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Gabriela Pimentel foto Juliano da Hora

Últimos dias para se inscrever para bolsa gratuita do AGORALAB

O AGORALAB, laboratório de formação em produção musical e cultural, une teoria e prática com profissionais experientes para aqueles que desejam se aperfeiçoar em áreas como produção musical, finanças, marketing, criação de portfólio, acessibilidade, editais e prestações de contas. As inscrições estão abertas até o dia 15 de Janeiro e são inteiramente gratuitas graças ao incentivo da Funcultura — Fundarpe, Secretaria de Cultura, Governo do Estado de Pernambuco. A primeira turma será divulgada no dia 20 e as aulas começarão no dia 23, nas terças, quintas e sábados, das 9h às 17h, na rua Pombos, 20, Ouro Preto. As disciplinas serão oferecidas em módulos e quem acompanhou a disciplina anterior, sem faltas injustificadas, terá prioridade para participar do módulo seguinte. É uma oportunidade de aprender com facilitadores como: os produtores culturais Gabriela Pimentel, Felipe Francinha e Jorge Féo, a empreendedora cultural Sandra Silva, a mestre em Educação Inclusiva Andreza Nóbrega, a contadora Anna Érica Freitas e o jornalista e fotógrafo Juliano da Hora. O grupo espera atender músicos, produtores, orquestras, grupos de Frevo, Maracatu Nação e Rural, Ciranda, Reisado, Cavalo Marinho, grupos carnavalescos e demais interessados em aprender e atuar na Produção Musical e Cultural. “Estamos oferecendo uma oportunidade de desenvolver projetos na área ao lado de pessoas experientes, que já aprovaram projetos em editais e celebram a cultura local. É uma chance não só de estudar, mas de fazer na prática e trocar de experiências na área da música“, ressalta uma das idealizadoras, Gabriela Pimentel. Para se inscrever é preciso acessar o formulário disponível em http://bit.ly/formagoralab. Quem desejar acompanhar o projeto, pode ficar atento às redes sociais dos facilitadores. 

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2ª Edição da Rota do Café chega a Petrolina para agitar a cena gastronômica

Petrolina se prepara para receber, a partir de 18 de janeiro, a segunda edição do evento que promete explorar novidades no universo do café. A Rota do Café, realizado em parceria entre a Artfully e o Sebrae Pernambuco, traz a participação de 16 cafeterias locais. Até 08 de fevereiro, cada estabelecimento oferecerá um menu especial por um preço fixo de R$ 29,90. O menu inclui uma bebida à base de café, acompanhada de um doce ou salgado especialmente desenvolvido para o festival. Para degustar essas delícias, basta visitar o estabelecimento participante durante o período do festival e escolher a opção oferecida pela casa. A escolha de Petrolina para sediar o evento visa impulsionar um setor em crescimento na região: as cafeterias e confeitarias. Segundo Bernardo Lima, diretor da Artfully, "a relação intrínseca do nosso país com o café vai além da agricultura e economia. Ele influencia nossa cultura, história e hábitos no cotidiano por muitos anos… nada melhor do que incentivar uma rota de valorização dessa que é uma das expressões mais autênticas do nosso Brasil." Charlys Bezerra, gestor do Sebrae, destaca a importância do festival para o município, fortalecendo o crescimento dos empreendimentos do setor e impulsionando o turismo de entretenimento na região do sertão do São Francisco, criando um novo atrativo para Petrolina e fomentando o desenvolvimento econômico local. O festival inclui uma dinâmica de gamificação com passaporte, onde os primeiros a completarem o circuito de visitas ganham cestas com produtos desenvolvidos pelas cafeterias participantes. Além disso, está prevista uma agenda agitada de eventos nos estabelecimentos participantes, incluindo intervenções artísticas e oficinas relacionadas ao tema. Empresas participantes da Rota do Café em Petrolina incluem Café de Bule, Café e Açúcar Confeitaria, Café Onde Quiser, Cafeto, Cheirin Bão, Empório Barracão, Estoril, La Marie, Magrella Bolos, Mais1 Café – Catavento, Many Confeitaria Saudável, Oxe Vinhos, Reduto Coffice, The Lopes Coffee, Valle Café e Villa’s Café & Bistrô. Fique por Dentro:

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A arte e as impressões de mundo nas telas Hava Ramalho

*Por Rafael Dantas | Fotos: Alexsandro Leite (especial para a Algomais) Os temas e as referências nas telas parecem a expressão de um artista mais velho, mas sua autora tem apenas 17 anos. Um pouco de histórica, umas pinceladas de filosofia e os traços que nascem da inspiração da Hava Ramalho vão formando um acervo de pinturas que ainda está restrito à família, mas que ela deseja expor ao mundo. Autista, a jovem pintora se interessa pela arte desde a infância, mas há dois anos se dedica regularmente às aulas e a experiência de levar para o pincel as imagens que nascem nos seus sonhos, reflexões e incômodos, especialmente sobre questões sociais. Hava Ramalho é filha do artista plástico Marram Med (que integrava a Sociedade Pernambucana de Artistas Plásticos), que faleceu há 13 anos, quando ela era criança. Nascida no Recife, mas tendo passado a infância no município de Tracunhaém, ela se mudou com a mãe, a assistente social Nane Medeiros, há 4 anos para Camaragibe e, em seguida, de volta para a capital pernambucana. No entanto, as manifestações culturais que conheceu quando era pequena estão entre os maiores destaques da sua obra. As telas preferidas dela envolvem os caboclinhos de lança. As suas inspirações, entretanto, atravessam em muito os limites das referências que aprendeu na zona da mata pernambucana. A jovem artista plástica acaba de concluir o ensino médio na Escola Técnica Estadual Professor Alfredo Freyre, localizada no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. Durante esse período, teve a oportunidade de realizar, em paralelo ao ensino médio, o curso técnico em artes visuais. Além de sua dedicação à pintura, ela é uma leitora voraz, explorando desde a literatura brasileira e as histórias de Machado de Assis até a filosofia de pensadores como o alemão Friedrich Nietzsche, o romeno Emil Cioran e o russo Fiódor Dostoiévski. Entre os autores pernambucanos, destaca-se o clássico 'Sobrados & Mucambos', do sociólogo Gilberto Freyre, que serviu de inspiração para uma de suas pinturas. Como uma apaixonada pela arte, ela também tem um repertório extenso para uma adolescente, estudante da rede pública de ensino e que nem foi para tantas exposições. Entre os artistas plásticos que mais a inspiram estão o surrealismo do espanhol Salvador Dali, do português Cruzeiro Seixas, do pernambucano Cícero Dias, além também as obras do seu pai. Embora suas pinturas passeiem entre diferentes estilos, ela gosta de dizer que sua arte é "super naturalismo", que bebe nas fontes do surrealismo e do impressionismo. "Eu misturo um pouco do surrealismo e do impressionismo. O professor já diz que eu misturo. Tenho esse conceito que sou super naturalista. Não gosto de me conectar muito a uma ou a outra", conta Hava. Entre os traços do surrealismo, ela diz que tem a prática de pintar sonhos. "Sou meio que surrealista, ao acordar tento pegar meus sonhos e transformar em obras. Algum conceito do meu sonho. Salvador Dalí fazia isso, anotava sonhos e transformava em alguma coisa. Vou colocando também a consciência na folha. Penso em uma coisa e vou conectando com outras". A temática da desigualdade social está expressa de forma direta ou indireta em vários de suas pinturas. A diferença social, a necessidade de nascimento de um novo Brasil e as expressões de dor e de sofrimento estão colocados nas telas. Das imagens da cultura e paisagens locais estão os caboclinhos da zona da mata, estão as periferias da Região Metropolitana do Recife, algumas figurações que parecem os bonecos de barro - típicos de Caruaru e de Tracunhaém. Em uma de suas obras, uma bandeira do Brasil se forma a partir da gema de dois ovos que foram quebrados. Hava faz mistério ao contar o que cada inspiração significava, mas nesse quadro ela conta: "É uma pessoa quebrando o ovo e saindo a bandeira do Brasil, porque eu sinto que o Brasil precisa renascer de novo". O Palácio do Planalto, com uma multidão de pessoas, tendo o sinal da diferença marcando o prédio desenhado por Oscar Niemeyer, é outra obra que não passa despercebida e que traz um diálogo muito forte com as questões sociais do País. Para conhecer mais da trajetória da jovem pintora, é possível segui-la no seu perfil do Instagram, onde expõe suas pinturas mais recentes (@havaramalho). Hava acabou de encerrar o ensino médio, tem sonho de vender suas obras e segue sua caminhada de formação artística, pintando e refletindo. Tem potência de expor uma arte que vai além do que é belo, mas da que provoca, incomoda e abre a possibilidade de diferentes interpretações. Como a maioria dos artistas, ela não gosta de explicar o que pintou. Ela deixa essa missão aos olhos que contemplam suas telas. *Rafael Dantas é jornalista e repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Olhar poderoso sobre cotidiano e as coisas da vida

Por Ney Anderson No verso do cartão do pedágio estão fotos de pessoas desaparecidas. Em outro momento, os horrores presentes em uma exposição e a pureza do coração selvagem nas pinturas inclassificáveis de Clarice Lispector. Há também as espetaculosas exposições sem obras, ditas imersivas, com o uso da tecnologia audiovisual. Ainda a estátua da famosa poeta com as mãos arrancadas, vandalizada não apenas através da figura inanimada, mas na memória depredada e desrespeitada.   O filho que chega com hora marcada para ir embora. Uma mãe que tudo sabe. As coisas que nos deixam sem palavras e, consequentemente, a importância do silêncio. Sombras que são esconderijos. Cães chorosos nas férias dos donos ao serem enviados para hotéis pet e as consequências dos desastres ambientais, misturadas com histórias de crianças que perdem a infância e a sebedoria dos mais velhos. As coisas não ditas de uma senhora leitora na intimidade deixada nos rabiscos dos seus livros da pequena biblioteca particular. Tudo isso e mais um pouco faz parte das histórias presentes no livro de crônicas “Turno da Madrugada”, da autora Mariana Ianelli, publicado pela editora Ardotempo. Na antologia composta por 130 crônicas, publicadas entre 2010 e 2022 em livros, jornais e sites, a autora cria mundos a partir de imagens que lhes surgem constantemente. Como as pessoas que desapareceram por vontade própria, em busca de novas histórias. A cronista reflete sobre os lugares distantes, e seus respectivos nomes diferentes, que apenas chegam para pessoas ao redor do mundo por conta das suas íntimas tragédias.   Como boa cronista atenta, Mariana observa os mínimos detalhes e retira daí o extrato fino para os seus textos. Mesmo nas mais tristes das histórias, como as dos condenados à morte em algum país, há um trato refinado. A cronista joga o leitor para dentro da cena, sendo impossível não sair marcado de alguma maneira. Mariana tenta descrever, por exemplo, o que é o silêncio, o verdadeiro silêncio. E descobre ser o lugar onde se habita. O poeta Rilke, retratado por ela, um sedutor celestial. A poesia como espelho para ver o mundo, além dos livros. E pessoas anônimas de feitos interessantes, reveladas em lápides cheias de nomes e histórias no cemitério. Alguns textos do “Turno da madrugada”, por vezes, se assemelham aos contos, por conta da estrutura quase ficcional, recheada por detalhes. A observação de Matilde, a fiel funcionária da avó, com as suas vidas secretas. A morte dessa mesma avó em um outubro azul, dia de Nossa Senhora Aparecida, está presente na obra. Crônicas sobre filmes diversos, o impacto que uma triste fotorreportagem causa no mundo, alçando o seu autor ao céu dos prêmios e ao inferno do remorso. Vários textos são nada mesmo do que incríveis.  Sobre crônica sobre as muitas vidas dos livros e a estranha e perfeita combinação dos exemplares dispostos em uma biblioteca. Onde Saramago e Lobo Antunes podem viver pacificamente, lado a lado, nas prateleiras. Da mesma forma que Garcia Márquez e Vargas Llosa. Entre tantos outros exemplos, tendo os gatos, seres quase mágicos, a caminhar sob todos eles. A partir de cenas aparamente simples, como o menino que deixa escapar o seu balão, a autora entra por mundo novos. Crônicas sobre a finitude e o que fazer da vida, com os finados nunca findando de verdade, permanecendo presos à terra.  Ianelli desfila textos sobre temas atuais, como o jovem escritor que prega em seu recente livro as vinte razões para parar de ler. Aliás, muitos são os poetas e santos que rondam “Turno da madrugada”, relevando a suas intimidades em cartas e mais cartas, com lições e ensinamentos. Dor de ternura das pequenas grandes coisas da vida. Amigos de um só dia, provérbios de tempos passados que chegaram aos dias de hoje, alguma tentativa de explicação para coisas absurdas e a viva respiração de um êxtase são costurados por Mariana com linhas invisíveis. O acontecido e o imaginado misturados ao olhar poético da autora, a epopeia de uma concordância, que vai passando, passando, sem ninguém perceber. São textos que conversam com o leitor e chamam para dançar perguntando como está a paz de quem os lê. A memória de um livro esquecido na estante. O falso cotidiano da madrugada em vidas sonâmbulas e o que vibra dentro de cada um. Os cantos de pássaros noturnos, o ato sexual à luz do dia, que na visão da cronista ganha ares de poesia e de ficção. Mariana Ianelli se pergunta em determinado momento: o que se pode salvar de um mundo em chamas? A forma premonitória que os escritores escrevem é pensado pela autora. A misteriosa telepatia e a eterna sucessão de eternidade. Enquanto olha pela janela a cronista imagina e vislumbra os temas. Ela evoca tempo, dias, anos. São pequenas memórias de uma cidade, da vida. O olhar do homem que sonha o sonho do pintor da obra. Crônicas que falam sobre a suposta paz de espírito, a relação conturbada entre pais e filhos escritores clássicos. Muitos são os autores lembrados nas crônicas de Mariana. Se percebe um trato diferente com a palavra, no modo da autora juntar as sentenças, numa mistura orgânica de sentimentos e sensações. A liberdade de escrever sobre qualquer coisa. É justamente isso que ela busca nas realidades que a rodeiam. A margem do mistério, a sutileza e o arrepio, todas fontes de uma mesma existência. A autora é essa artista que vê serventia onde os outros só veem descarte. A cronista ressalta: a crônica pode estar doente de realidade. No entanto, é essa mesma realidade a matéria-prima do seu trabalho a sutileza presente na beleza entranhada no mistério de um rosto, o olhar frio e duro para a pandemia que tanta gente matou, transformando em reflexão de como se extingue um dia. Neste livro, Mariana Ianelli escreve a partir do trivial, mas que nas mãos dela se transformam em outra coisa. A autora provoca com esses textos o prazer de ler, seja em qual turno for. Mas, sobretudo, naquele estado de mansidão, de

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Literatura infantil no mundo do cordel

*Por Paulo Caldas No amplo espectro da literatura de cordel, onde se veem louvações, bravatas heróicas, sagas concebidas pelo mundo do fantástico, estão inseridas também as aventuras, tema de considerável aceitação no âmbito do público infantojuvenil. Seguindo essa trilha, fazendo manejo da arte e do seu reconhecido talento, a cordelista e contadora de histórias paraibana radicada no Recife, Érica Montenegro de Mélo, lançou na recente Feira Internacional do Livro de Paraty (FLIP) "Corrida maluca", com ilustrações da artista gráfica e narradora de histórias, a pernambucana Adélia Oliveira. No conteúdo, escrito em sextilhas (estrofes de seis versos), os personagens são bichos humanizados, em acirrada disputa de uma corrida onde a imaginação circula por ações de traição, trapaça, trapalhadas, entre elefante, tamanduá, lebre, onça, tigre, diante de uma platéia vibrante e aguerrida. A publicação, em policromia, traz o selo da Casulo Editora, possui a consultoria literária de Ana Leme e Carol Braga. Os exemplares podem ser adquiridos no site da editora. *Paulo Caldas é Escritor

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Leci Brandão faz temporada no Recife

Conhecida pela carreira que sempre aliou música e política, Leci Brandão fez jus à fama de voz das causas sociais no show de estreia na CAIXA Cultural Recife. Na noite desta quarta-feira (13), trouxe um repertório com sucessos icônicos, como Zé do Caroço, Revolta Olodum e Identidade (de Jorge Aragão), e até canções menos conhecidas do grande público, a exemplo de Pátria Mata, dos amazonenses Tony Medeiros e Inaldo Medeiros. Leci também cantou Anjos da Guarda, de sua autoria, em que homenageia os professores, e de maneira sempre contundente e harmônica, deu declarações contra o Marco Temporal das Terras Indígenas, casos de feminicídio e ataques à população LGBTQIA + e aos povos quilombolas. Sempre dentro de contextos musicais, a cantora ainda lembrou de desejar boa sorte a estudantes prestes a fazer vestibular e a quem está procurando emprego. E foi bastante ovacionada pelo público em todas as manifestações. A mini temporada no Recife segue até este sábado (16).

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DANCA CAIXA

Espetáculo de Dança "Manifesto Elekô" na Caixa Cultural Recife

A CAIXA Cultural Recife traz, de 18 a 20 de dezembro, às 20h, o espetáculo de dança "Manifesto Elekô", que entrelaça saberes e movimentos ancestrais às dinâmicas contemporâneas. Inspirado no mito da orixá Obá, o trabalho explora a força do feminino e estabelece diálogos com as experiências das mulheres negras na atualidade. Os ingressos gratuitos estão disponíveis no Sympla, com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal. A Cia de Dança Clanm concebeu esse espetáculo, unindo a dança tradicional dos orixás ao contexto contemporâneo. Obá, considerada a Deusa do Ébano, líder de Elekô, uma sociedade de mulheres guerreiras, destemidas e feiticeiras, é o ponto de partida para a reflexão sobre a preservação das tradições e da terra. Durante 1 hora, o Manifesto Elekô proporciona um encontro afro-diaspórico, destacando as bailarinas Ana Gregório, Ana Pérola, Eloáh Vicente, Enya Moreira, Laíza Bastos, Sabrina Sant’Ana e Thayssa Souza, acompanhadas por seis músicos. A performance é embalada por cantigas yorubás e bantus, ao som de instrumentos como percussão, teclado, violino e violoncelo.

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Orquestra Sinfônica do Recife apresenta a Sinfonia n.º 9 de Beethoven

A parceria entre a Orquestra Sinfônica do Recife, o Conservatório Pernambucano de Música e o Consulado Geral da Alemanha no Recife, com o apoio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) e da Biblioteca Pública do Estado, culmina no penúltimo evento do ano: a apresentação da Sinfonia n.º 9 em ré menor, Op. 125, do renomado compositor Ludwig Van Beethoven. Sob a regência do Maestro Lanfranco Marcelletti Jr., a Orquestra Sinfônica do Recife se une a quatro solistas - Lina Mendes, Lara Cavalcanti, Enrique Bravo e Sávio Sperandio - e ao Grande Coro do Conservatório Pernambucano de Música. Juntos, eles trarão à vida os quatro movimentos desta sinfonia magistral do compositor alemão. Os apreciadores da música clássica têm a oportunidade de testemunhar essa experiência única nos dias 13 e 14 de dezembro, às 20h, no Teatro de Santa Isabel, no Recife, e no dia 15 de dezembro, às 19h, na Praça do Arsenal da Marinha, também na capital pernambucana. Uma ocasião para celebrar a grandiosidade da obra de Beethoven. A entrada é gratuita, proporcionando a todos a chance de mergulhar na beleza e emoção dessa sinfonia atemporal.

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Cantata natalina se apresenta hoje no Pátio do Livramento

Hoje, às 15h, no Centro do Recife, o coral Canto no Ponto proporcionará uma cantata natalina para criar uma atmosfera festiva e atrair o público. O evento acontecerá em um estande no Pátio do Livramento, no Bairro de São José. Sob a regência do Maestro Jadson Oliveira, o conjunto vocal promete encantar os presentes. A apresentação, aberta ao público, é parte da iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife) e seus parceiros, como parte da campanha Natal Premiado, lançada na semana passada. A campanha tem como objetivo impulsionar as vendas no varejo durante o período festivo e premiar consumidores e vendedores.

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Casa-Grande & Senzala: “Vai ser sempre um livro bastante quente no sentido do debate”

*Por Rafael Dantas O sociólogo, que dá nome ao Aeroporto Internacional do Recife e recebeu condecorações em várias partes do mundo, era um avô amoroso e que gostava de passear com os netos no jardim ao redor de sua casa. Gilberto Freyre Neto, o filho mais velho de Fernando Freyre (segundo filho do escritor), só veio a perceber todo o mito em torno das obras do avô anos depois de sua partida. “Quando Gilberto faleceu, eu iria completar 14 anos de idade, então, era muito jovem. Eu nunca conheci o escritor Gilberto Freyre em vida, a minha relação era a de avô e neto. Conheci bastante o avô Gilberto Freyre, muito carinhoso, atencioso, muito divertido, sempre tinha tempo para a gente, apesar de estar sempre escrevendo, sempre produzindo, sempre trabalhando, mas quando os netos chegavam na casa grande, isso se transformava num ambiente recreativo para ele e pra gente”, conta Gilberto Freyre Neto. O convívio mais próximo, das memórias dos passeios pelo sítio onde está a Casa-Museu foi até aproximadamente aos 12 anos. Depois, a saúde do sociólogo, já coms 85 anos, não permitia tantos momentos juntos. Gilberto Freyre Neto conta que o avô pintava com as gerações mais jovens da família. De forma lúdica, aqueles desenhos refletiam trechos marcantes da sua obra. “Imagine que pintar com o neto era uma grande aventura. Ele ia explicando, isso não era apenas um ato isolado. Quando o Gilberto ia pintar alguma coisa, brincava, dizia antes o que ia pintar. A gente rabiscava até ficar do jeito que ele gostava. Ele contava histórias, fazia pintura e passeava com a gente no sítio, que tem uma mata verde que protege aquela casa grande”. Toda a vegetação no entorno da casa é ao mesmo tempo uma proteção e um grande laboratório de Gilberto sobre a miscigenação no campo cultural. Ele monta aquele jardim com árvores que vêm de mudas de diferentes partes do mundo. O conhecimento do legado deixado pelo avô ao pensamento sociológico brasileiro veio anos depois. “Eu só vou descobrir Gilberto Freyre escritor um pouco mais velho. Eu já tinha acesso à Casa-Grande & Senzala em Quadrinhos. Mas era uma leitura gratificante e divertida como era a Turma da Mônica ou Mickey Mouse para uma criança de 8, 10 anos. Mas com o passar do tempo, obviamente, pela convivência com meu pai e com a já existência da Fundação Gilberto Freyre, com a universidade abrindo os horizontes para o novo aluno, a gente vai ter acesso a uma quantidade enorme de informações, de pesquisas e vai mergulhando nos temas e vai visualizando Casa-Grande & Senzala e tantos outros livros.” Além do clássico mais conhecido, estão na lista dos prediletos de Gilberto Freyre Neto as obras Assombrações do Recife Velho, Açúcar, os Guias Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife e da cidade de Olinda, além do seu favorito Sobrados e Mucambos. “Foi em cima da obra de Gilberto que eu naveguei pelo acesso e até pela responsabilidade que tive quando me tornei superintendente-geral da Fundação Gilberto Freyre durante muito tempo. Fazia parte do desafio conhecer mais a obra, até para apoiar a sua preservação. Sem dúvida, um dos maiores legados que o brasileiro pode deixar ao seu País, é uma análise, uma referência para as próximas gerações. O olhar de Gilberto sobre o Brasil sempre foi muito positivo e agora a gente precisa pagar o preço dessa análise e transformar no futuro aquilo que Gilberto pensou no passado”. Sobre Casa-Grande & Senzala, Gilberto Freyre Neto considera ser uma obra que não foi construída dentro de uma biblioteca, mas de todas as lições e fontes que o escritor bebeu em suas andanças pelo mundo. Apesar de ter escrito o livro aos 33 anos, o neto lembra que o avô já era um autor com vasta experiência pelos artigos que escrevia para o Diario de Pernambuco desde os 15 anos de idade. É dessa habilidade e do olhar apurado que ele construiu a obra que provoca debates 90 anos depois. “Vai ser sempre um livro bastante quente no sentido do debate, porque ele tem esses componentes de trazer a riqueza que é a sociedade brasileira, que começa dentro dessa tríade do branco, do preto, do índio — ou do europeu ibérico, do africano da Costa Ocidental Subsaariana e do ameríndio brasileiro. Um mix que justifica uma série de comportamentos dessa sociedade que temos hoje. Eu acho que esse é o desafio de Casa-Grande & Senzala: fazer com que as pessoas reflitam sobre o que elas são hoje a partir de um olhar que foi congelado no tempo há 90 anos. As críticas evoluíram e evoluem cotidianamente e são hoje críticas novas, na sua maioria que explicam, que justificam e que demonstram que a obra não é um livro importante apenas para o Brasil, mas justifica o comportamento do homem em muitas partes do mundo”, avalia Gilberto Freyre Neto. *Rafael Dantas é jornalista e repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com) LEIA TAMBÉM 90 anos de Casa-Grande & Senzala: uma obra ainda atual

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