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O teatro pernambucano destinado a infância e juventude (Por Romildo Moreira)

A dramaturgia brasileira dedicada ao público infantojuvenil tem tido um considerável acréscimo de qualidade, reconhecido por todos que se debruçam ao estudo dessa matéria, desde meados da década de 1980, com o surgimento do texto de Ziraldo intitulado “Flictz”, até os dias atuais. Aqui, em terras pernambucanas, não tem sido diferente. A quantidade de autores criando excelentes obras para essa faixa etária tem superado, e muito, a produção de textos para o público adulto. Provavelmente, a partir da montagem do espetáculo “O pequenino grão de areia”, de João Falcão, a percepção da escrita infantojuvenil, no que diz respeito a sua gênese e também a sua carpintaria dramática, jamais foi a mesma na cidade do Recife, para graça e glória das novas gerações de espectadores. O extrato poético em uma literatura que mistura o possível e o imaginário num resultado cênico que atraia a camada jovem por se identificar com ela, e da mesma forma cative o público adulto, que acompanha a garotada ao teatro, por induzi-lo a ser criança outra vez no faz de conta teatral, é a essência dessa dramaturgia “contemporânea”, que cada vez mais leva à cena, temas delicados para essa plateia. E o que é melhor, com tratamento fundamentalmente artístico. Nesses trabalhos, uma temática com algum teor político nada tem de panfletário ou partidário, da mesma forma que o religioso nada diz de doutrinação, mantendo-se, categoricamente, como expressão artística. Outros exemplos de temas existem e são muitos, passando por morte, sexo, tolerância, etc. Como ressonância de tudo isso, “o teatro poderá ser considerado o mais duradouro dos muitos palácios encantados que a humanidade infantil edificou. A distinção entre arte e vida começa aí”, como já nos revelou Eric Bentley em seu livro “A experiência viva do teatro” (Rio 1981). Na vertente acima exposta, são muitos os exemplos de textos encenados nos palcos de Pernambuco, escritos por dramaturgos locais, de várias gerações, a exemplo de: “Luzia no caminho das águas”, de Alexsandro Souto Maior; “Sebastiana e Severina”, de André Neves; “Minha Cidade”, de Ana Elizabeth Japiá; “O fio mágico”, de Carla Denise; “Salada mista”, de Alexsandro Silva e “As travessuras de Mané Gostoso”, de Lucino Pontes, entre outros. – É necessário aqui lembrarmos outros autores pernambucanos com vasta experiência em dramaturgia infantojuvenil, como Marco Camarotti, Luiz Felipe Botelho, André Filho, Samuel Santos, Luiz Navarro e Paulo Lima, entre outros. Grupos e companhias teatrais da capital pernambucana têm investido, tenazmente, nas linguagens literárias e dramáticas destinadas ao público infantojuvenil, obtendo resultados cênicos impagáveis, como podemos conferir nos espetáculos produzidos por grupos como: Mão Molenga, que unifica em suas criações a linguagem de atores e bonecos; a Cia. 2 em Cena, que entrelaça as expressões de teatro e circo em suas montagens; a Cia. Animée, que encena espetáculos musicais circenses com o protagonismo da palhaçaria feminina; assim como a Cia. Meias Palavras, que busca no espaço da literatura o seu efeito cênico mais notório, sem com isso deixar inferior o tratamento dado aos elementos plásticos e sonoros de suas apresentações. No caso da Cia. Meias Palavras, a presença de Luciano Pontes (criador da companhia ao lado do ator Arilson Lopes), que além de ator é um escritor de projeção nacional para o público jovem, com vários livros publicados, destacando-se: “Uma história sem pé nem cabeça” e “O carrossel do tempo”, ambas pela Edições Paulinas e “Em briga de irmão quem dá opinião?”, pela Editora FTD, justifica a reverberação literária no repertório de suas peças. É claro que a heterogeneidade no universo da produção teatral para a infância e juventude em Pernambuco é uma realidade, com espaços garantidos para produções que optam pelos tradicionais contos de fada (com superproduções do ponto de vista de efeitos ilusionistas), convivendo harmoniosamente com as peças mais contemporâneas, exemplificadas pelas aqui apontadas, criando um leque vasto de opções para o lazer cultural da criançada. – É fato também que a contação de histórias tem sido posta à disposição do público infantil, com muita frequência, em teatros, livrarias e espaços alternativos, como a que inspira a peça que sugerimos abaixo. DICAS DE ESPETÁCULOS: “Seu Rei Mandou”, da Cia. Meias Palavras Local: Teatro Marco Camarotti – SESC de Santo Amaro Dias: sábado 21/05 e domingo 22/05, às 16h Preços: R$ 20 e R$ 10 Informações: 3216-1728 “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues Local: Teatro Apolo Dias: sexta 20/05 e sábado 21/05, às 20h. Preços: R$ 30,00 e R$ 15,00 Informações: 3355-3319 ou 33553320.   Romildo Moreira – ator, autor e diretor teatral.

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Pesquisa: 86% das mulheres sofreram assédio em público

Pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid nesta sexta-feira (20) mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema. A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país, em uma amostragem que acompanhou o perfil da população brasileira feminina apontado pelo censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todas as estudantes afirmaram que já foram assediadas em suas cidades. Para a pesquisa, foram considerados assédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendo configurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional. Formas de assédio Em relação às formas de assédio sofridas em público pelas brasileiras, o assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos. “É quase uma exceção raríssima que uma mulher não tenha sofrido assédio em um espaço público. É muito preocupante. A experiência de medo, de ser assediada, de sofrer xingamento, olhares, serem seguidas, até estupro e assassinato. Os dados são impressionantes se pensarmos que a metade das mulheres diz que foi seguida nas ruas, metade diz que teve o corpo tocado”, diz a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman. Desigualdade de gêneros Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, os dados refletem a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade. “É uma questão de gênero, de entender que na sociedade, qualquer que seja, as mulheres não são consideradas iguais aos homens. A ideia é que a mulher está subordinada no lar, na casa, no trabalho. Dados [da Organização Mundial da Saúde] apontam que uma a cada três mulheres sofre violência doméstica. Para os homens, os corpos e as vidas das mulheres são uma propriedade, está para ser olhada, tocada, estuprada”, disse. Segundo Nadine, é necessário implementar políticas públicas que garantam a segurança da mulher em espaços públicos, com políticas públicas específicas, como a iluminação adequada das ruas e transporte público exclusivo para mulheres. “Quando se pensa que quase todas as mulheres têm a experiência com abusos, não se tem a ideia do assédio. Isso tem um impacto, isso limita de andar na rua com segurança e direitos como educação e trabalho”, diz. Falta repressão A professora de direito civil da Universidade de Brasília (UnB), Suzana Borges, avalia que não há repressão adequada ao assédio à mulher em espaços públicos. “É uma questão social porque, em função de uma posição histórica inferiorizada, a mulher foi objeto de repressão, violência, não só nos espaços públicos, mas privados, dentro da família, em casa, no trabalho”, disse. Suzana Borges diz que há necessidade das mulheres denunciarem as situações de assédio que vivenciam no cotidiano. “Por se tratar de uma questão de gênero, a denúncia é um mecanismo que reforça a proteção”. Assédio por regiões A Região Centro-Oeste é onde as mulheres mais sofreram assédio nas ruas, com 92% de incidência do problema. Em seguida, vêm Norte (88%), Nordeste e Sudeste (86%) e Sul (85%). No levantamento, as mulheres também foram questionadas sobre em quais situações elas sentiram mais medo de serem assediadas. 70% responderam que ao andar pelas ruas; 69%, ao sair ou chegar em casa depois que escurece e 68% no transporte público. Na comparação com outros países, 43% das mulheres ouvidas na Inglaterra e 62% na Tailândia disseram que se sentiam mais inseguras nas ruas de suas cidades, enquanto que, na Índia, o espaço de maior insegurança era o transporte público, apontado por 65% das entrevistadas. Campanha Os dados são publicados no lançamento do Dia Internacional de Cidades Seguras para as Mulheres, uma iniciativa da organização para chamar a atenção para os problemas de assédio e violência enfrentados pelas mulheres nas cidades de todo o mundo. “É bastante preocupante que não haja uma perspectiva de gênero nas cidades, um planejamento que não leve isso em conta, como horários, transportes e abordagem de ensino nas escolas. Isso gera e perpetua uma cultura de violência, normatizada e normalizada, de fazer parte do desenvolvimento masculino assediar mulheres e isso não é questionado. A pesquisa mostra a naturalização da violência como uma prática bastante arraigada. Há a necessidade urgente e setorial de se enfrentar isso”, disse a coordenadora da campanha Cidades Seguras para as Mulheres no Brasil, Glauce Arzua. A campanha Cidades Seguras para as Mulheres foi lançada pela ActionAid no Brasil em 2014. O objetivo é promover uma melhoria da qualidade dos serviços públicos nas cidades para tornar os espaços urbanos mais receptivos a mulheres e meninas. Glauce aponta a educação como aspecto fundamental para que seja possível reverter o quadro de assédio ao redor do mundo. “A abordagem educacional é uma chave para o enfrentamento. Medidas como acontecem no Brasil, de vagões de trem separados, são paliativas, transitórias. Temos que quebrar essa cultura, que passa por campanhas, treinamento dos gestores, sobretudo criar espaços para que o planejamento das cidades tenha essa perspectiva de gênero”, diz. (Agência Brasil)

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Mostra Literária no Plaza neste fim de semana

Para os apreciadores de livros um bom programa para os próximos finais de semana é a feira de livros “Passeio Literário” que o Plaza Shopping recebe em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) nos dias 21, 22 e 28, 29 de maio. O visitante terá direito a participar de conversas com autores durante lançamentos, palestras, apresentações teatrais, além de uma diversificada programação infantil. A entrada é gratuita e o evento ocorre no Piso L3 do Plaza. A abertura acontece no neste sábado (21) às 15h, com o grupo de teatro Literatrupe apresentando o espetáculo “Pernambuco Terra da Poesia”, um recital de obras de poetas pernambucanos. Em seguida, a música brasileira é tema de um bate papo com o escritor Renato Phaelante e um músico convidado, mediado por Tarcísio Pereira. A programação segue com Delmo Montenegro e Eduardo Diógenes numa roda de diálogos sobre o poeta pernambucano Sebastião Uchoa Leite. As atividades do dia se encerram com o lançamento da obra completa de Sebastião Uchoa Leite, no livro “Poesia Completa”, com prefácio de Frederico Barbosa, e editado pela Cosac Naif e Companhia Editora de Pernambuco. Haverá ainda, o lançamento do livro “Cronomáticas e outros Contos”, de José Alfredo Santos Abrão. O domingo (22) é o dia dedicado às crianças. O Passeio Literário abre às 15h com show de mágica e contação de história do livro “O Coelho sem Cartola”, com o mágico Rodrigo Lima. Das 16h às 18h uma sucessão de conversas com autores, debates sobre livros e contação de histórias vão prender a atenção da garotada. Para começar, Sissi Loreto narra a história do livro “O computador que queria ser gente” com a ajuda do seu autor, Homero Fonseca. Para quem gosta ou não gosta de matemática, está aí uma oportunidade de desvendar os seus mistérios e até dar risadas das historietas vividas ou atribuídas a gênios da matemática. É o momento de Décio Valença Filho conversar sobre o seu livro, “Subversões matemáticas”, que traz jogos, quebra-cabeças e outras brincadeiras que utilizam a matemática e o raciocínio lógico. Para encerrar o domingo, e o primeiro fim de semana da feira de livros, uma roda de diálogos com os autores infantis Maria Amélia Almeida, escritora da “A Casa Mágica”, Luzilá Gonçalves, autora do livro “A Cabra Sonhadora”, e Itamar Morgado, da obra “Bia Baobá”, que falarão sobre o universo de suas obras.   SEGUNDO FIM DE SEMANA - No sábado (28), o “Passeio Literário” vai oferecer uma programação especial sobre histórias da cidade do Recife. As atividades começam com uma mesa redonda com o autor Alexandre Furtado, do livro “De ruas e inti-nerários” e a escritora Ana Maria César, da obra “Último Porto de Henrique Galvão”. O público também poderá participar de uma roda de diálogos com o escritor José Luiz Mota Menezes autor do livros “Mobilidade Urbana no Recife e seus arredores” e “Ruas Sobre às Águas: As Pontes do Recife”, sobre histórias e lendas da cidade. O debate ainda contará com a participação especial da escritora Luzilá Gonçalves. No domingo (29), o grupo “Literatrupe” volta a encenar o espetáculo, “Pernambuco Terra da Poesia”, abrindo a tarde. Das 16h às 17h o tema central da programação será Dom Helder Câmara. Os jornalistas Teresa Rozowykwiat e Félix Filho participam de roda de diálogos sobre livros que falam das ideias e da importância história do arcebispo. E para encerrar a programação, será promovida uma mesa redonda com Zildo Rocha, autor do livro “Daniel Lima Visto por Ele”, que retrata a vida do padre ligado a ala progressista da Igreja Católica, voz das Ligas Camponesas e amigo de dom Helder Câmara e Paulo Freire. TROCA-TROCA DE LIVROS – Durante todos os dias do Passeio Literário, os visitantes poderão participar de troca-troca de livros. Para as crianças, a cada três livros infantis trocados a pessoa ganha 20% de desconto na compra de livros novos da Cepe. E para o público adulto, a cada dois livros trocados a pessoa recebe um voucher com 20% de desconto na compra de livros novos da Cepe. A ação acontecerá durante todos dias do evento, das 15h às 20h, também no Piso L3 do mall. Para o diretor presidente da Cepe, Ricardo Leitão, o Plaza Shopping é mais que um diversificado centro de compras, também se transformou em local de convergência de lazer e cultura para a população da Zona Norte do Recife. “É fundamental realizar um evento literário como este. A Cepe tem grande satisfação em participar dessa iniciativa, contribuindo para disponibilizar aos frequentadores do Plaza, livros e debates literários de qualidade. É fundamental essa parceria cultural em benefício dos recifenses, dos pernambucanos e, de modo geral, de todos que mergulham no mundo mágico da leitura”, destacou Leitão. SERVIÇO: Passeio Literário Dias 21, 22 e 28, 29 de maio das 15h às 20h no Piso L3 do Plaza. Entrada  gratuita. Informações: www.plazacasaforte.com.br. PROGRAMAÇÃO 21/05 – Sábado: 15h - Espetáculo: "PE Terra da Poesia" (Literatrupe) 16h - Conversa com Renato Phaelante (música brasileira) 17h - Conversa sobre a obra de Sebastião Uchoa Leite 18h - Lançamentos: "Poesia Completa", de Sebastião Uchoa Leite e "Cronomáticas e outros contos" de José Alfredo Abrão 22/05 – Domingo: 15h - Mágica e leitura: "O coelho sem cartola", com Rodrigo Lima 16h - Leitura e brincadeiras: "O computador que queria ser gente" 17h - Matemática divertida: conversa com Décio Valença 18h - Troca-troca de livros: 3 livros infantis = 20% de desconto em livros novos da Cepe 19h - Autores de livros infantis 28/05 – Sábado: 15h - Conversa com Alexandre Furtado e Ana Maria César sobre o Recife e sua Poética 16h - Troca-troca de livros: 2 livros = 20% de desconto em livros novos da Cepe 18h - Conversa com Luzilá Gonçalves e José Luiz Mota Menezes sobre as lendas do Recife. 29/05 – Domingo: 15h - Espetáculo: "PE Terra da Poesia" (Literatrupe) 16h - Conversa com Tereza Rozowykwiat e Félix Filho sobre Dom Hélder Câmara 18h - Conversa com Zildo Rocha e Lourival Holanda sobre o padre-poeta Daniel Lima

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Movimentos culturais lançam manifesto pelo retorno do Cine Olinda

Os movimentos #CineRuaPE, #OcupeCineOlinda e Ponto de Cultura Cinema de Animação lançaram um manifesto direcionado às instituições responsáveis pela reforma e gestão do Cine Olinda, cinema centenário do Sítio Histórico, fechado há mais de 50 anos. O manifesto veio a público durante sessão do Cineclube CineRua, promovida ao lado do Cine Olinda, com o objetivo de questionar os descaminhos e reivindicar sua reativação imediata. Durante o evento foram obtidas mais de 350 assinaturas. Agora o mesmo documento está sendo lançado na internet nesta quarta (18), para que possa ser assinado e compartilhado. Link da petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/Prefeitura_Municipal_de_Olinda_Iphan_Pela_reabertura_do_Cine_Olinda/?coMiehb Uma vez coletadas as assinaturas, o manifesto será protocolado na Prefeitura Municipal de Olinda, IPHAN, Secretaria Estadual de Cultura e Ministério Público, este último, requisitando uma audiência. MANIFESTO EM DEFESA DO CINE OLINDA Olinda, 5 de maio de 2016 O Cine Olinda é patrimônio histórico, cultural e afetivo, exemplar remanescente da arquitetura de cinemas de rua que existiram por boa parte do século 20 e 21 em diversos países. Em muitas cidades alguns foram preservados, se mantendo em atividade ininterrupta ou reativados, como parte de um movimento mundial de retomada dos cinemas de rua. Na França eles são chamados de cinéma du quartier (cinemas de bairro). Lá, alguns bairros ainda possuem seus cinemas. No Brasil muitos cinemas de rua foram extintos, demolidos ou reutilizados com usos que descaracterizaram totalmente ou quase toda a arquitetura do cinema. A cultura da demolição, que vem de tempos remotos, ainda predomina. A Região Metropolitana do Recife já perdeu inúmeros sobrados, igrejas, arcos, casas e edifícios modernistas e quase uma centena de cinemas de rua. Localizado na entrada da cidade, no bairro do Carmo, o edifício do Cine Olinda é um exemplar da arquitetura Art Déco, típica da fase pré-modernista das décadas de 20 a 40 do século passado. Apresenta planta retangular, simétrica, sala da plateia com tela e palco ao fundo, moldura para a tela com reentrâncias, estruturas da coberta em ferro, hall de entrada e bilheterias, marquises na fachada frontal, prolongando-se pelas laterais, cabine no pavimento superior, em destaque na fachada e janelas altas, podendo funcionar sem ar condicionado por estar localizado à beira-mar de Olinda. Estas mesmas características foram encontradas em outros cinemas de rua do Recife e Olinda, o que aumenta a importância de se preservar esta sala. Acreditamos em cinemas de rua como espaços de cidadania. Eles são modos de pensar e vivenciar as cidades; garantem vida aos centros e bairros; contribuem com a requalificação de espaços urbanos; valorizam a rua, os espaços públicos e de uso público; são pontos de encontro e sociabilidade; oferecem acesso à educação e cultura. Sem eles, uma cidade perde referências e o caráter simbólico no meio urbano. São edifícios que apresentam valores históricos, arquitetônicos, artísticos, contribuem com a preservação da memória urbana e deveriam estar na rota turística das cidades. Pernambuco se tornou um dos principais polos de produção cinematográfica do Brasil, sobretudo em se falando de filmes que partem do respeito à nossa inteligência para construir narrativas críticas sobre o mundo em que vivemos. Estes filmes dificilmente serão vistos em cinemas comerciais, pois salas localizadas em shoppings são unicamente interessadas no lucro fácil e se deixam levar pelo "tsunami" de filmes americanos, um maçante e violento bombardeio cultural. Neste sentido, reivindicamos o Cine Olinda como mais do que uma opção de exibição de filmes num sítio histórico e sim como um cinema público, com o dever de dar espaço a produções independentes do Brasil e do mundo, além de abrigar atividades de formação e aglutinação da produção criativa. Após 51 anos de seu fechamento, 37 anos de sua desapropriação, durante a gestão do prefeito Germano Coelho, e 35 anos de reformas malsucedidas, nos sentimos no dever de cobrar esclarecimentos e um maior compromisso dos gestores públicos responsáveis pela condução das obras e pelo equipamento em si. Tendo isso em vista, solicitamos ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Eram e à Prefeitura Municipal de Olinda um esclarecimento público sobre a gestão do equipamento, prestando satisfação sobre a atual situação e que se coloque em discussão estratégias e soluções para que ele seja entregue à população ainda este ano. Solicitamos que esta audiência seja feita nas dependências do Cine Olinda, com participação do Ministério Público, seguida de deliberações sobre formas de ocupação e um plano de reinício das obras. Solicitamos também a criação de um comitê de fiscalização civil para acompanhamento tanto da obra quanto dos trâmites burocráticos para a viabilização da mesma. Assinam: Movimento #CineRuaPE #OcupeCineOlinda Ponto de Cultura Cinema de Animação Associação Brasileira de Documentaristas – ABD/PE Associação Pernambucana de Cineastas - Apeci Associação de Produtores de Cinema do Norte/Nordeste Federação Pernambucana de Cineclubes – Fepec Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta - Sodeca

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Estudo revela espécie fóssil de crocodilo anão mais antigo

“O registro mais antigo de um crocodilo anão”: é o que ressalta a professora de Paleontologia e de Evolução e Dinâmica da Terra do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da UFPE, Juliana Sayão, ao explicar a importância do resultado recente da histologia e análise das células de um fragmento ósseo do Susisuchus. O achado paleontológico, que se encontra no Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), foi estudado no Núcleo de Paleontologia, do Laboratório do CAV, sob a coordenação de Juliana. A professora destaca ainda que se trata da menor espécie de crocodilo registrada até hoje. O estudo impacta diretamente na análise da evolução da linhagem dos crocodilos, servindo assim de referência para pesquisas futuras, como evidencia Sayão. Segundo a pesquisadora, o estudo sana dúvidas que existiam sobre a maturidade do fóssil, o Susisuchus anatoceps, já que “ele tinha as características do osso que somente organismos maduros, que atingiram a maturidade óssea esquelética têm. Então, batemos o martelo que ele era um adulto”. Coordenada pela professora da UFPE, a equipe é composta ainda por professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Regional do Cariri (Urca) e pós-graduandos da UFPE. Eles analisaram fragmentos de um dos três fósseis conhecidos dessa espécie de crocodilo – dois se encontram no Museu de Paleontologia da Urca e o outro está no Museum für Naturkunde, na Alemanha. O Susisuchus anatoceps viveu há aproximadamente 120 milhões de anos, durante o período Cretáceo, na região onde está a Chapada do Araripe, no Estado do Ceará. No local havia um grande lago que cobria essas terras, contendo uma diversa fauna e flora em seu entorno. O Susisuchus fazia parte desta biodiversidade, atuando como um crocodilo que transitava entre as áreas emersas e dentro do lago, explica a professora. A espécie é menor do que os atuais crocodilos anões que são conhecidos, o Paleosuchus e o Osteolaemus, ambos habitam as áreas pantanosas do cerrado e pequenas lagoas na floresta amazônica. O tamanho deles varia entre 1,0 m e 1,5 m de comprimento. Os resultados foram detalhados em um artigo destaque da capa da Revista Plos One, publicação internacional que é referência na área de paleontologia. Entre esses resultados está a conclusão de que o fóssil analisado do crocodilo anão morreu aos 17 anos com 60 cm de comprimento – ele pode, segundo a professora, chegar aos 90 cm de comprimento máximo. Além disso, a pesquisadora explica que a maturidade óssea do Susisuchus chegaria entre 10 e 20 anos de idade, portanto, o espécime analisado estava no final do seu crescimento.

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Futuro de Temer nas mãos do parlamento

O Governo Temer nasceu com uma série de críticas por conta da falta de diversidade de gênero e raças em seu ministério. Nenhuma mulher e todos brancos. No entanto, com exceção da equipe econômica (que teve uma sensível aprovação do mercado por sua composição técnica), a escolha dos integrantes do time ministerial atendeu as indicações dos grandes partidos que formam a base da sua gestão no Congresso Nacional. Como a ala feminina e dos negros não são fortes dentro dos seus partidos, eles ficaram de fora da representatividade. Nessa escolha, aparentemente, Temer foi um condutor de um navio que tinha muitas mãos para conduzir. Só o chamado centrão é composto por 12 partidos com representação na Câmara: PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL. Além desses, outras legendas tem grande influência no novo governo, como o DEM e o PSDB. Apesar da notoriedade do poder executivo aos olhos da população, é do legislativo que sairão as decisões que irão sustentar ou não o governo. Isso não se trata de que a gestão seja eficiente ou não, mas que ela funcione. A primeira votação da Câmara dos Vereadores abordará a meta fiscal para o ano de 2016. No início da próxima semana o presidente interino enviará ao Congresso uma proposta que irá sugerir um rombo nas contas públicas superior aos R$ 96,6 bilhões (previstos por Dilma em março). Se o projeto não for aprovado, além de uma paralisia na máquina pública, Temer poderá tal qual Dilma Rousseff não cumprir a legislação fiscal. A princípio sera falado que o rombo seria em torno de R$ 120 bilhões. Esse estimativa subiu para R$ 160 bilhões e hoje (19) o  ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) falou em números que se aproximam dos R$ 200 bilhões. Na próxima terça a medida deverá ser votada. A tendência é de aprovação. Não faz sentido que o mesmo corpo parlamentar que aprovou o impeachment com uma vasta margem jogue contra o governo ainda no seu primeiro mês. Mas esse fato é apenas uma ilustração de quão submisso o poder executivo está do legislativo.  Com a falta de esclarecimento político da população, a tendência de eleger um parlamento com tendência política diferente do poder executivo é uma realidade. Fato que tem se repetido em vários pleitos eleitorais. A reforma política seria a solução? O problema é quem a fará. Se a força de criar a lei ou revisá-la está nas mãos de quem manda no jogo nesse momento, dificilmente algo inovador pode trazer novos ares para a política brasileira. Enquanto isso, Temer ou qualquer outro terá que jogar com as regras postas. Que são no mínimo desconfortáveis, mesmo para quem está dentro do partido com a maior bancada do País.  

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Desemprego chega a 13,3% em Pernambuco

A taxa de desemprego do primeiro trimestre do ano - que ficou em 10,9%, o equivalente a 11,1 milhões de pessoas - subiu em todas as grandes regiões do país, na comparação com o mesmo período de 2015. Em Pernambuco o índice de desocupação alcançou 13,3%, resultando 542 mil pessoas desempregadas. No recorte do trimestre anterior, a taxa de desempregados do Estado era de 11%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua), divulgada no fim de abril, mas somente hoje (19) detalhada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que a taxa mais alta de janeiro a março deste ano foi a da região Nordeste, onde passou de 9,6% para 12,8%, entre os três primeiros meses do ano passado e os deste ano – o equivalente a uma elevação de 3,2 pontos percentuais. No Sudeste, onde está concentrado o maior contingente de trabalhadores, a taxa subiu de 8% para 11,4%, 3,4 pontos percentuais a mais que a aferição anterior; na região Norte, o desemprego aumentou de 8,7% para 10,5%; no Centro-Oeste, de 7,3% para 9,7%; e no Sul, de 5,1% para 7,3%. Segundo o IBGE, no quarto trimestre de 2015, as taxas haviam sido de 10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e 5,7% no Sul. Por Estados Já entre as unidades da federação, as maiores taxas de desemprego no primeiro trimestre foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%). Já as menores taxas ocorreram em Santa Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).   Rendimento A Pnad Continua constatou, ainda, que no primeiro trimestre do ano o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 1.966) nas regiões Sudeste (R$ 2.299), Centro-Oeste (R$ 2.200) e Sul (R$ 2.098), enquanto Norte (R$ 1.481) e Nordeste (R$ 1.323) ficaram abaixo da média. Por unidades da Federação, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento médio real habitual (R$ 3.598), seguido por São Paulo (R$ 2.588) e Rio de Janeiro (R$ 2.263). Os menores rendimentos foram obtidos no Maranhão (R$ 1.032), Piauí (R$ 1.263) e Ceará (R$ 1.285). Já a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ R$ 173,5 bilhões para o país) teve como destaque a região Sudeste com massa de rendimento de R$ 90,6 bilhões; seguido do Sul (R$ 29,5 bilhões); Nordeste (R$ 27,6 bilhões); Centro-Oeste (R$ 15,7 bilhões); e Norte (R$ 9,8 bilhões) Sexo e idade Os homens respondem por 57,4% da população ocupada do país, que fechou o primeiro trimestre do ano em 90,6 milhões de pessoas. Esta predominância foi uma constante em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 61,4% dos trabalhadores. O Sul e o Sudeste são as regiões com maior participação feminina na força de trabalho (ambas em 43,8%). Os dados da Pnad Contínua indicam que no primeiro trimestre do ano, 66,1% da população fora da força de trabalho eram do sexo feminino. Todas as regiões apresentaram comportamento similar. Segundo a pesquisa, no Brasil, no primeiro trimestre, 38,6% das pessoas em idade de trabalhar estavam fora da força de trabalho (não trabalhavam nem procuravam trabalho), com a região Nordeste apresentando a maior parcela deste percentual com 43,9%. Os menores percentuais são das regiões Sul (35,4%) e Centro-Oeste (35,2%). A pesquisa do IBGE mostrou que a análise por grupos de idade aponta que 12,8% dos ocupados eram jovens de 18 a 24 anos, enquanto entre os adultos este percentual chegava a 78,1% entre os adultos de 25 a 39 anos e de 40 a 59 anos de idade. Já os idosos somavam 7,1% dos ocupados. A região com maior proporção de jovens ocupados é a Norte, onde a população de 18 a 24 anos representava 14,1% dos ocupados. Nível de Instrução Por nível de instrução, a pesquisa mostrou, no primeiro trimestre de 2016, que mais da metade dos ocupados no Brasil tinha concluído pelo menos o ensino médio (55%), 29,3% não tinham concluído o ensino fundamental e 17,9% tinham nível superior. Nas regiões Norte (37,6%) e Nordeste (39%), o percentual de pessoas sem instrução até ensino fundamental incompleto era superior aos das demais regiões. Na região Sudeste (34,4%), o percentual das pessoas que tinham o ensino médio completo era superior aos das demais regiões. O Sudeste (21,6%) apresentou o maior percentual de pessoas com nível superior completo, enquanto o Norte teve o menor (12,2%). Segundo a pesquisa, 35,9% da população fora da força de trabalho eram compostos por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Jovens com menos de 25 anos de idade somavam 28,2% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 35,9%. *Da Agência Brasil, com informações da redação

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Fim de semana com atrações diversas nos Museus do Recife

Para quem procura uma atividade diferente para o final de semana, uma boa pedida é conferir a programação que vários museus do Recife estão disponibilizando para comemorar o Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Da próxima sexta (20) até domingo (22) é possível conferir exposições, contação de histórias, oficinas e até picnic em cinco equipamentos culturais da Prefeitura do Recife: Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Museu Murillo La Greca, Memorial Luiz Gonzaga e Paço do Frevo. A Semana Nacional dos Museus, como é chamada, chega à sua 14ª edição e acontece em todo o Brasil. Confira abaixo a programação por equipamento. MEMORIAL LUIZ GONZAGA - No memorial o visitante pode conferir até a próxima sexta (20), um interessante acervo sobre o Rei do Baião com fotos, discos, músicas, vídeos, cronologia, instrumentos musicais e objetos da cultura sertaneja. O Memorial oferece ainda exibição de filmes e documentários sobre o artista, com sessões das 10h30 às 12h. O Memorial Luiz Gonzaga fica no Pátio de São Pedro, casa 35, bairro de São José, e funciona de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h. MURILLO LA GRECA - Na sexta (20), no horário das 20h às 22h, o museu inaugura um novo projeto: Cinema no Jardim – edição Discussões Urbanas. O evento será gratuito e traz a exibição de curtas-metragens, música com DJ no intervalo entre os blocos de exibição e barraquinha com bebidas e comidas. No sábado (21) é dia de início de mais dois projetos. O primeiro, intitulado o Atelier Coletivo - edição serigrafia, acontece das 13h às 17h, onde artistas convidados vão montar seu ateliê no jardim do museu. Como o tema dessa edição é a serigrafia, serão disponibilizadas tintas e mesas para trabalho, além de varal para secagem das obras e exposição durante a tarde. O segundo projeto é o Roda de Fogueira: O resgate da conexão com o feminino e a mulher selvagem. Ele começa às 17h e vai trazer duas expositoras, a Kátia Brandão e a Júlia Santos, que irão tratar do tema circundado em diversas perspectivas, de forma dinâmica, em uma roda de conversas, construindo-se então um debate que estará aberto à participação de todos. O que é o sagrado feminino, o arquétipo da mulher selvagem, e a abordagem desse sagrado ligado à arte são alguns dos focos do encontro. E para o domingo (22), o Murillo La Greca oferece uma programação infantil que vai das 10h às 17h. Nesse dia haverá uma visitação às duas exposições em cartaz no museu com mediação especial para as crianças na parte da manhã. Das 12h às 13h, o Museu faz uma pausa das visitações e disponibiliza o seu jardim para um picnic, onde além de frutas e águas disponibilizadas no local, o público pode levar sua própria comida. O momento de lazer e alimentação terá ainda o som dos Djs da casa.  Ainda neste dia, das 13h às 17h, além do público espontâneo, o espaço vai receber os visitantes do Circuito 1, do Circuito de Museus 2016. O circuito é realizado pelo OBSERVAMUS - Observatório de Museus e Patrimônio Cultural (PPGA - UFPE) em co-realização com o Fórum de Museus de Pernambuco e vai contar com uma visitação mediada a vários equipamentos, com transporte gratuito saindo dos shoppings Tacaruna e Rio Mar. As inscrições são feitas pelo e-mail: circuitodemuseusrecife2016@gmail.com. Informações: 2121.0354. MUSEU DA CIDADE DO RECIFE - Aqui o público poderá visitar até o domingo (22) a Exposição Doc(e) Recife, que retrata o desenvolvimento da cidade a partir da cultura e produção do açúcar com visita guiada. Na sexta (20), a oficina Doce que Te Quero Doce pretende contar a trajetória do açúcar nos alimentos. Ela acontece das 14h às 17h. O Museu da Cidade do Recife funciona no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, no horário das 9h às 17h. MAMAM - Quem for ao Mamam vai poder conferir uma exposição que homenageia os cinquenta anos de nascimento de Chico Science. A 5ª edição da Mostra Pôster Arte Design integra a programação do Abril Pro Rock e está em cartaz no museu até o dia 22 de maio, no horário das 12h às 18h. Na sexta (20), o projeto Sexta da Pesada traz o tema da Semana de Museus, “Paisagens Culturais”, numa atividade que reúne música e gastronomia num mesmo lugar, das 16h às 22h. No dia 21 (sábado), o espaço é da Antena Paraurora: edição Paisagens Culturais. Projeto realizado pelo setor do Educativo Mamam e que une lazer, ações artísticas, performances, gastronomia, bazar, música e etc., no horário das 14h às 20h. E no domingo (22),  oficina Rolêzinho Fotográfico vai levar os participantes para a captação de imagens pelas ruas do Recife, finalizando com um lambe-lambe. Podem participar pessoas de todas as idades. As atividades do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – MAMAM são gratuitas. O museu fica na Rua da Aurora, 265, na Boa Vista, e funciona das 12h às 18h. Informações: 3355.6870. PAÇO DO FREVO – Na sexta (20) tem apresentação musical no espaço do Evoé Frevo Café, no térreo do Paço, dentro do projeto Hora do Frevo, das 12h às 13h. No sábado (21), quem não é tímido e gosta de arriscar uma cantoria ou a declamação de uma poesia, ou ainda trazer alguma história interessante sobre o frevo, a dica é chegar mais cedo ao Paço, a partir das 14h, para curtir o Sarau – Falando para o Mundo, na Praça do Frevo (3º andar). A partir das 16h, tem mais atrações no projeto Sábado no Paço, com apresentação cultural de artistas e agremiações também na Praça do Frevo. Ainda nesse dia está disponível para o recifense e turistas o Roteiro Olha! Recife, programa de sensibilização turística e cultural da Secretaria de Turismo do Recife, em parceria com o Paço do Frevo. As inscrições para os roteiros são feitas pelo site:  www.olharecife.com.br. O Paço do Frevo está localizado na Praça do Arsenal, s/n, Bairro do Recife, e funciona das 9h às 17h. Informações: 3355.9500/9527 Semana Nacional dos Museus - Atividade promovia pelo Instituto Brasileiro dos Museus - IBRAM, em

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Pacientes com chikungunya procuram fisioterapia

Com o alastramento da epidemia no Estado, as clínicas fisioterápicas já passam a ter um fluxo maior de pessoas com chikungunya em busca de tratamento. De acordo com a professora da UFPE Maria das Graças Paiva, os pacientes têm procurado cada vez mais cedo a Clínica Escola de Fisioterapia da universidade. “Normalmente temos recebido pacientes adultos, idosos e jovens que foram cometidos pela doença com queixa de dor articular e fraqueza muscular, mas que se estende pelos membros. Não há ainda esclarecimentos sobre as sequelas da chikungunya, mas há indicações que a sua evolução pode comprometer algumas articulações”, afirma. As regiões mais atingidas são nas mãos, joelhos, ombros, cotovelos, punho e tornozelos. “As principais queixas dos pacientes que têm procurado o tratamento fisioterápico são edema na mão e nos dedos, impossibilitando-os de fecharem as mãos. Muitos reclamam até de dificuldades de levantar pela manhã, fraqueza e até fibrilação nas perdas”, informa a professora. Ela lembra que a princípio apenas pacientes na fase crônica procuravam esse tipo de tratamento, mas ultimamente mesmo aqueles que ainda estão na fase subaguda já estão nos consultórios fisioterápicos. “Essa antecipação facilita muito a vida desses pacientes. Quando mais tempo você adia o tratamento, mais lenta será essa recuperação”, alerta Maria das Graças. A aposentada Fátima Lopes, 61 anos, foi acometida pela chikungunya no mês de fevereiro. Como as dores não passaram e se tornavam mais intensas, sob orientação médica ela procurou a fisioterapia. “Estou em tratamento fisioterápico desde março. Os remédios não davam conta das dores, principalmente no braço e joelho. O desconforto aliviou bastante e já consigo fazer alguns movimentos que não estava mais conseguindo, como levantar o braço”, afirma. Fátima encerrará o tratamento neste mês, quando completará 10 sessões. A fisioterapeuta Natácia Carlos, da Unityclin Fisioterapia e Pilates, foi a responsável pelo tratamento com a aposentada. (Rafael Dantas)

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A difícil missão do ministério Temer

O cenário de crise econômica (composta por ingredientes que vieram da queda do mercado internacional, corrupção e decisões erradas de gestão) terá como remédio o retorno da política do Estado mínimo. Segurar os gastos ou reduzi-los, no entanto, não é uma das missões mais populares, nem fáceis. E para anunciar os cortes, o desgaste, pelo menos a princípio, cairá nas mãos dos ministros. Nos primeiros dias do Governo Temer ficaram nas mãos da sua equipe tratar de volta da CPMF (pelo ministro da fazenda,  Henrique Meirelles), a suspensão da construção de mais de 11 mil casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (pelo ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo) e a polêmica sugestão de redução do Sistema Único de Saúde (através do ministro da Saúde, Ricardo Barros). Mendonça Filho, além de assumir toda a rejeição pelo fim do Ministério da Cultura, também fez uma manifestação de apoio às universidades públicas que quiserem cobrar mensalidades. Todos temas com rejeição popular e que temos apenas pistas de qual seja o posicionamento do presidente interino. Não declarações. Essa estratégia não é exclusiva desse momento. O mesmo ocorreu nos anos da presidente Dilma Rousseff. Mas como o período é de cortes e de poucas pautas que envolvem investimentos, os auxiliares do presidente assumirão a maior parte do desgaste desse primeiro momento de governo. E, diferente do governo FHC, em que haviam longos quatro anos para esperar as medidas terem seus resultados a serem mostrados, a gestão Temer - caso seja confirmada pelo Senado - terá apenas dois anos pela frente. Um jogo com menos tempo para ser avaliado.  

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