Arquivos Cultura E História - Página 109 De 383 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

isabela cunha marly queiroz fernando freyre e germana valadares

NaFoz realiza sua terceira edição em Apipucos 

A NaFoz, feira que reúne artes visuais, arte popular, design, literatura, agroecologia e música realiza sua terceira edição neste domingo, dia 06 de novembro, a partir das 10h, nos jardins da Casa de Gilberto Freyre e Magdalena, em Apipucos. Desta vez serão 35 expositores. A entrada é gratuita. Usando um grande cubo de madeira e fios de algodão, o artista visual Gabriel Petribú fará uma instalação durante o dia, onde será possível acompanhar de perto o processo de criação da obra e gerar interação com o público. Quando o assunto é arte popular, vem do Vale do Catimbau, os artesãos Luiz Benício e Simone Souza, ambos com trabalhos em madeira. Também do sertão do estado, virá Marcos de Sertânia, criador dos famosos cães esguios talhados em madeira, com suas obras que fazem alusão a cadela de Vidas Secas, do escritor Graciliano Ramos. Da Iha do Ferro, sertão de Alagoas, estarão presentes algumas obras de Van Van e Aberaldo. O Mestre Nena sempre presente NaFoz, representa a Cooperativa de Ceramistas do Cabo de Santo Agostinho, assim como as kokedamas e cactos do Bazar das Plantas. Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê, participa pela segunda vez da feira com seu colorido casario, baiteras (barcos) e La Ursas, peças que mexem com a memória afetiva das pessoas. Nas peças utilitárias, a feira traz a Toko Design Utilitário e a Oficina Carol Aguiar. São tábuas nos mais diversos formatos, funcionais e decorativas. Antiguidades assinadas e outras minuciosamente garimpadas são encontradas com a Bons Tempos, de Marília Benevides e com João Cerqueira, da Pepita Garimpo. Com raízes colombianas a feira traz as cadeiras da Cumbia, desenhadas pela designer colombiana Maria Paula Perila, que mistura o Caribe e o sotaque pernambucano nos móveis e objetos.Passeando pelos países vizinhos, a feira apresenta os colares e redes feitos por Juan Perez, da tribo Warao da Venezuela. Jóias em prata, bijuterias e biojóias da Nós Joalheria Artesanal, Azulerde, DaTribu e Feito de Nó. Todas com trabalho autoral e com processos criativos bem distintos. A feira NaFoz é promovida por Isabela Cunha,  Germana Valadares e Marly Queiroz.   Na parte gastronômica, o Chef Yuri Machado, do Restaurante Cajá, preparou um cardápio especial para o dia de feira: espetadas, pastéis, caldinhos, pizza e panelinhas. Além das deliciosas caipifrutas. O Motche Restô estará com a pastelaria e sobremesas. Queijos veganos e não veganos: Luolí e Du Francês, ambos artesanais. Assim como o sorvete da Jazzlato, os produtos da Quitanda Agroecológica e os Cafés do Brasil. A Debron leva o chope e a Doc algumas opções de vinhos. Já a Ame Ciclo estará incentivando e orientando sobre o uso de bicicletas na cidade. No período da tarde, 15h, haverá uma Oficina de pães para crianças com o Chef português Nuno Ricardo. A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre estará aberta para visitação com visita guiada.O estacionamento será ao lado, na Fundação Joaquim Nabuco e no Marista. A entrada da Feira NaFoz é gratuita. Estacionamento gratuito (Fundação Joaquim Nabuco e Marista).  A visita a Casa de Magdalena e Gilberto Freyre custa 15 reais (inteira) e 7,50 (meia-entrada) Feira NaFozDomingo, 06.11.10h às 18hFundação Gilberto FreyreRua Tasso Neto, s/nPrimeiro portãoApipucos, Recife @feiranafoz

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Cinema da Fundação promove Mostra Judaica

(Da Fundaj) Com entrada gratuita, programação é de 5 e 6 de novembro e conta com exibição de documentários, o filme “O Judeu”, e debate com participação de Kátia Mesel e Jacques Ribemboim O Cinema da Fundação/Derby promove nos dias 5 e 6 de novembro (sábado e domingo) a Mostra Judaica. O evento é gratuito e a programação conta com um debate, a exibição de filmes. No primeiro dia, às 19h, será exibido o documentário  “O Rochedo e a Estrela” (2011), com direção da cineasta Kátia Mesel. Ela aborda a história e expansão da comunidade judaica no Recife, ressaltando também a importância dos “cristãos novos” (judeus batizados à força pelo governo português) e da luta de Maurício de Nassau pela liberdade religiosa. Às 20h30, será realizado debate com Kátia Mesel e o historiador e escritor Jacques Ribemboim, que é membro da comunidade judaica do Recife e escreveu livros como “Ensaios judaicos”, “Pernambuco de Fernão”, “Nordeste Independente”, “Manuel Correia de Andrade: um homem chamado Nordeste” (organizador) e “Uma Olinda Judaica:1537-1631 “(coautoria com José Alexandre Ribemboim), entre outros. “Recife e Nova Iorque são cidades irmãs historicamente, vamos mostrar e alargar esses laços”, disse Antônio Campos, presidente da Fundação Joaquim Nabuco, referindo-se à conexão histórica entre as duas cidades influenciadas diretamente pelos judeus e sua cultura.  “Os filmes da mostra e o debate entre a cineasta Kátia Mesel e o professor e historiador Jacques Ribemboim, ambos descendentes de judeus, é a maneira que a Fundação Joaquim Nabuco, por meio do Cinema da Fundação, oferece ao seu público para manter viva a memória e os estudos em torno da herança e da permanência da cultura judaica em Pernambuco, no Brasil e em Portugal”, explica o coordenador do Cinema da Fundação, Ernesto Barros.  No dia seguinte, o público poderá conferir, a partir das 19h, o curta-metragem ‘Marranos do Sertão”, que fala sobre uma boa parte dos brasileiros que são descendentes dos “cristão novos”, Muitos deles sempre mantiveram a velha fé e eram chamados pela alcunha  depreciativa de marranos. Em muitas cidades brasileiras, especialmente no Nordeste, muitos dos seus descendentes, separados por séculos de sua própria cultura, estão redescobrindo o judaísmo. Em seguida, será exibido o longa-metragem “O Judeu” (1996), de Tob Azulay, e que tem em seu elenco nomes como Felipe Pinheiro, Fernanda Torres, Cristina Aché e Mário Viegas. A obra de ficção mostra que o artista Antônio José da Silva, carioca de nascimento e de origem judaica, foi considerado o mais célebre autor teatral de Portugal do século 18. Depois de seu julgamento e de sua família pelo Tribunal do Santo Ofício, em Lisboa, Antônio José torna-se estudante da prestigiada Universidade de Coimbra, casa com uma cristã-nova, Leonor Maria de Carvalho, e cada vez faz mais sucesso com suas comédias. Só que sua prima Brites Eugénia denunciou o casal para as autoridades eclesiásticas por heresia.

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Feijão de Azeite: com dendê e arte.

*Por Raul Lody É comum dizer: “vou fazer feijão”. E com essa intimidade, localiza-se o que é “fazer feijão”.  Pois feijão é um símbolo da casa, da cozinha, do cotidiano. Uma comida que está na grande maioria das mesas brasileiras. Então detalhamentos de um imaginário que individualiza qual é o tipo de feijão e a sua receita culinária. E assim posso fazer feijão magro; fazer feijão de leite, diga-se ao leite de coco; feijão de azeite, e com essa característica já se sabe, no caso dos baianos, que o feijão é do tipo fradinho e temperado com azeite de dendê. Assim o feijão de azeite faz a base dos cardápios para as outras receitas com dendê, o mesmo ocorrendo com a farofa de dendê. Dessa maneira retoma-se a harmonização feijão e farinha de mandioca .Essa opção de se comer é a opção mais geral e nacional que encontramos na união do feijão e da farinha, diga-se feijões e farinhas de muitos e diferentes tipos, cores, formas e  sabores . As comidas “de azeite” integram receitas de carnes, peixes, aves, legumes, todas celebradas no dendê, que também é chamado de “azeite de cheiro”. O de oliva chama-se de “azeite doce”, também um ingrediente tradicional destas mesas reinventadas na matriz africana que compõe com a mesa ibérica e mediterrânea. A mão africana misturou o leite de coco ao dendê, ao azeite de oliva, também pela África Magrebe, e assim nascem diferentes sabores afrodescendentes.  Como também nas interpretações das pimentas frescas e secas, e outros temperos como, por exemplo, cominho, urucum; “egussí”, que é a semente da abóbora ou da melancia, torrada e salgada, usada para destacar o cheiro, a cor e o gosto das comidas. Embora o feijão de azeite esteja presente na tradição da mesa baiana, no clássico “A arte culinária da Bahia” (1928), de Manuel Querino, os pratos com feijão apresentados pelo autor, que viveu e realizou suas etnografias, século XIX,  na cidade do São Salvador, são  os da feijoada e do feijão de leite.Não citando  a  receita   que se conhece por feijão de azeite.  . Como acontece com a maioria dos pratos “de azeite”, há uma presença marcante do camarão defumado, e certamente do molho de pimenta fresca para aguçar os sabores.  A mistura do feijão fradinho com o camarão defumado está no abará, por exemplo, e que se complementa na pimenta e no dendê. Também pode-se ver o acarajé como uma elaboração do feijão e do dendê. E ainda com dendê os recheios do vatapá de acarajé, diferente do vatapá de mesa, do camarão defumado refogado e no próprio molho do acarajé . Então para se fazer o feijão de azeite segue-se um roteiro que começa com o  feijão fradinho que é bem cozido e na sequencia vai para o refogado, sem o caldo; e, na receita tradicional, são acrescentados: camarão defumado, cebola, coentro, dendê, sal. Ainda deste processo culinário de se fazer o feijão de azeite, a água do cozimento, que é a água escorrida do feijão fradinho, poderá ser a base de um tipo de sopa que é complementada com legumes, carne “verde” ou fresca geralmente de boi, algum embutido entre outros ingredientes.  A partir da receita do feijão de azeite, há uma receita de amplo uso ritual religioso chamada de omolocum, que é uma das comidas preferidas   do Orixá Oxum. O feijão é muito cozido e refogado com cebola, camarão defumado e dendê.Quando esta etapa está realizada este feijão é colocado em um utensílio de louça onde  são acrescentados ovos cozidos inteiros , pois o prato com estas características  assume seu conceito estético,  e assim segue para o seu uso  sagrado.    O feijão é tanto uma comida consagrada do dia a dia, e o feijão é também uma comida da festa e é ainda a base de muitas receitas rituais, fazendo com que  o nosso paladar  busque no feijão uma notável referência do sabor brasileiro. *RAUL LODY é antropólogo

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Exposição traz ao público o fascinante universo da construção de violinos e arcos

Exibição na Caixa Cultural Recife, entre 4 e 6 de novembro, tem como destaque um violino armorial produzido pelos alunos da Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã Um detalhe extra do evento será a exposição de um violino armorial confeccionado sob inspiração nas formas e moldes dos instrumentos da família de luthiers italiana Guarnieri, no século XVI. O instrumento foi construído por Carlos Alberto sobre motivos desenhados pela psicóloga do Núcleo do Coque da OCC, Elaine Lima. A ESCOLA Em funcionamento desde 2012, a Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã é a primeira do Estado de Pernambuco e uma das poucas do Brasil, e atende, atualmente, a 50 jovens aprendizes. Em setembro de 2021, foram inauguradas suas novas instalações, que dispõem de amplas salas de aula e equipamentos modernos em 500m² de área construída na sede da Orquestra, nas dependências do 7º Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro, no bairro do Cabanga. A obra de ampliação da Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã contou com o financiamento da Conferência Episcopal Italiana (CEI), apoio da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (para aquisição de maquinário) e tem a manutenção possibilitada pelo patrocínio da Caixa Econômica Federal.

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Espetáculo teatral #Juntos desembarca no Recife em única apresentação

Iniciativa traz o tema educação financeira e cooperativismo para alunos de escola pública na Capital é encabeçada pela Sicredi Recife e Fundação Sicredi No próximo dia 4 de novembro, às 15h, o espetáculo teatral #Juntos será encenada, em apresentação única, para os alunos da Escola Estadual Liceu Nóbrega, localizada no bairro da Boa Vista – região central do Recife. Com texto da dramaturga Dedé Ribeiro e direção do premiado Daniel Colin, a peça aborda de forma descontraída as questões da transição do jovem para a vida adulta e tem como objetivo proporcionar acesso à Cultura e promover a educação financeira e o empreendedorismo para jovens de 13 a 20 anos. A iniciativa é da Sicredi Recife em parceria com a Fundação Sicredi, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. “O espetáculo reflete com leveza e bom humor as questões que preocupam os jovens. Como preparar-se para o futuro com tantos caminhos possíveis? Nos dias de hoje o espaço físico não precisa ser compartilhado para que as pessoas possam cooperar, se unir e construir seus projetos de vida juntas. ” – afirma Dedé Ribeiro. PLANOS PARA O FUTURO – A ação de #Juntos se passa no dia da formatura de três colegas inseparáveis no Ensino Médio, que traçam planos para o futuro: a separação é inevitável, mas a distância, hoje, é relativa, graças às redes sociais. Com o auxílio da irmã de um deles e de outros personagens, os amigos criam juntos um projeto que possa reuni-los outra vez e garantir que seus sonhos de trabalho se realizem. Na sua ficha técnica, destacam-se atores reconhecidos, sobretudo no teatro gaúcho, como Douglas Oliveira, Denis Gosh, Kaya Rodrigues e Ursula Collischonn, entre outros, bem como os cenários de Rodrigo Shalako e os figurinos de Antônio Rabadan. A produção é assinada pela DUX /LIGA Produção Cultural. A Assistente Desenvolvimento do Cooperativismo da Sicredi Recife, Carla Leão, falou sobre a iniciativa. “Trouxemos a montagem como parte de uma série de projetos voltados para as comunidades onde estamos inseridos. Como já havia o objetivo de impactar o público jovem, escolhemos os alunos da Escola Estadual Liceu Nóbrega para que eles, de forma divertida e lúdica, recebam informações para que atravessem mais facilmente as transformações da juventude e possam despertar o olhar para o futuro. ” — conta. “A Sicredi Recife acredita que a educação financeira transforma a vida das pessoas e, trazendo o tema por meio lúdico, fica ainda mais fácil assimilação da mensagem que queremos transmitir para os jovens. ” – complementa. Para Floriano Quintas, Presidente da Sicredi Recife, a iniciativa dialoga diretamente com os princípios do cooperativismo defendidos pela instituição. “É muito importante trabalhar o tema nas escolas, para que os jovens possam desenvolver consciência financeira, usando o dinheiro a seu favor, evitando que inicia a vida adulta endividado. Com a iniciativa, a Sicredi Recife reforça o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU (ODS), oferecendo Educação de Qualidade e fomentando Cidades e Comunidades Sustentáveis, ambos previstos nos ODS 4 e 11, respectivamente, o que mostra o quanto a cooperativa está preocupada com o contexto sustentável.” – afirma. “O Sicredi acredita que por meio da educação financeira, as pessoas podem transformar sua relação com o dinheiro e conquistar maior independência e liberdade para as suas vidas, o que reforça a importância de apoiarmos uma produção artística que fomenta esse tema de uma forma leve e descontraída” – comenta Cristiane Amaral, gerente da Fundação Sicredi.

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Geoneide Brandao

Christal Galeria de Artes traz Reflorestar para “fechar” 2022

A mostra é composta por artistas mulheres de várias partes do país A partir do dia 03 de novembro, o público poderá contemplar mais de trinta e cinco trabalhos de onze artistas, todas mulheres, de Pernambuco e de mais quatro estados brasileiros. A exposição Reflorestar é composta por obras como desenho, pintura, arte têxtil, fotografia, vídeo, gravura e lambe-lambe, a partir do recorte proposto em torno das vulnerabilidades dos processos de desertificação que a população está vivendo, em todas as esferas da vida contemporânea. Reflorestar é quem encerra o calendário de exposições da Christal Galeria de Artes em 2022. A lista de artistas que vão expor seus trabalhos é formada por nomes como Alicia Cohim (PE), Ana Longman (PE), Ana Michaelis (SP), Bianca Foratori (SP), Brenda Bazante (PE), Carol Drahomiro (PE), Cris Panariello (SP), Geoneide Brandão (AL), Julieta Cavalcanti (RJ), Marta Berger (PR) e Vivian Kass (SP). As manifestações artísticas das artistas apresentam pontos que confluem numa relação intrínseca e se envolvem diretamente com o posicionamento plural do que a figura feminina representa, como a ligação que traz a força vital capaz de transformar o mundo, ou seus mundos. “Assim, Reflorestar foi o sinônimo que nos aproximou destas artistas, pois em seus trabalhos elas refazem significados, quebram barreiras simbólicas para recuperar o que foi desmatado pelo preconceito, pelo descuido daquilo que nos desumaniza e nos deixa desprotegidos enquanto grupo e espécie”, explica Stella Mendes, uma das curadoras da exposição e gestora cultural da galeria. A exposição percorre caminhos de contemplação e entrega buscando renaturalizar, repovoar e recuperar o que está sendo perdido para a chamada “modernidade líquida”. Por isso, os trabalhos vão de fruta-pão à mandioca, das fronteiras estabelecidas pelos homens à necessidade de materializar o impossível, do que conduz o Tempo ao que expande as raízes. “Encontramos nos trabalhos mensagens de como lutar e ter estratégias que se oponham a desertificação não só dos espaços, mas especialmente das almas e dos corações. Abrimos espaço para as artistas expressarem o reflorestar das mentes, germinando novos sentidos na busca do esperançar e da reconstituição do que foi original um dia”, reforça Stella Mendes. Balanço de 2022 – Ao longo de 2022, a Christal Galeria de Artes recebeu desde a  produção genuína local de “Como Fumaça” do artista Ziel Karapotó (cuja individual foi a primeira de um artista indígena no Estado); à riqueza cultural do mestre e Patrimônio Vivo de Pernambuco, o xilogravurista J.Borges, mostrando a sua terra Pernambuco. E ainda a produção recente do artista José Barbosa que trouxe para a Christal uma exposição única e extremamente atual com a “Escuta do Tempo Javari”. “Agora com “Reflorestar” queremos nos unir ao momento que iniciou nosso percurso na cidade de Recife, pois abrimos a Christal Galeria com 13 mulheres durante a mostra Identidade Matriz e que trouxe para a cidade referenciais da produção de vários Brasis.  Encerraremos a mostra no 2º ano de aniversário da galeria, justamente reforçando nossa intenção e interesse em valorizar as vozes femininas no campo das Artes Visuais e fazendo valer este compromisso”, afirma a galerista Christiana Asfora Cavalcanti que também assina a curadoria da exposição. Serviço: Reflorestar Onde: Christal Galeria de Artes, Rua Estudante Jeremias Bastos, 266, Pina. Quando: De 03 de novembro de 2022 a 28 de janeiro de 2023. **No dia 03/11 a abertura será a partir das 18h. Horário: De terça a sábado, das 10h às 19h. Entrada gratuita

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louro e pinto 4 livro

Cantoria une as paralelas

* Paulo Caldas Ao contornar com passos medidos os rigores da Geometria Euclidiana, a Cantoria une no infinito da Poesia as paralelas traçadas por dois ícones desta arte presentes neste: “O aventureiro e o boêmio” Pinto do Monteiro e Louro do Pajeú, considerada a maior dupla de poetas repentistas. A publicação, cujo teor é fruto da feliz parceria celebrada pelos escritores Marcos Nunes Costa e Raimundo Patriota, risca com traços retos pelejas acirradas, relatos gentis e casos graciosos que se acomodam às 270 páginas, acrescidas por um expressivo caderno de imagens colhidas dos dois protagonistas pelas alamedas, palcos e pés de parede dos mil cantos do mundo. Além de dados biográficos, espécie de currículo da trajetória da cantoria de ambos e registro de adendos, preciosos apontamentos de pé de página mostram ao leitor intimidades estéticas e desnudam sextilhas, décimas, gemedeira, martelo, mourão e outros requintes intrínsecos do gênero, que concedem feição documental ao conteúdo. “O aventureiro e o boêmio” ainda cumpre o dever de sedução do leitor ao citar desafios vividos com outros cantadores e enumera respeitados nomes da arte: Antônio Marinho, João Furiba, Otacílio Batista, apenas para citar três. Editado e impresso na Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), os exemplares podem ser adquiridos no site da editora ou na sede, à Rua Coelho Leire, 140, fone 3183.2700. Santo Amaro – Recife. *Escritor

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Maestro Rafael Garcia Flora Pimentel

Maestro Rafael Garcia é homenageado com o Requiem de Mozart

Orquestra Jovem de Pernambuco e grandes solistas irão farão a apresentação no dia 01 de novembro na Igreja Matriz da Boa Vista (Foto: Flora Pimentel) Nesta terça, 01 de novembro, às 20h, na Igreja Matriz da Boa Vista (Praça Maciel Pinheiro) se realizará um Concerto Homenagem pela passagem do primeiro ano da morte do Maestro Rafael Garcia, o maestro que elevou o nível da música clássica no Nordeste.  Será apresentado em sua homenagem o Requiem em ré menor, KV 626 de Wolfgang Amadeus Mozart, última obra do compositor. Como se sabe, Mozart não estava no melhor estado de espírito quando recebeu encomenda anônima para compor uma Missa de Requiem. Sua saúde estava se deteriorando e ele acreditava que estava escrevendo o Réquiem para si próprio. Não chegou a terminar a obra, sendo a última parte escrita por ele o belíssimo Lacrimosa. O Requiem foi então terminado por seu aluno Franz Süssmayr. Participam deste grande concerto Nadja Sousa, soprano. Bacharel em Música/Canto (UFPE) é Mestre e Doutora em Fonoaudiologia (PUC-SP), com período sanduíche na Hochschule für Musik und Darstellende Kunst Frankfurt am Main (Alemanha). Premiada em diversos concursos nacionais, participou com destaque na cena lírica de São Paulo. Foi solista do Requiem (W.A. Mozart) sob a batuta do saudoso maestro ora homenageado, Rafael Garcia. É docente na Faculdade Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (FSTBNB). Virginia Cavalcanti, contralto. Bacharel em Canto pela UFPE, e Mestre em Práticas Interpretativas dos séculos XX e XXI pela UFRN, é professora de Canto e Dicção da UFPE, venceu o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão (2005) nos prêmios Júri Popular e Intérprete de Canção. Foi solista em diversos títulos do repertório tradicional de ópera e de concerto, como em Carmen (Carmen) de G. Bizet, Rigoletto (Maddalena) de G. Verdi, e Sinfonia no. 4 de G. Mahler. Destaque para Grande Missa Nordestina de Clóvis Pereira. Lucas Melo, tenor. Pernambucano, estudou no Conservatório de Música com Amarilis de Rebuá. Participa do meio operístico de Recife interpretando papeis como Cãnio, Turiddu, Dom Antônio e Caín. Participou da Ópera I Pagliacci junto a CIA de Ópera São Paulo. Foi 2º grande prêmio no 19º Concurso de Canto Maria Callas. Venceu o Concurso Internacional de Canto Linus Lerner. Matheus Alvarenga, barítono. Natural de Pernambuco, Iniciou seus estudos musicais no Conservatório Pernambucano de Música. Em sua trajetória musical, foi solista no Messias de Händel (2017), Requiem de Mozart (2018), Nona Sinfonia de Beethoven (2020), entre outros. Colaborou com vários Maestros entre eles Gilson Celerino, Rolf Beck, Radu Pantea, Alex Klein, André dos Santos, Gregory Carreño. Participou de festivais como Academia de Canto em Trancoso e FEMUSC. Ensemble Vocal Cantamus, coro de câmara recifense especializado em música sacra. Fundado em 2015, o grupo vem se destacando pelo seu notável desempenho musical e vocal, tendo produzido desde então concertos de destaque no cenário musical local. Dentre as obras já apresentadas integralmente pelo Ensemble, merece especial menção a Paixão segundo São João de Johann Sebastian Bach. Organista e compositor, Gílson Celerino é o diretor artístico e regente do Ensemble Vocal Cantamus. Estudou órgão e regência na Escola Superior de Música, Teatro e Mídia de Hanôver (Hochschule für Musik, Theater und Medien Hannover), pela qual se graduou em Música Sacra (Kirchenmusik). Atualmente é discente de Licenciatura em Música na Universidade Federal de Pernambuco.

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Exposição De Peito Aberto retrata a beleza de mulheres que venceram o câncer de mama

A produção do fotógrafo Moisés Jorge estará disponível até o dia 31 de outubro, no Espaço Cultural do Shopping Tacaruna, no segundo pavimento do mall O fotógrafo Moisés Jorge assina a produção fotográfica da exposição De Peito Aberto. As fotos artísticas e as histórias de mulheres que venceram o câncer de mama tem como meta estimular uma nova postura de enfrentamento e aceitação ao câncer. A produção estará disponível até o dia 31 de outubro, no Espaço Cultural do Shopping Tacaruna, no segundo pavimento do mall. As oito personagens são mulheres de diferentes idades, pacientes do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), instituição referência em tratamento oncológico, que superaram a doença e hoje são exemplos de resiliência, força e amor-próprio. A exposição fecha com chave de ouro o Outubro Rosa, campanha nacional de alerta ao câncer de mama. Entre as personagens está Luiza Miranda, 49 anos. Ela foi diagnosticada três vezes com a doença.  Em 2015 recebeu a tão sonhada cura, após 29 cirurgias e inúmeras sessões de quimioterapia e radioterapia. “Hoje eu vivo o aqui e o agora, ajudando pessoas que estão passando pela mesma história, enfrentamento o câncer. Essa doença não é uma sentença de morte, precisamos manter a esperança viva em nossos corações”, relata Luiza.  A exposição só foi possível graças ao empenho de Moisés Jorge e de importantes parceiros, como Gercily Barbosa (maquiadora), Inovar (Gráfica), Telões e Cia (Projeção) e o Shopping Tacaruna. Quem for apreciar as fotos e conhecer um pouco mais da história das mulheres também poderá contribuir com quem está na luta contra o câncer no HCP. Um QR Code, direcionado ao PIX da instituição, estará disponível para quem desejar ajudar. Exposição de Peito Aberto Quando: 24 a 31 de outubro. Local: Shopping Tacaruna, Espaço Cultural (segundo pavimento). Abertura oficial: 24 de outubro, às 19h

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Cepe lança HQ Ragu 9 

Publicação experimental conta com 35 quadrinistas e traz um olhar para a periferia e para as questões identitárias Provocados a refletir sobre o futuro, quadrinistas, editores e ilustradores exibem suas narrativas experimentais – escritas e gráficas – sobre o que nos espera lá adiante. Muitos deles miram também no espaço periférico e nas questões identitárias, na mais nova publicação do Selo Cepe HQ, Ragu 9. O título será lançado dia 28 de outubro, às 20h, na Casa Balea, no Carmo, em Olinda. Em seguida, no dia 12 de novembro, a HQ será lançada em São Paulo, às 16h, na Ugra Press. Com edição de Christiano Mascaro, João Lin, João Pinheiro, Mitie Taketani, e pelo editor da Cepe, Diogo Guedes, a HQ traz 132 páginas. “Nesses momentos que virão, após a crise no mundo inteiro, a revista olha para frente”, declara o quadrinista e editor João Lin. “Perspectivas de futuro se mostram em várias faces: distopia, projeções que deram errado, outros tempos”, resume o editor da Cepe, Diogo Guedes. Como o nome já diz, ragu, o prato ensopado, troca o mix de carnes pelo de artistas. A diversidade é característica imutável da publicação e, portanto, cá estão 35 quadrinistas convidados, entre o pessoal “das antigas” e a galera que está começando. “Vemos claramente o ecletismo nas pautas sobre questões identitárias: gênero, racismo e fascismo”, revela João Lin, apontando também a forte presença do diálogo com o universo periférico. “Trata-se de uma periferia de ficção científica, com toda a sua precariedade e riqueza de elementos ao mesmo tempo”, enfatiza Lin.   A Ragu passou a ser publicada pela Cepe a partir do número oito, lançado durante a pandemia, em 2021. “Do ponto de vista temático, essa nova publicação é uma espécie de continuação da anterior, pois naquela pedimos para que os quadrinistas trabalhassem aquele momento difícil, com isolamento e contexto político de ultra direita”, recorda Lin, pontuando que a revista não perdeu seu caráter independente no jeito de pensar experimental, tanto do ponto de vista do roteiro, quanto do pictórico. E isso, de acordo com os editores, graças à liberdade editorial que a Cepe possibilita.  “Nem toda editora pública tem abertura para a construção de discursos experimentais, muito menos cria um selo de HQ”, avalia Lin. A revista começou com a edição número zero, há cerca de 20 anos, quando Christiano Mascaro e João Lin iniciaram a publicação com a proposta despretensiosa de apenas escoar a produção, que trazia mais uma característica de fanzine. “A ideia era ser uma revista regional”, lembra Mascaro. Atualmente, o alcance é nacional mas a diversidade continua direcionando o ritmo. Acho que passamos a um patamar mais consolidado com a edição 7, que trouxe muitos nomes internacionais, e era uma espécie de ‘edição Mercosul’”, recorda Mascaro, que assina a edição de arte, ou seja, é responsável por ‘costurar’ as histórias. “Consiste na apropriação de um material muito heterogêneo. O desafio é dar um ritmo à edição”, revela o editor, que vê o refinamento dos autores e da revista a cada novo número. “Por isso minha Ragu preferida é sempre a última”, opina o Christiano Mascaro. 

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