Para entender melhor o futuro
Qual o futuro do emprego, das empresas e dos mercados? Essa não é uma resposta simples. Não há dúvida de que a tecnologia – com destaque para a inteligência artificial, a biotecnologia e a computação quântica – será o eixo principal do caminho para o amanhã, mas há também fatores antropológicos, sociológicos e econômicos que precisam ser compreendidos. Por isso, resolvi fazer uma lista de livros essenciais para os que desejam encontrar a resposta sobre o futuro: 1. Os meios de comunicação como extensão do homem (1964) – O conceito principal do livro é que a tecnologia da comunicação tende a encurtar distâncias e reduzir todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. É o famoso conceito “aldeia global”, que levou Marshall McLuhan, filósofo canadense e autor do livro, a ser um dos pioneiros a analisar as transformações sociais provocadas pelo computador e pelas telecomunicações. Como foi escrito há mais de 50 anos, a leitura tem que ser contextualizada com a época. 2. A Estrada do Futuro (1995) – Esse é um dos primeiros livros que mostram os “surpreendentes” recursos da internet e os primeiros problemas de um mundo que estava se globalizando por meio da integração de canais digitais de alta velocidade. Vale a pena a leitura para entender os conceitos originais de alguns produtos e serviços que são comuns hoje. Bill Gates, fundador da Microsoft e autor do livro, acertou em pelo menos dois deles: computador do tamanho de uma carteira (smartphones) e a possibilidade de fazer amigos usando a internet (redes sociais). 3. A Cauda Longa (2004) – Escrito pelo editor da revista Wired, o jornalista Chris Anderson, esse livro explica bem o conceito da cauda longa, que passou a fazer mais sentido após a popularização da internet por viabilizar a mudança da lógica do mercado de massa para o mercado de nicho. O conceito da cauda longa é a principal estratégia de grandes plataformas de sucesso atualmente, como Mercado Livre, Amazon, AppStore, Google, Youtube, Netflix. E influencia ainda muitos mercados que estão sendo transformados – bancos, por exemplo – bem como os negócios que ainda serão criados. 4. O Mundo é Plano (2005) – Uma das principais teses defendidas no livro é de que a internet é uma das 10 forças que nivelaram o mundo, acelerando a quebra de barreiras históricas, regionais e geográficas. Thomas L. Friedman, jornalista americano que escreveu o livro, também mostra como essas forças interagem e se potencializam entre si, além de discutir os desafios que as empresas e as pessoas precisam enfrentar para se manterem competitivos diante dessa nova realidade mundial. Para fechar essa primeira parte da lista, recomendo também a leitura complementar do livro 1984, escrito em 1948 por George Orwell, criador do termo Big Brother. A leitura não é fácil, mas é reveladora. Para ler a parte dois dessa coluna, com mais dicas de leitura sobre o futuro, acesse: http://revista.algomais.com/colunistas/bruno-queiroz-colunistas
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