Saúde – Página: 2 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Saúde

Camex zera Imposto de Importação de seringas e agulhas

O Diário Oficial da União (DOU) publica, nesta quinta-feira (7), resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que concede redução temporária, para zero por cento, da alíquota do Imposto de Importação de seringas e agulhas. A medida tem por objetivo atender as necessidades do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Nessa quarta-feira (6), o governo federal editou Medida Provisória (MP) nº 1.026, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), que trata da aquisição de insumos para o combate à doença. Segundo o documento, fica a “administração pública direta e indireta autorizada a celebrar contratos ou outros instrumentos congêneres, com dispensa de licitação, para: a aquisição de vacinas e de insumos destinados a vacinação contra acovid-19, inclusive antes do registro sanitário ou da autorização temporária de uso emergencial; e a contratação de bens e serviços de logística, tecnologia da informação e comunicação, comunicação social e publicitária, treinamentos e outros bens e serviços necessários a implementação da vacinação”. De acordo com nota divulgada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, a MP permitirá que sejam adquiridos insumos e vacinas em fase de desenvolvimento e em momento prévio ao registro sanitário ou à autorização de uso excepcional e emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A nota diz ainda que a “autorização legislativa se faz necessária, uma vez que o ordenamento jurídico infraconstitucional revelava-se um óbice para otimizar o processo de aquisição”. Outro ponto importante destacado pela MP se refere à consolidação do Plano Nacional de Vacinação como instrumento estratégico para imunização de toda a população brasileira. “A despeito da possibilidade de compra de vacinas contra covid-19 ainda em desenvolvimento, é crucial destacar que o início da vacinação somente poderá acontecer após o registro ou após a emissão da autorização excepcional e emergencial pela Anvisa”.

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Governo de Pernambuco reduz capacidade de eventos para 150 pessoas

O Governo de Pernambuco anunciou, durante coletiva de imprensa online , a decisão do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de reduzir, em todo o Estado, a capacidade do setor de eventos para no máximo 150 pessoas. A medida tem como objetivo frear a disseminação do novo coronavírus. Foi comunicada ainda a prorrogação da proibição de shows e festas até o final deste mês de janeiro. Estão vetadas festas de qualquer tipo, em restaurantes, barracas de praia, hotéis ou outros estabelecimentos, com ou sem venda de ingressos. O secretário estadual de Saúde, André Longo, defendeu o respeito aos protocolos como única forma de evitar a transmissão do vírus. “Para que as atividades continuem funcionando sem colocar vidas em risco é preciso seguir as normas que norteiam o Plano de Convivência, e que estão centradas no distanciamento, uso de máscara, higiene e monitoramento”, argumentou Longo. Segundo ele, neste momento há mais de mil pacientes com suspeita da Covid-19 internados em leitos de UTI, públicos e privados, e a cada três pacientes que desenvolvem quadros graves da doença, ao menos um acaba não resistindo. “É para não transmitir o vírus e provocar mortes que todos devemos reforçar os cuidados. O vírus pode ser silencioso e inofensivo para você, mas para alguém próximo pode ser fatal. Não vamos deixar que um verão de descuido interrompa a vida das pessoas que amamos”, pontuou o secretário de Saúde. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA – André Longo apontou uma tendência de estabilidade e queda nos indicadores dos casos graves de síndrome respiratória aguda grave em Pernambuco, quando comparados os dados das três últimas Semanas Epidemiológicas (SE). Na análise da última SE 53, foram registrados 663 casos de SRAG, o que indica uma estabilidade em relação à SE 52, quando foram feitas 683 notificações; e uma redução de 20% em relação à SE 51, que teve 862 registros. “Mesmo diante dos números, é importante pontuar que continuamos monitorando e acompanhando os dados, pois tivemos dois feriados em sequência, o que pode acarretar o acúmulo de notificações, além da mudança de prefeitos, que também pode influenciar na alimentação dos sistemas de notificação”, ponderou o secretário. Em relação às solicitações por leitos de UTI para pacientes graves suspeitos ou confirmados para Covid-19, a Central de Regulação do Estado também mostrou um cenário de estabilidade entre as SE 52 e 53, com uma sutil oscilação negativa de apenas 1%. Por outro lado, as solicitações por leitos de enfermaria, indicado para pacientes com quadros mais leves da doença, tiveram um aumento de 12%. FISCALIZAÇÃO – O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, anunciou novas medidas mais rigorosas que serão tomadas pelo Governo do Estado para combater e punir o desrespeito às normas do Plano de Convivência, e solicitou a colaboração da sociedade. “Vamos ter que aumentar as medidas de fiscalização de forma mais dura e objetiva. Quero pedir a colaboração de todos com o Procon, com a Defesa Social e com as guardas municipais das prefeituras com orlas de praia, para que nos comuniquem, inclusive em outras regiões do Estado”, pediu o secretário. Segundo Pedro Eurico, quem quiser colaborar basta enviar as imagens de aglomerações. O Estado vai, automaticamente, aplicar a multa e, a partir de agora, notificar diretamente por notícia-crime ao Ministério Público para instaurar processo criminal. O secretário informou ainda que, nos últimos 30 dias, já foram multados mais de 150 estabelecimentos com valores que chegam a quase R$ 350 mil. “Esses valores serão aumentados. Em caso de reincidência, a interdição do estabelecimento será definitiva”, advertiu. Já o secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire, esclareceu que as ações das operativas (PM, Policia Civil e Polícia Militar) visam garantir que as medidas restritivas sejam cumpridas. “O descumprimento dessas medidas enseja a instauração de inquérito policial, como já foi feito com algumas festas ilegais realizadas recentemente. Os promotores dessas festas podem responder processo por crime contra a Saúde Pública”, informou. “É importante que os organizadores e o público contribuam, neste período mais intenso, para que haja uma reversão da curva, e que não seja preciso levar à Justiça e conduzir pessoas para autuação em delegacias, como será feito caso sejam verificadas ações ilegais”, concluiu Humberto Freire

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Descoberto mecanismo responsável pela erosão óssea na artrite reumatoide

Ao investigar o mecanismo responsável pela exacerbação da artrite reumatoide em pacientes fumantes, pesquisadores do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma nova via no processo inflamatório da doença, associada ao dano ósseo. A descoberta abre caminho para novas intervenções terapêuticas relacionadas aos efeitos da artrite reumatoide que ainda não têm tratamento específico. No estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os pesquisadores identificaram a ação de um mecanismo molecular envolvido no processo inflamatório: a liberação, por parte dos linfócitos T, de vesículas extracelulares carregadas de material genético (microRNAs). As vesículas atingem células do tecido ósseo, aumentando a formação de novos osteoclastos – células responsáveis pela degradação da matriz óssea nas articulações. “O estudo buscou aprofundar o entendimento sobre a exacerbação de todo o processo inflamatório da artrite reumatoide provocada pela fumaça do cigarro. Com isso descobrimos uma via associada à lesão óssea. Trata-se de um achado importante, pois a dor e a inflamação dos pacientes têm sido tratadas com medicamentos. No entanto, a lesão óssea, que é também um complicador debilitante dessa doença, é praticamente irreversível”, diz Fernando de Queiroz Cunha, coordenador do CRID – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. A artrite reumatoide é uma doença inflamatória autoimune que, por algum motivo ainda desconhecido, leva as células de defesa a reconhecerem o próprio organismo como patógeno, passando a atacá-lo. Sabe-se que a reação inflamatória desencadeada pela resposta imune exagerada da doença tem a participação de linfócitos T que se diferenciam no subtipo Th17. Esse desequilíbrio, já bem conhecido, gera efeitos em cascata como a liberação de citocinas (proteínas sinalizadoras), entre elas a IL-17, e outras moléculas que participam da progressão da doença. O tabagismo é conhecido como um fator agravante da artrite reumatoide. Estudo anterior, desenvolvido pelo mesmo grupo de pesquisadores do CRID, demonstrou que a fumaça do cigarro tem o efeito de exacerbar o processo inflamatório na artrite, sobretudo por meio da ativação do receptor de hidrocarboneto arila (AhR) nas células Th17. “O AhR é um sensor intracelular de poluentes que participa do processo inflamatório. Quando o receptor AhR é ativado nos linfócitos T por certos ligantes, eles se diferenciam ainda mais em Th17. Esse aumento de células Th17 exacerba todo o processo inflamatório. Embora o cigarro não seja o causador da artrite reumatoide, ele agrava a doença”, diz Paula Donate, pesquisadora que integra o CRID e cujo estudo de pós-doutorado teve apoio da FAPESP. Donate explica que o AhR atua principalmente como fator de transcrição. “Uma vez ativado por um fator externo como a fumaça do cigarro, esse receptor se desloca para o núcleo celular junto com outras proteínas e promove a transcrição de diversos genes – inclusive de microRNAs, que são pequenos RNAs reguladores internos das células”, afirma Donate. Componente extracelular No estudo, os pesquisadores investigaram quais microRNAs das células Th17 tinham a expressão aumentada por influência da ativação do AhR. Dentre um conjunto específico dessas moléculas, o microRNA que tinha a maior expressão era o miR-132. Além da análise do conjunto completo de microRNAs expressos pelas células Th17, os dados foram correlacionados com estudo realizado em camundongos e em amostras de pacientes. “Para nossa surpresa, no entanto, quando tratávamos os linfócitos T com antagonistas dos microRNAs, eles continuavam se diferenciando normalmente em células Th17 e liberando as citocinas características do processo inflamatório da artrite reumatoide. Se não interferia em nada no processo intracelular, era sinal de que o miR-132 poderia estar sendo liberado para o meio extracelular”, diz. Ao isolar vesículas extracelulares liberadas pelas células Th17 e fazer estudos in vitro, os pesquisadores observaram que as grandes quantidades de miR-132 empacotadas em vesículas extracelulares atuavam como mediadores inflamatórios induzindo a diferenciação de osteoclastos por meio da inibição da enzima ciclo-oxigenase 2 (COX-2). “As vesículas extracelulares são um mecanismo de comunicação celular importante, liberadas praticamente por todo tipo celular e encontradas em qualquer fluido corporal. No caso das células Th17, as vesículas liberadas na articulação podem transportar microRNAs até o tecido ósseo, aumentando os osteoclastos e a erosão óssea. Trata-se, portanto, de um mecanismo novo que conseguimos elucidar e que no futuro poderá indicar novas terapias para o dano articular”, diz. O artigo Cigarette smoke induces miR-132 in Th17 cells that enhance osteoclastogenesis in inflammatory arthritis (doi: 10.1073/pnas.2017120118), de Paula B. Donate, Kalil Alves de Lima, Raphael S. Peres, Fausto Almeida, Sandra Y. Fukada, Tarcilia A. Silva, Daniele C. Nascimento, Nerry T. Cecilio, Jhimmy Talbot, Rene D. Oliveira, Geraldo A. Passos, José Carlos Alves-Filho, Thiago M. Cunha, Paulo Louzada-Junior, Foo Y. Liew e Fernando Q. Cunha, pode ser lido em www.pnas.org/content/118/1/e2017120118. Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

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Pernambuco registra 18 novos óbitos por Covid-19

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta terça-feira (05/01), 1.491 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 52 (3,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.439 (96,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 225.336 casos confirmados da doença, sendo 29.527 graves e 195.809 leves. Também foram confirmados 18 óbitos, ocorridos entre os dias 09/12/2020 e 04/01/2021. Com isso, o Estado totaliza 9.709 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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Anvisa quer mais dados para autorizar uso de vacina produzida na Índia

Em nova reunião com representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou hoje (4) o pedido de mais informações para liberar a autorização emergencial do uso das doses da vacina contra a covid-19 que serão importadas do Serum Institute of India, que produz o imunizante da Oxford eAstraZeneca na Índia. Lá, o uso emergencial já foi aprovado. No dia 31 de dezembro de 2020, a Anvisa autorizou a importação, em caráter excepcional, de 2 milhões de doses da vacina britânica da Oxford, produzida em parceria com a Fiocruz no Brasil. As doses importadas foram fabricadas. Em nota, a agência reguladora informa que fez, na manhã desta segunda-feira, uma reunião para tratar da submissão do protocolo do uso emergencial das doses da vacina. Na reunião, representantes da Fiocruz apresentaram os dados já de posse da fundação. Na ocasião, a agência reguladora listou informações, ainda aguardadas pela Fiocruz, que são necessárias para que esta possa pedir autorização para uso emergencial da vacina no Brasil. “Na reunião, a Fiocruz mostrou que está empenhada para que essas informações sejam reunidas e apresentadas à Anvisa com a maior brevidade”, diz a nota.  A Anvisa que saber se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido, que teve os dados clínicos aprovados, e se o método de produção e os materiais utilizados são os mesmos. A vacina com a importação aprovada foi a produzida na Índia pela Serum Institute of India. A empresa produz a vacina da AstraZeneca, na Índia. Lá, o uso emergencial já foi aprovado. “Para a autorização, a agência precisa avaliar os estudos de comparabilidade entre a vacina do estudo clínico, que é fabricada no Reino Unido, com a vacina fabricada na Índia, bem como os dados de qualidade e condições de boas práticas de fabricação e controle”, acrescenta o texto. Segundo a Anvisa, as informações servirão para avaliar a equivalência da vacina produzida na Índia quanto à resposta da imunogenicidade. O termo diz respeito à habilidade de a vacina ativar resposta ou reação imune contra o coronavírus, tais como o desenvolvimento de anticorpos específicos, respostas de células T, reações alérgicas ou anafiláticas. “Ou seja, é necessário entender se o produto do fabricante indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que teve os dados clínicos aprovados”, reforça a Anvisa. A agência diz ainda que não fará nenhum retrabalho durante sua análise e que já tem trabalhado para aproveitar a análise de agências de referência e focar em questões que são específicas para o Brasil. “A Anvisa e a Fiocruz seguem em comunicação para otimizar as avaliações e a entrega dos documentos necessários par avaliação e decisão da agência”, informa a Anvisa. Da Agência BRasil

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Fiocruz pesquisa uso das práticas integrativas na pandemia

Qual o impacto da pandemia de Covid-19 e do isolamento social provocado por ela na rotina do brasileiro? Há pessoas que recorreram à homeopatia, meditação, yoga ou a outra prática integrativa e complementar em saúde para aliviar o estresse ou fortalecer o cuidado com o corpo? Para esclarecer esse cenário está em curso a pesquisa nacional Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19 (PICCovid). O estudo, considerado o mais amplo já desenvolvido no País sobre a temática, é uma iniciativa do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS/Fiocruz) e a Faculdade de Medicina de Petrópolis, ligada ao Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (Unifase). Aplicada de forma on-line em todo território brasileiro, a pesquisa PICCovid pretende avaliar o uso das práticas integrativas (PICS) nos últimos meses, desde que o novo coronavírus começou a ser transmitido no país. O questionário pode ser acessado por computador, tablet ou celular, a partir do link http://bit.ly/PICCovid. Iniciada na última semana de agosto, a escuta já alcançou mais de 11 mil pessoas nas cinco regiões. No Brasil, são 29 PICS reconhecidas pelo Ministério da Saúde, aplicadas principalmente na Atenção Primária, nas unidades municipais. Recursos preventivos e terapêuticos, acupuntura, meditação, yoga, homeopatia, musicoterapia, plantas medicinais, reiki, entre outras, auxiliam, no SUS, na promoção da saúde, associadas a tratamentos convencionais.   O uso das terapias integrativas e complementares é orientado, na rede pública de saúde, geralmente para situações de estresse, para restabelecer o bem-estar físico e emocional, sem substituição aos protocolos definidos pela comunidade cientifica para tratamento da Covid-19. “Queremos identificar como tem sido o uso dessas terapias diante de sintomas da Covid-19, ou se a utilização está associada ao tratamento de doença crônica, ou como forma de autocuidado. As PICS têm ótimos resultados na saúde mental, para sintomas como ansiedade, insônia e estresse intenso, bastante comuns durante o isolamento”, descreve Cristiano Siqueira Boccolini, pesquisador em saúde pública do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict), coordenador da pesquisa. Para a pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Islândia Carvalho, coordenadora executiva do ObservaPICS, o estudo vai esclarecer diferentes questões: “As respostas vão esclarecer como as pessoas adotam as práticas, se fazem sob alguma orientação. Os resultados devem auxiliar na implantação de políticas públicas”. Além de Cristiano Boccolini e de Islândia Carvalho, participam do estudo as pesquisadoras Patrícia Boccolini, professora da Unifase, e Cristina Rabelais, também do Icict/Fiocruz. “Os resultados da investigação devem fortalecer, com novas informações, a rede de pesquisa multidisciplinar para estudo e uso das PICS, trazendo à luz evidências sobre padrões de utilização das práticas”, observa Patrícia Boccolini. Mais informações: Questionário on-line da PICCovid: http://bit.ly/PICCovid https://www.icict.fiocruz.br/content/covid-19-pesquisa-quer-saber-como-brasileiros-lidam-com-isolamento-social  

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Pernambucano é quem mais consome refrigerantes e ultraprocessados no NE

Os pernambucanos são os maiores consumidores de refrigerantes e alimentos ultraprocessados do Nordeste e mantém uma rotina de  atividades físicas no lazer abaixo da média nacional. Entre as doenças crônicas não-transmissíveis que atingem os habitantes do estado, a mais comum é a hipertensão. Essas são algumas das informações que constam no quarto volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019: Percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal. O levantamento foi realizado pelo IBGE, em convênio com o Ministério da Saúde, entre 26 de agosto de 2019 e 13 de março de 2020. Em 2019, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Pernambuco tinha 4 milhões e 191 mil pessoas com 18 anos ou mais de idade e 59% avaliaram a própria saúde como boa ou muito boa, proporção abaixo da média nacional, que foi de 66,1%. Este também foi o oitavo percentual mais baixo do País, mas, ainda assim, o estado está acima da Região Nordeste, com 56,7%. Entre os homens, 65,2% classificaram sua saúde como boa ou muito boa, contra 54,1% das mulheres. Além disso, pouco menos da metade (45,8%) das pessoas sem instrução e com o fundamental incompleto avaliaram sua saúde dessa forma, frente a 75,2% dos pernambucanos com ensino superior completo. Das pessoas autodeclaradas negras, 51,9% alegaram ter boas condições de saúde, contra 62,8% dos brancos e 58,3% dos pardos. Já no Recife, o percentual de pessoas que julgam sua própria saúde como boa ou muito boa foi maior do que a média estadual, chegando a 62,8%. No entanto, este é o quarto pior resultado do Brasil entre as capitais, em empate com Teresina e à frente apenas de São Luís, Maceió e Macapá. A média das capitais foi de 71,1%. Em Pernambuco, 9,8% das pessoas consumiam ao menos 25 porções de frutas e hortaliças, incluindo sucos, por semana, taxa acima da média nordestina (9%), mas abaixo da média nacional, de 13%. A frequência de mulheres (11,3%) com esse padrão de consumo, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), era maior que a dos homens (8%). O consumo de frutas aumenta com a idade e com o grau de escolaridade. Enquanto entre as pessoas de 18 a 24 anos de idade 7,7% tinham o consumo recomendado, para as pessoas de 60 anos ou mais de idade, o percentual foi de 13,3%. O maior percentual registrado foi entre as pessoas com ensino superior completo (17,9%), contra 7,7% das pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto. O feijão, por outro lado, é mais popular entre os pernambucanos: 72,9% o consomem regularmente, ou seja, cinco ou mais dias por semana. Entre os homens, o percentual era ainda maior: 79,4%, contra 67,6% entre as mulheres. No Recife, a proporção é inferior: 56,7%. Quanto ao consumo de peixes, 58,2% de pernambucanos o fazem ao menos uma vez por semana. Pernambuco é o estado do Nordeste onde há maior consumo de refrigerantes: 7,3% da população tomavam a bebida cinco ou mais vezes por semana, contra 5,2% da média regional. No Brasil, o índice é ainda mais alto: 9,2%. Já os sucos de caixinha, em lata ou em pó são utilizados por 6,8% da população, mesma média da região. No Nordeste, os pernambucanos são os que mais comem alimentos ultraprocessados. Esse hábito alimentar não recomendado é adotado por 11,9% da população, contra 8,8% da média regional. O percentual sobre entre os jovens de 18 a 24 anos é de 23%. Além disso, 10,7% dos habitantes de PE relataram consumo excessivo de sal. Outro hábito de alimentação pesquisado pela PNS e considerado não saudável é o consumo regular de alimentos doces, como bolos, tortas, chocolates, gelatinas, balas, biscoitos ou bolachas recheadas em cinco dias ou mais na semana. No estado, 13,9% dos habitantes se enquadravam nessa situação, acima da média nordestina (11,8%), mas abaixo do Brasil (14,8%). Quanto mais jovem a faixa de idade, maior a compra de guloseimas: 24,5% dos pernambucanos de 18 a 24 anos comiam frequentemente ao menos um desses produtos, contra 9,6% dos idosos. O Recife, por sua vez, é a terceira capital brasileira com os maiores índices (18,8%), atrás apenas de Porto Alegre e São Paulo.   Pernambuco é um dos estados cujos habitantes praticam menos atividade física no lazer A prática do nível recomendado de atividade física no lazer foi informada por 27,5% dos adultos pernambucanos, sendo 31,1% dos homens e 24,5% das mulheres. É o segundo pior índice do Nordeste e o sexto mais baixo do país. Esse indicador tende a crescer com o nível de instrução e a diminuir para as idades mais elevadas. Já a proporção de pessoas insuficientemente ativas, que não praticaram atividade física ou se exercitaram por menos de 150 minutos por semana, chegou a quase metade da população (46,3%) e foi a quarta maior média do país. Indivíduos fisicamente ativos no trabalho são aqueles que andam a pé, fazem faxina pesada, carregam peso ou fazem esforço físico intenso, durante 150 minutos ou mais na semana. No estado, 38,2% dos adultos estavam nessa condição, sexta menor porcentagem do Brasil. Por outro lado, Pernambuco fica em 8º lugar no país quando se considera a atividade física no deslocamento para atividades habituais, como trabalho, escola ou curso. Segundo a pesquisa, 31,8% dos habitantes do estado chegam até esses lugares de bicicleta ou caminhando, por pelo menos 30 minutos diários. O percentual é praticamente o mesmo entre homens e mulheres. Quando se trata da realização específica de esforço físico nas atividades domésticas, 15,1% dos pernambucanos são fisicamente ativos, a nona maior proporção do país, mas a porcentagem muda de acordo com o gênero, com maior predominância de mulheres (19,7%) do que homens (9,3%). 19,1% dos pernambucanos ingerem bebidas alcóolicas ao menos uma vez por semana Na população pernambucana com 18 anos ou mais de idade, 22,2% costumam consumir bebida alcóolica ao menos uma vez por mês e 19,1%, no mínimo uma vez por semana, abaixo da média nacional, de 26,4%. No Recife, esses percentuais crescem para 34,2% e 28,5%, respectivamente.

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Pernambuco registra 10 óbitos por Covid-19

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (11/11), 860 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 22 (2,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 838 (97,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 168.093 casos confirmados da doença, sendo 27.430 graves e 140.663 leves. Também foram confirmados 10 novos óbitos, registrados entre os dias 07/09 e 09/11. Com isso, o Estado totaliza 8.773 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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Pernambuco registrou 807 novos casos de Covid-19 e 12 óbitos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (28/10), 807 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 26 (3%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 781 (97%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 161.161 casos confirmados da doença, sendo 26.964 graves e 134.197 leves. Também foram confirmados 12 novos óbitos, ocorridos desde o dia 28 de maio. Do total de mortes do informe de hoje, três ocorreram nos últimos três dias, sendo uma em 27/10 e duas em 26/10. Os outros nove registros ocorreram entre os dias 28/05 e 24/10. Com isso, o Estado totaliza 8.587 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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Sistema monitora presença do novo coronavírus no ar

Tecnologia desenvolvida por meio de uma colaboração entre a startup Omni-electronica e o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) permite capturar amostras do novo coronavírus no ar e, assim, monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas. Os pesquisadores acreditam que o sistema poderá ser útil na retomada das atividades econômicas. A empresa é apoiada pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) da FAPESP. Com o auxílio, a Omni-electronica – fundada por egressos da Escola Politécnica (Poli-USP) – já havia desenvolvido o sistema SPIRI, que integra diferentes sensores para monitorar a qualidade do ar em ambientes fechados. Agora, consegue detectar também o SARS-COV-2 (leia mais em: pesquisaparainovacao.fapesp.br/857). “Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial de Saúde [OMS]”, diz Arthur Aikawa, CEO da Omni-electronica e coordenador do estudo. A empresa oferece o SPIRI, serviço de monitoramento da qualidade do ar, por meio de uma assinatura. Um aparelho instalado no local com vários sensores integrados envia as informações para a central, que gera laudos on-line em tempo real. Os técnicos, então, podem instruir o cliente sobre a melhor forma de aumentar a circulação do ar quando ela não está adequada. Durante dois meses, o grupo de pesquisadores fez diferentes amostragens do ar no Hospital das Clínicas, com duas, seis e oito horas. A equipe utilizou, acoplado ao sistema SPIRI, um coletor que tinha, entre outros componentes, uma membrana filtrante de politetrafluoretileno (PTFE), capaz de reter unidades do vírus. A membrana era então enviada a um laboratório parceiro, que realizava os testes de PCR (que identifica o RNA viral) em tempo real, o mesmo feito em amostras coletadas da cavidade nasofaríngea de pacientes suspeitos de terem sido infectados. Mesmo em ambientes com alta incidência de bioaerossóis, como aqueles em que são realizadas traqueostomia e intubação, os pesquisadores só conseguiram capturar o vírus em amostragens acima de oito horas. A equipe contou ainda com os pesquisadores do Instituto Central do HC-FM-USP Alessandro Wasum Mariani, Renato Astorino Filho e Paulo Henrique Peitl Gregório. “O complexo do HC é antigo, com janelas em todos os ambientes. Mesmo sendo um local com alta incidência do vírus, a ventilação adequada faz com que ele não fique tanto tempo no ar”, diz Aikawa, que tem como sócios na empresa Matheus Manini e John Esquiagola, que também colaboraram na pesquisa. A empresa é residente na Incubadora USP/Ipen-Cietec. Indicadores de risco Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico. Além disso, a empresa desenvolveu um protocolo ainda mais completo de monitoramento da qualidade do ar. Apenas com o SPIRI, já era possível medir em tempo real a concentração de CO2, material particulado, temperatura e umidade. Esse protocolo inicial, por si só, já pode garantir a circulação adequada do ar e evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente. Agora, também é possível fazer testes regulares para detectar se houve circulação do novo coronavírus. “Os testes do SARS-COV-2 nesse protocolo são possíveis, mas difíceis de fazer em larga escala por questões de tempo e custo. São cinco dias apenas para o laboratório dar o resultado. O SPIRI sozinho, porém, é um indicador em tempo real para saber se estão sendo tomadas as precauções necessárias para que o ambiente fique menos propício para transmissão de vírus”, diz o empreendedor. Aikawa acredita que a integração do SPIRI ao monitoramento do vírus no ar de locais estratégicos, como estações de trem e metrô, pode contribuir para um retorno mais seguro às atividades econômicas. Baseados nos testes no HC, os pesquisadores criaram indicadores capazes de apontar diferentes graus de risco de contaminação de acordo com o que for detectado. Para mais informações sobre a empresa, acesse: https://en.omni-electronica.com.br/. André Julião | Agência FAPESP

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