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Revista algomais

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Para não esquecer

*Paulo Caldas Campo fértil ao cultivo de talentos e ideias, Pernambuco oferece aos leitores cestas e mais cestas de bons frutos literários. Em 2022, a escritora Maria José Primo iniciou a série “Recontando para não Esquecer” e trouxe ao público “Marie Antoinette Rainha da França”, pesquisa semeada com o necessário apuro e regada com uma boa técnica da arte de escrever. O culto a personalidades femininas que marcaram a história, agora segue seu rumo, dessa feita contempla “Manuela Sáenz a Generala em sua Cordilheira”. Tão cativante quanto a francesa, a heroína nascida no Equador, além do glamour na passagem pelos salões atapetados, no luxo das gentes dominantes, enfrentou miséria, doenças, a severidade dos preconceitos e artimanha de traidores, entre tantas agruras. Contudo, é aqui descrito, com a necessária ênfase, o perfil da mulher guerreira, valente, arguta, que fez da coragem armas tão letais quanto as que carregou consigo nas refregas de sangue e pólvora.Mais que demais, no entanto, o enfoque realça o amor. Impulsos, emoções nascidas desse sentimento envolvem a paixão extrema de Manuela Sáenz com Simón Bolívar, herói, visionário, revolucionário, ardoroso defensor da Liberdade. A publicação tem a revisão de Fernanda Caldas, diagramação e capa de Bel Caldas e caprichada produção editorial da Gráfica Facform. Os exemplares podem ser adquiridos com a autora pelo fone - whatsapp 98207-8283. *Paulo Caldas é Escritor

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Morêdas inaugura a primeira galeria de rua do Estado, no bairro de Setúbal

Serão 18 postes indicativos ocupando toda a Rua Almirante Tamandaré com obras de artistas de Pernambuco selecionados em chamamento público A Morêdas, marca responsável pela sinalização de vias da cidade com placas indicativas que agregam mensagens publicitárias, inaugura neste sábado, dia 11 de maio, a Galeria de Rua Jobson Figueirêdo. A iniciativa é a primeira do gênero em todo o estado e faz homenagem ao artista plástico Jobson Figueirêdo, responsável pelo design das placas da Morêdas e pela recente restauração do Parque da Esculturas, com obras nas quais trabalhou ao lado de Francisco Brennand. A Galeria funcionará de forma permanente durante os próximos 6 meses, com 18 postes indicativos ocupando a Rua Almirante Tamandaré. Os postes exibirão obras de 7 artistas de Pernambuco, selecionados em chamamento público. “É uma iniciativa pioneira que tem como objetivo dar visibilidade à produção artística local e promover bem-estar para a população através da fruição artística gratuita”, destaca Mário Morêda, diretor da Morêdas e idealizador da iniciativa. A população que passeia pela rua poderá ver e interagir com as placas, que conterão QR Code levando a informações sobre cada artista. Além disso, a Morêdas realizará um circuito de atividades no decorrer dos 7 meses de exibição, incluindo oficinas com artistas selecionados, oficinas de teatro ao ar livre e visitas guiadas. “Nossa proposta é dialogar com a cidade, promovendo a convivência e mostrando como a cultura pode contribuir com a paz social e o bom urbanismo”, afirma Mário. Para acompanhar as atividades e saber como participar das oficinas, as pessoas interessadas podem acompanhar o Instagram da Morêdas, onde as ações serão anunciadas: https://www.instagram.com/moredasnarua. Com larga experiência no mercado, a Morêdas tem investido em projetos de cuidado socioambiental e valorização da cultura pernambucana, e também ampliado o portfólio de produtos, ancorada no lema da “tradição que inova”.

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Espetáculo "Pra Não Dormir" traz a magia da técnica do teatro de luz negra para o Recife

Produzida pelo Cutia Coletivo, peça traz dramaturgia e canções inéditas do multiartista pernambucano Pochyua Andrade. Fotos: Walton Ribeiro O espetáculo Pra Não Dormir, do Cutia Coletivo, uma obra inédita de Pochyua Andrade, autor de livros, peças e canções para a infância, terá estreia neste final de semana no Recife. O artista interpreta o personagem Beto, contracenando com a atriz e diretora Viviana Borchardt. O musical, apoiado pelo Funcultura, está chegando ao Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro) nos dias 11 e 12 de maio. Além disso, haverá quatro apresentações especiais exclusivas para estudantes da rede pública. O musical para toda a família, inspirado no Teatro Negro de Praga, promete ser uma experiência divertida e surpreendente devido às técnicas de luz negra. O espetáculo aborda questões sensíveis, como medo, bullying e a relação das crianças com a morte. O enredo se passa num quarto de apartamento, onde o menino Beto, de 10 anos, tenta a todo custo fugir do sono sem fazer barulho para não chamar a atenção de sua mãe. Quem acompanha essa aventura é Rosália, sua amiga imaginária que mora no guarda-roupa e se junta a Beto em peraltices e brincadeiras, dividindo ainda suas fantasias, dilemas pessoais e medos.  Na montagem, além da magia da luz negra, os destaques incluem o texto e as canções inéditas de Pochyua, que se inspirou em seus próprios filhos para conceber e criar o musical. “ Nossos meninos, que hoje já têm 10 e 12 anos sempre resistiram ao horário de dormir, conversando e inventando brincadeiras e histórias  na cama, despertando em mim e em Vívi (a atriz Viviana Borchardt, companheira de Pochyua) o ímpeto de aquietá-los e pedir silêncio e tranqüilidade pra dormir. Porém todo esforço sempre foi ineficaz, eles sempre ganharam o duelo, sempre tiveram essa necessidade de ter o tempo deles para se entregar ao sono, não se deixando levar pelo passar da hora e nem pelo cansaço, tal qual os personagens do musical”. (Pochyua Andrade) A produção, que reúne nomes reconhecidos da cena artística pernambucana, apresenta cenário e figurino de Marcondes Lima, orientação corporal de cena por Mônica Lira, iluminação de Natalie Revorêdo e vozes de Isadora Melo. Além disso, todas as apresentações contam com tradução em Libras. Serviço: O espetáculo será apresentado em quatro sessões gratuitas para alunos de escolas públicas e duas sessões abertas ao público nos dias 11 e 12 de maio às 16h no teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro), com ingressos pelo Sympla (R$ 60,00 e 30,00 – meia entrada). A peça tem classificação livre e duração de 1 hora.

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Desemprego de jovens negras é 3 vezes superior ao dos homens brancos

(Da Agência Brasil) Em 2023, as jovens mulheres negras de 18 a 29 anos tiveram uma taxa de desemprego três vezes maior que a dos homens brancos no Brasil. Quando empregada, a juventude feminina negra tem uma renda 47% menor que a da média nacional e quase três vezes menor que a dos homens brancos. Além disso, as mulheres negras de 14 a 29 anos dedicam quase o dobro de horas aos afazeres domésticos quando comparado à media dos homens negros e brancos. A comparação foi realizada pela organização Ação Educativa, a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2023, e publicada no relatório Mude com Elas, divulgado nesta quarta-feira (8). A jovem negra Pamela Gama, de 26 anos, contou que vive na pele o que os números divulgados pela pesquisa evidenciam. Moradora da zona leste de São Paulo, Pamela decidiu retirar do currículo o link de uma rede social de empregos onde havia uma foto dela, na tentativa de ser chamada para mais entrevistas. “Eu coloquei o link do meu perfil e depois tirei porque eu não estava recebendo tantos convites para fazer entrevistas. Então eu pensei se não era melhor eu tirar, sabe?”, revelou a jovem formada em relações públicas, acrescentando que melhorou “um pouco” a convocação para entrevistas depois da mudança. Pamela trabalha desde os 19 anos e hoje atua em uma empresa na área de comunicação. De acordo com o projeto Mude com Elas, enquanto as jovens mulheres negras registraram, em 2023, uma taxa de desemprego de 18,3%, os homens brancos tiveram uma taxa de 5,1%. O desemprego geral do país terminou 2023 em 7,4%. Já o salário médio da população no ano passado foi R$ 2.982, enquanto o das jovens negras foi de apenas R$ 1.582. Se comparado com homens brancos, a diferença salarial é ainda maior. Como a renda média desse grupo foi R$ 4.270 em 2023, ela é 2,7 vezes maior que a das jovens mulheres negras. Pamela contou que conhece pessoas que recebem mais, apesar de mesma idade e formação semelhante. “Tem rapazes, até mesmo alguns conhecidos, que estão na mesma idade que eu e que ganham muito mais. Então, assim, eu sinto essa dificuldade até mesmo de me recolocar no mercado para procurar novas oportunidades”, afirmou. A informalidade também atinge mais as jovens negras, que registraram 44% com carteira assinada, porcentagem similar a dos jovens negros (43,3%). Já os jovens brancos, tanto mulheres quanto homens, ficaram em torno de 50% com carteira assinada (50,3% para jovens brancos e 49,8% para jovens brancas). Além da menor renda e do maior desemprego, o trabalho doméstico sobrecarrega as jovens negras de 14 a 29 anos que dedicam 22 horas, por semana, aos afazeres domésticos. Enquanto isso, a média dos homens negros e brancos é de 11,7 horas na semana. A jovem Pamela Gama conta que ajuda nos afazeres domésticos desde adolescente e que hoje se sente sobrecarregada porque o marido trabalha fora de casas e ela em teletrabalho. “Eu faço o trabalho e tenho que conciliar organizando a minha casa. Eu falo que eu tenho dois serviços”, completou. “O estudo mostra que, desde a pandemia, as condições de trabalho melhoraram, mas ainda assim, o Brasil não tem políticas públicas específicas para as jovens negras nem tampouco as empresas possuem um olhar direcionado a essas mulheres, que são frequentemente preteridas em processos seletivos”, afirmou a pesquisa. O grupo das jovens negras também chega menos ao ensino superior no Brasil. Enquanto as jovens brancas frequentando ou concluindo o ensino superior, em 2023, chegavam a 39,8% do total, as jovens negras na mesma situação eram apenas 23,4% do total. Herança escravocrata A pesquisadora Andreia Alves, advocacy do projeto Mude com Elas, destacou que existe uma cultura que coloca a juventude nos espaços mais precários do mercado de trabalho. Porém, há um agravamento desse quadro quando se considera raça e gênero. “É muito comum mulheres jovens negras que conseguem chegar a ocupar esse mercado de trabalho formal estarem em áreas que, na verdade, não vão aproveitar toda a sua capacidade. Então, normalmente, ela vai ocupar as piores áreas, os piores cargos, diferentes de pessoas não negras”, destacou. Andreia Alves acrescentou que há uma herança, que vem do período escravocrata, que costuma colocar as jovens mulheres negras fora do mercado de trabalho, ocupando-as com o trabalho doméstico. “Normalmente, os lugares onde essas mulheres moram são lugares muito distantes dos locais de trabalho. Então, essas jovens mulheres negras acabam sendo obrigadas a submeter aos cuidados, a fazer da casa, cuidar da alimentação e cuidar dos irmãos menores, porque os adultos da casa são também desses lugares de trabalho distantes”, completou. Para Alves, o fundamental é ouvir esse público antes de construir políticas que minimizem essa desigualdade no mercado de trabalho. A especialista acrescenta que o aumento da educação formal superior de mulheres negras nos últimos anos não tem se refletido em mais espaço no mercado de trabalho.  “Nos últimos 10 anos as mulheres negras ocuparam as universidades e têm se formado, têm se demonstrado, têm se estruturado, mas isso não tem sido suficiente para fazer modificações significativas no mercado de trabalho. Principalmente quando a gente fala sobre ocupação de cargos de liderança”, completou.

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

(Da Agência Brasil) Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz. De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.     "O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores", explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário. "Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação", acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado. Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. "Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável", garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro. Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária. O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

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"Novos ciclos de investimentos com grandes empresas serão divulgados em breve"

André Teixeira Filho, presidente da Adepe, explica as ações da agência para desenvolver o Estado, como os incentivos aos arranjos produtivos locais, fala dos gargalos na infraestrutura logística e no abastecimento hídrico, e afirma estar otimista com a perspectiva de aportes de players industriais em Pernambuco. Passado o imbróglio mais tenso da Reforma Tributária, em especial nas questões relativas aos incentivos fiscais, o presidente da Adepe (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) André Teixeira Filho está otimista com a chegada de novos investimentos ao Estado. Ele reconhece que existem gargalos de infraestrutura porém afirma que já estão sendo enfrentados pelo governo, como a condição das estradas. “A governadora vem anunciando rodovias que estão sendo revitalizadas ou duplicadas, como a BR-232 e a BR-104”, ressalta. Natural de Caruaru, onde foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa, ele também conhece de perto os problemas de abastecimento de água em Pernambuco. Uma situação corroborada, segundo ele, pelas dificuldades financeiras da Compesa. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala da perspectiva de reestruturar a empresa com um empréstimo de R$ 1,1 bilhão (já aprovado pelo Senado) e da possibilidade de uma parceria público-privada. Também informa sobre as ações da agência para incentivar os arranjos produtivos locais e dos planos de estimular o audiovisual no Estado. Quais são os planos da sua gestão à frente da Adepe e como as mudanças na Reforma Tributária impactaram o trabalho da agência que atua com incentivos fiscais para atrair investimentos? Um dos grandes pontos da nossa gestão é a atração de investimentos. Minha gestão iniciou em março de 2023, no acaloramento da Reforma Tributária, que impacta na chegada de novas indústrias e de ciclos de investimentos. Ou seja, um cenário de insegurança no Brasil em que muitas empresas não conseguem investir sem saber o que vai acontecer. Isso dificulta a tomada de decisão. Ainda assim, conseguimos fechar novas atrações de investi mento das empresas Solar Coca-Cola e Ball. Somando as duas, temos quase R$ 700 milhões de novos investimentos. Também teremos um novo ciclo de investimentos da Stellantis, com R$ 13 bilhões. A atração de investimentos é um processo capitaneado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Quando houve uma decisão em torno da Reforma Tributária, conseguimos destravar algumas negociações, que já estão em curso, com grandes fábricas. Isso vem sendo possível porque a governadora do Estado Raquel Lyra brigou pela reforma e pelo novo ciclo de incentivo fiscal das empresas automotivas que saíram de Pernambuco. Depois de tudo isso, eu vejo novos ciclos de investimentos com grandes empresas que serão divulgados em breve. A logística e a infraestrutura são gargalos na atração de investimentos. O que vem sendo feito, neste sentido? Para haver investimentos, é preciso ter estradas boas e uma boa logística. A governadora vem anunciando rodovias que es tão sendo revitalizadas ou duplicadas, como a BR-232 e a BR-104. Estamos fazendo investimento em pouco mais de R$ 2 bilhões para melhorar as estradas e trazer novas indústrias, pois sem es trada não existe logística. E, quando falamos da PE-60, falamos também da Solar que está sediada em Suape e se comprometeu a investir, sabendo que a gente vai fazer um grande investimento entre R$ 60 e R$ 80 mi lhões na estrada. Recentemente conseguimos, junto ao Governo Federal, mais de R$ 100 milhões para melhorar a dragagem inter na do Porto de Suape e conseguir receber navios maiores. Isso vai facilitar que novas rotas cheguem aqui. Eu estou extremamente animado para os próximos anos no Estado. Além das obras de infraestrutura feitas pelo governo para viabilizar melhorias logísticas, a própria Adepe realiza obras para apoiar a implantação de empreendimentos. A agência conduz a aplicação de R$ 52 milhões em obras de requalificação de distritos industriais, mercados públicos e centros comerciais em 13 cidades com o objetivo de proporcionar infraestrutura adequada para operação de empreendimentos em todo Estado. Entre os municípios beneficiados estão Exu, Vitória de Santo Antão, Escada, Canhotinho, Pesqueira, São Bento do Una, Lagoa Grande, Abreu e Lima, Caruaru e Taquaritinga do Norte. Outro fator de impacto na infraestrutura é o abastecimento de água. Como está essa questão, principalmente no interior? A situação da Compesa é que (salvo engano, na ordem de grandeza) a governadora já teve que colocar do caixa do Estado de R$ 300 a R$ 400 milhões só para manutenção da empresa. Não é investimento. Estamos fazendo uma reestruturação e, agora, para investimento estamos fazendo um empréstimo de R$ 1,1 bilhões para que a Compesa consiga prometer e entregar muita coisa que estava no papel há décadas. É o caso da Adutora do Agreste. A gente conseguiu também muita coisa com pequenos investimentos. Tanto a governadora quanto eu somos do Agreste de Pernambuco que é a região que tem mais gente e menos água no Brasil, nascemos com falta de água. Então, uma das cinco principais propostas da governadora é levar água para o Estado como um todo, começando com água encanada nas casas das pessoas. Por isso está se pensando o que fazer com a Compesa daqui para frente, ela tem que ser autossustentável e tem que voltar a fazer investimento em Pernambuco. Qual seria esse futuro? Está em vista a privatização da Compesa, como vem acontecendo na Sabesp? Não. Privatização a governadora já disse que não faz, mas ela está aberta a parcerias público-privadas. Uma concessão é uma parceria e, com ela, abre-se um novo ciclo de investimento. Então a gente está organizando a casa para que a conta seja de investimento e não de manutenção. O pagamento da dívida passada é obrigação do Estado, mas investimentos futuros podem ser feitos por meio de uma parceria com o setor privado. Em relação ao Polo de Confecções, que apesar de sua pujança, enfrenta ainda dois grandes gargalos: a informalidade e o uso de práticas que danificam o meio ambiente. Como a Adepe tem atuado nessas duas áreas? A gente vem trabalhando primeiro com capacitação e qualificação do Polo de Confecções. Rodamos agora uma qualificação para ajudá-los a exportar. Ou

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Festival RioMar de Literatura recebe nomes nacionais consagrados em sua 10ª edição

O Festival RioMar de Literatura chega à sua 10ª edição com uma celebração especial no Teatro RioMar, em 16 de maio. Este ano, o evento presta homenagem a escritores e artistas negros, reunindo renomados nomes do cenário nacional. Sob a curadoria da jornalista Carmen Peixoto, a programação inicia às 16h, destacando a presença da autora e filósofa Djamila Ribeiro, o ator e escritor Lázaro Ramos, além do show do cantor Chico César. O público terá a oportunidade de mergulhar na obra de Machado de Assis durante a abertura do evento, com uma apresentação especial da escritora pernambucana Flávia Suassuna, membro da Academia Pernambucana de Letras. Em seguida, Lázaro Ramos conduzirá uma conversa direcionada ao público infantojuvenil, explorando suas incursões na literatura, que vão desde obras infantis até reflexões em sua autobiografia "Na minha pele". Djamila Ribeiro compartilhará suas experiências e perspectivas em um bate-papo mediado pela jornalista pernambucana Fabiana Moraes. Reconhecida como uma das vozes mais importantes na defesa dos direitos negros e femininos no Brasil, Djamila é autora de obras como "Pequeno manual antirracista" e "Quem tem medo do feminismo negro?". O encerramento do evento fica por conta do talentoso Chico César, que promete envolver o público com seus sucessos, como "À primeira vista" e "Mama África". Os ingressos já estão à venda por R$ 20 (meia entrada) e R$ 40 (inteira), disponíveis no App do RioMar Recife, no site e na bilheteria do Teatro RioMar.

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Novo ciclo de investimentos do pólo automotivo acelera transição energética em Pernambuco

*Por Rafael Dantas Pernambuco pegou o “último carro” movido a combustíveis fósseis quando recebeu recursos bilionários para erguer o Polo Automotivo em Goiana, há quase uma década. No final de abril, a Stellantis, empresa âncora do cluster, anunciou um novo aporte de R$ 13 bilhões. O ciclo de investimentos atual aponta para a estruturação de uma plataforma de veículos híbridos e elétricos. Mais que produzir um bem industrial com alto valor agregado, o empreendimento coloca o Estado como um dos protagonistas no processo de descarbonização da frota no País. O movimento da empresa – e das dezenas de fornecedores que virão a reboque – promete abrir oportunidades para o desenvolvimento tecnológico local nessa cadeia que tem movido corporações globais para reduzir as emissões de carbono nos transportes. O Polo de Goiana receberá nada menos que 43% dos aportes do novo ciclo de investimentos da Stellantis para a América do Sul. Emanuele Cappellano, presidente da corporação para o continente, destacou que a empresa tem a expectativa de fechar esse ciclo com 100 fornecedores instalados no Estado até 2030. Atualmente 38 empresas integram o parque de fornecedores do setor em Pernambuco. “Desde que iniciamos as operações no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em abril de 2015, queríamos deixar um legado e fazer parte da trajetória de desenvolvimento de Pernambuco. Agora, nove anos depois, estamos novamente fazendo história ao anunciar mais um ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões. Esse valor será direcionado para renovar nossa linha de produtos, desenvolver novas tecnologias, atrair fornecedores e gerar novos empregos”, destacou o executivo da empresa âncora do cluster. O anúncio não trouxe muitos detalhes desse investimento, especialmente sobre os novos modelos que serão fabricados em Goiana. Mas independente dos carros que sairão do polo automotivo, a informação de que o parque industrial produzirá veículos híbridos e elétricos é a informação que coloca Pernambuco num patamar estratégico. “Os investimentos anunciados pelo Stellantis, embora vultosos, não estão alocados apenas na expansão da capacidade produtiva mas, principalmente, no investimento em inovação, no desenvolvimento de novos produtos e, sobretudo, no processo de descarbonização. Isso tem impacto direto em toda a cadeia produtiva automotiva e gera também um efeito de liderança econômica. É exemplo para que outras indústrias possam vir a aderir a esse movimento", destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. Em sintonia com o anúncio, Guilherme lembra que o Estado lançou há poucos meses o PerMeie (Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica). A iniciativa defende a chegada de investimentos sustentáveis por parte do setor privado mas, também, induz os aportes públicos na transição para o desenvolvimento de um tecido econômico que respeite o meio ambiente. Entre os esforços, o secretário destaca as iniciativas para tornar Suape um porto de carbono neutro. Para se ter uma ideia do volume de investimentos que essa transição do setor automotivo representa no Brasil, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) estima aportes entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões apenas em pesquisa e desenvolvimento nos próximos cinco anos. A medida é uma exigência para cumprir as obrigações impostas pelo programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) do Governo Federal para garantir incentivos fiscais. A tendência, no entanto, é no mundo todo e está sendo acelerada pela evidência do agravamento do aquecimento global e das mudanças climáticas. DESAFIOS PARA APROVEITAR AS OPORTUNIDADES Os bilhões de investimentos representam um grande pontapé inicial para Pernambuco avançar na cadeia industrial da descarbonização. “A disponibilização do investimento de R$ 13 bilhões na fábrica de Goiana vai trazer um grande ganho para a produção industrial de Pernambuco. Primeiro, a indústria automotiva local tem a grande oportunidade de se destacar como um polo de produção de veículos mais sustentáveis, contribuindo para a redução da emissão de poluentes e para a transição para uma economia mais verde. Como esse investimento visa à descarbonização, acaba abrindo portas para parcerias com outras empresas especializadas em tecnologias limpas e também pode colocar Pernambuco no mapa da indústria automotiva global”, avaliou o economista da Fiepe, Cezar Andrade. Com as altas expectativas da corporação para os próximos cinco anos, Cezar projeta para Pernambuco uma oportunidade de atrair mais empresas para se instalarem no Estado. “Nos próximos anos provavelmente haverá um boom no setor, com um crescimento grande na produção industrial de Pernambuco. Veremos a indústria pernambucana produzindo automóveis mas, também, teremos a produção desses vários fornecedores. Então, na minha opinião, o grande ganho da indústria pernambucana é justamente esse", completou o economista da Fiepe. O aporte da montadora revela a expectativa da vinda de uma cadeia de fornecedores nos próximos cinco anos. Diante do provável aumento da oferta de novos postos de trabalho e da chegada de novas empresas, a abertura de vagas deve acelerar os esforços em formação profissional. “Oportunidades de emprego para a região, mais oportunidade de desenvolvimento industrial mas, também, na parte de comércio e de serviços para Pernambuco. Além do que, deverá trazer uma vantagem competitiva, uma vez que será um dos primeiros Estados a produzir veículos com uma matriz energética mais limpa do que é produzido até então”, afirmou Cezar. OPORTUNIDADES PARA O PORTO DIGITAL Além da expansão direta em Goiana e da Mata Norte Pernambucana, sede industrial Stellantis em Pernambuco e dos principais sistemistas, o atual ciclo de investimentos interessa muito também ao Recife. É na capital pernambucana onde está instalado o Software Center da multinacional, dentro do território do Porto Digital. Mesmo antes do Next Level, vários modelos de carros fabricados pela empresa no Brasil e no exterior já utilizavam aplicações de software de propulsão de combustão desenvolvidas e validadas made in Recife. Com os novos investimentos, o Software Center, que é o único da corporação na América do Sul, promete ampliar sua competência para atender os veículos eletrificados. “A nossa perspectiva é de aumento das atividades unidade de software que a empresa tem aqui no Porto Digital. E temos muito orgulho em saber que os produtos feitos aqui atendem o mundo todo”, afirmou Pierre Lucena, presidente do Porto Digital. Ele ressalta que

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Com alta da dengue, setores econômicos de Pernambuco podem perder R$ 84,5 milhões

Até a 15ª semana de abril, o impacto na produtividade das indústrias de transformação já atingia a marca de R$ 35,5 milhões, e o absenteísmo já estava sendo identificado no chão de fábrica. Foto: Freepik Neste ano, o crescimento dos registros de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Pernambuco não apenas prejudica a saúde de muitos habitantes, mas também causa impactos significativos nas operações industriais do Estado. Segundo um estudo realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), o prejuízo financeiro já atingiu a marca de R$ 35,5 milhões. Caso a tendência de aumento de casos persista, estima-se que a produtividade de todos os setores econômicos do Estado - indústria, comércio e serviços - sofrerá um impacto ainda mais severo, alcançando um total de R$ 84,5 milhões. Pernambuco figura entre os cinco estados com uma tendência crescente de casos, conforme dados do Ministério da Saúde. De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, a incidência das arboviroses tem sido uma preocupação constante para as indústrias. “É que, com os casos, as empresas vêm enfrentando desde o aumento do absenteísmo devido às licenças médicas até a redução da eficiência do trabalho, em razão dos sintomas causados por essas doenças”, analisou.  Segundo os dados levantados, os empresários foram consultados sobre o principal impacto em suas indústrias, e os resultados foram os seguintes: 45,56% mencionaram a queda na produção como o principal impacto; 34,44% precisaram realocar sua mão-de-obra; enquanto 15,56% tiveram que arcar com horas extras para compensar o afastamento de colaboradores devido às doenças. Apenas 4,44% dos empresários industriais afirmaram a necessidade de novas contratações. Quanto às ausências dos trabalhadores, o estudo revelou um índice de absenteísmo de 8,34%, com uma perda média de produção de R$ 2.012,71 por trabalhador afastado devido às arboviroses, considerando um período de sete dias de afastamento. Além disso, quase 73% dos empresários entrevistados relataram ter empregados afetados por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti. Diante desse quadro, Fernanda Guerra, diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, enfatiza a importância do diagnóstico precoce da dengue, chikungunya e zika, visando o tratamento imediato adequado para cada enfermidade. Ela destaca que os colaboradores podem confundir os sintomas com um simples resfriado ou virose, o que poderia mascarar um possível foco de dengue dentro da empresa. “Para isso, o SESI-PE, que integra o Sistema FIEPE, oferece exames de diagnóstico. Com a identificação da doença, o funcionário se trata da forma adequada e volta a trabalhar mais rapidamente, diminuindo o índice de absenteísmo e evitando o comprometimento da produtividade das indústrias”, explica. Além disso, Fernanda destaca que o SESI-PE também oferece um canal de telemedicina, desenvolvido pelo SESI Nacional, para atender os trabalhadores da indústria e seus dependentes que suspeitam estar com dengue. Os trabalhadores que apresentarem sintomas da doença podem acessar assistência e orientações em saúde especializada através do WhatsApp (61) 3317-1414.

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Fernando de Noronha aposta no mergulho e convida turistas a desvendar a fauna marinha

Famoso por suas praias paradisíacas, pousadas de alto padrão e restaurantes premiados entre os melhores do Brasil, o Arquipélago de Fernando de Noronha também é uma referência para os amantes do mergulho. Com uma rica biodiversidade marinha e cenários subaquáticos deslumbrantes, Noronha oferece oportunidades de mergulho durante todo o ano, de janeiro a dezembro. Para aqueles que desejam explorar esse universo aquático, é importante entender uma particularidade: dependendo da época do ano em que visitarem a região, o mergulho será realizado em diferentes áreas do mar. De junho a novembro, os mergulhos ocorrem no mar de dentro, entre a ilha e o continente brasileiro, enquanto de dezembro a maio, ocorrem no mar de fora, na parte oposta ao continente. Independentemente da região, a experiência promete ser única. Noronha possui uma das maiores diversidades de pontos de mergulho do mundo, que incluem cavernas, grutas, recifes de corais, paredões e naufrágios, cada um oferecendo suas próprias surpresas e belezas subaquáticas. De acordo com Murilo Del Vechio, da equipe da empresa de receptivo Noronha Tour, o melhor ponto de mergulho é aquele onde o praticante se sinta confortável,  seguro e inserido em um ambiente natural e diverso. “Importante sempre mergulhar com segurança dentro dos limites físicos e de treinamento. Em Fernando de Noronha, há regras específicas da Unidade de Conservação (Parnamar/FN) que devem ser seguidas, como a proibição do toque, coleta ou perseguição dos animais marinhos”, lembra o especialista. Com o suporte de profissionais qualificados, o mergulho é uma atividade segura e inclusiva, podendo ser desfrutada por pessoas com deficiência, desde que não haja contraindicações médicas. Além disso, não há limite de idade. Geralmente, crianças a partir dos oito anos já podem realizar o mergulho de batismo, que é conduzido por um instrutor de maneira individual. Muito popular em Fernando de Noronha, o mergulho de batismo proporciona uma introdução à experiência subaquática. Nessa modalidade, os participantes alcançam uma profundidade máxima de até 12 metros, com duração aproximada de meia hora. Segundo a presidente da Associação das Pousadas de Fernando de Noronha (APFN), Lúcia Smith, há várias experiências positivas que as pessoas que mergulham em Noronha costumam relatar. “A Ilha já ganhou noticiário internacional até mesmo por causa de pedidos de casamento embaixo d’água. Mas, sem dúvida, alguns dos maiores benefícios da atividade são entrar em contato com a natureza, observar a fauna marinha, ter uma maior consciência ambiental, além de aspectos psicológicos como a superação do medo, a euforia de viver uma nova experiência e o autoconhecimento”, atesta. Durante a estadia em Fernando de Noronha, também é possível obter a certificação em mergulho. Essa certificação é obtida após a conclusão de um curso completo, seguindo todas as etapas do treinamento. Com essa certificação, o mergulhador torna-se apto a realizar imersões em qualquer lugar do mundo, desde que respeite os limites do treinamento recebido. Além do mergulho com cilindro, a incrível transparência das águas de Noronha, classificadas como algumas das melhores do mundo, permite a observação de uma variedade de animais marinhos apenas com o uso do snorkel. As praias mais recomendadas para essa experiência são a Praia do Porto, a Baía do Sancho e a Baía dos Porcos. Iago Dino, também da equipe da Noronha Tour, reafirma que não há nenhum momento específico do ano que impossibilite a prática dos mergulhos. “Dá para mergulhar o ano todo, porém, por se tratar de uma ilha oceânica, há variações das condições do mar que podem adiar a saída ou entrada de embarcações na área do porto”, finaliza.

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