o centro da transformação urbana, cuidando da equidade no acesso aos serviços urbanos sustentáveis à população. Diante de um programa com uma pauta tão vasta, quais desafios que vocês estão enfrentando para implantá-lo? São muitos desafios. Do ponto de vista técnico normativo, ainda há soluções baseadas na natureza que não estão devidamente enquadradas e precisam ser definidas. Um dos maiores desafios serão os aspectos de governança, ou seja, ampliar a relação interfederativa, articulando as capacidades dos municípios em desenvolver projetos sustentáveis. Por exemplo, hoje várias prefeituras investem em canalização dos seus rios, riachos e córregos. Essa é uma das piores alternativas. É preciso investir na renaturalização dos rios. Esse é um exemplo que a gente precisa articular os municípios para terem capacidade de pensar os projetos nesse novo cenário climático para nossa cidade. Há também a questão do financiamento, pois dispor de recursos significativos para mudar o cenário da cidade é um importante desafio. Vale reforçar que temos investimento, ao longo dos anos, em infraestruturas

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Painel Mensal debate o futuro do Brasil pós-eleições com Francisco Cunha

Hoje (30), às 19h, acontece mais uma edição do Painel Mensal, com o tema "Depois do fogo na mata e na política, que país vai emergir das eleições?". O evento virtual contará com a participação do analista e especialista Francisco Cunha, que trará uma reflexão profunda sobre o cenário político e ambiental brasileiro após o período eleitoral. O Painel Mensal oferece uma oportunidade para entender os desafios e as possíveis transformações que o Brasil enfrentará nos próximos anos. A cada edição, o consultor atualiza os participantes sobre os temas que considera estratégicos para compreender o momento do mundo e do País. Pautas ambientais, econômicas e políticas estão sempre em pauta. A participação do público é essencial, e todos estão convidados a se juntarem à discussão. Não perca essa chance de acompanhar uma análise detalhada sobre o futuro do país e de Pernambuco. O evento é aberto a convidados e aos assinantes da Revista Algomais. As inscrições para participar podem ser feitas no link: https://abrir.link/GKXtg

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Joana Velozo oferece oficina de encadernação artesanal em Recife

Oficina utiliza a técnica longstitch ou codex simples, fornece todo o material e acontecerá no Edifício Texas Desenhando e pintando beleza no cotidiano e inspirada por plantas e flores da floresta brasileira, a ilustradora Joana Velozo oferece oficina de encadernação artesanal no próximo dia 05/10 das 14 horas às 18 horas, na Titivillus Editora, que fica no Edifício Texas. A oficina utiliza a técnica longstitch ou codex simples e fornece todo o material para a confecção de um caderno de 17x23cm. O investimento é de R$160 e a inscrição é online. "Esta é uma técnica simples e muito prazerosa, de costura aparente e muito resistente ao manuseio. Não é necessário nenhum conhecimento prévio para participar da oficina", explica Joana. Cada participante sairá da oficina com um caderno de 100 páginas finalizado e pronto para uso. Esse estilo de encadernação artesanal se destaca por deixar visível na lombada parte das folhas que compõe tal obra de arte. Além disso, a capa dura pode apresentar temas ou estampas de sua preferência, combinar duas lindas cores ou ser simplesmente lisa, no tom favorito. O trabalho de Joana Velozo parte do desenho botânico e é multidisciplinar: desenho, pintura, estamparia e encadernação artesanal são os fios com os quais tece seu ofício e prática criativa. Tem nos ritmos, ciclos e formas da natureza o tema central de sua pesquisa, produção e desenhos diários.  As estampas e objetos que cria tem seus nomes, histórias e sinestesias. A partir da arte ela consegue unir duas necessidades fundamentais: a prática do desenho e a criação de beleza no cotidiano. SERVIÇO  Oficina de Encadernação Artesanal com Joana Velozo Dia e horário: sábado 5/10 | 14 às 18h Local: Titivillus Editora, Edf. Texas. (Rua do Rosário da Boa Vista, 163) Investimento: R$160,00. Material incluso. @joana.velozo  Inscição no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdq9EUtVwjDiZdW-Im6bJx7-JpjALEr0eUk-2Dk_F23slbD0Q/viewform

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Suape e UPE firmam contrato para realocação e preservação cultural de Quilombo Ilha de Mercês

Projeto Raízes em Movimento busca realocar comunidade quilombola de forma inclusiva e sustentável O Complexo Industrial Portuário de Suape e a Universidade de Pernambuco (UPE) assinaram o contrato do projeto "Raízes em Movimento". A iniciativa tem como objetivo a realocação sustentável e a preservação cultural dos remanescentes do Quilombo Ilha de Mercês, em um processo que se estenderá por dois anos. Com a participação ativa da comunidade, o projeto visa equilibrar o desenvolvimento da região com a proteção dos direitos culturais e sociais da comunidade quilombola. O projeto, que será conduzido com o apoio do Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (IAUPE), foi dividido em cinco fases, incluindo diagnóstico inicial, análises socioeconômicas e culturais, além de um planejamento estratégico para a realocação. "Estamos comprometidos em garantir uma transição sustentável e inclusiva, preservando a cultura, a ancestralidade e os modos de vida tradicionais da comunidade", afirmou Marcio Guiot, diretor-presidente de Suape. A iniciativa também busca promover a participação de jovens e mulheres na gestão de negócios, além de estimular práticas regenerativas e preservar marcos históricos da comunidade, como a antiga senzala e o baobá. O projeto será finalizado com a publicação de um livro memorial e eventos celebrando a história da comunidade. O Quilombo Ilha de Mercês, que foi certificado pela Fundação Palmares em 2016, está em processo de titulação pelo Incra. A área foi desapropriada pelo Governo de Pernambuco em 1992 e é atualmente classificada como zona industrial pelo complexo de Suape. A preservação cultural e a realocação sustentável são vistas como fundamentais para garantir os direitos quilombolas e a continuidade de suas tradições.

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