Wanderley Andrade – Página: 13 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

Wanderley Andrade

Conheça “Rodin”, filme que provocou polêmica em Cannes

“É um Filme velho! ” Assim gritou um jornalista espanhol ao final da projeção do longa Rodin na 70ª edição do Festival de Cannes realizada em maio. Os jornalistas que participaram da sessão não perdoaram o mais novo trabalho do experiente diretor francês Jacques Doillon. Muitos, inclusive, questionaram se o filme realmente merecia estar entre os selecionados. A crítica maior ficou para a forma tradicional, até novelesca, escolhida por Doillon para contar a história do famoso escultor francês. Recentemente, Rodin foi exibido no Festival Varilux de Cinema Francês, evento realizado em 55 cidades do Brasil, cinco delas em Pernambuco. Rodin é considerado o progenitor da escultura moderna, um artista de renome mundial. Apesar disso, o filme de Doillon parece mais se preocupar com a vida promíscua do artista. Ele é retratado como um verdadeiro Don Juan francês, que mistura seu trabalho aos momentos de prazer com aquelas que servem de modelo para suas esculturas. Na história, Rodin (Vincent Lindon) vive com Rose Beuret (Séverine Caneele), mas costuma trair sua companheira com as alunas que frequentam seu atelier, entre elas, a famosa escultora francesa Camille Claudel (Izïa Higelin). Esse romance serve de norte para boa parte da trama. A cenas de amor entre Rodin e Camille estão entre os bons momentos do filme, graças também à boa química entre os atores Vincent Lindon e Izïa Higelin. A rotina de Rodin com a família também é mostrada. Rotina conturbada, por sinal. Rose não aceita as constantes traições do marido que, por sua vez, não mantém boa relação com o filho, a ponto de pedir que não o chame de pai, mas de mestre. O filme tem um roteiro ruim. Os fatos e subtramas são jogados ao espectador de forma quase que aleatória, tornando a história cansativa. Apesar do roteiro fraco, resta um alento: a bela fotografia de Christophe Beaucarne. O belga, que traz no currículo quatro indicações ao César (um dos mais importantes prêmios do cinema francês), faz um excelente trabalho no registro das cenas externas e das que acontecem dentro do atelier de Rodin, as que aparecem o artista moldando suas esculturas. Rodin ainda pode ser visto no Cinema da Fundação, que estendeu por mais uma semana a programação do Festival Varilux de Cinema Francês. Será exibido no sábado (24) às 20h, no Cinema do Museu. Confira a programação completa.

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Recife respira cinema (Por Wanderley Andrade)

Opções não faltam no Recife para aqueles que não dispensam um bom filme. Começou esta semana na cidade dois grandes eventos relacionados à sétima arte: o Festival Varilux de Cinema Francês e a Mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema. A edição 2017 do Festival Varilux de Cinema Francês, que teve início no último dia 7, traz como ponto forte a diversidade em sua programação. Filmes autorais, comédias, filmes infantis: ao todo serão exibidas 19 produções, inéditas no Brasil, incluindo um documentário e um clássico. Grandes nomes do cinema francês serão vistos na tela grande, como Gérard Depardieu, Catherine Deneuve, Juliete Binoche e Marion Cotillard. Além de produções recentes como Rodin (filme exibido recentemente em Cannes, que conta a história do famoso escultor francês), será exibido o clássico Duas Garotas Românticas. A comédia-musical, indicada ao Oscar de melhor trilha sonora em 1969, chega em 2017 ao seu 50º aniversário. É dirigida por Jacques Demy e Agnès Vardia e traz no elenco a atriz Catherine Deneuve. O evento acontece em mais de 55 cidades do Brasil. Em Pernambuco, os seguintes cinemas recebem o festival: São Luiz, Cinema do Museu (Fundação Joaquim Nabuco), Moviemax Rosa e Silva, Cinemark Shopping RioMar, Cinépolis Guararapes e Cine Theatro Guarany, na cidade de Triunfo. A programação segue até o dia 21 de junho. A mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema começou no último dia 6 na Caixa Cultural Recife. O evento faz uma mais que merecida homenagem a uma das grandes atrizes do cinema brasileiro. A mostra, idealizada pela filha de Zezé Motta, a produtora cultural Carla Barbosa, exibirá, ao todo, 20 importantes filmes da carreira da atriz, entre eles, Xica da Silva (1976), Para Viver Um Grande Amor (1983) e Bom Dia Eternidade (2010). Na programação paralela, o destaque fica para a palestra A Mulher Negra no Cinema Nacional, no dia 9, que trará uma importante e necessária reflexão sobre o papel da mulher negra no cinema brasileiro. Além da palestra, será realizado na terça (13) um debate que contará com a presença de Zezé Motta e do diretor Cacá Diegues. Programação Festival Varilux de Cinema Francês: http://variluxcinefrances.com/2017/programacao/ Mostra Zezé Motta – 50 Anos de Cinema: https://www.facebook.com/MostraZezeMotta50AnosDeCinema/

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“Mulher-Maravilha” marca nova fase da DC nos cinemas

É fato para quem curte filmes de super-heróis que desde a excelente trilogia do Cavaleiro das Trevas a DC não conseguiu produzir mais um único filme que chegasse à altura do rico universo de suas HQs. Diria mais: à altura dos produzidos por sua principal concorrente, a Marvel. Apesar do bom retorno alcançado nas bilheterias mundiais, o longa Batman Vs Superman: A Origem da Justiça não agradou a crítica. Pode-se dizer o mesmo do fraco Esquadrão Suicida, que chegou a ser comparado aos dois filmes do Batman dirigidos por Joel Schumacher na década de 90, listados entre as piores adaptações de HQs do cinema. Mas essa fase ruim pode estar acabando. Com grande aprovação da crítica mundial, chega aos cinemas nesta quinta Mulher-Maravilha, longa que poderá ser o marco da boa relação da DC com a crítica especializada e com os fãs mais exigentes. A história apresenta a origem da heroína, conta detalhes de sua infância quando, ainda menina, assistia admirada ao treinamento das amazonas na ilha paradisíaca Themyscira. Descobrimos que essa inclinação para o combate vem atada a uma grande missão que precisará realizar no futuro. O roteiro de Mulher-Maravilha é de Geoff Johns e Allan Heinberg, dupla que tem vasta experiencia nos quadrinhos – trabalharam juntos na HQ da Liga da Justiça e na revista solo da Mulher-Maravilha. Bem diferente da bagunça que é o roteiro de Batman Vs Superman, neste, os personagens são melhor construídos. A protagonista cresce junto com a trama, que tem o seu ápice no momento em que não existem mais dúvidas, quando Diana descobre quem realmente é e qual sua verdadeira missão. A forma como é desenvolvida a interseção entre o mundo dos homens e o mundo mítico das amazonas rende bons momentos, como aquele em que a heroína, enfurnada numa loja de roupas femininas, tenta encontrar alguma que se adapte ao seu perfil de guerreira. Foi necessário um filme todo seu para que a atriz israelense Gal Gadot pudesse mostrar por que a escolheram para encarnar uma das principais heroínas dos quadrinhos. Após uma apagada participação em Batman Vs Superman, Gadot brinda os fãs com uma grande atuação que honra o legado deixado por outras atrizes que também interpretaram a heroína, como Lynda Carter. Recentemente, a atriz, que viveu a amazona na TV, rasgou elogios para Gadot em seu Twiter. Nomes conhecidos do cinema mundial e da TV foram escalados para o filme. Chris Pine (trilogia Star Trek, A Qualquer Custo) interpreta o espião americano Steve Trevor, par romântico da protagonista. O ator limita-se a uma atuação burocrática, apesar da relevância de seu personagem para a trama. Para os fãs de House of Cards, a boa surpresa é a presença da atriz Robin Wright, protagonista da série. No longa ela interpreta a amazona Antiope. Tem também a atriz dinamarquesa Connie Nielsen que vive Hipólita, mãe de Diana. Ela traz na bagagem filmes como Gladiador e Advogado do Diabo. Por fim, destaco a participação do ator britânico Ewen Bremner, conhecido por interpretar o atrapalhado Spud, do filme cult Trainspotting. Confira o trailer:   *Por Wanderley Andrade, jornalista e crítico de cinema

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Universal Pictures anuncia nome de sua nova franquia

Seguindo a onda dos universos compartilhados da Marvel e DC, a Universal Pictures anunciou esta semana o nome de sua mais nova série de filmes: “Dark Universe”. A franquia revisitará os grandes clássicos de monstros do estúdio. Alex Kurtzman (Star Trek) e Chris Morgan (Velozes e Furiosos 7) são os responsáveis pela criação deste universo. O pontapé inicial já acontece em junho deste ano, com a estreia do longa “A Múmia”. O tema musical, assinado por Danny Elfman (quatro vezes indicado ao Oscar) e a logo do projeto serão exibidos antes do filme. Em entrevista, Elfman falou sobre o convite: “Os monstros eram a minha vida e estes monstros icônicos da Universal eram quase como membros da minha família. Eu simplesmente não seria o mesmo sem eles. Quando eu tive a oportunidade de compor um tema para a logo do Dark Universe, aceitei na hora. O que poderia ser mais divertido do que me conectar a este mundo que está enraizado em minha alma? Eu tentei encontrar algo que fosse novo, mas que tivesse ligações com o passado – as origens – pelo menos de uma forma sutil.” Além das indicações ao Oscar, Elfman é conhecido por compor o tema da série “Os Simpsons”. O estúdio também revelou detalhes do próximo filme da franquia: “A Noiva de Frankenstein”. O longa será dirigido por Bill Condon, que recentemente dirigiu “A Bela e a Fera”, grande sucesso de bilheteria da Disney. A estreia está prevista para o dia 14 de fevereiro de 2019. “Estou muito animado para trazer uma nova versão de A Noiva de Frankenstein ao cinema, principalmente porque a criação original do James Whale ainda tem muita força”, declarou o diretor. A imagem de divulgação do “Dark Universe” revela quais atores estão confirmados para as futuras produções ligadas ao projeto. Além de Tom Cruise, completa a lista Sofia Boutella, Russell Crowe, Javier Bardem e Johnny Depp. Era de Ouro do Terror A Era de Ouro dos filmes de terror da Universal começou com a estreia de “Drácula” em 1931, filme inspirado no livro homônimo de Bram Stoker. A obra fora lançada na Inglaterra em 1924 e adaptada para a Broadway em 1927. E da mesma Broadway veio o ator que interpretaria com perfeição o vampiro nas telas: o ator húngaro Béla Lugosi. A imagem de seu olhar perturbador fruto da bela fotografia do longa, sem dúvida, é uma das mais lembradas do gênero. Logo após “Drácula”, a Universal lançou no mesmo ano outro filme que também conquistaria grande público: “Frankenstein”, inspirado no personagem criado pela escritora inglesa Mary Shelley. A boa atuação no filme do vampiro rendeu a Béla Lugosi o convite para encarnar desta vez o monstro criado pelo Dr. Frankenstein. Mas a contratação do ator não se concretizou, e escalaram o até então desconhecido ator britânico Boris Karloff. O sucesso de ‘Frankenstein” rendeu algumas sequências. A mais cultuada é a de 1935, “A Noiva de Frankenstein”. O bom retorno financeiro alcançado com essas produções motivou o estúdio a investir em novos filmes do gênero. Completam a lista: A Múmia (1932), O Homem Invisível (1933), O Corcunda de Notre Dame (1939), O Lobisomem (1941) e O Monstro da Lagoa Negra (1954).    

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Aliança Francesa recebe a Mostra Cinema e Direitos Humanos

Trazendo como proposta a consolidação da cultura e da educação em Direitos Humanos através da linguagem cinematográfica, chegou à Aliança Francesa Recife a 11ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos. O evento, que começou na terça (16), é realizado pelo Ministério dos Direitos Humanos e tem produção do Instituto Cultura em Movimento (ICEM). Os filmes serão distribuídos em quatro mostras: Panorama, Temática, Homenagem e Mostrinha. A mostra Panorâmica contará com curtas e longas-metragens que tratam de temas como discriminação racial, representatividade, direitos da população indígena e saúde mental. Destaque para o curta “Lápis cor De Pele”, de Victória Roque, que traz como proposta a discussão sobre o racismo presente na mídia representado pela falta de crianças negras nos meios de comunicação. Outro que chama a atenção é o curta “Índios no Poder”, de Rodrigo Arajeju, que questiona a falta de representantes indígenas no Congresso Nacional. A mostra Temática exibirá filmes que falam sobre a questão de gênero. Ao todo, serão sete filmes, entre eles, “Meu Nome é Jacque”, de Angela Zoé. O documentário conta a história de Jaqueline Cortês, uma transexual brasileira que teve a vida marcada por lutas e que se tornou representante do governo brasileiro na ONU. Na mostra Homenagem, a homenageada deste ano será a diretora paulista Laís Bodansky. Serão exibidos cinco filmes de sua filmografia. Destaque para o longa de ficção “As Melhores Coisas do Mundo”, fruto de longas entrevistas com adolescentes de sete colégios de São Paulo. O filme é inspirado na série de livros “Cidadão-aprendiz”, escrita por Gilberto Dimenstein e Heloisa Pietro. A novidade desta edição é a Mostrinha, com filmes voltados para o público infanto-juvenil. A Maurício de Souza Produções marcará presença no evento, com quatro curtas da Turma da Mônica. Além das animações, a mostra contará também com o documentário “Meninos e Reis”, de Gabriela Romeo. Ele fala sobre a participação de crianças no reisado, festa popular do Cariri cearense. Mais informações: http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br/2015/ Fanpage: https://www.facebook.com/mostradecinemaedireitoshumanosnomundopernambuco/ Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema  

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Caixa Cultural Recife recebe mostra sobre Pedro Almodóvar

Estreou na terça (9), na Caixa Cultural Recife, a mostra El Deseo – O Apaixonante Cinema de Pedro Almodóvar. Serão exibidos todos os 22 longas que integram a filmografia do diretor e mais dois documentários sobre sua vida e carreira. A mostra tem curadoria da pesquisadora argentina Silvia Oroz e do jornalista Breno Lira. Silvia participará também de um debate sobre o diretor e estará à frente de um master class. Para saber todos os detalhes da mostra, o colunista Wanderley Andrade conversou com Breno Lira, admirador confesso da obra de Almodóvar. Como surgiu a “Mostra El Deseo”? Eu tive a ideia de fazer a mostra em 2009. Foi a primeira vez que me inscrevi em um edital da Caixa Cultural. Só que o projeto não foi selecionado. Inscrevi outra vez e eles selecionaram para acontecer aqui no Rio de Janeiro em 2011. Depois disso, a mostra já foi para Curitiba, Brasília, ano passado levei para Belo Horizonte e agora Recife, na Caixa Cultural. Sempre gostei dos filmes do Almodóvar. Sempre tive curiosidade de saber os detalhes de todo o processo de realização dele, como escrevia aquelas histórias, de onde vinham. Convidei Silvia Oroz, que divide a curadoria comigo, a montar o projeto da mostra e apresentar para a Caixa. A mostra tem o mesmo formato das que aconteceram nas outras cidades? No Rio, além dos filmes do Almodóvar e dos documentários que estamos apresentando em Recife, tínhamos incluído alguns trabalhos que o diretor produziu pela El Deseo e longas que serviram de referência para seus filmes. Isso foi possível pois tínhamos a disposição duas salas de exibição. Só consegui levar dessa forma para belo horizonte. Nas outras cidades, até por conta da duração, algumas com apenas uma semana, como aconteceu em Curitiba e Brasília, tive que reduzir e fazer essa versão mais compacta que inclui todos os longas dele e esses dois documentários que descobrimos quando estávamos realizando a primeira mostra. De Recife, a mostra seguirá para quais cidades? Ainda tenho vontade de levar a mostra para São Paulo e Fortaleza, que são duas cidades que têm unidades da Caixa Cultural. Como a Caixa tem sido parceira desde o início, tenho priorizado seus editais. Estamos conversando também com outras cidades. Mesmo fazendo uma mostra só com os filmes, sem oferecer catálogo, existe um custo mínimo. É necessário um patrocínio, uma pessoa interessada, alguma empresa que possa bancar o projeto. Qual característica da obra de Almodóvar mais chama tua atenção? Sempre falam sobre como Almodóvar usas as cores em seus filmes. E realmente é algo que chama a atenção. Durante a infância, ele viveu numa região da Espanha que não era muito colorida, uma região mais seca, mais cinzenta. Ele tinha apenas as cores dos filmes que via no cinema. Às vezes até o excesso de cores que usa vem um pouco dessa carência de cor durante a infância. O interessante no trabalho do diretor, desde o “Pepi, Luci e Bom”, que é o primeiro, até o ”Julieta”, é a forma como constrói seus roteiros, tanto nos originais, quanto nas adaptações. Percebe-se sua evolução como roteirista. Se você assistir toda a mostra vai perceber isso. Os roteiros do Almodóvar são uma verdadeira aula de como escrever uma história para cinema, com todas as maluquices e estranhezas que sua filmografia tem. Como começou sua parceria com Silvia Oroz? Nós trabalhávamos no curso de cinema da Universidade Estácio de Sá no Rio. Minha função no curso de cinema era organizar sessões de filmes seguidas de debates para os alunos da universidade. Silvia sempre participava como mediadora. Eu sabia que ela tinha uma pesquisa grande sobre melodrama latino-americano. Nas conversas com ela, descobri que gostava do trabalho do Almodóvar, que pesquisava a obra dele também, mas nunca tinha publicado nada. Daí comecei a falar sobre o projeto da Mostra, de sua participação ao meu lado na curadoria e sobre ela promover uma master class falando justamente da relação do Almodóvar com o melodrama, que são dois assuntos que domina. Foi importante ter esse peso da Silvia no projeto por conta até de todo o conhecimento que tem. Ela é argentina, mas mora no Brasil há mais de 30 anos. Fugiu da ditadura com o marido e se estabeleceu trabalhando em cinemateca, acervos e atualmente como professora universitária. PROGRAMAÇÃO 11/05– quinta-feira 17h – MATADOR – Duração: 1h36 – 18 anos 19h – A LEI DO DESEJO – Duração: 1h40 – 16 anos 12/05 – sexta-feira 17h – FILMES QUE MARCARAM ÉPOCA – TUDO SOBRE MINHA MÃE – Duração: 52 min – 10 anos 18h10 – TUDO SOBRE O DESEJO – O APAIXONANTE CINEMA DE PEDRO ALMODÓVAR – Duração: 49min – 10 anos 19h15 – Debate: O CINEMA DE PEDRO ALMODÓVAR – 90 min 13/05 – sábado 15h – KIKA – Duração: 1h52 – 14 anos 17h15 – DE SALTO ALTO – Duração: 1h53 – 16 anos 19h30 – MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS – Duração: 1h35 – 12 anos 14/05 – domingo 16h – Master class: PEDRO ALMODÓVAR E O MELODRAMA – 120 min 16/05 – terça-feira 17h – A FLOR DO MEU SEGREDO – Duração: 1h42 – 14 anos 19h – ATA-ME! – Duração: 1h41 – 18 anos 17/05 – quarta-feira 17h – CARNE TRÊMULA – Duração: 1h39 – 18 anos 19h – TUDO SOBRE MINHA MÃE – 1h40 – 14 anos 18/05– quinta-feira 17h – MÁ EDUCAÇÃO – Duração: 1h45 – 18 anos 19h – FALE COM ELA – Duração: 1h52 – 14 anos 19/05 – sexta-feira 17h – ABRAÇOS PARTIDOS – Duração: 2h09 – 14 anos 19h15 – VOLVER – Duração: 2h01 – 14 anos 20/05 – sábado 15h – AMANTES PASSAGEIROS – Duração: 1h31 – 16 anos 17h – A PELE QUE HABITO – Duração: 2h13 – 16 anos 19h30 – JULIETA – Duração: 1h39 – 14 anos SERVIÇO El Deseo – O Apaixonante Cinema de Pedro Almodóvar Local: CAIXA Cultural Recife – av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE Telefone: 3425-1915 Data: 9 a 20

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Quando a universidade vai à sala de cinema

O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, em parceria com a UFPE, lança este mês o projeto Lição de Cinema. A ideia é aproximar os espaços de exibição da Fundação aos espaços pedagógicos de ensino da sétima arte. As exibições acontecerão sempre nas primeiras sextas-feiras de cada mês no cinema da Fundação/Museu, em Casa Forte. Estudantes e professores terão entrada franca. O primeiro filme será exibido já nesta sexta (05), às 13h30: Gritos e Sussurros, do cineasta sueco Ingmar Bergman. Para falar sobre o projeto, conversei com o jornalista e professor Rodrigo Carreiro. Ele coordena atualmente o bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFPE. Como surgiu a ideia? A ideia surgiu de Ana Farache, coordenadora do Cinema da Fundação. Ela assumiu o cargo há pouco tempo e um de seus objetivos é aproximar os espaços de exibição da Fundação Joaquim Nabuco dos cursos de Cinema de Pernambuco. Como a Fundação e a UFPE são instituições federais, a aproximação foi natural, e o interesse mútuo. O projeto foi delineado a partir de alguns encontros comigo, que ocupo atualmente a Chefia do Departamento de Comunicação Social. Qual a principal finalidade do projeto? A principal finalidade é aproximar os espaços de exibição da Fundação e os espaços pedagógicos de ensino do Cinema. Não há lugar melhor para se aprender a fruir e, em última instância, fazer cinema, do que as salas de exibição. Então pretendemos ajudar a estimular o interesse de estudantes e professores como ferramenta pedagógica, e estimular o desenvolvimento de um gosto estético pelo audiovisual. Qual critério de seleção foi utilizado para a escolha dos filmes que serão exibidos? Tem algum pernambucano na lista? Não existe uma lista pré-definida. Mês a mês, a coordenação do projeto (representantes do Cinema da Fundação e do DCOM) se reunirão para discutir as possibilidades. Os filmes exibidos poderão fazer parte da grade de programação ou partirem de sugestões que permitam enriquecer o cardápio de opções audiovisuais à disposição do público pernambucano. Naturalmente, filmes locais serão discutidos no projeto. Vocês pretendem ampliar o projeto, levando a proposta para outros cinemas do Recife? Num primeiro momento, a ideia é consolidar o projeto e estreitar os laços entre o Cinema da Fundação e os circuitos acadêmico e estudantil de Pernambuco. Se houver possibilidade de ampliar o projeto, faremos isso em uma segunda etapa. Como você avalia a formação em Cinema no Estado? Desde a segunda metade da década passada, surgiram múltiplos cursos de cinema em vários níveis (profissional, acadêmico, pós-graduação, técnico), e acredito que isso tem ajudado tanto a formar um olhar crítico aguçado no público quanto auxiliado na formação de profissionais mais cientes de suas responsabilidades artísticas e sociais. Serviço: Cinema da Fundação/Museu Endereço: Av. Dezessete de Agosto, 2187 – Casa Forte, Recife Telefone: (81) 3073-6272 Site: http://cinemadafundacao.blogspot.com.br/

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Cinema Pernambucano: Camilo Cavalcante

Sua filmografia é composta por 14 curtas e um longa-metragem. Além de dirigir e produzir filmes, realizou o projeto “Cinema Volante Luar do Sertão”, levando sessões gratuitas de cinema para municípios do semiárido. Também é de sua autoria a série de TV “Olhar”, exibida pelo canal Brasil. O Cinema Pernambucano é destaque mais uma vez na Coluna Cinema e Conversa. Hoje, falo sobre um dos grandes nomes da sétima arte no Estado: Camilo Cavalcante. Atualmente, Camilo está produzindo o curta “Beco”, documentário sobre pessoas comuns que costumam passar pelo Beco do Inferno, localizado no mercado de Afogados, no Recife. No último dia 7, seguiu para a Bolívia para o início das gravações de seu segundo longa de ficção,“King Kong En Asunción”. O filme narra a história de um velho matador de aluguel que segue viajem para o Paraguai em busca de notícias de sua única filha. Compartilho agora com vocês minha impressão sobre dois curtas-metragens de sua filmografia. A História da Eternidade (2003) Curta – 35mm – 10 min.   Em 2014, Camilo lançou “A História da Eternidade”, seu primeiro longa-metragem. O filme conquistou diversos prêmios nos festivais por onde passou, não apenas no Brasil, mas também no exterior. Participou, inclusive, em 2014, do International Film Festival Rotterdam, Holanda. Mas antes de produzir o longa, o diretor havia realizado em 2003 um curta homônimo, também bastante premiado. A história é toda contada em um plano-sequência que se inicia com o registro de um parto em uma casa humilde do sertão e termina com a mesma cena, assistida na TV por um idoso. É uma história de ciclos, que passa pela vida e a morte. O curta é um misto de sonho e pesadelo. Trouxe a minha mente lampejos de alguns filmes de Fellini, conhecidos por sua poesia e mergulho no mundo dos sonhos.   Prêmios: Melhor Direção – 36o. Festival de Cinema de Brasília Melhor Direção de Arte – CINE PE Melhor Fotografia e Melhor Curta (Júri Popular) – Festival de Cinema de Cuiabá Melhor Direção – Festival de Cinema de Belém Prêmio Banco do Nordeste de Cinema e Prêmio Aquisição do Canal Brasil – Cine Ceará Prêmio da Crítica – Mostra Internacional de Curtas de Belo Horizonte Prêmio da Crítica – Festival de Cinema de Vitória Melhor Ficção – Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro Rapsódia Para Um Homem Comum (2005) Curta – 35mm – 35 min. A história acontece no período da ditadura, mais especificamente na década de 70. Conhecemos Epaminondas, um funcionário público de classe média baixa, cuja vida é dominada pelo amargor da rotina. Como se tivesse bolas de ferro atadas aos tornozelos, ele se arrasta em direção ao ciclo diário casa-trabalho, trabalho-casa. A caminhada marcada pela presença do tédio e desânimo chega ao fim quando, sentado à sombra de uma árvore, ouve na residência a sua frente o som de uma bela canção. Através da janela, vê uma mulher tocando piano. Desde então, sua agenda diária ganha mais um compromisso: sentar à sombra da árvore e apreciar as belas melodias extraídas do piano por aquela desconhecida. Mas a alegria de Epaminondas dura pouco. Certo dia, presencia a mulher sendo espancada pelo marido. A cena que viu plantará em seu coração uma semente de ódio que o levará a tomar uma dura decisão. Considero este um dos melhores curtas realizados por Camilo. Uma história simples, é verdade, sem muitas surpresas, mas bem amarrada, sem pontas soltas, guiada por uma bela trilha sonora. O elenco é composto por atores da região, como os recifenses Cláudio Jaborandy (Velho Chico, Sete Vidas) e Magdale Alves (Justiça, Amores Roubados), além do já falecido ator, natural de Cortês, Jones Melo, que além de trabalhar em filmes como Amarelo Manga e Baile Perfumado, é também lembrado por sua atuação em comerciais de uma grande rede de farmácias. Prêmios Melhor Curta-metragem (Prêmio da Crítica), Melhor Direção, Melhor Ator e Prêmio Canal Brasil – Festival de Cinema de Brasília Melhor Ficção – Mostra Curta Cinema Melhor Direção de Arte – CINE PE Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Ficção e Melhor Curta-metragem – FAM (Festival Audiovisual Mercosul) Melhor Curta-metragem, Prêmio BNB de Cinema, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora Adaptada – 29º. Guarnicê de Cine e Vídeo Melhor Curta-metragem – Amazonas Film Festival Melhor Ator, Melhor Ficção e Melhor Curta-metragem – Cineamazônia 2006 Melhor Curta do Festival dos Festivais – 10° Festival de Curitiba Melhor Curta-metragem – 9° Mostra Brasil Plural *os curtas podem ser vistos no site da produtora Aurora Cinema. http://auroracinema.com.br/tags/curta *Por Wanderley Andrade é jornalista e crítico de cinema

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Cinema Pernambucano: Gabriel Mascaro

Ele já recebeu das mãos do diretor americano Francis Ford Coppola (trilogia O Poderoso Chefão) o prêmio de melhor direção. Seus filmes acumularam prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Sua filmografia abrange curtas e longas-metragens, passando por documentários e filmes de ficção. Alguns deles suscitaram polêmicas e discussões. Outros, encantaram o grande público com suas belas imagens. Na coluna Cinema e Conversa desta semana, relembro dois importantes filmes do cineasta pernambucano Gabriel Mascaro. Um Lugar ao Sol 2009 ‧ Documentário ‧ 1h 11m Mascaro leva o espectador ao mundo dos moradores de coberturas de três grandes cidades brasileiras: Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Incrível como os discursos se repetem no filme, não importa em qual cidade tenham sido pronunciados. Discurso presente nas imagens que se intercalam entre os depoimentos: as sombras dos edifícios invadindo a praia e furtando os raios de sol dos banhistas. Prédios que, filmados de dentro de um elevador panorâmico, ficam cada vez menores. Espanta a arrogância destilada em cada palavra, a ânsia por estar acima das pessoas, tal qual sua cobertura. “É uma sensação de domínio. Parece que estou dominando o espaço. É muito interessante essa relação. Você vai para um plano mais elevado. É gostoso, pois você sente que está dominando todo o ambiente”, assim declarou uma das pessoas entrevistadas. Outra, considera que, morar numa cobertura, proporciona o privilégio de estar mais perto de Deus. E assim segue o documentário, escancarando uma realidade comum apenas a uma ínfima parcela do povo brasileiro. Boi Neon 2015 ‧ Drama ‧ 1h 41m Ele integrou a lista dos dez melhores filmes de 2016 do The New York Times. Acumulou prêmios por onde passou, entre eles, o Prêmio Especial do Júri Orizzonti no Festival de Veneza, a Menção Honrosa no Toronto International Film Festival, o prêmio especial do júri no Festival de Havana, o prêmio de Melhor Direção no Festival Internacional de Cinema de Marrakech (entregue pelo diretor Francis Ford Coppola, então presidente do juri) e quatro prêmios no Festival do Rio. No filme, o ator Juliano Cazarré interpreta Iremar, um vaqueiro que divide o trabalho braçal nas vaquejadas com o sonho de um dia se tornar estilista. Mascaro usa os currais e as vaquejadas como pano de fundo para tratar da questão de gênero, retratando um ambiente social que um dia fora marcado por papeis bem definidos e que hoje passa por grandes mudanças. Além de Iremar, outros personagens dão voz a esse discurso: a caminhoneira Galega (Maeve Jinkins), que trabalha com o transporte de gado e Júnior (Vinicius de Oliveira), um vaqueiro bem vaidoso que tem o hábito de fazer chapinha nos longos cabelos. Difícil não falar também da cena de sexo protagonizada por Cazarré e Samia de Lavor. A atriz estava grávida na época das gravações, o que gerou certa polêmica, dividindo opiniões por onde o filme passou. A cena é um plano-sequência de aproximadamente 10 minutos. Filmografia Boi Neon (2015) Ventos de Agosto (2014) Doméstica (2012) Avenida Brasília Formosa (2010) Um Lugar ao Sol (2009) KFZ – 1348 (2008) Site oficial: http://pt.gabrielmascaro.com *Por Wanderley Andrade, jornalista e crítico de cinema

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Velozes e Furiosos: franquia mostra que não perdeu a força

A morte de Paul Walker em um trágico acidente quando voltava de um evento beneficente levou muitos fãs e até o próprio Vin Diesel a questionar o futuro da franquia Velozes e Furiosos. A fatalidade aconteceu em 2013, no mesmo período em que o ator concluía as gravações do sétimo filme da saga. O roteiro precisou ser reescrito e algumas cenas com Walker geradas com o auxílio de computação gráfica no estúdio do diretor neozelandês Peter Jackson. Impulsionado pela comoção dos fãs, o filme se tornou a terceira maior bilheteria da história do cinema, com a marca de US$ 1,520 bilhão. Ainda que tenha lotado salas de cinema mundo afora, tornou-se inevitável a questão: o que seria da franquia sem um de seus principais atores? Após o hiato de dois anos, a pergunta poderá, enfim, ser respondida. Tal qual um motor turbinado, chega aos cinemas Velozes e Furiosos 8, provando que a equipe de Dominic Toretto ainda não perdeu sua força. Na nova aventura, a relação de amizade e confiança entre Dom (Vin Diesel) e o grupo será profundamente abalada. Após ser chantageado por Cipher, a bela vilã interpretada pela ganhadora do Oscar, Charlize Theron, Dom tomará a difícil decisão de trair os amigos durante uma missão. A partir daí a equipe terá a dura tarefa de caçar aquele que por muito tempo os liderou. Segue-se, então, aquilo que todo fã da série gosta de ver: perseguições, manobras engenhosas, grandes explosões e até (acredite!) uma incrível chuva de carros! Desta vez, o humor é melhor explorado pelo roteiro, diferente do longa anterior, que teve todo um quê de comoção devido a morte de Paul Walker. Dwayne Johnson e Jason Statham aparecem nas sequências mais engraçadas. Interessante observar como seus personagens ganharam força na franquia. Eles também são responsáveis pelas melhores cenas de ação, aquelas que não precisam de muita pirotecnia, inspiradas em clássicos do gênero, como os filmes de Chuck Norris e Steven Seagal. Aos que não se consideram fãs, a dica é não levar o filme tão a sério e tentar seguir de “carona” na história. “Não levar o filme a sério” será até bem fácil, se considerarmos cenas como a da bola de demolição gigante que sai destruindo tudo o que surge pela frente ou aquelas que mostram manobras capazes de romper qualquer lei da Física. Foi assim que resolvi encarar a história, que me proporcionou bons momentos de diversão. Velozes e Furiosos 8 mantém a essência dos outros filmes da franquia: uma história fácil de digerir, turbinada por muita ação e adrenalina. Sem dúvida estará na lista dos melhores filmes de ação do ano. *Por Wanderley Andrade, jornalista e crítico de cinema

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