Arquivos Notícias - Página 597 de 656 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Notícias

Nextel cria 2 mil vagas em PE. Saiba onde

De olho no já reconhecido engajamento dos nordestinos, a Nextel acaba de criar duas mil novas vagas de atendimento ao cliente em Jaboatão dos Guararapes, município do estado de Pernambuco, por meio de uma empresa parceira. Com negociação de R$ 80 milhões, a iniciativa trouxe outras vantagens para a região já que o serviço não é comum no local. Hoje existem apenas duas empresas que prestam serviço de atendimento ao cliente por telefone em Jaboatão dos Guararapes. Os demais estão na cidade de Recife e Olinda. “O município de Jaboatão foi escolhido também por ter oferta de mão de obra abundante e com qualidade diferenciada. A taxa de absenteísmo e turnover, por exemplo, é 50% menor em relação a São Paulo”, afirma diz Jorge Braga, vice-presidente de Operações da Nextel. “Além disso, a cultura nordestina contribui para aumentar o nível de atendimento, porque os funcionários da região são extremamente engajados e corteses”. A pesquisa de satisfação do consumidor da Nextel do mês de julho mostra que, numa escala de 0 a 5, o atendimento em Jaboatão ganhou nota de 4,16 com 80% de respondentes que acionaram o SAC (versus 3,75 em São Paulo). A cidade ainda dispõe de fácil locomoção e acesso, já que possibilita que as instalações tenham proximidade estratégica entre o Porto de Suape, principal polo de desenvolvimento do Estado, e Recife. O processo de implementação, que teve início em 1º de março, se encerrou no final do mês de junho. Os interessados em buscar vagas devem ligar para (81) 3974-7801 ou enviar o currículo para tivitrecifecontrata@tivit.com.br

Nextel cria 2 mil vagas em PE. Saiba onde Read More »

Candidatos participam do desafio intermodal

A quinta edição do Desafio Intermodal de Recife, que acontece nesta próxima terça (20), com saída do Marco Zero, no Centro do Recife, a partir das 18h, e chegada na praça de Casa Forte, na frente da Igreja Matriz de Casa Forte, conta com a participação dos candidatos à Prefeitura da capital pernambucana Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB), Edilson Silva (PSOL), João Paulo (PT), Priscila Krause (DEM) e Simone Fontana (PSTU). O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, atualmente candidato a reeleição pelo PSB, não aceitou o convite de participação no evento. O Desafio Intermodal, realizado já há cinco anos no Recife, tem o objetivo de reproduzir um percurso comum para os recifenses no horário de pico e assim lançar uma reflexão com base nos dados de tempo de deslocamento, custo financeiro, emissão de poluentes e gasto calórico. O candidato Daniel Coelho fará o percurso a pé, Priscila Krause usará o Uber, Edilson Silva irá pedalar no desafio. A candidata Simone Fontana fará o trajeto de ônibus, enquanto Carlos Augusto irá de carro e João Paulo de táxi.

Candidatos participam do desafio intermodal Read More »

Planejamento de longo prazo na pauta municipal

Em 2037 a cidade do Recife completa 500 anos. A data de nascimento da mais antiga das capitais brasileiras está sendo usada para inspirar planejamentos de longo prazo – um contraponto à cultura política brasileira de elaborar planos até a próxima eleição. LEIA MAIS: Propostas para o Centro Histórico Prefeituráveis opinam sobre a mobilidade Candidatos discutem o Rio Capibaribe Ordenamento urbano na pauta dos candidatos Para construir algum trabalho nesse sentido, o candidato Edilson Silva defende que é preciso valorizar o quadro técnico de urbanismo, a participação popular e a transparência dos processos. "Temos como prioridades a melhoria das condições de habitabilidade, a urbanização e o saneamento de áreas de interesse social e a redução do déficit habitacional. Além disso, queremos promover a moradia nos bairros centrais, desenvolver novas centralidades urbanas e estimular o uso misto de edifícios, ampliando as possibilidades de comércio e serviços". Ele sugere como temas a serem combatidos o déficit habitacional de 62 mil famílias. O disciplinamento das atividades econômicas em sintonia com a ocupação do solo são as diretrizes apontadas por Carlos Augusto. "Iremos recuperar a qualidade ambiental dos bairros centrais para que as pessoas possam voltar a morar nestes locais, perto de onde trabalham e estudam. Isto permite uma substancial redução dos chamados "custos de deslocamento", com melhoria da qualidade de vida e implicações na produtividade do trabalho. Além disso, cada bairro possui especificidades que lhe conferem vantagens ou desvantagens em determinados usos. A integração das redes de transporte também contribuem para uma maior sensação de bem-estar". Sobre o planejamento de longo prazo, Priscila Krause defende: "Incorporar a integração do planejamento territorial com a mobilidade, para a elaboração da legislação do uso do espaço urbano, no que se refere ao zoneamento e parâmetros urbanísticos, com ênfase no adensamento de corredores de transporte e centros de bairros, terminais de integração, estações do Metrô e de navegabilidade do Rio Capibaribe". Daniel Coelho destaca a necessidade de criar um plano de crescimento urbano da cidade, um plano diretor que integre a questão da mobilidade, considerando os aspectos sociais, culturais e ambientais de cada região. "A cidade não pode parar seu crescimento urbano, mas tem que fazê-lo de forma a respeitar a sociedade como um todo. É muito importante que o planejamento financeiro, principalmente no início de novas obras, seja feito com a certeza de que aquilo que irá começar será concluído". João Paulo critica a falta de continuidade as obras de gestões anteriores, que em sua opinião é uma regra geral das gestões públicas. "A prefeitura precisa ter políticas de Estado, capazes de sobreviver a sucessivas gestões. Nesse contexto, um importante debate a ser feito é o da descentralização do desenvolvimento da cidade, respeitando a história de cada lugar, levando oportunidades de emprego e renda a várias áreas da cidade. O desenvolvimento econômico de bairros como Casa Amarela, Ibura, Jardim São Paulo e Várzea precisa passar pelo desenvolvimento das pessoas, evitando que se perca tempo desnecessário com deslocamentos a outras áreas". O prefeito Geraldo Julio considera que nos últimos três anos o Recife retomou a capacidade de planejar o seu futuro, com a efetiva participação da população. "Nós estamos elaborando um documento importantíssimo que estabelece as diretrizes e metas para o Recife de 2037. Fomos às 18 microrregiões perguntar às pessoas, a quem mais interessa o Plano, o que elas acham que o Recife deve ser". Ele ressalta ainda projetos como o Plano Centro Cidadão e o projeto Parque Capibaribe, e destaca o mapeamento inédito que está sendo realizado pela Secretaria de Saneamento nas áreas críticas da cidade. Confira a íntegra o posicionamento que cada candidato nos enviou por email sobre o tema Planejamento de longo prazo: GERALDO JÚLIO Essa área eu tenho muito prazer de falar, e acredito que pode-se dizer que o Recife, nos últimos três anos, retomou a capacidade de planejar o seu futuro, com a efetiva participação da população. Como tudo que fazemos em nosso governo, mas especialmente nas questões que vai se decidir o futuro da cidade, tudo é realizado com muito diálogo. Nós estamos elaborando um documento importantíssimo que estabelece as diretrizes e metas para o Recife de 2037, quando a cidade completará 500 anos. Esse documento vem sendo produzido em diálogo com o meio acadêmico e com a população. Fomos às 18 microrregiões perguntar às pessoas, a quem mais interessa o Plano, o que elas acham que o Recife deve ser. Estamos desenvolvendo também uma série de outros projetos e planos que vão fazer a diferença para qualquer um que tenha a responsabilidade de assumir a Prefeitura do Recife. Toda a área do centro continental da cidade, com os bairros da Boa Vista, Santo Amaro, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Derby e seus entornos estão sendo alvo do Plano Centro Cidadão, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco, e que também abre espaço para participação da população. Um Plano Específico pra toda essa área, que já estava previsto no Plano Diretor do Recife, vai dar a capacidade ao Poder Público de coordenar o desenvolvimento do nosso centro, dentro daquilo que se espera de uma cidade moderna hoje, com espaços urbanos preservados e qualificados, prédios com boa conexão com a malha urbana e uma melhor estrutura de mobilidade. A nossa Secretaria de Saneamento vem fazendo um mapeamento inédito das áreas críticas da cidade, que levanta com um nível de profundidade e detalhamento impressionante a situação daqueles que mais precisam do poder público. Esse projeto foi apresentado na COP-21, em 2015, e foi muito elogiado pela comunidade científica. Outro grande projeto que estamos executando junto à academia e população e que vai cortar quase toda a cidade é o Parque Capibaribe. Com ele, pretendemos reavivar a relação do recifense com nosso rio símbolo e o Parque já começou a sair do papel com a construção do Jardim do Baobá, sua primeira etapa, nas Graças. Essas e outras ações, como o Plano de Drenagem do Recife, a criação da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES)

Planejamento de longo prazo na pauta municipal Read More »

Inflação e desemprego: duas maldições

Inflação e desemprego são terríveis males econômicos quando vistos individualmente. Um ou outro já derrotaram muitos candidatos a altos cargos eletivos em todo o mundo. São, por conseguinte, antipopulares e implacáveis com os governantes que os geraram ou que com eles tergiversaram. Todavia, mais estragos fazem à economia quando se apresentam conjuntamente, de mãos dadas. Infelizmente esse é o caso brasileiro. E Pernambuco não é exceção. Esse quadro, típico do que os economistas denominam de estagflação, ou seja, a combinação perversa de estagnação (na verdade recessão) com aumento persistente, em patamar elevado, do nível geral de preços, tem sido uma das características mais marcantes da atual crise econômica brasileira, a mais profunda e longa desde a década dos 30 do século passado. É fato que os preços estão crescendo menos rapidamente, mas isso não nos conforta dado que não apenas a inflação se situa em nível alto, em torno de 8,74% nos últimos 12 meses até julho, mas que também vem perdendo folego muito lentamente. O custo social é elevado, comprometendo a qualidade de vida de milhões de brasileiros. O desemprego retira renda nominal das pessoas que perderam seus postos de trabalho enquanto a inflação retira renda real (perda de poder de compra) de todos os brasileiros, quer estejam ou não ocupados. Isso alimenta um círculo vicioso segundo o qual mais desemprego e menos renda conduzem à queda na massa salarial que leva a menos consumo, menos produção e a mais perdas de postos de trabalho. Os dados para inflação e desemprego são inequívocos. O IPCA-15, para o Brasil como um todo, apontou uma inflação de 0,45% em agosto último, inferior a de julho (0,54%), mas ainda maior do que a observada no mesmo período do ano passado (0,43%). Isso conduziu a uma inflação acumulada em 12 meses até meado de agosto de 8,95% e a acumulada no ano a 5,66%. Os mesmos dados para o Recife que teve em agosto uma inflação três vezes menor (0,15%) do que a média nacional (0,45%) foram, respectivamente, 8,51% e 5,69%. Observe que para este ano no Recife a inflação acumulada até meados de agosto está acima da média do País. Alimentos e bebidas são os principais vilões. A taxa de desemprego brasileira no segundo trimestre de 2016 subiu para 11,3%, alcançando cerca de 13,4 milhões de pessoas. Entre estas estão as que perderam o emprego e que estão tentando reconquistar uma ocupação, e aquelas que entraram pela primeira vez ou que reentraram no mercado de trabalho. Entre as macrorregiões do País o Nordeste viu a taxa de desemprego elevar-se de 10,3% para 13,2% em relação às observadas no segundo trimestre de 2015. Em Pernambuco, a taxa alcançou 14%, a terceira maior do País. Para o Brasil e suas macrorregiões as taxas são maiores entre as mulheres do que entre os homens e também mais alta para os jovens, especialmente entre os que situam na faixa etária entre 14 e 24 anos de idade, atingindo com muita força aqueles que têm ensino médio completo ou equivalente. Portanto, o desemprego atinge as pessoas de forma diferente, por idade, sexo e grau de instrução, penalizando os mais vulneráveis, especialmente os jovens, as mulheres e aqueles com pouca educação. Portanto, Pernambuco e Recife apresentaram até o primeiro semestre deste ano dois números malditos e preocupantes: desemprego de 14% e inflação de 8,51%, respectivamente. O desemprego não é maior porque o País está vivenciando fenômeno demográfico que tem reduzido o crescimento do número de pessoas buscando emprego. Com menos filhos por mulher em idade reprodutiva (1,7 em 2016, inferior à necessária para manter a população constante) a taxa de crescimento da população brasileira caiu de 1,1% ao ano, entre 2004 e 2009, para 0,9% entre 2009 e 2016. Entre esses dois períodos a taxa de crescimento da força de trabalho reduziu-se de 1,9% para 1%. Como está crescendo menos, os empregos disponíveis vão encontrar menos jovens a sua procura. Contudo, esta janela de oportunidade vai se fechar em breve. Se esse fenômeno inexistisse, as taxas de desemprego agora enfrentadas pelo País seriam ainda maiores. A demografia, e não o Governo, está evitando que o drama do desemprego seja ainda maior. Enfrentar preços altos e crescentes junto com desemprego elevado e seletivo é desafio para políticos, governos e sociedade. O que os políticos que são candidatos agora e em 2018 têm a dizer sobre isso?

Inflação e desemprego: duas maldições Read More »

Josefina, uma pianista de fina estampa

Inventado há mais de 300 anos, o piano, imortalizado nas mãos de gênios como Mozart, Chopin, Liszt, Rachmaninoff e Beethoven, e tantos outros que marcaram a música para sempre, se impôs ao tempo. Inventado pelo italiano Bartolomeu Cristofori, representou uma evolução do cravo, até então o principal instrumento dos anos 1700. Nascido no século 18, neste século 21, o piano continua a ser um dos principais instrumentos musicais, isolado ou como parte da orquestra, consequência lógica de sua versatilidade, amplamente aplicada na música ocidental. Daí ele ganhou o mundo e inaugurou um tempo em que, nos momentos de lazer, as pessoas se reuniam em saraus para apreciar músicas tocadas por instrumentos clássicos como piano ou violino. Foi uma época em que o piano reinaria absoluto e praticamente em todas as casas haveria um, confirmando a existência da “pianolatria”, como dizia o escritor Mário de Andrade. Na casa de Josefina Aguiar, ainda bem, também havia um. Josefina foi saboroso fruto de uma família de artistas. Maria Aguiar, a mãe, era violinista. O tio, Elias Aguiar, doutor em música e regência. O pai, Antônio Aguiar, convicto apreciador de música erudita, tanto que mantinha em casa um quarteto de música de câmara. Compreende-se que Josefina viesse a ser, como, de fato, foi, uma grande artista. Desde cedo, ela mostrou que teria uma relação de cumplicidade com o instrumento. Tinha apenas 5 anos de idade, quando sua professora de piano notou que havia algo de diferente nas mãos daquela menina. Inexplicavelmente, era como se aquelas mãos tão delicadas fossem elásticas. Então, comunicou aos pais da menina todo o potencial daquela criança, não conseguido, contudo, ser levada a sério. Mãos são só mãos, ora, mãos elásticas... haveria de meditar a família de Josefina. O tempo se encarregou de mostrar que a mestra tinha razão. Para comprovar o que afirmava, a professora preparou a menina para tocar ao piano, de memória, 10 músicas, o que ela fez com maestria, no dia em que completava 6 anos. Mais tarde, com apenas 11 anos de idade, foi a primeira criança solista a tocar com a Orquestra Sinfônica do Recife, regida pelo rigoroso maestro Vicente Fittipaldi. Tinha apenas 11 anos de idade, repita-se. Foi considerada, com razão, um dos raros talentos musicais que despontaram nos anos 1940 em Pernambuco, mas, mesmo assim, tão qualificada, o Recife só a ouviu tocar pela primeira vez no rádio, na Rádio Clube de Pernambuco, quando tocou o adágio da Sonata ao Luar, de Beethoven. Naquele dia a fama lhe sorriu e lhe trouxe um renomado admirador, Valdemar de Oliveira. Não tardou, veio o primeiro recital. Àquela altura, sua fama já rompera as divisas pernambucanas, chamando a atenção do pianista norte-rio-grandense Valdemar de Almeida, que a levou para se apresentar em Natal. Ali ela conheceu o violinista Cussy de Almeida, outro grande talento, com quem veio a formar uma dupla de muito sucesso no Brasil e no exterior. Fez, inclusive, apresentações exitosas na Europa, notadamente no Concurso Internacional de Violino e Piano de Munique, Alemanha. Era, dizia a crônica especializada, o melhor dueto do Brasil. O fato é que em dupla ou individualmente, a pernambucana Josefina Aguiar era uma artista especial. As apresentações solo em todo o Brasil se multiplicavam, tendo se apresentado também na respeitada Escola Nacional de Música, do Rio de Janeiro. Josefina Aguiar, pianista clássica, admiradora da música de Edvard Grieg, o compositor norueguês da Suíte Peer Gynt, defendia com vigor a música erudita. Sua determinação era tão grande, que os amigos a chamavam de A Dama da Resistência e de Leoa do Norte. Nos saraus que eram comuns naquela época, entretanto, não relutava em tocar polcas, pas-de-quatro, valsas, fox-trotes, marcha carnavalesca e um dobrado para piano, gêneros musicais do passado, hoje perdidos na insensibilidade do tempo. Com sua presença nos salões, Josefina Aguiar valorizava os compositores recifenses, como Capiba, Nelson Ferreira, Alfredo Gama, Zuzinha, Misael Domingues e um desconhecido chamado José Capibaribe, que, na verdade, era um pseudônimo de Valdemar de Oliveira, aquele que se fizera seu fã desde a primeira apresentação, na Rádio Clube de Pernambuco, lembra-se? Vale a pena ver o que diziam dela seus contemporâneos. “A terra natal foi egoísta e insensível, incapaz de perceber nela o que a Argentina percebeu em sua Martha Argherit. Uma artista de brilho tão fulgurante, como Josefina, deveria deixar a província para ter uma vivência mais completa do mundo e interagir com um ambiente artístico e cultural mais universal”, advertiu o pianista Edson Bandeira de Mello, seu amigo desde a juventude, professor aposentado do Departamento de Música da UFPE. Para Mauro Maibrada, Josefina, “ao entrar no palco, parecia que uma luz se acendia. Dizia mais: Maibrada, que ela “não lia só a partitura, mas também a alma”. Já para o professor de história da música brasileira, ocidental e canto coral José Amaro dos Santos, Josefina não tocava mecanicamente. “Ela tinha uma musicalidade ímpar. Nas suas mãos, a música transcendia para algo mais do que aquilo que os compositores escreviam.” Por outro lado, o vice-reitor da UFPE, Gilson Edmar, seu amigo, disse que a pianista fazia questão de tocar nas suas posses. “Era uma pessoa humana extraordinária. E, mesmo doente, tocava tão bem, que parecia que a doença ia embora”, asseverou. Josefina, que, de acordo com José Amaro, conhecia como ninguém a história de música pernambucana, era uma entusiasta dos jovens talentos e não hesitava em incentivá-los. “Do mal da indiferença e do egoísmo, ela não padecia”, elogia José Amaro. Era tão grande o amor de Josefina Aguiar pela música que, mesmo doente, ela não deixou de tocar, como que tecendo o fundo musical dos seus últimos anos de vida. Inteligente, culta, bem-humorada, apesar de padecente de câncer e enfisema pulmonar, talvez pressentindo que a indesejada das gentes chegaria poucos dias depois, disse a uma jornalista haver recebido um chamado do céu para tocar harpa e, porque não conhecia o instrumento, não aceitara. Acontece que ela era tão plena de valores, que o Todo-Poderoso mandara pôr no céu um lindo piano,

Josefina, uma pianista de fina estampa Read More »

70% da RMR descarta resíduos de forma inadequada

Destinação inadequada de resíduos e reciclagem insuficiente marcam resultados da Região Metropolitana de Recife em estudo nacional. Estudo que avaliou a limpeza urbana em 1.700 cidades brasileiras revelou que 70% dos municípios da RMR descartam de forma inadequada os resíduos sólidos. Segundo dados do ISLU (Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana), a maioria das cidades destina esses materiais para lixões. “As graves consequências da destinação de resíduos para lixões são de longo prazo, afetando o meio ambiente como um todo: solos, águas e o ar. Para além disso, o depósito em lixões afeta a saúde pública da comunidade em volta dele, o que é um outro agravante”, afirma Ariovaldo Caodaglio, conselheiro do Selur. Em Recife, a destinação dos resíduos não é um problema. O descarte é feito em aterros sanitários adequados. Os desafios são outros, como as taxas inexistentes de reciclagem. O problema se repete nos demais municípios da região metropolitana, onde a média de reciclagem é de apenas 0,8%; sendo que Olinda, Itapissuma, Cabo de Santo Agostinho também não fazem nenhuma recuperação, assim como a capital. Para comparação, em países como Japão, Canadá e Alemanha esses números podem chegar a 40%. Sustentabilidade financeira A gestão da limpeza urbana é um processo complexo; tanto que costuma ser o 3º ou 4º maior gasto das gestões municipais, segundo dados do STN (Secretaria do Tesouro Nacional) e das próprias prefeituras. Por isso, um dos critérios analisados pelo ISLU é a sustentabilidade financeira do serviço de limpeza urbana nas cidades avaliadas. Nesse aspecto, cinco das cidades da Região Metropolitana de Recife já estão preparadas e têm arrecadação específica para o serviço: Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ipojuca, Itapissuma e Recife. Porém, a arrecadação cobre, em média, apenas 14% do gasto total. A fim de suprir a falta de informações sobre a limpeza urbana das cidades brasileiras e mapear os desafios para o cumprimento das recomendações da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), o ISLU foi desenvolvido em parceria entre o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo) e a PwC. A pesquisa leva quatro aspectos em consideração: · Engajamento do Município (população atendida x população total); · Sustentabilidade Financeira (despesas com a limpeza urbana x despesas totais); · Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado x total coletado); · Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente x população atendida). Impacto nacional O ISLU gerou resultados em 1.721 municípios brasileiros com base nos critérios da PNRS, aprovada em 2010, e criou um termômetro onde aponta os problemas e soluções de cada local, caso a caso, com pontuação de zero a um. Os dados utilizados foram coletados na base de 2014 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). “O objetivo do ISLU não é ser um ranking de cidades limpas x cidades sujas. Os resultados dessa análise servirão de insumo para os gestores públicos e privados de limpeza urbana, assim como associações e a sociedade em geral, a tomarem as medidas necessárias a fim de atender as exigências da PNRS e fomentar um ambiente sustentável e saudável em seus municípios”, afirma o conselheiro do Selur. “Para que um município tenha uma boa pontuação, ele deve apresentar bons resultados no conjunto total de indicadores utilizados. Com isso, o ISLU avalia uma série de informações consolidadas, sem trazer análises tendenciosas para o atendimento de apenas um aspecto da gestão da limpeza urbana”, explica Carlos Rossin, diretor da PwC Brasil e coordenador do estudo.

70% da RMR descarta resíduos de forma inadequada Read More »

Campanha exibe filme sobre Alzheimer

Para conscientizar a população sobre a doença e alertar para a importância do diagnóstico precoce, a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) promove o Mês do Alzheimer em setembro, em parceria com o Aché.  Entre as atividades está a exibição nesta semana e na próxima do filme "Para Sempre Alice", com a atriz Juliane Moore, que aborda a doença. Após as sessões haverá um debate com profissionais de saúde. No mundo, cerca de 45 milhões de pessoas são impactadas pela Doença de Alzheimer (DA), segundo estimativa da organização Alzheimer's Disease International (ADI). Só no Brasil, a doença impacta 1,2 milhão de pessoas. Em todo o Brasil, serão cerca de 100 iniciativas em 18 estados em que a ABRAz atua, com atividades durante o mês. No Recife e em Olinda (PE), a campanha contará com ações informativas sobre o tema, grupo de apoio, além de mobilização no Dia Mundial da Doença de Alzheimer - 21/9 (mais informações abaixo). Em 2016, a ABRAz está presente nas cinco regiões do país, atendendo mais de quatro mil familiares por mês. As ações promovidas em todo o Brasil buscam chamar a atenção da sociedade e dos governos para a situação da Doença de Alzheimer no país e para os direitos dos doentes. "Também é fundamental alertar para os problemas enfrentados pelos cuidadores, que são pessoas que contribuem com o tratamento dos pacientes, sejam familiares ou profissionais", explica Maria Leitão Bessa, presidente da ABRAz. Segundo Thais Cuperman Pohl, neurologista e gerente Médica da área de Sistema Nervoso Central do Aché, um dos efeitos mais preocupantes da doença é a perda do funcionamento cognitivo. "A Doença de Alzheimer responde pela metade das causas de demência no mundo", afirma. De acordo com a ADI, a cada quatro segundos um novo caso de demência é detectado no mundo – e a previsão é de que, em 2050, haja uma ocorrência a cada segundo. Para a especialista, a campanha é fundamental, pois leva informações para as pessoas lidarem da melhor forma com a doença e alerta para a busca pelo diagnóstico precoce e o tratamento. "No Brasil, apenas 14% da população com a doença recebe tratamento adequado. Se detectada no início da doença, a progressão da DA pode ser desacelerada e os sintomas da doença podem ser melhor controlados, permitindo que o indivíduo viva com mais qualidade de vida", explica Thais.   Programação de atividades em Pernambuco:   Grupo de Apoio Exibição do Filme "Para Sempre Alice" Data: 19/9 Moderadores: Dra. Luisiana Lamour (Nutricionista), Dr. Igor Bruscky (Neurologista) e Cleonice Albuquerque (Conselheira Familiar) Local: Hospital Geral de Areias. Programa de Atenção ao Idoso. Estância. Recife - PE Horário: 14h30 Mobilização do Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer   Data: 21/9 Local: Praça da Preguiça, Carmo, Olinda. Horário: 8h às 12h Grupo de Apoio   Data: 29/9 Moderador: Dra. Carla Núbia Borges (Geriatra) Local: Hospital da Aeronáutica, Av. Bernardo Vieira de Melo, 606, Piedade, Jaboatão/PE. Horário: 9h

Campanha exibe filme sobre Alzheimer Read More »

Exposição Autos Retratos marca Dia Mundial Sem Carro no Recife

Uma tarde perdida no trânsito caótico do Recife, conhecido por ser um dos piores do mundo, foi o estopim para o arquiteto, urbanista e artista plástico Luiz Rangel perceber que algo estava errado nisso tudo. Daquela situação nasceram os esboços iniciais de "Exílio", o primeiro dos nove quadros feitos por Rangel e que compõem a exposição "Autos Retratos", que chega ao Museu da Cidade do Recife nesta quinta-feira, 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro. "Me senti isolado e confinado naquele engarrafamento. A sensação na hora foi de frustação, mas que logo se transformou em um processo criativo interessante", conta Rangel. A partir dali, brotaram esboços despretensiosos que, aprofundados e com base nas experiências cotidianas no trânsito, se transformaram em quadros abordando a temática da mobilidade e a dependência da sociedade por seus carros. "A reflexão me trouxe um questionamento: precisamos mesmo estar dentro de um veículo?", indaga. O quadro "Destino", por exemplo, segue esta linha. "A ideia surgiu de uma expressão comum: 'fiquei rodando atrás do endereço'. As pessoas sempre querem chegar a algum lugar, mas a sensação da cidade engolida por carros parece sugerir que, no fundo, nunca chegamos a lugar algum", diz. São nove trabalhos em óleo sobre tela, em formato quadrado, com exceção de "Reflexo", em tamanho diferenciado (1m x 2m, retangular), que traz um olhar de futuro dentro da temática principal e aponta para a importância de espaços compartilhados. "A obra mostra o trânsito com o retrovisor de um carro simbolizando o passado, repleto de veículos, e o amanhã com outros partícipes da mobilidade: bicicletas e pedestres em perfeita harmonia", explica Rangel. DEBATE - Com curadoria de Plinio Santos Filho e Daniel Dobbin, "Autos Retratos" não será inaugurada casualmente no dia 22. Nessa data, é celebrado o Dia Mundial sem Carro, reforçando o propósito da exposição: mostrar um retrato provocador da sociedade atual, um "auto retrato", como brinca Luiz Rangel, com uma cidade refém dos veículos, com poucas interações interpessoais e espaço reduzido para pedestres e ciclistas. A abertura da mostra, a oitava da carreira artística de Luiz Rangel, tem início às 19h, com debate com o artista, o curador Plinio Santos e o militante da mobilidade a pé Francisco Cunha, dando seguimento ao vernissage, às 20h. O evento é gratuito e aberto ao público. A mostra fica em cartaz no Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas até 2 de outubro, também com entrada franca. SOBRE O ARTISTA - Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o recifense Luiz Rangel iniciou sua ligação com desenho e pintura na infância, de forma autodidata. Desenvolveu suas aptidões artísticas durante a graduação e a vida profissional, com projetos arquitetônicos feitos à mão - na época em que não se utilizava o computador - e, posteriormente, em curso de pintura no Espaço Vitrúvio, em 2010. Desde então, já participou de sete exposições - no próprio Espaço Vitrúvio, no festival Olinda Arte Em Toda Parte e por duas ocasiões em Frankfurt, na Alemanha: em 2012, com a mostra "Follow me" e, em 2014, "Onze - Abaixo do Equador", ambas na Galeria Eulengasse. Atua também como conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (Cau-PE).

Exposição Autos Retratos marca Dia Mundial Sem Carro no Recife Read More »

Carlinhos Brown apresenta novo espetáculo no Recife

Carlinhos Brown, um dos artistas mais criativos e atuantes do atual cenário brasileiro e mundial, estreia em Recife o show Antônio Carlos Brown - Um popular brasileiro, depois de duas apresentações em São Paulo. A apresentação será no Teatro Guararapes e vai reunir no repertório músicas do primeiro álbum, Alfagamabetizado, do premiado Tribalistas e grandes sucessos gravados ao longo dos 20 anos de carreira, além de novas canções do seu recém-lançado CD, Artefireaccua - Incinerando o Inferno. A ideia original do espetáculo parte de um resgate artístico e emocional do artista. Percorre suas atitudes, gestos, memórias, referências, visões da Bahia, do Brasil e do mundo - uma verdadeira viagem em torno da história de Brown. O show tem concepção geral e direção de Paulo Borges. Mais uma vez juntos, eles demonstram intimidade de alma ao apresentarem um trabalho impactante, inovador, sempre emocionante, com cenários especiais, um desenho de luz primoroso, utilizando-se de toda estrutura tecnológica disponível no teatro. "A música não será só o que se ouve, mas uma imagem inteira para sentir e ver, se envolver", explica Paulo Borges. Projeções surgirão durante o espetáculo, em que Brown contracenará com os músicos, objetos cênicos e com várias mudanças de figurinos, criados especialmente pelo estilista João Pimenta. Os ingressos estão à venda pelos portais Ingresso Rápido e Ticketmix. Os valores variam de R$ 60 a R$ 80.

Carlinhos Brown apresenta novo espetáculo no Recife Read More »

Mamam lança Clube de Fotografias para colecionadores

O lançamento da segunda edição do Clube de Fotografias do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam),  na Boa Vista, acontece nesta quarta-feira (28),  a partir das 14h30. A diretora do museu, Beth da Matta, e o curador do projeto, Ricardo Resende, irão bater um  bate-papo com o público explicando como funcionam os clubes. Nesta edição, o Clube de Fotografias do Mamam vai reunir o trabalho de cinco fotógrafos brasileiros: João Castilho (GO), Alberto Bitar (MG) Gordana Manic (SP), Jonathas de Andrade (de Alagoas, mas radicado em PE) e Priscila Buhr (PE). A proposta é fomentar o colecionismo, incentivando também a produção artística brasileira.  Cinquenta “clubes”, compostos por cinco fotografias, uma de cada fotógrafo participante, poderão ser adquiridos ao preço de R$ 3.500,00. De acordo com Beth da Matta, a prática dos clubes já é comum em outras capitais do país. A proposta é dar ao colecionador a oportunidade de conhecer e possuir obras de autores conhecidos e talentos promissores. “São nomes consolidados da fotografia brasileira dialogando com fotógrafos mais jovens que vislumbram em seus trabalhos investigações contundentes, traçando desse modo linhas autorais distintas, porém de extrema relevância artística”, explica Beth. As imagens cedidas pelos profissionais também passam a integrar o acervo do museu. Todo o material será impresso em Fine Art, uma parceria da Sociedade Amigos do Mamam com o Atelier de Impressão (ADI). A primeira edição do Clube de Fotografias do Mamam foi entre 2010 e 2011 e contou com trabalhos de Alcir Lacerda, Cláudia Jaguaribe, Ricardo Labastier, Rodrigo Braga e Tiago Santana, sob a curadoria de Geórgia Quintas e Alexandre Belém. A edição de 2016 vai trazer para o Recife obras de artistas que trabalhem em vários segmentos da fotografia, seja documentais ou experimentais.

Mamam lança Clube de Fotografias para colecionadores Read More »