Z_Exclusivas - Página: 356 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Governo de PE abre seleção para 57 vagas

As oportunidades são para atuação nos Serviços de Acolhimento Institucional acompanhados pela Gerência de Proteção Social Especial de Alta Complexidade. As vagas estão assim distribuídas: educador social/cuidador: Recife e Região Metropolitana – 35 e 02 PcD; Garanhuns – 16 e 01 PcD. Para Técnico de Enfermagem: Recife e Região Metropolitana – 02 e 01 PcD. O salário para as duas funções é de R$ 925,00. É exigida experiência mínima de 06 (seis) meses em trabalho com crianças, adolescentes, jovens e adultos com ou sem deficiência nas áreas de educação, saúde e socioassistencial. As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 04 de maio de 2016 até 18 de maio de 2016, por via postal, através do Sedex, ou presencial no horário de 9h às 16h, na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (Av. Cruz Cabugá, 665, Santo Amaro, Recife/PE). O formulário de inscrição está disponível junto com o edital, publicado no dia 03 de maio de 2016, no Diário Oficial do Estado. A seleção simplificada será realizada em etapa única, por meio de avaliação curricular e análise de documentos comprobatórios além de experiência profissional na área de, no mínimo, 6 meses. O resultado final será divulgado no dia 14 de junho no site www. sdscj.pe.gov.br e www.sigas.pe.gov.br.  

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Indústria cresce 1,4% em março

A produção industrial brasileira voltou a crescer, fechando março com alta de 1,4% frente a fevereiro, quando havia registrado retração de 2,7% sobre dezembro de 2015, na série com ajuste sazonal (descontadas as influências entre os períodos, como número de dias e peculiaridades do mês). Os dados foram divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam que, na série sem ajuste sazonal, quando o confronto se dá com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou queda acumulada em março deste ano de 11,4%. Neste caso, foi a vigésima quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a observada em fevereiro (-9,8%). Com o resultado de março, a produção industrial fechou os primeiros três meses de 2016 com queda acumulada de 11,7%. Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, recuoucaiu 9,7% em março, a retração mais intensa desde a queda de 10,3% de outubro de 2009, mantendo uma trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Expansões O crescimento de 1,4% no parque fabril do país, entre fevereiro e março, reflete expansões em 12 dos 24 ramos pesquisados e em todas as quatro grandes categorias econômicas. Entre os ramos analisados, a principal influência positiva ficou com produtos alimentícios (avanço de 4,6%, eliminando o recuo de 2,1% acumulado entre janeiro e fevereiro de 2016). Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de máquinas e equipamentos (8,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,6%) e de produtos de madeira (4,2%). Entre os onze ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com queda de 6,5%, interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas. Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de indústrias extrativas (-0,9%), de metalurgia (-2,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,9%) e de móveis (-4,6%). Já entre as quatro grandes categorias econômicas, ainda na comparação com fevereiro, o item bens de capital acusou crescimento mais acentuado ao avançar 2,2%, cravando a terceira taxa positiva consecutiva, período em que acumulou expansão de 3,1%. Com intensidade menor, também ampliaram a produção de fevereiro para março os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%), de bens de consumo duráveis (0,3%) e de bens intermediários (0,1%), todos, no entanto, com intensidade menor do que a média nacional de 1,4%. Resultados negativos A queda de 11,4% na produção industrial brasileira em março, na comparação com março de 2015, tem, segundo o IBGE, perfil generalizado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 65 dos 79 grupos e 75,5% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, as maiores influências para esta queda foram as de veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,8%), e indústrias extrativas (-16,6%). Segundo o IBGE, outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-17,8%), metalurgia (-14,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (-31,1%), e produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-5,8%). Na outra ponta, aparecem como destaques positivos, ainda na comparação março 2015/março 2016, atividades de produtos do fumo, com crescimento de 17,4%, e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,7%). Já entre as grandes categorias de uso, na mesma base de comparação, bens de capital, com queda de 24,5%, e bens de consumo duráveis (-24,3%) tiveram os recuos mais acentuados, uma vez que os setores produtores de bens intermediários (-10,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-3,8%), mesmo fechando negativamente, acusaram resultados abaixo da retração média global da indústria de março, que foi de -11,4%. Queda generalizada Mesmo tendo crescido 1,4% de fevereiro para março deste ano, a produção industrial também mostrou perfil generalizado de desaceleração no primeiro trimestre do ano. De janeiro a março deste ano, a queda de 11,7% frente a igual período do ano anterior, reflete redução nas quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 75,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias, com recuo de 27,8%, e indústrias extrativas (-15,3%) evidenciaram as maiores influências negativas na formação da taxa média da indústria. Entre as grandes categorias econômicas, o perfil negativo dos resultados para os três primeiros meses de 2016 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-28,9%) e bens de consumo duráveis (-27,3%), pressionadas pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-28,6%), na primeira; e de automóveis (-25,3%) e eletrodomésticos (-34,8%), na segunda. Mesmo fechando com números negativos, os segmentos de bens intermediários (-10,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-4,5%) mostraram resultados abaixo da queda média nacional de 11,7% para os três primeiros meses do ano.

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Justiça manda liberar WhatsApp

O desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe Ricardo Múcio Santana de Abreu Lima deferiu hoje (3) um pedido de reconsideração do WhatsApp e determinou que o serviço seja liberado em todo o país. A medida revoga decisão do desembargador Cezário Siqueira Neto, que havia negado o recurso apresentado pelo Facebook, dono do Whatsapp, para liberar o aplicativo. A liberação do serviço depende agora das operadoras de telefonia, que devem ser notificadas da decisão. Fora do ar O WhatsApp está sem funcionar desde às 14h de ontem, quando todas as prestadoras de serviços de telefonia móvel foram intimadas a cumprir determinação do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público. Inicialmente, a medida valeria por 72 horas, ou seja, até as 14h de quinta-feira (5). A ordem de bloquear o WhatsApp ocorreu pelo mesmo motivo que levou ao pedido de prisão do vice-presidente do Facebook, em março deste ano: a empresa não forneceu à Justiça mensagens relacionadas a uma investigação sobre tráfico de drogas. O aplicativo já havia sido bloqueado em dezembro do ano passado. A determinação é que o serviço ficasse fora do ar por 48 horas, mas foi restabelecido em 12 horas por uma medida liminar. Na ocasião, o Whatsapp começou a funcionar em poucas horas. Em nota, o WhatsApp disse que está desapontado com a decisão, que pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do serviço. Inocentes prejudicados O bloqueio também foi criticado pelo diretor executivo do WhatsApp, Jan Koum, em sua conta no Facebook. “Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos porque um tribunal quer que o Whatsapp entregue informações que nós repetidamente dissemos que não temos”, disse. Ontem, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse que o bloqueio do aplicativo WhatsApp em todo o país é uma medida desproporcional porque acaba punindo os usuários do serviço. Segundo especialista ouvido pela Agência Brasil, o bloqueio fere o Marco Civil da Internet.

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UFPE discute Educação na cidade

Com o tema “A Educação na Cidade: princípios, políticas e chão de atuação”, o VI Seminário Paulo Freire será aberto amanhã (4), às 9h, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), contando com a presença do reitor Anísio Brasileiro. No evento, que se estenderá até a quinta-feira (5), haverá palestras, meses de diálogo e lançamentos de livros. De acordo com os organizadores do seminário, “A Educação na Cidade” é título de uma publicação de Paulo Freire (1991), mas ultrapassa essa condição para se constituir no desenho de uma política de educação. É, ao mesmo tempo, configuração e registro de uma experiência política, pedagógica e administrativa que teve a frente o professor Paulo Freire como secretário de Educação da maior capital do país. Em “A Educação na Cidade”, a instituição escolar ganha relevo na formulação da política, enquanto o corpo da escola e a comunidade em que se insere assumem o protagonismo na leitura da realidade e na proposição de práticas educativas, em articulação com a universidade e os movimentos sociais. Daí a noção de escola pública popular inscreve-se na base das discussões como fios condutores das deliberações e formulações. Mudar a cara da escola constituiu o mote onde inscreveram-se as avaliações institucional e de ensino, e as prioridades e as metas para a educação na cidade. Dessa experiência, destacaram-se princípios e práticas de política educacional: autonomia das escolas, reorientação curricular, programa de formação de professores e intercâmbio com as universidades. O livro é uma síntese do pensamento de Paulo Freire em movimento e como movimento institucional que reúne princípios, finalidades e objetivos que dão origem e sustentação às políticas de educação e práticas pedagógicas. É a partir dessa compreensão de “A Educação na Cidade” como livro e como política que a Cátedra Paulo Freire da UFPE formulou sua temática de atuação para o ano de 2016 e para o VI Seminário Paulo Freire. (Ascom da UFPE)

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Juiz ordena bloqueio do WhatsApp

A Justiça de Sergipe determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por 72 horas, a partir desta segunda-feira. Segundo a SindiTeleBrasil, associação que representa as empresas de telefonia móvel, todas as companhias receberam a intimação e cumprirão a determinação judicial a partir das 14h. A medida cautelar foi expedida pelo juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), o mesmo que em março determinou a prisão do vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan. Segundo o Tribunal de Justiça de Sergipe, a ordem de bloquear o WhatsApp se deu pelo mesmo motivo que levou ao pedido de prisão do executivo: a empresa não forneceu à Justiça mensagens relacionadas a uma investigação sobre tráfico de drogas. Esta não é a primeira vez que o WhatsApp enfrenta problemas com a Justiça brasileira. Em dezembro, o serviço ficou 12 horas fora do ar por determinação da juíza Sandra Regina Nostre Marques, da comarca de São Bernardo do Campo (SP). O bloqueio, cumprido por todas as empresas de telefonia móvel que operam no Brasil, deveria ter durado 48 horas, mas acabou revogado por uma liminar concedida pelo desembargador Xavier de Souza, da 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. À época da prisão de Dzodan, especialistas previam que ordem judiciais semelhantes voltariam rapidamente a ocorrer caso as empresas não se adaptassem melhor à legislação brasileira. O TJ-SE divulgou nota na qual diz que a medida cautelar expedida por Montalvão foi concedida a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público, baseando-se nos artigos. 11, 12, 13 e 15 da Lei do Marco Civil da Internet. (Agência Brasil)

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Mercado financeiro projeta inflação de 6,9%

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano foi reduzida pela oitava semana consecutiva. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,98% para 6,94%. Para 2017, a projeção foi reduzida de 5,80% para 5,72%, no quarto ajuste consecutivo. Os números são do Boletim Focus, que é divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Ele traz projeções de instituições financeiras consultadas semanalmente sobre os principais indicadores da economia. Mesmo com as reduções, as estimativas estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. É função do Banco Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, foi mantida em 13,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 12% para 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Atividade econômica A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,88% para 3,89%, na décima quinta piora consecutiva. Para 2017, a estimativa subiu de 0,30% para 0,40%, no segundo ajuste seguido. A estimativa para a queda da produção industrial passou de 5,80% para 5,83%, este ano. Para 2017, a projeção de crescimento foi ajustada de 0,54% para 0,50%. A projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,80 para R$ 3,72 ao fim deste ano, e de R$ 4 para R$ 3,91, no fim de 2017. (Agência Brasil)

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Em busca da orla perdida

O marzão, os coqueiros e guarda-sóis estendidos na areia compõem o cenário dos lugares paradisíacos ou das badaladas praias urbanas. No entanto, com o avanço do mar, uma série de áreas de banho no litoral brasileiro foram desaparecendo nos últimos anos. A Região Metropolitana do Recife viu parte dos seus cartões-postais serem tomados pelas águas, afetando o lazer e o turismo. Para reverter esse quadro, desde 2008 foi realizado pela UFPE um estudo de Monitoramento Ambiental Integrado (MAI) que indicou a necessidade de recuperação da faixa litorânea. Após obras em Jaboatão dos Guararapes e em Paulista, a expectativa da população é de ver Boa Viagem revitalizada em breve. Com um investimento em obras estimadas em R$ 66 milhões, a Prefeitura do Recife sinalizou em janeiro que busca verbas através do Governo Federal ou do Banco Mundial. Se a engorda da orla ficou em águas mornas por mais de cinco anos, foi em 2013 que os planos de revitalização começaram a sair do papel. Naquele ano, o então ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho chegou a falar em um “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para prevenção contra o avanço do mar”. Mas, dos quatro municípios citados no estudo do MAI, apenas Jaboatão chegou a executar obras orientadas pelo projeto. Segundo a coordenadora do Gerenciamento Costeiro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Andrea Olinto, os projetos executivos de Recife, Olinda e Paulista foram entregues pela consultoria CB&I em janeiro de 2013. “Em função da crise financeira mundial tivemos problemas em captar recursos para executarmos os projetos”. Nos primeiros dias do ano, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos da Prefeitura do Recife, Victor Vieira, indicou que aguardava a assinatura do convênio com o mesmo Ministério da Integração Nacional para realizar a licitação. Até agora as verbas não foram garantidas. A situação de Olinda é bem semelhante. “Com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, o estudo e um projeto executivo para a promoção dessas ações, respeitando as características de cada cidade, já estão prontos. Neste momento, estamos captando recursos para que as obras possam ser executadas”, afirmou em nota a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Olinda. De acordo com o professor do departamento de oceanografia da UFPE, Pedro Pereira, a engorda representaria uma recomposição do ambiente natural que deixou de existir. “O impacto ambiental desse projeto será mínimo. Muito menor que todas as obras que já foram feitas de contenção do mar. Além disso, traria de volta esse ambiente que perdemos ao longo do tempo. Uma recomposição como aconteceu em Jaboatão”. Atualmente, conter o avanço do mar no Recife custa caro para os cofres públicos. São R$ 1,8 milhão investidos por ano para manutenção do trecho em que foi colocado um enrocamento (aglomerado de pedras). Essa barreira é protegida por uma manta submersa que permite que a água do mar passe, mas impede o retorno da areia da praia para o oceano. “Em Boa Viagem esse trabalho de contenção começou com 300 metros e hoje cobre cerca de 4km. O enrocamento não vai acabar com o problema da região. É apenas um paliativo. Será mais agradável ter a areia, a praia de volta do que ter rochas”, avalia. AMPLIAÇÃO. Em sendo executado, o projeto de engorda da praia de Boa Viagem ampliará entre 20 a 40 metros da faixa de areia em cinco quilômetros da orla. O trecho previsto no projeto vai da Avenida Armindo Moura, já nas proximidades com a divisa com Jaboatão dos Guararapes, até a Rua Bruno Veloso. “A implementação desse projeto irá superar o histórico de onerosas e ineficazes obras pontuais já implantadas e vai garantir e restabelecer o potencial de aproximadamente 50km de praia, bem público de uso comum do povo pernambucano, ao longo dos municípios de Jaboatão, Recife, Olinda e Paulista”, indica a coordenadora Andrea Olinto. Ela destaca ainda que o projeto elaborado pelo Estado compreende a alimentação artificial da praia, através da deposição de areia proveniente de jazidas submarinas com características semelhantes às da areia nativa. “É uma prática internacional exitosa, que vem sendo utilizada em diversos países desde a década de 70”, afirma. EXPERIÊNCIAS. As obras de Jaboatão e de Paulista foram bem distintas, segundo os especialistas. Em Jaboatão, a engorda da praia ampliou a faixa de areia entre 30 e 40 metros num trecho de 5,8 quilômetros, seguindo as coordenadas do projeto elaborado pelo Governo do Estado. Abrangendo as praias de Piedade, Barra de Jangada e Candeias, a execução apresentou algumas falhas não previstas (como a fuga de areia em alguns trechos), mas é avaliado com êxito. Foram investidos R$ 41,5 milhões no projeto. Após as obras houve um aumento no número de banhistas e turistas nas praias do município. Em Jaboatão, algumas áreas que antigamente tinham desova de tartaruga, voltaram a receber esses animais. Só em abril do ano passado foi identificado o nascimento de 168 filhotes de tartarugas, na praia de Piedade. A funcionária pública Renata Leite mora em Candeias e viu toda a transformação que aconteceu na praia. “Melhorou 100%. Antes era um paredão de pedra e o mar avançando sobre os prédios. Agora virou praia de novo”, afirma. Foram feitas também intervenções na orla, como a construção do calçadão. Em Paulista os investimentos foram inferiores (na ordem de R$ 28 milhões), mas foi utilizada uma tecnologia muito distinta. Instalou-se uma barreira de concreto que leva o nome de bagwall, que consiste na colocação de sacos biodegradáveis preenchidos com concreto que dissipa a força das ondas. As obras realizaram a contenção do avanço do mar nas praias de Nossa Senhora do Ó, Conceição, Pau Amarelo e Janga. “Com relação a Paulista as obras que foram implementadas não correspondem às orientações para regeneração das praias elaborado pelo Estado. O projeto elaborado pela prefeitura de Paulista é mais uma obra de contenção em estrutura rígida”, diz Andrea Olinto. POPULAÇÃO. A diretora da Associação de Moradores do Pina, Boa Viagem e Setúbal, Maria Cristina Henriques, observa ainda com desconfiança as notícias de engorda da Praia de

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Cultura Nordestina de casa nova

O Centro de Cultura Nordestina Letras e Artes está de endereço novo, no Poço da Panela. A casa ampla e ajardinada mantém as atividades para quem gosta de literatura, mas abriu a oportunidade para novos eventos nos quais até o público infantil é contemplado. A mudança ocorreu graças à parceria que Salete Rêgo Barros – que vem comandando o centro – fez com a psicóloga Krystiane Nunes. “Ela tem um olhar muito voltado para as artes e agora está dividindo a organização comigo, o que tem permitido abrir novas frentes de trabalho”, comemora Salete. Krystiane está animada com a nova função e pretende ampliar ainda mais a proposta do centro de trabalhar a literatura fazendo uma conexão com diversos tipos de arte. “Queremos estimular o olhar para várias formas de expressão artística.” Para quem não conhece, o Centro de Cultura Nordestina Letras e Artes é caracterizado por esse mix de eventos artísticos. Nele funciona uma livraria, uma lanchonete onde se vende delícias da gastronomia pernambucana e uma editora. No local também são realizados vários cursos. A concepção do espaço foi construída aos poucos por Salete. Tudo começou, há cerca de 20 anos, quando sua mãe, a escritora Ivanete Rêgo Barros, publicou um livro por uma editora com tiragem de 8.500 exemplares para ser vendido em todo o País. Como pagamento, ela recebeu um pequeno percentual das vendas. “O valor pago me revoltou, não precisava ser tão baixo”. Foi com esse sentimento de indignação que ela decidiu produzir, por conta própria, no seu computador um outro livro de sua mãe. Foram 50 exemplares. “No lançamento as pessoas ficaram interessadas em lançar seus livros da mesma forma. Pioneiramente, comecei, sem querer, a produzir obras em pequenas tiragens”, ressalta Salete, que de arquiteta passou a militar na área cultural. Surgia assim a Novo Estilo Edições do Autor. “Comecei sem pretensão trabalhando em casa. Fazia 50, 100, 500 exemplares", conta. Até que há quatro anos ela montou a editora no antigo endereço das Graças, onde também criou uma pequena livraria com os títulos que edita e também obras publicadas por outras editoras. A Novo Estilo Edições do Autor diagrama, edita e faz a impressão dos livros e já lançou mais de 400 títulos. Mas ao contrário das editoras tradicionais, o escritor paga pelos serviços, é o dono da sua produção e ele mesmo comercializa. Logo Salete percebeu que seus clientes precisavam de um para local fazer o lançamento e a venda dos livros. Surge então a livraria, na qual as obras são vendidas por consignação e 25% ficam para o espaço. No desenvolvimento do seu trabalho, Salete também notou que seus clientes necessitavam de um certo aperfeiçoamento, por isso, passou a promover cursos para capacitar os escritores. “Oferecemos o curso de Atualização da Língua Portuguesa, com a escritora Ana Maria César, além da Oficina de Criação Literária, com Raimundo Carrero”, informa Salete. Outro destaque é o Laboratório de Expressão Poética e Oratória, com Bernadete Bruto. As capacitações também visam estimular a criatividade trabalhando com imagens: são oferecidos curso de desenho ministrado por Cavani Rosas e de fotografia, com Rinaldo Mafra. O centro também promove sessões de filmes de arte. O espaço oferece ainda o curso de música, com a pianista Fabiana Guimarães, que também coordena o Grupo de Estudos Intuição e Arquétipos no Processo Criativo. Para integrar ainda mais os frequentadores do local, é realizado um sarau literomusical uma vez por mês, com apresentação de músicas e declamação de poesias. “É um espaço de convivência”, resume Salete. SÁBADO. A conquista nova casa, mais espaçosa, garantiu a realização de outros eventos. Uma das novidades é o Café com Cordel, que acontece todos os sábados a partir das 8h. “Oferecemos um café regional e o cordelista Ismael Gaião convida outros cordelistas para recitar”, informa Salete. Logo depois é a vez da garotada se deliciar com a contação de história comandada por Vera Nóbrega. No quintal cheio de esculturas e plantas, as crianças encenam os contos, como se fosse um teatro. Também vão acontecer debates literários coordenados por Edgar Mendes Nunes, nos quais um escritores pernambucano terá sua obra debatida por dois dois especialistas com pontos de vista diferentes. Outra novidade é o Curso de Fotografia no Celular, ministrado por Rinaldo Mafra. “Ele ensina a utilizar os recursos do celular que a gente desconhece, mas que ajuda na qualidade da foto”, explica Krystine. E para os que curtem um pé de serra, na última terça-feira do mês acontece o Forrozando, comandado por Nerynho do Forró.

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Diversidade é pouco entendida nas empresas

Impulsionada pelas políticas de inclusão, pela força de movimentos como o feminista, negro e LGBT, além da mobilidade de profissionais tanto nas diversas regiões quanto entre países, a diversidade também chegou ao mundo corporativo. E as organizações só têm a ganhar, seja melhorando seu clima organizacional e até a sua imagem, seja conquistando um ambiente propício à inovação. Mas empresas pernambucanas ainda não atentaram para essa realidade, como mostra recente edição da sondagem Termômetro ÁgilisRH. A começar pelo conceito de diversidade, que não é bem compreendido. Tanto que a definição que teve o maior percentual de respostas na pesquisa foi “ter na equipe pessoas com formações e história profissional diversas”. Na verdade, o termo engloba indivíduos de diferentes idades, etnia/raça, credo, gênero, local de origem, orientações sexuais, necessidades específicas, estilo e até o passado pessoal. “A dificuldade em lidar com esse tema é um reflexo de como é complexo para a sociedade conviver com as diferenças”, salienta Carolina Holanda, sócia da ÁgilisRH, consultoria que realizou a pesquisa. Para mudar esse contexto, segundo a especialista, torna-se necessária a decisão do gestor para implantar uma política de gestão voltada para a inclusão. “A diversidade só começa a ser de fato instalada, quando ela é um valor da organização. Isso dificilmente parte da equipe, mas ter uma política de gestão da diversidade pode ser um diferencial para as organizações"”, adverte Eline Nascimento, também sócia da ÁgilisRH e coordenadora da pesquisa. A sondagem, porém, mostrou que dos 159 entrevistados, apenas 10,1% adotam políticas específicas. Por isso foram constatadas várias lacunas na gestão das empresas para promover a inclusão dos diferentes. Um exemplo é o fato de que apenas 5,7% dos entrevistados oferecerem apoio para a adaptação de funcionários oriundos de outras regiões ou nações. Quanto ao gênero, 30,8% afirmaram estabelecer remuneração equitativa para funcionários de ambos os sexos com a mesma competência. A realidade em todo o mundo mostra que essa equidade está longe de ser estabelecida. “O estudo Women at Work da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou que as oportunidades e a remuneração ainda são menores para as trabalhadoras , revela Eline. A pesquisa da OIT projeta também que no ritmo em que essa equiparação evolui serão necessários 70 anos para eliminar as diferenças de renumeração entre homens e mulheres. OBRIGAÇÃO. Os resultados da sondagem não surpreendeu a profissional de RH Simone Borba. Muitas empresas, segunda ela, concebem a diversidade apenas em relação às pessoas com necessidades específicas. Isso ocorre devido à Lei 8213, que define cotas para a admissão desses indivíduos nas organizações. “Essa não é uma demanda da empresa, é um assunto pouco discutido, mesmo nos grupos de RH. E a contratação de pessoas com deficiência é encarada como uma imposição”, constata. Uma realidade conhecida por Manuel Aguiar, que é cego e vivenciou dificuldades no trabalho. Hoje ele atua como consultor para ajudar as empresas a realizar programas de acessibilidade e inclusão. A indisposição dos gestores em contratar pessoas com necessidades específicas, diz Aguiar, baseia-se na ideia de que elas não são capacitadas para assumir um cargo. “Isso é meia verdade”, refuta. “O site do MEC informa um imenso número de pessoas com necessidades específicas com graduação, mestrado e doutorado”. Essa é uma das razões que levou Aguiar a usar o termo “pessoas com necessidades específicas” e não “com deficiência”. “No dicionário um deficiente é um inválido, um incapaz”, justifica. A capacitação desses trabalhadores é outro problema, já que na visão empresarial vigente, essa é uma responsabilidade exclusiva do governo, por isso não se propõem a capacitar. "O resultado desse cenário é que existem 350 mil pessoas com necessidades específicas no mercado de trabalho no País, o que representa apenas um terço do total de 1,2 milhão de vagas reservadas de pela lei de “cotas” para esses trabalhadores", revela Aguiar. E quando finalmente a pessoa com necessidade específica consegue um emprego tem que enfrentar outros obstáculos. É comum, segundo Aguiar, elas realizarem funções que estão abaixo da sua capacidade. Isso ocorre, muitas vezes, porque a empresa não investe nas chamadas tecnologias assistivas, que ampliam as habilidades funcionais desses funcionários. Um exemplo são softwares que permitem a cegos o uso de computadores. Outra barreira está no ambiente de trabalho que não é adaptado. “Um cadeirante tem que ter rampas na entrada da empresa, no ambulatório, no refeitório, no no centro de treinamento, etc. Há empresas que fazem apenas a adequação da baia onde o funcionário trabalha”, exemplifica Aguiar. Existe, portanto, muito desconhecimento por parte das empresas sobre a diversidade. Mas elas têm muito a ganhar se trabalharem o assunto. “Quando se sentem bem, os funcionários dão o melhor de si, o compromisso é maior onde sentem que são respeitados”, ressalta Simone. Há benefícios também para o clima organizacional, que se torna mais cooperativo e para o estímulo à inovação, já que a coexistência de pessoas diferentes pode gerar ideias criativas no trabalho. Sem falar nas vantagens para a imagem da empresa como uma organização sustentável que respeita as diferenças. “Isso proporciona uma maior identificação do consumidor com a marca”, garante Carolina. Um dado interesse mostrado pelo Termômetro Ágilis RH é que os entrevistados conhecem na teoria esses benefícios. Basta então partirem para a prática.

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Águas subterrâneas do Recife sob ameaça

Em 30 anos, os poços usados para abastecimento da maioria dos prédios de Boa Viagem devem estar salinizados. Essa é a revelação de um estudo realizado pelo Projeto Coqueiral, tocado por 40 pesquisadores de sete instituições, que apontou o mau uso das águas subterrâneas da capital pernambucana. Num cenário de um prazo mais distante, considerando as mudanças climáticas em curso, essa pesquisa indicou que o nível do mar da orla recifense subirá em 80 centímetros – colocando toda a orla debaixo d´água – e o volume de chuvas na região deve cair em 20%, além de uma elevação da temperatura de até 3°C. De acordo com o professor Ricardo Hirata, do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas (Cepas-USP) do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, o Recife é uma das cidades do País com maior concentração de poços artesianos ou tubulares. Seriam em torno de 12 a 14 mil. Como esse cenário é antigo, vários outros estudos já indicavam esse uso excessivo das águas subterrâneas. No entanto, com acesso a novas tecnologias disponíveis, os especialistas fizeram novas descobertas sobre a situação dos aquíferos da cidade. As novidades nesse panorama se deram pelas dificuldades de abastecimento da cidade. “Devido a uma série de problemas de falta d'água no Recife, no final da década de 90 houve uma explosão de perfuração de novos poços. Milhares. Sobretudo na região mais capitalizada, na área sul. Esse é um território que tem um tipo de geologia em que a camada produtora de água não é muito espessa, que é adequada para atender condomínios e prédios”, explica. Diferente disso, na zona norte, o aquífero é mais profundo. Aconteceu que o mau uso dos poços terminou por salinizar essas águas muito rapidamente. Isso ocorreu porque a área mais superficial do aquífero foi perdida porque a água do mar começou a entrar nela. Então houve investimentos para buscar água em poços mais profundos, entre 70, 100 ou até 150 metros. Hoje há milhares de poços nessa situação, segundo a pesquisa. O estudo identificou que esse aquífero mais profundo, apesar da perfuração desordenada, permanece sem contaminação. “Existem várias camadas de argila que tem capacidade de protegê-lo”, diz Hirata. Se essa é uma boa notícia, o alerta fica para o futuro. Não muito distante, por sinal. Se forem mantidas as extrações de água de hoje na linha de costa esses poços serão salinizados e a água ficará salgada em 20 ou 30 anos. “Milhares de poços foram perfurados sem respeito aos critérios técnicos e sem controle por parte da administração pública. Não me refiro apenas a poços de pouca profundidade nos bairros pobres, mas também a poços tubulares de mais de 100 metros, em condomínios ricos como os dos bairros de Boa Viagem e Pina. Em consequência disso, os aquíferos encontram-se agora seriamente ameaçados, com intrusão de água do mar. Se persistir o ritmo atual de bombeamento, os aquíferos poderão estar irremediavelmente perdidos por volta de 2035”, prosseguiu o pesquisador. Hirata indica que a solução estaria por uma melhor gestão do controle das águas subterrâneas. No entanto, como esse fenômeno aconteceu na ilegalidade, esse gerenciamento por parte do poder público foi dificultado nos últimos anos. FUTURO. Usando tecnologias mais avançadas para estudar o clima e as águas da Região Metropolitana do Recife, a pequisa realizou algumas projeções para o Grande Recife. “No ano de 2100 o nível do mar subirá em cerca de 80 cm, com isso toda a orla atualmente estaria debaixo d'água. Além disso, irá chover menos, com isso teremos períodos secos mais repetitivos”, apontou Ricardo Hirata. O estudo é realizado no âmbito de um acordo mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa em São Paulo (Fapesp) com a Fundação de Amparo à Pesquisa de Pernambuco (Facepe) e a Agence Nationale de la Recherche (ANR), da França. O Projeto Coqueiral teve início em 2012 e foi realizado por pesquisadores do Brasil e da França, que alia a proteção ambiental ao planejamento de gestão das águas subterrâneas. Com um investimento de mais de R$ 4 milhões, a análise foi coordenada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, e pelo Bureau de Recherches Géologiques et Minières (BRGM), na França. A pesquisa contou, também, com a colaboração da CPRM (Serviço Geológico do Brasil), da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e das universidades francesas Lille 3 e Rennes 1, além da parceria privada da Géo-Hyd, empresa de gestão de recursos naturais e sistemas de informação. (Por Rafael Dantas)

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