Arquivos Notícias - Página 2 de 648 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Natal Premiado 2024 incentiva vendas e traz prêmios aos consumidores

A maior campanha de estímulo ao varejo do Recife movimenta oito mil lojas e 11 shoppings da RMR O clima natalino de 2024 ganha um reforço especial com o lançamento do Natal Premiado 2024, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) em parceria com a Cielo e o Sindilojas Recife. A campanha, que acontece entre os dias 6 e 24 de dezembro, busca impulsionar as vendas de fim de ano, envolvendo cerca de oito mil estabelecimentos comerciais, incluindo lojas de rua e shoppings como Recife, RioMar, Tacaruna, Guararapes, e outros. Compras a partir de R$50 dão direito a cupons para sorteios, com a chance de ganhar um Hyundai HB20, cinco TVs de 43 polegadas e vales de R$1.000,00. Os participantes podem triplicar suas chances de ganhar ao realizar o pagamento nas maquininhas da Cielo. Para garantir os cupons, é necessário cadastrar as notas fiscais no site oficial da campanha ou trocar fisicamente nos pontos localizados no Pátio do Livramento e na Loja Millena, na Rua da Palma. “O Natal Premiado 2024 é uma oportunidade para impulsionar o varejo e ajudar os lojistas a começarem 2025 com perspectivas mais promissoras”, destaca Fred Leal, presidente da CDL Recife. Além dos prêmios, o Natal Premiado traz atividades culturais para o Centro do Recife, como uma mini orquestra itinerante e a Casa do Papai Noel, aberta nos finais de semana. O sorteio dos prêmios será realizado no dia 3 de janeiro de 2025, às 10h, na sede da CDL Recife, encerrando oficialmente a campanha. Mais detalhes sobre a promoção estão disponíveis no site www.natalpremiadorecife2024.com.br.

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Brasil tem 95 milhões de hectares prontos para restauração e preservação

Estudo aponta áreas com vegetação nativa e déficits ambientais que aguardam ações de conservação O Brasil conta com 95 milhões de hectares que precisam de iniciativas de preservação e restauração ambiental, segundo o 3º Panorama do Código Florestal, realizado pela UFMG. Desses, 74 milhões de hectares são vegetações nativas em propriedades rurais que superam as exigências legais e podem gerar renda aos proprietários por meio de pagamentos por serviços ambientais. Outros 21 milhões de hectares, desmatados além do permitido, aguardam ações de recuperação para atender ao Código Florestal. “Se a propriedade tem percentual acima do que é exigido pela lei, o próprio Código Florestal estabelece a possibilidade de emitir uma cota de reserva ambiental, que seria o lastro para que se tenha pagamentos por serviços ambientais ou mercados de ativos florestais”, explica Felipe Nunes, pesquisador da UFMG. Ele também destaca que esses pagamentos podem ser feitos por governos ou iniciativas privadas, garantindo remuneração para quem mantém a floresta em pé. Apesar das oportunidades, o estudo também expõe irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Mais de 200 mil imóveis foram registrados em áreas protegidas, como terras indígenas, unidades de conservação e terras públicas sem destinação. A Amazônia Legal é a região mais crítica, com 18,3% de sobreposições registradas. Para Felipe Nunes, “o sistema precisa remover do cadastro todos os registros irregulares. O maior ativo brasileiro é o seu ativo florestal, e o Brasil pode liderar uma agenda mundial de pagamento por serviços ambientais e restauração em larga escala”. A revisão do Código Florestal, em 2012, também trouxe desafios para proprietários que precisam restaurar ou compensar áreas desmatadas até 2008. Esse esforço, se bem monitorado, pode alavancar o Brasil como líder global em sustentabilidade agroambiental, aliando preservação florestal e produtividade agrícola.

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Estúdio Mola é destaque na Bienal Brasileira de Design Gráfico

Projeto expográfico é selecionado para exposição em Aracaju O Estúdio Mola, de branding e design gráfico, comemora sua seleção na 14ª Bienal Brasileira de Design Gráfico da Associação dos Designers Gráficos (ADG). A empresa pernambucana participará da exposição Fruturos — Tempos Amazônicos, realizada no Museu do Amanhã e exibida em Aracaju, Sergipe, a partir desta sexta-feira (6). Reconhecida como a maior plataforma de design no Brasil, a Bienal destaca os projetos mais relevantes do cenário nacional nos últimos anos. O projeto expográfico do Estúdio Mola, criado para a exposição Fruturos, reforça sua expertise em narrativas visuais que conectam público e espaço de forma imersiva. Daniel Pinheiro, sócio e diretor criativo do estúdio, estará na inauguração, representando a equipe e celebrando o reconhecimento. “Fazer parte da Bienal mais uma vez é um reconhecimento que nos enche de orgulho. Projetos como Fruturos mostram como o design pode transformar espaços e contar histórias que impactam profundamente as pessoas”, afirma Daniel. Após sua estreia em Aracaju, a Bienal da ADG percorrerá outras cidades brasileiras ao longo de 2025, consolidando a importância do design gráfico como expressão da cultura contemporânea.

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Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva"

A Revista Algomais voltou a vencer o Prêmio Fiepe de Jornalismo, desta vez com a série de reportagens "Pernambuco em Perspectiva", assinada pelo repórter Rafael Dantas, na categoria de texto impresso. A premiação reconheceu também trabalhos da TV Globo, na categoria vídeo, da CBN Recife, na categoria rádio, e do Leia Já, na categoria internet. O Prêmio Fiepe de Jornalismo reconhece incentiva a publicação de reportagens que destacam a visibilidade do setor industrial no Estado. A série de reportagem Pernambuco em Perspectiva aponta os desafios do Estado de redesenhar um planejamento de longo prazo, considerando os desafios do século 21. As reportagens podem ser conferidas no link Pernambuco em Perspectiva. Ainda em 2024, a Algomais venceu ainda o Prêmio Sebrae de Jornalismo, em Pernambuco, e foi finalista do Prêmio Urbana-PE.

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SOU Porto de Galinhas 2024 celebra os principais parceiros do turismo nacional

8ª edição do evento reuniu trade turístico e contou com show de Os Paralamas do Sucesso A 8ª edição do SOU Porto de Galinhas, realizada na noite desta quarta-feira (4), no Marupiara Resort, homenageou os destaques do turismo nacional em um evento temático inspirado em um luau. Organizado pela Associação de Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG) e pelo Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PG CVB), o encontro reuniu 350 convidados e premiou operadoras de turismo, OTAs, brokers e agentes de viagens que impulsionaram as vendas do destino. O momento alto da noite foi o show surpresa da banda Os Paralamas do Sucesso. Este ano, o evento trouxe novidades, como o reconhecimento de nove agentes de viagens de diferentes regiões, premiados pela campanha “Porto de Galinhas Premia”, que incentivou vendas na baixa temporada. Além disso, houve uma homenagem especial ao jornalista pernambucano João Alberto . "Estamos honrados em prestigiar os nossos parceiros, responsáveis por uma parte significativa das nossas vendas", comentou Eduardo Tiburtius, presidente da AHPG. Os vencedores receberam uma obra assinada pelo ceramista Francisco Brennand, o “Ovo”, símbolo de imortalidade, representando o legado deixado pelo artista. "Os premiados são grandes parceiros. Sem eles, nosso destino não teria alcançado o destaque que temos hoje no cenário nacional e internacional", destacou Otaviano Maroja, presidente do Porto de Galinhas CVB. O SOU Porto de Galinhas nasceu em 2017 para valorizar os principais parceiros do turismo. A edição de 2024 contou com apoio da Prefeitura do Ipojuca, do Governo de Pernambuco e de grandes patrocinadores, como hotéis de destaque e empresas de receptivo turístico. Os vencedores do SOU Porto de Galinhas 2024 foram reconhecidos em diversas categorias, destacando empresas e profissionais que impulsionaram o turismo na região. Na categoria Operadores, OTAs e Brokers, os premiados foram: CVC, FRT, Decolar, Azul Viagens, Orinter, Booking, Expedia, Viagens Promo, Hotelbeds, Club Bancorbrás, Tourmed, Itaparica, Beds 4 Travel, Journeys, Webeds, Abreu, Freeway, BWT, E-Htl, TBO, Best By, Cativa Operadora, RDC e Infinitas. As empresas de eventos também tiveram destaque, com reconhecimento para Avipam, Assessor, Cejem, Copastur, Incentivare e Top Service. Na campanha “Porto de Galinhas Premia”, foram reconhecidos os agentes de viagens que mais se destacaram. Na região Sul, os premiados foram: Mundial Turismo (Ubiratã-PR), Point Tur Agência de Viagens (Foz do Iguaçu-PR) e Amabiletur (Cascavel-PR). No Sudeste, os destaques foram: CVC Viagens (São Paulo-SP), Sou Turismo (Mirassol-SP) e Rosalin Turismo (Jaú-SP). Já na região Centro-Oeste, Norte e Nordeste, os premiados foram: Azul Viagens (Aparecida de Goiânia-GO), Jataí Turismo (Jataí-GO) e Flytour (Goiânia-GO). Além disso, a imprensa foi homenageada com um prêmio especial ao jornalista pernambucano João Alberto .

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Pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no Brasil desde 2012

Avanços no mercado de trabalho e programas sociais impulsionam a redução, aponta IBGE A pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram, em 2023, os menores índices registrados pela Síntese de Indicadores Sociais do IBGE desde 2012. O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu para 9,5 milhões, o equivalente a 4,4% da população, enquanto 58,9 milhões enfrentavam condições de pobreza, representando 27,4%. Esses avanços foram impulsionados pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família, que aumentou os valores médios pagos aos beneficiários. No Nordeste, no entanto, os índices permanecem alarmantes: 9,1% da população vive na extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional. Já no Sul, a situação é menos grave, com apenas 1,7% nesse patamar. Segundo o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, o impacto dos programas sociais é particularmente importante na extrema pobreza. “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza.” A pesquisa também aponta disparidades entre diferentes grupos da população. Mulheres, negros e jovens enfrentam as maiores taxas de pobreza e extrema pobreza. Entre os jovens até 15 anos, quase metade (44,8%) vive em pobreza monetária. Apesar dos avanços, simulações do IBGE indicam que, sem os programas de transferência de renda, a extrema pobreza subiria para 11,2%, e a pobreza alcançaria 32,4%.

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Duas reportagens da Revista Algomais estão na final do Prêmio Fiepe de Jornalismo 2024

A segunda edição do Prêmio Fiepe de Jornalismo indicou duas reportagens da Revista Algomais entre as finalistas. Os trabalhos "Desafios do Polo Gesseiro" e "Pernambuco em Perspectiva", ambas do repórter Rafael Dantas, concorrem neste ano. O Prêmio Fiepe de Jornalismo, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), tem como objetivo valorizar produções jornalísticas que ampliem a visibilidade do setor industrial pernambucano. A premiação também destaca iniciativas que promovam a conexão entre a indústria, a sociedade e suas demandas coletivas. A Algomais foi uma das vencedoras da primeira edição do prêmio, no ano passado. Os finalistas do Prêmio Fiepe de Jornalismo, divididos por categoria, trazem produções de destaque. Na categoria Internet, concorrem Angela Fernanda Belfort de Araújo, do Portal Movimento Econômico, com “O impacto das eólicas foi desigual para os nordestinos do semiárido”; Everton Joanes de Freitas, do G1 Caruaru e Região, com “Do Agreste para o mundo: empreendedores lucram com peças de artesanato no interior de PE”; e Jorge Cosme da Silva Neto, do LeiaJá, com “A vida dos catadores após o fim do lixão de Camaragibe, o último do Grande Recife”. Na categoria Impresso, estão Maysa Helena de Lira Sena, da Revista Folha Energia, publicada pela Folha de Pernambuco; e Rafael Dantas, da Revista Algomais, com duas matérias finalistas: “Desafios do Polo Gesseiro” e “Pernambuco em Perspectiva”. Já em Videojornalismo, os finalistas são Beatriz de Castro Serra, da TV Globo, com “TEC PE – Inclusão Digital”; Caíque Luiz Batista de Paula, também da TV Globo, com “CONEXÃO + Verde – Mudanças Climáticas”; Luna Esther Markman Loureiro, da TV Globo, com “CONEXÃO + Verde – Preservação do mar”; e Mônica Andrade da Silveira, também da TV Globo, com a série especial “Inteligência Artificial”. Na categoria Radiojornalismo, concorrem Antônio Marcos de Azevedo, da CBN Caruaru, com “O Comércio de bairro e o impacto econômico dos pequenos negócios no Agreste de Pernambuco”; Magno Wendel de Lima, do Jornal BN Caruaru, com “Moda do Agreste para o Mundo – A exportação das indústrias de confecção de Pernambuco”; e Maria de Lurdes Luna de Melo, da Rádio CBN Recife, com “Costurando Caminhos”. A cerimônia de premiação será realizada amanha (5), na Casa da Indústria.

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Ferreira Costa realiza Campanha de Natal Solidário

Ação incentiva clientes a adotar cartinhas de crianças em situação de vulnerabilidade social O espírito natalino ganha ainda mais significado com a Campanha Natal Solidário promovida pelo Home Center Ferreira Costa. Em parceria com instituições de caridade, a iniciativa busca proporcionar um Natal mais acolhedor para crianças em situação de vulnerabilidade social. Os clientes podem adotar cartinhas com pedidos natalinos e transformar sonhos em realidade. Na loja da Imbiribeira, localizada na Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2967, a campanha acontece de 23 de novembro a 17 de dezembro. Um espaço no primeiro andar, na Lista de Casamentos, conta com uma árvore decorada com 202 cartinhas de crianças atendidas pela Casa da Comunidade do Berardo (CCB Social) e pela Escola Municipal Edith Braga. Já na loja da Tamarineira, na R. Cônego Barata, 275, a ação ocorre entre 28 de novembro e 17 de dezembro, com 65 cartinhas de crianças do Lar de Acolhimento e Reintegração Maná. Para participar, basta visitar uma das lojas, escolher uma cartinha, adquirir o presente descrito e entregá-lo no espaço indicado, também na Lista de Casamentos. O atendimento segue o horário das lojas: de segunda a sábado, das 8h às 21h, e domingos, das 9h às 19h. Não é necessário pré-agendamento ou identificação para participar. Ao final do período, o Home Center fará a entrega dos presentes diretamente às instituições, garantindo um Natal mais especial para as crianças.

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Agenda TGI 2025 discute caminhos para enfrentar a Era da Escassez

Francisco Cunha e Fábio Menezes analisaram, na Agenda TGI, a carência de tolerância política, de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas: Também apontaram as soluções para enfrentar esse cenário em 2025. Fotos: Tom Cabral *Por Rafael Dantas A falta de tolerância política, a privação de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e a ausência de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas são apenas alguns dos sintomas da era da escassez que vivemos. Há muitas outras lacunas, destacadas pela Agenda TGI 2025, diante dos imensos desafios do planeta, do Brasil, de Pernambuco e do Recife. O evento, realizado pela TGI e pela Revista Algomais, com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil e do Governo Federal, trouxe uma análise do cenário crítico atual e fez projeções para 2025. A agenda ambiental, antes relegada aos especialistas do assunto, tornou-se uma peça central para compreender essa era da escassez. Ao extrapolar os limites planetários, a humanidade tem enfrentado problemas como a redução dos recursos hídricos, a extinção de espécies e a devastação de ecossistemas que resultam em tragédias com frequência cada vez maior. Calamidades muitas vezes provocadas pelo homem, mas diretamente relacionadas às mudanças climáticas. A tensão entre o desenvolvimentismo econômico e a pauta da sustentabilidade, diante de catástrofes como a vivida pelo Rio Grande do Sul neste ano, impõe uma reversão histórica de prioridades na agenda política. Essa percepção atravessou diversas considerações dos consultores e sócios da TGI Consultoria, Francisco Cunha e Fábio Menezes, que conduziram as palestras do encontro, o maior evento empresarial de final de ano no Estado. Em Pernambuco, a falta de recursos hídricos e o aumento das temperaturas são sintomas preocupantes para o interior do Estado, que já têm 90% do seu território dentro da região semiárida. Enquanto isso, a capital sofre pelo inverso, a elevação do nível do mar e os episódios extremos de chuvas são ameaças à cidade que anos atrás já foi apontada como a 16ª mais vulnerável ao fenômeno do aquecimento global. Essa realidade impôs ao planeta a valorização dos “créditos de carbono”. A partir deles, projetos que diminuem as emissões de gases de efeito estufa ou captam CO2 da atmosfera, geram bilhões de dólares por ano. “Queimar florestas é queimar dinheiro. Na visão clássica antiga, o ser humano tirava um recurso da natureza que não tinha nenhum valor. A partir disso transformava e se estabelecia um valor. Agora, não dá mais para ser assim, o valor vai ser estabelecido a partir do que a natureza nos fornece. Ela nos dá dinheiro, dá crédito de carbono. Isso pode se transformar em margem de lucro”, afirmou Fábio Menezes. As resistências para não reconhecer essa mudança de perspectiva sobre a preservação ambiental é um dos grandes desafios contemporâneos. Francisco Cunha elencou fatores como o negacionismo climático (que minimiza o impacto da ação humana e dos combustíveis fósseis na crise), a postergação das metas e mesmo o discurso de que já é tarde demais para fazer algo (o doomismo) dificultam a transição do desenvolvimento global para a adoção de modelos mais sustentáveis. Uma pauta de grande peso para Pernambuco e para o Recife, devido às extremas vulnerabilidades ambientais que enfrentam. FALTA DINHEIRO PARA O GOVERNO E PARA AS FAMÍLIAS A mudança da matriz energética e a preparação das cidades para se tornarem mais resilientes são duas metas que por si já demandam muitos recursos. Além disso, há desafios infraestruturais e sociais históricos, como a desigualdade, que não foram ainda superados pelo Brasil e também exigem vultosos recursos financeiros. “Uma escassez que enfrentamos está relacionada à crise fiscal estrutural que o País vive. Falta dinheiro. Somos um País que tem carências enormes e obrigações sociais muito explícitas, sobra muito pouco dinheiro para fazer investimento para infraestrutura e serviços de modo geral. Por causa dessa fragilidade fiscal, os juros tendem a ser altos, o que ‘come’ parte do dinheiro disponível”, afirmou Francisco Cunha. “O mercado está sempre pressionando para que o Governo sinalize que a dívida pública não vá explodir, pois há um grande receio de que o País não pague suas obrigações”. Esse cenário foi duramente agravado com a pandemia da Covid-19. O enfrentamento à crise sanitária fragilizou ainda mais as contas públicas e acentuou os problemas de ordem social. A queda de renda das famílias durante os últimos anos foi apontado como um dos fatores que levam a uma percepção negativa da economia, mesmo os macroindicadores estando acima das expectativas do mercado. Apesar de o Brasil ter um crescimento do PIB (produto interno bruto) acima do que era esperado por três anos seguidos, ter conseguido controlar a inflação e atingir recordes de redução do desemprego, as famílias não são capazes de perceber esse cenário nas suas vidas cotidianas. Essa realidade é muito semelhante à vivida nos Estados Unidos, que elegeu com sobra o ex- -presidente republicano Donald Trump, apesar dos indicadores positivos da gestão dos Democratas nos últimos quatro anos. A célebre frase It's the economy, stupid (É a economia, idiota) criada em 1992 por James Carville, estrategista da campanha do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, passou a não responder de maneira completa a direção do voto eleitoral. Durante o evento, Fábio Menezes mencionou que apesar dos avanços econômicos atuais, o déficit deixado pela crise durante a pandemia ainda pesa duramente na realidade das famílias. Em outras palavras, a queda da massa salarial durante a pandemia, seja pelo desemprego ou pela inflação, não teria sido recuperada pelos trabalhadores. Uma realidade que gera até hoje uma insuficiência do poder de consumo, que excluiu da classe média parcelas gigantes da população brasileira e mundial. “ A impressão é que o controle da inflação chegou muito tarde. A estimativa é que os preços subiram na pandemia em torno de 20% e a renda subiu menos de 4,5% nos Estados Unidos. Significa que as pessoas não estão conseguindo manter o padrão de vida. O que parece é que não se trata da economia dos dados

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"Não basta alimentar e trocar a fralda, as famílias precisam ser informadas sobre a necessidade de interação com as crianças"

Ana Maria Bastos, sócia-fundadora da empresa Descobrir Brincando, alerta para a importância dos cuidados e estímulos na primeira infância, por ser uma fase importante para o desenvolvimento cerebral. Também adverte que nesse período as interações sociais têm papel relevante para promover o potencial da criança de aprender e se desenvolver. A ciência tem comprovado que tão importante quanto atender as necessidades físicas das crianças na primeira infância, é preciso oferecer também um ambiente favorável aos seus aspectos emocional e cognitivo. Até os 6 anos, em especial dos 0 aos 3, acontece um desenvolvimento cerebral no ser humano com uma grande quantidade de sinapses (conexões entre os neurônios) sendo criadas numa velocidade que não torna a acontecer novamente durante as outras fases da vida. As interações sociais auxiliam a impulsionar essa atividade do cérebro e, caso não aconteçam, pode prejudicar o potencial da criança de aprender e se desenvolver. Num país como o Brasil, com tamanha desigualdade social, é um desafio para as famílias vulneráveis economicamente oferecer condições para que seus filhos possam ter um pleno desenvolvimento. Diante dessa situação, Ana Maria Bastos, sócia-fundadora da empresa Descobrir Brincando, sediada em São Paulo, realiza um trabalho para auxiliar os adultos que cuidam de crianças a construir competências para que possam contribuir com o período de maior transformação humana, que é o começo da vida. Isso inclui não só os familiares dos pequenos mas, também, profissionais de vários setores, como saúde, educação e assistência social. Ana – que tem várias especializações na área, em instituições, como Associação Pikler – Lóczy, na França; Rosa Sensat, em Barcelona; e no Center on the Developing Child, Harvard (EUA) – esteve no Recife para realizar um trabalho nas Bebetecas dos Centros Comunitários da Paz e conversou com Cláudia Santos. Ela destacou a importância de estimular as crianças na primeira infância, ressaltou a necessidade de políticas públicas para permitir que famílias mais pobres possam ajudar seus filhos a se desenvolverem e disse que, nesse sentido, a iniciativa do Compaz é um exemplo a ser seguido. Por que é tão importante investir no desenvolvimento da criança na primeira infância? Com o avanço da tecnologia na saúde e pesquisas científicas, começamos a entender melhor o funcionamento do cérebro das crianças desde o nascimento aos primeiros anos de vida, que são anos críticos de desenvolvimento. A primeira infância é de 0 a 6 anos. Nela, há um recorte chamado primeiríssima infância, de 0 a 3 anos, que são muito estruturantes e fundantes em termos de desenvolvimento, de arquitetura cerebral. Fazendo uma metáfora, dizemos que essa fase é a base da casa, a estrutura. É a partir daí que a pessoa vai se desenvolver. É um período curto, comparado ao resto da vida, mas é extremamente sensível, uma janela de oportunidades, em que o cérebro está se desenvolvendo numa velocidade que depois nunca mais teremos. Nesse período, as experiências que a criança tem, no ambiente em que vive, vão influenciar muito. A genética também influencia, mas, na medida em que as experiências vão acontecendo, as funções vão se desenvolvendo e a qualidade com que isso acontece é o principal aspecto. Ou seja, segundo evidências científicas, tudo que se investe nesse comecinho da vida resultará em ações mais efetivas e até menos custosas em termos de políticas públicas. Isso não significa que, quando passar a primeira infância, não tem mais jeito. Mas, se houver investimentos nessa fase, haverá benefícios na vida adulta. Assim, o ser humano que teve um ambiente favorável na primeira infância tem maior chance de ser um adulto mais produtivo economicamente, menos chance de estar no sistema prisional, menos chance de usar o sistema de saúde. Um desenvolvimento adequado na primeira infância tem fatores protetivos e envolve uma agenda ampla, de vários setores, como saúde, educação, assistência social, cultura, esportes, orçamento. Como esse investimento, nos anos iniciais da vida, repercute nas habilidades cognitivas da pessoa? Os estudos mostram que há dimensões de desenvolvimento. Existe a dimensão cognitiva – que é do pensamento, da lógica –, a dimensão física, a emocional e a de linguagem. E, na criança nesses primeiros anos, essas dimensões estão todas interligadas. Por isso, a presença do adulto cuidador, dos familiares próximos, é essencial para as experiências significativas em todas as dimensões, inclusive na aprendizagem. Por exemplo, em relação à linguagem, se a criança é envolvida num ambiente favorável, onde o adulto conversa com ela, lê histórias, canta, ela vai ter um repertório de vocabulário maior do que aquela que não tem essas experiências e terá mais facilidade na alfabetização. Uma criança de 2 anos de idade que já consegue falar entre 50 a 100 palavras é um indicador de letramento na idade escolar, entre os 6 e 7 anos. Ou seja, quanto maior o vocabulário da criança, nos primeiros anos de vida, maior é a facilidade dela se alfabetizar. Então, ela só vai ter curiosidade de explorar, descobrir o mundo, se tiver essa segurança, um vínculo com o adulto referência. Além do estímulo à aprendizagem, em que consiste essa segurança do adulto referência? O bebê humano é diferente de outras espécies, ele é o que mais tempo precisa dos cuidados do adulto. Um filhote do reino animal sobrevive sem um adulto, o bebê humano, não. Nesse começo da vida humana o adulto é essencial no desenvolvimento. É a partir dessa interação, desse vínculo com o adulto que a criança vai se constituir como sujeito. Apesar dos muitos avanços nas pesquisas, ainda existe uma crença de que, se o bebê está bem alimentado e com a fralda sequinha, está tudo certo. As famílias precisam ser sensibilizadas e informadas sobre a necessidade de interação, da conversa, do olho no olho, com crianças da primeira infância. A criança necessita dessa base segura, estabilidade e segurança emocional para se desenvolver. Existe uma diferença entre sobreviver e se desenvolver. Então, não basta alimentar e trocar a fralda, atender as necessidades físicas básicas. Isso, apesar de parecer óbvio, não é uma informação que chega à população em geral. Nesse sentido, é

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