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Em tempos de desemprego, pernambucanos buscam alternativas

As altas taxas de desemprego em Pernambuco e no Brasil não são apenas uma fotografia momentânea. Na avaliação dos especialistas, o cenário da desocupação está mais para um filme que tem como protagonista o desmonte recente da economia brasileira. Um roteiro que não foi revertido com as mudanças nas leis trabalhistas e que começa a ser afetado também por uma revolução tecnológica, que promete atingir uma parcela maior de trabalhadores. Até então apenas o “chão de fábrica” teve suas funções substituídas por robôs, mas a perspectiva para um futuro próximo é que a inteligência artificial substitua também cargos nos escritórios. Para enfrentar a escassez de postos de trabalho e ter expectativas melhores, muitos profissionais investem em outros caminhos para geração de renda, como o empreendedorismo e o cooperativismo. A prestação de serviços com apoio de aplicativos, como o modelo do Uber, e a aposta no setor de franquias também são alternativas em crescimento no Estado. “No País a crise bateu na porta no último trimestre de 2014. O cenário do emprego em 2015 foi negativo. Tivemos o pior ano de nossas vidas em 2016. Em 2017, parou de piorar, numa estabilidade perto do fundo do poço, da qual ainda não saímos”, afirma Lúcia Garcia, coordenadora de pesquisa do mercado de trabalho do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Ela avalia que em 2018, a conjuntura que vivemos guarda semelhanças numéricas ao epicentro da crise de 2008, quando ocorreu o estouro da bolha especulativa nos Estados Unidos. “De lá para cá, o capitalismo não dá respostas efetivas para crise global”. A especialista afirma que a crise do emprego no Brasil foi impulsionada por dois fatores da economia brasileira que afetaram diretamente Pernambuco: a paralisia do setor de petróleo e gás e das grandes obras financiadas pelo Governo Federal. A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE aponta que no Estado a taxa de desemprego no último trimestre de 2014 era de 8,3%. No último trimestre de 2017, o percentual subiu para 17,9%. O fechamento de postos de trabalho só no primeiro semestre deste ano foi de 10 mil vagas, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. Como Pernambuco passava há anos por uma onda crescente de investimentos industriais e de infraestrutura, a queda foi sentida de forma mais intensa. Jovens como Marcelly Arcanjo, 23 anos, que se preparava para ocupar uma vaga no polo naval, foi surpreendida com o encolhimento do setor. Tecnóloga em construção naval e com curso técnico em automação industrial, ela não conseguiu emprego. “Quando comecei os cursos havia uma grande oferta de oportunidades na área. Ao concluir era zero o número de vagas”, lamenta. Em reação à crise do setor recém-nascido em Pernambuco, Marcelly migrou de área. Voltou aos estudos e está em formação como técnica em eletrônica. “Troquei de foco para ter maior aceitabilidade no mercado de trabalho. Estou fazendo também iniciação científica, em um projeto de inovação para melhorar a mobilidade urbana. Isso me abre oportunidades tanto para o empreendedorismo como para a carreira acadêmica”, relata. Seguir para o mestrado na área de transportes está nos planos da estudante. Após ter sido demitido de um emprego de vendedor no comércio do Centro do Recife, Raul Teixeira, 23 anos, começou a trabalhar como motorista de Uber. “A crise me prejudicou bastante. Minha esposa estava grávida também. Tive que trabalhar de alguma forma. Decidi arriscar no Uber e não me arrependo”. Apesar de satisfeito com o novo ofício, que lhe remunera melhor que o comércio e proporciona flexibilidade dos horários, ele afirma não estar acomodado. Após iniciar e trancar cursos na área de logística e segurança do trabalho, formações em alta com a retomada industrial anterior à crise, ele está dividido entre fazer graduação em direito e tentar uma carreira pública ou montar seu próprio negócio. “Trabalhar como Uber abriu muito a minha visão. Hoje estou trabalhando para mim. Nunca pensei nisso antes. Minha ideia era sempre buscar emprego. Mas depois dessa experiência, vi que posso investir em algo e conseguir ganhos maiores que ser empregado”, revê Teixeira. Para sobreviver a esse cenário, a criatividade do brasileiro está sendo posta à prova. Um terreno fértil para o chamado “empreendedorismo por necessidade”. De acordo com o consultor do Sebrae, Vitor Abreu, esse fenômeno é caracterizado quando uma pessoa monta um negócio movida pela urgência. “É um tipo de empreendedor que aumenta em tempos de desemprego, quando as pessoas têm dificuldade de retornar ao mercado de trabalho e precisam voltar a gerar renda. Não necessariamente pela identificação de uma boa oportunidade”, explica. A pressa em voltar a ter remuneração, inclusive, faz com que esses empreendedores queimem algumas fases importantes da estruturação de uma pequena empresa. O que aumenta o risco de mortalidade do negócio, de acordo com o especialista. “Trabalhamos muito para evitar que na necessidade as pessoas não pulem etapas do planejamento. Isso faz com que comecem de fato a buscar mais a identificação de uma oportunidade”, afirma. Um dos caminhos acessados pelos empreendedores é a busca pelo setor de franchising. Andrea Fonseca era trainee na área administrativa de uma grande construtora nacional quando os cortes de pessoal a alcançaram. Enquanto ainda estava no emprego, ela visitou uma feira de franquias onde conheceu a marca que seria a sua aposta. Investiu numa unidade da Mister Mix em Camaragibe. Com bons resultados, assumiu uma outra loja em Jaboatão dos Guararapes e, recentemente, uma terceira no Shopping Camará. O conhecimento em administração e gestão aprendido na faculdade e na experiência profissional foi importante para consolidar a iniciativa. “Sempre pensei em montar um negócio. A demissão foi importante para essa passagem. Aproveitei a oportunidade e sempre tive resultado. Não foi fácil passar pelos piores dias da crise, mas aprendi bastante. Virei praticamente uma funcionária, fazendo parte do quadro. Mas estou bastante satisfeita”, conta a empresária. Hoje ela já recebe mais do que no antigo emprego e comemora o fato denão ter que viajar tanto como na

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Feira dos Pretos Negócios será realizada no dia 23 deste mês

A Feira dos Pretos Negócios será realizada, no dia 23 deste mês, das 9h às 19h, no hall do Centro de Educação (CE) da UFPE, no Campus Recife. O evento reúne gastronomia, arte, cultura, vestuário, bijuterias e aula-espetáculo. Às 18h, haverá uma apresentação do Cavalo Marinho Boi Pintado do Mestre José Grimário. O acesso é gratuito. A feira, que ocorre há quatro anos, é o produto final do Projeto de Extensão Estudantes Cotistas, Suas Famílias e a Luta Contra a Pobreza no Século XXI. A responsável pelo evento é a professora Auxiliadora Martins, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino do CE. A docente também é fundadora e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Antirracismos na Educação (Gepar). A realização do evento é do Gepar, CE, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) e Sebrae. Mais informações Página do Gepar no Facebook 

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Projeto Teatrando! oferece visita-jogo e sarau gratuitos, nesta terça-feira (14), no Teatro de Santa Isabel

O teatro onde tantas histórias já foram contadas agora conta sua própria história. Toda terça-feira, o projeto Teatrando! convida os recifenses a um passeio pelos principais fatos e feitos históricos do Teatro de Santa Isabel, com direito a encenação, desafios e muita emoção. Nesta terça-feira (14), a programação gratuita, oferecida pela Prefeitura do Recife, com execução do IDG e patrocínio do Santander, via Lei Rouanet, contará também com sarau feminino, por Sônia Bierbard. A partir das 15h, a visita Proscenium! mistura teatro e jogo para conduzir os participantes pelos 168 anos de história do Santa Isabel e por rigorosamente cada canto daquela majestosa casa, do palco ao sótão, jardins e salão nobre. No caminho, entre cenas que misturam ficção e realidade, o público é convidado a resolver alguns desafios Santa Isabel afora. O elenco de cicerones da visita é composto pelos atores Alexandre Sampaio, Bruna Luiza Barros, Douglas Duan, Ellis Regina, Kadydja Erlen, Luciana Lemos, Paulo de Pontes e Rafael Dyon. O enredo é de Analice Croccia, Célio Pontes e Quiercles Santana. A direção geral é de Célio Pontes e Quiercles Santana. E a direção musical é de André Freitas. A partir das 19h, tem mais emoção garantida na programação do projeto Teatrando!, com o sarau feminino Palavra de Mulher, em que a atriz Sônia Bierbard dá voz a grandes mulheres da literatura pernambucana, como Clarice Lispector e Maria do Carmo Campello de Melo. Para participar da visita Proscenium!, é necessário fazer inscrição prévia, pelos telefones 3355-3323 ou 3355-3324. Para assistir ao sarau, basta chegar ao teatro uma hora antes da apresentação, a partir das 18h.

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Obesidade infantil: riscos para insuficiência renal

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) afirma que a obesidade é um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento da doença renal A preocupação da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) diz respeito aos dados divulgados à imprensa pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apontando que o número de crianças e adolescentes acima do peso entre 5 e 19 anos chega a 124 milhões. "Trata-se de uma epidemia, tendo como agravante a grande possibilidade de que mantenham o sobrepeso ou a obesidade quando chegarem à idade adulta", afirma o diretor científico da SBN, Marcelo Mazza. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de que 33% das crianças brasileiras entre 5 a 9 anos estejam acima do peso. De acordo com o nefrologista, a obesidade traz complicações sérias para os rins, como o diabetes e a hipertensão, que danificam os órgãos e abrem as portas para a doença renal crônica. "A obesidade é um fator de risco já estabelecido para o desenvolvimento da doença renal, não só como um fator isolado, mas por, na maioria das vezes, estar acompanhado de hipertensão arterial e do diabetes", explica Mazza. O médico ressalta que, além do fator genético, na maioria dos casos a falta de atividade física e da alimentação desregrada e hipercalórica são os principais fatores que levam as crianças à obesidade, por isso é fundamental uma mudança de hábitos para evitar o aparecimento de doenças graves como a renal crônica. "Isso precisa envolver toda a família e a toda a sociedade, pois as crianças são influenciadas por elas na escolha do estilo de vida". Em suas campanhas, a SBN reforça a importância da prática de exercícios, alimentação equilibrada, ingestão de quantidade adequada de água e de evitar o tabagismo. "São medidas possíveis que, se tomadas desde cedo, conseguem impedir que a criança chegue à vida adulta como mais um obeso, sem saúde e com mais probabilidades de desenvolver doenças', conclui o especialista.

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Fenagreste bate recorde de público em sua terceira edição

Cinco dias de lançamentos de livros, shows, contação de histórias, games, palestras e muita gente percorrendo os corredores marcaram a terceira edição da Feira Nacional do Livro do Agreste - Fenagreste, encerrada neste domingo, em Caruaru. O evento, que de 8 a 12 de agosto recebeu estudantes, professores e o público geral de todo o Agreste, atingiu a marca de 67 mil pessoas, superando os 54 mil registrados em 2017. Para a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e a Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras (Andelivros), a feira literária consolida-se como evento importante do calendário de Caruaru pelo seu apelo não apenas para a Capital do Forró, mas para toda a região. Diariamente, caravanas de municípios como Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Riacho das Almas, Bezerros, Bonito e Garanhuns trouxeram centenas de estudantes e professores para visitar os 50 estandes montados no Espaço Cultural Tancredo Neves. “O sucesso da terceira edição da Fenagreste comprova o acerto do Governo do Estado, por meio da Cepe, Andelivros e Prefeitura de Caruaru, em realizar um evento dessa natureza na região. Caruaru é um polo cultural do Agreste que influencia uma população estimada em 1,2 milhão de pessoas de toda a região, fato que dá a necessária sustentação à Fenageste. Esse ótimo resultado nos anima a realizar novas feiras literárias nos próximos anos”, afirmou o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, realizadora do evento. A prova de que o bom resultado aponta para a continuidade do evento é que o homenageado da quarta edição, em 2019, foi anunciado na cerimônia de encerramento pela prefeita Raquel Lyra. “A Fenagreste é um sucesso, sem dúvida. É um evento cultural de qualidade, que funciona como oportunidade única para atualizar e capacitar nossos professores. Estaremos novamente juntos com a Andelivros e a Cepe em 2019. E nosso grande mamulengueiro, nosso mestre da companhia Feira de Teatro, será o homenageado do evento, ao lado de Fernando Lyra”, declarou a gestora. A Fenagreste atingiu resultado surpreendente também economicamente. A estimativa é que a movimentação financeira seja finalizada em R$ 2 milhões. Em 2017, foi R$ 1,5 milhão. Durante os cinco dias da feira, estiveram representadas mais de 100 editoras, que comercializaram livros e outros materiais educacionais voltados a adultos e crianças. “Podemos dizer, sem medo, que a Fenagreste já está hoje entre as dez maiores feiras literárias do País. Isso é algo que muito nos honra e alegra. Como livreiro, fico muito feliz em poder levar o livro e os escritores ao encontro com crianças e adultos. Esse é o nosso objetivo principal”, salientou José Alventino Lima, diretor de feiras da Andelivros. Entre os pontos altos da programação de 2018, estão o show de abertura, com Jessier Quirino, a homenagem ao compositor Onildo Almeida pelos seus 90 anos, a palestra com Raimundo Carrero e os shows de Petrúcio Amorim, filho de Caruaru, e de Maciel Melo. A Fenagreste discutiu o tema “Toda família tem histórias”, abordando as novas configurações familiares em várias palestras. A garotada e os adolescentes tiveram espaços especiais, o Cantinho da Trela, com brinquedos e contação de histórias, e o Espaço Geek, arena com games e concurso de cosplay. Durante toda a feira, ainda, o Mamusebá, do mestre Sebá, realizou apresentações com distribuição de pipoca e algodão-doce para os pequenos. Toda a programação oferecida foi aberta ao público.

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Bioenergia será parte da solução para transição energética mundial

Elton Alisson/via Agência FAPESP Juntamente com outras fontes de energia renovável, como a eólica, a solar e a hidrelétrica, a bioenergia será uma das soluções que países da América Latina e da África poderão adotar para tornar suas matrizes energéticas mais limpas e mitigar os impactos das mudanças climáticas globais. A avaliação é de um grupo de pesquisadores autores do relatório Bioenergia e Sustentabilidade: América Latina e África, lançado quinta-feira (09/08) durante o Workshop BIOEN-FAPESP RenovaBio: Ciência para a Sustentabilidade e Competitividade da Bioenergia, na sede da FAPESP. O relatório contou com a contribuição de 154 pesquisadores de 31 países, membros do Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental associada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O trabalho foi coordenado por integrantes dos programas FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG). “Todas as energias renováveis, como a hidrelétrica, a solar e a eólica, terão papéis fundamentais para fornecer eletricidade e substituir combustíveis fósseis na matriz energética brasileira e de outros países da América Latina e da África”, disse Glaucia Mendes souza, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e membro da coordenação do BIOEN. “Mas a bioenergia é uma opção especialmente interessante, uma vez que pode fornecer combustíveis que se encaixam na infraestrutura atual, usando recursos próprios dos países dessas regiões”, disse. Uma das vantagens da bioenergia em relação às outras energias renováveis é que a biomassa pode ser armazenada para produzir energia contínua em vez de intermitente, o que facilita o uso e a integração em redes elétricas não confiáveis. Além disso, a bioenergia pode ser implantada em escala na América Latina e fornecer segurança energética no setor de transporte em um curto período de tempo, segundo o relatório. “Em um momento de transição energética pelo qual o mundo passa hoje, em que se tem buscado alternativas de fontes de energias renováveis e sustentáveis, que possibilitem diminuir as emissões de carbono, é preciso adotar soluções mais fáceis de serem implementadas. E a bioenergia é uma delas”, disse Souza. No Brasil, a substituição de 36% da gasolina por etanol de cana nas últimas quatro décadas mostrou a rapidez com que a transição para as renováveis pode ser feita. Atualmente, a cana-de-açúcar contribui com 17% da matriz energética do país e 25% das necessidades de gasolina. Além disso, isso pode ser expandido significativamente. A produção brasileira de etanol até 2045 poderá deslocar até 13,7% do consumo de petróleo bruto e 5,6% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do mundo em relação a 2014. Isso poderia ser alcançado sem o uso de áreas de preservação de florestas ou terras necessárias para sistemas de produção de alimentos no país, segundo o relatório. “É possível combinar a preservação e recuperação florestal e a produção de matéria-prima para a bioenergia. As florestas armazenam 18 vezes mais carbono do que a cana-de-açúcar e a combinação de ambos, mais os aumentos esperados na produtividade devido à melhoria da tecnologia, provavelmente manteria a produção de etanol juntamente com os benefícios do uso sustentável da biodiversidade”, destaca o documento. A alta densidade de energia do etanol (cerca de 70% da gasolina) também ressalta o potencial do biocombustível para ser usado no transporte e ajudar a garantir uma transição rápida para uma matriz de energia renovável juntamente com a energia solar e a eólica, ainda sujeitas a desenvolvimento devido à falta de eficiência, ponderam os autores do relatório. Líder na produção científica de bioenergia “A bioenergia será uma parte da solução que o mundo adotará para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que necessitará de uma combinação de muitas maneiras de gerar energia, adequadas a cada região”, disse, no workshop, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP. “Há lugares em que será possível plantar cana-de-açúcar, como no Brasil, na África e no Caribe. E outros que terão que gerar energia nuclear, fotovoltaico ou eólica. Não haverá uma solução única”, disse. De acordo com dados apresentados por Brito Cruz, todos os cenários sobre o futuro da energia no mundo, elaborados por entidades como a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), preveem o aumento do uso de biocombustíveis, especialmente em transporte. A entidade estima que, em 2075, 35% dos veículos híbridos – com um motor de combustão interna e outro elétrico, por exemplo – utilizarão biocombustíveis. “Há uma visão de que os carros puramente elétricos serão a opção para reduzir as emissões de carbono. Mas não se leva em conta de que os carros puramente elétricos terão que ser carregados, e a eletricidade para abastecê-los terá que ser produzida de alguma maneira”, disse José Goldemberg, presidente da FAPESP. Segundo Goldemberg, nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cerca de 90% da eletricidade é produzida a partir de carbono. E, além do Brasil, só há outros quatros países no mundo – Nova Zelândia, Noruega, Suécia e Islândia – onde mais de 40% da energia primária que utilizam é proveniente de fontes renováveis, destacou Brito Cruz. “Isso é decorrente de todo um esforço de pesquisa e desenvolvimento em bioenergia feito no país nas últimas décadas”, ressaltou Brito Cruz. O Brasil hoje – e especialmente o Estado de São Paulo – lidera a produção científica sobre bioenergia, particularmente relacionada à cana-de-açúcar. Os pesquisadores brasileiros, vinculados em grande parte a universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo, publicam cerca de 120 artigos por ano relacionados à bioenergia, destacou Brito Cruz. “Isso é resultado de investimento em pesquisa nessa área”, avaliou. “A FAPESP financia milhares de projetos relacionados à bioenergia e já investiu R$ 150 milhões no Programa BIOEN, que atualmente tem 80 projetos de pesquisa em andamento e mobiliza mais de 300 cientistas, dos quais 229 são de São Paulo, 33 de outros estados e 52 do exterior”, enumerou. O relatório Sustainable Bioenergy: Latin America and

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Conservatório Pernambucano de Música comemora aniversário com concertos no Teatro de Santa Isabel

Os 88 anos de história do Conservatório Pernambucano de Música serão comemorados em um dos mais importantes pontos de cultura do Estado, o Teatro de Santa Isabel, no centro do Recife. O espaço abrirá as portas para duas noites de concertos gratuitos com o Duo Assad (SP), a Orquestra de Câmara de Pernambuco – OCP e o bandolinista Danilo Brito (SP), nos dias 15 e 16 de agosto. Na quarta-feira (15), o Duo Assad, dos violonistas Odair e Sérgio Assad, mostrará repertório com obras de compositores como Domenico Scarlatti, Mauro Giuliani, Tom Jobim e Heitor Villa-Lobos, além de composições autorais. Reconhecidos internacionalmente como o melhor duo de violões do mundo, os irmãos Assad comemoraram 50 anos de parceria em 2015, contabilizando muitos álbuns gravados e prêmios recebidos. Já a Orquestra de Câmara de Pernambuco sobe ao palco do Santa Isabel na quinta-feira (16), sob regência do maestro José Renato Accioly, para executar programa ao lado do bandolinista e compositor paulista Danilo Brito, em companhia de seu conjunto, composto por violão, violão 7 cordas, cavaquinho e pandeiro. Aos 33 anos, Danilo é reconhecido por sua extraordinária habilidade técnica e capacidade única de emocionar o público, frutos de aprendizado totalmente autodidata, o que lhe rendeu o título de prodígio. O músico desenvolveu técnica e estilos próprios, extraídos a partir do choro, gênero considerado pelo maestro Radamés Gnattali como o "último e mais perfeito estágio da música brasileira”. Ao lado da OCP, Danilo tocará canções suas, a exemplo de Tica e Pega Ratão, e peças de outros autores, entre eles, Luperce Miranda (Caeté), Rossini Ferreira (No Meu Tempo Era Assim) e Rubens Leal Brito (Evocação). A gerente geral do Conservatório, Roseane Hazin, comenta a trajetória trilhada pelo espaço em tantos anos dedicados à cultura. “São décadas formando gerações de músicos e participando ativamente da vida cultural do Estado de Pernambuco”, diz ela. “A música é, para nós, um dos mais fortes agentes da educação, e a arte é parte decisiva da vida de qualquer ser humano. Temos orgulho de tocar vidas e de ajudar no crescimento da cultura pernambucana e brasileira. Ainda teremos muito tempo para crescer e muito mais a realizar”, destrincha Roseane. A entrada para os dois dias de concertos de aniversário é gratuita, mas é necessário retirar o ingresso na bilheteria do teatro uma hora antes do começo da apresentação. O Teatro de Santa Isabel fica na Praça da República, s/n, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.   PROGRAMAÇÃO:  Quarta-feira (15/8), 20h  Duo Assad Quinta-feira (16/8), 20h  Danilo Brito e Conjunto e Orquestra de Câmara de Pernambuco Regência: maestro José Renato Accioly   Serviço Aniversário de 88 anos do Conservatório Pernambucano de Música, com Duo Assad, Orquestra de Câmara de Pernambuco e Danilo Brito – Dias 15 e 16 de agosto, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio). Gratuito, com retirada de ingresso na bilheteria do teatro. Informações: 3183-3411 e www.conservatorio.pe.gov.br.

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Mutirão gratuito para endividados

Empresas e consumidores que se encontram negativados terão a oportunidade de regularizar sua situação participando do Mutirão do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do Centro Universitário Wyden | UniFBV. O evento acontecerá nos dias 13, 14, 16 e 17 de agosto, das 13h30 às 17h30, no NPJ da instituição, dentro do próprio campus e tem como finalidade fomentar a cultura da conciliação e aproximar os alunos do núcleo da prática real. As sessões serão abertas ao público e tem expectativa de atender aproximadamente mais de 200 pessoas. Para participar, é necessário comparecer ao local portando documento de identificação (RG), número de CPF e comprovante de residência. O NPJ é um órgão no qual, estudantes de Direito tem a chance de praticar todo o conteúdo teórico aprendido em aulas. SERVIÇO:   UniFBV Jean Emile Favre, 422 - Imbiribeira, Recife - PE, 51200-060 Telefone: 4020-4900

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Taxa de mortalidade causada por câncer de pulmão pode aumentar em mais de 40%, segundo pesquisa

A taxa global de mortalidade por câncer de pulmão nas mulheres deve aumentar em 43% até 2030, é o que diz um levantamento feito pelo governo da Catalunha, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa foi divulgada no começo deste mês pelo Câncer Research, jornal da Associação Americana para Pesquisa do Câncer. No total foram investigados números de 52 países, sendo 29 na Europa, 14 nas Américas, 7 na Ásia e 2 da Oceania. No mesmo estudo também foi mostrada a taxa de mortalidade causada pelo câncer de mama. Ao contrário do câncer de pulmão, uma boa notícia: o de mama tende a diminuir e a queda será de aproximadamente 9% até 2030.  O levantamento ainda falou onde esses números serão mais expressivos. A maior taxa do câncer mamário está prevista para a Europa, apesar da tendência de diminuição. Por outro lado, a Ásia ficou com as menores taxas, apesar da tendência de aumento. Já para o câncer de pulmão, a maior taxa de mortalidade está prevista para a Europa e Oceania, enquanto a menor está na América e Ásia. No Brasil, o câncer, em seus diferentes tipos, é a segunda maior causa de morte, segundo o IBGE. A doença perde apenas para doenças cardiovasculares como infarto e hipertensão.  Para tentar amenizar o aparecimento da patologia, ter uma vida mais saudável se faz altamente necessária. Embora seja uma doença com diferentes níveis de intensidade, hábitos simples do dia a dia podem fazer toda a diferença para combatê-la. “Praticar exercício físico regularmente, evitar consumo exagerado de gordura, alimentos enlatados, defumados, carboidratos, álcool e não fumar. O tabagismo é uma das principais causas de cânceres, inclusive”, comenta Dr. Rafael Caires, oncologista da Multihemo, unidade do Grupo Oncoclínicas em Recife.

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Espetáculo Magna, de Christianne Galdino, é uma celebração à vida

Foi inspirada pela história da mãe que a jornalista, produtora cultural, pesquisadora e bailarina pernambucana Christianne Galdino, 45 anos, trouxe ao mundo o enredo de Magna. Diagnosticada com câncer de mama em novembro de 2017, Christianne desenvolveu um espetáculo de dança baseado na cultura popular do Nordeste brasileiro para tratar de forma leve e poética a delicada e complexa temática da doença. “O nome Magna é uma homenagem à minha mãe, falecida em 1991, em decorrência de complicações do câncer de mama”, explica ela. “Não sofri quando descobri que eu também estava doente porque entendi, à luz da minha religiosidade budista, que essa seria uma oportunidade de transformar esse carma negativo, para que não ele perdure nas próximas gerações da minha família”. Decidida a não se entregar à tristeza, Christianne, participante da primeira formação do Balé Brasílica - braço jovem do Balé Popular do Recife, do qual passou a ser bailarina em 1991, contou com o apoio fundamental de Pedro Pernambuco, também bailarino e seu “irmão na dança” para elaborar a proposta do espetáculo, uma oportunidade para que ambos, após alguns anos longe dos palcos, voltem a dançar. O elenco, dirigido por ela, é formado por cerca de 30 bailarinos, de variados níveis técnicos – alguns estão tendo a primeira experiência com a dança -, que se desdobrarão para apresentar ritmos como maracatu, caboclinho, xaxado e frevo. Será uma mescla entre balé e artes circenses, para contar todas as etapas de luta e empoderamento na batalha contra o câncer. Compositores locais cederam os direitos de suas canções para delinear a trilha sonora de Magna, entre eles, Flaira Ferro, com as músicas Me Curar de Mim e Bom Dia, Doutor. Os ensaios acontecem no Vila, espaço de arte-educação gerido por Christianne e o marido, o mágico Raphael Santacruz. Com estreia marcada para outubro, no Teatro de Santa Isabel, o Magna é, além de uma celebração à vida, uma maneira de Christianne estender o cuidado consigo a outras mulheres. Toda a renda adquirida com o espetáculo será destinada a pacientes do Hospital de Câncer de Pernambuco, através do financiamento de testes genéticos, uma das formas de prevenção à doença. “Testes genéticos são exames de sangue realizados em pessoas com indicação médica, que tenham propensão à doença. Se o resultado for positivo, significa que a paciente tem uma mutação genética que acusa uma probabilidade muito alta de desenvolver câncer de mama ou ovário. Esses testes não são oferecidos pela rede pública de saúde, por isso a necessidade de investir recurso próprio”, explica Christianne. Para as pacientes ainda não diagnosticadas com a doença, a recomendação, caso o teste genético tenha resultado positivo, é que se faça a cirurgia profilática, que consiste na retirada das mamas e implantação de próteses. Para que o projeto, de fato, aconteça, a coreógrafa abriu um financiamento coletivo online com o objetivo de arrecadar R$ 37 mil, valor necessário para custear o aluguel e a manutenção do espaço onde acontecem os ensaios, além da confecção de figurinos, adereços, cenografia e demais detalhes da produção. As doações para que o Magna aconteça podem ser feitas até o dia 26 de agosto através do site Catarse. Aqueles que contribuírem com valores acima de R$ 40 receberão recompensas que vão do ingresso para a pré-estreia da montagem a camisetas com a logomarca bordada à mão. “Queremos muito conseguir montar o espetáculo, mas o Magna vai além disso. A intenção levar também a mensagem de que precisamos cuidar de nós mesmas. Quanto mais cedo se tem o diagnóstico, mais chance há de cura. O câncer é uma doença multifatorial, relacionada à questões como alimentação inadequada, passando pelo sedentarismo, estresse e sobrecarga de trabalho. É preciso que estejamos atentas também ao nosso lado emocional”, encerra Christianne Galdino.   COLABORE COM A CAMPANHA AQUI.   SIGA O MAGNA NAS REDES SOCIAIS: Facebook: facebook.com/espetaculomagna Instagram: @magnaespetaculo

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