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Cultura e história

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Do forró à música armorial: multiartista Gus sobe ao palco do Teatro de Santa Isabel

O lançamento de seu projeto musical acontece na noite de sexta, dia 29 de abril O Teatro de Santa Isabel, berço da cultura pernambucana, recebe em seu palco um novo rosto na música, Gus Arruda Lins, o Gus, que embora já tenha percorrido uma longa jornada fixando seu nome nos bastidores de produções artísticas, se lança agora como músico para chancelar o título de multiartista. Recifense, radialista de formação, ator e diretor audiovisual, Gus desenvolveu sua carreira em diversas funções do meio artístico. Dirigiu videoclipes para nomes fortes como os grandes Geraldo Azevedo e Nando Cordel e dirigiu a miniwebsérie “Recife é um ovo”, que teve grande repercussão de público e na mídia, rendendo a Gus prêmios e indicações no Rio WebFest, die Seriale (Alemanha) e DC WebFest (USA). Como extensão deste projeto, também realizou a miniwebsérie "A Maior História de Amor em Linha Reta do Mundo", em parceria com a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife. Compositor desde a adolescência, Gus decidiu que este é o momento ideal para soltar a voz e apresentar seu trabalho ao público. Em seu espetáculo autoral o que se pode esperar é uma apresentação de total entrega e paixão, íntima, na voz suave de um artista essencialmente pernambucano, que bebeu na fonte de mestres como Dominguinhos, Accioly Neto e Geraldo Azevedo. O ritmo cantado por Gus é, por convergência, xote: das primeiras 5 músicas da setlist do show, 3 são ritmos de forró. O primeiro single de lançamento, chamado “Primavera”, já pode ser ouvido nas plataformas de streaming. No dia do evento, será a vez de "Então Pronto", música que canta a inquietude do artista com sua cidade, Recife, fazendo com que ele rume para São Paulo e precise lidar com tantas idas e vindas. “Eu iniciei minha carreira em cima do palco, há mais de 10 anos. Por conta das poucas oportunidades, deixei o ofício de ator para me dedicar à direção, e também me apaixonei. De certa forma, acabei “arrudeando” e voltando aospalcos através do meu trabalho como diretor. Mas tudo bem! Ser artista tem a ver com sensibilidade, não apenas ofício. Sobre o espetáculo, confesso que a ansiedade está imensa. Vou retomar algo que amo, já no Teatro de Santa Isabel. Que responsabilidade! Estamos preparando o show com muito carinho, para que as pessoas me conheçam também como artista dos palcos e da música.” A apresentação "Gus - Show de Lançamento" é um projeto aprovado pelo edital "Recife Virado na Cultura", que premiou artistas e projetos culturais em 2021, para serem realizados este ano. Serviço: Gus (Show de Lançamento); Dia 29 de Abril no Teatro de Santa Isabel Estilo Musical: Forró / MPB Ingressos: https://www.guicheweb.com.br/gus-show-de-lancamento_16587 Ouça o Single Primavera em:

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Orquestra de Câmara de Pernambuco celebra o forró

Festival São João Sinfônico volta mais robusto na edição 2022, com dois concertos-aula, live e dois espetáculos no Teatro de Santa Isabel, nos dias 21, 22 e 23 de abril Depois de dois anos sem se realizar devido à pandemia, o Festival São João Sinfônico volta mais robusto na edição 2022, com espetáculos no Teatro de Santa Isabel, nos dias 22 e 23 de abril, às 20h. Sob a batuta do maestro José Renato Accioly, um time de 32 instrumentistas da Orquestra de Câmara de Pernambuco (OCPE) subirá ao palco trazendo alguns convidados especiais, para atuarem como solistas. Dessa vez, foram convocados os forrozeiros Geraldinho Lins e Petrúcio Amorim, na estreia, e o grupo Quinteto Violado, na noite seguinte. Sérgio Campelo (maestro e fundador do SaGrama) assina os arranjos e os dançarinos Josy e Tico Caxiado, do Balé Cultural de Pernambuco, farão a conexão da música com as danças populares. A programação inclui, ainda, a cada dia, um concerto-aula, às 16h. No dia 21, ocorrerá também a Prosa de São João, evento online, com transmissão ao vivo pelo YouTube, às 19h, com o objetivo de mostrar como se faz esta mistura do erudito com o popular. “Nossa ideia era a de comemorarmos os 30 anos de carreira de Geraldinho Lins e os 50 anos de trajetória do Quinteto Violado, em 2021. Mas, por questões de restrição da pandemia, tivemos que adiar para este ano. Esta possibilidade de estarmos juntos num teatro outra vez, ouvindo música e cantando ao lado de outras pessoas, junto de quem não se conhece, é algo raro, genuíno. É sempre uma surpresa, até para a gente”, destaca José Renato Accioly. Além do lado inusitado de uma orquestra celebrar o São João, tocando os ritmos do período, o projeto - que estreou em 2017 e chega à terceira edição - ganha importância pela homenagem aos artistas convidados, ressalta a produtora executiva e diretora-geral do São João Sinfônico, Carla Navarro. “Buscamos dar visibilidade para a obra autoral dos convidados, mostrando que são compositores incríveis. O objetivo é furar as bolhas do erudito e do popular e até dentro do próprio forró, fazendo com que o público tenha contato com uma sonoridade sinfônica que nunca chegou a experimentar”, pontua a produtora. CONVIDADOS ESPECIAIS Na primeira noite, a sexta-feira, dia 22, antes de Geraldinho Lins e Petrúcio Amorim subirem ao palco para cantarem ao lado da OCPE, o público assistirá a uma apresentação do trio de percussão Tamboreando. Formado por Emerson Coelho, Emerson Rodrigues e Jerimum de Olinda, o grupo utiliza marimba, xilofone e vibrafone para fazer uma música única, fortemente marcada pelos três instrumentos. No repertório anunciado, estão algumas das composições mais famosas de Gonzagão, a exemplo de “Asa Branca” e “A Vida do Viajante”. O prelúdio orquestral conta ainda com outro grande artista do forró pernambucano, que já marcou presença em edições anteriores, o sanfoneiro Beto Hortis, que acompanhará a OCPE em “Sanfona Sentida” e em dois pout-pourri: um com músicas de Gonzagão e um de marchinhas juninas. Depois deste momento de aquecimento da plateia, é a vez dos grandes convidados da noite subirem ao palco. Geraldinho Lins e Petrúcio Amorim não escondem a emoção de poder participar do festival. “Vou ter o privilégio de ter minhas canções arranjadas e executadas pela Orquestra de Câmara de Pernambuco, sob a regência do maestro José Renato Accioly e os arranjos de Sergio Campello. Estou muito honrado e feliz”, revela Geraldinho. Já Petrúcio aguarda o momento de ouvir a plateia cantando junto sucessos como “Anjo Querubim”. “O espetáculo está maravilhoso. Poder estar ao lado da orquestra e apresentar minhas músicas de uma maneira bem gostosa e harmoniosa, fazendo um sincronismo junto com a plateia é muito especial”, diz o compositor caruaruense. No segundo dia de espetáculos, o sábado, dia 23, será a vez de os espectadores começarem a noite assistindo ao duo formado pela violinista Paula Bujes e o violoncelista Pedro Huff. Artistas e professores de música gaúchos radicados em Pernambuco, desde 2013, e premiados pelo CD “Afluências”, eles farão uma mistura de clássicos orquestrais, como a “Sinfonia Nº5 de Beethoven” ou um prelúdio de Bach, com sucessos do forró de Luiz Gonzaga, a exemplo de “Pau de Arara” e “Olha pro Céu”. “Vamos misturar tudo, gerando um repertório inédito. É aquele instrumental que as pessoas vão reconhecer a partir da segunda nota musical. Crescemos em orquestra, mas Paula está tocando rabeca e se dedicando a um trabalho de forró chamado ‘Baila’. Foi muito divertido criar estes arranjos”, pontua Pedro. A grande estrela do dia, o Quinteto Violado, virá logo em seguida, com músicas que já viraram clássicos, a exemplo de “Disparada” e “Sete Meninas” (Dominguinhos e Toinho Alves). O grupo é formado por Marcelo Melo, Dudu Alves, Ciano, Roberto Medeiros e Sandro Lins, que festeja 50 anos de música. “Não percam, pois será uma noitada muito bonita, com o São João fantástico da nossa terra”, garante Marcelo Melo. ACESSIBILIDADE Nas duas sessões dos concertos-aulas, estão previstas ações de acessibilidade, com audiodescrição pela VouSer Acessibilidade. O público-alvo da ação são ONGs e entidades sociais, mas meia hora antes do início das apresentações, os ingressos são liberados para o público em geral. “O concerto-aula ocorre como uma conversa descontraída, na qual exploramos a sonoridade pouco vista de uma orquestra sinfônica. São sons que você já ouviu, mas não se lembra de onde. Pode ter sido de uma trilha sonora, de um toque de celular, e que desvendamos de onde vem durante a aula”, explica o maestro. Carla Navarro completa: “Além de promover a inclusão social, a aula busca formar plateia para a música instrumental e para a música junina”. O São João Sinfônico é realizado por Carla Navarro Produção Cultural, tendo o incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura de Pernambuco e do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE), com apoio do Conservatório Pernambucano de Música, Estúdio Carranca, Virtual Filmes e da Frutetto. SERVIÇO FESTIVAL SÃO JOÃO SINFÔNICO Prosa de São João, dia 21, 19h,

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Obra Paisagem Artista Regina Silveira

Discussões sobre fome e violência pulsam a expansão do acervo da Usina de Arte

Em diálogo com sintomas sociais atuais, “Paisagem”, de Regina Silveira, e “Um Campo da Fome”, de Matheus Rocha Pitta, ampliam a lista de instalações do museu pernambucano para mais 40 obras Um labirinto de paredes transparentes de vidro cravejadas por bala e uma horta sagrada que contém e congela a fome. Duas obras estruturadas individualmente, cada uma ao seu tempo e modo, por dois dos principais nomes das artes visuais do País, ocupando juntas mais de 800m² de área e que sintonizam a criação artística às cicatrizes sociais que marcam o Brasil e o mundo. São com esses ingredientes que a Usina de Arte amplia o acervo do seu Parque Artístico-Botânico, com as obras recém-inauguradas “Paisagem”, de Regina Silveira, e “Um Campo da Fome”, de Matheus Rocha Pitta. A visitação é gratuita, de domingo a domingo, das 5h30 às 18h. De nome sugestivo para uma obra interativa, “Paisagem” fixa residência no Parque Artístico-Botânico do equipamento cultural em Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco, após ser um dos destaques da 34ª Bienal de SP em 2021. Financiada pela Usina de Arte, a obra propõe uma experiência singular, ao convidar o visitante a enfrentar um labirinto de quase 100m², com paredes de vidros medindo 2,5m de altura que trazem a 1,4m do chão furos com imagens impressas de tiros que mimetizam terem sido cravejadas por balas. “Cada um tem a sua percepção e experiência ao entrar em Paisagem. O percurso pode ser muito curto ou infinito, direto ou circular - observo que há muitas saídas e todas estão à vista”, provoca Regina. Em uma conversa sobre as violências assistidas e sentidas, a obra materializa uma série de labirintos gráficos que a artista iniciou nos anos de 1970, trazendo também a representação de tiros, outra marca do seu trabalho, a exemplo da série Crash, nas quais louças de porcelanas são “quebradas”. Silveira explica que labirintos são configurações ancestrais de espaços difíceis de habitar ou atravessar. “Paisagem, deliberadamente, remete à violência diária que experimentamos – presencialmente ou virtualmente – em todo o mundo. Os tiros, furados e impressos digitalmente nos vidros, foram apropriados da mídia que consumimos em jornais, revistas e TV”, aponta a artista visual que utilizou na obra 12 tipos de representações visuais de estilhaços. Para ela, a nova residência fixa da instalação, agora ao ar livre, também acresce a ela novas nuances às já percebidas na Bienal. “Estar em espaço aberto transformou o labirinto numa verdadeira fantasmagoria - porque reage totalmente à qualidade da luz. Ganhou outro tipo de presença e até diria que ampliou muitíssimo seu grau de irrealidade”, finaliza. Os corredores do labirinto medem 1,20m e atendem às normas de circulação e de acessibilidade. A estética glauberiana da fome O enredo da violência também encontra assento em outra inauguração da Usina de Arte, a superlativa – em escala e entendimentos - “Um Campo da Fome”, de Matheus Rocha Pitta. O violento aqui, entretanto, é legitimado pela função transformadora que pode ter. O instrumento de resistência do oprimido apontado por Glauber Rocha no manifesto “A estética da fome”, grito anticolonialista de 1965 e pilar do Cinema Novo, no qual o diretor defende uma linguagem emancipadora a partir da falta de comida e diagnostica que “enquanto não ergue as armas, o colonizado é um escravo”. Pitta também trouxe como insumo criativo a descrição de um campo da fome ao leste da Acrópole, na Grécia Antiga. Um terreno de mata onde não se podia entrar sob a pena de que a fome fugisse daquela redoma, como se estivesse presa, e alcançasse outros lugares. “Quis fazer a obra nesse sentido de contenção da fome. Recentemente, o Brasil voltou para o Mapa da Fome, as condições brasileiras estão voltando para uma situação parecida com a época do Glauber, então imaginei um lugar quase que sagrado, para deixar que a falta de comida fique só ali, congelada”, explica o artista visual. Maturada por três anos, a obra traz uma horta petrificada de 720m² (18x40m), com 30 canteiros, onde em cada um deles estão dispostas peças de cerâmica de uma fruta, raiz ou legume, de tradição no cultivo agrícola pernambucano, com feição do seu momento de colheita e armazenamento. Ao todo, a instalação é composta por cerca de 9 mil peças produzidas por Seu Domingos, artesão de Tracunhaém (i.m.) - cidade da Mata Norte de Pernambuco que se destaca pela produção de artesanato com barro. O resultado é um sequestro cromático de matiz terracota, no qual os alimentos – tal qual a fome - só são percebidos a partir de um contato visual mais próximo. “A obra faz esse diálogo com o tempo em que se apresenta e também com o seu entorno a partir da homenagem à mão popular e ao artesanato, elemento imprescindível para a obra e que sai do seu meio de circulação. Frutas que são feitas para ficar na decoração de casa assumem outros papéis”, acrescenta Matheus Rocha Pitta, que tem deitado luzes sobre o elemento comida em sua trajetória artística. “Campo da Fome estabelece um novo marco nessa régua do tempo, pois nunca fiz um trabalho nessa escala monumental, e agradeço à Usina de Arte por isso. Tive liberdade total durante o processo criativo, sem restrição temática nem de espaço. Existe uma coragem muito grande aqui de abraçar a liberdade artística”. Originalidade e responsabilidade cultural O curador da Usina de Arte, Marc Pottier, sublinha que esse momento de expansão do acervo do Parque Artístico Botânico consolida dois formatos estratégicos de aquisição de obras do projeto: via residência artística e relacionamento institucional. “Ao tempo que queremos que o artista namore o espaço da Usina, entenda seu entorno e pense em um projeto que esteja em acordo com a natureza, com a história desse lugar que foi uma usina de cana-de-açúcar, exaltando a originalidade do projeto, também entendemos a responsabilidade cultural que a Usina de Arte tem para o fomento da produção artística a partir de laços com institucionais”. É nesse último caminho que a obra de Regina Silveira se insere, fruto

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AS SEVERINAS

Forró das Severinas será lançado no próximo dia 22

Com canções autorais e clássicos do forró e da MPB, o álbum Forró das Severinas estará disponível em todas as plataformas de música, no dia 22 de abril As Severinas, trio de mulheres do Sertão do Pajeú que há 11 anos encantam os fãs da poesia e da música regional, vão lançar o álbum Forró das Severinas, em todas as plataformas digitais de música, no próximo dia 22 de abril. O trabalho brinda toda a trajetória artística do grupo, passeando por canções presentes nos CDs e por clássicos do forró e da Música Popular Brasileira que o público já curtiu nos shows ao vivo. O Forró das Severinas foi gravado no CEU das Artes, em Serra Talhada. Para quem quiser assistir a gravação, além de ouvi-la, As Severinas vão disponibilizar o material no canal do YouTube do grupo em julho. As músicas autorais são composições individuais de Monique D’Angelo (Voz, declamações e sanfona) e de Isabelly Moreira (triângulo e declamações) e também parcerias das duas integrantes. “O repertório poético é versátil e traz várias poesias autorais, além de poemas dos vates pajeuzeiros Rogaciano Leite e Cancão. O nosso trabalho, além de trazer músicas autorais, traz músicas que já gravamos nos nossos três álbuns, a exemplo de composições de Zé Marcolino, Flávio Leandro, Chico César e Carlos Rennó, Benil, Ivan Gadelha e Luiz Romero”, detalhou Isabelly Moreira. “Além das grandes Bia Marinho e Maria Dapaz e também composições dos poetas Islan e Xico Bizerra em parceria com Biguá. E para engrossar esse caldo cultural, acrescentamos faixas de Assisão e Accioly Neto”, acrescentou ela. De acordo com Isabelly, o álbum vai levar a verdade musical e poética do grupo para dentro dos lares, ruas, calçadas e terreiros. Nas músicas Xamego de Fulô (Monique D’Angelo) e Forró das Severinas (Isabelly Moreira e Monique D’Angelo) são retratados os forrós sertanejos, as noites juninas, e é também um convite para o povo dançar e cantar, pois são dois baiões contentes. Nas canções Outros Pedidos e Ao Amor Que Chegará, ambas de Monique D'Angelo, é realizado um passeio pelas emoções dos amores, das saudades, dos afetos e das relações. Já em Mina Água, de Isabelly Moreira, são apresentadas algumas cidades do Pajeú, os costumes e as vivências locais que tanto marcam a própria identidade de As Severinas. “O Forró das Severinas é uma mostra de tudo o que fizemos até agora e é um mote do que pretendemos fazer. Esperamos que ao ouvirem esse projeto no dia 20 e ao assistirem, em julho, as pessoas curtam com a mesma ‘gostosura’ que foi poder construí-lo. Com esse álbum, todo mundo terá um show contratado para ver quando e como quiser”, comentou Isabelly Moreira.

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Nova Ocupação Itaú Cultural é dedicada à Lia de Itamaracá

A Ocupação Lia de Itamaracá, com abertura no dia 20 de abril e encerramento em 11 de julho, conta e reverbera a história dessa artista brasileira solar, das águas salgadas e da música popular. Sendo a 55ª edição desta série dedicada a artistas que influenciam novas gerações, a mostra tem curadoria compartilhada pela cantora Alessandra Leão, a jornalista e sua biógrafa Michelle de Assumpção e a equipe do Itaú Cultural, formada pelos Núcleos de Música e de Comunicação. Ela conta, ainda, com um hotsite com conteúdo exclusivo sobre Lia no site da instituição; temporada de shows, apresentados presencialmente pela cantora e seus convidados no palco da Sala Itaú Cultural, e programação educativa – presencial e virtual –, além de mecanismos de acessibilidade. “Usamos expressões poéticas para falar de Lia na exposição formada por três eixos chamados sal, som e sol, porque é o que ela é”, conta Michelle. “O que mais impressiona nela é sua determinação e coragem. Desde pequena, cantava tudo o que ouvia chegar em Itamaracá, onde nasceu e sempre viveu. Queria ser cantora famosa”, continua ela. “Por fim, chegou na ciranda como intérprete, quebrou os padrões da tradição da improvisação, e assim seguiu a trajetória dela”, conclui. “Ouvir Lia cantar é uma alegria”, diz Alessandra. “A voz se transforma, a música se modifica, mas ela, Lia, segue nos conduzindo ao movimento – seja na ciranda, seja no maracatu, no frevo ou no bolero. Lia é o mar inteiro. Ouvir os seus discos é mergulhar em águas profundas.” Esta curadora criou duas playlists, que podem ser conferidas em QR Code no espaço expositivo: Ela é Lia de Itamaracá e Vamos Cirandar, com músicas de cirandeiros diversos.‍ A mostraO eixo Sal revela de onde veio a Lia que chegou aos palcos. Ele trata desse território da artista, nascida na Ilha de Itamaracá, em 1944, como Maria Madalena Correia do Nascimento, que, mais tarde adotou o nome artístico Lia de Itamaracá. O espaço expositivo abriga imagens, fotografias, audiovisuais, telas e detalhes da decoração da casa da cirandeira. Ali se encontra, por exemplo, o certificado de que Lia descende do Povo Djoula, da Guiné-Bissau. A sua música dá o tom no eixo Som. “Mostramos toda a musicalidade que é de Lia e que a perpassa, porque ela vem da tradição de um bem cultural, a ciranda, que é patrimônio imaterial do Brasil”, conta Michelle. O país conheceu a cantora cirandeira como Rainha da Ciranda, nome de seu primeiro disco, lançado em 1977, e assim seguiu. Versátil e sincrética, em seu trajeto ela cantou no meio dos roqueiros, no Abril Pro Rock, em 1998. Em 2019 lançou o seu quarto disco Ciranda sem fim com produção de DJ Dolores. Neste trabalho, eleito um dos 25 melhores álbuns brasileiros do segundo semestre daquele ano, pela Associação Paulista de Críticos de Arte, deu um passo além da ciranda mesclando sons tradicionais a outros contemporâneos, sem perder suas referências na origem musical. O eixo Sol é formado por diversos elementos e conquistas de Lia, que ultrapassou as barreiras do som marcando presença, também, no cinema e na moda. Em 2020, o bloco Ilú Obá de Min abriu o Carnaval de rua em São Paulo com uma homenagem a ela. No ano passado, a cantora se apresentou em show na SP Fashion Week, para uma coleção inspirada em obras do artista pernambucano Francisco Brennand. Entre 2003 e 2019, ela participou em pontas ou como personagem em pelo menos seis filmes. Um deles, foi o curta-metragem Recife Frio, dirigido pelo pernambucano Kleber Mendonça. Deste diretor, ela também participou de outro filme, o célebre Bacurau, de 2019, no papel de Dona Carmelita, uma espécie de guardiã do lugar. Ainda, ela foi personagem principal do curta-metragem documental Formiga Come do Que Carrega, do diretor Tide Gugliano. Fez, também, uma participação especial no premiado longa-metragem Sangue azul, sob a direção de Lírio Ferreira, em 2014. Todo esse percurso a levou a ser considerada Patrimônio Vivo de Pernambuco e a receber um bom número de homenagens, como a Ordem do Mérito Cultural, pelo Ministério da Cultura, e o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco, pelos serviços prestados à cultura do estado e do Brasil. Não falta, neste eixo, a representação de marcas registradas da cantora: os seus vestidos, nos quais predomina o azul, acessórios e as unhas pintadas de cor escura com desenhos minúsculos, como bolinhas. Também se vê ali outros aspectos da vida de Lia, que coloca sua arte a serviço de pautas de movimentos populares, como a sua ligação com a Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia. Ainda, encontra-se neste eixo passos de uma artista que circula por outras rodas e territórios da cultura, como quando recebeu e dançou com o povo Fulni-ô, grupo indígena que habita próximo ao rio Ipanema, no município de Águas Belas, em Pernambuco. Por fim, toda a exposição é permeada por sons que remetem à ciranda e ao mar de Lia. Indiretamente, a mostra homenageia, ainda, outras mulheres: Dona Duda, “mãe” da ciranda, e as irmãs Baracho – Severina (Biu) e Dulce Baracho, filhas de Antônio Baracho da Silva (1907-1988), conhecido como mestre e rei cirandeiro, a quem se atribui a popularização do gênero, também celebrado nesta Ocupação.

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Últimos dias de apresentação do Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, que voltou a emocionar o público nesta temporada 2022 em sua 53ª edição, terá neste final de semana as últimas apresentações do ano, até o dia 16. O espetáculo deste ano marcou a estreia do ator Gabriel Braga Nunes, que tem uma carreira da teledramaturgia marcada pela interpretação de vários vilões, está estreando na Paixão de Cristo como protagonista da encenação. Para ele, fazer o Cristo está sendo uma experiência transformadora. “Quando você estuda o papel você se dá conta daquilo. A ficha cai sobre o que está sendo dito alí. O sermão é muito bonito, tem me emocionado, ontem e hoje controlei as lágrimas”, afirmou o ator que em 2019 participou do espetáculo como Pilatos. Luciano Szafir, que já participou da Paixão duas vezes como Pilatos e duas como Jesus, retornou neste ano aos palcos da Nova Jerusalém como o Rei Herodes. Os ingressos para o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém podem ser adquiridos pelo site oficial www.novajerusalem.com.br, podendo ser parcelados em até 12 vezes nos cartões de créditos. As entradas, que custam R$ 200,00 inteira e R$ 100,00 meia-entrada, também estão disponíveis em pontos de vendas localizados em agências de viagens (como Luck Viagens e CVC em todo Brasil), shoppings centers e hotéis do Recife, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, São José do Egito, Campina Grande e João Pessoa.

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Orquestra Criança Cidadã promove inédita série de concertos voltados para a comunidade do Coque

Apresentações ampliam sintonia com a população local, em especial com os alunos de escolas públicas da região (Da Coordenação de Comunicação da OCC) No próximo dia 20 de abril, às 10h, a Orquestra Jovem Criança Cidadã, principal grupo musical da OCC, realiza a primeira apresentação da série “Concertos para a comunidade”, na quadra da Escola Estadual Monsenhor Leonardo de Barros Barreto, no bairro de São José, zona central do Recife. A rigor, este é o primeiro evento musical da Orquestra Criança Cidadã na própria localidade de onde saíram seus primeiros alunos, em julho de 2006. A iniciativa faz parte de uma inédita estratégia de aproximação e divulgação da OCC junto à comunidade do Coque. O concerto da próxima quarta será dirigido aos alunos da Escola Monsenhor Leonardo, mas já na apresentação seguinte – dia 26 de maio, às 17h, na quadra do Compaz Joana Bezerra – toda a comunidade poderá ter acesso. Cada evento da série “Concertos para a Comunidade” serve como preparação para os concertos oficiais da Orquestra Jovem, como o do próximo dia 26, às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Os alunos da Escola Monsenhor Leonardo, por exemplo, terão a mesma oportunidade de ouvir a Abertura "Egmont" e a “Sinfonia nº 1”, de Beethoven, e a “Ciranda das sete notas”, de Villa-Lobos – além de dois brindes: “Lamento sertanejo” e “Mourão”, sempre muito aplaudidas nas apresentações da OCC. “Em geral, a preparação para esses concertos envolve muitos ensaios de naipes e ensaios gerais, estudo individual, estudo coletivo… tudo para que possamos fazer o melhor possível no sentido de ter uma apresentação com a música muito bem ensaiada, bem madura, artisticamente falando, e que a gente possa tocar o coração dos moradores do Coque”, conclui José Renato. Além desta apresentação, estão marcados concertos para a comunidade nos dias 26 de maio (Compaz Joana Bezerra, às 17h), 22 de junho (Escola Joaquim Nabuco, em horário a confirmar), 24 de agosto (Escola Técnica João Bezerra, em Brasília Teimosa, às 15h30), 21 de setembro (Igreja Batista do Largo da Paz, 15h) e 27 de outubro (novamente no Compaz Joana Bezerra, às 17h). A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

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Grupo Magiluth gravacao podcast Ficcoes Itau Cultural foto Levy Mota

Magiluth abre nova temporada do podcast Ficções Itaú Cultural

Hoje (14 de abril), o Itaú Cultural dá início à segunda temporada do podcast Ficções Itaú Cultural – uma série de audiodrama, com a versão sonora do premiado Tudo que Coube Numa VHS, do grupo pernambucano Magiluth. Na sequência, os novos episódios, disponibilizados a cada 15 dias, trazem Todas as Histórias Possíveis e fecham com Virá. As três peças foram realizadas por esta companhia entre 2020 e 2021, com a proposta de descobrir formas de reinstaurar a presença compartilhada entre atores e espectadores dentro do contexto da pandemia. A trilogia ganhou formato sonoro especialmente para o podcast. O podcast Ficções Itaú Cultural – uma série de audiodrama pode ser conferido na seção de podcasts no site do Itaú Cultural https://www.itaucultural.org.br/secoes/podcasts e nas demais plataformas de streaming da instituição. Indicado na categoria Teatro Digital ao Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e vencedor do Prêmio da Associação dos Produtores de Teatro na categoria Melhor Espetáculo Inédito, Tudo que Coube Numa VHS abre esta trilogia que, a cada peça, traz pontos de vista diferentes de uma mesma história. Neste, um personagem conduz o público por um percurso no qual transforma o espectador em cúmplice das memórias de um relacionamento. A condução em torno dessas recordações, que na versão virtual acontecia por meio de plataformas virtuais e redes sociais, agora busca envolver o público apenas por meio da experiência sonora. “O principal desafio de levar para o podcast essas experiências sensoriais, que antes tinham muito o recurso visual, foi pensar em como fazer com que as pessoas pudessem experimentar o máximo possível disso só com a audição”, revela o diretor e dramaturgo Giordano Castro. Para manter a característica do grupo de proximidade entre ator e espectador, Castro diz que a versão criada para o Ficcções Itaú Cultural ganhou trilha sonora, criada pelo músico Kiko Santana, que ajuda na costura com o público dessas memórias fragmentadas do personagem. “A analogia com o VHS é por ele ser aquele lugar onde tudo é gravado picotado, misturado, como são as lembranças de um relacionamento, nas quais não se sabe direito quando começou e o que aconteceu”, explica o diretor. A versão original do espetáculo, que acontecia virtualmente em sessões individuais para cada espectador, teve grande procura, porém limitava a quantidade de público. Agora em podcast, apesar de reduzir a experiência da multiplicidade sensorial ao estímulo sonoro, é vista por Giordano Castro como um ganho para o ouvinte. “As pessoas podem ouvir o espetáculo a qualquer momento e conhecer a trilogia como um todo, com outros olhares da mesma história”, adianta. Próximos Em Todas as Histórias Possíveis, que entra no ar no dia 28 de abril, a trama é contada pela visão do dramaturgo. Disponibilizada a partir do dia 12 de maio, Virá fecha a participação do Magiluth no podcast com a versão da história contada pela segunda pessoa envolvida no relacionamento em questão. Após a estreia dos três episódios do grupo pernambucano, a segunda temporada do Ficções Itaú Cultural recebe a atriz Letícia Rodrigues, com a série Radio Reality. Na sequência, o podcast conta com a participação Juão Nyn, Cia Teatro Documentário e Grupo Clariô de Teatro. Nesta edição 2022, a programação coloca quinzenalmente no ar novas produções sonoras, sempre às quintas-feiras, com episódios de aproximadamente 20 minutos. Após estreado, todo o material pode ser conferido a qualquer momento no site e plataformas de streaming do Itaú Cultural. Mini bios do grupo e do elenco Magiluth Fundado em 2004, na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Com um trabalho continuado de pesquisa e experimentação, tendo sido apontado pela crítica e pela imprensa como um dos mais relevantes grupos teatrais do país. Com sede em Recife, realiza colaborativamente diversas ações nos eixos de pesquisa, criação e formação artística, em constante diálogo com o território em que está inserido. Possui em seu histórico 11 espetáculos, fundamentados em princípios da criação teatral independente, de realização contínua e com aprofundamento na busca pela qualidade estética. Entre eles: Corra (2007), O Canto de Gregório (2011), Dinamarca (2017) e Apenas o Fim do Mundo (2019). Em 2020 e 2021, desenvolveu três experimentos concebidos especificamente para o momento de suspensão social: Tudo que coube numa VHS, Todas as histórias possíveis e Virá. Bruno Parmera Ator, produtor e designer, formado em comunicação social pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP. Integra o Magiluth desde 2016. Além de ator, é designer e artista visual, desenvolvendo também essas funções no grupo. Criou trabalhos como o DVD/CD Elba Ramalho em Cordas, Gonzagas e Afins (Sagrama e Encore, 2016), MOV - I Festival Internacional de Cinema Universitário (2016), I Encontro Internacional de Turismo Criativo (2016) e I Festival de Cinema LGBT, em parceria com a ONU-Brasil (2017). Erivaldo Oliveira Ator, estudou Teatro na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Está no Grupo Magiluth desde 2010. No audiovisual, atuou no longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, Légua Tirana, de Marcos Carvalho (em pós produção), e na supersérie Onde nascem os fortes (Rede Globo, 2018).  Giordano Castro Ator e dramaturgo nascido em Recife. Licenciado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, realizou um intercâmbio internacional em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra (Portugal). É membro e um dos fundadores do Grupo Teatral Magiluth. Como ator, participa de quase todos os trabalhos do grupo e é responsável por cinco dramaturgias montadas pelo Magiluth. No audiovisual, esteve em Tatuagem, de Hilton Lacerda, Tungstênio, de Heitor Dahlia, na série Treze dias longe do sol e na supersérie Onde Nascem os Fortes. Em 2020, escreveu e dirigiu os projetos Tudo o que coube numa VHS e Todas as histórias possíveis. Lucas Torres Ator e arte-educador formado pela UFPE e pós-graduado pela Universidade Católica em Arte Educação. É membro e um dos fundadores do Magiluth. No grupo, além do trabalho como ator, responde também pelos Adereços e Cenotécnica. Em paralelo ao Magiluth, mantém uma pesquisa em teatro de formas animadas, tendo participado de vivências e oficinas com Títeres e Actores (México), Cia Mevitevendo (RS), Mão Molenga (PE), entre outros. Mário Sergio Cabral Integra o Magiluth desde 2012. No audiovisual, atuou em Piedade, de Cláudio Assis; na supersérie Onde nascem os fortes, da Rede Globo; na série Chão de Estrelas, de Hilton Lacerda; e em Animal Político, com direção de Tião e realização da Trincheira Filmes. Em 2019, foi indicado ao Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, como

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Foto Jonnathan Neto

Moradores de Jaqueira se reúnem em praça para celebrar Páscoa; peça terá formato de musical

O artista José Pimentel, que ficou conhecido por interpretar Jesus nos espetáculos da Paixão de Cristo do Recife e Nova Jerusalém é o homenageado. O espetáculo leva para cena a inclusão social como uma das temáticas; pessoas em situação vulnerável, cadeirantes e autistas ganham espaço em cena Depois de quase 100 horas de ensaio intenso, a Prefeitura de Jaqueira, na Mata Sul, promove nesta quinta-feira (14), uma única apresentação do espetáculo ‘Jaqueira da Paixão'. A praça principal da cidade, Nossa Senhora Aparecida, será transformada em palco. Cerca de 80 moradores de todas as idades estarão envolvidos na montagem da peça que narra momentos da história de Jesus, desde a criação até à Ressurreição. O roteiro de 1h embarca o público em formato de musical, 10 composições se unem ao enredo adaptado. Os preparativos para a produção da montagem começaram há pelo menos duas semanas, através de projeto conjunto das secretarias de Assistência Social, de Educação e de Cultura e Turismo. No elenco, 30 atores estão envolvidos. Alisson Augusto no papel de Jesus Cristo. Raika França dará vida a Maria, enquanto a professora Madalena irá interpretar Maria Madalena. José Carlos como Pilatos. Nay Anne Laís vai fazer o papel de Verônica. Já Cláudio André, será Caifás. A personagem Herodíades é de Letycia Marielle. Além deles, a releitura conta personagens históricos como a Mulher do Fluxo de Sangue, Judas, Arimatéia e Nicodemos. Dido Brasil, diretor da obra local, que também é o responsável pelo texto adaptado, trouxe a bagagem que viveu em produção e encenação ao lado do homenageado desta edição, José Pimentel, que foi diretor de teatro, escritor e ator, o artista ficou conhecido por interpretar Jesus nos espetáculos da Paixão de Cristo do Recife e Nova Jerusalém. José Pimentel é um dos seis novos Patrimônios Vivos do Estado. Ainda faz parte da equipe criativa, Everton Antonio como coreógrafo, Jadson Lufran, na direção de Arte e Júnior Novacosque na sonorização. Esmeralda Lins assina os figurinos e Guga Oliveira, a co-direção. A prefeita da cidade, Ridete Pellegrino, revelou que assim como o elenco, a população está ansiosa pela apresentação, até porque, quem vem acompanhado os ensaios tem se emocionado. “Estamos investindo no talento dos moradores da nossa cidade seja na encenação ou na produção de adereços e até mesmo figurinos. Em Jaqueira há muita gente talentosa. O espetáculo vai levar para cena a inclusão social como uma das temáticas”, contou a prefeita sobre a participação de artistas cadeirantes, autistas e integrantes de minorias. EXPOSIÇÃO: Ainda durante a quinta-feira, a antiga Estação Ferroviária vai receber uma exposição fotográfica. Estudantes da Rede Municipal participarão da apresentação voltada para vida e obra do homenageado José Pimentel. Os conteúdos foram levados para sala de aula e trabalhados com os estudantes. SERVIÇO: Moradores de Jaqueira se reúnem em praça para celebrar Páscoa; peça terá formato de musical ONDE: Praça Nossa Senhora de Aparecida, centro de Jaqueira QUANDO: 14 de abril QUANTO: gratuito HORÁRIO: às 20h

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livro o seminario

Estandartes de ideais de libertários

*Por Paulo Caldas Dona de admirável bagagem literária, neste "O seminário" Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque sublima a criatividade e contorna os labirintos traçados pelo tempo. Num lance sutil, abdica da missão de narrar a trama e concede a prerrogativa ao memorialista Antônio Joaquim de Mello (participação de Pórcia Constância de Mello), personagem da história e que testemunhou, na alegria e na tristeza, a vida e obra do protagonista: José da Natividade Saldanha. Assim, nesta terra dos altos coqueiros, o narrador reporta, com fidelidade, os cenários de então, inclusive com detalhes certificadores que convidam o leitor às cenas vivenciadas no Seminário de Nossa Senhora das Graças, numa Olinda ainda distante dos clarins de Momo, mas que desfila blocos de personagens históricos e ergue estandartes de pernambucanidade, soprados pela brisa perene; o aroma da maresia, em evoluções ousadas sob os céus dessa Marin do Caetés, pátria de ideais de libertários. No decorrer dos escritos, o ontem se faz hoje no discurso pançudo do Frei Miguelinho, por exemplo, nutrido à longevidade das mazelas quando denuncia o desapego dos verdugos às ciências e às artes, mentores da derrocada, que nem os nascidos no agora. Há recortes notáveis dos usos e costumes, gostos e preferências, e a narrativa ganha o fôlego que seduz o leitor ao ponto de trazer a história dos portais do século 19 ao contexto atual e nos leva às vivências de antanho. Desvenda mistérios, como a origem do nome da Rua Corredor do Bispo, surgido quando da fuga do bispo Azeredo Coutinho por aquele beco, ante uma possível tocaia para matá-lo. Identifica figuras que apenas conhecemos de nome: João Ribeiro, os Franciscos Rego Barros e Paes Barreto, Saldanha Marinho, Padre Roma, Vigário Tenório e Cruz Cabugá, dentre outros. A expectativa da leitura nos conduz ao desejo de chegar naquele lugarzinho da casa, exclusivamente nosso, sentar, acender o quebra luz e carpir a liberdade amputada quando da malograda revolução, contudo aplaudir a certeza de que o poder da poesia pertenceu a Natividade Saldanha: E o que mais ele poderia querer? Com a produção gráfica da Editora Bagaço, revisão de Iolita Campos, capa de Alexandra de Moraes, o livro tem nas “orelhas” um texto primoroso de autoria do escritor Luiz Carlos Albuquerque e prefácio de Arno Wehling. Os exemplares podem ser adquiridos na editora pelo telefone 3205.0132/0133. *Paulo Caldas é Escritor

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