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Redes Sociais: autorregulação do segmento pode promover um avanço civilizatório

A s eleições estão chegando e vamos viver novamente o show de horrores das redes sociais. As fake news como atores principais e os crimes eleitorais como atores coadjuvantes. Mas como resolver esse problema que vem se agravando e afeta a todos nós não somente em tempos de voto? Moderar ou liberar? Punir ou educar? Legislar ou autorregular? Há diversos caminhos. Só não pode ficar do jeito que está. Do jeito que está, hoje, cada mídia social tem sua política de conteúdo e suas medidas punitivas, que na maioria das vezes não são de conhecimento público. Com frequência, um mesmo conteúdo é tratado de maneira diferente, não só por redes distintas como também pela mesma rede. A falta de critérios universais gera incertezas, afetando também quem está se comportando adequadamente. Em outras palavras, o usuário faz o que quer e as mídias sociais reagem da maneira como melhor convém para elas. Na prática, uma terra de ninguém. Outro aspecto é que as políticas de cada rede social, por não serem transparentes, podem estar sujeitas a conflitos de interesse entre o seu proprietário e a sociedade. Elon Musk, por exemplo, que está negociando a compra do Twitter, já declarou publicamente que revogaria o banimento de Donald Trump por ter usado sua conta para incitar a invasão do Capitólio em 2021. Musk é historicamente alinhado com as causas da direita nos Estados Unidos e em vários países no mundo. Por esses motivos, o monitoramento e a aplicação de medidas punitivas de cada rede não têm surtido o efeito esperado no combate ao seu uso ilegal. A solução precisa ser coletiva. Um bom exemplo é o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). A iniciativa das agências de propaganda brasileiras nasceu no final dos anos 1970, em meio ao período da ditadura, quando havia a ameaça de criação de uma lei que estabeleceria a censura prévia aos anúncios. Isso nos faz lembrar do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do Governo Getúlio Vargas e o Ministério da Propaganda do regime nazista, liderado por Goebbels. Em ambos os casos, os governos resolveram intervir na comunicação e já sabemos o resultado. Um novo controle está acontecendo na China e na Rússia atualmente. Quando os meios de comunicação se tornam uma ameaça, estamos sujeitos às intervenções, com viés político e ideológico, que são mais prejudiciais do que a autorregulação. Voltando ao Conar, ele é formado por conselheiros voluntários, sem vínculos políticos, com mandato definido e age de duas maneiras. A primeira é por iniciativa própria, a partir da observação dos veículos de comunicação, e a segunda é por denúncias. Em ambas as situações, cada caso passa por uma avaliação e a peça veiculada pode ser suspensa imediatamente quando ferir os princípios do código de autorregulamentação, que é de conhecimento público. Além disso, há o direito de defesa e não há monitoramento prévio, excluindo qualquer tipo de censura. Uma característica do Conar que também pode servir de modelo para a autorregulação das redes sociais é que seus 180 conselheiros são distribuídos em cinco unidades: São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre e Recife. Isso permite mais agilidade nas decisões e, sobretudo, diversidade regional e cultural, que precisam ser consideradas e respeitadas. Em se tratando das redes sociais, cujo volume de postagens é muito superior ao das propagandas, a quantidade de conselhos e conselheiros deveria ser maior. A experiência do Conar, muito bem-sucedida desde sua criação, mostra que apenas a união do segmento pode tornar o combate ao uso ilegal das redes sociais mais rápido e efetivo. Isso é uma demonstração de que não adianta cada rede ter sua própria regra. O esforço precisa ser coletivo, diminuindo o risco de intervenção, que burocratiza e enviesa as decisões, sem necessariamente resolver de forma definitiva a questão. E, no final das contas, a justiça pode ser acionada nos casos excepcionais. Contudo, é preciso alguns cuidados. O ideal é que a autorregulamentação seja feita por uma instituição privada independente, transparente e com financiamento pela sociedade civil. Esse modelo parece, salvo o surgimento de um melhor, o mais viável para reduzir crimes de pedofilia, apologia às drogas, racismo, discursos de ódio, violação de direitos autorais, que têm encontrado nas redes sociais um campo fértil para se proliferarem. Nessa direção, a autorregulação é mais que uma ação de prevenção. É um sinal claro de evolução de uma sociedade preocupada com o futuro de seus integrantes. Diante da barbárie em alguns casos, como nos grupos e canais do Telegram, podemos considerar a autorregulação até como um grande avanço civilizatório, quando vista em retrospectiva daqui a alguns anos.

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Governo de Pernambuco isenta tarifa da Compesa para mais de 80 mil famílias prejudicadas pelas chuvas

Governador autorizou a isenção da taxa cobrada pela companhia de água e saneamento por 90 dias O governador Paulo Câmara autorizou, ontem (07.06), a isenção da tarifa cobrada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para as famílias diretamente atingidas pelas fortes chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR), Agreste e Zona da Mata. Serão beneficiadas cerca de 82 mil famílias, a partir dos critérios estabelecidos pelo Governo do Estado, como o cadastro no CadÚnico e a inscrição no Auxílio Pernambuco. A iniciativa terá validade de 90 dias, contemplando os meses de maio, junho e julho. “Estamos vivenciando um momento delicado, em que precisamos minimizar os efeitos e os danos causados pelas chuvas. Essa ação se soma aos esforços que já vêm sendo realizados nesse sentido para mitigar a situação de milhares de famílias que estão desabrigadas, desalojadas ou perderam bens em consequência dos deslizamentos de barreiras e alagamentos”, afirmou Paulo Câmara. Na noite da última sexta-feira (03.06), seguiram para apreciação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) dois projetos de lei que vão promover assistência social às vítimas. O Auxílio Pernambuco prevê um investimento de R$ 124 milhões da gestão estadual, concedendo R$ 1,5 mil em parcela única às famílias em situação de extrema pobreza, que sofreram algum tipo de prejuízo decorrente das chuvas. Além disso, os dependentes de pessoas falecidas em consequência dos temporais terão direito a uma pensão vitalícia no valor de um salário mínimo.

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SOUQ

SOUQ inaugura a maior loja da rede em Recife

A SOUQ, marca brasileira referência em lifestyle, inaugurou sua maior loja no shopping RioMar Recife e, para celebrar o novo espaço, Traudi Guida, fundadora da marca, recebe convidadas com um coquetel no espaço, dia 08 de junho, às 19h. Com design renovado, focado em aprimorar a experiência de compra do cliente, o novo espaço promove a integração de produtos de forma atrativa, deixando em destaque peças exclusivas, criadas pelos designers da marca e também as peças especiais garimpadas em várias partes do mundo.A nova loja, com 290 metros quadrados, no Piso L2 do mall, abriga objetos de decoração, papelaria, roupas, acessórios e louças que estarão expostos de maneiras especiais, distribuídos por corners, contando as histórias por trás da inspiração da criação das peças. com objetivo de trazer conforto e inspirar os clientes. A moda também ganhou destaque nesse novo formato, com foco para as peças de linho colorido e estampado da coleção de Inverno 2022, além da linha Home, que traz itens exclusivos e cheios de bossa.

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J Borges e Pablo Borges

Christal Galeria inscreve para oficina de xilogravura com Pablo Borges

No dia 18 deste mês, a Christal Galeria, no Pina, promoverá a sua primeira oficina de xilogravura, aproveitando que todo o espaço de artes está contemplado até dia 30 de julho com a exposição inédita de J.Borges, intitulada Pernambuco por J.Borges, onde o artista expõe trabalhos exclusivos, com temáticas como a riqueza natural e cultural de Pernambuco representados pelas paisagens das regiões Zona da Mata, Agreste e Sertão; além da música e do folclore, personalidades ilustres da cultura nordestina como Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna e Francisco Brennand. A oficina de xilogravura com Pablo Borges, filho do Patrimônio Vivo de Pernambuco, o xilogravurista, J.Borges, e um dos coordenadores do Memorial J.Borges, em Bezerros (PE), acontecerá das 10h às 13h, e será aberta para participantes com idade a partir de 12 anos (com acompanhante). No programa da oficina, criação de desenho de esboço que será usado como matriz; entalhe na madeira, a partir da definição das áreas a serem talhadas e aquelas a serem mantidas no relevo; e finalização com o lixar e a pintura da matriz para a impressão no papel. O investimento é de R$ 220,00 e a inscrição pode ser feita pelo Sympla ou direto na Christal Galeria. Serviço: Oficina de xilogravura com Pablo Borges Quando: 18 de junho Horário: Das 10h às 13h Valor: R$ 220,00 (duzentos reais) Inscrição pelo Sympla ou na Christal Galeria

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Paulo Sergio Ramos

"Existe um fator ambiental na disseminação das infecções"

Quem acompanha o noticiário deve estar espantado com a quantidade de notícias sobre doenças infecciosas que passaram a estampar as manchetes. Infecções até então desconhecidas do público, como a varíola dos macacos e a chamada “hepatite misteriosa” passaram a dividir espaço na mídia com a Covid-19 e sua repercussão na pandemia. Mas também velhas conhecidas dos pernambucanos, como a dengue, voltam a causar preocupações em razão do aumento no número de casos de até 800% no semiárido, quando se compara 2021 e 2022. Para explicar as possíveis causas do surgimento dessas infecções, seus sintomas e tratamentos, Cláudia Santos conversou com Paulo Sérgio Ramos, infectologista, professor associado de doenças infecciosas do HC/UFPE e pesquisador da Fiocruz-PE. Assistimos ao aumento de casos da Covid em algumas cidades, onde escolas orientaram alunos a voltarem a usar máscaras. A suspensão das medidas de proteção foi muito precoce ou o fato de haver pessoas que não completaram o esquema vacinal explicam esse aumento? Acho que existe um pouco de cada uma dessas variáveis. Possivelmente as autoridades governamentais podem ter sugerido o não uso das máscaras em ambientes fechados em um momento ainda não muito oportuno, quando havia um grande quantitativo de adultos sem tomar as doses de reforço, assim como há crianças em fases etárias em que as vacinas ainda não estão aprovadas, nem mesmo na forma emergencial. Acredito, e essa é a opinião da grande maioria dos meus colegas, que uso da máscara ainda é muito importante para ambientes fechados, onde haja aglomeração de pessoas, sobretudo transporte coletivo, shopping centers, escolas. Uma pessoa que tomou a dose de reforço, foi infectada pela Covid, pode se contaminar novamente? Acompanho de perto três casos de pessoas, em torno dos 60 anos, são adultos saudáveis e que, mesmo imunizados, estão agora no seu segundo episódio de Covid. São episódios leves, sem trazer nenhuma grande repercussão. Isso reforça aquilo que alertamos desde o início da pandemia: a vacina tem o objetivo de prevenir formas graves de Covid-19, evitar que os indivíduos sejam hospitalizados e internados em UTI, mas ela não tem o poder de impedir que as pessoas adquiram formas leves. E, ao adquirir formas leves, muitas vezes, contaminam indivíduos que não podem ter Covid, como os idosos de extrema idade, pessoas que fazem quimioterapia, com HIV/Aids. Essas populações, mesmo vacinadas, são mais vulneráveis do que as outras populações. Essa reinfecção seria por uma nova variante do coronavírus? Pode ser uma outra variante, mas não necessariamente, porque uma pessoa pode ter adquirido a Covid pela segunda vez pela mesma variante e apresentou outra vez a doença porque a vacina não tem a propriedade de impedir que haja uma nova infecção ou para aquela ou por outra variante do vírus. Em vários locais do mundo, inclusive em Pernambuco, têm surgido casos de hepatite de causa desconhecida que acomete crianças e adolescentes. O que já se sabe sobre a doença? O que chama a atenção da comunidade científica internacional é que os casos foram reportados à Organização Mundial de Saúde começando pela Europa, depois alguns países da América do Norte e também no Brasil, de crianças que apresentam hepatite aguda viral não A. Sabemos que a causa mais comum de hepatite viral é a causada pelo vírus da hepatite A, inclusive as crianças são vacinadas contra essa infecção quando completam um ano de idade e ficam protegidas por toda a vida de apresentar formas leves ou graves da doença. Existem outros vírus que também têm a característica de causar comprometimento das células hepáticas, provocando a hepatite, como os adenovírus e o vírus da dengue. Existem vários modelos teóricos que têm sido estudados para conseguir compreender qual é o agente (ou se é na verdade uma confluência de agentes infecciosos virais) que está causando, num mesmo momento, em locais diferentes, essas hepatites nessa faixa etária pediátrica. Leia a entrevista completa na edição 195.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Cientistas promovem debate sobre o Dia Internacional dos Oceanos (8 de junho)

O Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), vai realizar nesta quarta-feira (8) um Webinar sobre o Dia Mundial dos Oceanos. A data foi criada com objetivo de resgatar a importância dos oceanos para o equilíbrio da vida no planeta Terra e na ocasião dois oceanógrafos vão discutir a importância dos oceanos em nossas vidas, sua realidade atual e alternativas de usos sustentáveis desse maior ambiente aquático em nosso planeta. Vão participar do Webinar, que será transmitido pelo canal do YouTube do IATI, o pesquisador do Instituto e doutor em oceanografia biológica pela USP, Múcio Banja; e o professor de zoologia da UPE e doutor em Oceanografia Biológica pela UFPE, Gledson Fabiano. Os dois convidados oceanógrafos vão discutir a importância dos oceanos em nossas vidas, a realidade atual e alternativas de usos sustentáveis do maior ambiente aquático em nosso planeta.

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Mortes causadas pelas chuvas em Pernambuco deixam população enlutada

Comoção causada por mortes em tragédias é natural, diz psicóloga especialista em luto Desde a última semana, a Região Metropolitana do Recife e a Zona da Mata de Pernambuco vem sendo castigadas por fortes chuvas que causaram deslizamentos de barreiras e inundações, deixando famílias inteiras devastadas. Dados divulgados pelo Governo do Estado apontam para mais de 120 vidas perdidas, três pessoas ainda desaparecidas e mais de 7 mil desabrigados. Tragédias como essas geram uma grande comoção em torno dos fatos. Publicações, homenagens e notícias sobre o acontecimento fortalecem a sensação de luto coletivo na sociedade. A psicóloga do luto do Morada da Paz, Simone Lira, diz que o sentimento de luto coletivo traz uma sensibilidade diante da dor do outro, ainda que não tenhamos tanta aproximação ou não conhecemos diretamente as pessoas afetadas. “A dor do outro, inclusive, convoca cada um a olhar para suas próprias dores. Essa sensibilização é importante também porque muitos lutos e dores reprimidas, por não serem autorizadas socialmente, podem ser vividas nesse momento em que há o luto coletivo”, explica. Muitas reflexões passam a existir sobre o processo de finitude quando as pessoas olham o que acontece com o outro. “Isso é importante porque os cidadãos vão ressignificar as questões que têm diante da morte. Esse processo de luto também se faz importante porque é um suporte social para as pessoas que estão envolvidas nessa tragédia”, afirma. A morte por tragédia possui características semelhantes ao sentimento advindo de uma situação de morte natural, por exemplo, mas se difere por pegar entes queridos de surpresa. “Por se tratar de um tipo de morte mais chocante, o luto advindo de uma tragédia vem com um peso maior pois, além da perda do vínculo, os parentes e amigos próximos são surpreendidos. Na morte natural, as pessoas se preparam mais, vivem o que chamamos de luto antecipado”, diferencia. Partindo do pressuposto que os vínculos cultivados nos círculos de convivência não se encerram com a morte, o conselho da psicóloga do luto é adaptação ao momento. “Antigamente falávamos muito sobre a superação do luto, mas hoje a ideia ressignificar. É preciso dar um novo significado ao vínculo. Não existe uma receita de como fazer isso, mas um bom início é aceitar o luto", recomenda. Simône acrescenta ainda que, por vezes, as pessoas têm receio dos sentimentos do luto, pois acreditam que poderão até entrar em depressão por causa disso e acabam potencializando a dor. “Aceitar o luto como um processo natural, que é doloroso, angustiante, sofrido e que traz saudade, pode dar um novo sentido para o momento e resultar em um luto mais tranquilo”, diz. A orientação para as pessoas que estão passando por esse momento de dor é buscar uma rede de apoio e nela tentar vivenciar o luto, dentro do que é possível nesse momento de crise. “Fazendo o que é necessário, que são as decisões que precisam ser tomadas nesse processo de se refazer diante da crise. É importante buscar ajuda naqueles que podem ajudá-los, inclusive os psicólogos”, finaliza.

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Como a empresa deve se adaptar ao modelo híbrido

Segundo pesquisa, 67% dos profissionais do país preferem modelo home office ou híbrido. Advogado explica como as empresas e seus colaboradores devem se adaptar ao sistema híbrido Após mais de dois anos convivendo com a pandemia, muitas empresas que adotaram o modelo "home office" veem agora um novo desafio: se adaptar com a volta a medida que a vacinação avança e as flexibilizações ocorrem. Muitas delas já aderiam ao modelo híbrido, para que essa adaptação ocorra de forma segura para a empresa e os funcionários. Segundo estudo recente apresentado pelo PageGroup, em parceria com a PwC, 67% dos profissionais no Brasil preferem um regime integral de home office ou um modelo híbrido com uma ou duas idas ao escritório durante a semana. No alto escalão, esse índice sobe para 58%. A pesquisa aponta que 35% das mulheres dizem ser mais produtivas no home office, em comparação com 27% dos homens, assim como 64% dos jovens da geração Z, nascidos já no fim dos anos 1990. Mas, o que a lei fala sobre as regras que devem ser seguidas com esse novo modelo? O advogado especialista na área trabalhista, Renato Melquíades, explica que a pandemia encontrou a legislação trabalhista brasileira adaptada, considerando a criação, pela Reforma Trabalhista de 2017 (Lei nº 13.467/17), da figura do teletrabalho. “Neste formato, o empregado é dispensado do registro de horário, enquanto que o comparecimento à empresa para a realização de atividades específicas não descaracteriza o regime de teletrabalho. Por isso é tão importante que a migração para o regime híbrido seja precedida da celebração de um termo aditivo, regulamentando as condições para o trabalho híbrido”. Renato pondera que nesse modelo deve existir um equilíbrio entre empresa e colaborador ainda na questão pandêmica entre o presencial e o online. “A presença dos trabalhadores facilita a integração entre as equipes, a disseminação da cultura e dos objetivos da empresa, o desenvolvimento de talentos, entre outros benefícios decorrentes da interação social. Contudo, parte das atividades burocráticas, feitas de forma online, pode ser realizada pelo trabalhador de sua residência, poupando-o dos custos de diversas naturezas que os deslocamentos em uma grande cidade trazem”, explicou. O advogado alerta para as garantias essenciais que o trabalhador deve ter de seu empregado. “O custo desse trabalho realizado a domicílio seja suportado pelo empregador. Da mesma forma, eventual despesa pelos deslocamentos pode vir a ser reduzida”. Já a responsabilidade do trabalhador em cumprimento de horários e demandas devem permanecer os mesmos. “Mesmo não sendo obrigatório o controle de horários para empregados em regime de teletrabalho, que o horário de serviço seja respeitado. Ou seja, a ampliação das demandas pode ocorrer dentro da jornada habitual, em decorrência do ganho de produtividade.”, disse Melquíades. É importante lembrar que, para funcionar bem, esse modelo deve ser precedido de uma análise quanto à viabilidade de sua aplicação no caso de cada trabalhador. “A empresa deve prestar atenção às condições particulares de cada empregado, até porque, os ganhos proporcionados pelo modelo não serão abandonados. É uma nova realidade que chegou para ficar”, pontuou.

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Prefeitura avança com Recife Solidário e distribui donativos no Curado

(Da Prefeitura do Recife - Foto: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife) “Estou no Curado, na comunidade Sapo Nu, uma das áreas mais atingidas do Recife. Em cada área, desde o primeiro momento, a gente está com presença ativa. A gente começou pela limpeza, nos abrigos fazendo o acolhimento e hoje a gente já está aqui fazendo uma ação do Recife Solidário. São 400 famílias sendo atendidas, todas que estão na comunidade foram cadastradas e a gente hoje faz a distribuição de donativos: duas cestas básicas por família, kit de limpeza, kit de higiene pessoal e colchão, para a gente poder ajudar nesse momento tão difícil”, declarou o prefeito João Campos. “Aqui é uma das áreas que será cadastrada para receber o auxílio do Governo do Estado de R$ 1,5 mil e o de R$ 1 mil da Prefeitura do Recife com a Câmara de Vereadores, para a gente poder dar essa essa força, nesse recomeço, nessa necessidade de reconstrução das áreas mais atingidas. Eu estou andando em cada uma dessas áreas, conversando com as pessoas, vendo de perto qual é o tamanho desse estrago. A gente está construindo as alternativas juntos, porque a gente tem um povo guerreiro, que junto com a Prefeitura e com toda cidade, vai e recomeçar”, acrescentou o gestor. Recém-cadastrada e já com as fichas em mãos para trocar pelos donativos, Andreza Pereira, 33 anos, desempregada, comemorou poder receber ajuda para levar para casa onde mora com o marido e os dois filhos. O imóvel dela alagou, os eletrodomésticos e imóveis se acabaram e a feira que havia feito poucos dias antes das fortes chuvas ficou boiando na água. “Vai ajudar e muito isso aqui. Com meninos pequenos em casa, sobrou pouquíssimo pra gente comer. O que a gente ganhar, já ajuda demais”, disse. Entre as famílias que perderam tudo, o desempregado Miguel Torres, 62 anos, relatou que na casa dele tudo ficou destruído. “Estamos em uma situação lamentável. Agradeço a Deus e à Prefeitura porque se não fosse essa ajuda eu não sei o que seria de nós, de toda a comunidade. Lá na minha casa a água deu na cintura, mas teve casa aí na comunidade que a água chegou na telha. Muita gente perdeu tudo. Ninguém nunca viu uma cheia dessa. Há muito anos que moro aqui e não tinha visto”, lamentou. Na ação do Recife Solidário foram doados 800 cestas básicas, 800 sacos de arroz, 800 sacos de cuscuz, 800 caixas de leite 1L, 400 kits de higiene, 400 kits de limpeza, além de 150 colchões, roupas de cama, vestuários e calçados para adultos e crianças. Luciana Nunes, 34 anos, e Felipe Lopes, 35 anos, pais de sete filhos, ainda conseguiram levar para casa alguns sapatos que foram doados à ação do Recife Solidário. “Além da comida e dos kits, viemos tentar encontrar algum calçado para as crianças. Estamos tentando recuperar tudo”, contaram. CADASTRO DAS VÍTIMAS - A partir desta segunda-feira (6), entram 140 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) dos distritos sanitários 4, 5 e 8, que abrangem áreas como Várzea, Coqueiral e Ibura, entram em ação para cadastrar vítimas das chuvas e agilizar o pagamento de auxílio emergencial. Como forma de agilizar processo de pagamento do auxílio emergencial, no valor de R$ 2,5 mil, os agentes trabalharão com aplicativo especificamente desenvolvimento para coletar todos os dados em campo e que, posteriormente, permitirá o cruzamento com a base do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e outras bases de dados da Prefeitura. AUXÍLIO EMERGENCIAL - Na sexta-feira (3), a Prefeitura do Recife, o Governo de Pernambuco e a Câmara dos Vereadores anunciaram o pagamento de um auxílio emergencial, no valor de R$ 2,5 mil, para as famílias que foram severamente afetadas pela tragédia e que integram o CadÚnico. A ajuda vai chegar aos moradores que vivem em áreas de risco e pontos de alagamento definidos pela Defesa Civil na capital pernambucana. Esse auxílio, que será pago em uma única parcela, se somará ao auxílio-moradia que será concedido às pessoas que perderam suas casas. O benefício passará de R$ 200,00 para R$ 300,00 por mês, um incremento de 50%. Essa atualização também terá efeito para os 5.594 atuais beneficiados, além das famílias que serão cadastradas no programa pelas equipes de Defesa Civil e Assistência Social.

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Sinagoga Kahal Zur Israel Recife Pernambuco

Sinagoga Kahal Zur promove curso sobre a História dos Judeus no Estado

O Museu Sinagoga Kahal Zur Israel está com inscrições abertas para o curso “História dos Judeus em Pernambuco” que a Federação Israelita de Pernambuco (Fipe) irá promover nos próximos dias 7, 14, 21 e 28 de junho, das 19h às 21hs, na sede da Sinagoga, na rua do Bom Jesus, em Recife. As inscrições podem ser efetuadas através do e-mail: fipe.sec@israelita.org.br ou pelo 99365-0129. O curso abordará aspectos das diferentes épocas do judaísmo em Pernambuco, desde os primórdios da colonização portuguesa, passando pelo período holandês e chegando ao século 20, com a chegada dos imigrantes da Europa Oriental. Durante as aulas, será mostrada a importância do elemento semita na composição étnica e cultural do povo nordestino. As aulas serão ministradas pelo professor e escritor, Jacques Ribemboim, autor de diversas publicações que tratam sobre a presença judaica em Pernambuco. Mestre e doutor em Economia é membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHGP) e da Academia Pernambucana de Letras (APL). fipe.sec@israelita.org.br Curso: História dos Judeus em Pernambuco Local: Museu Sinagoga Kahal Zur Isarel Datas: 7, 14, 21 e 28 de junho das 19h às 21h. Investimento: R$ 200,00 Informações: 99365-0129 | fipe.sec@israelita.org.br

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