Mamam celebra 70 anos do Atelier Coletivo: Memória e imaginação da arte Pernambucana
Sete décadas se passaram desde que um grupo de jovens artistas plásticos pernambucanos revolucionou a forma de realizar trocas estéticas, artísticas, além de experimentações de forma autônoma no estado. Com uma construção que exaltou o modernismo, o Atelier Coletivo, como foi chamado, se tornou um divisor de águas nas produções das artes plásticas em Pernambuco. Para celebrar este marco, O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) recebe nos dias 15 e 16 de setembro, das 9h às 17h30, o seminário 70 anos do Atelier Coletivo: Memória e imaginação da arte Pernambucana. Mas o que foi o Atelier Coletivo? Como foi fundado e quais eram seus principais artistas? Para entender melhor essa história precisamos voltar para a década de 50. Quando Abelardo da Hora, inconformado com a forma elitista que as produções artísticas eram produzidas, decidiu criar a Sociedade de Arte Moderna. Neste primeiro momento, com a ideia de dar oportunidade a artistas que não tinham condições de bancar os próprios estudos na Escola de Belas Artes do Recife e de se projetarem no cenário. Porém, somente em 5 de fevereiro de 1952, Abelardo da Hora decidiu criar o Atelier Coletivo, uma extensão do seu projeto inicial, mas que agora tomaria corpo e se tornaria um espaço de trocas, convivência, discussões e de produções individuais e colaborativas, com o objetivo de promover jovens artistas pernambucanos. Ao todo, 21 nomes fizeram parte desse movimento. Podemos destacar: José Cláudio, Wellington Virgolino, Wilton de Souza, Guita Charifker, Gilvan Samico e Corbiniano Lins. Para debater a importância desse movimento, o Seminário 70 anos do Atelier Coletivo: Memória e imaginação da arte Pernambucana vai trazer na sua programação mesas redondas que pretendem repercutir as ressonâncias que esse experimento teve e tem nos dias atuais, o engajamento do movimento e a vanguarda do modernismo pernambucano. O professor Daniel da Hora, neto do criador do Atelier Coletivo, e também o artista plástico José Cláudio, que este ano completou 90 anos, e que foi um dos integrantes do movimento, são alguns dos participantes que vão estar presentes nos debates. O evento é uma realização do REC Cultural, em parceria com o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no através do link: encurtador.com.br/fhGV4 , ou por meio do link disponibilizado na bio do Instagram @mamamrecife. SERVIÇO: Seminário 70 anos do Atelier Coletivo: Memória e imaginação da arte Pernambucana Dias: 15 e 16 de setembro Horários: Das 9h às 17h30 Endereço: R. da Aurora, 265 - Boa Vista, Recife PROGRAMAÇÃO 15 de setembro - (quinta-feira) ABERTURA: Casa, oficina e escola: Memórias do Atelier Coletivo Horário: Das 10h às 12h Convidado: José Claudio - artista Mediação: Júlio Cavani – Autor da Biografia “José Cláudio: Aventuras à Mão Livre”. Mesa 1 Entre o individual e o coletivo: As experimentações artísticas no Atelier Coletivo Horário: Das 14h às 17h Palestrantes: Flávio Weinstein (UFPE), Laura Alves de Sousa (UFPE), Raissa Alves Colaço Paz (UFRPE) 16 de setembro (Sexta-feira) Mesa 2 A "Audácia do Recife": Engajamento, modernismo e interpretação da cultura brasileira Horário: Das 09h30 às 12h30 Palestrantes: Daniel da Hora (UFPB), José Brito (UFAPE), Paulo Marcondes (UFPE) Mesa 3 O Atelier Coletivo e suas ressonâncias: Os ateliês coletivos da contemporaneidade Horário: Das 14h às 17h30 Palestrantes: Joana D´Arc (UNILAB), Maurício Castro, Iara Izidoro (Coletivo Carni)
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