Arquivos Cultura E História - Página 146 De 367 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Comer com os olhos: uma leitura para ser degustada

O antropólogo Raul Lody não poderia ter sido mais feliz na escolha do título do seu novo livro, feito a quatro mãos com o fotógrafo Jorge Sabino e que foi lançado pela Cepe Editora: Comer com os olhos. Recheado com textos de Lody e imagens de Jorge Sabino em suas 252 páginas, o livro é um convite aos prazeres da mesa. E conduz o leitor a um passeio pela culinária de quase 50 países da Europa, Américas do Norte e do Sul, Caribe, África, Ásia e Oriente Médio. “Comer com os olhos é uma oportunidade de viver grandes roteiros visuais que mostram a diversidade dos sistemas alimentares do mundo”, declara Raul Lody, pesquisador da antropologia da alimentação desde o início dos anos  970. “O livro enfatiza o sentimento onívoro do homem, aquele que come de tudo, e possibilita ter contato com a biodiversidade e as técnicas culinárias que atestam as culturas dos povos”, diz ele. Além de valorizar as memórias pessoais e familiares, acrescenta. A publicação traz 350 fotografias, selecionadas do acervo de mais de 150 mil imagens de Jorge Sabino, que registram comidas, objetos, pessoas e edificações no contexto da pesquisa de etnoalimentação. Impossível olhar e não sentir vontade de saborear uma fruta na barraca colorida de um mercado do Peru, de comer uma fatia de bolo-de-rolo pernambucano, um pirão vermelho do Benin, um pastel de nata português ou de sentar-se à mesa num restaurante no Golfo de Napoli, na Itália. Para compor o livro, Raul Lody empreendeu diversas viagens e fez pesquisas que o permitiram ver, viver, sentir e, claro, experimentar pratos. “Comer com os olhos é um livro que também recupera os movimentos históricos, sociais e econômicos, que foram dinamizados a partir do século XV, com as Grandes Navegações de Portugal, o que  possibilitou o encontro do Ocidente com o Oriente”, ensina o antropólogo. “Assim, pode-se dizer que pelo comércio de especiarias, e de outros ingredientes, viveu-se a primeira grande globalização, que interferiu na expansão do território, além das inúmeras receitas e novos hábitos alimentares. O Brasil, pela sua constituição histórica, social e ecológica, integra um dos maiores sistemas alimentares do mundo”, destaca. O livro é prefaciado pelo jornalista e presidente da Cepe, Ricardo Leitão, que destaca a importância do trabalho do autor. “O interesse de Lody na antropologia da alimentação começou com estudos e pesquisas de campo sobre as tecnologias e os utilitários tradicionais das cozinhas. Sempre investiu nos estudos fora dos gabinetes, o que lhe rendeu os maiores ensinamentos e as maiores emoções”, escreve Ricardo Leitão no prefácio. Não à toa, Raul Lody convida os leitores a degustar cada página e cada imagem do livro. Afinal, como ele mesmo explica, “comer com os olhos é uma expressão popular que enfatiza o valor e a comunicação pela imagem da comida. Na verdade, comemos com o corpo inteiro. Primeiro, comemos com um sentimento ideológico, que está unido à cultura. Comemos também o som, o cheiro e as experiências sensórias da temperatura e da textura, e de outros fatores que culminam no paladar. O leitor, certamente terá o desejo de comer o livro”. Preço do livro: R$ 120 (impresso) e R$ 48 (e-book) Onde comprar: Lojas físicas e site da Cepe (www.cepe.com.br/lojacepe/)

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Dona Duda da Ciranda é homenageada em documentário da Fundaj

Criadora da ciranda. Esse é o título que ostenta Dona Duda, 98 anos. Na praia do Janga, no município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife, ela consolidou o ritmo, um dos mais emblemáticos de Pernambuco. A homenagem à cirandeira será em 10 de maio, quando se celebra o Dia da Ciranda. A iniciativa é da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O evento será realizado pelo canal do YouTube da Fundaj, às 15h. No documentário, Dona Duda recorda as histórias vividas e os versos, das mais de 200 cirandas compostas. Serviço Lançamento do documentário Dona Duda da Ciranda Data: segunda-feira, 10 de maio Horário: 15h Transmissão no canal da Fundaj, no YouTube . . Mangue beat, Ciranda e o Canto da Jurema presentes em disco que faz mapa de pernambuco através da música O projeto Mapeando Pernambuco, do músico e produtor musical Benke Ferraz (Boogarins), se transformou em um disco inédito. O álbum surgiu após a realização de uma série de oficinas de produção musical gratuitas, onde o guitarrista abriu inscrições para novos artistas do estado, no intuito de gerar colaborações entre nomes conhecidos e revelações do que está por vir na cena musical de Pernambuco. O disco foi lançado ontem (06) em diversas plataformas musicais. O músico Tagore e a cantora Marília Parente são alguns dos nomes presentes no projeto que conta ainda, com artistas de Recife, Paulista, Santa Cruz e Caruaru. Link para audição: https://linktr.ee/mapeando.pernambuco. . . Cais do Sertão discute educação patrimonial e o futuro dos museus No atual cenário de pandemia, o Cais do Sertão, gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer e a Empetur, oferece neste mês de maio uma vasta programação online, com lives, mediações, playlists temáticas e curiosidades sobre o acervo fixo do centro cultural com um olhar está voltado à educação patrimonial e ao papel dos museus na contemporaneidade. Além das tradicionais playlists e lives, a programação virtual do Cais vai promover a integração de ações da Semana de Museus, que neste ano trabalha sob o tema “O futuro dos museus: recuperar e reimaginar”. Do dia 17 a 23 de maio, os internautas terão acesso a material recém-saído do forno. O primeiro projeto é o podcast Acontece no Cais, cujo conteúdo oferece as melhores lives de 2020 em formato de áudio e será lançado no próximo dia 17, no Spotify. Já o segundo trata-se de série Imbalança na Rede é dividida em quatro episódios, que vão trazer uma demonstração rítmica e teórica da musicalidade pernambucana (Agreste, Sertão, Mata Norte e Litoral) e poderá ser acessada pelo canal do YouTube do Cais a partir do dia 20. A terceira ação especial programada para este mês é voltada para pesquisadores da cultura popular e estudantes do ensino fundamental e médio. Será oferecida mediação virtual sobre O Sertão Cantado por Luiz Gonzaga.  A aula virtual acontecerá no dia 18.

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7 fotos do casario do Recife na década de 1950

Voltamos à década de 50 na coluna de hoje para observar o casario e os pequenos prédios do Recife naquela época. As imagens de hoje foram garimpadas no "Acervo dos trabalhos geográficos de campo", da Biblioteca do IBGE, nos registros ou pesquisa de Tibor Jablonsky. O Bairro do Recife e as praias de Boa Viagem e do Pina foram alguns dos lugares por onde passearam as lentes do fotógrafo do IBGE. Os registros aconteceram entre os anos de 1955 e 1957.   Casario nas proximidades do Porto do Recife, em 1957. . Casario às margens do Rio Capibaribe, em 1955 (Autor: Egler, Walter Alberto, 1924-1961; Jablonsky, Tibor) . Casas e depósitos no Cais do Apolo em Recife, em 1957 . Casas na Praia de Pina em Recife, em 1957 .   Casas em Boa Viagem, em 1957 . Casa de João Fernandes Vieira, no Recife, em 1957 (João Fernandes Vieira, português, foi senhor de engenho, um dos líderes da Insurreição Pernambucana) . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Fundaj e Museu Paranaense apresentam exposição Educação pela Pedra

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio de sua Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), firmou uma parceria com o Museu Paranaense (MUPA), e como primeira ação, levou a exposição “Educação pela Pedra” a Curitiba. A mostra, cuja curadoria é do pesquisador da Fundaj Moacir dos Anjos, será aberta ao público neste sábado (8), seguindo calendário da gestão local em relação à pandemia da Covid-19. A exposição tem como eixo temático o centenário de nascimento do escritor e poeta recifense João Cabral de Melo Neto. As obras investigam os afetos canalizados pelos versos do poema que dá nome à exposição, escritos em 1966. “O poema nos apresenta a pedagogia da pedra e a sua capacidade de nos ensinar por ela própria, uma cartilha muda, mas que nos educa. Pode ser entendida como a metáfora de nossa relação com a arte: a capacidade que a arte tem de nos emancipar e educar por ela própria, nos fazer ver o mundo de outra maneira”, comenta Moacir dos Anjos. Participam da exposição artistas como Oriana Duarte, Marcelo Moscheta, Jonathas de Andrade, Jimmie Durham, Cinthia Marcelle, Traplev e Agrippina Manhattan. As obras reunidas no belo espaço expositivo do MUPA, Centro Histórico da capital paranaense, têm ou não a pedra como referência direta, mas de alguma forma remetem às lições do poema de João Cabral: a resistência, a concretude, a concisão e a impessoalidade. São audiovisuais, instalações e fotografias que desafiam o espectador na capacidade de articular a arte com a sua própria bagagem e aspirações. Entre os trabalhos, está a obra de grandes dimensões da mineira Cinthia Marcelle, feita originalmente para o MoMA, em Nova York. “Sobre Este Mesmo Mundo” apresenta um imenso quadro negro com palavras e letras inseridas uma em cima da outra e apagadas, mostrando vestígios de diversas mensagens. Uma grande quantidade de pó de giz é depositada na base como se fosse uma cadeia de montanhas. “Traz o paradoxo da educação que é criar e recriar, incorporando coisas novas e descartando outras”, sugere Moacir dos Anjos, que esteve em novembro de 2020, em Curitiba, para a montagem da mostra. Até a possibilidade de visitação presencial, as obras puderam ser vistas em ativações virtuais no site e redes sociais do MUPA. Parceria Além da mostra “Educação pela Pedra”, a parceria entre o MUPA e a Fundaj contará com outras ações e atividades realizadas em conjunto como exposições, publicações, eventos e capacitações, que serão realizadas até 2022. “A iniciativa, embora pareça, e seja, uma das ousadas e raras oportunidades de conexão Norte-Sul no Brasil, traz a oportunidade de uma parceria mais ampla. Que começa já pela prática, com a exposição Educação pela Pedra, mostrando que quando há vontade efetiva de realização, as políticas públicas de cultura funcionam”, destaca o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio. A diretora do MUPA, Gabriela Bettega, exalta a parceria entre as duas instituições, ressaltando a importância de inserir novas narrativas para ampliar a comunicação com o espectador. “Além dos nossos três eixos, que são História, Arqueologia e Antropologia, queremos criar correlações inesperadas, narrativas que se sobrepõem, gerando intertextualidade e conexão entre as ciências e a arte. E a arte contemporânea, com seus universos ocultos e transmutações, é perfeita para agregar nessa interdisciplinaridade”, afirma Gabriela. Serviço: - Exposição Educação pela pedra - Parceria: Fundação Joaquim Nabuco e Museu Paranaense - Rua Kellers, 289 - Alto São Francisco, Curitiba (PR) - De terça a domingo, das 10h às 17h30* *Aos finais de semana é necessário agendamento pelo site www.museuparanaense.pr.gov.br

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7 fotos de Belo Jardim Antigamente

O município de Belo Jardim é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente desta semana. Resgatamos uma imagem da tradicional fábrica da Baterias Moura (cedida pela própria empresa), além de fotografias antigas da cidade que registram o centro, a antiga estação ferroviária e outros espaços na cidade. Fábrica da Baterias Moura . Antiga Fábrica de Mariola (Site da Prefeitura de Belo Jardim) . Estação Ferroviária em Belo Jardim (Do site Estações Ferroviárias do Brasil) . Estação Ferroviária em Belo Jardim (Do site Diário do Bituri) . Centro de Belo Jardim (Site da Prefeitura de Belo Jardim) . Matriz de Nossa Senhora da Conceição (Site da Prefeitura de Belo Jardim) . Antigo prédio da Prefeitura de Belo Jardim (Site da Prefeitura de Belo Jardim)

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Arte Plural Galeria abre exposição de Gabriel Petribú

Em um momento tão inusitado da história da humanidade, com a pandemia de Covid-19, o desejo de vida, a conexão e o diálogo com o outro, mais do que nunca, estão como prioridade coletiva. Ao perceber esse instante único, o artista plástico Gabriel Petribú criou (IM)PULSO, sua nova exposição, com abertura ao público na Arte Plural Galeria (APG). Com curadoria de Maria do Carmo Nino, a mostra terá visitas presenciais observando os protocolos de prevenção ao coronavírus. A APG fica na Rua da Moeda 140, Recife, no bairro do Recife. Telefone: (81) 3424-4431, e está aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com acesso gratuito.

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Crítica Literária: Mais que um diletante

*Paulo Caldas O escritor Renato Dornelas Câmara Neto vivencia a admirável missão de resgatar a memória de notáveis da Medicina, em particular de renomados cirurgiões. Assim aconteceu em 2018, com o lançamento do livro “Theodor Billroth – vida, obra e legado”, enfocando um extraordinário médico que cultuava as artes da cirurgia e da música erudita em perfeita simbiose. Agora, com o mesmo afinco, obediente às minúcias das pesquisas, neste “Um século não é o bastante”, dedicado ao professor e cirurgião Fyodor Grigorievich Uglov, o autor destaca apego do protagonista aos princípios filosóficos e políticos e à defesa dos hábitos sadios ante os vícios da sociedade russa em sua época. Faz também referências relevantes à consciência profissional de Uglov, ao compartilhar experiências acadêmicas e profissionais bem-sucedidas entre seguidores e colegas do seu entorno e de outros países. O livro contempla expectativa de leitores além da área da saúde, dada a sua amplitude histórica, sobretudo sendo o protagonista natural de um país considerado discreto quanto à propagação de seus feitos no mundo ocidental. “Um século não é o bastante” tem projeto visual assinado por Bel Caldas e impressão gráfica sob a responsabilidade da Livro Rápido Editora. O autor disponibiliza os exemplares pelo WhatsApp 99755544, sem ônus para o leitor. *Paulo Caldas é Escritor

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Lorena Calábria fala sobre o Manguebeat no Sonora Coletiva

A mistura de rock, hip hop, funk e ritmos pernambucanos, como maracatu, ciranda e Coco, que ficou conhecida como Manguebeat / Manguebit começou há 27 anos e alcançou projeção internacional. As histórias dessa “diversão levada a sério”, como costumava dizer Chico Science, desde as primeiras festas em Recife no inferninho Adília’s Place até o trágico acidente do líder da banda, foram contadas de forma precisa e deliciosa pela jornalista Lorena Calábria em livro homônimo, que faz parte da coleção “O Disco do Livro”, da editora Cobogó. Para falar da obra, que foi construída a partir de muitas conversas e entrevistas com os músicos e parceiros de bandas, familiares e pessoas que fizeram parte da trajetória do álbum, a jornalista é a convidada especial do próximo Sonora Coletiva, da Fundaj. O bate-papo com Lorena Calábria, que terá a participação de H. D. Mabuse, um dos artífices daquela cena, acontecerá na quinta-feira (dia 29), às 19h, e será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube. Participarão da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, que vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral, do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra). . . Festival Feminino estreia terceira edição nesta quarta  Com uma programação poderosa, o Festival Feminino chega em sua terceira edição em um formato completamente virtual e gratuito, que traz shows, debates, performances e cinema, na próxima quarta-feira (28), quinta (29) e sexta-feira (30) e também no domingo (09/05), Dia das Mães. O evento discute e celebra a força e a importância do feminino na sociedade e traz nomes como Luedji Luna, Anelis Assumpção, Mariana Aydar, As Baías, Tiê, Funmilayo Afrobeat Orquestra, Clarianas e Josyara. Transmitido pelo canal do YouTube do Feminino, o festival recebe ainda as performances da atriz e cantora Naruna Costa, da atriz Mel Lisboa e da slammer Kimani. . . Espetáculo “Quanto mais eu vou, eu fico” retorna ao público com nova apresentação O espetáculo “Quanto mais eu vou, eu fico”, da Bubuia Cia, retorna ao público em live especial no dia 29 de abril, às 20h, no canal do grupo no Youtube. Pela primeira vez em formato de live, a peça traz texto original que mistura estórias reais e fictícias, que convidam o público a viajar na jornada do povo nordestino que migra para o Sudeste do Brasil em busca de uma vida melhor. A montagem reúne a nova cena autoral de teatro e da música pernambucana, com atuações das atrizes e bailarinas Endi Vasconcelos e Maria Laura Catão, direção musical de Juliano Holanda e dramaturgia do poeta Gleison Nascimento. Já a trilha do espetáculo é composta por canções de Martins e Zé Barreto, além da música-tema “Cinemascópio”, do disco “Quanto mais eu vou, eu fico” de Marcello Rangel, que dá nome à peça.

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Tem gente com fome, alerta Solano Trindade

O poema de Solano Trindade Nestes tempos em que a segurança alimentar voltar a assolar o Brasil, o poema Tem Gente com Fome, do pernambucano Solano Trindade passou a ser lembrado e chegou a inspirar uma campanha de arrecadação de alimentos encampada por várias entidades. Francisco Solano Trindade nasceu em 24 de julho de 1908, no bairro de São José, no Recife. Filho do sapateiro Manoel Abílio e da doméstica Emerenciana Quituteira, ele foi um multiartista: folclorista, pintor, escritor, ator, teatrólogo, cineasta. Nos anos 1930 idealizou o I Congresso Afro-Brasileiro, no Recife, e fundou o Centro Cultural Afro-Brasileiro e a Frente Negra Pernambucana. Morou também Rio de Janeiro, São Paulo e Embu das Artes. O poema “Tem gente com Fome” faz um contraponto com “Trem de Ferro”, conhecido poema de outro pernambucano Manuel Bandeira. Enquanto Bandeira mostras as paisagens de fora percorrida pelo trem e sonoramente coloca o ritmo da locomotiva nos versos “café com pão/café com pão/café com pão”, Solano Trindade alerta: “tem gente com fome/tem gente com fome/tem gente com fome”. Segundo informações do site “Falas ao Acaso”, em 1975 o poema “Tem Gente Com Fome”, foi musicado por João Ricardo, um dos integrantes do grupo Secos & Molhados. Mas não foi liberado pela censura. Entretanto, foi gravado por Ney Matogrosso em 1979, no LP Seu Tipo. Solano também foi tema da Escola de Samba Vai-Vai, em 1976.   Confira o poema e a interpretação de Ney Matogrosso Tem Gente Com Fome Trem sujo da Leopoldina correndo correndo parece dizer tem gente com fome tem gente com fome tem gente com fome Piiiiii Estação de Caxias de novo a dizer de novo a correr tem gente com fome tem gente com fome tem gente com fome Vigário Geral Lucas Cordovil Brás de Pina Penha Circular Estação da Penha Olaria Ramos Bom Sucesso Carlos Chagas Triagem, Mauá trem sujo da Leopoldina correndo correndo parece dizer tem gente com fome tem gente com fome tem gente com fome Tantas caras tristes querendo chegar em algum destino em algum lugar Trem sujo da Leopoldina correndo correndo parece dizer tem gente com fome tem gente com fome tem gente com fome Só nas estações quando vai parando lentamente começa a dizer se tem gente com fome dá de comer se tem gente com fome dá de comer se tem gente com fome dá de comer Mas o freio de ar todo autoritário manda o trem calar Psiuuuuuuuuuuu

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Circuito Cepe de Cultura apresenta a Ciranda da fé

A edição do Circuito Cepe de Cultura deste mês, intitulada Ciranda de fé, está ancorada em temas que remetem à representação do sagrado, à conexão com a espiritualidade e ancestralidade de diversos credos. Para aprofundar e ampliar o olhar sobre essa relação foram convidados profissionais representativos nos lugares que ocupam, seja nas atividades artísticas ou religiosas. A programação começa na próxima semana, entre os dias 27 e 29, com conteúdo voltado para adultos e crianças. Pelo portal do evento qualquer pessoa poderá participar gratuitamente pelo endereço:  www.circuitocepedecultura.com.br “O tema do circuito é um estímulo ao diálogo, à partilha e à compreensão do outro, seja através de bate-papos, das rodas de ritmos e dos shows. É também um convite à renovação da fé na sua expressão mais ampla, a fé na vida, a fé nas pessoas, a fé no amanhã”, defende Jamille Barbosa, curadora do Circuito Cepe e gerente editorial da Fundação Gilberto Freyre. Cinema, oficinas, atrações infantis, shows e rodas de ritmos povoam a programação. Porém, os bate-papos concentram o conteúdo mais conectado ao tema. Os três debates serão mediados pela jornalista e escritora Michelle Assumpção. . . Vivo anuncia nova temporada do Teatro Vivo em Casa Com o propósito de digitalizar para aproximar artistas e público, a Vivo anuncia nova temporada da série de espetáculos transmitidos online "Teatro Vivo em Casa" para 2021. A estreia será no dia 24 de abril com "Dora", peça com texto, atuação e direção de Sara Antunes, em única apresentação, ao vivo, às 20h. Os ingressos são gratuitos e limitados e as inscrições são pela plataforma @vivo.cultura. Outros três espetáculos compõem a primeira temporada do ano, todos marcados pela diversidade e pela proposta da Vivo de dar voz aos artistas em temas relevantes para a sociedade, como as questões de raça e de gênero. As apresentações do Teatro Vivo em Casa seguem com "Salamaleque", interpretado por Valéria Arbex, no dia 1º de maio; e "Ensaio sobre Ter Voz", com Indira Nascimento, em 08 de maio. "Como ter Sexo a Vida Toda com a Mesma Pessoa", com Tania Bondezan, encerra esta primeira edição do programa, com exibição no dia 15 de maio. A curadoria dos espetáculos é de André Acioli. . . Festival Molotov.EXE faz parceria com a França e traz novos artistas e conteúdos para sua revista virtual Depois de trazer ao Brasil pela primeira vez nomes como Barbagallo, Hindi Zahra, Sebastien Tellier, La Femme e Moodöid, entre outros artistas, a parceria do Festival Coquetel Molotov com o Consulado Geral da França no Recife traz três grandes novidades para o público. O Molotov.EXE em sua edição virtual apresenta a multi-instrumentista Halo Maud, uma playlist da Midnight Special Records e um artigo da jornalista Isabela Yu com novos nomes da cena francófona. Os três nomes franceses somam-se às 40 atrações que a revista digital do festival oferece, desde seu lançamento no final de março, deste ano. Além disso, através do: www.coquetelmolotov.com.br, também será possível acessar um conteúdo especial relacionado a novidades que vem do país de Serge Gainsbourg e Daft Punk.

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