Z_Exclusivas - Página: 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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A “utopiazinha” de Darcy Ribeiro

Na apresentação anual de lançamento da Agenda TGI, que tive a satisfação de fazer pela 23ª vez na segunda-feira 29.11.21, citei o sociólogo Darcy Ribeiro para fazer uma espécie de contraponto com a crise de desesperança e baixa autoestima que vivemos no Brasil nos dias de hoje. Diz Darcy na introdução do seu livro Aos Trancos e Barrancos – Como o Brasil Deu no que Deu: No dia em que todo brasileiro comer todo dia, quando toda criança tiver um primeiro grau completo, quando cada homem e mulher encontrar um emprego estável em que possa progredir, se edificará aqui a civilização mais bela desse mundo. É tão fácil; estendo os braços no tempo, sinto na ponta dos dedos essa utopiazinha nossa se realizando. Pelo que ele chama de “utopiazinha” vemos como não é tão difícil assim criar as condições mínimas para termos um país decente. Dito assim, deste modo tão desconcertantemente simples, a pergunta imediatava que nos assalta é: por que então não conseguimos? Bem, aí necessário se faz lançar mão da vasta bibliografia que temos de história, sociologia, ciência política... para tentar entender. Confesso que já fui por aí e ainda não consegui. Inclusive por isso, é que me socorro de Darcy, um otimista incorrigível, um “enlouquecido de esperança” pelo Brasil, para tentar uma espécie de “prova pelo absurdo”, que é a luz que a utopia traz. Fugir do emaranhado de impossibilidades do presente para, lançando mão da utopia, do sonho possível, dizer: não percamos a esperança porque o que precisamos, queremos, almejamos, não é impossível como o horizonte turvado do presente pode fazer crer. Aproveitei e citei também a frase do ex-governador Eduardo Campos dita no Jornal Nacional na noite anterior ao seu trágico desaparecimento: “Não vamos desistir do Brasil!”. E para terminar, fui buscar a frase de Victor Hugo: “Nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”. E é justamente isso que desejo àqueles que não perderam de todo a esperança, não obstante os desmantelos e os descaminhos que trilhamos e, infelizmente, provavelmente continuaremos trilhando em 2022, que não será um ano fácil: que possamos, tão logo quanto possível, retomar o caminho apontado pela “utopiazinha” de Darcy e transformar em “carne e osso” esse sonho realizável. Bom 2022!

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Indústria projeta estagnação para 2022

Da Fiepe O ano de 2021 se encerra de forma previsível para o setor industrial pernambucano. É que, conforme as projeções dos especialistas, este ano seria para reorganizar a “casa” depois das perdas mais graves de 2020. E assim aconteceu. De acordo com os dados do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor industrial do Estado caiu 3,7% no terceiro trimestre deste ano, se comparado ao igual período do ano passado. Apesar dessa retração, no acumulado deste ano, o segmento segue a tendência de recuperação e chega à marca de 7,9% de elevação de janeiro a outubro. Para 2022, a economia deve viver uma estagnação em razão do crescimento próximo a zero e da alta da inflação. Segundo a análise do economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, embora o ano passado tenha começado mal, em razão dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil, o setor industrial se manteve aberto por se tratar de uma atividade essencial. “Isso gerou uma demanda represada e, com a reabertura dos demais setores econômicos, a atividade produtiva foi muito demandada”, explicou. Diferentemente do fim do ano passado, nesse 2021, a indústria produziu menos por conta do excesso de estoques e também pela dificuldade de adquirir matéria-prima no mercado. Essa tendência se justifica quando a Produção Industrial Mensal (PIM-PF), medida pelo IBGE, é analisada. De janeiro a outubro deste ano, o resultado da PIM-PF foi pífio e atingiu o razoável 0,7%, na comparação com 2020. Por outro lado, os resultados dos PIBs do Estado e do País apresentaram resultados diferentes e positivos no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2020. O PIB de Pernambuco cresceu 2,4% e o do Brasil atingiu 4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, marcando positivamente também no acumulado de 2021, sendo 5,1% e 5,7% de elevação, respectivamente. “Isso aconteceu por conta da reabertura dos demais setores, o que provocou uma guinada maior em ambos os resultados, já que o crescimento deste ano foi em cima de um desempenho muito ruim registrado em 2020”, acrescentou Andrade, frisando que “qualquer melhora em cima de zero é boa”. Outro fator de preocupação em 2021 foi a taxa de desocupação em Pernambuco, que configurou como uma das maiores do País. Atualmente, o Estado está com 19,3% da sua população desocupada (população economicamente ativa em busca de emprego) e lidera o ranking dos estados brasileiros com essa mesma problemática, à frente da Bahia (18,7%), do Amapá (17,5%), de Alagoas (17,1%), de Sergipe (17%) e do Rio Grande do Sul (15,9%). Pernambuco está acima também da média do Brasil, que, atualmente, está com 12,6% da sua população economicamente ativa sem emprego. EMPREGO X INDÚSTRIA Com relação ao quantitativo de oportunidades geradas pela indústria este ano, o setor pernambucano vem repondo o que foi perdido durante o período mais crítico da pandemia. Em razão disso, o saldo de empregos gerados pelo segmento no acumulado de janeiro a outubro de 2021 é de 15.785 empregos. Esse número se trata do resultado final entre os admitidos e os demitidos. “Num país em crise, o emprego é o último ponto a se recuperar e na indústria estamos vendo que, dia após dia, o segmento vem resgatando o seu quadro de pessoal de antes da pandemia, motivado, sobretudo, pelo reaquecimento da construção civil”, afirmou. É que o setor ficou meses parado por não ser considerado essencial e por ser um dos segmentos com mais elasticidade na hora da contratação, já que as grandes obras requerem sempre um quadro de pessoal volumoso.

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Curiosidades da estátua do David de Michelangelo

Diz a lenda que Michelangelo Buonarronti (1475-1564), ao concluir a escultura do Moysés, hoje na igreja de São Pedro Advíncola, em Roma, batendo com um cinzel na testa de sua escultura exclamou: “Parla!” A mesma cena poderia ter se repetindo em 8 de setembro de 1504, quando da conclusão da mais famosa estátua do mundo: O David de Florença. Com seus 515 centímetros de altura e 200 centímetros de base, da qual o Instituto Ricardo Brennand possui uma réplica nos seus jardins, trata-se da mais famosa escultura daquele artista renascentista, feita sob encomenda para a cidade de Florença (Itália), retratando com todo realismo anatômico o herói bíblico minutos antes de enfrentar o gigante Golias (Samuel, 17.1). A obra original permaneceu em frente ao Palazzo Vecchio, na Piazza della Signoria, até o ano de 1873, quando veio a ser transferida para a Galleria dell’Accademia em Florença, onde pode ser admirada. A réplica do David de Michelangelo existente nos jardins do Instituto Ricardo Brennand (Recife) é obra dos estatuário Cervietti Franco & Cia., de Pietrasanta, cidade localizada na Toscana, nas proximidades de Carrara, aqui instalado no mês de janeiro de 2011. Recentemente a imprensa noticiou que a Universidade de Florença moldou a estátua original e a montou em uma Exposição nos Emirados Árabes, em Dubai. Os italianos, ao lado de um grupo sueco, usaram uma impressora 3D para imprimir a estátua. Pelo enorme tamanho, a peça foi dividida em 14 partes para ser montada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde acontece uma grande exposição mundial até março de 2022. Confessa no site da Revista IstoÉ, a jornalista Keka Consiglio, artista plástica, jornalista e empresária do setor de comunicação, que “cerca de 25 milhões de pessoas poderão ver naquela exposição a réplica, feita com tecnologia de impressão 3D, usando o conceito de Digital Twins (gêmeo virtual idêntico ao original). Michelangelo demorou três anos de trabalho ininterrupto para esculpir David a partir do zero e, mesmo com a mais moderna tecnologia, a versão digital precisou de 120 dias para ser produzida mesmo tendo disponível o original para cópia. Realmente, impressionante”. Estudos recentes vêm algumas singularidades na escultura original do David de Michelangelo: Até os dias de hoje é difícil imaginar a ginástica necessária para transformar aquele enorme bloco maciço de mármore, em uma das esculturas mais belas do mundo. O David está nu e segura uma tipoia sobre o ombro esquerdo e uma pedra na mão direita. Seu olhar transmite emoção, sua pose é imponente e suas mãos parecem que acabaram de se movimentar. Está apoiado na perna direita, tem a perna esquerda levemente dobrada e sua mão direita acompanha seu corpo, ao cair na altura da coxa. Sua mão esquerda mostra um movimento e seu rosto é pensativo e enigmático, parecendo desafiar o adversário. Toda a anatomia de David exprime tensão e apreensão, mas também ousadia. Suas veias chamam a atenção por estarem dilatadas, sua testa está franzida e o olhar é agressivo e sereno simultaneamente. Os estudos continuam e hoje apresentam observações originárias das mais diversas fontes: Canhoto ou destro - A escultura sugere que David é canhoto, porque segura um estilingue com essa mão, mas seu corpo demonstra que ele é destro. Esse é um enigma talvez causado pelas limitações da peça de mármore antes de ser esculpida. Olhar defeituoso – Durantes séculos, quase ninguém percebeu a sutileza do olhar de David. Foram os especialistas da Universidade de Stanford que conseguiram mostrar com a ajuda de computadores que o olho esquerdo de David enxerga para a frente enquanto o olho direito está focado em algum ponto distante. Definitivamente, os americanos não entenderam que é justamente esse movimento que faz com que o olhar da escultura seja um dos mais enigmáticos e interessantes da história da arte. Além disso, dizem que o olhar propositalmente estava direcionado para Roma, longe dos conflitos políticos da época e que envolviam os Médicis (família que por séculos dominou a Cidade de Florença). Todas essas observações poderão ser por nós comprovadas numa visita ao Instituto Ricardo Brennand (Recife), onde nos aguarda a réplica em mármore de Carrara, confeccionada pelo estúdio de Franco Cervietti, também responsável por cinco outras cópias, existentes uma no Cemitério de Los Angeles; a segunda para Austrália; a terceira para o Museu de Taiwan; a quarta para uma fundação de arte de Taiwan e esta quinta cópia concluída em 2000 que teve como destino o Brasil. *Por Leonardo Dantas Silva

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4 dicas de como fazer o networking dar certo

*Mara Leme Martins O período de pandemia e isolamento social mudou a forma de trabalhar dos brasileiros, além de abrir novas oportunidades e perspectivas de trabalho. Para se ter ideia, uma pesquisa da FIA Employee Experience (FEEx), com dados colhidos no segundo semestre de 2020 a partir de questionários respondidos por 213 empresas em todo o território nacional, aponta que 90% das empresas aderiram a alguma modalidade de home office. Além disso, somente 43% das empresas ofereciam alguma opção de trabalho à distância antes da pandemia. As pessoas também começaram a buscar novas formas de negócios para se reinventar profissionalmente em meio a tantas mudanças causadas pela pandemia. De acordo com o Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, no fim do terceiro quadrimestre de 2020 existiam 11 milhões MEIs ativos no Brasil. Em março deste ano, eles já respondiam por 56,7% do total de negócios em funcionamento no país. A pandemia mudou a vida e os negócios como os conhecemos, e deixou ainda mais claro que para quem quer seguir adiante e se dar bem na carreira, é importante entender a melhor forma de criar conexões com as pessoas. Os líderes das empresas estão começando a perceber que a implementação eficaz da tecnologia é absolutamente crítica agora. A implementação e o aumento do home office é apenas uma das inúmeras provas de que não há como sobreviver, em tempos pós pandêmicos, sem estar conectado com a cultura do trabalho digital. É importante entender que o gênio saiu da garrafa e é provável que muitas pessoas adotem uma abordagem híbrida para suas redes de trabalho, mesmo após a pandemia. À medida que isso acontecer, nós veremos mais networking de negócios ocorrendo por meio de algum tipo de formato de realidade mista, que irá globalizar o mercado. Entretanto, por mais que o virtual possa funcionar, ainda acredito que algumas coisas têm um melhor resultado presencialmente. Quando falamos de networking, as reuniões cara a cara são mais adequadas e não vão desaparecer completamente. Isso porque, quando trabalhamos com networking, estamos falando sobre como cultivar e colher relacionamentos com as pessoas. É sobre se relacionar, não fazer negócios. Para quem deseja fazer um networking que dê resultados, listo algumas dicas: Não vá direto para o modo de vendas: as pessoas tentam pular a visibilidade e a credibilidade para chegar ao momento da lucratividade com mais rapidez. Isso acontece o tempo todo, principalmente nas redes sociais. As pessoas se conectam e no dia seguinte estão vendendo seus produtos e serviços. A realidade é que isso são vendas, não networking. É preciso ter uma conexão verdadeira ou ajudar alguém antes de pedir algo. As pessoas costumam dizer que perguntar nunca é demais, mas estão erradas. Pode doer e as coisas podem dar errado se você perguntar muito cedo. Leve em consideração o “efeito borboleta”: quando falamos em efeito borboleta, é algo simples e fácil de se entender. Você não sabe quem as pessoas conhecem, então apenas entre em contato com alguém para construir um relacionamento. É preciso ter um ponto de partida para conhecer as pessoas. Conhecendo alguém em uma reunião ou evento, ela pode te indicar para outras pessoas e, dessa forma, você vai construir relacionamentos sem saber onde esse efeito borboleta pode te levar, mas mudando a vida dos seus negócios. Fale com as pessoas: quando se trata de networking, é importante falar com as pessoas e pensar em maneiras criativas de construir o seu negócio. Dedique tempo aos relacionamentos que você já tem. Estenda a mão e pergunte se elas estão bem, se há algo que você pode fazer para ajudá-las. A correria do dia a dia nos faz pensar que nunca há tempo para fazer networkings, mas na realidade sempre há. Não é tarde demais para começar a construir sua rede agora, uma pessoa de cada vez. Lei da Reciprocidade: é importante ter a visão de que a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos negócios, nos relacionamentos e na vida. O marketing de referência e indicações nunca foram tão importantes quanto nos dias de hoje, em que as empresas precisam conquistar novos clientes, presencial ou remotamente, para não colocar em risco a sua operação. Os empreendedores precisam aprender os benefícios da filosofia “Givers Gain”, ou seja, “se eu lhe ajudar indicando negócios, você vai se interessar em me ajudar também”. É a Lei da Reciprocidade em ação no mundo dos negócios. *Mara Leme Martins é PhD e VP BNI Brasil - Business Network International, a maior e mais bem-sucedida organização de networking de negócios do mundo

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Pesquisa: pernambucanos querem celebrar Natal e Ano Novo

Festividades tradicionais, as comemorações de Natal e Ano Novo foram impactadas e adaptadas com a pandemia da Covid-19. Neste ano, a sondagem de opinião da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE) revelou que 79% dos consumidores do Estado pretendem comemorar alguma das festividades de final de ano, com 2/3 comemorando tanto o Natal, quanto o Ano Novo. O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 7 de dezembro, envolvendo uma amostra de 800 consumidores de todo Pernambuco. No interior, a intenção de comemorar o final de ano é maior que na Região Metropolitana do Recife, chegando a mais de 91%, enquanto na RMR ocorre entre 72% dos consumidores. “As festas de fim de anos são tradicionais em todo Estado, em especial no interior. O avanço da vacinação contra o coronavírus e a maior circulação dos consumidores permite com que as datas aqueçam o comércio no final de 2021”, afirma o assessor econômico da Fecomércio-PE, Ademilson Saraiva. As comemorações em ambientes externos serão procuradas por uma parcela bastante reduzida dos consumidores, tanto para evitar gastos quanto para se proteger de aglomerações e privilegiar a volta das confraternizações familiares sem as restrições de 2020. Nesse sentido, apenas 6% pretendem participar de show ou eventos temáticos de Natal ou Réveillon, enquanto que apenas 8,4% pretendem confraternizar em bares ou restaurantes. A instabilidade econômica preocupa. Entre os que não pretendem comemorar o final de ano, os principais motivos apontados foram a falta ou a insuficiência de dinheiro (37%) e a insegurança quanto aos rumos da economia (33%) nos próximos meses, ou seja, quanto à trajetória da inflação e emprego, bem como das condições de crédito. A elevação dos preços no varejo e o endividamento também foram citados como fatores relevantes na decisão de não comemorar ou não realizar gastos no final de ano. Corroborando o cenário adverso para os gastos familiares, com a crescente alta de preços e o desemprego elevado, a maioria dos consumidores que desejam comemorar o final de ano em 2021 apontaram que pretendem realizar suas confraternizações em casa: mais de 77% no estado, chegando a quase 81% no interior. Na RMR, 24% das pessoas com 18 anos ou mais pretendem realizar uma viagem no final de ano, proporção que chega a mais de 28% no interior. COMPRAS - A sondagem investigou a intenção em realizar compras para uso pessoal ou doméstico no final de ano e quase 27% dos consumidores apontaram esse desejo. “Por outro lado, cabe salientar que parte desses consumidores declaram ter aproveitado as promoções do Black Friday, que ocorrem na última semana de novembro, para adiantar tais compras, então, não concentrando essas atividades no mês de dezembro. Essa perspectiva corrobora o resultado da sondagem referente ao Black Friday, a qual já havia estimado que aproximadamente 30% dos consumidores adiantariam compras de final de ano no final do mês anterior”, explica o assessor econômico da Fecomércio-PE. A tradicional compra de presentes para parentes e amigos é intenção de quase 44%, ou seja, menos que a metade dos consumidores que desejam comemorar o final de ano. Maior proporção se observa apenas entre os consumidores com renda domiciliar acima de 5 salários mínimos. Entre os consumidores que pretendem presentear, a média de presentes é de 4 itens por consumidor nas faixas de renda domiciliar de até três salários mínimos e de 6 itens nas faixas acima de três salários mínimos. No interior, a média chega a 7 itens na faixa de cinco a dez salários mínimos e 8 itens na faixa com mais de 10 salários mínimos. Quanto ao local de compra dos presentes, 52% pretendem comprar em lojas do comércio tradicional, 51% pretendem comprar em shopping centers e 26,9% pretendem comprar no comércio eletrônico. “Cabe destacar que as compras pela internet ganham cada vez mais espaço entre as opções dos consumidores, sobretudo na RMR, onde quase 40% pretendem acessar, superando o comércio tradicional”, ressalta Saraiva. No interior, a configuração é bem diferente, com 78% dos consumidores optando pelo comércio tradicional e 40% pelos shoppings. O valor médio por presente é estimado em R$159, com R$113 na faixa de renda domiciliar de 1 a 2 salários mínimos e alcançando R$216 na faixa com mais de 10 salários mínimos mensais. Na RMR, o valor médio declarado dos presentes chegou a R$165, variando de R$131 na faixa de renda domiciliar de 1 a 2 salários mínimos e alcançando R$215 na faixa com mais de 10 salários mínimos mensais. Entre os tipos de itens escolhidos para presentear, se destacaram as opções de vestuário, citados por 36,7% dos consumidores, seguidos dos brinquedos ou jogos não eletrônicos (22%), perfumes e cosméticos (20,6%) e calçados (14,7%). O pagamento com cartão de crédito será a principal opção entre os consumidores, seguido pelo pagamento em dinheiro ou débito, o qual divide com o PIX ou transferência bancária a preferência entre os consumidores na RMR.

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Serra e praia entre os destinos favoritos para o fim de ano em Pernambuco

Da Secretaria de Turismo de Pernambuco As tradicionais confraternizações e os festejos de fim de ano, a exemplo do Natal e do Réveillon, preveem expressivo aquecimento da rede hoteleira do Estado nos próximos fins de semana. Boa parte das reservas está concentrada em destinos do Agreste e do Litoral Norte. A procura também é alta por equipamentos de hospedagem da Região Metropolitana do Recife, do Litoral Sul e do Sertão. O estudo desenvolvido pela Unidade de Pesquisa acerca da ocupação hoteleira para os últimos fins de semana do ano revela que os destinos mais procurados no Natal serão Bezerros (87%), Garanhuns (87%) - que realiza o evento temático A Magia do Natal - e o Recife (78%). Outros destinos disputados para passar o fim de semana natalino são Gravatá (76,33%) e Igarassu, Cabo de Santo Agostinho e Petrolândia, os três com 75% de previsão de ocupação. Ipojuca, onde fica localizada a praia de Porto de Galinhas, aparece no ranking com 74%. Já no Réveillon, os favoritos dos visitantes são Igarassu (100%), o Arquipélago de Fernando de Noronha (91%) e Tamandaré (90%). A capital pernambucana aparece com 95% na preferência dos viajantes para a virada do ano, e Olinda, com 90%. Ipojuca também vai receber muita gente na última noite de 2021: a expectativa gira em torno de 85%. “Em um ano desafiador e de muito trabalho do Governo do Estado com a segurança sanitária e a retomada das atividades econômicas, é extremamente gratificante observar estes números. Pernambuco é um dos destinos mais procurados do País para a virada do ano e, mesmo sem festas públicas, demonstra esta força. As pessoas estão vindo para as festas nos hotéis, para as festas privadas, que seguem protocolo com exigência do passaporte vacinal e permitem a diversão com segurança. Estamos caminhando para a estabilidade do nosso turismo e teremos um 2022 de crescimento, sem dúvida”, destaca o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.

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Efeitos do Esgotamento Emocional na mente e no corpo

Em meio a situações diversas de estresse e confronto pessoal, é natural o surgimento ou o agravamento de transtornos de estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade generalizada, pânico e outros sintomas decorrentes de um momento carregado de medo, tensão e angústia. Além dos aspectos físicos e biológicos também devemos estar sempre atentos aos diversos pontos relevantes voltados para a saúde mental e emocional das pessoas. O Esgotamento emocional é muito comum em épocas de excesso de desequilíbrio mental. A exposição aos traumas pode intensificar a sensação de desgaste mental. Esse desgaste tem algumas características comuns que geram total descontrole de suas ações e pensamentos. Um esgotamento emocional que também pode ser classificado como uma fadiga emocional. Cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; alterações no apetite; Insônia; dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança; negatividade constante; sentimentos de derrota, desesperança e incompetência; alterações repentinas de humor; isolamento; fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais; alteração nos batimentos cardíacos, entre outros. Infelizmente, essas são as respostas de nossa mente frente a situações desagradáveis. O indivíduo sente-se inseguro e, sem ter muita certeza do que pode realmente ser real, a sensação mais comum é a falta de controle, a incerteza com os dias futuros e uma instabilidade relativa a tudo e a todos. Além disso, observa-se um aparente desespero e uma demonstração de impulsividade e, em alguns casos, até podemos perceber evidências suicidas. O indivíduo pode apresentar sinais que vão do tédio à solidão, incluindo acessos de raiva, intolerância e agressividade, transtornos psíquicos que podem atingir a todos, mas que devem ser observados e tratados, pois podem se agravar e associar-se a outros transtornos graves que afetam diretamente a saúde mental e o equilíbrio emocional do indivíduo. As principais apreensões da mente podem ser o medo, a frustração e a ansiedade. Acrescidos de uma sensação de impotência em relação ao dia de amanhã. Ao perceber que não se pode ter o controle de tudo, o ser humano se depara com sua mais cruel realidade e, infelizmente, comprova que não está preparado para compreender tudo à sua volta. Essa fragilidade cerceada pelo medo contribui ainda mais para a potencialização da atmosfera de insegurança. E o que fazer com essa sensação de esgotamento mental e emocional, principalmente em tempos de pandemia? Como trabalhar nossos medos e inseguranças frente ao que não podemos administrar ou mudar? Enfim, para vencer o esgotamento emocional é necessário ter consciência do mal que te acomete, descobrir qual o gatilho para o início da sensação de inutilidade, de medo, de cansaço mental e de desejo de fuga do mundo, que gera o isolamento através da fobia social. É importante descobrir onde está ancorada a angústia e dor que te acompanha. A Tranquilidade e serenidade é o que devemos buscar para nossa vida e para os que estão a nossa volta. É certo que, vencemos o medo e a insegurança quando trabalhamos a nossa inteligência emocional a favor da razão. Esta fará com que você ultrapasse os obstáculos. E se estiver consciente dos cuidados e precauções, munido de informações corretas, com toda certeza, você poderá encarar tudo da maneira mais tranquila, sem pânico e sem desespero. E, o mais importante, busque ter pensamentos positivos que, certamente, irão te auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico e impedir baixa de sua imunidade. Controle seus sentimentos e compreenda melhor suas emoções. E talvez a dica mais preciosa que possa dar é: reveja o que sua mente consome. Isso é muito importante para a sua saúde mental e também para a promoção do equilíbrio. Não alimente pensamentos ruins, não fique ligado em notícias tristes a todo tempo, histórias depressivas e carregadas de ódio, raiva e maldades. Evite consumir o que pode lhe fazer mal, aumentar sua ansiedade e proporcionar sensações depressivas. Somos responsáveis pelo que vivenciamos e, mais do que isso, não seja esponja emocional dos problemas do outro. Não carregue o mundo nas costas. Aprenda a colocar limites no que não lhe cabe. Portanto, mudança de hábitos, positividade, ocupação da mente com atividades que alimentem o cérebro, o consumo de bons conteúdos, serenidade e empatia, são ingredientes indispensáveis para que o esgotamento mental seja eliminado sem deixar sequelas emocionais no ser humano. Seja otimista e não deixe de acreditar. Afinal, o nosso cérebro responde igual ao nosso corpo, quanto mais combustíveis bons você colocar, mais ele vai funcionar melhor. Desacelere. Pense nisso e elimine a exaustão mental e emocional, desacelerando, para que tenha uma vida mais saudável com a promoção do seu bem-estar. *Andrea Ladislau é graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos.

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"Temos uma Argentina inteira de famintos no Brasil hoje".

Assim como Josué de Castro, autor de Geografia da Fome, José Graziano da Silva atuou na FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) onde, da mesma forma que o médico pernambucano, contribuiu com seu conhecimento para ajudar a reduzir a insegurança alimentar no mundo. Infelizmente, a realidade do Brasil hoje está muito similar à de 76 anos atrás, quando Castro lançou sua obra clássica. Cláudia Santos conversou sobre essa situação com Graziano, que foi também ministro, ex-ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome do Governo Lula e idealizador do Fome Zero, programa que retirou o Brasil do mapa da fome. Ele analisou porque retornamos a essa crise humanitária e apontou as soluções urgentes que podem “e devem” ser implantadas por prefeitos e governadores. Também alertou que será fundamental implantar um programa para educar a população a comer alimentos saudáveis e garantir a ela o acesso a esses produtos. Afinal, assim como pensava Josué de Castro, Graziano afirma que não é a falta de alimentos nem mesmo a pandemia que provocam a fome, mas a falta de dinheiro dos brasileiros, agravada com a crise da Covid-19. O que mostram os dados mais recentes sobre a fome no Brasil? Vamos falar de segurança alimentar, que é o conceito que se utiliza para medir a fome. Segurança alimentar é quando uma pessoa tem acesso à quantidade de alimentos necessária para ter uma vida saudável, são as famosas três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar, a que se referia tanto o presidente Lula. Os dados de insegurança alimentar no Brasil seguem a escala chamada Ebia (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar) que classifica a insegurança alimentar grave, quando a pessoa deixou de comer pelo menos um dia, no período da entrevista da avaliação (pesquisa). Segurança alimentar moderada é quando ela sacrificou a quantidade dos alimentos, deixou de fazer, por exemplo, uma das três refeições ou comeu menos do que achava que era necessário para a sua sobrevivência. Insegurança alimentar leve é quando a pessoa, por falta de dinheiro, sacrifica a qualidade dos alimentos, deixa de comer carne, por exemplo, e passa a comer salsicha ou mesmo abole as frutas, verduras, legumes e passa a comer só macarrão, farinhas, produtos energéticos. Os dados da última pesquisa da Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar), para dezembro 2020, mostram uma insegurança alimentar grave atingindo 9% da população brasileira e uma insegurança alimentar moderada atingindo 11,5%. Somadas as duas, resulta em mais de 20%. Ou seja, uma de cada cinco pessoas entrevistadas disse que passou fome no período da avaliação. Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) contabilizaram um número um pouco maior que isso, aproximadamente 24%, o que significa que um de cada quatro brasileiros passava fome em dezembro de 2020. Constatou-se também que praticamente 35% dos brasileiros sofriam de insegurança alimentar leve, ou seja, sacrificavam a qualidade dos alimentos consumidos porque não podiam pagar pelos alimentos de boa qualidade, como produtos frescos, frutas, verduras e legumes e carnes. Isso dá um total de 55% da população brasileira em insegurança alimentar. É a primeira vez na história do Brasil que temos a maioria população brasileira sofrendo insegurança alimentar, como se pode ver na série que começa em 2004 (gráfico da página 14). Chegamos a ter em 2013, às vésperas de o Brasil sair do mapa da fome, praticamente 80% da população brasileira com segurança alimentar. Esse número drasticamente cai para 45% em dezembro de 2020. Infelizmente não temos a pesquisa ainda para 2021. O único dado disponível é da Unicef que usa uma metodologia similar, não é exatamente a mesma, e que constatou que 17%, ou seja, cerca 27 milhões de brasileiros maiores de 18 anos deixaram de comer porque não havia dinheiro para comprar mais comida no domicílio. Essa pesquisa se refere ao mês de abril de 2021, quando já não havia Auxílio Emergencial. Como está a fome no Nordeste? A fome no Nordeste é muito pior. Dados da Rede Penssan mostram que a região tem 14% de pessoas com insegurança alimentar grave, 17% sacrificando a quantidade de comida (insegurança alimentar moderada), o que resulta num total de 31% com insegurança alimentar moderada ou grave, que é o indicador utilizado para medir a fome nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 (da ONU). Veja que outros 41% dos nordestinos sofrem insegurança alimentar leve. Então, nós temos um quadro realmente assustador. Apenas 28% dos nordestinos têm segurança alimentar, 31%, ou seja, praticamente um de cada três passa fome de alguma maneira ou deixa de comer de vez ou come menos do que devia, e 41% come mal. Ao se comprar a situação no Brasil e no Nordeste, há sempre uma proporção maior de pessoas passando fome na região, em todas as categorias, o que dá um valor de quase 72% da população nordestina com insegurança alimentar. São 17 milhões de pessoas ou mais em dezembro de 2020 passando fome na região contra aproximadamente 43 milhões no Brasil nesse período. Quais os fatores que levaram a esse recrudescimento da fome no País e qual o impacto que teve a pandemia? Vale a pena destacar que antes mesmo da pandemia, os dados do IBGE de 2018 apontam que o Brasil já havia voltado ao mapa da fome porque tínhamos 5,8% da população em insegurança alimentar grave. Nós consideramos que um país passa fome pelo critério da FAO, quando mais de 5% da população está nesse limiar. Então, não é a pandemia que causa a fome mas a pandemia, sim, agravou muito a situação no Brasil, porque a fome no País é um problema de falta de renda. Não faltam alimentos, falta dinheiro para comprar os alimentos. Com a pandemia, aumentou muito o nível de desemprego e a informalidade e o País deixou de crescer. Um país que não cresce, não gera empregos. Isso é agravado pelo baixo nível da remuneração daqueles que estão ocupados ou subocupados no setor informal. O salário mínimo

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Paulo Dalla Nora Macêdo traça perpectivas para 2022

Paulo Dalla Nora Macedo é economista e vice-presidente do política viva. Integrante e articulador de vários movimentos que discutem a gestão pública e o futuro do País, ele responde três perguntas sobre as perspectivas para 2022 no Brasil, em meio às eleições presidenciais e às previsões nada otimistas para a economia nacional. Quais as suas perspectivas para o País no cenário de travessia da Pandemia em 2022? Quais os principais desafios você apontaria? O governo federal já demonstrou ser insensível às recomendações da ciência e que prefere se guiar por crendices, porque isso faz parte do ethos do Presidente. Algumas pessoas chamam isso equivocadamente de “ser autêntico”, mas, na verdade, é escolha pela ignorância, e isso coloco o Brasil em risco constante de descontrole com novas variantes. Desde o início da pandemia todos os cientistas veem alertando que controlar a COVID-19 será uma luta de logo prazo e o nosso governo atual não entendeu e não vai entender isso. O próximo ano promete um processo eleitoral decisivo para os rumos do País. A polarização se mantém? O cenário de antipolítica das eleições 2018 permanece ou será abandonado?  Espero que em 2022 tenhamos a verdadeira polarização que, no buraco civilizatório que nos metemos, é necessária: uma frente contra o obscurantismo. Só com um amplo acordo político que envolva todas as forças políticas fora desse espectro vamos começar a deixar esse lapso histórico para trás. E para isso, a política vai ser muito importante para firmar um amplo acordo de governabilidade evitando que o obscurantismo não continue a ser relevante no Brasil mesmo com a derrota. Eu estou muito empenhado nisso, e vejo muita gente empenhada, como o grupo Derrubando Muros que reúne grandes empresários, executivos e importantes lideranças da sociedade civil. Quais as prioridades da população brasileira para o ano de 2022 e para as eleições do próximo ano? As pesquisas indicam que a maior preocupação é de ordem econômica: inflação, emprego, renda representam mais de 50% nas pesquisas quando somados. A vida das pessoas está muito pior em 2021 e estará pior em 2022 do que qualquer outro período nos últimos 30 anos. Às duas democracias mais importantes do ocidente, EUA e Alemanha, elegeram governos que estão tentando desenhar um novo pacto social, com um audacioso projeto de maior rede de apoio social e forte investimento em transição para uma economia verde. Qual o programa econômico desse governo? Ninguém sabe dizer, são frases soltas do ministro que mais parecem uma palestra de um economista-show para elevar os espíritos dos contratantes. Nossa imagem externa foi arrasada e com isso a nossa capacidade de atração de investimentos é uma das mais baixas da história. O FMI projeta que o Brasil seja o lanterna na lista de crescimento entre os emergentes em 2022. Ano que vem será um dos piores dos últimos tempos.

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Início do ano traz gastos extras, mas é possível se preparar

O fim de ano é tempo de celebrar e estar com amigos e família, mas também é o período de fazer o balanço financeiro. De acordo com a Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras, um estudo da Fecomércio SP, consumidores estão mais endividados e com confiança abalada neste fim de ano. E isso acaba refletindo em diversos aspectos da vida financeira de todos os membros da família, que precisam arcar com os custos do ano que está por vir. Já o estudo focado em Pernambuco, feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pela Fecomércio PE aponta para uma inadimplência entre setembro e outubro de 78,2%. Também apresenta um percentual de 30,3% de famílias com contas em atraso e 15,7% de famílias sem condições de quitar suas dívidas. Mas quais seriam as causas para esses números? A crise econômica pela qual passa o Brasil, com os números de desemprego, com certeza é uma delas, mas também a falta de organização financeira que a realidade de muitas famílias. Por isso, é preciso ficar atento com os gastos e dar o primeiro passo: criar o hábito de saber exatamente quais são as entradas e saídas de dinheiro em cada mês. “Organizar-se financeiramente é algo difícil para a maioria, pois temos a força da estrutura econômica do país e do apelo ao consumismo. Então, como poupar? Primeiro, estabeleça uma hierarquia dos bens e serviços que você e sua família consomem; segundo avalie cada decisão, cada oferta, cada tentação e analise se o que está prestes a comprar é uma necessidade ou apenas um desejo; terceiro, organize suas escolhas, evite fidelidade a marcas caras, compre bens e serviços pela funcionalidade, rendimento, utilidade, durabilidade e não pela marca, pela imagem, pela fama”, explica o Doutor em Economia, Especialista em Finanças e professor da Faculdade Nova Roma, Antonio Carvalho. E os gastos são especialmente maiores no início do ano por diversos fatores: IPVA, IPTU comprometem os bolsos dos trabalhadores, mesmo aqueles que, em dezembro, recebem as parcelas do 13º salário. Mas nem tudo está perdido, é possível se organizar para esse gasto extra. “Os impostos recorrentes (IPTU, IPVA) geralmente não podem ser antecipados, porém, oferecem descontos se pagos em cota única, assim, ao invés de parcelar e gerar um compromisso por muitos meses, comprometendo o orçamento, junte, separe, poupe e tente pagar à vista e ganhar esse desconto, gerar essa economia de dinheiro”, pontua o professor. No Recife, por exemplo, é possível obter descontos no IPTU caso o contribuinte esteja adimplente em dois casos: 10% no pagamento em cota única ou escolher um imóvel que vai ter a redução, ambos a partir do Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), que pode oferecer até 100% de descontos para juros e multas e opções para parcelar. Gastos escolares – Para as famílias com filhos os gastos são ainda maiores no início do ano por conta do material escolar e matrícula em colégios particulares. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), havia uma estimativa, no início deste ano, de aumento de 8 a 10% nos produtos escolares nacionais e até 20% nos importados. Os números podem assustar, mas é possível se preparar para eles. “As estratégias para economizar são comprar os materiais já conhecidos antes do início das aulas. No período imediatamente anterior ao início, esses itens sofrem aumentos alarmantes de preços. Se não comprou ou para aqueles itens que somente tomar conhecimento após receber a lista, pesquise muito. Historicamente as diferenças de preços do mesmo item entre diferentes estabelecimentos chegam a até 100%. No caso dos livros, tente comprar, se possível, direto da editora, pois as livrarias adicionam seus custos e margens de lucro, logo, ficam bem mais caros. Para a matrícula no colégio, tente negociar, se possível antecipar e ganhar desconto”, detalha o professor Antonio Carvalho.

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