Mário Neto – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Velocidade no trânsito: quanto menor melhor, para todo mundo!

*Por Mário Neto Um dia desses, diante das imagens referentes a um acidente grave, registrado por câmeras de monitoramento na avenida Boa Viagem e que deixou seis pessoas mortas de forma violenta e instantânea, fiquei pensando o quanto a nossa vida está sempre por um fio. Nas imagens fortes, um veículo vem, em alta velocidade, em direção a uma árvore. Três segundos, todos vivos… dois segundos… ainda vivos e, provavelmente, em pânico… um segundo, último instante de vida… Colisão!… quase todos mortos e um agonizando (morreu em seguida)! Imaginei: “Meu Deus, como a velocidade pode ser fatal no trânsito!” Mas, vamos combinar, não é de hoje que todos nós sabemos que, quando o assunto é trânsito, não são apenas o álcool e a direção que não combinam. A velocidade também é inimiga do trânsito, em qualquer lugar do mundo. Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde afirma que ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado como uma das principais causas de acidentes do mundo. O Relatório de Status Global de Segurança Viária da ONU, lá de 2018, já dizia que acidentes de trânsito eram a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos e ainda, que perdíamos cerca de 1,35 milhão de vidas anualmente no trânsito mundial. E, isso deve ter crescido, já que o relatório apontava que não havia sido notado muito progresso na área. É fato que algumas exceções podem ser citadas, como um seleto grupo de cidades que, nos últimos anos, vêm adotando medidas para mudar essa triste realidade, procurando readequar os limites de velocidade em várias vias. Por exemplo, a partir de 2022, em países como o Reino Unido, todos os novos carros vendidos passaram a vir equipados com um dispositivo que impede que os motoristas excedam o limite de velocidade seguindo as regras de segurança viária da União Europeia. O limitador de velocidade, conhecido por ISA (Intelligence Speed Assistance), funciona por GPS e câmeras de reconhecimento de sinais que detectam o limite de velocidade do trecho que o veículo está percorrendo, emitindo um sinal para que o carro reduza a velocidade automaticamente. A expectativa é a de que, em 15 anos, o uso do novo dispositivo possa poupar cerca de 25 mil vidas no trânsito, por lá. Medidas semelhantes às tomadas na Europa vêm sendo experimentadas em diversas partes do mundo. Aqui no Nordeste brasileiro, por exemplo, em Fortaleza, no ano de 2018, foi implantada uma ação de readequação na Avenida Leste-Oeste, conhecida por ser a avenida em que mais ocorriam acidentes na capital. A velocidade máxima foi reduzida de 60 para 50km/h e, em apenas seis meses, o número de chamados para acidentes com vítimas foi reduzido em 84%. Além disso, verificou-se que o número de motoristas que excediam a nova velocidade era apenas de 2%. E, no Recife? Como está a questão do controle de velocidade, no trânsito? Uma nova fase de pesquisa iniciada em julho e que deve se estender até meados deste mês de agosto está (com radares móveis, aferindo a velocidade dos veículos), nas ruas, para entender o comportamento dos condutores. Nas fases iniciais, desde 2020, motociclistas são os que mais desrespeitam os limites de velocidade, no Recife, seguidos por veículos leves e pesados. Realizada em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, a pesquisa conta com metodologia da Johns Hopkins University, dos Estados Unidos, e apoio operacional da Universidade Federal do Ceará. A partir dos resultados obtidos será possível construir políticas públicas de segurança viária, baseadas em evidências para evitar os fatores de risco e, consequentemente, reduzir os sinistros de trânsito. Se faz urgente que a engenharia de trânsito trabalhe em torno de planejamento e implantação de projetos que levem à educação e respeito ao trânsito, induzam à adequação à velocidade, fiscalizem com rigor os abusos e punam de forma exemplar os infratores, criando uma cultura de disciplina, responsabilidade e obediência. E, em paralelo, quem tiver a consciência de quanto isso é importante, já praticar estas iniciativas, pelo bem de todos nós.

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O ponto de vista do glaucoma sob o olhar de um especialista

O mês de maio foi marcado pela visão voltada ao glaucoma, já que no dia 26, um domingo, – no qual, certamente, estávamos nos beneficiando e exercitando esse sentido fantástico e complexo, que é o de enxergar o mundo e tudo o que está inserido nele – foi lembrado o Dia Nacional de Combate à doença, que é a principal causa de cegueira irreversível, atingindo cerca de 100 milhões de pessoas, em todo o nosso planeta. Mas, o que vem a ser o glaucoma? Vamos lá…Conversei sobre o tema – que interessa a mim, a você e a todas as pessoas que conhecemos – com um especialista e estudioso da doença, o médico oftalmologista Hellmann Cavalcanti e, como bom entendedor sobre o assunto, ele me passou, de forma bem didática, as informações que precisamos saber sobre o problema. Imagine, então, um cabo ótico que tem várias fibras e que, esse mesmo cabo, vá perdendo estas fibras, uma a uma, por estarem se desgastando. Certamente, com o tempo, os dados que forem passando por aquele cabo, em algum momento, cessarão, e a transmissão estará afetada. Da mesma forma acontece em nosso olho, quando temos o glaucoma. As fibras nervosas vão se degenerando a cada dia, até causar a cegueira, caso o problema não seja detectado em tempo hábil para evitar essa perda da visão. E, aí, você já deve estar se perguntando: “Danousse, e o que causa isso?” A causa pode ser variável, mas o aumento da pressão dos olhos é o ponto de partida mais comum para o aparecimento da doença. A hereditariedade também é um fator importante (casos de glaucoma ou cegueira na família) além da miopia, que pode colaborar para se levar à enfermidade. A partir destas informações, alguém pode imaginar: “Ah, mas eu não tenho essas predisposições e também não sinto qualquer alteração na minha visão. E, aí pode-se cometer o primeiro grande erro. Isso porque, o glaucoma é uma doença silenciosa, ou seja, como as fibras vão se destruindo aos poucos, acabamos não percebendo a evolução e, no momento no qual os sintomas de limitação da visão se tornem aparentes, já se estará num quadro bem avançado. Um dado preocupante, foi relatado pelo especialista em oftalmologia sobre essa questão: hoje, no Brasil, mais de 90% das pessoas que estão com glaucoma não sabem que têm a doença. Bom, mas, a partir daí, percebendo o problema, é só procurar um especialista, diagnosticar o mal e iniciar o tratamento para reverter a doença, podendo voltar a enxergar de forma plena, não é mesmo? Errado. Aí está o segundo grande equívoco das pessoas. E, tem muita gente que pensa assim. Mais do que você imagina. Só para se ter ideia, recentemente, uma pesquisa sobre o tema, realizada nos Estados Unidos, mostrou que 54% dos entrevistados acreditavam que o glaucoma poderia ser revertido, a partir do momento que fosse descoberto. E olhe que estamos falando sobre um país desenvolvido, de primeiro mundo. Meu Deus! E agora, é o fim do mundo? Claro que não! E, então, o que fazer para saber mais sobre o assunto e evitar o problema? Bem, inicialmente, como todo mundo, devemos nos preocupar com a nossa saúde. A alimentação saudável, os exercícios físicos e uma qualidade de vida razoável, são o básico, já que, se evitamos problemas que nos levem, por exemplo, a termos, lá na frente, o diabetes (outro fator que pode colaborar para desenvolvermos o glaucoma), é uma forma de fazer a prevenção. No mais, a visita regular, desde a infância (crianças e jovens também podem ser acometidas) ao oftalmologista, pode, em algum momento, detectar precocemente a doença e estacioná-la, passando a administrá-la, sem o risco depender a visão. Portanto, encerro esta coluna relembrando um comercial de minha infância, do qual talvez você lembre também, em que, uma pessoa, sentada numa cadeira, falava sobre a resistência que temos em ir ao oftalmologista. Era sobre usar óculos de grau. Ao final, a mesma pessoa dizia…”Eu, por exemplo, não preciso usar óculos de grau, mas gostaria muito de poder usá-los”, imediatamente se levantando da cadeira, com uma guia, andando lentamente. Era um portador de deficiência visual. Certamente, podemos evitar isso.

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O Recife, “de volta para o futuro” 3

Chegamos ao último episódio da trilogia relacionada aos 500 anos do Recife. Se você não acompanhou os dois primeiros, pode dar uma “espiadinha” (não é o BBB, tá? 🙂 nas duas edições anteriores e ler a coluna, para compreender melhor todo o contexto que permeia o assunto abordado. E, assim como prometemos na segunda parte, no mês passado, hoje vamos “fechar a conta”, concluindo esta “trilogia”, com uma dica de leitura, que contém todas as informações relacionadas ao projeto Recife 500 anos. Trata-se de uma coleção, lançada em fevereiro de 2022, que inclui os livros Recife 500 anos, Parque Capibaribe e, o que será tema desta coluna: Recife Drenagem Urbana. Consultar versões digitais pelo link: https://editora.cepe.com.br/catalogo/colecao-recife-500-anos Um trabalho realizado pela Cepe (Companhia Editora de Pernambuco), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ODR (Observatório do Recife), com o objetivo de colaborar para ser referência e fonte de consulta, para qualquer um de nós, sobre a cidade. Particularmente, considero que este último pedaço da trilogia é da maior importância para que possamos compreender melhor sobre as realidades com as quais já convivemos, atualmente, e cujas soluções precisam ser validadas, para chegarmos a 2037, lá nos 500 anos do Recife, com problemas mitigados ou até mesmo melhor administrados. E, a tendência é a de que, com esses aquecimentos sucessivos do clima no nosso planeta, o Recife seja a 16ª cidade no mundo inteiro mais suscetível às mudanças climáticas e ao aumento do nível dos oceanos. Mas, antes que você comece a acreditar que sou o cavaleiro do apocalipse, vou logo dizendo que tem jeito pra isso. E, passa pela drenagem urbana da cidade. O terceiro livro da coleção (veja a coleção toda) traz um diagnóstico, mostrando os obstáculos da nossa drenagem e as opções de solução. Com isso, espera-se colaborar para que essas informações e dados possam nortear a consolidação de um compromisso coletivo (meu, seu, nosso), com o futuro da nossa cidade. Algo que seja economicamente consistente, socialmente justo e ambientalmente sustentável, lá nos 500 anos, para a nossa querida “Veneza” brasileira. Bora ou Vamos? 🙂 A esta altura, você pode estar se perguntando: “e que realidades são essas?” Vou direto ao ponto. Falo sobre os clássicos (e crescentes) trechos de alagamento da capital pernambucana (e também da Região Metropolitana do Recife). Hoje, pode ser um dia de sol daqueles de “rachar” (hellcife) mas, se tivermos em períodos de lua nova ou cheia, com marés altas a partir de 2,5 cm, certamente, iremos encontrar ruas e avenidas literalmente alagadas em váaaarios bairros, né? Se for no inverno então (raincife), nem precisa falar. E, sabe por quê? Porque, desde a fundação, o Recife se instalou numa planície que era um estuário natural, a poucos metros acima do nível do mar, onde a cidade foi crescendo e ocupando terrenos baixos e alagados. Essa ocupação, sem um ordenamento, avançou, com o assoreamento dos caminhos de córregos e rios, com aterros sucessivos, que ampliaram as áreas de construção. O resultado está aí para darmos uma de Tomé e “ver para crer”. Uma vez, realizando um trabalho de faculdade, descobri que, no meio do prédio da Sinagoga Israelita, na rua do Bom Jesus, existe um muro de divisão com o rio, ou seja, dali para trás, tudo é aterro (os prédios do Banco do Brasil, TRF, TRT, e até da Prefeitura, ou seja, o Cais do Apolo inteiro). O Bairro do Recife é hoje 90% aterro e apenas 10% são do istmo original. Vá lá na sinagoga conferir. E creia! 🙂

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O Recife, “de volta para o futuro 2” (por Mário Neto)

Neste novo contato com você, caro(a) leitor(ora), vou dar prosseguimento ao assunto abordado na minha estreia, nesta coluna. Aliás, pretendo ampliar a discussão a respeito da trilogia que, assim como nas telas de cinema obviamente teve três edições (1985/1989/1990), pode ser dividida, na vida real da capital pernambucana, em três momentos: O início da abertura da avenida Dantas Barreto (1943), assunto abordado na coluna anterior (se você não leu ainda, recomendo, para se situar), a criação da Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia), em 2013, e a data dos 500 anos do Recife, em 2037. Caso você ainda não sabia, a nossa Veneza Brasileira será, em 2037, a primeira capital atual do País a completar cinco séculos. Quem discorda de que será um verdadeiro marco histórico? E, muito além da mania de grandeza que dizem termos (que, por si só, já demonstra o orgulho de sermos recifenses, independente de todos os desafios e obstáculos que ainda temos pela frente), será o símbolo dessa caminhada para chegarmos mais próximos desse futuro que tanto queremos para nós, nossos filhos e netos. Pois bem, além do gigantesco boulevard, que deve começar no Palácio do Campo das Princesas (Praça da República), passando pelo antigo prédio do INSS, avenida Guararapes, avenida Dantas Barreto, até chegar à frente d’água, no Cais Estelita, (detalhado pelo arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, na coluna do mês passado), há um outro projeto para um dos atores principais da nossa cidade: o rio Capibaribe. E, esse projeto tem nome: Parque Capibaribe, fruto das discussões iniciadas lá em 2013, pela Aries, dando vida ao Plano Recife 500 Anos, que tem como uma das metas reaproximar o recifense do rio que, antes de chegar à capital, percorre outros 41 municípios. A idéia é a de garantir, ao longo da margem do rio, a existência de corredores ecológicos e parques, num grande e integrado sistema que permita essa interação entre pessoas e meio ambiente, possibilitando melhorar a qualidade de vida, socializando, unindo e cuidando desse ecossistema do qual fazemos parte. E ninguém pode dizer hoje que isso é uma utopia. Já estamos observando essas mudanças em alguns pontos da cidade. São eles: O Jardim do Baobá, ali por trás da estação Ponte D’Uchoa, na avenida Rui Barbosa, na Praça Otávio de Freitas, e no recém-concluido Parque das Graças, que liga as pontes da Torre e da Capunga, pela margem do rio Capibaribe. Isso é o que poderíamos chamar de uma “degustação” do que pode (e está) por vir. Quando completo, o Projeto do Parque Capibaribe prevê mais de 30 quilômetros de extensão, com áreas requalificadas desde o Parque Santana e Caiara, passando pelo Parque da Jaqueira pelas pontes da Torre, Capunga e chegando até a Ponte e praça do Derby. Além disso, estão previstos, 200 km de rotas cicláveis, 12 passarelas, ligando 24 bairros pelo rio e 140 km de vias que estarão integradas ao meio ambiente, reoxigenando a cidade. Dê um like por isso! :). Trata-se de um projeto de longo prazo prioritário, que vai além de políticas de governo, deste ou daquele gestor municipal. Na verdade, é um projeto de Estado ( e, não confunda com do Estado). E, como em todo final de filme rolam as cenas extras após os créditos, vou dar um “spoiler” da próxima coluna, para o “Recife de volta pro futuro 3” o último desta série: vamos falar sobre uma outra trilogia que já está disponível para sua leitura e que contém todas essas e muito mais informações sobre o projeto Recife 500 anos…Aguarde! 🙂

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O Recife, “De volta para o futuro”

*Por Mário Neto Quem, de meia idade, não conhece o clássico filme, da década de 1980, no qual, um jovem volta ao passado, e que, quase compromete a própria existência, por interferir no contexto da relação dos futuros pais, precisando retornar ao futuro, a tempo de resgatar a própria história? Pois bem, guardadas as proporções de importância entre o que é ficção e realidade, esta situação bem poderia servir como analogia à história de um trecho do Centro do Recife, entre os bairros de Santo Antônio e São José. Por décadas, manteve o casario colonial e prédios históricos dos séculos 17 e 18 e que, por conta de intervenções polêmicas sucessivas, teve, literalmente, a existência e memoria demolidas, em prol de algo chamado de modernidade. A mais longa dessas polêmicas foi a abertura da avenida Dantas Barreto, a partir de 1943, com o início das demolições do trecho entre a Praça da República e a Avenida Guararapes, seguidas da Igreja de Nossa Senhora do Paraíso e outros edifícios históricos que formavam o antigo Pátio do Paraíso, além do Hospital São João de Deus e o quartel do regimento de artilharia, reduto da Revolução de 1817. Ao longo de algumas décadas, edificações como a Igreja do Bom Jesus dos Martírios também não foram poupadas. As obras se arrastaram por vários governos e, apenas em 1975, foram concluídas, Uma obra, que ganhava o selo de “vai dar ruim”, já que, segundo alguns especialistas, ligava o nada a lugar algum, por terminar nos muros da Rede Ferroviária. Mas, assim como na película, a vida imita a arte e, uma luz surge para tentar amenizar este erro histórico: o resgate do centro da ilha de Antônio Vaz, onde está localizada a via. Um projeto discutido atualmente entre profissionais da UFPE e prefeitura do Recife, visando a caminhada aos 500 anos da capital pernambucana, prevê, segundo o arquiteto e urbanista Roberto Montezuma, “um boulevard capaz de costurar um passeio urbano, como um sistema de jardins, nascendo na praça da República (antigo parque de Friburgo), passando pela Praça do Diário (antiga Praça do Comércio Holandês) seguindo para o Pátio do Carmo (símbolo do barroco brasileiro), encontrando o recinto da antiga igreja dos Milagres (demolida), envolvendo a praça Sérgio Loreto, até chegar, como apoteose urbana contemporânea, na bacia do Pina, contemplando um Parque das Águas, um novo passeio paisagístico a redesenhar toda uma nova borda em direção aos bairros do Recife, zona sul da Ilha e zona sul da cidade.” A esperança, então, se renova, na tentativa de resgatar um pouco daquele outrora tão rico espaço histórico. Que venha o futuro, para voltarmos ao passado e podermos, de uma vez por todas, salvar parte da história, dar mobilidade e utilidade àquela área da capital pernambucana.

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