Revista Algomais, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 993 De 1071

Revista algomais

Revista algomais

Workshop discute mercado imobiliário

No próximo dia 29 (quarta-feira), o Recife sedia a primeira edição do workshop ‘Os Especialistas’, evento que promete antecipar tendências do mercado imobiliário. Nele, Marcus Araújo, Paulo Toledo, Benedito Abbud e Irapuã Dantas - especialistas em áreas estratégicas do mercado imobiliário - vão mostrar quais os caminhos para a recuperação das vendas, baseados em estudos estatísticos e grande expertise em lançamentos imobiliários no Nordeste e todo o Brasil. O workshop, que tem sua primeira edição focada no mercado nordestino, excursionará pelas principais capitais e grandes centros, é direcionado a empresários e executivos do setor, tem inscrições são gratuitas, com vagas limitadas. De acordo com Marcus Araújo, idealizador do evento, a ideia é reorientar o mercado para um novo período de retomada da economia - que já se aproxima com a prevista queda da taxa Selic. Segundo o empreendedor, que há 22 anos realiza pesquisas de mercado e consultoria estratégica, no Nordeste, a intenção de compra nos próximos 24 meses varia entre 25% e 29% para qualquer renda, mas para abocanhar esta fatia, as empresas do ramo vão precisar reconfigurar o perfil dos produtos. Uma das grandes tendências são as metragens menores, tanto em apartamentos quanto em lotes de condomínios horizontais. “A ideia é diminuir as unidades, mas manter os programas imobiliários: famílias que queriam 3 quartos, vão continuar querendo, mas com menor metragem em configurações que aproveitem melhor os espaços, mais planejadas. ” – explica. Sobre o fim das dificuldades do mercado, o analista avisa que a reação deve começar pelo Sudeste, mais especificamente por São Paulo, que está entre os que possuem as contas mais em ordem. “Em sequência, o Centro-Oeste deverá se recuperar primeiro, em função do agronegócio ainda pujante. Aí sim, vem o Nordeste, começando por Pernambuco, pois possui a economia mais em ordem. Mesmo com a desaceleração de Suape e da refinaria Abreu e Lima, ainda há pujança no vetor norte com a Fiat/Jeep e o polo farmacoquímico.” – avalia o estatístico. OS ESPECIALISTAS – Quem for conferir o workshop vai ouvir a fala de nomes que estão ligados aos grandes players do mercado imobiliário brasileiro. Marcus Araújo é Presidente da Datastore (datastore.com.br) que, desde 1994, faz pesquisas de mercado em todo o Brasil. A empresa já realizou mais de 3.000 pesquisas para mais de 500 incorporadores, loteadores e fundos de investimento que atuam no mercado imobiliário. Falará sobre mercado consumidor de imóveis e quando a velocidade de vendas dos imóveis deverá retomar com mais força. Paulo Toledo é diretor de lançamentos imobiliários da Cia Imobiliária (imovel-cia.com.br)., empresa número 1 do País em lançamentos imobiliários de loteamentos fechados, comunidades planejadas e bairros planejados. Toledo coordenou os lançamentos de grande parte dos empreendimentos da AlphaVille Urbanismo em todo o Brasil. Falará sobre táticas de vendas para acelerar o desempenho de lançamentos imobiliários. Benedito Abbud é CEO do escritório Benedito Abbud Paisagismo Planejamento e Projetos (beneditoabbud.com.br), fundado em 1981. No portfólio, mais de 5 mil projetos de arquitetura paisagística para empreendimentos imobiliários por todo o Brasil e países da América do Sul. Falará sobras novas necessidades do mercado na área de projetos e arquitetar de paisagismo. Irapuã Dantas é Executivo da CCI - Certificadora de Créditos Imobiliários(certificadora.imb.br). A empresa atua na área de créditos imobiliários atuando fortemente no setor de loteamentos em bairro planejado e loteamentos fechados. Falará sobre crédito imobiliário e retomada da economia. Serviço: Os Especialistas do Mercado Imobiliário – Palestras com Marcus Araújo, Paulo Toledo, Benedito Abbud e Irapuã Dantas Dia 29 de Março, das 8h30 às 17h30 No Auditório do RioMar Trade Center Recife Inscrições gratuitas pelo fone: (81)99484.1138, com Bruno Bezerra. Vaga limitadas

Workshop discute mercado imobiliário Read More »

Movimento PE de Paz promove ato público contra a violência

Com cruzes afixadas na praia do Pina, igrejas e organizações cristãs promovem ação de repúdio aos alarmantes índices de homicídio no estado apenas em 2017 No próximo sábado, 25.03, as areias da praia do Pina amanhecem repletas de cruzes, representando cada uma das vítimas dos mais de 1000 homicídios registrados somente esse ano em Pernambuco. A ação faz parte do ato público PE de Paz, realizado por lideranças e membros de 36 igrejas e organizações sociais cristãs, como forma de manifestar repúdio ao aumento exponencial dos índices de violência no estado em 2017. A iniciativa cobra ação efetiva do governo em relação à segurança pública e presta solidariedade às famílias enlutadas através da fixação simbólica das cruzes nas areias da praia. Durante o protesto, integrantes do movimento realizam ações para o despertar de consciência da população sobre o absurdo estado de insegurança a que se está sujeito hoje em Pernambuco e momentos de oração pela cidade, estado e país. Além do ato simbólico realizado na praia do Pina, para a semana seguinte, está prevista a entrega de um manifesto acerca da segurança pública, escrito por integrantes do movimento, a alguns órgãos estatais, como o Palácio do Governo e o Ministério Público de Pernambuco. Ao tornar pública a insatisfação com a insegurança no estado, o ato cidadão objetiva sensibilizar a população para a temática, a fim de contribuir para a construção conjunta de uma cidade melhor e mais segura; denunciar a falta de efetividade dos órgãos governamentais competentes para a promoção dessa cidade; e prestar solidariedade às famílias enlutadas devido à falta de segurança em nosso estado. O pastor Tales Ferreira, um dos organizadores do evento, afirma que a realização da manifestação parte do princípio de que “a igreja não existe apenas NA cidade. Queremos andar COM a cidade a fim de servirmos às pessoas nas lutas e dores que são comuns, inclusive, aos que fazem a Igreja". INICIATIVA – A principal motivação para a realização do PE de Paz foi o aumento absurdo dos índices de violência no primeiro trimestre de 2017, o que tem assustado os pernambucanos cotidianamente. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS), foram assassinadas em Pernambuco 977 pessoas apenas nos primeiros dois meses desse ano, número 47,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 661 pessoas foram mortas. A violência em Pernambuco já vinha apresentando índices alarmantes desde dezembro de 2016, considerado o mês mais violento dos últimos 10 anos no Estado com a ocorrência de 472 assassinatos. O total de 4.479 homicídios ocorridos em 2016 revela à sociedade a pior crise do Pacto Pela Vida, programa do governo estadual que completa 10 anos de implantação em maio próximo, tornando Pernambuco um estado seis vezes mais violento que São Paulo. A discussão da temática, a partir da inquietude de um grupo de pastores e pastoras, levou à percepção da necessidade de um envolvimento com questões que se relacionam com a sociedade em geral. “O desafio era levar os cristãos e cristãs a um embate prático com os males sociais que enfrentamos. Para surpresa, 36 igrejas e organizações envolveram-se imediatamente”, afirma Ferreira. SERVIÇO: Evento: Ato público PE de PAZ. Data e horário: 25/03/2017 (sábado), das 6h às 13h. Local: Praia do Pina (polo Pina). IGREJAS E ORGANIZAÇÕES SOCIAIS PARTICIPANTES: Agência Socorro Missionário CADI Catedral da Reconciliação Centro de Transformação Integral Novo Rebanho Cidade Redime Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito Igreja Anglicana em Gaibu Igreja Apostólica Batista Viva Igreja Batista Central de Casa Amarela Igreja Batista de Coqueiral Igreja Batista do Conjunto Beira Mar Igreja Batista em Camela Igreja Batista em Fundão Igreja Batista Emanuel do Ibura Igreja Batista Imperial Igreja Batista Oásis Igreja Evangélica Batista da Caxangá Igreja Evangélica Viver em Cristo Igreja Metodista Igreja Metodista Guararapes Igreja Mosaico Igreja Presbiteriana do Jordão Alto Instituto Manancial da Vida Instituto Solidare Missão Urbana Recife – MUR Mulheres de Visão Paróquia Água Viva Paróquia das Missões Episcopal Carismática Paróquia Monte Sinai Primeira Igreja Batista de Abreu e Lima Primeira Igreja Batista do Recife Projeto Conexão Rede Fazer o Bem Sinal do Reino Visão Mundial Voz na Rua

Movimento PE de Paz promove ato público contra a violência Read More »

Deputados aprovam lei que permite terceirização de todas as atividades nas empresas

Mesmo sob forte protesto da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (22) o Projeto de Lei (PL) 4.302/1998, de autoria do Executivo, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas. O projeto foi aprovado por 231 a favor, 188 contra e 8 abstenções. Ainda hoje serão votados alguns destaques. Após a votação dos destaques, o projeto, que já havia sido aprovado pelo Senado, seguirá para sanção presidencial. Desde o início da sessão, a oposição obstruía os trabalhos. A obstrução só foi retirada após acordo para que fosse feita a votação nominal do projeto e simbólica dos destaques. O acordo foi costurado entre o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e parte da oposição. Pelo projeto, as empresas poderão terceirizar também a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A medida prevê que a contratação terceirizada possa ocorrer sem restrições, inclusive na administração pública. Atualmente a legislação veda a terceirização da atividade-fim e prevê a adoção da prática em serviços que se enquadrem como atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa. Trabalho temporário O projeto que foi aprovado pelo plenário da Câmara também modifica o tempo permitido para a contratação em regime temporário dos atuais três meses para 180 dias, “consecutivos ou não, autorizada a prorrogação por até 90 dias, consecutivos ou não, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram”, diz o projeto. Decorrido esse prazo, o trabalhador só poderá ser contratado novamente pela mesma empresa após 90 dias do término do contrato anterior. O texto estabelece a chamada responsabilidade subsidiária da empresa contratante em relação aos funcionários terceirizados. A medida faz com que a empresa contratante seja “subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário e em relação ao recolhimento das contribuições previdenciárias”, diz o texto. Debate A discussão do projeto foi iniciada na manhã desta quarta-feira, a discussão da matéria foi iniciada com resistência da oposição. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou o projeto e disse que a iniciativa vai fazer com que a maioria das empresas troque os contratos permanentes por temporários. “Essa proposta tem por objetivo uma contratação mais barata, precarizando e negando direitos. O próximo passo é obrigar os trabalhadores a se transformarem em pessoas jurídicas, abrindo mão de férias, licença-maternidade e outros direitos”, disse. No início da tarde, o relator Laercio Oliveira (SD-SE) apresentou o seu parecer e rebateu as críticas. De acordo com o deputado, o projeto não retira direitos. “Faço um desafio: apontem dentro do texto um item sequer que retire direitos dos trabalhadores. Não existe”, disse. O líder do governo, Aguinaldo Ribeiro, defendeu o projeto com o argumento de que a medida vai ajudar a aquecer a economia, gerando novos empregos. “O Brasil mudou, mas ainda temos uma legislação arcaica. Queremos avançar em uma relação que não tira emprego de ninguém, que não vai enfraquecer sindicatos. Eles também vão se modernizar”, disse. Projeto de 1998 Originalmente, o projeto foi encaminhado à Câmara em 1998 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e aprovado no Senado em 2002. Deputados contrários ao projeto criticaram a votação da proposta 15 anos depois e chegaram a defender a apreciação de outro texto, em tramitação no Senado, que trata do tema. “Já votamos essa matéria aqui e aprovamos uma matéria que foi para o Senado e que é muito diferente desse projeto que está na pauta aqui hoje. Essa matéria não passou pelo debate dessa legislatura e seguramente representa um duro ataque aos direitos dos trabalhadores”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). (Agência Brasil)

Deputados aprovam lei que permite terceirização de todas as atividades nas empresas Read More »

Pernambuco receberá Missão de embaixadores da União Europeia

O Estado de Pernambuco foi escolhido para ser a Missão Anual dos Embaixadores da União Europeia (UE) no Brasil. O anúncio foi realizado pelo embaixador da UE no Brasil, João Cravinho, durante reunião com o governador Paulo Câmara, no Palácio do Campo das Princesas. O representante europeu explicou que a Missão, programada para o próximo mês de maio, prevê a aproximação e o fortalecimento dos laços entre a UE e Pernambuco, abrindo, também, possibilidades de novas parcerias nas áreas de economia criativa, cultura, turismo e indústria. "Será um momento importante, que nos dará a oportunidade de apresentar um pouco mais do nosso Estado para representantes da União Europeia. A escolha de Pernambuco para receber a Missão mostra, mais uma vez, o reconhecimento da nossa capacidade e empreender em diferentes setores, sempre com o mesmo afinco e determinação˜, ressaltou o governador Paulo Câmara. João Cravinho esclareceu que, todos os anos, os embaixadores da União Europeia no País visitam uma parte do Brasil com o propósito de conhecer e observar prováveis investimentos do bloco. “Este ano, escolhi Pernambuco, e a escolha foi muito bem recebida pelos meus colegas. É um dos Estados com maior riqueza cultural do Brasil e que possui experiências econômicas importantes”, destacou. Ele explicou que a Missão será realizada no período de 18 a 21 de maio deste ano e que a ideia é aprofundar os conhecimentos sobre a parte histórica, cultural, científica e econômica do Estado, com grandes possibilidades de negócios. “Tive a oportunidade de ser recebido pelo governador Paulo Câmara, que colocou o Governo de Pernambuco à disposição para a organização desse projeto. Então, vejo esta Missão Anual com grande expectativa. Estou confiante, pois temos todas as condições para fazer uma excelente visita a Pernambuco em maio”, frisou. Também participaram do encontro o vice-governador do Estado e secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry; o secretário de Cultura, Marcelino Granja; o secretário-chefe da Assessoria Especial, José Neto; e a conselheira política e cultural da UE, Concepción Fernandez de La Puente. (Blog Governo do Estado)

Pernambuco receberá Missão de embaixadores da União Europeia Read More »

Governo reduz a estimativa de crescimento econômico para 2017

A economia brasileira deve apresentar crescimento de 0,5% este ano, segundo estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país), divulgada hoje (22), em Brasília, pelo Ministério da Fazenda. A projeção anterior era 1%. A estimativa está próxima da esperada pelo mercado financeiro, que projeta expansão do PIB de 0,48%. Em 2016, o PIB teve queda de 3,6%. Para 2018, a estimativa é de expansão do PIB em 2,5%. A projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 4,3% este ano, e 4,5% em 2018. A estimativa anterior do governo para a inflação este ano era 4,7%. Hoje, o governo também divulgará o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, lançado a cada dois meses, com os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com novos limites de gastos para cada ministério ou órgão federal. Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que não está descartado o aumento de impostos e disse que o valor do contingenciamento será a "combinação possível". Segundo ele, o objetivo principal é cumprir a meta fiscal de 2017, com um déficit previsto de R$ 139 bilhões. Comparação entre trimestres O Ministério da Fazenda também atualizou as estimativas para o PIB na comparação entre trimestres. Apesar de encerrar o ano com expansão de 0,5%, o PIB registrará crescimento de 2,7% no quarto trimestre deste ano (outubro a dezembro) em relação ao mesmo trimestre de 2016, informou o ministério. O número representa uma melhoria em relação a declarações anteriores do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Meirelles tinha afirmado que o PIB chegaria ao quarto trimestre com expansão de 2% na comparação com o mesmo trimestre de 2016.. No início deste mês, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro tinha dito que o crescimento na comparação trimestral ficaria em 2,4% . "O importante é a comparação trimestral [trimestre contra trimestre do ano anterior]. É esse número que dá a sensação térmica da economia", explicou o secretário de Polícia Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. Ele não informou o impacto da revisão do PIB sobre o Orçamento em 2017. Ainda hoje à tarde, o Ministério do Planejamento anunciará a revisão das receitas e o contingenciamento (bloqueio de gastos não obrigatórios) para este ano com base na reestimativa do PIB. (Agência Brasil)

Governo reduz a estimativa de crescimento econômico para 2017 Read More »

Balança Comercial pernambucana registra maior alta do Nordeste nas exportações

O ano de 2017 tem apresentado bons resultados para as exportações em Pernambuco e os empresários comemoram. No mês de fevereiro, as vendas para o exterior totalizaram US$ 190.576.102 (FOB), um aumento de 231,49% em relação ao mesmo período de 2016, que obteve US$ 57.490.778. Segundo a análise da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), o estado segue na segunda posição no ranking de exportação do Nordeste, no entanto, o crescimento obtido no período foi o maior na região. A Bahia, que ocupa a primeira colocação no volume financeiro de exportação ficou com US$ 462.587.058, uma queda de 13,55%. O Maranhão cresceu 27,88%, ficando com US$178.452.256, seguido do Ceará US$ 175.369.620, que teve uma elevação de 116,76% nas vendas para o exterior. Os combustíveis, óleos e cerais minerais continuam liderando a participação nas exportações 33,91%. Os veículos automotivos ficaram com 20,84%, seguida de plástico e suas obras (14,61%) e açucares e produtos de confeitaria (11,51%). Argentina, Estados Unidos, Espanha, Cingapura e Países Baixos (Holanda) aparecem no estudo como os principais destinos de escoamento da produção pernambucana. Para o gerente de desenvolvimento empresarial da FIEPE, Maurício Laranjeira, a venda para o exterior é uma extensão natural do mercado interno. “Diante do atual cenário econômico, as empresas estão buscando estratégias para continuar crescendo e uma boa opção tem sido intensificar as relações comerciais com outros países. Os nossos produtos estão ganhando espaço e sendo bem aceitos lá fora”, declarou. Recentemente, a Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, deu início as exportações de vergalhões de aço para o Peru. A previsão é exportar 4 mil toneladas. Já as importações pernambucanas somaram US$ 501.120.833 (FOB), um crescimento de 35,39% em comparação a fevereiro do ano passado (US$ 370.126.505). O saldo da balança foi deficitário em US$ 310.544.731. No acumulado de março de 2016 a fevereiro de 2017, as exportações pernambucanas somaram aproximadamente US$ 1.640.110.776 (FOB), apresentando uma alta de 50,8% em relação às exportações de igual período do ano anterior. Por sua vez, as importações somaram US$ 4.803.001.102, 0,6% superior ao número alcançado em 2016. Com esse resultado, o saldo da balança comercial do Estado para o período foi negativo em US$ 3.162.890.326. Já a Balança Comercial Brasileira foi superavitária em US$ 51.005.776.968. SOBRE A FIEPE: Fundada em 1939, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), é uma entidade que promove o desenvolvimento da indústria local, contribuindo para o aperfeiçoamento empresarial e para a melhoria das condições socioeconômicas regionais e nacionais. Composta por uma base sindical integrada por 34 sindicatos de diversos segmentos industriais, a Federação oferece aos associados, serviços como: pesquisas técnicas, apoio jurídico, suporte para exportações e importação, intermediação de convênios internacionais, cursos de capacitação, entre outros. Além disso a FIEPE integra e coordena o Sistema FIEPE, composto por quatro órgãos vinculados: Serviço Social da Indústria de Pernambuco (SESI); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco (SENAI); Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco (IEL) e Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco (CIEPE). (Da Fiepe)

Balança Comercial pernambucana registra maior alta do Nordeste nas exportações Read More »

Seminário vai debater os aspectos jurídicos da Revolução de Pernambucana de 1817

Em 29 de março de 1817, os revolucionários pernambucanos que lutavam contra a Coroa Portuguesa promulgavam a Lei Orgânica da República de Pernambuco. Duzentos anos depois, a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE), a Faculdade de Direito de Pernambuco (FDR/UFPE) e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) reúnem especialistas para debater os contornos jurídicos da República que durou 74 dias. O Seminário Aspectos Políticos e Metajurídicos da Revolução de 1817 acontecerá no dia 28 de março, às 19h no Salão Nobre da FDR/UFPE. Integrando o conjunto de eventos do Governo do Estado em comemoração ao bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, o evento contará com palestra de Gilberto Bercovici, professor titular de Direito Econômico e Economia Política da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Em seguida, haverá debate com procurador do Estado Marcelo Casseb Continentino e com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unicap e procurador do Banco Central, Marcelo Labanca. O seminário é coordenado pelo diretor da FDR/UFPE, Francisco Queiroz Cavalcanti, e pelo procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla. O evento é aberto ao público. (Blog do Governo de Pernambuco)

Seminário vai debater os aspectos jurídicos da Revolução de Pernambucana de 1817 Read More »

A história de um vigário

No Recife Antigo, centro econômico brasileiro em parte do século 19, existe uma rua chamada Vigário Tenório. Lamentavelmente, poucos sabem quem ele foi. Para começar, defina-se que a palavra vigário define o religioso que, investido dos poderes de outro, exerce em seu nome suas funções. No uso informal, porém, de forma nada airosa, vigário é quem trapaceia, faz velhacaria, é vigarista, enfim. Tanto que na música Tamo aí na atividade (sic), a banda Charlie Brown Júnior canta Eu nasci pobre mas não nasci otário. Eu é que não caio no conto do vigário. Quer saber o porquê da expressão conto do vigário? Conta-se que no século 18 havia uma disputa entre os vigários de duas paróquia de Minas Gerais por uma imagem sacra. Um deles, então, para pôr fim à disputa, propôs amarrar a santa a um burro que estava solto na rua, exatamente entre as duas igrejas. A paróquia para a qual o burro fosse ficaria com a imagem. Assim foi feito. Logo depois, porém, descobriu-se que o burro pertencia ao vigário da igreja vencedora. Foi aí que a expressão conto do vigário, passou a ser sinônimo de embuste, mas o que você vai ler a seguir não é ficção, não é conto. É pura história. História do Brasil, do heroico vigário Tenório. Em 1817 eclodiu a Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres. Um ano antes houvera uma grande seca no Estado, causando queda na produção do açúcar e do algodão que sustentavam a economia, o que redundou em miséria para grande parte da população. Faltavam farinha e feijão. E tendo a fome como conselheira, a revolta se tornou inevitável. É ai que entra em cena um dos mais valorosos e destemidos homens da nossa história: O padre Pedro de Souza Tenório ou mais notadamente o vigário Tenório. Educado na Universidade de Coimbra, Portugal, designado para a paróquia da vila de Nossa Senhora da Conceição, hoje Vila Velha, em Itamaracá, ali ele revolucionou não só a prática pastoral, mas a agricultura, com as mais modernas técnicas agrícolas, e implantando novas culturas de cana-de-açúcar e máquinas revolucionárias para a época. Acontece que a revolta foi descoberta, e toda a guarnição do forte se preparou para a guerra. O padre Tenório, por sua vez, cercou o forte com os paroquianos e uma pequena tropa vinda em seu auxílio. Só que enquanto fazia o cerco, relata o romance A Noiva da Revolução, o vigário Tenório mandou perguntar se o comandante do Forte Orange estava contra ou a favor do novo governo, e a resposta foi que “quem quisesse saber fosse lá indagar, pessoalmente...” Ele foi. Sozinho. Arrostando todos os riscos. Rendeu toda a guarnição portuguesa e deu voz de prisão ao juiz de Goiana, ali refugiado, obrigando-o a bradar “viva a revolução, viva a pátria e viva a liberdade!” Motivados pelo exemplo, os revoltosos dominaram os demais distritos, todavia, meses depois, o movimento foi sufocado, resultando em severa punição dos seus líderes. Pedro de Sousa Tenório, vigário de Itamaracá, sofreu o mais abjeto vilipêndio. Foi enforcado, teve a cabeça decepada, as mãos cortadas, o corpo amarrado a dois cavalos e arrastado pelas ruas do Recife, transformando-se em um mártir da liberdade do Brasil. Sua cabeça e as mãos foram pregadas em um poste da Vila de Goiana, até caírem, e em seguida depositados na Igreja da Misericórdia naquela Vila. O que restou do corpo atrelado aos cavalos foi sepultado no cemitério da igreja de Santo Antônio, no Centro do Recife. Nascido em 29 de junho de 1779, Pedro de Sousa Tenório, o Vigário Tenório, foi morto em 10 de junho de 1817, aos 38 anos de idade. Por tudo o que ele foi, por sua luta, por sua bravura, por seu martírio, ele é muito mais do que uma rua estreita do Recife Antigo. Ele é um exemplo que não pode desaparecer da memória dos pernambucanos. *Por Marcelo Alcoforado

A história de um vigário Read More »

Virei escritor por causa da revolução

O romance A Noiva da Revolução tem sido responsável por tornar mais conhecido do público o movimento de 1817. Nesta entrevista, o autor da obra, Paulo Santos, comenta como concebeu o livro, analisa porque essa parte da história do País foi “deletada da memória nacional” e fala sobre seus projetos futuros. Como você começou no jornalismo? Eu havia entrado num curso de geologia e descobri que não tinha vocação.  Chegou um momento em que larguei tudo e resolvi trabalhar. Comecei como cartunista no jornal, aos 19 anos. Depois, passei dois anos em São Paulo. Voltei para o Recife, trabalhei no Jornal do Commercio, como cartunista, mas fazia reportagem eventualmente. Fui correspondente da imprensa alternativa, nos jornais Movimento e Em Tempo, nos anos 70. Nos anos 80, ajudei a fundar a ONG Equipe de Comunicação Sindical. Passei uma década trabalhando com sindicatos e associações de bairros. Nos anos 90,  me apaixonei por informática e fundei uma empresa de consultoria que atuava no uso da informática na comunicação. Depois, fundei outra empresa, dessa vez para desenvolver softwares. Aí a coisa não caminhou bem e daí já fiz um monte de coisas. Com a virada do século, resolvi escrever. Sempre gostou de escrever sobre história? Sempre fui apaixonado, cheguei até a cursar um ano de história na UFPE, mas trabalhava em jornal, fazia militância, gostava muito de namorar (risos), então, não havia tempo. Tive que abandonar o curso. Conversando com um grande amigo historiador, me interessei pela Revolução de 1817, comecei a ler e pesquisar sobre ela. Fiquei escandalizado com o tamanho da minha ignorância sobre o assunto, que era certamente igual à de 99,9% dos pernambucanos. Não sou um sujeito desinformado, mas não sabia nada sobre um dos eventos mais importantes da história do Brasil. Resolvi que tinha que escrever sobre isso. Num primeiro momento, seria algo  como “história contada por jornalista”. Depois percebi que teria que ter um tratamento romanceado, pelo próprio romantismo dos personagens e fatos. Não dava para escrever de forma estritamente descritiva, sem colocar emoção. Virei romancista por causa da vontade de contar essa história. A Noiva da Revolução foi seu primeiro livro? Sim. Faz 10 anos que foi lançado. Passei três pesquisando. Como foi esse trabalho de pesquisa? Eu li muito. Não fui em nenhuma fonte primária, pesquisei somente em livros, publicações, etc. Há muita informação. Tive que eliminar metade do que consegui pesquisar. Não é que a história de Pernambuco seja mal estudada. A historiografia do Estado é fantástica, é a mais rica do Brasil, e temos historiadores à altura dela: Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre, Evaldo Cabral de Mello, Oliveira Lima. O que não existe é a divulgação dessa informação. Ela mora no universo acadêmico, falta um meio de campo para repassá-la para o povo. Se você perguntar a qualquer um quem foi Cruz Cabugá, Padre Roma, Gervásio Pires, quem vai saber? São personagens importantíssimos na história do Brasil. Por que a Revolução de 1817 é tão desconhecida e a Inconfidência Mineira não? Pernambuco possuía questões políticas avançadas. No primeiro dia de governo da revolução, decretou-se o fim dos tratamentos de “vosmicê” e “senhor” para as pessoas importantes. Todo mundo era igual. Essa era a mentalidade dos revolucionários. A Revolução Praieira falava de uma ideia de comunismo, em 1848. Karl Marx ainda estava escrevendo o Manifesto Comunista na Alemanha. Enquanto aqui já havia uma revista, chamada O Progresso, discutindo socialismo. Então, não interessava a muita gente que tudo isso fosse discutido e propagado. Existem anotações do Varnhagen, historiador oficial do Império, em que ele dizia que estava lendo sobre a Revolução de 1817, mas que ela não deveria ser divulgada. A revolução propunha a independência, então era interessante não falar dela no período colonial. Depois da independência, o Brasil se tornou império, mas a revolução era republicana. O único período em que foi prestigiada foi durante a República Velha, porque interessava politicamente. No centenário da revolução, o dia 6 de março foi decretado feriado nacional. Quando surgiu o Estado Novo, a revolução voltou a ser ocultada porque era federalista. Com o Golpe Militar fica ainda mais óbvio: a Revolução de 1817 era radicalmente democrática. Política é marketing e a República precisava de um símbolo. A candidatura de Frei Caneca foi lançada, só que ele era subversivo demais: padre casado com três filhos, brigão, provocador e revolucionário mesmo, de pegar em armas. Grande intelectual e poeta. A qualificação dele para ser símbolo do Brasil era superior à de Tiradentes. O que Tiradentes fez? Com todo o respeito, ele foi um mártir, mas não fez nada além de morrer. Ele não tinha imagem e é retratado como se fosse um Cristo. É um simbolo fake. Quais os aspectos progressistas da revolução? Em 1910, Oliveira Lima definiu 1817 como o único movimento no Brasil que pode ser chamado de revolução. Naquele tempo, não havia acontecido a Revolução de 1930, que considero que possa ser também chamada por esse nome. O projeto político da nossa revolução é muito mais avançado do que todos os outros propostos no País até então. Ela fez uma reforma tributária radical, criou a primeira polícia. E funcionou. Os governadores da revolução nem recebiam salário. Para eles, era uma honra exercer esse cargo. Ela se espalhou para a Paraíba e o Rio Grande do Norte. Na Paraíba, o governo revolucionário era mais radical. Eles chegaram a discutir a participação das mulheres. Naquela época, mulher não tinha direito a participar de luta política. Considero esse o primeiro passo para torná-las cidadãs. Mas o resultado foi terrível, porque os pais e maridos ficaram contra. Se o projeto político da Revolução de 1817 tivesse dado certo, o Brasil seria completamente diferente do que é hoje. Por que os revolucionários não extinguiram a escravidão? Porque era politicamente inviável. Toda a mão de obra era escrava. Não era possível acabar com a escravidão do dia para a noite, mas os escravos que quisessem entrar no Exército eram libertados. Então, foi assinado o primeiro ato abolicionista do Brasil. E o governo

Virei escritor por causa da revolução Read More »

Ideais da Revolução de 1817 continuam atuais e necessários

Há 200 anos, Pernambuco viveu quase três meses de independência do Brasil e de Portugal. A primeira experiência republicana no País logo foi reprimida pela Coroa Portuguesa. Os ideais e contestações dos revolucionários, porém, não morreram. Repercutiram. E alguns problemas levantados pelos heróis da revolução permanecem sendo discutidos hoje. Afinal, que reticências deixadas por aqueles acontecimentos ainda são motivos de luta dos pernambucanos atualmente? A eclosão do movimento de 1817 aconteceu nove anos após o desembarque da família real portuguesa no Brasil. Esse fato, na análise dos especialistas, é marcante para que se acentuem as insatisfações da província, que era uma das mais prósperas na época. Desde que Dom João VI desembarcou no País, a população passou a sofrer com o aumento de impostos para sustentar o monarca e outras 15 mil pessoas que vieram com ele de Portugal.  “Havia uma grande exploração da Corte no Estado. Exemplo disso era o fato de a cidade do Rio de Janeiro ser iluminada com os impostos cobrados no Recife, que vivia às escuras”, exemplifica o historiador Leonardo Dantas. LEIA TAMBÉM Pernambuco falando para o mundo através de Cruz Cabugá Movimentos seguem na defesa da independência Um passeio pelos caminhos da Revolução Os clamores atuais do País por uma reforma tributária e uma melhor distribuição dos recursos da federação guardam semelhanças com o período revolucionário. “Quando a gente não resolve os problemas, os ciclos históricos tendem a se repetir. Os fatos se passam quase os mesmos, só que em camadas diferentes”, avalia o presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Luiz Otávio Cavalcanti, fazendo uma comparação com a insatisfação com os altos tributos sem o devido retorno para o Estado já no século 19. O advogado e especialista em direito público, Fábio Silveira, destaca que vários levantes que aconteceram naquele período se deram justamente pelo volume de tributos impostos aos cidadãos. “Eles chegavam ao ponto de tirar a capacidade econômica e produtiva da população.  Isso fez com que irradiasse aqui a Revolução de 1817. Hoje voltamos a ter uma carga tributária altíssima e um modelo complexo de tributação”. E outro problema que ainda não se resolveu no País é a instauração de um modelo consistente de federação, uma das principais bandeiras dos revolucionários pernambucanos, que contestavam o poder centralizador da Coroa.  “A ideia deles era criar um sistema federativo em que as províncias tivessem seu autogoverno e também uma representação parlamentar. Havia uma inspiração do modelo que se instaurou na América do Norte”, explica o presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), George Cabral. Uma das consequências dessa situação é a centralização pela União dos recursos arrecadados no País. “No século 19 o poder moderador da Coroa era centralizador, como toda monarquia. Dessa vez, a concentração é de outra forma, naquela época era politica e administrativa. Agora é financeira. A União consegue sugar quase todas as riquezas do modelo produtivo, que fortalece muito seu cofre e deixa os demais entes da Federação à mercê dela”, declara Fábio Silveira. Mas um debate para encontrar soluções tem crescido nos últimos anos. Entre elas, a rediscussão do chamado Pacto Federativo (mecanismo que define a relação fiscal entre os entes da Federação). O tema foi muito debatido na última eleição presidencial, principalmente por um pernambucano, o então presidenciável Eduardo Campos. Um dos defensores da ideia, o deputado Tadeu Alencar em recente discurso, lembrou que a situação parecia melhorar com a promulgação da Constituição de 1988. Pela nova Carta, 30% dos recursos arrecadados ficavam com a União, distribuindo os 70% restantes com os Estados e municípios. “Hoje, essa equação foi inteiramente subvertida, fazendo com que governos estaduais e prefeituras promovam, de tempos em tempos, a mais ultrajante caravana em busca de recursos junto ao Poder Central”, critica Alencar. A pauta chega em 2017 nas mãos do presidente Michel Temer, que se apresenta como líder de um governo reformista. “Agora, o Executivo quer se empenhar na reforma tributária. É mais uma reforma que queremos patrocinar e levar adiante”, prometeu o presidente no seu balanço de gestão em 2016. Porém, diferente do que pretendiam os revolucionários de 1817, a reforma em andamento foca mais na simplificação da legislação dos tributos do que na diminuição dos impostos ou na melhor partilha da arrecadação entre a União e os Estados. “A reforma de hoje significa tirar de um canto para colocar em outro. Isso sem perder arrecadação. É uma carga de País desenvolvido, mas com um retorno de serviços públicos muito baixo”, critica o professor do departamento de economia da UFPE, João Policarpo Lima. Para conseguir avanços no Pacto Federativo Luiz Otávio Cavalcanti avalia que há condições de reverter o quadro atual e sugere um caminho político. “Não estou defendendo a Confederação do Equador, mas defendo a Confederação do Nordeste. O que seria? Seria todos os Estados se unirem em torno de uma agenda comum, um projeto comum. Se a bancada nordestina é tão poderosa a ponto de eleger a mesa da Câmara ou de indicar ministros de Estado, por que a gente não se une programaticamente para promover mudanças?”     DEPENDÊNCIA Durante esses dois séculos, segundo Cavalcanti, o Nordeste manteve-se dependente. Primeiro em razão dos interesses lusitanos e atualmente com a política econômica do País, que beneficia a indústria paulista. Ele afirma que a legislação alfandegária do País prejudica Estados nordestinos, ao erigir uma barreira fiscal e tributária que dificulta a importação de bens produzidos no exterior. “Isso torna a região cativa dos produtos fabricados pela indústria paulista. Compramos assim produtos mais caros e de menor qualidade, em vez de termos acesso a bens produzidos na Europa e Estados Unidos. Então, o que existia na época era o colonialismo, o que existe hoje é o neocolonialismo interno”. É fácil compreender a comparação feita por Cavalcanti: a situação econômica  de Pernambuco se agravara com a seca de 1816 (veja matéria na página 18), que reduziu a produção de açúcar e algodão. Ao lado disso,  produtos pernambucanos passaram a conviver com a concorrência de outros países, com forte impacto na

Ideais da Revolução de 1817 continuam atuais e necessários Read More »