--> Arquivos Iperid - Página 8 de 11 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Iperid

Oportunidades de estudos para brasileiros no Japão

O Consulado Geral do Japão no Recife anuncia as oportunidades de formação abertas pelo Governo japonês, através do Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia (MEXT). O programa oferece seis modalidades de bolsas de estudo para brasileiros em universidades japonesas. O programa cobre as passagens de ida e volta, isenção de taxas e matrículas, formação no idioma japonês e bolsa mensal para custear moradia, alimentação e despesas pessoais. Para concorrer as oportuidades de pesquisa (Pós-Graduação), as inscrições estão abertas até o dia 28 de maio. Para as vagas na graduação e das Escolas Técnicas Superiores, as inscrições seguem até o dia 25 de junho. Há ainda oportunidades para fazer cursos profissionalizantes, com inscrições também até o dia 25 de junho. Todas as inscrições são online. O Consulado informa que não recebe as inscrições presencialmente. Clique nos links abaixo para conferir detalhes das vagas: Pesquisa (Pós-Graduação)   (Inscrições: de 04 a 28 de maio de 2021) Graduação (Inscrições: de 01 a 25 de junho de 2021) Escola Técnica Superior (Inscrições: de 01 a 25 de junho de 2021) Curso Profissionalizante (Inscrições: de 01 a 25 de junho de 2021)  

Oportunidades de estudos para brasileiros no Japão Read More »

Cidades Sustentáveis-Pós Pandemia expectativas 2030/2050

*Por Tiago Lima O contexto atual da sociedade demanda novas formas de adaptabilidade às mudanças inerentes da modernidade. A pandemia de COVID-19, anunciada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março, alarmou e demonstrou a urgência da tomada de estratégias para o estabelecimento de novas formas de sobrevivência e consolidação na sociedade. Debates relacionados ao desenvolvimento e estabelecimento de Cidades Sustentáveis, tornam-se cada vez mais necessários diante de contextos observados na sociedade. A preconização de estruturas base para a consolidação de uma sociedade sustentável e ambientalmente saudável, é crucial para a determinação da continuidade da espécie humana. A Agenda 2030 da ONU A Agenda 2030 é um conjunto de planos de ação para o planeta, para a prosperidade e para as pessoas, que além de reforçar a paz universal, reconhece que a diminuição ou até a extinção da pobreza é um dos maiores desafios globais, sendo este um dos requisitos para o desenvolvimento sustentável. Com a parceria de todas as partes interessadas, os países garantiram a implementação da Agenda 2030, estabelecida pelo Brasil e pelos 192 países pertencentes à Organização das Nações Unidas (ONU). Estes países garantiram livrar a raça humana da penúria e pobreza, protegendo assim, o planeta. Os representantes irão tomar decisões transformadoras e ousadas, que são de urgente necessidade para redirecionar o planeta para um caminho resiliente e sustentável. A Agenda em questão é composta por 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável, demonstrando assim a ambição e a escala desta nova agenda universal. Esta agenda tem a função de concluir os objetivos de desenvolvimento do milênio que ainda não foram alcançados, concretizando os direitos humanos e alcançando a igualdade de gênero. Os 17 objetivos e 169 metas estimulam a ação até o ano de 2030 para acabar com a fome e pobreza; proteger a degradação do planeta e meio ambiente; garantir os direitos humanos; assegurar sociedades pacíficas e utilizar parcerias para o desenvolvimento sustentável. Com a descoberta de um novo vírus com alta taxa de transmissibilidade, ocorreu o colapso dos sistemas de saúde em todos os países, até os mais estruturados, acelerando assim, a crise do multilateralismo, desenvolvendo novos desafios para a conjuntura mundial. O novo coronavírus, ou Covid-19, foi descoberto há aproximadamente 14 meses, e desde a sua descoberta, a relação entre os países mudou. A cooperação mundial perdeu relevância a partir do momento em que as principais potências militares e mundiais tentaram solucionar a transmissão do vírus com decisões imediatas e locais. Em diversas oportunidades, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi desvalorizada como um órgão que possuía a capacidade de planejar uma solução para esta crise sanitária e por consequência, econômica. Desenvolvimento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Para a implementação desses objetivos é necessário que haja sensibilidade por parte dos gestores, para que todos tenham ciência da importância dessa agenda e sua relação com políticas públicas. Aliado a sensibilidade, é necessário o monitoramento das estratégias utilizadas, para determinar se o município, estado ou país está no caminho certo, levantando os dados da situação atual dos objetivos, para identificar as áreas com prioridade de atenção. Ademais, um sistema de desenvolvimento sustentável prevê a proteção de um sistema econômico rotativo e contínuo, considerando principalmente que diversos recursos que geram retornos financeiros partem e derivam do uso e manipulação de recursos naturais. Há que se considerar ainda que, mudanças climáticas e fenômenos naturais não esperados ou não pertencentes a determinados climas, temperaturas e regiões, ocorrendo de forma irregular, desencadeiam diversos prejuízos ambientais e econômicos imensuráveis. A imagem a seguir demonstra os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas: Cidades sustentáveis pós-pandemia: expectativas 2030/2050 3 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável | Fonte: ONU Cooperação internacional Em março de 2019, ocorreu a Segunda Conferência da ONU sobre a Cooperação Sul-Sul, onde foram revisadas as aprendizagens pelos países sul-americanos nas últimas quatro décadas, e enfatizado o papel desta cooperação na implementação da Agenda 2030. No Brasil, as atividades exercidas pelo Ministério da Saúde são catalogadas no ODS 3, que é referente ao bem-estar e à saúde. O ODS 6, que é referente a água limpa e saneamento, é responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA). Outro ministério com atividades catalogadas no ODS é o Ministério do Trabalho, referente ao ODS 8, que fala sobre emprego digno e crescimento econômico. A evolução do protecionismo e o crescimento das disputas comerciais ocasionou a diminuição da atenção para interesses em comum para todos os países, como por exemplo, as mudanças climáticas. Mas a melhor opção continua sendo a cooperação internacional, pois representa uma das esperanças na resolução dos desafios complexos da sociedade, com relação ao desenvolvimento sustentável. Cidades sustentáveis No contexto de análise e estabelecimento de cidades sustentáveis no cenário atual, é crucial analisar inicialmente o desenvolvimento e estabelecimento de cidades no território brasileiro. Partindo-se do pressuposto que diversas ligações e redes de comunicação que estão dispostas na sociedade se sustentam na própria dinâmica social de globalização, é essencial preservar tal configuração para que prejuízos notórios não sejam desenvolvidos na sociedade. Raposo (2021) destaca que a Associação da Imprensa de Pernambuco tornou-se a principal representante no Pacto Global das Nações Unidas, do objetivo de aproximação do setor privado ao desenvolvimento sustentável. Tal acontecimento expressa de forma significativa o sistema de aproximação estatal e privada visando o melhor desenvolvimento sustentável, considerando que o sistema econômico necessita de funcionamento contínuo e também o meio ambiente requer proteção e uso consciente. A adesão da AIP ao Pacto Global foi mais um passo importante na direção que tomamos em 2019, ano em que passamos a integrar a Comissão Estadual para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CEODS) e a Rede ODS Brasil. Foi também um passo urgente, considerando que em 2020 teve início a Década da Ação, quando os países foram instados a adotar medidas para acelerar a implementação das 169 metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 (RAPOSO 2021). Além disso, Recife foi reconhecida como integrante da Lista A do CDP (Carbon Disclosure Program), importante

Cidades Sustentáveis-Pós Pandemia expectativas 2030/2050 Read More »

Suez e os impactos ao comércio global (por João Canto)

Nos últimos dias, nos deparamos com uma situação logística inusitada: um navio de containers atravessado no Canal de Suez paralisou o intenso fluxo marítimo no local e gerou um “engarrafamento” naval de cerca de 370 embarcações nas pontas e no lago interno do percurso. Utilizado desde 1869 para diminuir o percurso total entre o continente asiático e europeu, o Canal de Suez possui uma extensão de 164 km, interligando o Atlântico Norte, pelo Mar Mediterrâneo, e o Oceano Índico, pelo Mar Vermelho, em 16 horas, operando embarcações do tipo Suezmax ou inferiores na atualidade. Caso não existisse, o percurso mais curto seria circundando o continente africano, assim como na época das grandes navegações. Assim como o Canal de Suez, outras passagens participam e dão mais fluidez ao comércio internacional: Canal do Panamá, na América Central, ligando o Pacífico e Atlântico; Estreito de Hormuz, na costa do Iran e Omã, ligando o Golfo Persa e o Golfo de Omã; e Estreito de Malacca, na Malásia, interligando oceanos Índico e Pacífico. Além de ser uma das maravilhas da engenharia moderna, principalmente com a implementação de infraestruturas de apoio como ferrovias, pontes rodoviárias e eletrovias, como uma ferramenta marítima, é extremamente importante para a eficiência e rapidez logística no comércio internacional de mercadorias. No dia 23 de março deste ano, o navio porta-container Ever Given, com 400m de comprimento e 59m de largura e capacidade para 20.124 TEU (unidade equivalente a um container de 20 pés), da empresa taiwanesa Evergreen Maritime, bloqueou a passagem do canal após fortes ventos empurrarem a embarcação em direção à borda do canal, encalhando a embarcação devido ao calado reduzido nas laterais. Além do incidente provocar a curiosidade da maioria das pessoas, provocou também um grande prejuízo ao comércio global de mercadorias, tanto no aspecto de atraso quanto financeiro. Segundo o jornal Lloyds List, a cada hora sem movimento em torno de US$400 milhões em mercadorias estão deixando de passar pelo canal. O jornal avalia que cerca de US$4,5 bilhões em mercadorias passam pelo canal provenientes do oriente para o ocidente. A empresa alemã Allianz estima que o bloqueio pode ter custado entre US$6 e US$10 bilhões nos seis dias sem operações no canal. O Canal é responsável por cerca de 12% a 14% do comércio global de mercadorias. Segundo a Rede CNBC, com dados levantados pela BIMCO (Baltic and International Maritime Council), o volume de embarcações mais afetadas que ficaram aguardando o destravamento do canal foram navios graneleiros, porta-containers, navios tanque. A grande maioria aguardando acesso na extremidade sul do canal, próximo ao porto Suez. Outra grande parte aguardou ao norte, em Porto Said. Uma parcela menor no Lago Bitter, que fica cerca de 70Km do Porto Suez.   . Considerando que o comércio global de mercadorias tem impacto direto em diversas atividades industriais e comerciais no mundo, uma vez que muitas cadeias produtivas estão interligadas mundialmente através das Cadeias Globais de Valor, poderá haver algum impacto superficial no Brasil pelo atraso de insumos industriais e produtos para o mercado local provenientes do mercado asiático e, posteriormente, do europeu em função do gerenciamento do excesso de embarcações que estavam aguardando a liberação do Canal aportarem no mesmo momento nos portos europeus, gerando um fluxo excedente na atividade portuária. A variedade de mercadorias que passam pelo canal é grande e diversificada, como o próprio gráfico acima aponta. Por isso, é impossível prever exatamente o impacto que pode causar no mercado brasileiro. A única certeza é que causará, no mínimo, um impacto indireto pelo efeito dominó que foi causado. Alguns exemplos que podem acontecer: atraso na chegada de navios e mercadorias, omissão de portos pelos navios (no intuito de regular o tempo de trânsito das escalas), falta de equipamentos (containers), filas ou gargalos nos portos, oscilação de preços de frete, entre outros. Pelo menos, todos os impactos são gerenciáveis e passíveis de reorganização. O incidente no Canal de Suez atrasou a recuperação da crise logística ocasionada pela pandemia do COVID-19, no momento em que apresentava uma pequena retomada do segmento em função da ociosidade de embarcações, paralisação de atividades em alguns portos, ruptura rotas de trânsito e distribuição de mercadorias no mundo. Nos últimos meses, os fretes marítimos entre China e Brasil quintuplicaram apenas como efeito da pandemia. É possível que, por conta do incidente em Suez, haja um rebote no aumento dos fretes. É importante mencionar que as mercadorias asiáticas com destino ao Brasil podem, basicamente, fazer quatro percursos marítimos diferentes: via Canal de Suez, via Canal do Panamá, através do Cabo Horn, ao sul da Argentina, e pelo Cabo da Boa Esperança na África do Sul. Ao longo do percurso, um container – por exemplo – que sai do Porto de Shanghai, na China, em direção ao Porto de Santos leva em média 60 dias para chegar ao Brasil. Neste percurso, é feito pelo menos um transbordo de carga. Ou seja, o navio que sai da China descarrega o container em um porto importante na rota, usualmente um hub regional, e um segundo navio coleta o container, o levando até o Brasil. Normalmente, cada uma das embarcações fazem rotas cíclicas, com interseções nestes hubs regionais. Algumas outras rotas podem ter ciclos mais extensos geograficamente e com variação do tempo de trânsito, portanto. Aproveito o assunto para fazer uma estimativa bastante superficial, tomando o navio como universo. O Brasil representou em 2019 (último dado disponível do International Trade Centre – ONU), apenas 1,4% de todas as exportações da China. Isso equivaleu a US$35,4 bilhões naquele ano. Aplicando à capacidade do navio em questão, teríamos um valor aproximado de 282 containers de 20 pés. Levando em conta esta lógica e aplicando aos estados do Brasil, isoladamente, seria possível estimar que São Paulo absorveria 94 unidades (33,2%), Santa Catarina 49 (17,2%), Amazonas 30 (10,7%), Pernambuco 3 (1,1%), Nordeste 17 (6%). Aplicando o mesmo raciocínio, considerando a pauta de importações do Brasil em relação à China, teríamos a seguinte concentração de produtos: O fato pontual, aparentemente, não causaria danos muito

Suez e os impactos ao comércio global (por João Canto) Read More »

Um ano de pandemia: impactos e perspectivas?

*Por Rafael Ramos Os transtornos causados pela epidemia da covid-19 na saúde e na economia de todo o país contribuem para adiar a recuperação ao qual o setor produtivo pernambucano e em especial o setor do comércio, serviços e turismo vem passando. O momento pede atenção do setor público e privado, visto que os impactos sentidos por outros países que já passaram pelo momento da segunda onda das infecções são significativos. Grandes players do comércio internacional ainda apresentam recuperação lenta da economia devido ao foco de contenção da doença, como China, Estados Unidos, Alemanha e Japão, o que também traz desdobramentos negativos para o nosso comércio externo visto que reduz o nível de demanda desses países por parte dos nossos produtos, além de criar restrições para a produção nacional que necessita de componentes importados, como a falta de insumos para a produção das vacinas. Para conter a velocidade da epidemia e assim evitar um colapso no sistema público de saúde, os governos estaduais voltaram a adotar medidas de restrição em 2021 que mais uma vez se desdobrarão em impactos negativos que inevitavelmente vão atingir de maneira mais forte o desempenho do comércio e dos serviços. Fechando os shoppings, praias, bares e todo o varejo não essencial, permitindo apenas o funcionamento de estabelecimentos que vendem alimentos, medicamentos, material de higiene e itens ligados a segurança da população em relação a saúde, como os armazéns de construção que vendem equipamentos de proteção individual. O resultado do comércio em 2020 foi de -0,4%, dos serviços -12,2% e do turismo -39,2%. As atividades que mais sofreram foram “Livros, jornais, revistas e papelaria” (-46,1%), “Tecidos, vestuários calçados” (-17,6%) e “Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação” (-12,9%). Todas muito ligadas as restrições, que proibiram eventos sociais, desincentivando a renovação de roupas, além do funcionamento de escolas e escritórios, com a redução do uso de seus respectivos materiais. Em Pernambuco, no difícil ano da pandemia foram encerradas 31.752 empresas, o saldo de empregos formais foi negativo em aproximadamente -5 mil e a taxa de desocupação atingiu os 19% no último trimestre de 2020. O mercado de trabalho mostra-se deteriorado desde a crise de 2015/2016, um indicador importante da economia do Estado que entrou em um movimento de piora desde o início da pandemia e do início das medidas restritivas. A crise atual contribuiu para uma variação de 27,7% no número de desocupados, alcançando 749 mil pessoas em Pernambuco. Vale destacar que no ano passado tivemos dois programas importante criados pelo governo federal que contribuíram de maneira efetiva para a redução dos impactos, o Auxílio Emergencial, que entre abril e dezembro de 2020 realizou uma injeção R$ 16 bilhões no estado e de quase R$ 300 bilhões a nível nacional e o Benefício Emergencial possibilitando a suspensão e redução de carga horária de quase 381 mil empregos formais. Em 2021, teremos um auxílio com bem menos força, o que limitará o benefício nas vendas do comércio e até o presente momento não foi confirmada a possibilidade do retorno da suspensão de contrato, o que cria mais dificuldades para as contas das empresas. Estamos comparativamente em um cenário bem mais crítico. Este ano a vacinação é um dos principais alentos para as expectativas de recuperação. O ritmo ainda é lento, mas ao menos a imunização foi iniciada e os esforços para a sua aceleração vem sendo destaque na classe política. As incertezas são muitas, elevam o comportamento conservador de famílias e empresários, reduzindo consumo e o investimento. Mas é importante lembrar que são momentos de crise que criam a oportunidades de grandes mudanças. O período de inovação foi intenso e necessário, permitindo uma aceleração da transformação digital dos negócios, deixando uma herança positiva de um avanço digital significativo no período de pandemia. Por fim, lembrar que as crises nascem e morrem, e o passado prova isso, visto que nosso país vem passando por crises recorrentes, sejam econômicas, sanitárias, ambientais ou políticas, mas sempre nos reinventamos e voltamos mais fortes. Temos o espírito empreendedor em nossas veias, nos adequamos as dificuldades, resistimos, inovamos e avançamos. Sejamos fortes, pois o dia vai clarear. *Rafael Ramos da Conceição Moura é Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com MBA em Gestão Empresarial pelo Cedepe Business School; Economista com experiência na área de Desenvolvimento Regional e Urbano, com ênfase em: Análises conjunturais e Economia de Pernambuco e é conselheiro efetivo do Conselho Regional de Economia (CORECON) em Pernambuco.

Um ano de pandemia: impactos e perspectivas? Read More »

Thales Castro se reúne com a vice-prefeita Isabella de Roldão

A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, recebeu ontem o vice-presidente do Iperid e Cônsul de Malta, Thales Castro. Na pauta desse encontro estava o fortalecimento das relações internacionais da capital da diplomacia consular do Norte-Nordeste do Brasil: o Recife. "Foi uma tarde muito agradável, marcada por uma série de agendas internacionais nesse momento de nova gestão municipal. A gente observa o carinho, o zelo e a atenção que a gestão municipal está dando não só ao corpo consular, aqui em Recife, mas, sobretudo, as várias possibilidades de cooperação internacional", afirmou Thales Castro. O cônsul informou que a vice-prefeita se comprometeu a enviar uma carta para todo o corpo consular que atua em Pernambuco para provocar um encontro em breve. "Nesse encontro nós vamos ter o estreitamento dessa sinergia. Vamos pontuar uma agenda de trabalho para o ano de 2021, mesmo em meio à pandemia. Então, realmente, eu fiquei muito otimista e entusiasmado com esse momento de proatividade da vice-prefeita Isabella de Rodão em relação às múltiplas oportunidades no Recife, como ramo consular". A capital pernambucana abriga 43 consolados, além da sede do Itamarati na região. Thales afirma que esse número deixou a vice-prefeita impactada. "Então, ela quer maximizar todo esse potencial para gerar oportunidades para o Recife e para os recifenses, gerar cooperação internacional no âmbito da gestão pública municipal e também quer gerar uma aproximação com o setor produtivo, o capital privado. Isso produzirá verdadeiramente um novo ecossistema de transformação socioeconômica internacional para o município", finalizou Thales.

Thales Castro se reúne com a vice-prefeita Isabella de Roldão Read More »

Vacinação: Rainier Michael defende o intercâmbio de boas práticas globais

Durante a produção da edição 178.5 da Revista Algomais, sobre como está ocorrendo a vacinação pelo mundo, o cônsul da Eslovênia e presidente do Iperid, Rainier Michael, apontou alguns destaques sobre este momento de enfrentamento da pandemia com os imunizantes desenvolvidos por diversos institutos de pesquisa ao longo do ano passado. Publicamos abaixo a íntegra da sua contribuição que foi uma resposta às perguntas: Qual a nova perspectiva que vai se abrir para o mundo pós-covid com a vacinação? Como os países que estão adiantados na campanha de imunicação (como Israel, Estados Unidos e Reino Unido) podem saltar na frente da retomada econômica? O IPERID tem enfatizado, desde o início da pandemia em 2020, a importância do intercâmbio internacional de boas práticas e equilíbrio entre as ações de saúde pública, desenvolvimento sustentável e economia, com o apoio da rede consular. No que se refere às boas práticas de saúde pública, temos que observar atentamente: • Israel, que saiu na frente na sua campanha de vacinação e trazendo valiosos dados estratégicos no combate a esta pandemia; • Indonésia, cuja estratégia de vacinação coloca os mais jovens em primeiro lugar, ao contrário da maioria dos países. Na Mobilidade global, observamos que muitas fronteiras físicas se fecharam desde o início desta pandemia e esta tendência se manterá por muito tempo, mesmo após a pandemia. Na indústria,  a discrepância da capacidade de se desenvolver insumos, produzir e distribuir vacinas trará grandes desafios para o equilíbrio global, aumentando o hiato entre países ricos e pobres. Como tendências podemos apontar: logística, start-ups, energias renováveis e empresas que tenham ação concreta de Environmental Social and Governance (ESG) em seu planejamento estratégico. Esse conjunto representa questões estratégicas que nortearão as grandes tendências deste ano. Finalmente, teremos um grande questionamento popular e governamental frente à concentração do mundo online e da educação em oligarquias. A IPERID estará tratando destas temáticas importantes ao longo deste desafiador ano de 2021.

Vacinação: Rainier Michael defende o intercâmbio de boas práticas globais Read More »

Consulado Geral do Japão faz doação de quimonos para projeto social

O Consulado Geral do Japão no Recife, representado pelo Sr. Cônsul Geral Hiroaki Sano, presenteou o projeto social Kibo Dojo com 30 quimonos de judô. As entregas aconteceram na última quarta-feira (dia 20) e contemplaram 20 crianças e 10 adultos. Participaram do ato de entrega os senhores Fábio Pessoa, presidente do Kibo Dojo, e Deyvison Souza, tesoureiro da organização, que atua no bairro do Ipsep há mais de 6 anos na formação de atletas na modalidade. A doação foi feita pelo JUDOs, uma ONG presidida pelo medalhista de ouro nas Olimpíadas de Sidney, o lendário judoca Kousei Inoue. A entrega faz parte do um projeto de contribuição internacional através do esporte, chamado de “Sport for Tomorrow”, promovido pelo governo japonês para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Consulado Geral do Japão faz doação de quimonos para projeto social Read More »

Os Estados Unidos na encruzilhada: desafios e perspectivas de Biden (Por Thales Castro)

Guiados pelo ímpeto democrático-representativo, os EUA foram e continuam sendo, desde sua independência em 1776, farol das liberdades individuais, do pluralismo e da estabilidade do sistema político presidencialista sob forma federal. A Revolução Americana de 1776 – embora não tão citada na historiografia contemporânea como a coirmã da Revolução Francesa de 1789 – representa marco indelével para o Ocidente que bebe da fonte greco-romana e judaico-cristã. Os ideais ali postos desde a publicação dos Federalists Papers de 1788 de Hamilton, Madison e Jay continuam inspirando grandes democracias no mundo e seus processos políticos internos. Os fatos recentes na política norte-americana durante a gestão conservadora-nacionalista de Trump (2017-2021) representam, de fato, ponto de inflexão. Rompendo com várias tradições e liturgias desse país que preza pela robustez de suas instituições, o lapso temporal que vai de 3 de novembro de 2020 (eleições) até 20 de janeiro de 2021 (posse de Biden) foram de instabilidade sistêmica, gerando incertezas na diplomacia, na política mundial e nos mercados financeiros. Outras decorrências de tal momento foram simbolismos personalistas de retrocesso e violência recrudescente. O zênite do lapso temporal em questão foi a invasão aberrante e inadmissível (com mortes) ao Capitólio no dia 6 de janeiro do corrente. Desta feita, a posse de Biden que misturou emoções contidas, hipnose coletiva e veias de esperança foi um verdadeiro threshold desta “terra em transe” – lembrando o filme de 1967 do Cinema Novo do grande Glauber Rocha. A questão fundamental é: Trump é mera causa ou consequência imprudente de um mundo disforme em ebulição, cuja aceleração de tais transformações se deu a partir da crise sanitária do coronavírus (2019-2021)? Quem veio primeiro? Foi a crise migratória Europeia de 2015 – a maior desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) – que precipita o Brexit e a própria eleição de Trump em 2016? Ou Trump representou, como arquétipo, a eclosão de forças obscuras que temos no âmago da “vontade de potência”, como assim preconizava Nietzsche? Apesar de olharmos para um terreno pantanoso, nem tudo é fetichismo de derrota e de demonização de Trump. O ex-presidente conseguiu ter alguns êxitos pontuais nas agendas externa e doméstica: conduziu ampla reforma tributária que repatriou recursos e empresas norte-americanas; conseguiu abrir o diálogo com o ditador norte-coreano Kim Jung-Un, buscando uma tentativa de paz na Península da Coreia; iniciou diálogo de paz com os Taliban no Afeganistão; e, por fim, desenvolveu geopolítica ousada que trouxe ganhos concretos para Israel, que passou a ser reconhecido pelo Bahrain e pelos Emirados Árabes Unidos com regularização de voos comerciais com a Arábia Saudita. As taxas de desemprego pré-crise sanitária chegaram aos baixíssimos patamares de 3,5%. Ou seja, há sempre vertentes binárias de ganhos e perdas; otimismo e pessimismo; erros e acertos. Ao final, a contabilidade político-eleitoral líquida do contexto revelou a preponderância de erros, dramas e danos que culminaram na vitória de Biden e Kamala Harris. Há muitas perguntas que estão e ainda permanecerão no ar. Outras tantas precisarão ser respondidas de maneira mais objetiva e imediata pelo novo mandatário do Partido Democrata. Por exemplo: o pacote de Biden de ajuda econômica de US$ 1,9 trilhão de ajuda imediata às famílias será eficaz e terá saúde fiscal efetiva no médio prazo? Gozando de maioria em ambas as Casas do Congresso, Biden terá árduo trabalho a desempenhar naquilo que chamo de “política sistêmica do sinal trocado”, ou seja, reverter várias decisões administrativas da gestão anterior no campo da imigração, relações internacionais (especialmente com aliados históricos na Europa e com a China), energia, clima (Acordo de Paris de 2015) num país fraturado. O quadro geral político, empregatício e social é dantesco para Biden: 10 milhões de desempregados numa população geral de 330 milhões de habitantes. A economia só recuperou cerca da metade dos 22 milhões de empregos que havia perdido no pico da pandemia. A taxa de desemprego em dezembro foi de 6,7%, menor do que seu máximo de 14,7% em abril de 2020, mas ainda muito maior do que as mínimas históricas, de 3,5% em fevereiro de 2020. Em dezembro, houve, igualmente, uma queda de 0,7% de vendas no varejo. Hoje dados oficiais do Census Bureau confirmam que 14 milhões de pessoas têm aluguéis residenciais em atraso. A recuperação da atividade econômica, do emprego formal e do capital político internacional e de liderança diplomática serão o grande desafio para a nova administração. Oxalá, tenhamos ventos favoráveis nestes mares revoltos e que consigamos atracar em porto seguro em breve. O trinômio paz, segurança e estabilidade – tão necessário na área internacional – precisa também estar presente nas democracias maduras e naquelas que ainda precisam entabular mudanças e melhorias institucionais como a nossa aqui nos trópicos. Avante! *Thales Castro é Consul de Malta e vice-presidente do Iperid

Os Estados Unidos na encruzilhada: desafios e perspectivas de Biden (Por Thales Castro) Read More »

"Queremos dobrar o comércio entre os EUA e o Brasil nos próximos 5 anos"

A nova cônsul geral dos Estados Unidos no Recife, Jessica Simon, conta na coluna do Iperid quais os seus planos para o trabalho na região e aponta algumas perspectivas de parcerias entre o seu País e a região Nordeste. Nascida em Oregon, ela é formada no bacharelado em Psicologia e possui mestrado em Relações Internacionais. Na carreira diplomática já atuou no Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro, trabalhou em Washington como Diretora Assistente de Comunicação no Escritório do Representante Especial para o Afeganistão e Paquistão. Ela também trabalhou nas Embaixadas dos Estados Unidos em Tel Aviv, em Israel, e Cabul, no Afeganistão. Quais as suas perspectivas para a condução do Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife? Há alguma área que pretende priorizar, como a diplomacia econômica ou cultural? O Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife foi fundado há mais de 200 anos. É o primeiro consulado americano no Brasil e um exemplo do duradouro e forte relacionamento entre Brasil e os Estados Unidos. Por isso é tão especial estar no Nordeste como cônsul-geral e ter a oportunidade de trabalhar junto com instituições locais para avançar interesses mútuos que beneficiem brasileiros e americanos. Uma dessas áreas é a diplomacia econômica, pois queremos intensificar nosso comércio bilateral para criar oportunidade de bons negócios para todos, além de gerar mais empregos aqui na região. Dentre outras prioridades, quero destacar também nosso apoio para projetos, feito através de edital, em setores diversos, como empreendedorismo e STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), do incentivo do ensino de inglês e capacitação de professores, concretizado a partir de parcerias com governos estaduais e com especialistas americanos e do centro binacional no Recife, a ABA.  Como pode-se notar com esse exemplo, não podemos alcançar resultados sem grandes parcerias, e tenho ficado realmente impressionada com o comprometimento e liderança de nossos parceiros locais. Nos próximos anos, vou trabalhar para estreitar parcerias já existentes, descobrir potencialidades emergentes na região e ampliar o diálogo com todos os membros do Consorcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. Você já conhecia a região? Quais os principais temas que pretende atuar entre as questões de cooperação internacional aqui em Pernambuco? Esta é a segunda vez que moro e trabalho no Brasil como diplomata americana. Já atuei no Consulado Geral dos EUA no Rio de Janeiro e meu marido e filhos são brasileiros. Já conhecia algumas praias do Nordeste como turista - e já achava a região linda!  E agora estou tendo uma nova perspectiva sobre os oito estados que fazem parte de nosso distrito consular: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Piauí e Maranhão. Em todos esses estados vamos buscar cooperações nas áreas de energia renovável, tecnologia (proteção das redes do 5G, por exemplo), portos e infraestrutura (principalmente água e saneamento). Quero continuar a aprender mais sobre os interesses que os Estados Unidos e o Nordeste têm em comum para poder trabalhar ainda mais juntos.  Desde minha chegada, viajei para João Pessoa, na Paraíba, e para Natal, no Rio Grande do Norte - em companhia do embaixador Todd Chapman, que também participou de reuniões no Recife.  Já fiz encontros online com governadores e representantes de instituições da região. E participei de eventos virtuais, como o CEO Forum, promovido pela Amcham-Recife; o Diálogos de Comércio Exterior, da Apex; e o 12 Fórum Nacional Eólico, a convite do Centro de Estratégias de Recursos Naturais e Energia (Cerne). Em todos esses eventos tratamos sobre questões de relevância para a cooperação entre nossos países. Estamos também trabalhando em parceria com os estados de Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste. Um exemplo de nossas cooperações são as bolsas de estudos para curso de Inglês que recentemente oferecemos para governadores de cada estado: cada um poderá nomear um grupo de funcionários afro-brasileiros ou indígenas do governo para apoiar a profissionalização de suas habilidades em inglês. E espero que em breve possamos a promover mais um U.S. Business Forum, evento quadrimestral organizado pelo escritório Comercial (FCS, Foreign Commercial Service) e que reúne mais de 40 empresas norte-americanas que operam na região, o que possibilita o constante debate sobre os principais desafios e oportunidades no Nordeste. Brasil e Estados Unidos estreitaram as relações nos últimos anos. Em 2020, vivemos um período difícil de travessia da pandemia. Como você observa a relação entre Brasil e Estados Unidos nesse novo contexto de muitas dificuldades sanitárias e econômicas? Cheguei em um momento de desafios para todo o mundo, em que precisamos nos unir para combater a pandemia da Covid-19. Combater a Covid é um desafio compartilhado, e os EUA tem apoiado o Brasil desde o início da pandemia. Entre essas iniciativas de apoio, está a doação feita à Pernambuco. Contamos com a parceria do SAMU e do Centro Comunitário da Paz (Compaz) para que profissionais da saúde recebessem equipamentos de proteção individual (25 mil máscaras, 14 mil luvas e 12 mil aventais); e para apoiar famílias afetadas economicamente pela pandemia. Foram distribuídas 2.310 cestas de alimentos e 5.700 kits de higiene em 32 comunidades de 15 bairros do Recife. As duas doações somam um total de 98.500 dólares (aproximadamente 550 mil reais). E outras ações semelhantes foram feitas em todo o país. Mesmo que este ano tenha sido desafiador, nós ainda identificamos nossos objetivos na área comercial: queremos dobrar o comércio entre os EUA e o Brasil nos próximos cinco anos. Os desafios atuais não mudam o fato de que os Estados Unidos e Brasil têm muitas oportunidades ainda inexploradas para aumentar o comércio bilateral, e de que os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de bens manufaturados de valor agregado. Estamos aqui para dar continuidade dessa relação e criar novas oportunidades.   Com a vitória de Joe Biden na presidência dos EUA, o que deve mudar na condução da historicamente diplomacia internacional americana? Algo muda em relação ao Brasil? Os Estados Unidos e o Brasil compartilham uma parceria vibrante que se estende por dois séculos de interesses mútuos e valores compartilhados. Este relacionamento continuará sólido e forte.

"Queremos dobrar o comércio entre os EUA e o Brasil nos próximos 5 anos" Read More »

Consulado de Malta inaugura novo escritório no Recife

O cônsul de Malta Thales Castro inaugurou um novo escritório da organização diplomática. Em um evento restrito, respeitando os protocolos de segurança sanitária, ele recebeu convidados no seu novo endereço, que fica no Empresarial Internacional Business Center. O evento celebrou também o marco de 10 anos de nomeação de Thales Castro à frente do consulado do país europeu. O cônsul é também vice-presidente do Iperid e professor da Universidade Católica de Pernambuco. Ele também foi presidente da Sociedade Consular Pernambucana entre 2010 e 2019. . . A nova sede é fruto de uma parceria estratégica e cooperação entre o Consulado de Malta e o Lapenda Advogados. A partir de agora fica fortalecida a atuação internacional do Lapeda Advogados. Mais informações sobre a atuação consular no site: www.maltaconsulrecife.eu . . Malta é o menor País europeu, localizado em um arquipélago no Mar Mediterrâneo, com aproximadamente 450 mil habitantes, numa extensão de apenas 316 km². Malta é um dos integrantes da União Europeia e tem o Euro como moeda oficial. Atualmente, Malta tem apenas dois consulados no Brasil, um em São Paulo e outro no Recife, que é o principal hub diplomático do Nordeste. . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

Consulado de Malta inaugura novo escritório no Recife Read More »