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Gi Group e Stellantis abrem 370 vagas para Jovem Aprendiz em Pernambuco

A Gi Group Holding, multinacional italiana, em parceria com a Stellantis, o quarto maior grupo automotivo global formado pelas marcas Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroen, anunciou a abertura 1.200 vagas para o Programa Estela Jovem Aprendiz nas áreas de produção e administração. Em Pernambuco, são 370 vagas divididas entre Jaboatão dos Guararapes e Goiana. Os interessados devem residir próximo a localidade da candidatura. A empresa oferece aos colaboradores benefícios como vale transporte e/ou fretado, seguro de vida, alimentação e Gympass (benefício corporativo completo que disponibiliza aos colaboradores das empresas parceiras diferentes opções de bem-estar físico e mental). As vagas serão geridas pela divisão de Temporários & Efetivos da Gi Group Holding, que estará à frente da seleção e contratação de profissionais para reforçar a operação na área de produção. Os interessados devem acessar e concorrer às vagas disponíveis no site http://www.programaestelar.com.br Startupbootcamp chega ao Brasil com a meta de investir em 20 mil startups A Startupbootcamp, terceira maior aceleradora de startups do mundo, chega ao Brasil com o intuito de investir no desenvolvimento de negócios comprometidos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A aceleradora criada em 2010, conta com 1500 startups e scale-ups em seu portfólio, sendo 10 unicórnios. Para sua chegada ao Brasil, a Startupbootcamp - que desenvolve programas nos principais centros de startups do mundo, incluindo Londres, Nova York, Singapura, Berlim e Amsterdã - escolheu a capital pernambucana. O lançamento nacional acontece na próxima sexta-feira (5), às 16h30, no Senac Porto Digital, localizado na rua do Apolo, 235, no Bairro do Recife. Para a ocasião, presença confirmada do Gestor Global da Startupbootcamp, Kauan Von Novack, e de Edgar Andrade, Head da Startupbootcamp no Brasil, que falarão sobre as atividades da aceleradora no País para um público de autoridades locais, nacionais, empresários, investidores e empreendedores. Mais informações sobre o evento em https://www.startupbootcamp.com.br/. Diversidade e inclusão estarão presentes no Festival do Jeans de Toritama O maior evento de moda do Norte/Nordeste está chegando em sua primeira edição presencial pós-pandemia. Nos dias 4, 5 e 6 de maio, Toritama, no Agreste do estado, torna-se vitrine da moda produzida no polo de confecções da região, o segundo maior do país. O Festival do Jeans de Toritama (FJT) 2023 conta com a maior estrutura de suas 21 edições, com a participação de quase 70 marcas, 116 estandes, 36 desfiles e uma área de 4500 m². O FJT também tem espaço para inclusão. Com o apoio da Prefeitura de Toritama, por meio da Secretaria de Assistência Social, foi elaborado um casting de modelos composto por pessoas que são acompanhadas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), usuários dos serviços e programas sociais do município, além de mulheres atendidas pelo Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), fazendo do festival um espaço, também, de diversidade. No evento, a Diretoria da Mulher de Toritama vai aproveitar para lançar a campanha “Assédio não é Moda”, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre as várias formas de violência contra a mulher e como combatê-las. Este ano, os desfiles também serão transmitidos, pelo YouTube, através da conta FJT Digital.. VIVIX e LM Arquitetura assinam projeto instagramável na mostra RioMar Casa 2023 Com o tema “Viva a Experiência”, a 10ª edição da mostra RioMar Casa acontece até o dia 28 de maio, no Piso L3 do shopping, ocupando no total uma área de 2.600 metros quadrados em exposição de projetos, produtos e serviços do setor de arquitetura e design de interiores. A Vivix Vidros Planos convidou as arquitetas Luciana Dias e Mariana Carvalho, do escritório LM Arquitetura, para assinar ambiente instagramável no evento, o “Versões em Verso Vivix”, com um conceito que une arte à autoreflexão. Para compor o conceito do ambiente, o poeta, repentista e compositor, Toinho Mendes, natural de Limoeiro, município do Sertão de Pernambuco, foi convidado para escrever e gravar um poema que a todo momento está sendo recitado através do som ambiente do lounge. A frase “Espelhe sua melhor versão”, estampada em letreiro de LED no ambiente, é um convite da Vivix Vidros Planos aos visitantes para que possam desacelerar, se olhar no espelho por variados ângulos e acessar as suas versões.

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Fracassos (por Bruno Moury Fernandes)

Relatei para alguns amigos, advogados, a ideia de criar um podcast para falarmos de fracassos. Trazer a conhecimento do público – especialmente os jovens advogados, na intenção de ajudá-los a não cometerem os mesmos erros – os reveses que tomamos ao longo da nossa vida profissional. A intenção em relatar episódios malsucedidos ao longo da trajetória de cada um – quem não os possui? – poderia acender um farol para quem está no início dessa estrada esburacada, muitas vezes escura e dificilmente trafegável, chamada advocacia. Seria fundamental que jovens advogados entendessem a arcabuzada que é o exercício do direito. Nesse tiroteio, muitas vezes você fere, e outras tantas é ferido. Pode-se ir do mais cavo abismo às brancas nuvens num piscar de olhos. Para minha surpresa tive pouca adesão. Advogados, infantilmente, não toleram que se ouça por aí sequer uma estalada das suas falhas, quanto mais um estrondo dos seus erros. Os causídicos desejam apenas o bramido de suas vitórias. Evidentemente que elas são fundamentais. Mas para fins de aprendizado direcionado à jovem advocacia, a vivência – constituída tanto de vitórias quanto de derrotas, e não ensinadas nas universidades – é algo que se deve passar aos recém-chegados e aos mais tenros operadores do direito, como faz um pai em relação aos seus filhos. Quando se está diante de uma geração que não tolera falhar e nem mesmo suporta uma vida imperfeita, essa necessidade se faz ainda mais irrefutável. Esclareço que os fracassos a que me refiro são sobretudo aqueles no campo do empreendedorismo jurídico e da estratégia porque na parte técnica propriamente dita, erros não devem ser admitidos, apesar de existirem aos montes. As universidades brasileiras não preparam os advogados a gerirem e venderem, por exemplo. Mas, de repente, meninos e meninas, ainda com cicatrizes de espinhas recém- saradas, se lançam à frente de uma empresa, que muitos ainda insistem chamar de escritório de advocacia, ou à frente de um departamento jurídico de uma corporação privada qualquer, tendo que tomar decisões das mais importantes que impactam a muitos. A velha advocacia precisa compreender que é preciso abrir a caixa preta dos fracassos para que a jovem advocacia possa com eles aprender. Chega de esconder seus insucessos. Deixemos emergir das profundezas da vaidade as nossas experiências malsucedidas e compartilhemos com os novatos. Os nossos fracassos têm muito a ensinar aos novos. Certamente os novatos saberão enxergar que o nosso sucesso é fruto da soma dos nossos fracassos. Que tal compartilharmos nossas histórias com os mais jovens? Que tal falarmos disso de uma maneira leve e com pitadas de humor, afinal, é preciso fechar ciclos para fracassar em algo novo.

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Negócios além das fronteiras: Pernambucanos empreendem em Portugal

A fronteira de negócios entre Portugal e Pernambuco está diminuindo. O interesse dos pernambucanos pelo país dos antigos colonizadores vem de muito tempo e, agora, tem levado empresas e empresários do Estado para a terra de Camões. Além de ser a porta de entrada ao poderoso mercado europeu, o interesse pela migração se dá também pela qualidade de vida do outro lado do oceano. Há menos de um ano os lusitanos viram a inauguração do Instituto Pernambuco-Porto em suas terras. Há pouco mais de 70 quilômetros dali, o Porto Digital abriu recentemente um escritório em Aveiro, fortalecendo a internacionalização do principal cluster tecnológico do Estado. Um dos gigantes do polo, o CESAR, já iniciou as operações na mesma cidade. Além desses destaques há inúmeros profissionais e empresários atuando na capital Lisboa. De acordo com Daniela Freire, superintendente da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Portugal, há muita procura por informações sobre a migração dos negócios por parte dos pernambucanos e de brasileiros de outros Estados. Embora haja empresas de maior porte, que estão internacionalizando suas operações, ela destaca que a maioria que busca informações é constituída principalmente por empresas de médio e pequeno porte ou mesmo profissionais que atuam remotamente, mas que desejam viver no continente europeu. Sem a barreira do idioma, Portugal é o destino principal. “Há muito interesse por parte das pessoas que trabalham remotamente pois existe um visto de nômade digital que facilita a entrada desses profissionais na União Europeia. Portugal tem um setor de inovação muito pujante, oferece ao mesmo tempo oportunidades e qualidade de vida, com um custo de vida mais barato que os demais países do continente”, explica Daniela Freire. PONTE ENTRE RECIFE E LISBOA Há cinco anos os advogados Gustavo Escobar e Renata Escobar atravessaram a fronteira. O interesse do casal era fazer algumas especializações na área jurídica e também acompanhar o estudo do filho mais velho, que é aluno de direito em uma universidade portuguesa. Eles prepararam a empresa para fazer atendimentos remotos e a gestão da equipe que atua no Recife. Além disso, mantêm um calendário de viagens entre Lisboa e a capital pernambucana ao longo do ano. Quando já estavam adaptados à rotina internacional, surgiu a pandemia e então o mundo todo passou a experimentar os serviços remotos que a Escobar Advocacia já vivenciava desde 2018. O fechamento das fronteiras criou uma dificuldade aos pernambucanos e portugueses que atuavam no Brasil e em Portugal. Foi quando aumentou o número de clientes. “Começamos a atender muitos brasileiros interessados em investir de maneira ampla em Portugal como, por exemplo, empresários que têm imóveis. E atendemos, ao mesmo tempo, os portugueses que têm negócios no Brasil”, afirma Gustavo Escobar. “Hoje somos uma ponte de mão dupla para relações de brasileiros em Portugal e de portugueses que precisam de serviços jurídicos no Brasil. Entendemos Portugal como porta de entrada das empresas brasileiras para a Europa”. O advogado afirma que ainda há um longo horizonte na prestação de serviço em Portugal para o escritório. A maioria dos clientes nesses primeiros anos são da área imobiliária, seja de empresas ou pessoas físicas. As demandas da área tributária são bem altas, tanto de brasileiros, como de portugueses. Como poucos advogados portugueses conhecem bem os sistemas tributários dos dois países, esse é um diferencial do escritório em Lisboa. “Nosso plano futuro é nos consolidarmos nessa ponte de confiança entre o investidor brasileiro e o mercado português. Já temos conseguido ser esse ponto de confiança, em que o cliente pode contar com nossa estrutura e suporte”. Gustavo projeta mais dois anos para consolidar a atuação no segmento, ao mesmo tempo em que mantém em crescimento o escritório no Brasil. CENTRO DE CONVERGÊNCIAS NA MESA Quem também promove a conexão entre os brasileiros e portugueses, mas sem sair da terra de Fernando Pessoa, é o empresário Paulo Dalla Nora Macedo. Há um ano e meio, ele migrou para Portugal desmotivado com o cenário político do Brasil, com o avanço da extrema- -direita no País. Com a experiência na promoção do debate público, por meio de organizações como o Política Viva e o Poder do Voto, o empresário viu a oportunidade de construir um espaço que pudesse ser ao mesmo tempo um negócio e um local de encontro dos interesses dos dois países. Nasceu o Cícero Bistrot, restaurante inspirado no pintor Cícero Dias e outros artistas plásticos pernambucanos. Paulo Dalla Nora (E) abriu em Lisboa o restaurante Cícero, que também é um espaço de discussões políticas, além de ponto de encontro de personalidades. Uma das visitas ilustres foi o presidente Lula. “A ideia é ser um lugar de convergências dessa relação entre Portugal, Brasil e Europa”, afirma. “A ideia do Cícero é ser mais do que um restaurante, é ser um centro de debates, um lugar de convergências dessa relação entre Portugal, Brasil e Europa”, afirma Dalla Nora. O espaço possui três salas exclusivas para debates, palestras e reuniões, mantém um podcast regular e promove eventos de conteúdo ao menos duas vezes por mês. Fora as atividades programadas, como se trata de um restaurante frequentado por políticos, empresários e artistas, não é incomum acontecerem encontros espontâneos entre autoridades e personalidades dos dois países. Um encontro casual que aconteceu entre o cantor Alceu Valença e o primeiro-ministro António Costa, é um exemplo. Recentemente, também sem agendamento, o local reuniu os ministros José Múcio e Gilmar Mendes e o ator Chico Diaz. Uma das visitas ilustres do local foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro do ano passado, poucos dias após o segundo turno das eleições. “A ideia desse empreendimento surgiu quando cheguei aqui, comecei a conversar com pessoas e claramente tinha esse espaço a ser ocupado, no sentido de ter um ponto para acolher o grande fluxo de brasileiros que querem investir em Portugal, empreender, como a porta de entrada ao mercado europeu”, disse o empresário. Ele lembra que anteriormente o perfil mais típico era de brasileiros em busca de trabalho, enquanto agora se percebe um público com

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Guararapes, o imaginário da fé

Por sua importância na formação histórica da nacionalidade brasileira, as colinas de Guararapes vieram a ser consideradas Monumento Nacional no ano de 1964; quatro anos depois, com a indenização paga aos monges beneditinos de Olinda, deu- -se início ao processo de desapropriação e criação do Parque Histórico Nacional dos Montes Guararapes, criado pelo Decreto Federal nº 68.527, de 19 de abril de 1971. Três colinas – conhecidas como Morro do Telégrafo, Morro da Ferradura e Morro do Oitizeiro – compõem os 225,40 hectares do Parque Histórico dos Montes Guararapes. Em seu sopé, travaram--se duas das mais renhidas batalhas contra os exércitos holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil desde 1630. Na primeira, em 19 de abril de 1648, 5 mil soldados da Companhia das Índias Ocidentais, sob o comando do general Sigmund von Schkoppe, foram derrotados por 3.500 combatentes comandados por João Fernandes Vieira, Vidal de Negreiros, Filipe Camarão e Antônio da Silva. Nas baixas do exército holandês figuravam 523 feridos e 515 outros, entre mortos e prisioneiros, dos quais 46 oficiais. No confronto, perderam as vidas os coronéis Hendrick van Haus, Cornelis van Elst e Servaes Carpentier, ficando feridos o general von Schkoppe e o coronel Guilherme Houthain. Do lado dos luso-brasileiros foram computados 84 mortos e mais de 400 feridos. A segunda batalha dos Montes Guararapes aconteceu 10 meses depois, em 19 de fevereiro de 1649, quando 2.600 homens que integravam as tropas luso-brasileiras, sob o comando do general Francisco Barreto de Menezes, vêm derrotar 3.510 combatentes do exército da Companhia das Índias Ocidentais comandados pelo tenente-general Johan van den Brincken. A derrota nas duas refregas veio a se tornar nos maiores fracassos da história dos exércitos holandeses. Enquanto nas perdas do lado luso-brasileiro foram computados 47 mortos e 200 feridos, do lado dos invasores perderam a vida o comandante-geral, tenente-general Johan van den Brincken, o vice-almirante Giesseling e 101 outros oficiais que, somados às demais baixas, perfaziam um total de 1.044 mortos e mais de 500 feridos. Estava, assim, selado o fim do Brasil Holandês em terras do Nordeste brasileiro: cinco anos mais tarde, acontece a rendição das tropas ocupantes, assinada por Sigmund von Schkoppe em 26 de janeiro de 1654. Em memória das duas batalhas dos Montes Guararapes, ocorridas nos anos de 1648 e 1649, o general Francisco Barreto de Menezes, mestre-de-campo, general do Estado do Brasil e governador da capitania de Pernambuco, mandou erguer uma capela em louvor a Nossa Senhora dos Prazeres. A partir de 1656, como era de se esperar, as gerações de pernambucanos que se sucederam jamais esqueceram os feitos gloriosos de seus antepassados, atribuindo à providência divina as vitórias de nossos desprovidos e despreparados exércitos contra forças numericamente superiores, adestradas e infinitamente bem armadas. Entende o imaginário pernambucano que fora a excelsa padroeira da Igreja dos Montes Guararapes a responsável pelas vitórias aqui alcançadas, daí sua presença nos painéis comemorativos mandados confeccionar pela Câmara de Olinda, em 1709, e nos dois da própria igreja, confeccionados em 1801, possivelmente pelo pintor José da Fonseca Galvão, e atualmente integrantes do acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Como centro de devoção e romarias, o santuário dos Montes Guararapes já era conhecido no Século 18, com a documentação da existência das casas destinadas aos romeiros de 1734. Sua festa, instituída por seu fundador em comemoração às vitórias alcançadas sobre os holandeses, que acontece anualmente na segunda segunda- feira após o Domingo de Páscoa, tomou caráter mais popular que religioso, sendo descrita com detalhes curiosos por Bernardino Freyre de Figueiredo Abreu e Castro, quando da publicação de seu romance, Nossa Senhora dos Guararapes, impresso no Recife em 1847. Já naquele tempo trazia em seu bojo uma forte presença das nações africanas – cabindas, cabundá, malabar, além dos devotos em geral, sendo marcada por verdadeiros banquetes regados por “vinhos portugueses das mais diferentes e consagradoras marcas”. Para o padre Lino do Monte Carmelo Luna, a festa se estendia por oito dias numa mistura de religiosidade e paganismo, venerando- se os santos padroeiros dos altares laterais e figuras de orixás criadas pelo imaginário do sincretismo religioso afro-brasileiro. O abade do Mosteiro de São Bento de Olinda, D. Pedro Roeser, nos dá informes curiosos sobre a Festa dos Prazeres, mostrando que, há mais de um século, o sincretismo religioso encontra-se presente como sendo “um exemplo de mistura de catolicismo e paganismo”. A festa de Nossa Senhora dos Prazeres era de grande pompa. Prolongava-se por oito dias. O primeiro era dedicado à Nossa Senhora do Rosário, o segundo à Nossa Senhora dos Prazeres, o terceiro à Senhora Santana, o quarto a São Gonçalo, o quinto ao Bom Jesus das Bouças, o sexto à Nossa Senhora da Soledade, o sétimo à Nossa Senhora da Conceição e o oitavo ao Deus Baco.

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Indústria pernambucana liderou crescimento, com alta de 8,8% em fevereiro

A produção industrial pernambucana teve um aumento de 8,8% em fevereiro em relação ao mês anterior, sendo o melhor resultado entre as 15 localidades que contam com o indicador da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-Regional). Enquanto isso, o Brasil registrou uma queda próxima à estabilidade, com -0,2%. Conforme explicado pela gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, o aumento de 8,8% na produção industrial em fevereiro de 2023 em relação ao mês anterior foi influenciado pela queda nos índices da indústria nos últimos três meses de 2022, o que gerou uma base de comparação baixa. Entretanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma queda de 4,8% em volume de produção na indústria pernambucana, percentual superior à média nacional (-2,4%). O mesmo cenário se repetiu na variação acumulada de janeiro e fevereiro, com uma queda de 3,7% em Pernambuco, em contraste com a retração de 1,1% registrada no Brasil. E no acumulado dos últimos 12 meses, de março de 2022 a fevereiro de 2023, Pernambuco apresentou uma queda de 2% na produção industrial, enquanto o país registrou uma queda de 0,2%. No mês de fevereiro de 2023, quatro das 12 atividades industriais analisadas tiveram desempenho positivo em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Os setores que apresentaram os melhores resultados foram: fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (156,5%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (26,4%), fabricação de bebidas (18,4%) e metalurgia (6,8%). Por outro lado, a fabricação de produtos minerais não-metálicos foi o setor com o pior desempenho, apresentando queda de 54,4%.

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LMS assina parceria com o Carrefour Property

Dirigida por Eduardo Lemos Filho, a LMS Gestão de Empreendimentos assinou uma parceria para comercializar todas as galerias da rede Carrefour no Nordeste. O grupo é dono das marcas TodoDia, Atacadão, SuperBompreço, Maxxy, Sam’s Club, além do Carrefour. “O nosso escopo é a gestão comercial das galerias do grupo Carrefour no Nordeste, que aumentou muito depois que eles compraram o Big Bompreço. São cerca de 100 galerias, que abrigam em torno de 1,5 mil lojas na região. É como um mega shopping, só que mais complexo, porque está distribuído nos 9 estados”, afirma Eduardo Lemos Filho. Inicialmente a LMS está comercializando os espaços vagos nessas galerias, bem como está fazendo uma avaliação das operações existentes. Atualmente são clientes ativos da LMS empreendimentos como o Paulista North Way, o Recife Outlet, o Shopping Difusora, em Caruaru, e o Grupo Cornélio Brennand.

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Após um ano de volta ao mercado, marca Fratelli Vita planeja lançamentos em 2023

Há um ano a marca Fratelli Vita voltou a produzir seus refrigerantes em Pernambuco. Sendo comercializada em 50 pontos de venda, a bebida está registrando um crescimento de 10% ao mês, segundo o sócio Gustavo Alecrim. A tradicional produtora de bebidas liderou o mercado por anos, vencendo inclusive a Coca Cola no passado. O empresário, que faz a gestão da empresa ao lado do concunhado João Vita, filho do fundador, anuncia novidades para o ano de 2023. “Hoje temos refrigerante de guaraná. Estamos aguardando licenciamento do Ministério da Agricultura para lançar os  refrigerantes de maçã vermelha, uva e de açaí com guaraná”, anuncia Alecrim. A empresa está produzindo hoje em torno de 8 mil unidades por mês. A Fratelli Vita pode ser comprada em garrafas pet 275 ml e de 1 litro em lojas do Grupo Frutaria, Grupo Além do Campo, Norte Bolos, Grupo Casa dos Frios, Portus Delicatessen, em todas as Parla Deli e padarias Globo, entre outros. O produto pode ser encontrado em cerca de 50 pontos de venda. O sócio explica que o tamanho da produção de hoje é muito menor que no seu auge, mas que a marca tem se posicionado como um refrigerante feito como antigamente. Na foto acima, os sócios Gustavo Alecrim e João Vita "Meu sócio é o Jorge Vita, que é descendente direto, filho de Jayme Vita, que era o diretor industrial da fábrica. Ele tinha todas as fórmulas junto com a família. Uma parte da se juntou e decidiu montar a fábrica, há 5 anos, e começamos o trabalho de reformulação do produto. Alguns insumos não eram mais fabricados, alguns fornecedores fecharam. O refrigerante antigamente era composto de produtos mais orgânicos, hoje são mais sintéticos. Contratamos alguns laboratórios para fazer testes, começamos a anunciar a volta ao mercado e notamos a reação positiva do público. A expectativa sobretudo do consumidor com mais de 50 anos era muito positiva. Isso nos encorajou para trazer de volta a marca. Hoje as nossas instalações estão perto da Avenida Norte, uma produção bem artesanal se comparado com a fábrica de até 1972. Retornamos com a produção de menor escala, artesanal, para fazer uma experimentação de mercado. A gente costuma se classificar como um refrigerante feito como antigamente, de base 100% natural, extrato de fruta, não tem aditivos químicos para sabor, com teor de sódio baixíssimo". Atualmente, a equipe que fez a marca reviver é de 10 pessoas, entre diretos e indiretos. O produto também já é encontrado na Bahia e também em Alagoas.

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"É preciso começar as mudanças para chegarmos à tarifa zero no transporte público"

Coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) quer ampliar o debate sobre a gratuidade do transporte público, que há anos vem perdendo passageiros. Ele também analisa as experiências já existentes em cidades brasileiras e do exterior. A gratuidade do transporte urbano público é uma pauta que aos poucos começa a ser mais debatida e a ganhar uma gama maior de defensores. Estopim que levou, em 2013, uma multidão às ruas insuflada pelo Movimento Passe Livre, numa das maiores manifestações de protesto na história recente do País, a tarifa zero já é realidade em 67 cidades brasileiras. No segundo turno das eleições no ano passado, a experiência escalou para mais de 300 cidades que adotaram a gratuidade para facilitar o acesso dos eleitores às urnas. A medida expôs o tamanho da demanda reprimida. Segundo dados da Urbana-PE, no Grande Recife, o número de passageiros nesse dia da votação aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Desde o fim da primeira década dos anos 2000, o transporte público tem perdido passageiros que não dispõem de recursos para pagar a passagem. Situação que se agravou com a pandemia, afetando financeiramente as empresas do setor. “O sistema baseado na tarifa está completamente falido”, sentencia Rafael Calábria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele mostra a viabilidade da passagem gratuita e explica a proposta do SUM (Sistema Único de Mobilidade) feita pelo Idec, que propõe um sistema integrado em todo o País, gratuito e acessível a todos os brasileiros. Qual é a proposta do SUM (Sistema Único de Mobilidade)? A ideia central é que o setor de transportes passe a ser tratado como uma política pública, passe a ter um sistema de governos que apoiem os municípios na execução das políticas de mobilidade. Hoje cada cidade faz seus próprios sistemas, umas têm órgãos, outras têm autarquias, uma a secretaria executa, outra faz a concessão de um jeito, outra, de outro. Algumas, como no Recife, fazem um consórcio metropolitano. Mas falta uma estruturação do Governo Federal e dos estados para apoiar a mobilidade com mais recursos, com mais capacidade técnica, com treinamento para as equipes para termos uma melhoria na qualidade dos transportes no País. Os municípios, muitas vezes, não têm capacidade para gerir o tanto quanto é preciso no setor com recursos. A mobilidade urbana transpassa os limites municipais. Então, é natural ela seja tratada em ambientes regionais com debates entre estados que sejam mais amplos do que é feito hoje nas cidades. Quais os problemas que vocês detectam na mobilidade? Para quem caminha ou anda de bicicleta existe uma falta de estrutura tremenda, as calçadas são ruins, as ciclovias são incompletas, os gestores municipais não são atualizados para debater esse tema, há uma política de corte de custos e não há investimentos nessa infraestrutura. Para o transporte coletivo também falta infraestrutura, não temos metrôs nem corredores de ônibus suficientes, os pontos (paradas) não são adequados, os terminais são antigos. Quanto aos ônibus, geralmente, o tempo de espera é muito longo para o cidadão, existe alta lotação e são caros, porque é um sistema que depende da tarifa para se bancar. Os empresários acabam direcionando para onde é mais rentável, para avenidas mais centrais, para os horários de pico, e reduzem a frota. Com isso aumenta o tempo do intervalo de espera e a lotação. Por isso é necessário apoio técnico e financeiro para que o sistema não dependa da tarifa. A tarifa zero no transporte público já é realidade em 67 cidades no País. Ela também está prevista no SUM? Assim como o SUS é um sistema de saúde universal e gratuito, defendemos o mesmo para a mobilidade. Mas esse debate no setor está muito mais atrasado do que na saúde. O que defendemos é que precisam começar as mudanças para chegarmos à tarifa zero. Precisamos mudar os contratos, parar de depender da tarifa, fazer os pagamentos por quilômetro, ou por custo ou por qualidade, buscar fontes de financiamento para poder baratear a tarifa e dar uma estabilidade de receita para o sistema de modo a que a frequência possa ser boa. Assim, vamos criando uma cultura para o governo participar mais desse sistema, para que mais cidades possam adotar a tarifa zero. Hoje ela existe exclusivamente em cidades pequenas. Como possuem um sistema mais simples, elas conseguem ter mais facilidade. Nas cidades maiores é mais complexo, elas têm um sistema também de trilhos, como metrôs e trens, há uma relação com cidades vizinhas. Existe uma rede muito mais cara e complexa. Então, a fonte de financiamento é importante para esse debate. O que é urgente é que a cidade comece a debater o tema, porque o sistema baseado na tarifa está completamente falido. Como são as experiências nas cidades que adotaram a tarifa zero? No Brasil, a maior parte das cidades que implantaram são pequenas e recorrem ao orçamento do município. O que alguns prefeitos alegaram é: como eles têm que pagar o vale-transporte de quem é servidor da prefeitura, eles já têm um gasto com isso, então o impacto da tarifa zero não é tão grande no orçamento. O exemplo mais relevante e organizado fora do Brasil, eu diria, é o francês, porque eles modificaram o vale-transporte. Em vez de a empresa pagar o valor para o funcionário que usa ônibus e/ou o metrô, a empresa recolhe o valor que vai para um fundo federal que barateia todo o transporte no país. Mas há ainda uma parte que é usada do orçamento. Defendemos aqui no Brasil essa possibilidade de mudança do vale-transporte. Há um debate bem avançado disso. Existem fontes que já foram debatidas como a CID da gasolina, em que se cobraria dos usuários de carros, que é uma política positiva já que os automóveis é que geram trânsito, eles são da política universal e é bem mais caro ter acesso ao carro. Têm sido debatidas outras fontes,

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Violência nas escolas: Paz também se aprende

*Por Rafael Dantas Ansiedade e tensão no ambiente escolar não são novidades. Mas, além das provas e exames de seleção para as universidades, os estudantes e professores convivem há algumas semanas com o medo dos casos extremos de violência. Os ataques que vitimaram quatro pessoas em uma creche de Santa Catarina e uma professora numa escola em São Paulo, somados a um turbilhão de notícias falsas que vieram em sequência, criaram uma crise aguda que está sendo enfrentada ainda pelas redes de ensino. Além das pressões típicas do ano letivo e o legado emocional nocivo da pandemia, os desafios da educação brasileira e pernambucana em 2023 demandam soluções que perpassam por campanhas pedagógicas, atendimentos psicológicos e ações mais concretas de segurança. Algumas dessas iniciativas são mais focadas na tempestade que o setor educacional atravessa e outras devem permanecer de forma contínua. VIOLÊNCIA QUE PULOU O MURO DA ESCOLA Na análise do advogado, cientista político e especialista em segurança pública Isaac Luna, o ataque à creche que chocou o Brasil é fruto de um cenário social que o País atravessa há alguns anos e que transbordou no ambiente escolar neste mês. “O Brasil viveu, na última década, uma expansão muito grande da violência em todas as suas manifestações. Nesse ambiente de tensão social os discursos de higienização, ódio e supremacia ganharam espaço e evoluíram para todos os setores da sociedade pelas redes sociais”. Além disso, nos últimos anos houve a flexibilização do acesso a armas de fogo e o crescimento do discurso de extermínio como solução aceitável para solucionar conflitos. “Como a escola é um recorte do todo social, tende a refletir os valores cultivados e propagados no seu entorno. A naturalização da violência, o incentivo ao extermínio e até o crescimento aberto de grupos neonazistas potencializaram a violência nas escolas. Nós não temos uma escola violenta, o que temos é uma sociedade extremamente violenta, com números alarmantes de ocorrências de ameaças, agressões físicas, morais e sexuais e, finalmente, muitas mortes violentas”, contextualiza o advogado do escritório Herculano e Ribeiro Advocacia. Os efeitos emocionais e psicológicos da pandemia, associados ao discurso de ódio pregado livremente nos últimos anos no Brasil são a equação que tem tido como resultado esses casos de violência aguda no contexto escolar, na análise do secretário de Segurança Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti. “A pandemia deixou um transtorno mental muito forte nas pessoas e isso se refletiu nesse setor das escolas. Cresceram os transtornos e suicídios durante a pandemia. Mas outra razão disso é a política do ódio disseminada nesse País por quatro anos. A mensagem do olho por olho e dente por dente, de fazer justiça com as mãos. Não podemos relevar isso de maneira nenhuma”. Ao mencionar esse cenário, o secretário lembrou da cena do ex- -presidente Jair Bolsonaro ensinando uma criança com as mãos a fazer o gesto do uso de uma arma, em 2018, em Goiás. Em 2019, em outro evento em São Paulo, ele colocou no colo uma criança vestida de policial militar com uma arma de brinquedo em mãos. “Essa política do ódio reflete-se na cabeça dos meninos. Nesse período de crise, a mediação de conflitos, o esforço em perceber alunos alterados e a disponibilidade de um serviço psicológico são fundamentais”, sugere o secretário. Apesar de o número de ataques às escolas não ser volumoso, ele aumentou na última década. Dados apresentados pelo mapeamento da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) sobre ataques em escolas por alunos ou ex-alunos revelam uma preocupante tendência de aumento. Desde o primeiro registro em 2002, foram listadas 22 ocorrências. Chama a atenção o fato de que mais da metade dos casos (13 ocorrências) aconteceram apenas nos últimos dois anos. Há duas tipificações mais comuns dos agressores, segundo a psicóloga e professora do Unit-PE (Centro Universitário Tiradentes) Giedra Marinho. “Quem são os autores desses crimes, atentados e ameaças? Dois grupos: o primeiro é de adolescentes que sofreram bullying e perseguição em escolas. Alguns retornam na intenção de se vingar e com isso ter certa notoriedade. O outro é formado por adultos com transtornos mentais, que acharam um caminho para colocar em prática a perversidade e a maldade. É importante não divulgar essas pessoas. Ao darmos o palco, damos combustível para novos ataques”. DESINFORMAÇÃO AUMENTA O PÂNICO A quantidade de informações falsas de ataques e ameaças de novos episódios de violência em escolas aumentou o desgaste dos pais e da comunidade escolar de forma geral nas últimas semanas. Esse fenômeno da desinformação, que esteve presente nas eleições e no enfrentamento à pandemia, surge mais uma vez na sociedade, dificultando a ação das políticas públicas. O fenômeno da desinformação nesse caso engrossou o discurso de que é necessário regular as redes sociais, que são os canais de circulação das fake news. “Temos uma sociedade doente pós-pandemia, parte dela precisa de tratamento, mas há uma parte que precisa de punição. O Poder Judiciário, com o apoio das polícias, precisa identificar quem está disseminando isso e punir. Disseminar fake news não é liberdade de expressão. Isso é terrorismo, que precisa ser severamente punido”, defende Murilo Cavalcanti. A desinformação tem jogado contra as escolas, levando algumas famílias até a retirarem seus filhos dos sistemas de ensino por medo. “As redes sociais não têm controle. Um evento ganha proporções bem maiores porque a desinformação circula bem mais rápido. Muitas pessoas jogam qualquer informação nas redes, sem senso ou criticidade. Infelizmente isso tem alcançado muitas famílias, disseminando o medo e ódio. É preciso uma regulamentação das redes sociais”, afirma a pedagoga Cássia Souza, que coordena projetos de educação do Centro das Mulheres do Cabo, é ativista pela educação da Rede Malala e membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. REAÇÕES DE SEGURANÇA NA REDE ESCOLAR Desde os ataques que chocaram o País, o Governo Federal e os diversos sistemas de educação estaduais e municipais reagiram com medidas emergenciais para aumentar a segurança no ambiente escolar e prevenir novos casos. Em Pernambuco, por exemplo, foi criado o canal telefônico 197, voltado exclusivamente para

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GSI divulga imagens do dia da invasão no Palácio do Planalto

(Da Agência Brasil) O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) divulgou, em seu site, arquivos das imagens das câmeras do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto gravadas no dia 8 de janeiro de 2023. Nesse dia, centenas de manifestantes invadiram e vandalizaram a sede do Poder Executivo. As imagens estavam sob sigilo por fazer parte de inquérito policial que investiga os ataques de 8 de janeiro, mas trechos delas foram divulgadas pela CNN na última quarta-feira (19). Na sexta-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre os atos golpistas, determinou a quebra do sigilo das imagens para envio à investigação que está em andamento no STF.  O então ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão depois de aparecer nas imagens junto com outros funcionários da pasta, no momento em que os vândalos invadiam o Palácio. Pelo menos nove desses servidores foram identificados pelo próprio GSI.  Alexandre de Moraes determinou que todos eles fossem ouvidos pela PF no prazo de 48 horas. A Polícia Federal (PF) está colhendo neste domingo (23) os depoimentos. Dias já prestou seu depoimento antes do fim de semana.  Na última sexta-feira (21), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, em entrevista, que os depoimentos à PF são importantes para apurar responsabilidades.  “Imagens, sobretudo quando elas têm algum grau de edição, não são instrumentos que possam provar absolutamente nada. São instrumentos que as instituições que podem fazer a apuração devem utilizar, como outros, para identificar a responsabilidade de todos aqueles que aparecem”, disse o ministro.  Padilha ressaltou que o ex-ministro Gonçalves Dias tem uma “biografia” de serviços públicos prestados nas Forças Armadas e na segurança da Presidência da República em outros governos. “Aquelas imagens, a priori, não desmontam essa biografia, mas é muito importante que ela sirva de instrumento, com outros, para que a apuração seja feita pela Polícia Federal e pelo Judiciário”.  O ministro Padilha afirmou ainda que o presidente Lula solicitou ao ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, que faça um raio-x dos servidores que estão hoje no GSI e que possam ter participado dos atos golpistas.  Em nota divulgada no dia 19, o GSI, informou que os agentes estavam buscando evacuar o quarto e o terceiro piso para concentrar os invasores no segundo andar, onde foram presos depois da chegada da Polícia Militar do Distrito Federal. Na nota, o GSI informou ainda que as ações dos agentes da pasta no dia da invasão estão sendo investigadas e, caso sejam comprovadas condutas irregulares, eles serão responsabilizados. CPMI Na entrevista de sexta-feira, o ministro Alexandre Padilha afirmou que o governo está aguardando a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro para montar sua estratégia.   “O que eu sinto, tanto na Câmara quanto no Senado, desde o dia 8 de janeiro, é uma ampla maioria que rechaça os atos terroristas do dia 8. O Legislativo foi atacado, foi invadido, foi violentado. Quem praticou aqueles atos terroristas não queria reconhecer a eleição do presidente da República, mas também não queria reconhecer o papel do Congresso”.  Segundo ele, a CPMI terá o papel de desmontar “uma teoria conspiratória absurda de que as vítimas” foram as responsáveis pelos atos terroristas. Padilha acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ser “responsável moral, espiritual e organizativo” pelos atos. O ministro disse que tanto a PF quanto a CPMI vão atrás daqueles que financiaram, planejaram e mobilizaram e também dos servidores que possam ter auxiliado os invasores dentro do Palácio do Planalto. 

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