Mais do que arte, a dança promove saúde, bem-estar e transformação pessoal. Educadores destacam seus benefícios físicos e emocionais, além de orientações para a prática segura A dança é uma expressão artística que transcende palavras, permitindo que o corpo comunique emoções, histórias e sentimentos de forma única. Muito além da estética, ela atua como uma poderosa aliada do bem-estar, promovendo saúde física, mental e emocional. Por ser uma atividade predominantemente aeróbica, é excelente para o condicionamento cardiorrespiratório, além de melhorar postura, mobilidade e flexibilidade — contribuindo para uma vida mais equilibrada. Essa conexão entre movimento e emoção faz da dança uma prática que revitaliza o corpo e a mente. “Dançar é uma atividade democrática, que acolhe todas as pessoas, independentemente da idade, corpo ou gênero, oferecendo um espaço para expressão e crescimento pessoal. Ela representa superação, amor e descoberta. É ainda uma fonte de felicidade e um propósito que motiva”, afirma a profissional de educação física Nataly Araújo, professora do Curso Técnico em Dança do Aria Social — único do tipo no Nordeste, voltado para jovens que buscam profissionalização na área. Segundo Nataly, a prática regular da dança impacta positivamente a saúde mental. “Na minha experiência como professora, percebo que a dança ajuda a reduzir a ansiedade, depressão e estresse, além de fortalecer a autoestima, tornando os alunos mais confiantes e sociáveis”, diz. Ela também destaca como a dança ajuda a enfrentar desafios emocionais, como a timidez e o medo de errar. “Ao dançar, aprendemos a superar nossos limites e a perder o medo de falhar — isso reflete diretamente na qualidade de vida”, acrescenta. Embora seja possível começar em qualquer idade, é fundamental procurar profissionais qualificados e escolas sérias para garantir segurança e evolução no aprendizado. “Também é importante se permitir experimentar estilos diferentes para descobrir qual combina mais com sua personalidade. Dançar por hobby deve ser uma atividade prazerosa, sem cobranças excessivas, respeitando o próprio ritmo e aproveitando o processo”, orienta Nataly. Prevenção de lesões Para quem dança com frequência, a prevenção de lesões é essencial. Aquecimentos e alongamentos antes e após as aulas são indispensáveis. Os problemas mais comuns envolvem músculos e articulações. “É fundamental preparar a musculatura e as articulações para o movimento e para a carga que elas vão receber”, explica o fisioterapeuta e professor Flávio Henrique, também docente no Curso Técnico em Dança do Aria Social. Outro ponto importante, segundo Flávio, é desenvolver consciência corporal. “Conhecer seus próprios limites ajuda a evitar contusões. Bons professores e coreógrafos sabem orientar sobre o que pode ou não ser feito, minimizando riscos”, afirma. Ele alerta que algumas lesões podem surgir por uso excessivo ou repetitivo. “Tudo depende de como o corpo está sendo exigido.” Exercícios de fortalecimento, especialmente para a região abdominal, também contribuem para a segurança do praticante. “Se o nosso centro está fortalecido, temos um tronco firme, capaz de sustentar o movimento com estabilidade. Isso aumenta a consciência corporal e previne lesões”, destaca. Para Nataly, a dança representa superação, amor, descoberta e realização. “Hoje, não me imagino sem dança na minha vida.” Já Flávio resume de forma poética: “Dançar é viver. Quem dança é mais feliz. A dança transforma o corpo, a mente, a alma — e o jeito de enxergar o mundo.” Curso O curso técnico de Dança do Aria Social é uma formação profissionalizante que visa capacitar jovens e adultos nas diversas linguagens da dança, unindo técnica, expressão artística e fundamentos teóricos. Com uma grade curricular abrangente e professores qualificados, o curso oferece disciplinas como balé clássico, dança contemporânea, dança popular brasileira, anatomia aplicada à dança, entre outras, preparando os alunos tanto para atuar artisticamente quanto para seguir carreira no campo da educação e da produção cultural. Reconhecido pelo Ministério da Educação, o curso promove inclusão social e oportunidades profissionais no universo da arte e da cultura. @projetoariasocial @tecnicoemdancaariasocial @natalyaraujopersonal Saúde 5.0: nova era transforma atendimento com foco no paciente A área da saúde vive uma transformação sem precedentes. Com a chegada da chamada Saúde 5.0, o foco deixa de ser a quantidade de procedimentos realizados e passa a priorizar resultados clínicos, experiência do paciente e eficiência dos cuidados. Essa mudança de paradigma exige não apenas novas formas de gestão, mas uma base tecnológica sólida — e, nesse cenário, dois pilares ganham destaque: análise de dados e blockchain. A digitalização do sistema de saúde é um caminho sem volta, mas que ainda enfrenta barreiras importantes no Brasil. Temos um sistema fragmentado, com dificuldade de integração entre plataformas e falta de interoperabilidade. Isso afeta diretamente a continuidade do cuidado e a tomada de decisão clínica. A Saúde 5.0 propõe uma abordagem centrada no paciente, com uso intensivo de tecnologias como inteligência artificial, big data, Internet das Coisas Médicas (IoMT) e blockchain para garantir segurança, rastreabilidade e personalização no atendimento. O blockchain, por exemplo, pode revolucionar o armazenamento e o compartilhamento de dados de saúde, oferecendo mais transparência e proteção contra fraudes. De forma simples, blockchain é uma tecnologia que funciona como um grande livro de registros digital. Nele, todas as informações são armazenadas em blocos, que se conectam como uma corrente (daí o nome block + chain). Cada vez que algo novo é adicionado — como um dado de saúde, por exemplo — isso é registrado de forma permanente e segura, e não pode ser apagado ou alterado sem deixar rastros. O uso de dados precisa vir acompanhado de responsabilidade. E a análise preditiva pode antecipar riscos e salvar vidas, mas só será eficaz se respeitar a ética, a privacidade e a confiança do paciente. A tecnologia não substitui o cuidado humano — ela o potencializa. Com o avanço das healthtechs, o Brasil começa a dar passos importantes na direção de um sistema mais moderno e centrado em valor. A transição, no entanto, depende de investimento, capacitação e mudança cultural no setor público e privado. A promessa da Saúde 5.0, segundo especialistas, é transformar não apenas o atendimento, mas toda a lógica da saúde como conhecemos hoje. Como médico, entendo que não basta