Revista algomais, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 73 de 1031

Revista algomais

Revista algomais

1964 - 2024: Pernambuco luta pela memória e justiça da ditadura

Terceira reportagem da série Memórias do Golpe em Pernambuco destaca os esforços para relembrar os fatos ocorridos nos anos da ditadura e de promover justiça e educação social para evitar novos períodos sem democracia. *Por Rafael Dantas “Purgar os erros / lembrar os mortos / fecundar os sonhos / festejar as vitórias. / Se não fizermos isto / pela nossa história / quem o fará?” Os versos do ex-preso político Marcelo Mário de Melo resumem o sentimento das vozes que lutaram para desvendar as verdades do período da ditadura civil militar brasileira. Esforços que tiveram objetivo também de gerar algum tipo de reparação para as vítimas dos crimes que aconteceram entre 1964 e 1985. Pernambuco tem algumas contribuições relevantes nesse momento pós-redemocratização do País. Embora muitas perguntas e muitos reparos ainda estejam por ser feitos, uma caminhada pela memória já foi realizada nessas duas décadas de democracia. Em Pernambuco, por exemplo, foi instalado na Rua da Aurora o que é considerado o primeiro monumento do País em memória aos mortos, desaparecidos e torturados pela ditadura militar. O Tortura Nunca Mais, é fruto de um concurso de arquitetura realizado na gestão de Jarbas Vasconcelos na Prefeitura do Recife, ainda em 1988. Ele foi erguido apenas em 1993, trazendo a representação de um homem em posição fetal, pendurado em uma haste de ferro. A imagem é uma referência à tortura dos presos no pau de arara. A construção do Memorial da Democracia, a criação de comissões da Verdade e de Anistia, a publicação de robustos relatórios desses grupos e o apoio a diferentes pesquisas vão costurando uma rede de ações no Estado para não deixar a ditadura no esquecimento. A presença de nomes de relevância na redemocratização nos espaços de poder em Pernambuco nos primeiros anos após o golpe, contribui para essa sensibilização. Além da pressão da sociedade civil, sempre presente. “Um dos principais nomes nesse período é o Miguel Arraes, que volta a Pernambuco para consolidar a democracia, para retornar às eleições diretas. Podemos chamar atenção também para Jarbas Vasconcelos, que assume a prefeitura e chega no final dos anos 90 ao Governo do Estado. Foram nomes que efetivamente lutaram por um processo democrático”, destacou o historiador e professor da Universidade de Pernambuco, Carlos André Silva de Moura. Essa peculiaridade do Estado ter eleito em 1994 o governador Miguel Arraes, um dos presos e mais famosos exilados políticos, deposto pelos militares em 1964, trouxe alguns marcos importantes para a preservação da memória. “Pernambuco tem uma característica interessante, no pós-ditadura, por termos o Governo Arraes. Ele é um dos pioneiros ao retirar da Polícia Civil a documentação do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social)”, afirmou Tásso Brito, historiador, pesquisador colaborador da Fundaj e doutorando na Universidade Federal do Ceará. Esse movimento foi importante pois, após a criação da comissão de mortos e desaparecidos, houve experiências e tentativas de queima desses arquivos em lugares que permaneciam em posse de grupos militares. “Aqui em Pernambuco, essas documentações foram levadas para o Arquivo Público. Arraes também financiou o lançamento do livro que é um dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos nacional, publicado pela Cepe”, conta o Tásso. “Houve uma chance aqui de elaborar essas memórias, antes mesmo de se criar a Comissão da Verdade. A gente sempre esteve muito ligado a essas políticas de memória”. EIXOS DAS POLÍTICAS DE JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO Os processos conhecidos como justiça de transição, que aconteceram em lugares que superaram ditaduras ou golpes, atuam em frentes como a restauração da memória e da verdade, a busca por restituições financeiras e morais, além de ações para evitar a repetição das rupturas democráticas. Na experiência brasileira, segundo Tásso Brito, houve um intervalo grande de 10 anos para essas ações ganharem corpo. Um dos marcos para a memória e justiça foi a Lei 9.140 (1995), que reconheceu como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas. É esse instrumento que promoveu a indenização para os familiares, de R$ 100 mil, além dos esforços para serem encontrados os restos mortais. Um segundo momento de destaque dessas reparações é a criação do Estatuto do Anistiado, pela Lei 10.559 (2002), que criava também a Comissão de Anistia, para reparar financeiramente e moralmente as vítimas desse processo. Desse esforço foram financiadas muitas políticas públicas, incluindo suporte a pesquisas, publicação de livros e atividades culturais, como o projeto Marcas da Memória. Essa iniciativa financiava produções artísticas e intelectuais da sociedade civil que tinha como objetivo ajudar na elaboração de memória, com filmes, documentários e projetos universitários. Em Pernambuco, houve iniciativas locais em paralelo ao que acontecia no cenário nacional. Além da criação de uma comissão estadual de anistia, houve também uma indenização às famílias dos mortos e desaparecidos políticos. Além da reparação econômica, esse esforço reconhecia os crimes do Estado e essas pessoas como vítimas. “Aqui as pessoas ganhavam até R$ 32 mil. Mas existia uma política de memória e as indenizações eram às vezes o que menos importava nesse processo. Era mais importante o reconhecimento estatal e a elaboração de projetos relacionados a essas memórias. Isso acontece aqui em Pernambuco mesmo antes da Comissão da Verdade”, explicou Tásso Brito. O passo seguinte foi a Comissão da Verdade, a partir da Lei Nº 12.528. Essa nova estrutura do Estado não estava mais focada nas restituições financeiras e morais, mas passava a direcionar sua atenção aos esclarecimentos da memória e à verdade. Pernambuco criou a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara. Foram editados dois volumes de uma publicação histórica, que fizeram um levantamento dos mortos e desaparecidos no Estado e da atuação da ditadura em áreas temáticas. Foi explicitada a incidência do regime no campo, no movimento estudantil, nos meios de comunicação. “Esse documento é o que existe de mais atual sobre os impactos da ditadura em Pernambuco. Mas nós pernambucanos ainda não conhecemos esse relatório. Apesar de ter sido lançado em 2017, é ainda de grande desconhecimento da população”, avalia Manoel Moraes, que é professor de direito

1964 - 2024: Pernambuco luta pela memória e justiça da ditadura Read More »

Ocupação Espaço O Poste realiza três ações culturais em junho

Ao todo, serão três ações culturais em junho: o início da Escola O Poste de Antropologia Teatral; o projeto Gira de Diálogo, com as convidadas Inaldete Pinheiro e Ceça dos Prazeres; e a apresentação do espetáculo “Cordel do amor sem fim” O Grupo O Poste Soluções Luminosas divulga a programação do mês de junho da Ocupação Espaço O Poste. Com incentivo do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 - Espaços Artísticos, o grupo teatral realizará, ao longo do mês, três ações culturais em sua sede, localizada no bairro da Boa Vista, centro do Recife. As atividades pautam e lançam reflexões sobre visões de mundo contra coloniais, valorizando expressões socioculturais afropindorâmicas. GIRA DE DIÁLOGO - Abrindo espaço para conversas sobre vivências socioculturais afroindígenas, O Espaço O Poste recebe na sexta-feira, 14/06, às 19h, o projeto Gira de Diálogo, com as convidadas Inaldete Pinheiro, escritora e uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado em Pernambuco (MNU-PE); e Ceça dos Prazeres, produtora cultural e ativista, uma das lideranças do Quilombo dos Prazeres. Com entrada gratuita para o público, o encontro tem por objetivo visibilizar o protagonismo de mulheres negras ativistas que trazem em seus trabalhos práticas e posturas de vida contra coloniais, se destacando por divulgarem e exaltarem a cultura afroindígena em Pernambuco de forma singular e inspiradora.  “Nessa conversa, queremos compartilhar conhecimento e inspirar pessoas a entenderem o pensamento de mundo contra colonial, mostrando que é possível colocá-lo em prática mesmo no sistema colonizado no qual ainda nos encontramos”, comenta Naná Sodré, uma das integrantes do Grupo O Poste. ESPETÁCULO “CORDEL DO AMOR SEM FIM” - Na quinta-feira, 20/06, às 19h, o Espaço O Poste recebe a apresentação do espetáculo teatral “Cordel do amor sem fim”, uma das mais aclamadas e premiadas montagens do grupo pernambucano. Os ingressos custam R$ 30 inteira e R$ 15 meia, podendo ser adquiridos antecipadamente pelo Sympla, em link disponível no Instagram do grupo @oposteoficial.  Inspirada na poética da literatura de cordel, o espetáculo conta a história de três irmãs que vivem às margens do Rio São Francisco, no Sertão pernambucano. Após se apaixonar por um forasteiro, uma das irmãs decide esperar a volta do amado, impactando radicalmente a vida da família. A montagem tem direção de Samuel Santos e foi feita a partir do texto da baiana Claudia Barral, premiado pela Funarte no ano de 2003, na categoria Teatro Adulto – Região Nordeste. A aclamada montagem de “Cordel do amor sem fim” pelo grupo O Poste estreou em 2009, sendo apresentada nos anos seguintes em espaços alternativos no Recife, em festivais pernambucanos e também em outros estados, vindo a circular por Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pará, Maranhão e até no Uruguai, nas cidades de Pedra, Montevidéu e Punta del Leste.  A montagem, inclusive, foi vencedora de diversos prêmios, entre eles três prêmios na Bienal Nacional Potiguar de Teatro (RN) (2010); cinco prêmios no Janeiro de Grandes Espetáculos (PE) (2011); além do Prêmio de Teatro Myriam Muniz 2011 e do Pro Cultura 2010, ambos concedidos pela Funarte. ESCOLA DE TEATRO - Ainda em junho, o grupo O Poste dá início às atividades da Escola O Poste de Antropologia Teatral. Alunos inscritos por meio de convocatória realizada em maio passado experimentam práticas teatrais ancoradas em manifestações culturais afroindígenas, como Caboclinho, Maracatu Rural, Capoeira, além de treinamento de voz e corpo para a cena a partir de dispositivos do Teatro Antropológico e Ancestral, tendo a cultura dos povos originários e do povo africano como referência. As aulas ocorrem nas segundas e quartas, das 19h30 às 21h30, de junho até dezembro, com professores convidados e também com os integrantes do Grupo O Poste, que vão compartilhar técnicas teatrais próprias contidas na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea”, desenvolvida pelo grupo há 15 anos. Ao término do curso, os alunos ganham certificado e participam de um espetáculo de conclusão dirigido por Naná Sodré com assistência de Samuel Santos e Agrinez Melo. SERVIÇO: Programação Ocupação Espaço O Poste - Junho de 2024Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 641 - Boa Vista, Recife/PE) Mais informações: https://www.instagram.com/oposteoficial/  >> Início das atividades da Escola O Poste de Antropologia TeatralSegunda, 03/06, duas vezes por semana, até dezembroPara público previamente inscrito >> Gira de Diálogo, com Inaldete Pinheiro e Ceça dos PrazeresSexta-feira, 14/06, às 19hEntrada gratuita Espetáculo “Cordel do amor sem fim” (Grupo O Poste Soluções Luminosas)Quinta-feira, 20/06, às 19hIngressos: R$ 30 inteira / R$ 15 meia Venda antecipada pelo Sympla (link no Instagram @oposteoficial)

Ocupação Espaço O Poste realiza três ações culturais em junho Read More »

"É um mito que as mulheres sejam menos ambiciosas para crescer na carreira"

No segundo episódio da temporada sobre Carreiras e Gestão do Pernambucast, a consultora e sócia da TGI Luciana Almeida conversou com Cláudia Santos e Rafael Dantas sobre liderança feminina no mundo corporativo. A consultora desmistificou vários estereótipos sobre a imagem feminina no mercado de trabalho e defendeu a formação mais plural do quadro das empresas, em especial das suas lideranças. Luciana destacou também sobre a persistência da diferença salarial entre homens e mulheres, como um problema crônico que muda muito lentamente no País. Apesar dos desafios, há mudanças importantes no posicionamento das mulheres diante desse ambiente de trabalho que ainda é mais restrito para a ascensão feminina. Confira esse batepapo no nosso canal do Youtube ou no Spotify. VEJA TAMBÉM

"É um mito que as mulheres sejam menos ambiciosas para crescer na carreira" Read More »

Tragédias climáticas: 94% das cidades brasileiras pecam na prevenção

(Da Agência Brasil) Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (29) pela organização social Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) mostra que 94% dos municípios brasileiros não estão preparadas de forma suficiente para a prevenção de tragédias climáticas. Fazem parte desse grupo todos aqueles que têm menos da metade de um total de 25 estratégias para o enfrentamento de eventos como enchentes, inundações e deslizamentos de encostas. O levantamento investigou, por exemplo, se existem medidas preventivas no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação de Solo. Também foi observado se existe uma lei específica para medidas de combate às tragédias climáticas, um plano municipal de redução de riscos, um mapa das áreas vulneráveis, um programa habitacional para realocação da população que vive nesses locais e um plano de contingência, entre outros dispositivos.A existência ou não de cada uma das 25 estratégias foi apurada na edição de 2020 da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seus dados são públicos e decorrem de questionário respondido pelos próprios municípios.Com base nas informações colhidas, o ICS elaborou um mapa. Em vermelho, foram destacadas as cidades que têm menos de 20% das estratégias. Nas faixas intermediárias, estão municípios em laranja, que possuem de 20% a 49%, e em amarelo os que têm de 50% a 79%. As cidades em verde são aquelas que têm mais de 80% das estratégias.A pesquisa revela situação preocupante no Rio Grande do Sul, onde o grande volume de chuvas registrado desde o mês passado deixou diversas cidades submersas, forçando mais de 600 mil pessoas a saírem de suas casas e causando mais de 160 mortes. Das 497 cidades gaúchas, 304 têm menos de 20% das estratégias verificadas. O cenário é um pouco melhor no caso de Porto Alegre: a capital do estado detém 44% dos 25 dispositivos mapeados. Apenas uma cidade gaúcha aparece com mais de 80%: Itatiba do Sul.O ICS também realizou, em parceria com o instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), uma avaliação da percepção dos brasileiros sobre os principais problemas ambientais de suas cidades e sobre as ações que podem ser adotadas pelo poder público municipal para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. Foram realizadas entrevistadas em 130 municípios entre os dias 2 e 9 de maio deste ano.Participaram 2 mil pessoas com 16 anos ou mais. De acordo com 79%, as prefeituras têm condições de contribuir no combate às mudanças climáticas. Para 41%, a principal medida a ser adotada pelos municípios envolve o aumento e a conservação das áreas verdes. Em segundo lugar, com 36%, foi citado o controle do desmatamento e da ocupação nas áreas de manancial. A redução na utilização de combustíveis fósseis foi mencionada por 26%.‌‏  ‏ Quando perguntados sobre os maiores problemas de sua cidade, 30% dos entrevistados responderam o calor e o aumento da temperatura, 29% a poluição do ar, 25% a poluição dos rios e dos mares e 24% as enchentes ou alagamentos. Considerando apenas as pessoas ouvidos nas capitais, enchentes e poluição do ar assumem o topo da lista, ambos com 37% das citações.Entre os entrevistados das periferias metropolitanas, as enchentes também aparecem como o problema mais citado. Elas foram mencionadas por 37% desse grupo.Os resultados da pesquisa também foram segmentados por região. No Sul e no Sudeste, a poluição do ar foi o problema mais citado. No Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país, houve mais menções ao calor e ao aumento da temperatura. Além disso, nessas regiões, o sistema de coleta e tratamento de esgoto, o desmatamento e a falta de coleta de lixo apareceram acima da média nacional.

Tragédias climáticas: 94% das cidades brasileiras pecam na prevenção Read More »

Entenda o que muda se a taxação de compras até US$ 50 for aprovada

(Da Agência Brasil) A cobrança de Imposto de Importação para compras de até US$ 50 (equivalente a cerca de R$ 260) deve ser votada pelo Senado nesta semana, de acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O tributo impacta, principalmente, compras de itens de vestuário feminino por meio de varejistas internacionais. A Agência Brasil preparou uma reportagem para explicar o que mudará caso a cobrança seja aprovada e vire lei, a cronologia que envolve esse debate e o que defendem os que são contra e a favor. Projeto de lei A cobrança de imposto nas compras internacionais até US$ 50 faz parte do Projeto de Lei (PL) 914/24, que chegou ao Senado na última quarta-feira (29), um dia depois de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados. Originalmente, o PL trata do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), destinado ao desenvolvimento de tecnologias para produção de veículos que emitam menos gases de efeito estufa. A taxação das compras internacionais foi incluída no PL por decisão do deputado Átila Lira (PP-PI), relator da matéria. Assim que chegou ao Senado, o líder do Governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), requereu que a tramitação seja em regime de urgência, o que apressa a votação. O presidente da Casa informou que consultará as lideranças partidárias para que se defina se o projeto tramitará com ou sem urgência. O que mudaria A medida aprovada pelos deputados determina que compras internacionais de até US$ 50 passarão a ter a cobrança do Imposto de Importação (II), com alíquota de 20%. Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas estrangeiros, notadamente do Sudeste Asiático, como Shopee, AliExpress e Shein. Essas plataformas são chamadas de market place, ou seja, uma grande vitrine de produtos de terceiros, e os preços costumam ser bem mais baratos que os de fabricantes brasileiros. A cobrança tratada pelo PL é um tributo federal. Fora isso, as compras dentro desse limite de US$ 50 recebem alíquota de 17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um encargo estadual. Dessa forma, o consumidor que comprar um produto de R$ 100 (já incluídos frete e seguro) teria que pagar a alíquota do Imposto de Importação mais o ICMS, o que levaria o preço final para R$ 140,40. Pelo PL, cobranças acima de US$ 50 e até US$ 3 mil terão alíquota de 60% com desconto de US$ 20 (cerca de R$ 100) do tributo a pagar. Negociação Se passar pelas duas casas legislativas, a medida precisará do aval da Presidência da República para entrar em vigor. Na sexta-feira (31), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o PL é resultado de uma negociação entre quem defendia isenção e quem desejava alíquota de 60% para qualquer valor. Segundo Alckmin, o texto que foi para votação “atende parcialmente” à indústria. O vice-presidente disse ainda que acredita que o PL terá o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O meu entendimento é que ele não vetará, porque isso foi aprovado praticamente por unanimidade. Foi um acordo de todos os partidos políticos. Acho que foi um acordo inteligente, não vai onerar tanto quem está comprando um produto de fora, mas vai fazer diferença para preservar emprego e renda aqui”, afirmou em entrevista à BandNews TV. No último dia 23, ou seja, antes da aprovação pela Câmara dos Deputados, o presidente Lula tinha dito, em conversa com jornalistas, que “a tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”. Lula acrescentou que estava disponível para discutir o tema com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Como é atualmente O debate sobre a taxação se iniciou em abril de 2023. Seria uma forma de o governo impedir que empresas burlassem a Receita Federal, isso porque remessas entre pessoas físicas até US$ 50, sem fins comerciais, não eram tributadas, e empresas estariam fazendo vendas como se fossem envios de pessoas físicas. Além disso, varejistas brasileiras pediam por alguma forma de cobrança desses produtos estrangeiros, alegando concorrência desleal. O anúncio da cobrança atraiu reações contrárias. Dessa forma, o governo criou o programa Remessa Conforme, que passou a valer em 1º de agosto de 2023. Empresas que aderiram à regulamentação ficaram isentas de cobrança de imposto em produtos até US$ 50, desde que obedecessem a uma série de normas, como dar transparência sobre a origem do produto, dados do remetente e discriminação de cobranças, como o ICMS e frete, para o consumidor saber exatamente quanto estava pagando em cada um desses itens. Um dos efeitos do programa, que teve a anuência das principais empresas de market place, é que as entregas ficaram mais rápidas, pois a fiscalização da Receita Federal ficou mais fácil com as informações fornecidas pelas empresas. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Remessa Conforme deu mais transparência para as compras internacionais. “O Remessa Conforme é para dar transparência para o problema. Saber quantos pacotes estão entrando, quanto custa, quem está comprando”, disse na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (22). Itens entre US$ 50 e US$ 3 mil continuaram com alíquota de 60%. Acima desse valor, a importação é proibida pelos Correios e por transportadoras privadas. Empresas brasileiras A isenção proporcionada pelo Remessa Conforme incomodou setores da indústria e do comércio no Brasil. Entidades representativas apontam que a não cobrança de impostos permite um desequilíbrio na concorrência, que favorece empresas estrangeiras. Ainda antes do início do Remessa Conforme, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apresentam ao ministro Haddad um estudo que estimava até 2,5 milhões de demissões por causa da isenção para empresas de fora do país. Varejista chinesa Após a aprovação do PL 914/24 na Câmara dos Deputados, a empresa chinesa Shein, uma das principais beneficiadas pela isenção, chamou a aprovação de “retrocesso”. Apontando que 88% dos clientes da companhia são das classes C, D e E, a varejista afirmou ver risco para os consumidores. “Com o fim da isenção, a carga tributária que recairá sob o consumidor final passará a ser de

Entenda o que muda se a taxação de compras até US$ 50 for aprovada Read More »

Montadora de tratores anuncia investimento de US$ 150 milhões em Pernambuco

Em evento realizado neste final de semana em Caruaru, a governadora Raquel Lyra anunciou que a montadora de tratores chinesa YTO Group fará um investimento de US$ 150 milhões na cidade. Com o empreendimento, a empresa irá gerar 600 empregos diretos. Para receber a empresa, o Governo do Estado garantiu um aporte de R$ 8 milhões em infraestrutura nas vias do Distrito Industrial de Caruaru, que receberá a nova indústria. De acordo com o protocolo de intenções assinado com o Governo do Estado, a empresa de capital chinês YTO Group, um dos principais fabricantes de máquinas agrícolas da China, iniciará as obras para implantação ainda em 2024 e deve iniciar a operação na capital do Agreste no final de 2026. Está prevista a produção de 120 máquinas de tratores por mês. O empreendimento será implantado em uma área no Polo Industrial do município e contará com incentivos fiscais ofertados pelo Estado. Investimentos da Copergás  Em Caruaru, Raquel Lyra entregou da requalificação da Base Operacional da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) na cidade, que contou com investimentos na ordem de R$ 6,2 milhões. “Nós inauguramos a primeira sede da Copergás no interior com a expansão administrativa da companhia, que vai atender Caruaru e toda a região. São R$ 6 milhões nessa obra, mas o que a gente vai investir na região são mais de R$ 60 milhões até 2029. E um anúncio muito importante também é o da montadora de tratores chinesa, o YTO, que está trazendo para cá esse empreendimento a partir da parceria que nós estamos firmando com eles. E para completar, o Governo do Estado vai investir R$ 8 milhões para poder fazer o calçamento e a infraestrutura do Distrito Industrial, ao lado da Prefeitura de Caruaru. É assim que vamos levar a expansão, modernização e desenvolvimento para o nosso Interior”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Montadora de tratores anuncia investimento de US$ 150 milhões em Pernambuco Read More »

Transição energética

A transição energética é um dos eixos estratégicos de desenvolvimento de Pernambuco e tem sido alvo de várias reportagens de capa, tratando desde o potencial de inovação do etanol - em um dos mais tradicionais setores da economia do Estado - até dos investimentos em eletrificação das frotas e da expectativa da vinda do hidrogênio verde para o Estado. Descarbonização: etanol na transição energética Energias renováveis em novo período de expansão dos investimentos Transição energética no mundo, oportunidades locais para Pernambuco Novo ciclo de investimentos do pólo automotivo acelera transição energética em Pernambuco

Transição energética Read More »

Agenda Cultural para curtir o final de semana

São João de Caruaru tem início neste sábado (1º) Começa neste sábado (1º) o Maior e Melhor São João do Mundo na zona urbana. Com programação para todos os públicos, Caruaru promete realizar o maior festejo junino da história do município. Pela primeira vez, o São João da Capital do Forró irá contar com polos dedicados às artes do pífano e do bacamarte. Tendo como homenageados Ângela Bacamarteira, Terezinha Gonzaga, Adolfo José, Ariano Suassuna e Lambreta, a abertura do São João urbano terá programação em diversos polos: Pátio de Eventos, Camarão, Quadrilhas, Repente, Instrumental Rildo Hora, Juarez Santiago, Casa Rosa, Bacamarteiros, Alto do Moura, Infantil e Pífano. Este primeiro fim de semana de festa junina em Caruaru promete uma celebração repleta de atrações imperdíveis em diversos polos espalhados pela cidade. Na sexta-feira, o Polo Casa Rosa recebe talentosos artistas como Cantor João Filho, Adelson e Forró dos Manos, e Murillo Victor, oferecendo um aquecimento perfeito para o fim de semana festivo. No sábado, o Polo Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga se destaca com a Orquestra de Pífanos de Caruaru e Maestro Mozart Vieira, seguidos por grandes nomes como Carlinhos Brown e Flávio José, garantindo uma noite de ritmos envolventes e energia contagiante. Enquanto isso, em outros polos, a diversidade cultural é celebrada com fervor. No Polo Camarão, por exemplo, o público poderá desfrutar de uma variedade de apresentações, incluindo Galego de Tapera e As Severinas. Domingo reserva momentos especiais, como as apresentações de Priscila Senna, Limão com Mel, Léo Santana e Cavaleiros do Forró no Polo Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, além do talento de Geraldinho Lins no Polo Alto do Moura. Com uma programação repleta de música, dança, folclore e tradição, Caruaru se prepara para celebrar o São João em grande estilo, proporcionando momentos inesquecíveis para moradores e visitantes. Márcia Pequeno revela o rock que tem no forró em show domingo no Teatro Apolo Como forma de dar o pontapé nas celebrações em torno dos 15 anos de carreira, a serem completados em 2025, a cantora pernambucana Márcia Pequeno sobe ao palco do Teatro Apolo, neste domingo, 2 de junho, para apresentar o show “Forrock” a partir das 16h, ao lado do sanfoneiro Fernando Vinil. A apresentação, que será aberta ao público, une dois lados do trabalho desenvolvido pela artista, que iniciou a trajetória musical pelo rock e a psicodelia para, anos depois, abraçar a música popular, em especial, o forró e o frevo. No espetáculo, que tem direção musical de Gilú Amaral, a cantora promove uma espécie de tributo a uma das bandas mais representativas da cena roqueira em Pernambuco, a Ave Sangria, hoje composta por Marco Polo Guimarães, Almir de Oliveira, Juliano Holanda e o próprio Gilú Amaral. Mas não só à Ave Sangria, na verdade, Márcia Pequeno volta às raízes para resgatar uma parte de sua história e da cena dos anos 70 no Estado. Livraria do Jardim sedia encontro literário sobre autobiografia de Maya Angelou neste sábado (dia 1º) A partir das 14h deste sábado, dia 1º de junho, a Livraria do Jardim recebe mais uma edição do encontro literário das Floriterárias. Trata-se de um grupo de leitura exclusivo para mulheres que promete uma tarde de reflexões e emoções ao abordar o livro "Eu sei por que o pássaro canta na gaiola", autobiografia da escritora, poetisa e ativista norte-americana Maya Angelou.  Para aquelas interessadas em participar, o evento é gratuito e a inscrição pode ser realizada através do link do Sympla, disponível na bio do Instagram (@livrariadojardim). A Livraria do Jardim fica localizada na Avenida Manoel Borba, nº 242, na Boa Vista, e o livro pode ser adquirido no dia do encontro com um desconto exclusivo. Shopping Tacaruna promove série de shows gratuitos no mês junino Neste mês de junho, o Shopping Tacaruna promove uma série de shows gratuitos para celebrar as festas. A programação inclui o Taca Mais Música, projeto musical do Tacaruna, que oferece shows de qualidade todas as quintas-feiras, às 19h, que realiza uma edição especial de São João, com grandes estrelas da cena forrozeira de Pernambuco. Os shows acontecem no Rooftop do mall, com entrada gratuita, sujeita à capacidade do espaço. Quem abre a programação do Taca Música Especial de São João é o cantor Petrúcio Amorim, na quinta-feira, 6 de junho.  Durante os domingos de junho, será a vez da criançada comemorar o mês junino no Shopping Tacaruna. O Rooftop do mall, espaço de lazer e entretenimento ao ar livre, localizado no piso E7 do Edifício Garagem do mall, promove uma série de shows especiais de São João, voltados ao público infantil. As apresentações começam às 17h, com entrada gratuita, também sujeita à capacidade do espaço. No domingo, 2 de junho, A Bandinha inicia a programação apresentando um show que celebra a cultura popular brasileira, com forró, quadrilha e brincadeiras típicas. Com inspiração nas tradicionais festas juninas, apresentando no repertório, grandes nomes como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos. E. também músicas do cancioneiro popular, para todo mundo cantar e dançar junto. Plaza Shopping se prepara para sexta edição do Arraial do Plaza O Plaza Shopping já começou a se preparar para realizar a sexta edição do Arraial do Plaza, que será realizado nos próximos dois finais de semana, dias 1º, 2, 8 e 9 de junho, no jardim do piso L2, a partir das 16h, com acesso gratuito. O evento, que é um sucesso desde 2017, celebra, com muito xote, xaxado, baião e forró, os festejos do Dia dos Namorados e do São João. Este ano, o projeto irá homenagear o artista pernambucano J. Borges, o Mestre da Xilogravura, considerado patrimônio vivo e um dos maiores gravadores do Brasil. O Arraial do Plaza contará com shows de grandes nomes da música nordestina. A Banda Mel com Terra está confirmada neste sábado (1º). No domingo, dia 02/06, é a vez de Nádia Maia. No segundo final de semana será a vez de curtir os embalos de Capital do Sol, no sábado (08/06), e Geraldinho Lins, no domingo

Agenda Cultural para curtir o final de semana Read More »

Respira Recife! ONG arrecada doações para UTIs na cidade

Hoje, em nossa cidade, mais de 90 crianças estão esperando por um leito de UTI para receber o tratamento que tanto precisam. Essa situação é crítica e demanda ação imediata. Para isso, a ONG Vizinhos Solidários está lançando uma campanha especial neste inverno: Respira Recife! Campanha Respira Recife A iniciativa Respira Recife tem como objetivo arrecadar fundos para aumentar a quantidade de leitos nas UTIs Pediátricas no Recife. O foco é a compra de equipamentos vitais como respiradores e máscaras, que são essenciais para o tratamento adequado das crianças. Como Você Pode Ajudar A sua participação é fundamental para o sucesso desta campanha. Para ajudar, basta fazer uma doação de qualquer quantia através do PIX do Vizinhos Solidários. É importante lembrar que a doação deve terminar com 0,01 (um centavo) para que a ONG possa identificar e alocar o valor especificamente para este projeto. Dados para Doação:

Respira Recife! ONG arrecada doações para UTIs na cidade Read More »

Revisão de dados indica recuo em número de jovens nem-nem

(Da Agência Brasil) O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta quinta-feira (30) nota corrigindo estimativa divulgada esta semana sobre jovens que não estudam, nem trabalham, mais conhecidos como jovens nem-nem. De acordo com a pasta, no primeiro trimestre de 2024, o número de jovens entre 14 e 24 anos nessa condição ficou em 4,6 milhões. Um recuo de 0,95% em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando 4,8 milhões de jovens não estavam estudando, trabalhando e nem procurando trabalho. O balanço inicial indicava aumento nesse indicador, o que agora foi corrigido. Em entrevista à Agência Brasil, a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, disse que as mulheres jovens são as que mais enfrentam obstáculos. O trabalho doméstico e a sobrecarga do cuidado familiar contribuem para que muitas delas entrem mais tarde no mercado de trabalho. Para tentar diminuir o universo de jovens que deixam o ensino médio, o governo federal lançou recentemente o programa Pé-de-Meia, que oferece incentivo financeiro para jovens de baixa renda permanecerem matriculados e concluírem essa etapa do ensino. O programa prevê o pagamento de incentivos anuais de R$ 3 mil por beneficiário, chegando a até R$ 9,2 mil nos três anos do ensino médio, com o adicional de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na última série. Mas, segundo Paula Montagner, os efeitos mais significativos desse programa entre os jovens só poderão ser sentidos nos próximos anos. Ocupação e desocupação Cerca de 17% da população brasileira é formada por jovens entre 14 e 24 anos, que somam 34 milhões de pessoas. Desse total, 14 milhões de jovens tinham uma ocupação no primeiro trimestre deste ano. Dentre os jovens ocupados, 45% estavam na informalidade, o que corresponde a 6,3 milhões de indivíduos. Essa porcentagem, segundo Paula Montagner, é maior do que a média nacional, atualmente em 40%. “A informalidade tem a ver com o fato dos jovens trabalharem predominantemente em micro e pequenas empresas. Jovens que vão muito cedo para o mercado de trabalho e não vão na condição de aprendizes; na maioria das vezes não têm uma situação de contratação formalizada. Quase sempre eles estão trabalhando como assalariados, sem carteira de trabalho assinada, porque o empregador, por vezes, fica na dúvida se o jovem vai, de fato, desempenhar corretamente as funções, se ele vai gostar do emprego ou não. Então, eles esperam um tempo um pouquinho maior para formalizá-los”, explicou. Já os jovens que só estudam somam 11,6 milhões de pessoas e o número de desocupados nessa faixa etária chegou a 3,2 milhões em 2024. Aprendizes e estagiários O levantamento também apontou que houve, recentemente, um crescimento no número de aprendizes e de estagiários no país. No caso dos aprendizes, só entre os anos de 2022 e 2024 houve um acréscimo de 100 mil jovens que passaram para a condição de aprendizado. Em abril deste ano eles já somavam 602 mil, o dobro do que havia em 2011. Já em relação aos estágios, o crescimento foi 37% entre 2023 e 2024, passando de 642 mil adolescentes e jovens nessa condição para 877 mil neste ano. Para Rodrigo Dib, da superintendência institucional do CIEE, os resultados dessa pesquisa "mostram que a empregabilidade jovem é um desafio urgente para o Brasil". "Precisamos incluir essa faixa etária no mundo do trabalho de maneira segura e de olho no desenvolvimento desses jovens a médio e longo prazo", disse. "São jovens que não tem oportunidades e estão tão desesperançosos que não estão buscando uma oportunidade para dar o primeiro passo na carreira profissional". Paula Montagner entende que, para aumentar a inserção produtiva do jovem no mercado de trabalho, é preciso, primeiramente, elevar a escolaridade desse público. “Ele precisa estudar, elevar a escolaridade e ampliar sua formação técnica e tecnológica”, afirmou. “A gente precisa também reforçar as situações de estágio e aprendizado conectado ao ensino técnico e aos cursos profissionalizantes não só para o jovem buscar uma inserção para sobreviver, mas para ele criar um acúmulo de conhecimento que permita que ele desenvolva uma carreira, para que ele encontre áreas de conhecimento que são do seu interesse”, acrescentou a subsecretária.

Revisão de dados indica recuo em número de jovens nem-nem Read More »