Arquivos Algomais Saúde - Página 28 de 158 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Neurocirurgião explica os benefícios da endoscopia da coluna

Técnica cirúrgica minimamente invasiva para o tratamento de hérnias de disco e estenoses do canal vem modificando o tratamento cirúrgico da coluna Quem tem hérnias de disco ou estenoses do canal, estreitamento do canal, dependendo do grau, necessita de um procedimento cirúrgico para melhorar a qualidade de vida e as dores na coluna. Quanto menos invasiva, maior as chances de levar uma vida saudável e uma rotina sem dores. Essas doenças podem irritar nervos próximos e resultar em dor, dormência ou fraqueza em um braço ou perna. De acordo com o neurocirurgião do Real Coluna e Nervos, Dr. Erlan Pércio, a cirurgia por Vídeo ou Endoscopia da Coluna é uma moderna técnica cirúrgica minimamente invasiva para o tratamento de hérnias de disco e estenoses do canal, que vem modificando o tratamento cirúrgico da coluna, pois mostra ser um método menos traumático, com o mínimo de morbidade e resultados clínicos semelhantes quando comparado com as técnicas convencionais. “Através de uma pequena incisão, menor que 1 cm, é introduzida uma câmera com iluminação e instrumentos de alta precisão para o alvo do problema, sendo possível a visualização direta por vídeo enxergando internamente o problema e as estruturas nervosas. O cirurgião, então, através de instrumentos especiais e de alta precisão, consegue, sob visualização direta, remover partes do disco lesado e fragmentos herniados, descomprimindo e aliviando a pressão no nervo e dentro do disco”, explica. Após a remoção, todo o instrumental é retirado cautelosamente e a musculatura retorna ao seu local. Muitos pacientes sentem alívio imediato dos sintomas logo após o procedimento. A endoscopia, oferece aos pacientes algumas vantagens como incisão reduzida na pele – normalmente de 8mm a 1 cm -; menor trauma/lesão da musculatura da coluna com menor sangramento; baixos índices de lesões nas diversas estruturas neurológicas e vasos sanguíneos, diminuindo a parda sanguínea; e baixo índice de infecção. Ainda de acordo com Dr. Erlan, a endoscopia da coluna também pode ser realizada sob anestesia local/sedação dependendo do caso, que em conjunto permite uma recuperação e reabilitação mais precoce do paciente. “A fase de cicatrização leva em média de 7 a 10 dias quando deverá retornar com seu médico para retirada dos pontos. Nesse período deve evitar sobrecarga na coluna e movimentos de flexão/rotação da coluna, de duas a quatro semanas. Após a cicatrização da ferida cirúrgica, iniciará fisioterapia motora e trabalho de reabilitação motora e postural”, conclui. Após a recuperação pós-anestésica, o paciente conseguirá sentar e levantar com cuidado para dar seus primeiros passos após o procedimento cirúrgico. Ele estará com um pequeno curativo no local da incisão e caso já se sinta seguro, terá alta para casa com as medicações conforme prescrição médica.

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CAAIS é inaugurado no Recife oferecendo serviços de saúde para comunidade na Imbiribeira

Centro de Atenção e Aprendizagem Interprofissional em Saúde é pioneiro no Brasil Oferecer atenção interprofissional para a Comunidade de Tijolos, na Imbiribeira, no Recife. Esse é um dos objetivos do Centro de Atenção e Aprendizagem Interprofissional em Saúde, o CAAIS, inaugurado na última semana, na Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). O maior diferencial o espaço é atender e acompanhar pacientes abrangendo as diversas áreas de saúde, com a interação entre os profissionais de medicina, enfermagem, fisioterapia, nutrição e farmácia. Iniciativa pioneira no Brasil, vai atender a população de forma gratuita e servir para práticas de educação dos cursos da FPS. “O CAAIS se constitui como centro avançado de aprendizagem interprofissional, tendo como pressuposto básico a prática centrada no usuário. Ela tem como objetivo planejar, sistematizar, atender, acompanhar, avaliar e elaborar evidências científicas e indicadores para adoção da educação e da prática interprofissional na FPS”, explica a doutora em Gestão Pública de Saúde Reneide Muniz, coordenadora do Centro.

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4 formas de lidar com a ansiedade de final de ano

O nível de estresse e ansiedade do brasileiro sobe, em média, 75% em dezembro   Angústia, alterações de humor, insônia ou sono em excesso, dores musculares constantes e fadiga são alguns dos sintomas desencadeados no final do ano, época em que somos submetidos a inúmeros balanços e avaliações. A carga de ansiedade e preocupação nessa época, dizem estudos, é maior do que em qualquer outro período do ano. Uma pesquisa realizada pela Isma-BR (Internacional Stress Management Association - Brasil) mostra que o nível de estresse e ansiedade do brasileiro sobe, em média, 75% em dezembro. “Fatores como saúde, problemas socioeconômicos, emocionais, entre outros diversos, acentuam a ansiedade já natural da época. O ideal é buscar alternativas para mitigar as reações negativas”, afirma Claudia Petry, pedagoga e professora no Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (SC). Confira as dicas das especialistas para diminuir os sintomas de ansiedade nesta reta final de 2022: Adicione música clássica na sua playlist Um estudo da Universidade de Stanford constatou que, ao ouvir música clássica, o fluxo de sangue aumenta em diversas áreas do cérebro, liberando dopamina e ativando regiões ligadas à autonomia, cognição e emoção. A música clássica também relaxa o ambiente, aumentando o foco e a concentração, especialmente em situações que requerem tranquilidade. “Ouvir música clássica constantemente eleva a atividade cerebral que envolve as sensações de prazer e recompensa. Reduzir a dor e a ansiedade, baixar a pressão arterial, combater a insônia, despertar emoções positivas e atenuar a tensão são alguns dos motivos para você aderir a música clássica”, reforça Monica Machado, psicóloga, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Aposte na leitura terapêutica De acordo com um estudo realizado pelo periódico Trends in Cognitive Sciences, a leitura aumenta as conexões neurais, melhorando as funções cognitivas, diminuindo os níveis do hormônio do estresse, desacelerando os batimentos cardíacos e o ritmo da respiração, e minimizando os sintomas do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). “Dentre as funções cognitivas, destacam-se a consciência, a orientação, a sensopercepção e a concentração. Daí a importância de escolher livros com temas que sejam de seu interesse, para que prendam sua atenção e direcionem sua concentração somente no livro. Uma vez envolvida na história, a pessoa se desliga do mundo externo e, consequentemente, dos agentes estressores”, orienta Claudia Petry. Pratique a aromaterapia Os óleos essenciais, extraídos de plantas, flores e frutas, promovem estímulos sensoriais que geram sensação de bem-estar e conforto. Quando inalados, o olfato reconhece as moléculas dos óleos essenciais através de seus receptores, chegando até o sistema límbico, região do cérebro responsável pelas emoções. Um estudo realizado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) comprovou que pacientes com depressão precisaram de menores doses de medicamentos após terem feito tratamento com aromaterapia, utilizando óleos cítricos. “O óleo de lavanda, por exemplo, um dos mais usados em desequilíbrios emocionais, beneficia o sistema nervoso autônomo, aliviando sintomas de depressão, ansiedade e enxaqueca. Já o óleo vetiver melhora a saúde emocional de forma semelhante a alguns remédios prescritos para ansiedade”, ressalta Paula Molari Abdo, farmacêutica pela USP, diretora técnica da farmácia de manipulação Formularium, especialista em Atenção Farmacêutica pela USP e membro da ANFARMAG (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais). Invista na hortoterapia Cultivar um jardim ou uma horta tem sido uma aposta cada vez mais usada para tratar distúrbios emocionais. Segundo o estudo Gardening is Beneficial for Health, publicado na Science Direct, a prática ajuda a promover redução da depressão e da ansiedade, além de proporcionar aumento da qualidade de vida e do senso de comunidade. Em outro estudo, da Universidade de Princeton, os pesquisadores constataram um aumento significativo nos níveis de bem-estar dos praticantes de jardinagem doméstica, em especial, no cultivo de vegetais. Isso se deve à sensação de recompensa pela possibilidade de comer ou proporcionar aos outros um alimento que a própria pessoa cultivou. “Estar em contato com a natureza, por si só, já é altamente terapêutico. Cuidar de plantas gera uma resposta importante contra depressão, ansiedade e até transtorno bipolar, já que estimula o sistema nervoso central, liberando serotonina e endorfina. Uma boa dica é começar com uma horta orgânica e cultivar seus próprios alimentos em casa. Quem tem mais espaço pode ampliar aos poucos e variar os cultivos. O importante é você perceber as mudanças internas e dar continuidade ao que lhe proporciona prazer”, finaliza a psicóloga Monica Machado.

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Nordeste é a terceira maior região que mais utiliza o Prontuário Eletrônico do Paciente

O uso do Prontuário Eletrônico do Paciente, também conhecido como PEP, ainda está longe de ser ideal no Brasil. Considerado a principal ferramenta de acesso às informações e históricos de saúde do paciente em todo o mundo, o PEP é utilizado em 15% dos hospitais do Nordeste. Os dados são da primeira edição do relatório MoVing The Future - “Panorama do uso do Prontuário Eletrônico do Paciente no Brasil”, realizado pela MV, multinacional especializada na transformação digital no setor de saúde, onde foram levantados dados de 1.429 instituições da base MV em todo o país. O levantamento realizado contemplou hospitais de diversos tamanhos e entidade, sendo eles de grande, médio e pequeno porte, alta, média e baixa complexidade, e por tipo de instituição: privada, pública, filantrópica e Santas Casas de Misericórdia.  A utilização do Prontuário Eletrônico do Paciente se tornou fundamental desde o surgimento das primeiras versões da tecnologia, em meados dos anos 90 no Brasil, e transformou as instituições de saúde trazendo inúmeras vantagens na prestação do atendimento assistencial, ao oferecer a segurança das informações do paciente para garantir o tratamento correto e adequado ao quadro clínico. De acordo com o relatório, os hospitais filantrópicos são os que mais utilizam o PEP MV no Brasil, sendo 44% entre os estudados. As instituições privadas ficam em segundo lugar com 29% e o sistema público com 27%. Quando se fala na divisão por região, o Sudeste lidera com 44% dos hospitais que utilizam o PEP, o Sul fica em segundo lugar com 25%, a região Nordeste ficou em terceira com 15%, o Centro-Oeste totalizou 10% e o Norte ficou com 6%. No Norte, os hospitais públicos representam a maior parte das instituições de saúde da região.             O acesso ao relatório é gratuito e o download por ser realizado no site https://cloud.mkt.mv.com.br/movingthefuture.

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Câncer de pele representa cerca de 31% dos tumores malignos do Brasil

Em Pernambuco são esperados cerca de 5 mil novos casos em 2023 O câncer de pele é o mais frequente e vai representar cerca de 31,3% dos tumores malignos do Brasil no próximo triênio 2023/2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A instituição também alerta para os números em Pernambuco, onde são esperados cerca de 5.430 novos casos para o ano que vem, entre os tipos melanoma e não melanoma (o mais comum no país e no estado). Por aqui, o cuidado com o tempo de exposição aos raios do sol deve ser redobrado, afinal a temperatura máxima média, no verão é de 31 graus. E é nessa época mais quente do ano que é celebrada a campanha Dezembro Laranja, que busca combater e conscientizar sobre a prevenção do câncer de pele.  Sendo um dos tumores mais comuns no Brasil, o câncer de pele preocupa especialistas por causa do alto número de casos. Para o triênio 2020/2022, o INCA estimou que seriam diagnosticados 176.930 novos casos de câncer de pele basocelular e espinocelular no país. Desta forma, a previsão é a de que os casos aumentem 23% no próximo período, com cerca de 218 mil ocorrências. “Muitos fatores contribuem para o contínuo aumento no número de casos, como aumento na exposição ao sol sem proteção, maior estimativa de vida e até mesmo maior eficiência na hora do diagnóstico”, explica Diogo Sales, oncologista da Multihemo Oncoclínicas, do Grupo Oncoclínicas.   Conheça os sintomas - Entre os sintomas estão lesões na pele de aparência elevada, brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pintas pretas  ou castanhas que mudam sua cor, textura, com irregularidade nas bordas e que crescem de tamanho; manchas ou feridas que não cicatrizam e apresentam crescimento e que apresentam coceira, crostas, erosões ou sangramento. “Já quando o tumor está com metástase, sinais como nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça podem aparecer”, afirma o especialista.  Dentre os tipos do câncer de pele, o carcinoma basocelular (CBC) é o mais prevalente e surge nas células basais, que ficam na camada mais profunda da epiderme; já o carcinoma espinocelular (CEC) aparece nas células escamosas e pode se desenvolver em todas as partes do corpo. O melanoma é o tumor mais agressivo e com alto índice de mortalidade. Tem a aparência de um sinal que muda de cor e podem ocorrer sangramentos. Opções de Tratamento - O tratamento para a doença vai depender do tipo de câncer de pele e do nível do caso. Atualmente, com a tecnologia e o avanço na medicina, existem diversas opções, como a cirurgia excisional, que remove o tumor; a curetagem, procedimento de raspagem e a criocirurgia, que destrói o tumor através do congelamento com nitrogênio. “Mesmo nos casos de doença avançada ou metástase, há novos tipos de tratamentos oncológicos que vêm mudando o prognóstico desse tipo de doença, como é o caso da Imunoterapia e Radioterapia com técnicas modernas, que aumentam a eficácia e diminuem os possíveis efeitos adversos do tratamento oncológico. O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento, além de garantir uma melhor qualidade de vida”, explica Diogo.  Como prevenir – Diogo Sales afirma que é essencial se proteger dos raios ultravioleta do sol, com chapéu ou boné, protetor solar de FPS acima de 30, camiseta de manga comprida e permanecer na sombra entre às 10 e 16 horas. “É necessário também observar sempre o corpo e ficar ligado em qualquer sinal ou mancha suspeita, além de consultar um médico dermatologista uma vez ao ano, para fazer exames de rotina”, finaliza.

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Fisioterapeuta alerta para o perigo da Lombalgia

Cerca de 65 a 90% dos adultos sofrerão um episódio de lombalgia aguda ao longo da vida, com pico de incidência ocorrendo entre os 35-55 anos de idade Considerada uma das maiores queixas em consultórios de fisioterapia, a dor nas costas na região da lombar, área mais baixa da coluna perto da bacia, está chamando a atenção de muitos especialistas. Quem nunca teve a dor, conhece alguém que já ficou impossibilitado de realizar suas atividades diárias por causa da dificuldade de locomoção. A lombalgia também conhecida como “lumbago”, “dor nas costas“, “dor nos rins” ou “dor nos quartos”. De acordo com o fisioterapeuta, Paulo Koury, a dor pode se estender para a região das nádegas, face posterior das coxas mas não muito além do joelho, sem comprometer um trajeto de nervo específico. Um por cento dos pacientes com lombalgia aguda tem ciática, que é definida como dor irradiada para o território de uma raiz nervosa lombar, frequentemente acompanhada de sintomas como dificuldade para andar e formigamento. “A dor lombar tem causa multifatorial e é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Cerca de 65 a 90% dos adultos sofrerão um episódio de lombalgia aguda ao longo da vida, com pico de incidência ocorrendo entre os 35-55 anos de idade”, esclarece, acrescentando que existem diversas ferramentas na fisioterapia disponíveis, mas o tratamento sempre será embasado na educação e na orientação do paciente. Entre as ferramentas, as terapias manuais e exposição gradual a atividades através de exercícios ativos são bem aconselháveis. Mas, a tão almejada cura depende de alguns fatores e avaliação específica. Ainda hoje, a prevenção da lombalgia é o melhor meio de evitar uma crise na região da lombar. Orientações de como sentar de forma adequada, realizar atividades físicas com acompanhamento, realizar consultas de manutenção da coluna com frequência, são meios para evitar uma lesão mais séria na região da lombar. “Procurar um bom profissional de fisioterapia é o primeiro passo para um diagnóstico correto e início de tratamento direcionado para cada caso”, finaliza.

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"É razoável dizer às pessoas que corram para tomar a vacina contra Covid"

Quando pensávamos que finalmente a pandemia da Covid-19 estava chegando ao fim, com a redução do número de pessoas contaminadas, eis que na segunda quinzena de outubro a quantidade de casos da doença voltou a crescer em todo o País. É certo, porém, que estamos agora, num outro patamar, com uma grande parte da população vacinada, embora o percentual que tomou as doses de reforço esteja aquém do desejado. Também temos a expectativa da chegada das vacinas capazes de fornecer proteção contra as subvariantes da Ômicron e a chegada de novos recursos terapêuticos. Para analisar essa nova conjuntura da Covid-19, Cláudia Santos conversou com o infectologista Paulo Sérgio Ramos, que é professor associado da Faculdade de Medicina da UFPE e pesquisador da Fiocruz-PE. Ele destacou avanços, como a aprovação do medicamento Paxlovid pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratar a Covid, uma boa notícia principalmente, para os idosos que são mais vulneráveis ao coronavírus. Mas lamentou que o antiviral não ter sido ainda incorporado ao SUS, já que seu valor ficaria entre R$ 2 mil a R$ 3 mil. Também se mostrou pouco otimista com a possibilidade de todos os brasileiros serem vacinados no curto prazo, com as chamadas vacinas bivalentes que têm ação contra as novas subvariantes. E, para que o número de casos não cresça ainda mais neste fim de ano, quando ocorre o aumento de aglomerações provocadas pelas festas, ele é taxativo: “A solução é as pessoas procurarem os serviços de saúde para tomar aquelas doses que estão pendentes.” Por que os casos de Covid voltaram a crescer no Brasil? O principal fator é que a velocidade de vacinação das diversas faixas etárias das populações ditas alvos estão em níveis insatisfatórios. Em todas as faixas etárias existe ainda o delay, muitos não estão respondendo ao chamamento para tomar as doses de reforço, isso faz com que haja um gap muito grande de pessoas não vacinadas. E quanto mais pessoas não vacinadas, maior a facilidade de o vírus da Covid-19 circular entre elas e ocorrerem as mutações genéticas. Por isso que ouvimos falar, desde o início da pandemia, das variantes e agora das subvariantes da Ômicron que estão circulando com muita força, inclusive no Nordeste do Brasil. O vírus começa a sofrer mutações genéticas, a escapar dos mecanismos nos quais as vacinas foram inicialmente concebidas e calculadas. Esse é o principal motivo de estarmos, neste momento, com a recirculação do vírus, não na forma selvagem, mas na forma modificada, e de termos saído do momento de relativa calmaria e voltar a ter este aumento do número de casos de pessoas infectadas e mesmo de pessoas graves, inclusive de óbitos. A solução é as pessoas procurarem os serviços de saúde para tomar aquelas doses que estão pendentes. Além disso, as unidades de saúde sanitárias já vêm reforçando, inclusive em Pernambuco, que as pessoas retomem uso das máscaras nos ambientes coletivos. Como está a situação em Pernambuco? Tanto o laboratório central na rede pública, como os laboratórios da rede privada, todos têm reportado o aumento da demanda pelos testes de Covid – os testes rápidos ou os testes moleculares (aqueles chamados PCR). Não só ocorreu o aumento da procura por esses testes como também da positivação deles. Verdadeiramente, estamos mais uma vez sofrendo uma nova onda de casos de infecção da Covid-19. E como estão as internações? Existem dois fenômenos. Tínhamos uma situação de relativo conforto até meados de outubro, quando ainda havia leitos reservados para pacientes infectados pela Covid. Geralmente eram quadros leves e, na maioria das vezes, não eram pacientes que precisavam ir para UTI. Havia também aquele cenário de pacientes que estavam internados por qualquer outro motivo e durante o internamento se infectaram ao serem entubados e desenvolviam sintomas gripais. Mas da segunda semana de outubro para cá, sentimos novamente a necessidade de aumentar a disponibilidade de leitos para a Covid, para desafogar o serviço público. E, por esse motivo, mais uma vez tivemos que estrangular o número de leitos para outras patologias. E qual a gravidade desses casos que vão para hospitalização? O que temos visto é que a grande maioria que já foi vacinada – mesmo aqueles que foram vacinados parcialmente, que não completaram todas as doses de reforço – apresenta quadros mais leves mas, muitas vezes, é internada pela descompensação de uma doença de base como câncer, diabetes ou alguma doença pulmonar ou cardíaca. Mas os idosos, esses sim, têm a necessidade de internação hospitalar, muitas vezes requerendo cuidados da unidade de terapia intensiva e com desfechos desfavoráveis, inclusive mortes. Mesmo tendo todas as quatro doses da vacina da Covid realizadas, eles correm o risco de serem internados porque existe um mecanismo chamado imunossenescência, em que há um envelhecimento do sistema imunológico. Leia a entrevista complena na edição 201.1: assine.algomais.com

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Apenas 16% dos nordestinos tomaram a quarta dose da vacina contra a Covid-19

(Da Agência Tatu) Reportagem Gabriel Ferreira* Edição Lucas Maia e Graziela França Até o momento, somente 16,18% da população nordestina está vacinada com a 4º dose da vacina contra a Covid-19, o que representa 9.300.662 vacinados de uma população estimada em 57.496.415 habitantes. O Piauí é o estado com mais pessoas que tomaram as quatro doses contra o vírus em todo o país. A Agência Tatu cruzou dados do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que evidenciam o baixo percentual populacional em relação à aplicação da 2ª dose de reforço ou 4ª dose da vacina contra a Covid-19.  Das demais regiões, o Sudeste lidera no avanço da vacinação com 19.891.790 aplicações da dose de reforço (22,19%). Em sequência vem o Nordeste (16,18%), o Sul (14,69%), o Centro-Oeste (11,79%) e, por último, o Norte (6,48%) que vacinou somente 1.037.669 habitantes. O Ministério da Saúde garante a aplicação da 4º dose da vacina contra a Covid para a população acima de 40 anos e que aguardaram um intervalo de 120 dias entre a aplicação da 3º dose de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Mas, pensando no bem-estar da população e observando a disponibilidade de doses, diversas capitais do Nordeste avançaram a idade e as condições mínimas necessárias para receber a 2ª dose de reforço. Veja quais foram: Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Maceió, Alagoas Ainda que o estado siga o PNO, a capital de Alagoas, Maceió, já aplica a vacina na população com mais de 18 anos desde que respeitem apenas o tempo (120 dias) entre uma dose e outra. Maceió já iniciou, inclusive,  a aplicação da 5ª dose em imunossuprimidos. Até o momento, em todo o estado, 382.262 (11,36%) pessoas foram vacinadas com a 2º dose de reforço em uma população estimada de 3.365.351 habitantes.  Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Salvador, Bahia Salvador, capital da Bahia, também está vacinando pessoas com mais de 18 anos que tomaram a 3ª dose e já passaram pelo intervalo de 120 dias. A Bahia continua seguindo as recomendações de acordo com o PNO. Até o momento, somente 2.575.415 (17,23%) habitantes receberam a aplicação da 4ª dose da vacina contra a Covid, de uma estimativa populacional estadual de 14.951.338 pessoas. Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Fortaleza, Ceará O público alvo da vacinação no estado permanece o mesmo encaminhado no PNO, mas, em Fortaleza, a aplicação da 4ª dose da vacina já está disponível para maiores de 18 anos que aguardaram o intervalo de 120 dias. Já foram 1.774.639 (19,20%) vacinados em todo o estado que tem uma população estimada de 9.240.580 habitantes. Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em João Pessoa, Paraíba Em João Pessoa, o esquema vacinal está mais próximo ao acertado no PNO. A capital paraibana está vacinando pessoas entre 30 e 39 anos que já passaram pelo intervalo de 120 dias após a aplicação da 1ª dose de reforço. São 597.745 (14,72%) habitantes vacinados no estado que possui uma população estimada em 4.059.905 pessoas. Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Recife, Pernambuco Tanto a capital, quanto o estado seguem o PNO para a vacinação da 2ª dose de reforço. Apenas as pessoas com 40 anos ou mais (imunossuprimidos ou não) e pessoas com IMC igual ou acima de 40 podem receber a 4ª dose da vacina. No estado, somente 1.409.309 (14,59%) habitantes estão com a 4ª dose aplicada de uma população estimada em 9.662.577 pessoas. Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Teresina, Piauí O Piauí já liberou a vacinação da 4ª dose para pessoas com 18 anos ou mais e em Teresina não é diferente. O estado tem o maior percentual de vacinação do país, com 900.445 vacinados, o que representa 27,38% de uma população estimada em 3.289.290. Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Natal A capital do Rio Grande do Norte, Natal, já liberou a 4ª dose para as pessoas com 18 anos ou mais, profissionais de saúde a partir de 18 anos e imunossuprimidos. O governo estadual segue o protocolo do PNO. O processo de vacinação no estado alcançou somente 521.603 (14,65%) pessoas em um estado com população estimada de 3.560.903 habitantes.  Quem pode se vacinar com a 4ª dose contra a Covid em Aracaju, Sergipe Aracaju já aplica a 2ª dose de reforço para população maior de 18 anos de idade. O estado, no entanto, segue o protocolo do PNO. Já foram vacinadas 496.928 (21,25%) pessoas em um estado que conta com uma população estimada de 2.338.474 habitantes.

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II Simpósio sobre o Luto abre inscrições no Recife

Encontro, promovido pelo Morada da Paz, tem o objetivo de proporcionar à sociedade reflexões acerca da morte e do luto. Encontram-se abertas as inscrições para o II Simpósio sobre o Luto, evento, promovido pelo Morada da Paz, com o objetivo de proporcionar à sociedade reflexões acerca da morte e do luto. O encontro será realizado no dia 30 de novembro (quarta-feira), no Centro de Eventos Recife, da Faculdade Pernambucana de Saúde, das 14h às 21h30. O público-alvo são profissionais e estudantes de psicologia, médicos, profissionais e estudantes da área de saúde em geral e demais interessados na temática. Para participar basta levar 1 kg de alimento não perecível e realizar a inscrição através do site bit.ly/simposioluto2. O montante arrecadado será doado a Casa Vincular (casavincular.com.br), projeto desenvolvido pela Comunidade dos Viventes em Recife, que atende pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social diariamente . Haverá emissão de certificado para todos os participantes. O evento, cuja primeira edição aconteceu em Natal, em 2019, tem o objetivo de proporcionar à sociedade reflexões acerca da morte e do luto. O simpósio contará com a presença da Prof. Dra. Maria Júlia Kovács e a Prof. Dra. Elaine Alves, ambas da Universidade de São Paulo e referências nacionais sobre a temática, que contribuirão na discussão sobre morte e luto no mundo pós pandemia. A programação do evento traz ainda palestras de outros profissionais da saúde que somarão às discussões, contribuindo para um aprofundamento e ampliação das reflexões sobre o tema central do encontro. Para a psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, Mariana Simonetti, o debate sobre o luto é necessário porque após a perda de um parente ou conhecido é natural que se fique triste. É essencial, de acordo com a psicóloga, aprender a lidar com a ausência do outro e se cuidar durante o processo. “É possível desconstruir a ideia da morte como algo ruim. Mesmo sendo tão doloroso, é comum sentir o luto, mas também é necessário ressignificar essa dor”, explica.  Serviço: II Simpósio sobre o Luto Data: 30 de novembro (quarta-feira), a partir das 14h Local: Centro de Eventos Recife, da Faculdade Pernambucana de Saúde Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 4861, Imbiribeira Inscrições: bit.ly/simposioluto2 Mais informações: simposiodoluto@moradadapaz.com.br

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Recife inicia aplicação de 5ª dose de vacina contra covid-19 para idosos a partir de 80 anos

Na capital pernambucana, cerca de 21.800 pessoas nesta faixa etária estão aptas a serem imunizadas A Prefeitura do Recife inicia hoje (24), a aplicação da dose de reforço adicional (5ª dose) para idosos a partir de 80 anos. O imunizante pode ser aplicado naqueles que tenham recebido a segunda dose de reforço (4ª dose) há, pelo menos, quatro meses. Na capital pernambucana, cerca de 21.800 pessoas nesta faixa etária estão aptas a serem imunizadas.  Para garantir maior conforto no atendimento deste público, a imunização poderá ser feita mediante agendamento no site (https://conecta.recife.pe.gov.br/) ou aplicativo do Conecta Recife. A vacinação também acontecerá por demanda espontânea nos espaços que atendem neste formato. As vacinas estão disponíveis, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, nas mais de 150 salas de vacina da Prefeitura do Recife. É importante destacar que, nestes locais, a abertura de frascos é feita em dias específicos, conforme organização do território para minimizar as perdas. Os imunizantes também são aplicados de domingo a domingo (consultar horário de cada local), em um dos Centros de Vacinação montados em quatro shoppings da capital, são eles: Recife, em Boa Viagem, RioMar, no Pina, Boa Vista, na área central da cidade, e Tacaruna, em Santo Amaro. No dia escolhido para a vacinação, é preciso apresentar documento de identificação, além de um comprovante de que já completou o ciclo vacinal, para agilizar o atendimento. Serão aceitos tanto o cartão de vacinação como o Certificado Digital de Vacinação, disponível no Conecta Recife. A decisão de imunizar os idosos com 80 anos ou mais foi tomada  para garantir uma proteção mais intensa deste grupo, que apresenta uma perda progressiva da imunidade com o avanço da idade, visando evitar agravamento do quadro ou internamentos. Além disso, tem sido levado em conta a confirmação da circulação de duas novas variantes e também o aumento no número de casos de covid-19 no estado. O imunizante utilizado para este público, nesta etapa da vacinação, será o da Pfizer/BioNTech.  A definição foi apresentada pelo Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação e validada junto aos representantes municipais em encontro da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), realizado na última segunda-feira (21).

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