Arquivos Algomais Saúde - Página 21 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Musculação é considerada estratégia eficaz para emagrecimento

Antes de começar qualquer modalidade de treino, é importante fazer consulta da saúde geral com o médico e avaliação física com o personal trainer - Foto: Canva *Por Jademilson Silva Personal trainer orienta sobre a modalidade e explica o motivo do treino de força ser tão importante para a boa forma. Muita gente se pergunta: “qual o melhor tipo de treino para emagrecimento?” A resposta não é tão simples assim. Hoje, boa parte da comunidade acadêmica, afirma que a musculação (treino de força ou resistido) é o melhor tipo para emagrecimento. O personal trainer, Valdir Monteiro, explica o motivo da musculação ser uma modalidade eficaz para emagrecer: “Treino de força exige uma demanda energética muito grande, principalmente com exercícios multiarticulares, como agachamento livre ou supino, fazendo com que nosso corpo utilize células de gordura como fonte de energia e nesse processo vai acontecendo o emagrecimento. Ao praticar musculação, estimulamos nosso organismo a desenvolver massa muscular e quanto mais músculos temos, mais energia precisamos para mantê-lo funcionando”, informa. Na teoria, quanto mais massa muscular existir no corpo, menos gordura teremos, porém, o fato de ter menos gordura no organismo tem muito mais a ver com nossa alimentação e estilo de vida. “Existem casos onde um indivíduo possui uma massa muscular elevada com um alto percentual de gordura também”, alerta Valdir Monteiro. Orientações para quem deseja começar na musculação: Motivação - O analista de TI, Hugo Santiago, de 43 anos, começou a treinar musculação ainda na adolescência, aos 15 anos. “A musculação virou um hábito prazeroso e treino de segunda a sexta. A musculação é um reforço importante para as aulas de jiu-jitsu”, diz Hugo, que também é aluno de arte marcial “Eu sempre vou indicar a musculação por seus vários benefícios à saúde, mas a preferência é que a pessoa encontre uma atividade à qual se identifique, pois, isso ajudará no processo de adesão à prática esportiva”, conclui o personal trainer. Além dos maquinários A musculação não é realizada apenas em maquinários de academia, mas, também: o uso de halteres, barras e kettlebells, são os chamados pesos livres; com o próprio peso do corpo: flexões, agachamentos, avanços, abdominais. Equipamentos de resistência: máquinas de musculação, além de: faixas elásticas, bolas medicinais, TRX (treinamento em suspensão) e rolos de espuma. Além de proporcionar o desenvolvimento muscular, a musculação também é benéfica para o aumento da taxa metabólica, melhora da composição corporal, prevenção de lesões, fortalecimento dos ossos e cuidado da saúde cardiovascular.   Valdir Monteiro é Profissional de Educação Física e pós-graduado em Reabilitação de Lesões e Doenças Musculoesqueléticas. @vl_monteiro90 CIRCUITO FEIRA – Foi anunciada a data da Recifitness 2023 – feira fitness de Pernambuco. O evento será realizado no pavilhão do Pernambuco Centro de Convenções, em Olinda, nos próximos dias 02 e 03 de setembro. Informações: @recifitness KARATÊ - O grupo Tribo de Judá realiza aulas gratuitas de Karatê, na Igreja Anglicana (PAES Lagoa), no bairro da Imbiribeira, todas as terças e quintas, às 09h e 17h. As aulas são abertas para toda comunidade. Informações: 81 9.9606.6014 com o Sensei Rogério Pereira EMAGRECIMENTO  - O I Simpósio EMAG do agreste acontece nos próximos dias 28 e 29 de outubro, em Caruaru, no SENAC. Contará com a participação de 8 palestras, abordando as novidades sobre o tratamento da obesidade e emagrecimento para profissionais de saúde. Informações: @eusouemag FIQUE POR DENTRO Existe horário melhor para treinar? Quem responde é o personal trainer Elton Alves "De maneira geral não existe um horário de treino específico e ideal que possa ser um padrão para as pessoas. Alguns fatores podem interferir no rendimento durante o exercício, como, por exemplo, a rotina do dia a dia e a falta de um planejamento alimentar adequado e individualizado. É importante lembrar que o processo de emagrecimento saudável e sustentável é um fenômeno biopsicossocial e multifatorial, que não se restringe somente ao treinamento físico. O exercício tem um papel fundamental no processo de emagrecimento, mas outros fatores precisam ser levados em consideração. O acompanhamento nutricional, médico e psicológico precisam andar juntos. O emagrecimento é um processo contínuo que precisa se manter ao longo da vida, buscando adquirir novos hábitos e estilo de vida. É dentro desse contexto que o treinamento precisa ser praticado". *Jademilson Silva é jornalista (jademilson@digitalfisher.com.br)

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10º Congresso Fenaess aborda crise, relações setoriais e piso da enfermagem

A Federação Nacional dos Estabelecimentos e Serviços de Saúde (Fenaess) e o Sindicato dos Hospitais Particulares de Pernambuco (Sindhospe) promovem o 10º Congresso Fenaess, marcado para os dias 24 e 25 de agosto no Hotel Marante, em Boa Viagem, Recife. Com o tema "Saúde brasileira: entre a realidade e a sobrevivência", o evento reúne líderes hospitalares de todo o país para debater os desafios e perspectivas do setor. Em um momento de transformações significativas, o congresso ocorre em meio ao término da pandemia de Covid-19 e ao aumento da judicialização na área da saúde, em paralelo com a Lei do Piso da Enfermagem. O evento aborda tópicos relevantes como "Reforma Trabalhista: Perspectivas de mudança nas relações de trabalho" e as expectativas em relação à Reforma Tributária que está em discussão no Congresso Nacional. O congresso traz uma série de palestrantes como Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e Marcos Paulo Novais, superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). O evento enfoca a relação entre prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde, bem como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), contando com a participação de Nairane Rabelo, conselheira diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O médico e deputado federal Pedro Westphalen (PP/RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Serviços de Saúde, também marcará presença. Dr. Breno Monteiro, presidente da Fenaess e da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), destaca a relevância do congresso como um marco de retomada: "É um congresso da retomada, o primeiro 100% presencial depois da pandemia". A 10ª edição do congresso é especialmente significativa, pois celebra os 40 anos de fundação da Fenaess e os 35 anos do Sindhospe. O presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro, ressalta que Pernambuco tem uma trajetória pioneira na área médico-hospitalar, sendo um dos principais polos médicos do Brasil. Além disso, ele enfatiza a oportunidade de abordar a crise de sustentabilidade do setor, com a falta de financiamento da rede particular conveniada ao SUS. Evento: 10º Congresso Fenaess Data: 24 e 25 de agosto, das 9h às 18h Local: Marante Executive Hotel, Av. Eng. Domingos Ferreira, 668 - Boa Viagem, Recife - PE

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Especialista fala sobre a importância de uma orientação na hora da corrida

A corrida é um dos esportes mais populares do mundo, seja pela facilidade em praticá-la, seja por seus benefícios à saúde. Mas, se a pessoa não tomar alguns cuidados ou não utilizar os equipamentos corretos para a prática esportiva, poderá sofrer diversas lesões como fascite plantar, tendinite do calcâneo, entorse de tornozelo, Canelite, entre outras. De acordo com o fisioterapeuta, Paulo Koury, toda atividade física quando é realizada sem orientação adequada, pode lesionar. “Falta de alongamento, ausência de aquecimento antes de correr, tênis inadequados, a carga do treino e exagero na quilometragem são alguns dos motivos para as lesões”, explica, acrescentando que entre 30 e 70% dos corredores amadores sofrem lesões Vale destacar que ao se referir às pessoas que não tem a prática da corrida, o excesso de carga prejudica ainda mais a qualidade do exercício e a propensão às lesões. Com base nisso, uma dica importante de prevenção é seguir a “regra dos 10%”, ou seja, a cada semana o corredor deve aumentar apenas 10% da sua quilometragem para adaptar o corpo gradativamente. Essa regra consiste em registrar a quilometragem para controlar e encontrar o equilíbrio ideal para o corpo; manter a calma e não ter pressa para aumentar sua quilometragem semanal; ficar ligado nos sinais de estresse do corpo como irritabilidade, insônia e fadiga. Esses sinais indicam se o corredor está ou não exagerando no treino.

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Aspartame e Câncer: Desvendando a decisão da OMS sobre os riscos

A recente classificação do aspartame como "possivelmente cancerígeno" pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), tem gerado controvérsias. Especialistas enfatizam que não há motivo para alarme. Presente em mais de 5.000 produtos, incluindo pastilhas para tosse e creme dental, o aspartame ocupa o terceiro nível de risco, indicando "possíveis carcinógenos" com evidências limitadas. Médicos esclarecem que, considerando os dados atuais, não é apropriado associar o consumo de aspartame ao câncer. “Uma alimentação saudável é crucial para reduzir riscos de doenças. Porém, não há embasamento científico para vincular adoçantes como o aspartame ao desenvolvimento de câncer”, afirma o oncologista Eduardo Inojosa. Especialistas também ressaltam que precaução é necessária. A OMS emite alertas para incentivar novas pesquisas. Alexandre Jácome, oncologista, observa que o aspartame está no mesmo nível de recomendação das radiações eletromagnéticas de celulares. Controlar o peso, adotar exercícios regulares e uma dieta rica em fibras, frutas e legumes são medidas mais relevantes para prevenir câncer. O estudo conta com o parecer do Comitê Misto FAO/OMS, concluindo que não há evidências de efeitos adversos do aspartame e que a ingestão diária máxima de 40 mg/kg permanece segura. A FDA sugere 50mg/kg. Um cenário irreal, destacam especialistas, pois um adulto precisaria consumir quantidades improváveis para causar risco. A regulamentação brasileira da Anvisa também será avaliada diante dessa decisão da OMS. O estudo foi conduzido por 25 especialistas independentes de 12 países, mostrando a complexidade e nuances na análise de riscos à saúde.

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Congresso Autismo na Vida Adulta reúne especialistas no Recife

O Instituto Dimitri Andrade organiza o Congresso sobre o Autismo na Vida Adulta, a ser realizado nos dias 11 e 12 de agosto de 2023 no Centro de Eventos Recife. O evento visa abordar de forma multidisciplinar o Transtorno do Espectro Autista (TEA), envolvendo palestrantes em áreas como educação, medicina, psicologia, finanças e mais. Além das palestras, o Congresso apresentará performances culturais de neurodivergentes e promoverá um diálogo com autistas adultos, incluindo relatos de experiências inspiradoras. As inscrições estão abertas pelo site do instituto. O evento congregará especialistas de diversas áreas para uma abordagem multidisciplinar do Transtorno do Espectro Autista (TEA), incluindo educação, medicina, psicologia, finanças e mais. As palestras serão enriquecidas por performances culturais de crianças e adolescentes neurodivergentes. Além disso, haverá um diálogo envolvendo autistas adultos, com foco em diagnóstico tardio e experiências notáveis, como a do Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Inscrições continuam abertas através do site: https://institutointegrarte.com.br/autismo-na-vida-adulta/. O congresso destina-se a profissionais e estudantes da área de saúde e educação, familiares de indivíduos neurodivergentes e a qualquer pessoa interessada no tema do autismo na vida adulta. As discussões abrangerão uma variedade de tópicos, incluindo experiência sensorial, manejo de crises, empregabilidade, linguagem, sexualidade, saúde física e muito mais. SERVIÇO I Congresso Autismo na Vida Adulta Nordeste Quando:11 e 12 de Agosto de 2023 Onde: Centro de Eventos Recife (Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 4861 - Imbiribeira, Recife - PE) Inscrições: https://institutointegrarte.com.br/autismo-na-vida-adulta/

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Casos de infarto aumentam 25% no Brasil, em 6 anos

(Da Agência Brasil) Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram aumento de 25% no total de internações por infarto no Brasil, nos últimos seis anos. Passando de 81.505 casos, em 2016; para mais de 100 mil, em 2022. Para discutir possibilidades para reverter esse cenário, especialistas participam nesta semana, aqui no Rio de Janeiro, do Encontro Internacional de Cardiologia Intervencionista, maior evento na América Latina dedicado ao tema. Para o cardiologista Roberto Botelho, diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, a saúde do coração é um dos maiores desafios na área da saúde. "Há um estudo feito em 60 países que mostrou que quanto menor a renda per capita e o nível educacional de uma população, pior os indicadores da saúde cardiovascular, maior a mortalidade por infarto, maior a hipertensão, maior epidemia. Por isso por isso fica quase que automático a gente supor - e dados mostraram isso - que a saúde cardiovascular do brasileiro vai mal e vem piorando. O especialista avalia que é urgente investir em recursos tecnológicos como forma de prevenção e tratamento. E ressalta a importância de um olhar mais atento para os efeitos das doenças cardiovasculares. "Não só pelo gasto de saúde direta, consumo com remédio, UTI, como pelo pelo gasto com medicamentos, mas como o gasto das economia, por causa do custo secundário. A pessoa que tem a doença trabalha menos, produz menos. O impacto de um PIB no país é bastante afetado A boa notícia, de acordo com Roberto Botelho, é que 85 por cento dos riscos que levam a doenças cardiovasculares podem ser evitados com hábitos saudáveis. "Só 15% que a gente não consegue modificar. Você consegue modificar o fato de ter na família uma genética de doença cardiovascular. Então qual é a melhor prática? Aí vem uma notícia muito boa: se você pratica exercícios, toma cuidado com seu intestino e procura uma comida mais saudável, se aplica  técnicas para diminuir o estresse, isso são medidas baratas que dependem muito mais da vontade de disponibilizar um tempo para aquilo e priorizar.. Com isso, a gente consegue uma transformação muito impactante na saúde populacional e individual." O Sistema Único de Saúde oferece atendimento gratuito para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares, em Unidades Básicas de Saúde.//   De acordo com o Ministério da Saúde, em caso de necessidade, o paciente é encaminhado para a Atenção Especializada, onde terá toda assistência para o acompanhamento com especialista, exames, tratamento e os procedimentos necessários, ambulatoriais ou cirúrgicos.

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Miopia avança entre crianças e preocupa médicos

Países com estilos de vida aparentemente diferentes são unidos por um fenômeno impressionante: a disparada das taxas de miopia. Nos Estados Unidos, cerca de 40% dos adultos são míopes, contra 25% em 1971. Mas esta situação parece menos significativa em comparação com a de adolescentes e jovens adultos da Coreia do Sul, Taiwan e da China continental, onde as taxas de incidência de miopia variam entre 84 e 97%. O aumento da doença em crianças e adolescentes vem sendo apontado pela Organização Mundial da Saúde como um desafio e foi tema de um levantamento divulgado no ano passado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Na ocasião, cerca de 70% dos oftalmologistas consultados pela entidade afirmaram ter identificado progressão da doença em crianças durante a pandemia. De acordo com o médico oftalmologista José de Barros, do Instituto de Olhos Clovis Paiva (IOCP), o fenômeno preocupa porque tem aparecido cada vez mais cedo e porque, conforme o olho cresce durante a infância, o grau também aumenta. “Essa progressão favorece altos graus de miopia na vida adulta e eleva o risco de doenças oculares mais sérias, como glaucoma e descolamento de retina. O nosso olho continua em formação na infância, ele não nasce pronto, e nesse desenvolvimento ele sofre influência do ambiente e das atividades que fazemos”, explica o médico. Para ele, a redução das brincadeiras ao ar livre e as horas em frente a videogames, tablets e celulares, que exigem apenas a visão de perto, estão literalmente mudando a forma como os mais novos veem o mundo. "Quando as crianças ficam menos horas expostas à luz do ambiente externo, as estruturas fotorreceptoras não são estimuladas e o olho cresce mais, favorecendo a miopia", comenta. ORIENTAÇÕES Para minimizar as chances da doença, o médico José de Barros ressalta que as crianças precisam ter, no mínimo, cerca de 1 hora e 40 minutos de atividades ao ar livre por dia. O médico também destaca a necessidade de seguir as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria em relação ao tempo máximo de tela por idade e respeitar a distância de 33 a 38 centímetros entre os equipamentos eletrônicos e o rosto. Já em relação ao diagnóstico e ao uso dos óculos, ela ressalta que é importante integrar as crianças no processo de escolha e encorajá-las a utilizar o recurso. E lembra que há novos colírios e lentes que ajudam a reduzir a velocidade de progressão da doença e são indicados em alguns casos.

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Dia Internacional da Amizade: vínculos afetivos são essenciais para o bem-estar mental

Hoje (quinta, dia 20), o Brasil celebra o Dia Internacional da Amizade, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de propagar a cultura da paz e da convivência não-violenta.  Além do significado dado à data pela ONU, existem diversos outros motivos para a celebração das nossas amizades. Uma perspectiva pouco analisada, mas muito importante, é a relação dos vínculos afetivos com a manutenção da saúde mental em todas as fases da vida. As amizades integram as redes de apoio, conceito que engloba os grupos de pessoas com quem nos relacionamos e oferecem ajuda, material e emocionalmente, quando necessitamos.  A formação da rede de apoio acontece desde a infância, que também é a fase responsável pela construção das noções de afeto e amizade para nós enquanto pessoa. Segundo Nádia Oliveira, psicóloga, professora e coordenadora do curso de psicologia da UniFBV Wyden, as aprendizagens trazidas na infância são intelectuais e cognitivas: “A garantia de vínculos sociais sólidos neste período, onde ainda ocorre à maturação física e neurológica, é fundamental para o desenvolvimento de importantes habilidades cognitivas e sociais, apresentando impactos positivos nas demais fases do desenvolvimento.”, afirma.  Após a infância, as amizades construídas na adolescência trazem sentido nos processos de autoafirmação, a partir do momento que se inicia o processo de construção da personalidade do indivíduo, porém, pesquisas revelam que no Brasil a solidão é algo crescente entre os jovens. Segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria, publicada em 2021, 15% dos estudantes de 13 a 17 anos afirmam se sentir sozinhos.  Em relação a este índice preocupante, Nádia entende que as razões para esse sentimento generalizado de solidão estão ligadas às pressões do modelo socioeconômico atual. “O modus operandi da sociedade no século XXI é de uma sociedade que condiciona o indivíduo a buscar pelo sucesso e realização profissional como formas que “garantem” o bem-estar e a realização pessoal [...] além disso, é uma perspectiva que demanda mais precocemente dos adolescentes, a certeza sobre a carreira e o futuro de ‘sucesso’ que almejam construir, ocasionando a pressão por uma produção constante”, aponta.  Além disso, a professora Wyden salienta, também, o contexto pós-pandemia, que trouxe riscos não apenas à saúde física, mas também ao bem-estar emocional. “Em um contexto de pandemia, esses sentimentos são potencializados, pois, além de estar privado das relações interpessoais de modo presencial, ainda foi presenciada a cobrança pela rápida adaptação e os mesmos índices de produtividade, sem levar em conta o contexto de crise que culminou no isolamento social, incertezas frente ao futuro, e alto número de óbitos.”, finaliza.  Na fase adulta, os vínculos afetivos aparecem como lugar de compartilhar os desafios. As afirmações e a segurança transmitidas nas nossas relações são fundamentais para demonstrar que nossos problemas não são tão grandes como imaginamos, sobretudo num país tão ansioso como o Brasil. Segundo informe divulgado pela Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país com maior proporção na porcentagem de pessoas ansiosas: 9,3% da população.  Segundo Nádia, as redes de apoio são importantes para que o indivíduo se sinta acolhido ao compartilhar suas questões. “De um modo geral, a rede de apoio formada tanto por amigos como familiares que, principalmente, sejam capazes de acolher o indivíduo em sofrimento sem julgamentos é essencial nesse processo de enfrentamento de uma ansiedade, por exemplo.”. Mas a psicóloga aponta que as redes de apoio, ainda que importantes, não ocupam o lugar do tratamento especializado com profissionais, sobretudo quando os sintomas representam um obstáculo maior na rotina do indivíduo.  Na 3ª idade, a rede de apoio ganha novos significados, e uma importância ainda maior. Por ser uma fase em que o idoso questiona seu lugar na sociedade e seu valor enquanto indivíduo, contribuindo para o surgimento de sintomas de ansiedade e depressão.  Um grupo de cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, realizou uma revisão sistema na bibliografia de estudos relacionados à saúde mental de idosos, e constataram que as redes de apoio são mecanismos de suporte, ou até mesmo preventivos, nos casos de idosos com sintomas depressivos. Além disso, a pesquisa também identificou que idosos com mais de 75 anos com redes de apoio menores e com menos contato social tendem a desenvolver sintomas depressivos e ansiosos com mais facilidade. Para Nádia, as amizades são essenciais na fase idosa. “Nessa fase do desenvolvimento, é comum o surgimento de alguns desafios que podem acentuar o sentimento de solidão, como algumas perdas sensoriais, motoras, físicas e cognitivas. Assim sendo, os vínculos interpessoais nessa faixa desenvolvimental são importantes, pois proporcionam interações, sentido de vida e pertença, sendo estes importantes aspectos de promoção à saúde mental.”, afirma. O Dia Internacional da Amizade é, também, um lembrete da importância dos relacionamentos que construímos. O ser humano, enquanto ser social, precisa das relações que estabelece para sobreviver, sentir-se completo e seguir se desenvolvendo ao longo da vida. 

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"Transformar a doação de sangue num comércio seria péssimo"

Entre meados de setembro e outubro, está prevista a inauguração da unidade da fábrica da Hemobrás que vai produzir o Fator VIII Recombinante, obtido por meio de biotecnologia e destinado ao tratamento da hemofilia. Um investimento de R$ 1,2 bilhão. Será o primeiro medicamento a ser fabricado na estatal, que em 2016 teve sua construção interrompida em razão de irregularidades no contrato com a empreiteira responsável pelas obras. “A notícia boa é que esse passado ficou para trás. É passado”, garante a diretora de administração e finanças da empresa Luciana Souza da Silveira. Realmente a evolução da obra é uma notícia alvissareira em razão da importância da Hemobrás para os usuários do SUS, que terão mais acesso não só ao Fator VIII Recombinante mas, também, aos hemoderivados, produzidos a partir do plasma sanguíneo que hoje são importados. A previsão é de que em 2025, a estatal comece a fabricar esses medicamentos. A unidade terá a capacidade máxima de fracionar 500 mil litros de plasma por ano. Pernambuco também sai beneficiado, devido à geração de emprego, à entrada de fornecedores locais na cadeia produtiva da Hemobrás e à formação de capital humano com alto nível de capacitação para atuar na empresa. A única nota dissonante é a PEC 10/2022 que visa alterar a Constituição para autorizar a coleta e o processamento de plasma humano pela iniciativa privada. “A Hemobrás já se manifestou totalmente contrária a isso porque mudaria a lógica da saúde pública”, rechaça Luciana. Nesta entrevista a Cláudia Santos, a diretora da estatal fala sobre o andamento das obras da fábrica em Goiana, do impacto da empresa em Pernambuco e dos potenciais danos causados pela PEC. Qual a importância de a Hemobrás ter recebido o selo de Empresa Estratégica de Defesa, concedido pelo Ministério da Defesa? Isso significa muito para nós. Esse selo contribui para o fortalecimento da imagem da Hemobrás como uma empresa fundamental para a soberania nacional. Ela vai permitir que o Brasil se torne autossuficiente na produção de medicamentos importantíssimos. E o que isso tem a ver com a Defesa? Esses medicamentos são muito preciosos no caso de guerras e pandemias. Para você ter uma ideia, na época da Covid-19 faltou imunoglobulina no mundo inteiro. Se tivéssemos, naquela época, produzindo esse hemoderivado, não teríamos tanta dificuldade em conseguir esse medicamento porque, quando há uma pandemia ou uma guerra, os produtores se fecham e começam a vender apenas para o mercado interno deles e nós ficamos reféns do mercado internacional. Vamos produzir esses medicamentos e ampliar o acesso para pacientes do SUS, porque no nosso conceito de empresa nós temos que atendê-los prioritariamente. O Ministério da Defesa reconheceu isso e nos transformou em empresa estratégica. Um ponto a esclarecer é que somos a primeira e única empresa farmacêutica credenciada com esse selo no rol de empresas estratégicas. Isso é importante para Pernambuco e é importante para o País. Existem apenas 10 empresas no mundo que produzem hemoderivados como a imunoglobulina; seremos a décima primeira do mundo a produzi-los. E, dessas empresas, somos a única da América Latina pois elas só existem em países de primeiro mundo. Então, é muito importante para nós esse título. Em termos econômicos, qual a economia com importação de hemoderivados que a Hemobrás permitirá quando estiver produzindo? Quais os benefícios para a economia pernambucana? É possível desenvolver-se no Estado uma cadeia produtiva da Hemobrás? Em relação a quanto a gente vai economizar, nós temos uma estimativa hoje de que, quando a fábrica estiver pronta, teremos uma economia em torno de 30% do que se gasta hoje com esses medicamentos, porque hoje todos são importados. Isso representa em torno de R$ 400 milhões é muito dinheiro. Quanto a Pernambuco, a Hemobrás paga impostos para o município de Goiana e para o Estado. Esses impostos são oriundos da operação, dos investimentos e das importações que são realizadas pelo Porto de Suape e pelo Aeroporto do Recife. O outro ponto da pergunta foi sobre a cadeia produtiva. Fazemos parte do polo industrial em Goiana, onde antes havia canaviais e hoje está repleto de empresas. Fazemos parte da associação do polo de Pernambuco e da Paraíba porque fica bem na divisa de ambos os Estados. Há a geração de empregos indiretos na região para sustentar nossas operações nas áreas de transporte, logística, manutenção fabril, segurança, serviços gerais, obras, dentre outros serviços necessários. Isso porque recorremos aos fornecedores locais. A lavagem das roupas dos funcionários (que chamamos de EPI), por exemplo, é feita por uma lavanderia local. Então aquela lavanderia cresce porque ela vai ter mais demanda. Sem contar que há uma coisa importantíssima: essa tecnologia não existe no País. Estamos investindo no capital intelectual, teremos empregados trabalhando na nossa fábrica com conhecimento que não há em nenhum lugar do Brasil, ou seja, pessoas de Pernambuco que terão conhecimento que pessoas de São Paulo, por exemplo, que tem uma capacidade econômica enorme, não possuem. Estamos desenvolvendo a região empregando pessoas para atuar em uma fábrica com alta tecnologia, o que exige capacitação, incentivando as universidades e escolas técnicas do Estado. Como a empresa tem realizado a transferência tecnológica? Temos dois transferidores de tecnologia porque são dois projetos distintos. A Hemobrás é uma Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologias, então temos um projeto para hemoderivados e outro para biotecnologia. No que diz respeito a hemoderivados temos os parceiros LFB, uma empresa francesa, e a Octapharma, empresa suíça, que faz toda a parte de fracionamento. O que é esse fracionamento? Ao obtermos do sangue o plasma humano (que é o insumo bruto), ele é fracionado, dividido em frações para ser transformado em medicamento. O outro produto que é o medicamento Fator VIII Recombinante, que é biotecnológico, não é oriundo do plasma humano, ele é feito por modificação genética. A empresa parceira que está realizando a transferência de tecnologia é a Takeda, com sede no Japão. A transferência de tecnologia está em curso tanto na unidade de Fator VIII Recombinante quanto na de hemoderivados. Existem comissões multidisciplinares de incorporação de processos

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HPV causa câncer de garganta? Oncologistas apontam risco para sexo oral sem proteção

 Estudos sugerem que incidência da neoplasia pelo Papilomavírus Humano pode ultrapassar casos de tumores induzidos pelo tabagismo Uma pesquisa divulgada pela Universidade de São Paulo (USP), em que foram analisados dados de 15.391 pacientes do Registro de Câncer de Base Populacional do município de São Paulo (RCBP-SP), contabilizados no período de 1997 a 2013, mostrou que o risco de câncer de boca e orofaringe (principalmente) associados ao Papilomavírus Humano (HPV) aumentou entre homens e mulheres jovens com idade até 39 anos. As estruturas que compõem a orofaringe são a base da língua, o palato mole, as amígdalas e paredes laterais e posterior da faringe. Principalmente a base da língua e as amígdalas são os locais mais acometidos pela doença HPV relacionada. No Brasil, mesmo depois de dez anos em que os dados foram apurados, o cenário atual ainda preocupa: para cada ano do triênio 2023-2025 o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 15.100 casos de câncer da cavidade oral e orofaringe, sendo um risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes. Essa incidência vem aumentando no país, assim como ocorre em outros países desenvolvidos. Estima-se que entre 2030 e 2040, o vírus HPV seja responsável por cerca de 50% dos tumores de orofaringe, sendo a outra metade relacionada ao tabagismo. O risco de contato com o vírus HPV aumenta quanto maior é o número de parceiros sexuais ao longo da vida, principalmente quando falamos do sexo oral. Dados indicam que ter acima de seis parceiros durante a vida aumenta em 8,5 vezes o risco de desenvolver a neoplasia do que pessoas que não praticam sexo oral. Contudo, vale lembrar que os tumores não surgem pelo ato em si, mas sim pela infecção pelo HPV - um grupo com mais de 200 subtipos do vírus que podem infectar a pele e a mucosa genital, oral e anal tanto de homens, quanto mulheres. “O uso de preservativos e a vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, são medidas importantes de prevenção que devem ser colocadas em prática. Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo também são cuidados que merecem atenção”, comenta o Dr. Pedro De Marchi, oncologista clínico especialista em tumores de cabeça, pescoço e tórax do Grupo Oncoclínicas. É estimado que 85% da população entre em contato com o vírus HPV em algum momento da vida, contudo, isso não significa que o câncer irá de fato se desenvolver. "Após o contato com o vírus, a maior parte das pessoas consegue eliminá-lo através do seu sistema imune, No entanto, eventualmente, o vírus não é eliminado e uma infecção crônica se desenvolve. Essa infecção pode persistir por muitos anos e não causar nenhum tipo de sintoma, o que não impede que o vírus seja transmitido para outra pessoa. Além do sexo oral, a transmissão do vírus também pode ocorrer por meio de relações sexuais vaginais ou anais, causando outras neoplasias, como câncer de colo do útero, vagina, vulva, pênis e anus”, acrescenta o médico. Sintomas podem ser confundidos com problemas de saúde Outro ponto que chama a atenção, segundo o especialista, são os sintomas - bastante inespecíficos nas fases iniciais da doença. “O paciente pode ter um desconforto ou dor para engolir, sentir o alimentar “trancar” ao deglutir, notar um aumento de ínguas no pescoço ou alguma ferida na região da orofaringe que pode eventualmente levar a um sangramento. A dica mais importante aqui é a questão da duração dos sintomas. Havendo persistência por mais de 2 ou 3 semanas um médico especialista deve ser procurado”, indica o Dr. Pedro De Marchi. “Após uma avaliação clínica, exames como tomografia e a biópsia da lesão suspeita deverão ser realizados pra confirmação diagnóstica e programação do tratamento oncológico”, explica o oncologista Eduardo Inojosa, da Multihemo Oncoclínicas. A importância do diagnóstico precoce Diferente do câncer de colo de útero, não existe uma estratégia de rastreamento para o câncer de orofaringe relacionado ao HPV. Assim, é fundamental a busca por atendimento especializado caso haja persistência de sintomas na região da garganta. Isso é ainda mais relevante para os indivíduos tabagistas que têm um risco ainda maior de desenvolver câncer nessa região. O diagnóstico precoce é fundamental para um maior sucesso do tratamento”, comenta o oncologista do Grupo Oncoclínicas.  Após a confirmação da doença realizada através de uma biópsia, o próximo passo é fazer o estadiamento do tumor, ou seja, entender o quanto ele está avançado. Para isso são utilizados métodos radiológicos como: ●     Tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do pescoço: traz informações quanto ao tamanho e extensão do tumor em relação às estruturas adjacentes. Também demonstra se há comprometimento de linfonodos do pescoço (primeiras estruturas acometidas quando a doença começa a se “espalhar”). ●     Tomografia computadorizada do tórax: solicitada para avaliar se há lesões relacionadas à doença (metástases) nos pulmões. ●     PET/CT: realizado em alguns casos para avaliar se há lesões relacionadas à doença em outros órgãos (metástases); ●     Exames de sangue: os exames de sangue são solicitados para avaliar o estado de saúde geral do paciente, especialmente antes do tratamento; e ●     Exame odontológico: antes de um eventual tratamento radioterápico, é imprescindível que seja realizado um inventário odontológico. Nesse momento pode ser necessária a remoção de dentes. Existe tratamento? “Existe tratamento tanto para lesões iniciais quanto para aquelas mais avançadas. Vários fatores são levados em consideração além do estadiamento da doença para se definir a melhor estratégia terapêutica, e, idealmente, essa definição deve ser feita por uma equipe multidisciplinar, em conjunto com o paciente”, enfatiza o especialista.  O tratamento pode incluir: ●     Radioterapia IMRT: é um tipo de radioterapia que tem maior precisão na hora de tratar o tumor. Com isso, o paciente apresenta menos efeitos colaterais e os resultados são mais expressivos; ●     Quimioterapia: são medicamentos utilizados na maioria das vezes por via endovenosa (na veia) que atrapalhar a replicação das células, inclusive as células tumorais, levando elas à morte. O principal quimioterápico utilizado é chamado cisplatina é pode fazer parte do tratamento tanto doenças mais inicias quanto da doença metastática. ●     Terapia-alvo: são drogas atuam de forma diferente da quimioterapia padrão, apresentando também efeitos colaterais distintos. Em linhas gerais elas impedem que a célula tumoral se multiplique, retardando ou

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